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Pierre Barnabé Escodro

Professor Assistente da disciplina de Clínica


Cirúrgica do Curso de Medicina Veterinária UFAL.
pierre.vet@gmail.com
Hélio Martins de Aquino Neto
Professor Assistente do Curso de Medicina
Veterinária da Universidade Federal de Alagoas
hvet51@yahoo.com.br
Lilian de Rezende Jordão
Médica Veterinária Especialista em Clínica Cirúrgica
de Grandes Animais, Mestre em Zootecnia -
Produção Animal
lilianjordao@gmail.com

Considerations in surgical
preparation of teaser bulls

Considerações
na preparação
cirúrgica de

FONTE: VANDESTEEN JÚNIOR, 2010


RESUMO
O presente artigo tem como objetivo realizar um levantamento bibliográfico a respeito da
preparação cirúrgica de rufiões bovinos, incluindo as considerações gerais, procedimentos
anestésicos e técnicas cirúrgicas utilizadas. xação de flexura sigmóide do pênis3,4,7,11.
Unitermos: bovinos, rufião, considerações cirúrgicas OEHME (1988) e SILVA et al (2002)
recomendaram a adição da vasectomia ou
ABSTRACT
da remoção da cauda do epidídimo às téc-
The present article has as objective to carry through a bibliographical inquiry regarding
nicas cirúrgicas que impedem a cópula,
the surgical preparation of teaser bulls, including the common considerations, anesthesics
procedures, common considerations and used surgical techniques.
para assegurar a ausência de prenhês, caso
Keywords: bovine, teaser, surgical considerations haja cópula acidental.
O desconhecimento a respeito do de-
sempenho sexual de rufiões bovinos e de
igual forma sobre os fatores que podem afe-
1. Introdução de rufiões e podem ser obtidos a partir de tá-los é atribuído, em parte, aos poucos tra-
A inseminação artificial e a monta con- diferentes métodos 5,10. balhos desenvolvidos nesta área e a ausên-
trolada, além de serem práticas importan- Os métodos de obtenção de rufiões bo- cia do monitoramento dos animais em ati-
tes no melhoramento genético do rebanho, vinos compreendem técnicas cirúrgicas e vidade em relação ao tempo pós-operató-
desempenham importante papel no controle não cirúrgicas. A androgenização de fême- rio, já que os médicos veterinários de cam-
de várias enfermidades do aparelho repro- as e o freemartinismo são as técnicas não po não têm interesse em pesquisa relacio-
dutivo. É uma prática utilizada na maioria cirúrgicas mais utilizadas3,4. nada15. Informações a esse respeito são ape-
das propriedades do Brasil, sendo que a Dentre as técnicas cirúrgicas, existem nas baseadas em simples observações, sem
detecção do cio das vacas a serem insemi- aquelas que não impedem a cópula, como a realização de estudos científicos. Desse
nadas ou cobertas pode representar um pro- a vasectomia, orquiectomia e suplementa- modo, SHIPILOV (1964) relatou que o em-
blema na execução da inseminação artifi- ção hormonal, e a remoção da cauda do epi- prego de técnicas cirúrgicas visando inca-
cial, principalmente em grandes proprie- dídimo, e aquelas em que a cópula é prati- pacitar os animais para a cópula pode in-
dades de bovinocultura de corte. Para mi- camente impossível. Entre essas técnicas fluenciá-los psicologicamente, inibindo-
nimizar tal problema, têm-se empregado cirúrgicas estão: a aderência do pênis, re- lhes os reflexos sexuais.
machos que, embora incapacitados para a troflexão, formação de fundo de saco pre- EURIDES e PIPPI (1983) também re-
fecundação, podem efetuar o salto sobre a pucial, falectomia, desvio ventral de pênis, lataram que, devido à impossibilidade de
fêmea, indicando seu estado de receptivi- desvio lateral e translocação de óstio pre- praticar o ato sexual pelos rufiões obtidos
