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CONSULTORIA 1
Consultoria Empresarial: Contexto, Tendências e Definições
Aula 1
A onda inicial de crescimento no início dos anos 1980 foi estimulada pela demanda por
consultorias estratégicas e organizacionais. Já nos anos 1990, o impulso passou tanto
para a área da estratégia quanto para a de Tecnologia da Informação (TI).
2. Conceitos
Uma das dificuldades mais comuns quando se tenta definir CONSULTORIA é imaginar
que o profissional desta área seja apenas um exportador de conhecimentos. Nada
mais falso, porque os desafios empresariais estão aumentando e as empresas não
precisam apenas de conhecimento, como acontecia no século passado. Esta pode ser
ainda uma das variáveis que justificam as consultorias, mas atualmente as empresas,
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mesmo que detenham conhecimentos, perdem o controle dos seus negócios,
trabalham com margens mais comprimidas, experimentam competição intensa, lidam
com alterações em leis e regulamentos, além de fragmentarem seus negócios ou
apresentarem dificuldades de competir no ambiente virtual.
Os autores Crocco e Guttmann (2008) ressaltam ainda outra dificuldade: não é raro
que um agente externo ou funcionário recém-chegado agindo como auxiliar em um
processo decisório, atuando como intermediador de demissões ou operando como um
assistente técnico, seja confundido com um consultor, gerando desgastes e tornando-
se motivo de piadas.
Esse quadro dificulta uma melhor visão quanto ao conceito mais apropriado de
Consultoria Empresarial. Vamos destacar três possibilidades de definir CONSULTORIA,
seguindo o rastro dos autores:
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proporcionem a tomada de decisões mais adequadas ao atendimento das
necessidades da organização.
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3. Tendências
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centenárias e polivalentes corporações e a Ivix Value Creation, com poucos anos de
mercado e especializada em reestruturação e em fusões e aquisições.
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consultor deverá se especializar em sistemas de informação a fim de digerir os dados
e transformá-los em informação inteligente para as empresas contratantes.
2. A Gestão da Mudança
Aula 2
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Para se atingir a competência em qualquer ramo, são necessários três ingredientes:
conhecimento, habilidade e comportamento. Vamos partir dos princípios defendidos
por Crocco e Guttmann (2008) para delinear melhor como se pode atingir o nível de
competência necessário.
Conhecimento
O conhecimento tem duas bases nas quais deve ser construído: conhecimentos
comuns e qualificações específicas. No primeiro caso, os aspectos comuns a qualquer
consultor envolvem:
b) Raciocínio lógico – Focar naquilo que for essencial e relacionar os vários elementos
de uma equação que se apresentam como problema. Se o consultor conseguir
distinguir argumentos incorretos dos corretos, evitará armadilhas;
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consultor. Além disso, deverá fazer fluir esta informação pelos diferentes níveis
hierárquicos da empresa, organizando a mudança que deverá ser feita na empresa;
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quais o profissional possa se sentir mais seguro para exercer a atividade de consultor.
Por exemplo, no cargo de assessor de comunicação, o profissional adquire diversos
aprendizados: desenvolvimento de campanha publicitária, análise de mídias sociais ou
comunicação de marketing. Como voluntário de hospital, pode desenvolver
conhecimentos de pesquisa de satisfação de atendimento, telemarketing para
solicitação de doações ou gestão hospitalar.
Habilidades
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desempenho do consultor na proporção em que ele não consiga desenvolver a sua
habilidade de relacionamento humano com o cliente;
Administração - Deve-se considerar aqui tanto a gestão dos recursos do tempo, quanto
os recursos físicos e financeiros. Atenção especial deve ser dada aos agendamentos
ou ao cronograma do follow-up (acompanhamento) para a obtenção dos resultados.
O cumprimento dos prazos, a qualidade dos serviços e os esforços empregados
dependem desta habilidade;
Comportamento
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Valores consolidados – O consultor deve externar suas crenças e convicções no sentido
de proporcionar certa coerência nas atitudes. Evidentemente, o discurso não deve ser
arbitrário, mas é necessária certa dose de lógica e consistência nas ações.
Concluindo...
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É exatamente este o caso das intervenções da Consultoria. Em artigo no website
Administradores.com.br, ele defende que é através da ética que se constrói para o
cliente o diagnóstico, identifica-se o real problema, analisa-se e interpreta-se um
conjunto de diferentes variáveis. O consultor também estimula alternativas, busca o
consenso, fixa metas, acompanha a implantação, oferece resultados íntegros e
fortalece a relação profissional entre consultor e empresa contratante. Como construir
tudo isso sem ética? Bem, reconhecemos que isso é impossível. Mas, então, o que é
ética?
