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DESEK
selmo@desek.com.br
Tel: (5511)3892 2006
ALGUMAS REFERENCIAS
Melo, A.V., “Analises de risco aplicadas a barragens de enrocamento: estudo de
caso de barragens da Cemig GT”, Mestrado,UFMG, 2014
Melo, A.V. e Fusaro, T.C., “Avaliação de metodos de analise de riscos aplicados
a barragens”, XXX SNGB, 2015
Vianna, L.F.V., “Metodologias de analise de risco aplicadas em planos de ação
de emergencia de barragens: auxilio ao processo de tomada de decisão”,
Mestrado, UFMG, 2015
Hartford, D.N.D., Baecher, G.B., “Risk and Uncertainty in Dam Safety”, Thomas
Telford Ltd., London., 2004
US Bureau of Reclamation – RCEM – Reclamation Consequence Estimating
Methodology, 2014 (Interim Report)
Pimenta, M.L. (2008). “Abordagens de Riscos em Barragens de Aterro”,
Doutorado, Universidade Técnica de Lisboa, Portugal
Caldeira, M.M.S.C., “Analises de riscos em geotecnia – aplicação a barragens
de aterro”, LNEC, Lisboa, Portugal, 2008
Viseu, T., “Segurança dos vales a jusante de barragens. Metodologias de apoio
a gestão do risco”, Doutorado, IST, Lisboa, Portugal
Bowles, D.S., “Dam safety portfolio risk assessment and management”, São
Paulo, 2006
O QUE SÃO
RISCOS?
• Riscos de ruptura?
Selmo Kuperman
AVALIAÇÃO DE RISCO
(Segundo Salmon – 1995)
Selmo Kuperman
BARRAGEM DE PROSERPINA
Funcionando hà ~ 2000 anos
(Fonte: Vianna, apud Balbi 2008)
Qual vida util se espera da barragem?
Atividades fundamentais de gestão de riscos segundo a
ABNT NBR ISO 31.000:2009.
(apud Melo, A.V. e Fusaro, T.C.)
Selmo Kuperman
DEFINIÇÕES DA ABNT ISO 31.000
Risco = efeito da incerteza nos objetivos
NOTA 2 Os objetivos podem ter diferentes aspectos (tais como metas financeiras, de
saúde e segurança e ambientais) e podem aplicar–se em diferentes níveis (tais como
estratégico, em toda a organização, de projeto, de produto e de processo).
NOTA 3 O risco é muitas vezes caracterizado pela referência aos eventos potenciais e às
consequências, ou uma combinação destes.
Selmo Kuperman
DEFINIÇÕES DA ABNT ISO 31.000
Evento = ocorrência ou mudança em um conjunto específico de
circunstâncias
NOTA 1 Um evento pode consistir em uma ou mais ocorrências e pode ter várias
causas.
NOTA 2 Um evento pode consistir em alguma coisa não acontecer.
NOTA 3 Um evento pode algumas vezes ser referido como um "incidente" ou um
"acidente".
NOTA 4 Um evento sem consequências também pode ser referido como um
"quase acidente", ou um "incidente" ou "por um triz".
Selmo Kuperman
Perspectivas de sociedades orientadas para a segurança e o risco
(Fonte: Vianna, apud Rettemeier, 2002)
Selmo Kuperman
Processo de gestão de riscos segundo a
ABNT NBR ISO 31.000:2009.
(apud Melo, A.V. e Fusaro, T.C.)
Selmo Kuperman
DEFINIÇÕES
Risco = combinação de conceitos
O que pode acontecer? (ruptura da barragem)
Qual a chance de que ocorra? (uma combinação da probabilidade de ocorrência de
certos carregamentos e a probabilidade de ruptura para estes carregamentos)
Quais são as consequências? (fatos que resultam da ruptura da barragem)
Risco = ∑ {P (Eventos) x P (Falhas devidas aos Eventos) x P
(Consequências)}
ou Risco = Probabilidade de Ruptura x Consequências
Selmo Kuperman
METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE RISCO
Mais Qualitativas
Índices de Risco
Diagramas de Localização, Causa e Indicadores de Falhas (LCI)
Análise dos Modos de Falhas e seus Efeitos (FMEA = Failure Mode and
Effects Analysis)
Etc
Tanto Qualitativas quanto Quantitativas
Análise por Árvore de Eventos (ETA = Event Tree Analysis)
Análise por Árvore de Falhas (FTA = Failure Tree Analysis)
Etc
Limitações
Qualitativas = subjetivas
Quantitativas = aplicação restrita - dificuldade na caracterização das
incertezas envolvidas.
Ainda não se consegue modelar adequadamente a realidade.
Selmo Kuperman
Histórico do desenvolvimento das práticas de
gestão de riscos em barragens
(Hartford apud Melo e Fusaro, complementado por Kuperman)
1992-SABESP 2010-2012
Lei 12334 e ANA
1984
1996-CEMIG
1964
Ministério do
Interior
Brasil 2002
Atualmente a maioria dos países: Brasil, EUA (FERC, FEMA, USACE, USBR), Canadá,
Austrália, Espanha, Portugal, Croácia, etc, etc.