dade sexual. Tais animais são designados pucial, remoção do ligamento apical e fi- por determinadas técnicas cirúrgicas, a li-
bido pode diminuir com o passar do tem- caína sem vasoconstrictor da pele e cordão 3. Técnicas Cirúrgicas
po. espermático (optativo). Dentre as técnicas cirúrgicas, como já
O objetivo do artigo é relatar os cuida- No entanto, para as demais técnicas é anteriormente citado, existem aquelas que
dos pré-operatórios e anestésicos de animais necessário manter o paciente em decúbito, não impedem a cópula e aquelas em que a
que serão submetidos às técnicas cirúrgi- o que requer um jejum mínimo de 12 a 18 cópula é praticamente impossível. Assim
cas de obtenção de rufiões bovinos, bem horas, visando evitar regurgitação, timpa- segue-se:
como explicitar e comentar as principais nismo e micção durante a cirurgia10,19,21.
técnicas cirúrgicas utilizadas no cotidiano O decúbito lateral direito é o indicado,
3.1. Técnicas Cirúrgicas que não
da pecuária brasileira. assim o rúmen fica para cima e diminui o
impedem à Cópula
risco de timpanismo pós- operatório. Todo
2. Cuidados pré-operatórios decúbito requer avaliação do solo onde o Nesta categoria serão abordadas as duas
e Anestésicos paciente irá deitar-se, evitando troncos e principais técnicas: a Epididectomia e a
desnivelamentos, o que podem predispor Vasectomia.
Para obter-se um bom rufião, indepen-
dente da técnica, a escolha do animal é im- às paralisias nervosas e regurgitação (man-
ter a cabeça levemente abaixada em rela- • Epididectomia
prescindível, devendo-se indicar animais
ção ao corpo), principalmente em animais É uma das primeiras técnicas citadas,
que apresentam boa libido. Ao mesmo tem-
com jejum insuficiente. sendo que foi retirada de uso como única,
po, animais jovens e leves são mais indica-
O fármaco mais utilizado na rotina ci- pois os touros têm uma forte tendência para
dos para o procedimento cirúrgico, devido
rúrgica bovina é o Cloridrato de Xilazina, desenvolver vesiculite seminal ou infecções
aos melhores resultados trans e pós-cirúr-
na dose de 0,1 a 0,5 mg/kg, o que vai pro- de genitália, sendo que ao ejacular líquido
gicos, principalmente no que diz respeito
porcionar o decúbito do animal e condições durante a cópula, predispõe às infecções nas
às transcorrências anestésicas, tempo de
para contenção. Apesar do miorrelaxamen- fêmeas e problemas de fertilidade.
procedimento cirúrgico e qualidade de ci-
to exacerbado proporcionado pelo alfa 2 A técnica consiste em tracionar o testí-
catrização. Assim sugere-se a utilização de
agonista aos ruminantes, deve-se lembrar culo manualmente até o segmento distal do
animais na faixa de 15 a 20 meses, bom
que o paciente continua com dor, sendo escroto e uma incisão da pele de 3 cm é
escore corporal, com peso máximo de 250
imprescindível o uso de lidocaína na linha feita sobre a cauda do epidídimo. A incisão
a 270 kg2,3,8,21.
de incisão. A opção é a lidocaína sem vaso- continua através da túnica vaginal comum
Outro aspecto a ser considerado é que
constrictor, evitando-se assim isquemia e até que a cauda do epidídimo seja expeli-
os animais escolhidos devem ser testados e
deiscência de pontos10,15. da. A cauda do epidídimo é liberada da sua
apresentarem resultados negativos para
O uso de acepromazina concomitante à inserção com o testículo empregando-se te-
Brucelose e Tuberculose, sendo que o exa-
Xilazina também é descrita por facilitar a souras. O ducto deferente é identificado,
me clínico individual detalhado, quando