Conceitos
Também é necessário dizer que ética e moral são temas relacionados, mas diferentes,
porque moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos
culturais, hierárquicos ou religiosos, enquanto a ética, busca fundamentar o estilo de
vida através de um comportamento racionalizado e aceito normalmente. Costuma-se
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dizer que a moral é a prática da ética. Geralmente a moral é percebida como costume,
hábito, busca da fundamentação teórica para encontrar a melhor maneira de viver.
Tendo em vista estes pontos, podemos enumerar alguns aspectos relevantes que
devem nortear a ação dos consultores e suas relações com seus clientes, segundo
Crocco e Guttmann (2008):
O consultor relaciona e interage com o cliente de
forma individual e por meio de seus grupos sociais.
Em qualquer caso, as relações serão arbitradas pelos
valores e princípios de cada indivíduo e do grupo
social. Para cada caso, as condutas aparentes
mostram que princípios e valores são essenciais ou
secundários.
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Do ponto de vista de sua relação contratual com a empresa contratante, podemos
observar os seguintes princípios éticos que devem ser arrolados.
Referências
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Aula 3
Do ponto de vista legal, um consultor não pode ser qualificado como pequeno
empreendedor; logo, não precisa efetivar a formalização legal que os donos de
pequenos negócios necessitam. E caso o escritório de consultoria cresça e se
transforme em uma organização mais complexa?
Vamos fazer a seguinte suposição: você quer abrir uma consultoria e inicialmente não
deseja ter empregados. Você poderia ser enquadrado como microempreendedor
individual? Caso negativo, qual a forma mais adequada?
A consultoria não é uma atividade que possa ser enquadrada na categoria MEI
(microempreendedor individual). Como se trata de uma atividade de prestação de
serviço intelectual, temos duas opções: registrar-se como autônomo, se não tiver
sócios, ou abrir uma sociedade simples, se tiver um ou mais sócios.
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Já o registro de sociedade simples deverá ser feito no cartório de registro de pessoas
jurídicas. Há três tipos de sociedades simples admitidas por lei: sociedade em nome
coletivo; sociedade em comandita simples ou sociedade limitada. Veja as diferenças
no quadro DESTAQUE.
Isto significa que se você “vender” apenas o seu conhecimento, pode ser autônomo
ou atuar em sociedade simples; mas se passar a comercializar produtos decorrentes
desta informação, tem que se registrar como empresa ou sociedade empresária, que
tem uma estrutura mais complexa e cobrança de tributos diferenciada. Um especialista
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em ciências contábeis ou o SEBRAE, neste caso, poderá lhe ajudar a verificar em qual
categoria empresarial o seu negócio deve ser inserido.
Quem decide trocar o emprego por um negócio próprio na área de consultoria, seja
para atuar sediado na residência ou em escritório próprio, deve se organizar e planejar
bem para não ter prejuízo. No sistema home office (trabalho em casa) é possível
vender ou preparar os produtos e serviços em endereço residencial, o que reduz os
custos de manutenção da empresa e de transporte. Por isso, começar o negócio como
autônomo é uma alternativa para quem tem poucos recursos e pretende atuar em
uma área de consultoria que pode ser exercida em qualquer lugar, sem materiais ou
equipamentos.
Planejamento
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conta empresarial. A empresa que funciona em casa precisa ter um espaço separado
na residência, com iluminação e silêncio para não atrapalhar o foco no serviço. Uma
dica é separar uma linha de telefone apenas para o trabalho.
Vantagens e Desvantagens
Entre os principais benefícios para quem decide trabalhar em casa estão o ganho de
tempo sem o deslocamento no trânsito, a flexibilidade de horários e, com isso, o
aumento da qualidade de vida.
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3. Como Elaborar um Plano de Negócios para a Empresa
1. Ramo de Atividade
Neste item, identifique o ramo de atividade previsto para seu futuro empreendimento
(tecnologia da informação, vendas, marketing, produção, logística, sistemas de
informação, recursos humanos, finanças etc.) relativo ao setor de prestação de
serviços de consultoria. Acrescente as razões que determinaram sua escolha. Como
você se identificou com esse ramo?
2. Mercado
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De acordo com características das empresas: geográfica (bairro, cidade, região) e
institucional (atividade, interesse).
