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Selmo Kuperman

DESEK

selmo@desek.com.br
Tel: (5511)3892 2006
ALGUMAS REFERENCIAS
 Melo, A.V., “Analises de risco aplicadas a barragens de enrocamento: estudo de
caso de barragens da Cemig GT”, Mestrado,UFMG, 2014
 Melo, A.V. e Fusaro, T.C., “Avaliação de metodos de analise de riscos aplicados
a barragens”, XXX SNGB, 2015
 Vianna, L.F.V., “Metodologias de analise de risco aplicadas em planos de ação
de emergencia de barragens: auxilio ao processo de tomada de decisão”,
Mestrado, UFMG, 2015
 Hartford, D.N.D., Baecher, G.B., “Risk and Uncertainty in Dam Safety”, Thomas
Telford Ltd., London., 2004
 US Bureau of Reclamation – RCEM – Reclamation Consequence Estimating
Methodology, 2014 (Interim Report)
 Pimenta, M.L. (2008). “Abordagens de Riscos em Barragens de Aterro”,
Doutorado, Universidade Técnica de Lisboa, Portugal
 Caldeira, M.M.S.C., “Analises de riscos em geotecnia – aplicação a barragens
de aterro”, LNEC, Lisboa, Portugal, 2008
 Viseu, T., “Segurança dos vales a jusante de barragens. Metodologias de apoio
a gestão do risco”, Doutorado, IST, Lisboa, Portugal
 Bowles, D.S., “Dam safety portfolio risk assessment and management”, São
Paulo, 2006
O QUE SÃO
RISCOS?
• Riscos de ruptura?

•Riscos operacionais? Nao gerar energia?


Paralisar o abastecimento de água?

•Riscos ao meio ambiente? Às populações de


peixes?

Riscos à vida humana?

Selmo Kuperman
AVALIAÇÃO DE RISCO
(Segundo Salmon – 1995)

•O que pode dar errado? (Ameaça)

• Quando isso é provável?


(Probabilidade de ruína)

• Que danos isso causará?


(Conseqüência da ruína)

• Quão segura é a barragem?

Selmo Kuperman
BARRAGEM DE PROSERPINA
Funcionando hà ~ 2000 anos
(Fonte: Vianna, apud Balbi 2008)
Qual vida util se espera da barragem?
Atividades fundamentais de gestão de riscos segundo a
ABNT NBR ISO 31.000:2009.
(apud Melo, A.V. e Fusaro, T.C.)

 - Identificação de riscos (Risk identification): processo de busca,


reconhecimento e descrição de riscos; envolve a identificação das
fontes de risco, eventos, suas causas e suas consequências
potenciais, podendo fazer uso de dados históricos, análises teóricas,
opiniões de pessoas informadas e especialistas, e as necessidades
das partes interessadas;
 - Análise de riscos (Risk analysis): processo de compreender a
natureza do risco e determinar o nível de risco, ou seja, a magnitude
de um risco expressa em termos da combinação das consequências e
de suas probabilidades;
 - Avaliação de riscos (Risk evaluation): processo de comparar os
resultados da análise de riscos com os critérios de riscos para
determinar se o risco e/ou sua magnitude é aceitável ou tolerável.

Selmo Kuperman
DEFINIÇÕES DA ABNT ISO 31.000
 Risco = efeito da incerteza nos objetivos

 NOTA 1 Um efeito é um desvio em relação ao esperado – positivo e/ou negativo.

 NOTA 2 Os objetivos podem ter diferentes aspectos (tais como metas financeiras, de
saúde e segurança e ambientais) e podem aplicar–se em diferentes níveis (tais como
estratégico, em toda a organização, de projeto, de produto e de processo).

 NOTA 3 O risco é muitas vezes caracterizado pela referência aos eventos potenciais e às
consequências, ou uma combinação destes.

 NOTA 4 O risco é muitas vezes expresso em termos de uma combinação de


consequências de um evento (incluindo mudanças nas circunstâncias) e a probabilidade de
ocorrência associada.

 NOTA 5 A incerteza é o estado, mesmo que parcial, da deficiência das informações


relacionadas a um evento, sua compreensão, seu conhecimento, sua consequência ou sua
probabilidade.