exposição do pênis, porém segundo SILVA clampeado por uma pinça e uma ligadura
possível, pode ser realizado, com ênfase
et al. (2002), na dose de 0,1 mg/kg de Ace- de material de sutura inabsorvível é colo-
especial no aparelho reprodutivo14,17.
promazina e 0,05 mg/kg de Xilazina, em cada numa posição proximal em relação à
Em relação ao exame clínico do bovino
estudo comparativo com apenas a xilazina pinça. O ducto deferente é seccionado trans-
a ser escolhido leva-se em consideração o
na dose de 0,2 mg/kg, aumentou compli- versalmente na altura da pinça. Este pro-
tipo de prepúcio e tamanho do abdômen,
cações pós-operatórias, sendo o prolapso cedimento é repetido no corpo do epidídi-
com a finalidade de amenizar as complica-
peniano e de mucosa mais evidenciado na mo, de modo que a cauda seja retirada (Fi-
ções pós-operatórias, optando-se por ani-
associação dos dois fármacos. Ainda, a ace- gura 1). A túnica vaginal comum é fecha-
mais que apresentassem prepúcio pouco
promazina em bovinos, pode proporcionar da em camada separada usando-se suturas
penduloso e abdômen pouco distendido12,14.
a exposição prolongada do pênis e/ou mu- interrompidas simples de material inabsor-
Uma vez escolhido o animal, a técnica
cosa, que facilita o ressecamento, o com- vível, de tal modo que a parte remanescen-
cirúrgica e a anestesia devem ser indica-
prometimento da circulação local e, conse- te do epidídimo seja retida no interior da
das, analisando o paciente, destreza cirúr-
gica, local de execução e equipe de apoio. qüentemente, o aparecimento de ferimen-
O melhor procedimento anestésico é a neu- tos, edema e isquemia 18.
roleptoanalgesia, mantendo-se o animal em Já LEITE RIBEIRO et al. (1984), utili-
posição quadrupedal, porém as técnicas ci- zando apenas a acepromazina a 1% como Corpo do
rúrgicas factíveis nesta categoria de proce- meio auxiliar na exposição de pênis bovi- epidídimo
dimento seriam a vasectomia e epididecto- no, na dose de 0,035 mg/kg de peso corpo-
ral, sem submeter os animais a qualquer Ducto
mia, dependendo ainda do tronco de con-
deferente
tenção e habilidade do cirurgião. A vanta- intervenção cirúrgica, obtiveram resultados
gem desta técnica anestésica diz respeito a satisfatórios e não observaram efeitos co-
quase nulidade das complicações pós anes- laterais.
tésicas em bovinos, como timpanismo, re- Uma vantagem do uso da Xilazina é a
gurgitação e falsa via, paralisia do nervo possibilidade de antagonista, no caso a Io-
radial e compressão nervosa dos nervos imbina, na dose de 0,25 a 0,5 mg/kg, o que Cauda do epidídimo
digitais9. O fármaco mais utilizado nestes pode facilitar a recuperação anestésica e
Figura 1: Método de retirada do epidídimo
casos é a acepromazina, na dose de 0,02 a diminuir os riscos de timpanismo e Blo- (Fonte: TURNER & McILWRAITH,1985)
0,1 mg/kg/IM e anestesia local com Lido- queio Átrio Ventricular .
túnica e a extremidade transversalmente nas fixações de flexura sigmóide ou ade- 30 a 45% em relação ao óstio original2,15,19.
seccionada do ducto deferente projete-se rência peniana. Usando um par de pinças para curati-
através da linha de sutura. Esta técnica é A incisão da pele é feita ao redor do vo, um túnel é feito vindo da incisão circu-
uma precaução adicional contra reanasto- orifício prepucial distante aproximadamen- lar através dos tecidos subcutâneos até a
mose do trato reprodutivo. A pele é fecha- te 3 cm da abertura e uma incisão na pele extremidade caudal da incisão de linha
da com 2 a 3 suturas interrompidas de ma- da linha mediana ventral é estendida na di- media.