Pela relação dos clientes com o serviço de consultoria: por benefícios ou pela
lealdade aos seus serviços anteriores.
3. Mercado Concorrente
4. Mercado Fornecedor
Anote os serviços de consultoria (produtos) que pretende ofertar aos clientes no seu
empreendimento. Liste e descreva em detalhes. Explicite a inovação: deixe claras as
diferenças em relação ao que já existe no mercado. Identifique seus usos menos
evidentes e relacione as vantagens e desvantagens destes serviços em relação aos
concorrentes. Não se esqueça que, ao determinar os serviços de consultoria, eles
devem ser projetados com base nas informações sobre o mercado. Exemplos:
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Ramo de Tecnologia da Informação. Serviços de consultoria: Implementação e análise
de processos de gestão de TI, Diagnóstico de Comunicação empresarial integrada,
Avaliação de sistemas de informação de marketing, Automação industrial etc.
6. Localização
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7. Processo Operacional
Montar a estrutura do escritório para atender aos seus objetivos de planejamento. Que
trabalho será feito? Quem fará? Com que material e equipamentos? Como fazer?
Explique etapa por etapa.
Para projetar o volume de serviços (clientes atendidos x receita bruta), você precisa
considerar: a necessidade e a procura dos clientes pelos serviços projetados, os tipos
de serviços a serem oferecidos, disponibilidade de pessoal, capacidade dos recursos
materiais, disponibilidade de recursos financeiros e de materiais de suporte (peças
publicitárias, impressos, manuais etc.).
Sabemos que seria mais fácil projetar vendas em uma agência de viagens ou empresa
de materiais promocionais, mas no ramo de consultoria a dificuldade de prever clientes
é mais evidente. Quanto mais específico for o ramo ou área de atuação de sua empresa,
mais fácil se torna projetar o nível de faturamento, pela observação dos concorrentes
e a experiência adquirida como empregado. Por isso, é imprescindível que você tenha
tido experiência anterior neste ramo de conhecimento para ajudar a calcular este
faturamento inicial.
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Uma boa dica é pensar em termos de valor por hora trabalhada. Veja quantas horas
você dispensaria em média para cada cliente, multiplique pelo total de clientes mensais
projetados.
É necessário fazer uma projeção de todas as pessoas de que necessitará para tocar o
negócio. Isso inclui proprietários ou sócios, empregados, familiares. Relacione o tipo
de trabalho e a quem caberá fazê-lo, observando suas qualificações. Lembre-se, você
está montando uma consultoria qualificada e especializada.
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Lucro bruto
Despesas gerais
Lucro operacional
Imposto de renda + contribuições sociais (consultar)
Lucro líquido
Então, se a receita bruta mensal projetada for R$80.000,00 para o primeiro ano de
funcionamento da empresa de consultoria, o lucro líquido será uma proporção deste
valor, descontando todos os custos. Caso a empresa consiga reter 15% deste valor
todo mês, ela conseguirá acrescentar R$12.000,00 por mês na conta-corrente da
empresa.
Aula 4
Tipos de Consultoria
Quando abordamos sobre possíveis tipos de consultoria, não se deve projetar uma
tipologia tradicional única que contemple quatro ou cinco itens que se diferenciam
entre si por aspectos particulares. Será necessário identificar pelo menos três ou
quatro dimensões ou formas de classificação nas quais podem caber alguns tipos.
Vamos seguir as pistas dos autores Crocco & Guttmann (2008) e Cunha (2013) para
descobrir estas diversas combinações.
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1. Consultoria Interna e Consultoria Externa
Em primeiro lugar, por que caberia esta distinção? Para responder a essa pergunta,
vamos verificar algumas atividades desempenhadas no ambiente empresarial: quando,
por exemplo, um executivo necessita de coleta de dados, elaboração de diagnósticos
ou busca de soluções através de metodologias externas à empresa, na verdade, está
necessitando de um “consultor”.
O Consultor Interno
O consultor interno não faz parte do problema a ser analisado e resolvido, mas é
incumbido de tarefas que instigam o seu departamento a funcionar como um serviço
de consultoria dentro da própria empresa.
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DESTAQUE
Momento 1: Um analista de mídias sociais tem como chefe um gerente de marketing.
O gerente financeiro solicita a ele uma pesquisa de orçamento para implementação de
programa de monitoramento e métricas nas redes sociais. O gerente financeiro
responde ao diretor de controladoria. A despeito deste serviço específico, é preciso
ressaltar que há um contato de rotina entre o gerente de marketing e o diretor de
controladoria.
