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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

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PRODUTOS DE ADESÃO E COLAGEM

Professora: Sabrina Andrade Martins

NOTAS DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A madeira é um dos mais completos materiais gerados pela natureza,


relativamente leve, apresenta boa resistência mecânica e várias propriedades
favoráveis, quando comparado aos materiais sintéticos como o aço, o concreto e o
nylon. Entretando, apresenta limitações quanto às dimensões das peças serradas,
anisotropia, e defeitos naturais.
As dimensões das peças serradas (largura e comprimento) estão
condicionadas às dimensões das árvores. Já a anisotropia (propriedade inerente
da maioria das espécies de madeira) pode apresentar valores restritivos para
alguns usos. Assim, foram desenvolvidas algumas tecnologias de transformação
da madeira sólida em produtos recompostos de madeira, como compensados,
aglomerados, sarrafeados, OSB, MDF, vigas laminadas, blanks, etc.

Compensados e sarrafeados Aglomerados Vigas laminadas


Porém, para viabilizar a ligação estável e as peças, ou partículas, de
madeira foram desenvolvidos compostos denominados adesivos.

2. ADESIVO

2.1 A Evolução dos Adesivos

A utilização de adesivos encontra-se presente em inúmeros ambientes,


desde aqueles produzidos na natureza por insetos, peixes e aves que segregam
líquidos viscosos capazes de unir materiais para a fabricação de seus ninhos, até
aqueles produzidos atualmente pelo homem, utilizando a mais refinada tecnologia.
Nota-se então, que os adesivos possuem elevada importância tanto para a
natureza, quanto para o homem contemporâneo.

 1690 - Fundada na Holanda a primeira indústria de cola animal.


 1912 - Foi preparado o primeiro polímero, o acetato de vinila, matéria-prima
para a obtenção do adesivo de PVA.
 1937 - Introdução de adesivos de uréia-formaldeído.

Inicialmente tais compostos eram feitos a base de produtos animais,


caseína e amido. Tais adesivos eram eficientes para condições de baixa umidade.
Porém, com o aumento da necessidade de produtos mais resistentes, foram
criadas resinas sintéticas que, além de atualmente estarem amplamente
difundidas, são adequadas para as diversas situações de uso.

ADESIVO: São substâncias que, quando interpostas entre duas superfícies, de


natureza igual ou diferente, são capazes de uni-las através de forças
atrativas (química, mecânica ou ambas) com resultados finais de
resistência que superam os próprios substratos.
ADERENTE / SUBSTRATO: Termo usado para sólidos unidos por adesivos
(madeira).

ADESÃO: É a capacidade que uma substância possui de se fixar a um substrato.


A adesão pode ser química ou mecânica:
 Adesão química: ocorre quando o adesivo não ancora nos substratos. A
ligação ocorre através de forças moleculares (ligações iônicas e
covalentes). Exemplos: colagem de vidros c/ adesivo à base de borracha
de silicone, colagem de rótulos em frascos plásticos e ainda em peças de
madeira (com menor expressão).
 Adesão mecânica: ocorre sempre que se tem um substrato poroso
(madeira, por exemplo). O adesivo penetra fisicamente nos substratos,
mantendo-os unidos.
3 PRINCÍPIOS DA COLAGEM

O processo de colagem de madeiras se inicia com o espalhamento do


adesivo sobre a madeira. Esta primeira fase é o movimento do adesivo o qual é
finalizado com a sua solidificação (cura). Quando uma gota de adesivo entra em
contato com uma superfície sólida, duas forças entram em ação:

 A força de coesão do líquido que tenta manter a sua forma esférica numa
pequena energia superficial.
 A força de adesão entre o líquido (adesivo) e o sólido (madeira) controlado
pela força da tensão superficial que tenta arrebentar e estender a gota na
superfície da madeira.
Esta competição entre estas 2 forças é o que estabelece o nível de
umectação do substrato, e dependendo da intensidade destas forças, pode
resultar nas seguintes situações: umectação completa, incompleta e sem
umectação. O ângulo formado entre as superfícies da madeira com o menisco da
gota de adesivo é chamado de ângulo de contato e umectação.

3.1 Movimento do adesivo durante a colagem

Na formação da ligação substrato-adesivo-substrato, os adesivos executam


cinco ações de movimento, também chamado de funções de mobilidade do
adesivo:
 Fluidez: escoamento da massa líquida (adesivo) sobre a superfície do
substrato;
 Transferência: movimento do adesivo para a outra face do substrato;
 Penetração: movimento do adesivo para penetrar a estrutura capilar e porosa
do substrato;
 Umedecimento: movimento do adesivo para recobrir a estrutura
submicroscópica do substrato;
 Solidificação: movimentos envolvidos na mudança do estado físico (líquido 
sólido) através das seguintes etapas:
1) Secagem – é a retirada do solvente (água no caso dos adesivos vinílicos) por
evaporação natural ou forçada;
2) Polimerização - consiste na reação entre as moléculas do adesivo, que são
curtas, transformando-as em cadeias longas e complexas;
3) Cura – é o estágio final da polimerização do adesivo, que confere ao adesivo
propriedades diversas como: aumento da resistência mecânica, resistência à
umidade ou água e resistência térmica.

3.2 Formação das linhas de cola

Dependendo da intensidade das ligações químicas presentes no adesivo e


das funções de movimento do adesivo, as linhas de cola podem se apresentar
numa das seguintes situações:

 Faminta: ocorre quando o adesivo é absorvido totalmente pela madeira


(madeira muito porosa ou muito seca).
 Normal: condição ideal para uma boa colagem (umidade ideal).
 Não ancorada: se não houver uma penetração suficiente de adesivo no
substrato, a ancoragem será muito pobre, resultando em uma colagem de
baixa qualidade, sendo muito superficial.
 Pré-endurecida: problemas de tempo em aberto muito longo ou calor
excessivo do ambiente de trabalho.
Só se consegue determinar qual o adesivo de melhor penetração para um
dado substrato, após se conhecer minuciosamente este substrato.

3.3 Transferência das tensões


O adesivo depois de curado tem que se adaptar aos movimentos dos
substratos a fim de reduzir o efeito das tensões que ocorrem na linha de colagem.

3.4 Coesão

É a resistência interna de uma substância. Para os adesivos é a resistência


interna da camada adesiva seca, polimerizada ou curada.
Quanto mais duro for o adesivo, após a secagem ou cura, maior será a sua
coesão.
Porém, é importante que haja um perfeito equilíbrio entre a coesão do
adesivo e os movimentos exercidos pelos substratos, para que haja uma
adequada transferência de tensões entre as partes. Isso pode levar a duas
situações distintas:
A) Coesão excessiva

Faz com que o substrato se rompa próximo à linha de colagem, pois a


camada adesiva não acompanha o movimento dos substratos.

B) Coesão baixa

Facilita a abertura da linha de colagem, pois a camada adesiva não


consegue transferir as tensões de um substrato para o outro.

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