terial inabsorvível. O procedimento é re- reção caudal da incisão. A incisão da linha Este túnel deverá ser amplo o bastante
petido no outro testículo19. central amplia-se até a base do pênis. Esta para permitir a nova situação do pênis e do
incisão continua através do tecido subcu- prepúcio sem que haja restrição. O pênis e
• Vasectomia tâneo e o pênis, prepúcio e tecido elástico o prepúcio são passados através do túnel, e
Existem duas formas de realizar a va- circundante são dissecados da parede ab- a pele do orifício prepucial é suturada até a
sectomia, uma com acesso idêntico ao da dominal na preparação para a translocação. incisão circular da pele. São colocadas duas
Epididectomia e outra com uma incisão Um tubo pode ser colocado no interior do camadas de suturas: uma no tecido subcu-
única intertesticular próximo-caudal (va- orifício prepucial, para ajudar a prevenir tâneo e outra na pele. Antes da execução
sectomia alta), buscando-se bilateralmente uma possível contaminação pela urina da da sutura é importante verificar se não hou-
a identificação do ducto deferente na por- região cirúrgica durante a operação. Du- ve torção durante o processo de transloca-
ção caudo-medial do cordão espermático. rante a dissecção, é importante manter a ção. Este fato pode ser evitado colocando-
A experiência dos autores evidencia integridade do suprimento sanguíneo do se previamente uma sutura de identifica-
uma maior reação inflamatória e de ede- pênis. O sangramento é controlado por li- ção na pele do prepúcio antes da remoção
maciação no acesso similar à epididecto- gaduras19. do mesmo. A incisão de linha mediana ven-
ma em relação à vasectomia alta. Na rotina cirúrgica dos autores, ao in- tral é então fechada com suturas não ab-
vés de uso de tubos, a uretra do paciente é sorvíveis, em padrão interrompido, poden-
3.2. Técnicas Cirúrgicas sondada e ligada a um equipo com soro do realizar-se Cushing no subcutâneo com
que impedem a Cópula vazio, não havendo contaminação no cam- material absorvível. Animais zebuínos
Entre essas técnicas cirúrgicas estão: a po cirúrgico. apresentam excesso de pele e bainha pen-
aderência do pênis, retroflexão, formação A seguir é feita uma incisão circular da dular, assim é possível transpor o pênis e o
de fundo de saco prepucial, falectomia, des- pele na região do abdômen esquerdo ven- prepúcio em conjunto com a pele circun-
vio ventral de pênis, desvio lateral e trans- tral onde o orifício prepucial será translo- dante ao invés de dissecar e liberar o pênis
locação de óstio prepucial, remoção do li- cado, podendo apresentar angulação entre e o prepúcio da pele19. (Figura 2)
gamento apical e fixação de flexura sigmói-
de do pênis. Tubo no interior
Orifício
Apesar de serem impeditivas da reali- prepucial do prepúcio
zação da cópula, a elas podem estar associ- Sutura de identificação
adas às seguintes complicações pós opera- Incisões da pele Pênis e prepúcio
tórias: retorno a cópula e prenhêz indese-
jada de vacas, fibrose e exteriorização de
mucosa peniana e/ou pênis (evoluindo à
amputação), dor pós-operatória e dificul-
dade de monta, dentre outras.
O artigo citará as duas técnicas mais
utilizadas na rotina cirúrgica de bovinos: o
desvio lateral do pênis e translocação do
óstio prepucial e fixação da flexura sigmói-
de do pênis. Além das duas, será abordada
a técnica de remoção do ligamento apical,
modificada por VANDESTEEN JÚNIOR
(2010), que apresentou resultados satisfa-
tórios.
As demais técnicas são utilizadas em
menor escala, levando em conta resultados
negativos em relação ao bem estar animal,
dor e senciência8.