 Gestão de riscos = atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização


no que se refere a riscos

Selmo Kuperman
DEFINIÇÕES DA ABNT ISO 31.000
 Evento = ocorrência ou mudança em um conjunto específico de
circunstâncias
 NOTA 1 Um evento pode consistir em uma ou mais ocorrências e pode ter várias
causas.
 NOTA 2 Um evento pode consistir em alguma coisa não acontecer.
 NOTA 3 Um evento pode algumas vezes ser referido como um "incidente" ou um
"acidente".
 NOTA 4 Um evento sem consequências também pode ser referido como um
"quase acidente", ou um "incidente" ou "por um triz".

 Consequência = resultado de um evento que afeta os objetivos


 NOTA 1 Um evento pode levar a uma série de consequências.
 NOTA 2 Uma consequência pode ser certa ou incerta e pode ter efeitos positivos
ou negativos sobre os objetivos.
 NOTA 3 As consequências podem ser expressas qualitativa ou quantitativamente.
 NOTA 4 As consequências iniciais podem desencadear reações em cadeia

Selmo Kuperman
Perspectivas de sociedades orientadas para a segurança e o risco
(Fonte: Vianna, apud Rettemeier, 2002)

Fontes de incertezas associadas a barragens: variabilidades físicas


(heterogeneidade dos materiais e da construção), variabilidades estatísticas
(controle da qualidade) e incertezas sobre os modelos (de cálculo –
simplificações).

Selmo Kuperman
Processo de gestão de riscos segundo a
ABNT NBR ISO 31.000:2009.
(apud Melo, A.V. e Fusaro, T.C.)

Selmo Kuperman
DEFINIÇÕES
 Risco = combinação de conceitos
 O que pode acontecer? (ruptura da barragem)
 Qual a chance de que ocorra? (uma combinação da probabilidade de ocorrência de
certos carregamentos e a probabilidade de ruptura para estes carregamentos)
 Quais são as consequências? (fatos que resultam da ruptura da barragem)
Risco = ∑ {P (Eventos) x P (Falhas devidas aos Eventos) x P
(Consequências)}
ou Risco = Probabilidade de Ruptura x Consequências

PERIGO (o que pode causar


perigo?)
DESEMPENHO (como o
sistema reagirá?)
EXPOSIÇÃO (quem/que está no RISCO
caminho do perigo?) (probabilidade e severidade
de consequências adversas
VULNERABILIDADE (quão
suscetível ao perigo?)
CONSEQUENCIA
(qual o dano?)

Componentes do Risco (cf. USACE)

Selmo Kuperman
METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE RISCO
 Mais Qualitativas
 Índices de Risco
 Diagramas de Localização, Causa e Indicadores de Falhas (LCI)
 Análise dos Modos de Falhas e seus Efeitos (FMEA = Failure Mode and
Effects Analysis)
 Etc
 Tanto Qualitativas quanto Quantitativas
 Análise por Árvore de Eventos (ETA = Event Tree Analysis)
 Análise por Árvore de Falhas (FTA = Failure Tree Analysis)
 Etc
 Limitações
 Qualitativas = subjetivas
 Quantitativas = aplicação restrita - dificuldade na caracterização das
incertezas envolvidas.
 Ainda não se consegue modelar adequadamente a realidade.

Selmo Kuperman
Histórico do desenvolvimento das práticas de
gestão de riscos em barragens
(Hartford apud Melo e Fusaro, complementado por Kuperman)

1992-SABESP 2010-2012
Lei 12334 e ANA
1984
1996-CEMIG

1964

Ministério do
Interior
Brasil 2002

Atualmente a maioria dos países: Brasil, EUA (FERC, FEMA, USACE, USBR), Canadá,
Austrália, Espanha, Portugal, Croácia, etc, etc.

Selmo Kuperman
PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
(Bowles 2010, apud Melo)

 Externos
 Internos (estruturais da barragem)
 Internos (fundações e ombreiras)
Eventos Iniciadores  Estruturas auxiliares
 Intrínsecos (projeto/construção)
 Efeitos de envelhecimento
 Operacional
 Induzidos
PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
(Bowles 2010, apud Melo)