Momento 2: Ocorre a entrada do presidente da companhia, transformando o contrato
quadrangular em pentágono. O gerente de marketing se transforma em consultor
interno e o analista em assistente. O diretor de controladoria entra no contrato como
superior hierárquico do consultor interno.
Fonte: CROCCO e GUTTMANN (2008, p. 65-66). Adaptado
Alto grau de conhecimento dos fatores informais da empresa, que podem ser
corrigidos ou potencializados;
Participação efetiva em todo o processo da consultoria;
Facilidade de acesso a pessoas e grupos de interesse envolvidos;
Presença contínua nas reuniões, projetos e tarefas vinculadas à consultoria
contratada.
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O Consultor Externo
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3. Consultoria Especializada e Consultoria Total
Consultoria Especializada
É oportuno lembrar também que uma consultoria especializada (ou total) pode originar
a contratação de outras consultorias especializadas. Uma empresa de serviços de
marketing contratada para buscar as causas da diminuição do lucro líquido de uma
organização pode encontrar tanto variáveis mercadológicas (roteiro de vendas
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ineficiente, propaganda mal dimensionada, distribuição ineficaz etc.) como variáveis
humanas (falta de motivação, erros no recrutamento e seleção). Neste caso, a
empresa precisaria investir também em uma consultoria na área de recursos humanos.
Consultoria Total
Quando há uma oferta de serviços que engloba todas as áreas de uma empresa,
estamos diante de uma consultoria total. Alguns exemplos podem ser citados: quando
a organização está passando por uma reestruturação nos processos da empresa,
quando pretende ampliar suas unidades de negócios, quando está buscando
sobreviver e não tem consciência completa das causas que conduziram a tal situação
ou quando pretende lançar novos produtos com reorganização do posicionamento.
Segundo Cunha (p. 38), um tipo de consultoria ampla como essa passa por áreas
distintas e pode envolver: planejamento estratégico, análise do clima organizacional,
procedimentos e práticas operacionais, identificação de oportunidades,
desenvolvimento de talentos e gestão de competências, para citar algumas.
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DESTAQUE
Tanto a consultoria total como a especializada podem se subdividir em estruturada ou
particularizada. Na consultoria estruturada há a elaboração de modelos que por meio
de técnicas ou metodologias servem como roteiro para o consultor. Na consultoria
particularizada, exige-se do consultor um perfil mais experiente, tendo em vista que
ele foca nas particularidades da empresa, cujas soluções não se encaixam em modelos
prontos previstos em aplicativos financeiros ou gerenciamento de sistemas de
informação, por exemplo.
Consultoria Artesanal
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O tempo de contratação é mais demorado, pois deve existir uma administração do
tempo capaz de absorver todas as necessidades do cliente e fazer uma leitura ampla
das lacunas, visando a um produto sob medida.
Consultoria Pacote
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O nível de flexibilidade é mais reduzido, porque a rigidez da metodologia imprime um
caráter mais fechado ao contrato, com base em conceitos e práticas testadas.
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Alguns cuidados: Deve-se ter preocupação com o processo de mudança
organizacional, através de controles de prazos que permitam acompanhar as
atividades de apoio necessárias à geração de maior adesão dos colaboradores. É
preciso também evitar certa relação de dependência do consultor, evitando retornos
constantes por conta de transferência exclusivamente teórica ou circunscrita aos
tutoriais.
4. Consultoria Virtual
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constantemente atualizado nas ferramentas que brotam no mercado e nas diferentes
tecnologias para a execução dos serviços é um fator diferencial, além de ter
conhecimento técnico profundo e, preferencialmente, referências sólidas de
experiências anteriores.
DESTAQUE
Veja a experiência da Negocioteca – empresa de consultoria virtual. Disponível em:
<http://classificados.folha.uol.com.br/negocios/2014/02/1418754-empreendedores-
apostam-em-consultoria-virtual-para-microempresas.shtml>, acesso em 25/9/2016.
Segundo o website Prolucro, tudo pode ser feito utilizando telefone e ferramentas na
internet, como o Skype, e-mail e softwares específicos. As empresas devem possuir
aplicativos que permitam ao cliente seguir a execução do serviço em tempo real. Um
aspecto importante ressaltado no site é que a relação com o contratante possa ser
encriptografada.