• Desvio Lateral do Pênis e


Translocação do óstio Prepucial Túnel subcutâneo
O Desvio Lateral do Pênis e Transloca-
ção do Óstio Prepucial é uma das técnicas Figura 2: Demonstração do Desvio Lateral de Pênis e Translocação de Óstio Prepucial
mais utilizadas, pois o desvio estabelecido (Fonte: TURNER& McILWRAITH,1985)
não traz limitações na monta ou dor, como
CARNEIRO (1975) citou que 3% dos
rufiões preparados pelos métodos de des-
vio lateral do pênis em 35º a 45º com linha
mediana ventral do abdome, podem adap-
tar a angulação do desvio e copular.

• Fixação da Flexura Sigmóide


A técnica a ser descrita será a proposta
por BEZERRA et al. (2007), que avaliou a
fixação da curvatura caudal da flexura sig-
móide, concomitante com a secção do mús-
culo retrator do pênis.
O procedimento cirúrgico inicialmente
se deu com incisão da pele em sentido crâ- Figuras 3:
Preparação e Incisão
nio-caudal, na linha média perineal. Con- para a fixação caudal
forme o tecido subcutâneo e os músculos da Flexura Sigmóide
semimembranáceos foram divulsionados em Bovinos
até localização da flexura sigmóide do pê- (Fonte: BEZERRA
et al, 2007)
nis, esta foi exteriorizada e tracionada no
sentido caudal, afastando-se a glande do
óstio prepucial.
O músculo retrator do pênis foi divul-
sionado, onde se procedeu a miectomia do
mesmo (Figuras 4). A túnica albugínea da
face lateral do pênis é escarificada com bis-
turi, recebendo quatro pontos separados
simples com fio de nylon comum 0,40 mm.
Segundo BEZERRA et al.(2007), os
animais submetidos a esta técnica não per-
deram a libido e não apresentaram dor du-
rante 90 dias.