 Externos: galgamento, erosão superficial, perda de proteção superficial do


talude, instabilidade de encostas, sismos e cheias;
 Internos (estruturais da barragem): instabilidade de massa, escorregamento,
percolações elevadas, erosão interna, deformações e recalques, liquefação, perda de
integridade do núcleo, efeitos de interface, poropressões e subpressões elevadas,
obstrução de drenagem, tensões locais elevadas, buracos de animais e efeitos de
crescimento de vegetação;
 Internos (fundações e ombreiras): instabilidade de massa, escorregamento,
erosão interna, deformações e recalques, interface barragem/fundação, poropressões
elevadas, perda de integridade de cutoff, liquefação e cavidades;
 Estruturas auxiliares: instabilidade, tensões e fissuras, deformações
excessivas, poropressões, válvulas, comportas e equipamentos de controle;
 Intrínsecos (projeto/construção): concepção, projeto, detalhamento e construção
inadequados;
 Efeitos de envelhecimento: deterioração de materiais e componentes,
desagregação de solos e rochas e efeitos térmicos;
 Operacional: falha de operação (erro humano), monitoramento e manutenção
inadequados e bloqueio de vertedouros;
 Induzidos: aviões e outros impactos, sismos artificiais, vandalismo e terrorismo.

Selmo Kuperman
Síntese do processo de Análise de Risco
(cf. Bowles)

a) o que pode dar errado, porque e como, e


b) suas consequências

Identificação
dos modos
de falha
PFMA

Selmo Kuperman
O processo de quantificação de risco:
probabilidade (f) e consequências ($, N)
(cf. Bowles)

Análise de risco

Identificação Estimativa
dos modos de risco
de falha
PFMA

Selmo Kuperman
O processo de examinar e avaliar o significado do risco
(cf. Bowles)

Avaliação de risco
e Tomada de Decisão

Análise de risco
Apreciação
de risco
Emprego do
Identificação Estimativa conceito de riscos
dos modos de risco toleráveis
de falha
PFMA

Selmo Kuperman
Gestão de Risco de Segurança de Barragens
Tomada de decisão
(cf. Bowles)

Avaliação de risco
e Tomada de Decisão Controle de
Risco
Análise de risco
Apreciação - Estrutural
de risco
- Atividades
Identificação recorrentes
dos modos Estimativa
de risco
de falha - Reavaliação
PFMA periódica

Selmo Kuperman
ETAPAS DE UMA ANÁLISE DE RISCO
(cf. Hartford e Baecher, apud Melo)

1 - Definição de escopo e seleção de métodos de análise;


Avaliar o objetivo do estudo, tipo de barragem, perigos a serem analisados, conhecimento da equipe,
disponibilidade de recursos, requisitos e disponibilidade de informação, etc.
2 - Identificação e definição dos perigos;
Condições que possam gerar danos para o sistema da barragem. No caso de análises de risco
quantitativas, as probabilidades associadas à ocorrência dos perigos devem ser estimadas.
3 - Identificação dos modos de falha;
Modos como a barragem, fundações, ombreiras ou estruturas anexas podem falhar.
4 - Resposta da barragem e estimativa da probabilidade de falha;
Modelada de acordo com o método de análise escolhido, podendo assumir diversas formas (FMEA,
ETA, FTA).
Três métodos principais para estimar probabilidades:
Julgamento de Engenharia = estimativa subjetiva com painel de especialistas
Estatístico = baseia-se em dados históricos de rupturas, etc.
Probabilístico = trata as incertezas como uma distribuição de probabilidades.

Selmo Kuperman
ETAPAS DE UMA ANÁLISE DE RISCO
(cf. Hartford e Baecher, apud Melo)

5 - Estimativa da consequência de falha da barragem;


Identificação e avaliação dos impactos diretos e indiretos devido à falha, estendendo-se a outros
sistemas, como o vale a jusante.
6 - Estimativa do risco;
Cálculo da grandeza matemática que traduza o estado da barragem . É apenas uma representação
matemática do estado de conhecimento da barragem e a confiança no seu desempenho futuro.
7 – Documentação = detalhada;
8 – Verificação = detalhada;
9 - Atualização da análise = periódica.

Selmo Kuperman
APRECIAÇÃO DE RISCO
 Conceitos: critérios de aceitabilidade e tolerabilidade = subjetivos /
interesses políticos, sociais, econômicos, legais
 Valorização da sociedade casos de mesmo risco como p. ex:
acidentes aéreos (baixa probabilidade, alta consequência) x acidentes
terrestres (alta probabilidade, baixa consequência)
 Equidade (cidadão tratado de modo justo) x Eficiência (emprego de recursos
limitados para reduzir os riscos ao mínimo aceitável)
Aumento dos riscos individuais e da sociedade

Região
inaceitável

Região
tolerável

Região amplamente
aceitável

Princípios de aceitabilidade e tolerabilidade (cf. HSE (Health and Safety Executive-UK, apud Melo)
Selmo Kuperman
APRECIAÇÃO DE RISCO
 Região tolerável: princípio ALARP (As Low As Reasonably Practicable)