O site ainda relata que, com a disseminação do ensino a distância, a consultoria on-
line começa a ganhar expressão no Brasil, mas seu maior desafio é superar a barreira
de não haver um encontro presencial, o famoso olho no olho. Alguns clientes optam
por uma opção mista: o primeiro encontro presencial e o restante do trabalho pode
ser feito a distância. Como a grande parte das cidades do Brasil não possui uma oferta
apropriada de consultores, essa é uma maneira de se obter desconto relevante nos
custos, pois deslocamento é o que mais encarece uma consultoria.
Aula 5
CONSULTORIA 36
problema resolver ou evitar. Além disso, não adianta contratar o serviço de consultoria
se não houver uma participação interativa com o consultor, na busca de uma solução
sob medida, mesmo que se realize com métodos ou padrões estabelecidos pelo
mercado.
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as palavras, constituindo o momento crucial no qual antipatias podem se estabelecer,
tornando a convivência mais difícil. Não há regras, mas considera-se que as indicações
de terceiros ou de algum diretor da empresa acenam positivamente para a
continuidade do contato por parte do consultor. Evidentemente, argumentar sobre
competências pessoais ou empresariais sem ouvir as necessidades preliminares, torna-
se uma desvantagem. É importante assegurar que o consultor consiga a permissão
expressa para encaminhar perguntas.
CONSULTORIA 38
Compromisso – É o resultado da visita que se concretiza através de um ato simbólico
que mobilize ambas as partes para as fases seguintes. Normalmente pode ser uma
visita com a presença do superior hierárquico que vai integrar a equipe de consultoria
triangular ou retangular, um envio de material adicional ou algo que demonstre o
acordo que se transformará em contrato.
CONSULTORIA 39
Perguntas de ação – estabelecem um padrão sobre o qual a solução poderá ser
desenvolvida pelo consultor. Ao invés de citar características dos produtos, é melhor
explorar o que o produto faz para a empresa, ou seja, a sua utilidade. “Seria útil se...?”
ou “se o resultado for maior em (...) qual dificuldade seria resolvida?”.
DESTAQUE
E a proposta? Agora, o processo de contratação está mais próximo e o cliente pode
solicitar ao consultor que apresente uma proposta. Esta é uma oferta de assistência e
não uma descrição teórica, devendo ser pensada em termos da competência do
consultor para elaborar soluções para as demandas do cliente. Toda proposta deve
ter: contexto e/ou histórico, termo de confidencialidade, objetivos do projeto de
consultoria, metodologia a ser adotada, trabalhos e atividades, cronograma,
observações. A experiência prévia do consultor e seu currículo podem ser enviados
como anexo.
Para elaborar uma proposta eficaz, conheça o projeto SEBRAETEC, que oferece
serviços especializados e customizados para implementar soluções em sete áreas de
inovação. Uma boa proposta começa com a definição clara dos serviços.
Acesse: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Programas/Sebraetec:-inovar-
no-seu-pequeno-neg%C3%B3cio-pode-ser-simples
Aula 6
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inteligência ou pesquisa de mercado poderão ser acionados. Vamos fazer algumas
reflexões a partir dos comentários de Cunha (2013).
Questões estratégicas
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mercado? Quais critérios foram utilizados na determinação das regiões e dos pontos
de venda? Quais são as alternativas tecnológicas? Quais são as políticas
governamentais de desenvolvimento e tributárias?
Operações
Recursos Humanos
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desligamento; Monitoramento das doenças ocupacionais e de acidentes de trabalho;
Legislação; folha de pagamento, horas extras, rotinas do setor de pessoal.
Comercialização
O autor Jeferson Cunha (2013) nos lembra que os obstáculos se interpõem já nesta
etapa por meio de receios sobre as prováveis alterações que decorrerão da análise.
Há também atitudes dos colaboradores que prejudicam e até comprometem a análise
do consultor.
CONSULTORIA 43
desconexão entre desejo e ação e é normalmente provocada por uma desarmonia
interna entre gestores. Neste caso, deve-se proceder à regressão no processo e, se
necessário, um delineamento novo para o trabalho que deve ser criado sob uma
posição consensual entre os gestores.
Por outro lado, considerando que as áreas a serem investigadas foram devidamente
preparadas e informadas acerca da necessidade e da relevância do trabalho, ainda
assim há cuidados que o consultor deve considerar:
Pelo que vimos, a investigação deve incluir todas as áreas que afetem a situação-
problema. Além disso, a visualização crítica e o acompanhamento dos possíveis
desdobramentos precisam ser do domínio do consultor e de todos os seus
interlocutores.