• Técnica da remoção do
ligamento apical dorsal, modificada
por Vandesteen Júnior
A técnica tradicional de remoção do li-
gamento apical dorsal do pênis (LADP)
sempre foi questionada pelos cirurgiões de
bovinos, devido ao retorno do animal à fun-
ção reprodutiva.
Segundo RABELO et al. (2008) a sec-
ção do LADP e a retirada de um segmento Figuras 4:
de dois centímetros deste, com remoção seg- Exteriorização da
Flexura Sigmóide (A),
mentar, apresentaram desvios de pênis, Miectomia do m.
variando de ventral e lateral direito e de Retrator do Pênis (B)
graus leve, moderado e grave, tendo inca- (Fonte: BEZERRA
pacidade de cópula somente aqueles nos et al, 2007)
graus moderado e grave representando
aproximadamente 67% dos animais subme-
tidos a este método.
GÓMEZ (2004) relatou que já em 1988
se obtinham rufiões através da técnica da
secção do ligamento apical dorsal do pê-
nis, porém nesta técnica era realizada ape-
nas a secção do ligamento e sem inspeção
quanto à presença de novas fibras, neste (2010) propõe uma técnica modificada, na mg/kg), Acepromazina (0,02 a 0,1 mg/kg)
caso, os animais voltavam a copular as fê- qual faz parte a inspeção pós cirúrgica de e lidocaína infiltrativa local , manteve-se a
meas. fibras novas e/ou remanescentes. Através exposição de pênis sem a tração até então
A partir daí VANDESTEEN JÚNIOR da neuroleptoanalgesia com Xilazina (0,2 requerida em procedimentos só com Xila-
zina. Durante todo o procedimento cirúr- na dose de 1,1 mg/kg a cada 24 horas, du- 5 - GÓMEZ, M. Ajuste de la técnica operatoria del cor-
gico, o pênis permaneceu exposto, tracio- te del ligamento apical dorsal Del pene en toros recela-
rante 3 a 7 dias. PAES LEME et al. (2007)
dores o detectores de celo. Revista Virtual Visión Veteri-
nado por um auxiliar da equipe, por meio indicaram o uso de fenilbutazona na dose naria 2004; 3(10): http://www.visionveterinaria.com
de uma amarradura de crepom. Foi reali- de 5 a 10 mg/kg/IM , durante 5 dias, asso- (06.06.2004).
zada uma incisão longitudinal na região ciados ao uso de Florfenicol (20 mg/kg/48h/ 6 - HAFEZ, E.S.E. Reprodução animal, 4.ed . São Pau-
dorsal do pênis, no local pré-definido an- IM/2 aplicações), apresentando bons resul- lo: Editora Manole, 1988. 720 p.
teriormente e previamente anestesiado, com tados em animais azebuados. 7 - JOCHELE, W. et al. Preparation of teasers bull ramps
o auxilio de lâmina de bisturi. Em seguida Os curativos variam de acordo com os on boards by penis and prepuce desviation. Veterinary
foi realizada a dissecção da túnica albugí- cirurgiões, sendo utilizados povidine ou Medical., v.68, n.4, p.395-400, 1973.
nea utilizando tesoura de ponta romba e adstringentes (entre eles o óxido de zinco) 8 - LEITE RIBEIRO, A.C.C.; ALVES, G.E.S.; ABREU,
pinça dente de rato e após a visualização e sprays repelentes contendo sulfadiazina. J.J., et al. Uso da acepromazina 1% como meio auxiliar
do LADP e definido o ponto de clivagem, No desvio peniano pode-se lançar mão de na exposição do pênis bovino. Rev Bras Reprod Anim,
o ligamento foi cuidadosamente separado Belo Horizonte, v.8, n.1, p.9-11, 1984.
utilização de drenos de pen rose, no intuito
do corpo do pênis através de dissecção com de diminuir o seroma pós-operatório. 9 - LUNA, S.P.L. DOR. Senciência e bem-estar em ani-
tesoura de ponta romba, ficando a tesoura mais. Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v.11, suplemento 1,
p.17-21, abril, 2008.
entre o corpo do pênis e o LADP. A extre- 5. Conclusões
midade distal não aderida do ligamento foi 10 - MASSONE, F. Anestesiologia Veterinária: Farma-
Há a necessidade de mais estudos acer- cologia e Técnicas, 2.ed., Rio de Janeiro : Guanabara
pinçada com pinça hemostática Kelly e a ca da utilização de acepromazina em bovi- Koogan, 1994, 252p.
partir de então foi realizada a medida de nos nas técnicas cirúrgicas de rufiões, sen-
cinco centímetros, sentido proximal onde do que há divergência em relação ao seu 11 - MIES FILHO, A. Reprodução dos animais e inse-
foi fixada outra pinça do mesmo modelo. minação artificial. 5.ed. Porto Alegre: Sulina,1982,
uso pelos autores. Também são necessários 335p.
Foi realizada a secção das extremidades novos estudos em relação ao uso de outros
pinçadas obtendo-se assim a extirpação de fenotiazínicos associados à Xilazina em Bo- 12 - OEHME, F.W. Textbook of large animal surgery.
cinco centímetros do LADP. 2.ed., Baltimore: Williams & Wilkins, 1988, 714p.
vinos.
Segundo o autor a extirpação de cinco A partir da revisão desse artigo, ficou 13 - PAES LEME, F.O.; ALVES, G.E.S.; MARQUES
centímetros de ligamento é uma medida se- JR., A.P.; FALEIROS, R.R. Achados pós-operatórios e
demonstrado que o Desvio Lateral penia- anátomo-patológicos em Touros azebuados medicados
gura para a realização da cirurgia com no e a Translocação de Óstio Prepucial é a com fenilbutazona após transplante prepucial .Vet. Not.,
100% de sucesso, sendo que após dois anos técnica menos dolorosa e com resultados Uberlândia, v.13, n.2, p.9-14, jul./dez. 2007.
e meio de atividade como rufiões, os ani- satisfatórios, sendo indicada concomitan- 14 - RABELO, R.E. et al. Desmotomia apical experi-
mais ainda apresentavam a libido. temente com a vasectomia. mental em bovinos e efeitos do desvio peniano. Veteri-
Porém a Técnica da remoção do liga- nária e Zootecnia. v.15, n.2, p.312-324, 2008.
mento apical dorsal, modificada por VAN- 15 - ROSEMBERGER, G. 1997. Exame Clínico de Bo-
DESTEEN JÚNIOR (2010) pode tornar-se vinos. 4ª ed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janei-
ro, 419p.
uma indicação na rotina, devido a ser de
mais fácil e rápida realização em relação 16 - SALES, L.G. Desvio lateral de pênis e prepúcio,
ao Desvio Lateral peniano e a Transloca- com diferentes ângulos de inclinação e idades, e sua
relação com o comportamento sexual em bovinos (Bos
ção de Óstio Prepucial, necessitando de taurus taurus e Bos taurus indicus). Campos dos Goyta-
dados estatísticos complementares para cazes, 2006. 97f. Tese (Doutorado em Produção Ani-
uma conclusão mais precisa.  mal) Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias
da Universidade do Norte Fluminense, 2006.
17 - SHIPILOV, V.C. Surgical method for the perma-
Referencias nent lateral fixation of the bull’s prepuce and
penis.Veterinarya, Moscow, v.41, n.8, p.60-64, 1964.