Curva F-N para o risco da sociedade (cf. Canadian Dam Association, apud Melo)
Selmo Kuperman
APRECIAÇÃO DE RISCO
Princípio ALARP – Exemplos de curvas F-N (Rettemeier, apud Melo)

Selmo Kuperman
SOCIETAL RISK – EXISTING DAMS

Risk Assessment Update and Applications - Nov 2008


SOCIETAL RISK – NEW DAMS OR
MAJOR AUGMENTATIONS
MAJOR
AUGMENTATIONS AUGMENTATIONS

Risk Assessment Update and Applications - Nov 2008


EXEMPLOS DE APRECIAÇÃO DE RISCO

Matriz de risco com 5 classes de


consequências e probabilidades
(cf. Pimenta, apud Melo)

Matriz de risco com 4 classes de


consequências e probabilidades
(USBR, apud Melo)
RESUMO DE ALGUNS MÉTODOS EMPREGADOS

Características principais dos métodos utilizados


Métodos Autor Ano divulgação Nº de classes Descritores
Índice global de risco ICOLD 1982 3 11
Índice global de risco ICOLD/INAG/LNEC 2001 3 11
modificado
Índice de Lafitte Lafitte 1996 3 16
Metodologia de classificação Kuperman et al. 1994 2 16
Sabesp
Metodologia de classificação Fusaro 1999 3 18
Cemig Potencial de risco Menescal et al. 2001 3 15
Matrizes de classificação Lei Brasil/CNRH 2012 4 21
12.334
USACE – PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RISCO

DSAC 1 = Muito alta


urgência
DSAC 2 = Alta urgência
DSAC 3 = Moderada
Urgência
DSAC 4 = Pequena
urgência
DSAC 5 = Normalidade

Selmo Kuperman
COMUNICAÇÃO DO RISCO À SOCIEDADE
Aspectos que devem ser levados em consideração pelos
empreendedores:
 Porque comunicar?

 Qual é o público?

 O que se quer aprender com o público?

 O que o público quer saber?

 O que se quer explicar?

 Como comunicar?

 Como ouvir?

 Como responder?
ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS BASEADA EM ÍNDICES
(cf. Melo e Fusaro)

1) ICOLD (1982) – Índice Global de Risco


• Fatores externos ou ambientais (Fator E): fontes de perigo: sismicidade, escorregamento
de taludes no reservatório, cheias superiores às de projeto, tipo de operação do reservatório
e ações ambientais agressivas;
 Condição da barragem/Confiabilidade (Fator F): considera a adequação do
dimensionamento estrutural, das fundações, órgãos de descarga, manutenção da barragem;
 Danos humanos e econômicos potenciais (Fator R): relacionado aos potenciais danos da
eventual ruptura da barragem, considerando o volume do reservatório e a existência de
instalações a jusante.
 Todos os descritores são classificados por meio de uma escala qualitativa e o Índice de Risco
é o produto dos índices parciais das três classes.
2) ÍNDICE DE LAFITTE
• Condicionantes locais (sismicidade, hidrologia, aporte de sedimentos, clima, geologia,
estabilidade dos taludes do reservatório)
• Confiabilidade da obra (qualidade do corpo da barragem, qualidade das fundações, variação
do NA do reservatório, órgãos de descarga, descarregador de fundo, monitoramento,
operação e manutenção)
• Impactos socioeconômicos a jusante (consequências na população, consequências no
meio ambiente, estruturas e infraestruturas, importância da infraestrutura e sistemas de
aviso).
• O Índice de Risco (IG) é uma composição dos índices parciais das três classes.
ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS BASEADA EM ÍNDICES

3) SABESP-1992 e 2001 = Trabalho Pioneiro no Brasil


ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS BASEADA EM ÍNDICES
(cf. Melo e Fusaro)

4) ÍNDICE DE RISCO – CEMIG 1996


 R = (P + V) x C
 - Potencial de risco (P): características técnicas do projeto (tipo de
barragem, tipo de fundação, idade);
 - Vulnerabilidade (V): atendimento a critérios de projeto atuais e
ao estado atual da barragem;
 - Consequência (C): consequência de uma eventual ruptura da
barragem (volume do reservatório, potência gerada, danos a
jusante).