CONSULTORIA 44
DESTAQUE
Um último lembrete do autor: a análise das informações abrevia as ações mais
explícitas, assim como aquelas que, mesmo não estando previstas na intenção do
projeto inicial, podem surgir a partir dos levantamentos realizados. Nesses casos, o
consultor deve discriminar as ações e incluí-las na discussão do Plano de Ação,
esclarecendo aos gestores que tais tarefas, ainda que não previstas inicialmente,
precisam ser levadas em conta com base nos problemas detectados. Se possível,
devem ser mensuradas as perdas pela não adoção das atividades, a fim de reforçar a
argumentação.
CONSULTORIA 45
Qualitativos – preocupam-se em qualificar: certo ou errado, bom ou mau, sim ou
não, ida ou volta, mais ou menos, isto é, preocupam-se com a medição de crenças e
valores. Exemplos: impactos da missão, visão e valores da empresa, índice de
percepção de marca, vantagens da mudança do sistema de vendas, posicionamento,
diferenciação etc.
Estes indicadores podem ser recombinados de diversas formas e ainda devem ser
considerados aspectos diretos ou indiretos nas avaliações. Há também um caráter
absoluto ou relativo em cada informação medida, que deve ser considerado.
CONSULTORIA 46
Aula 7
Nessa fase, duas matrizes de fácil aplicação são normalmente utilizadas de modo a
facilitar a análise e a tomada de decisão:
CONSULTORIA 47
Matriz GUT (Gravidade, urgência e tendência)
Utilizada para avaliar cada uma das situações problemáticas encontradas. Por meio
dela é atribuída uma nota para cada uma das três características do problema e em
seguida obtém-se o grau de priorização de cada problema investigado. Observe o
quadro 7.1:
Após a priorização dos problemas, utilizamos a segunda matriz - Matriz Básico - que
se refere à priorização das soluções propostas.
Matriz Básico
CONSULTORIA 48
necessários, C significa os efeitos da solução sobre os clientes, e O é a
operacionalidade da solução apresentada. Observe o quadro 7.2.
CONSULTORIA 49
encabeçada por um título em inglês. Eles representam uma série de questões que
descreverão os pormenores de cada ação.
Planilha 5W2H
1. What (O quê?) - Aquilo que pretendemos atingir. Se houver mais de uma ação ou
meta, elas devem ser numeradas.
2. Why (Por que?) – Motivo ou razões para a ação.
3. Who (Quem?) - Nome do responsável ou representante pela ação que está sendo
discutida.
4. Where (Onde?) – O local interno ou externo à empresa onde se realiza a ação.
5. When (Quando?) - Indica os prazos ou períodos em que serão desenvolvidas as
ações descritas nas colunas anteriores e as datas-limite para a conclusão dessas ações.
6. How (Como?) - Método que será utilizado para a execução da ação proposta.
Nesse espaço é comum haver desdobramentos com a incidência de novas questões
envolvendo “o quê?” “quem?” “onde?” etc.
7. How much (Quanto?) – Custos da ação, quando houver. Caso haja
desdobramentos da ação, os custos devem ser informados de maneira detalhada.
O uso destas técnicas precisa vir acompanhado da cultura adequada para a sua
utilização. Assim, o consultor deve aplicar as ferramentas e capacitar os empregados
da empresa para proceder às readequações dos planos desenvolvidos. Há muitas
outras ferramentas que podem ser aplicadas durante a construção do Plano de Ação
e outras que podem auxiliar na etapa do diagnóstico e da coleta de informações.
Vimos na aula 6 que, em geral, existem quatro tipos de indicadores que podem servir
de padrão para o consultor utilizar no Plano de ação: qualitativos, quantitativos,
temporais e financeiros. Há outros modelos, mas utilizaremos este padrão adotado
pelos autores Crocco e Guttmann (2008), para apresentar dois exemplos:
CONSULTORIA 50
Indicador Quantitativo
Indicador Qualitativo
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3. Aspectos Metodológicos
Aula 8
Considerando que é uma matriz utilizável em consultorias, pode ser adaptada tanto ao
processo de gerenciamento do projeto, como para designar atribuições de
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responsabilidades e funções após a conclusão do serviço principal. Vamos abordar aqui
o seu uso na fase pós-projeto.
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Matriz para Funções e Fases
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Referências:
SANTANA, João. Como planejar sua empresa: roteiro para o plano de negócios.
Brasília: Edição Sebrae, 1993.
PORTALDOEMPREENDEDOR.GOV. Disponível em
CONSULTORIA 56
<http://www.portaldoempreendedor.gov.br>, acesso em 20/01/2016
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