1 - BEZERRA, K.B.; PEREIRA, H.P.; FEITOSA JÚ- 18 - SILVA, L.A.F.; BORGES, N.C.; FIORAVANTI,
Figura 5: Pênis bovino: Segmento do LADP a NIOR, F.S. Avaliação da técnica cirúrgica de fixação da M.C.S.; CARNEIRO, M.I.; SILVA, C.A. Modificação
ser extirpado, pinçado por duas pinças hemos- curvatura caudal da flexura sigmóide e miectomia do da técnica do desvio lateral do pênis no preparo de
táticas formando os limites a serem secciona- músculo retrator do pênis no preparo de rufiões em bo- rufiões bovinos. Goiânia: Escola de Veterinária, Uni-
dos. (Fonte: VANDESTEEN JÚNIOR, 2010) vinos. Acta Veterinaria Brasilica, v.1, n.4, p.130-136, versidade Federal de Goiás, 1994,17 p.
............................................................................... 2007.
19 - SILVA, L.A.F. et al. Complicações decorrentes da
2 - CARNEIRO, M.I. Preparação de rufiões bovinos. utilização da acepromazina associada à xilazina na pre-
4. Condutas Pós-Operatórias Técnicas cirúrgicas para formação de novo óstio prepu- paração cirúrgica de rufiões bovinos. Ciência Rural,
As cirurgias de rufiões, de uma forma cial. Colégio Brasileiro de Reprodução Animal., v.1, v.32, n.3, p.439-444, 2002.
p.2-24,1975.
geral, apresentam no pós-operatório ede- 20 - TURNER, A.S.; McILWRAITH, C.W. Técnicas
maciação e seromas. Assim faz-se neces- 3 - EURIDES, D.; PIPPI, N.L. Preparação de rufiões Cirúrgicas em Animais de Grande Porte. São Paulo:
sário o uso de antibióticos como a Penicili- bovinos por fixação da flexura sigmóide do pênis. Re- Roca, 1985, 341 p.
vista do Centro de Ciências Rurais, Santa Maria, v.13,
na, buscando a dose de 20 a 40.000 UI/kg, n.1, p.83-93, 1983. 21 - VANDESTEEN Júnior, C.A. Técnica de ressecção
respeitando a meia vida da penicilina es- do ligamento apical dorsal do pênis no preparo de rufi-
4 - EURIDES, D.; SILVA, L.A.F.; DALECK, C.R. et al. ões bovinos.Seropédica/RJ, 2010. 52f. Dissertação
colhida. Implante de cartilagem auricular autóloga no reparo de (Mestrado em Medicina Veterinária-Area de Ciências
Os anti-inflamatórios não esteroidais desvio de pênis de bovinos. Pesq. Vet. Bras. 29(3):258- Clínicas) Instituto de Veterinária da Universidade Fede-
mais utilizados são o Flunixin Meglumine 262, março 2009. ral rural do Rio de Janeiro, 2010.

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