 R é utilizado na priorização das atividades de segurança de barragens


e na alocação de recursos de manutenção civil.
ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS BASEADA EM ÍNDICES

5) POTENCIAL DE RISCO - 2002


Menescal , R. e outros – COGERH
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

 Periculosidade: dimensões da barragem, volume reservatório, tipo de


barragem, tipo de fundação, vazão de projeto.

 Vulnerabilidade: tempo operação, existência de projeto, confiabilidade das


estruturas vertedouras, tomada d’água, percolação, deformações,
assentamentos, afundamentos, deterioração dos taludes-paramentos.

 Importância: volume útil, população a jusante, custo da barragem.


 Potencial de Risco: (P+V)/2 I
ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS BASEADA EM ÍNDICES

6) CNRH conforme Lei 12.334/2010


CRI = Categoria de Risco = CT+ES+PS (Caracteristicas Técnicas +
Estado de Conservação + Plano de Segurança de barragens)
DPA = Dano Potencial Associado
ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS BASEADA EM
MODOS DE FALHA E SEUS EFEITOS
(cf. Melo e Fusaro)

 FMEA = Failure modes and effects analysis = análise dos


modos e efeitos de falha
 FMECA = Failure modes effects and criticality analysis = análise
dos efeitos dos modos de falha e sua criticidade.
 Objetivo = identificar a severidade de modos de falha potenciais e prover as bases
para a definição das medidas de mitigação eventualmente necessárias para redução
do risco.
 A análise realizada por um grupo de pessoas qualificadas e com base na
documentação de projeto, operação e manutenção das estruturas. O método pode
incluir uma estimativa da probabilidade de ocorrência dos modos de falha, utilizando
julgamento de engenharia. No mínimo, deverão ser detalhados os seguintes itens:
- Identificação do sistema e subsistemas;
- Identificação dos componentes (ou elementos) e suas funções;
- Identificação dos modos de falha e causas associadas;
- Efeitos e medidas de controle.
EXEMPLO DE FMEA - AES
Causa Causa Ações
Consequencia Corretivas e
Falhas Primaria Secundaria
Preventivas
Modos de falha ( barragens de terra)
Exemplo com Instrumentação
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE FMECA
(cf. Melo)

Ocorrencia

Severidade
Modos

Detecção
Causas Efeitos
Identifi- potenciais Metodos
potenciais potenciais Ação Resultados da
cação de falha detecção
de falha de falha recomendada ação

- Índice de ocorrência (O) = probabilidade da falha ocorrer;


- Índice de severidade (S) = impacto ou gravidade dos efeitos da falha;
- Índice de detecção (D) = eficiência (ou probabilidade) dos controles de detecção da falha;
- Número de prioridade de risco (NPR ou RPN – Risk Priority Number) = produto da
ocorrência, severidade e detecção.
ANÁLISE QUANTITATIVA DE RISCOS
(cf. Melo e Fusaro)

1) ETA = Event Tree Analysis = Análise por árvore de eventos


ESTRUTURA DE UMA ARVORE DE EVENTOS – EXEMPLO DE
FISSURA TRANSVERSAL NA CRISTA DE BARRAGEM DE TERRA
Fissura transversal na crista de barragem de terra (Exemplo de Fell e Foster, ANCOLD, 2008)
ESTRUTURA DE UMA ARVORE DE EVENTOS – EXEMPLO DE ÁBALO SÍSMICO
(cf. Hartford e Baecher, apud Melo)
ANÁLISE QUANTITATIVA DE RISCOS
(cf. Melo e Fusaro)

2) FTA = Fault Tree Analysis = Análise por árvore de falhas


EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE ARVORE DE FALHA
(Fonte: Comissão Nacional Portuguesa das Grandes Barragens, 2005)
RCEM
Reclamation Consequence Estimating Methodology

 É metodologia empírica, baseada em 60 casos


históricos de ruptura de barragens
 Aplica Taxas de Mortalidade variáveis, que são
baseadas em tempos de aviso às populações,
intensidade da inundação (profundidades e
velocidades), além de outros fatores
 Taxa de Mortalidade = percentual de possíveis
fatalidades resultantes de uma ruptura da barragem,
aplicada ao total da população que esteja em risco
RCEM – Reclamation Consequence
Estimating Methodology

Pouco ou nenhum aviso– Taxa de Mortalidade x PV


Taxa de Mortalidade
Taxa de Mortalidade

PV (profundidade x velocidade, ft2/s)


PV (profundidade x velocidade, ft2/s)

RCEM – Taxas de Mortalidade para casos com pouco ou nenhum tempo de aviso
RCEM – Reclamation Consequence
Estimating Methodology
Taxa de Mortalidade Aviso em tempo adequado – Taxa de Mortalidade x PV

PV (profundidade x velocidade, ft2/s)

RCEM – Taxas de Mortalidade para casos com adequado tempo de aviso


RCEM
Estimativa da Perda de Vidas
1. Selecionar cenários de ruptura
2. Selecionar épocas (dia, noite, final de semana, etc)
3. Avaliar mapas de inundação e definir áreas a serem atingidas
4. Estimar a severidade da cheia nas áreas inundáveis (variações
de Profundidade x Velocidade)
5. Estimar a população que estará em risco (PAR=people at risk)
6. Estimar as perdas de vida em cada área atingida, para
diferentes cenários
7. Avaliar como as incertezas e variabilidades podem afetar os
cálculos
8. Documentar todas as hipóteses assumidas e discutir a
confiança nos cálculos de estimativas de perdas de vida.
COMENTÁRIOS
(cf. Melo e Fusaro)

 Análises qualitativas
 Métodos baseados em índices de riscos e matrizes de classificação
tendem a uma análise realizada de forma mais global
 Métodos de índices geralmente são de fácil entendimento e de aplicação
simples e rápida
 Não requerem a disponibilização de informações muito detalhadas sobre
as estruturas
 FMEA tem como vantagens permitir: (1) avaliar os efeitos e sequência de
acontecimentos decorrentes de cada modo de falha; (2) determinar a
importância de cada modo de falha; (3) avaliar o impacto sobre a
confiabilidade e segurança do sistema considerado; (4) classificar os
modos de falhas estudados
 Análises de risco qualitativas para portfólio de barragens por meio de
índices de risco e matrizes de classificação, embora simples e subjetivas,
permitem uma classificação expedita das estruturas com base no risco
COMENTÁRIOS
(cf. Melo e Fusaro)
 Análises quantitativas
 São mais rigorosos e adequados cientificamente para se tratar de risco.
 As construções de Árvores de Falhas (ETA) podem ser difíceis para alguns modos
de falha, se não impossíveis de serem desenvolvidas corretamente, atualmente.
Isto se deve à complexidade de mecanismos de falhas em barragens de terra e
enrocamento e a dificuldade de quantificação das probabilidades de falha.
 a análise das sucessões de eventos que conduzem à falha e da importância
relativa dos vários eventos é um grande benefício do método FTA, porém, como as
barragens são sistemas altamente complexos, o método pode se tornar bastante
extenso, dificultando sua aplicação.
 A credibilidade de uma árvore de eventos depende muito da estimativa dos valores
numéricos de probabilidade que são baseados em dados históricos ou
probabilístico.
 O valor numérico obtido para um risco deve ser sempre usado com
precaução, face às incertezas existentes e limitações os métodos de análise.
 Tanto o ETA como o FTA, são inviáveis para uma análise direta e global do risco de
um sistema barragem, já que haveria de se considerar inúmeras árvores
associadas.
 As probabilidades de ruptura de barragem são geralmente baixas (10-4 a 10-5/ano).
 Muito cuidado com decisões de aceitação do risco, pois as consequências de uma
ruptura podem ser catastróficas.
CONCLUSÕES
 Análises de risco são importantes, tanto para empreendedores que
possuem uma barragem quanto para os que tem várias barragens.
 Os proprietários de barragens deveriam adotar alguma metodologia de
análise de risco, seja para conforto da sociedade como também para
priorizar suas atividades de reparo e manutenção.
 Embora as análises quantitativas sejam mais consistentes, pois
empregam valores numéricos de probabilidades e consequências, ainda
dependem de melhorias contínuas para virem a superar as vantagens
dos métodos qualitativos.
 As análises qualitativas são subjetivas, mas permitem uma classificação
expedita baseada no risco e que emprega conhecimentos específicos de
engenharia de barragens.
 A atual classificação qualitativa empregada de acordo com a Resolução
143 do CNRH é adequada e deve ser utilizada pelos proprietários de
barragens. Deve entretanto ser melhorada assim que novas informações
sobre seu uso estejam disponíveis e à medida que o estado da arte do
conhecimento sobre o assunto progrida.
AGRADEÇO A ATENÇÃO !!

Selmo Kuperman

DESEK
Av. Nove de Julho 3229, cj.1511
01407-000, São Paulo, SP, Brasil
selmo@desek.com.br
Tel: (55-11)3892 2006/ Cel: (55-11)99 175 2583

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