Selmo Kuperman
PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
(Bowles 2010, apud Melo)
Externos
Internos (estruturais da barragem)
Internos (fundações e ombreiras)
Eventos Iniciadores Estruturas auxiliares
Intrínsecos (projeto/construção)
Efeitos de envelhecimento
Operacional
Induzidos
PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
(Bowles 2010, apud Melo)
Selmo Kuperman
Síntese do processo de Análise de Risco
(cf. Bowles)
Identificação
dos modos
de falha
PFMA
Selmo Kuperman
O processo de quantificação de risco:
probabilidade (f) e consequências ($, N)
(cf. Bowles)
Análise de risco
Identificação Estimativa
dos modos de risco
de falha
PFMA
Selmo Kuperman
O processo de examinar e avaliar o significado do risco
(cf. Bowles)
Avaliação de risco
e Tomada de Decisão
Análise de risco
Apreciação
de risco
Emprego do
Identificação Estimativa conceito de riscos
dos modos de risco toleráveis
de falha
PFMA
Selmo Kuperman
Gestão de Risco de Segurança de Barragens
Tomada de decisão
(cf. Bowles)
Avaliação de risco
e Tomada de Decisão Controle de
Risco
Análise de risco
Apreciação - Estrutural
de risco
- Atividades
Identificação recorrentes
dos modos Estimativa
de risco
de falha - Reavaliação
PFMA periódica
Selmo Kuperman
ETAPAS DE UMA ANÁLISE DE RISCO
(cf. Hartford e Baecher, apud Melo)
Selmo Kuperman
ETAPAS DE UMA ANÁLISE DE RISCO
(cf. Hartford e Baecher, apud Melo)
Selmo Kuperman
APRECIAÇÃO DE RISCO
Conceitos: critérios de aceitabilidade e tolerabilidade = subjetivos /
interesses políticos, sociais, econômicos, legais
Valorização da sociedade casos de mesmo risco como p. ex:
acidentes aéreos (baixa probabilidade, alta consequência) x acidentes
terrestres (alta probabilidade, baixa consequência)
Equidade (cidadão tratado de modo justo) x Eficiência (emprego de recursos
limitados para reduzir os riscos ao mínimo aceitável)
Aumento dos riscos individuais e da sociedade
Região
inaceitável
Região
tolerável
Região amplamente
aceitável
Princípios de aceitabilidade e tolerabilidade (cf. HSE (Health and Safety Executive-UK, apud Melo)
Selmo Kuperman
APRECIAÇÃO DE RISCO
Região tolerável: princípio ALARP (As Low As Reasonably Practicable)
Curva F-N para o risco da sociedade (cf. Canadian Dam Association, apud Melo)
Selmo Kuperman
APRECIAÇÃO DE RISCO
Princípio ALARP – Exemplos de curvas F-N (Rettemeier, apud Melo)
Selmo Kuperman
SOCIETAL RISK – EXISTING DAMS
Selmo Kuperman
COMUNICAÇÃO DO RISCO À SOCIEDADE
Aspectos que devem ser levados em consideração pelos
empreendedores:
Porque comunicar?
Qual é o público?
Como comunicar?
Como ouvir?
Como responder?
ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS BASEADA EM ÍNDICES
(cf. Melo e Fusaro)
Ocorrencia
Severidade
Modos
Detecção
Causas Efeitos
Identifi- potenciais Metodos
potenciais potenciais Ação Resultados da
cação de falha detecção
de falha de falha recomendada ação
RCEM – Taxas de Mortalidade para casos com pouco ou nenhum tempo de aviso
RCEM – Reclamation Consequence
Estimating Methodology
Taxa de Mortalidade Aviso em tempo adequado – Taxa de Mortalidade x PV
Análises qualitativas
Métodos baseados em índices de riscos e matrizes de classificação
tendem a uma análise realizada de forma mais global
Métodos de índices geralmente são de fácil entendimento e de aplicação
simples e rápida
Não requerem a disponibilização de informações muito detalhadas sobre
as estruturas
FMEA tem como vantagens permitir: (1) avaliar os efeitos e sequência de
acontecimentos decorrentes de cada modo de falha; (2) determinar a
importância de cada modo de falha; (3) avaliar o impacto sobre a
confiabilidade e segurança do sistema considerado; (4) classificar os
modos de falhas estudados
Análises de risco qualitativas para portfólio de barragens por meio de
índices de risco e matrizes de classificação, embora simples e subjetivas,
permitem uma classificação expedita das estruturas com base no risco
COMENTÁRIOS
(cf. Melo e Fusaro)
Análises quantitativas
São mais rigorosos e adequados cientificamente para se tratar de risco.
As construções de Árvores de Falhas (ETA) podem ser difíceis para alguns modos
de falha, se não impossíveis de serem desenvolvidas corretamente, atualmente.
Isto se deve à complexidade de mecanismos de falhas em barragens de terra e
enrocamento e a dificuldade de quantificação das probabilidades de falha.
a análise das sucessões de eventos que conduzem à falha e da importância
relativa dos vários eventos é um grande benefício do método FTA, porém, como as
barragens são sistemas altamente complexos, o método pode se tornar bastante
extenso, dificultando sua aplicação.
A credibilidade de uma árvore de eventos depende muito da estimativa dos valores
numéricos de probabilidade que são baseados em dados históricos ou
probabilístico.
O valor numérico obtido para um risco deve ser sempre usado com
precaução, face às incertezas existentes e limitações os métodos de análise.
Tanto o ETA como o FTA, são inviáveis para uma análise direta e global do risco de
um sistema barragem, já que haveria de se considerar inúmeras árvores
associadas.
As probabilidades de ruptura de barragem são geralmente baixas (10-4 a 10-5/ano).
Muito cuidado com decisões de aceitação do risco, pois as consequências de uma
ruptura podem ser catastróficas.
CONCLUSÕES
Análises de risco são importantes, tanto para empreendedores que
possuem uma barragem quanto para os que tem várias barragens.
Os proprietários de barragens deveriam adotar alguma metodologia de
análise de risco, seja para conforto da sociedade como também para
priorizar suas atividades de reparo e manutenção.
Embora as análises quantitativas sejam mais consistentes, pois
empregam valores numéricos de probabilidades e consequências, ainda
dependem de melhorias contínuas para virem a superar as vantagens
dos métodos qualitativos.
As análises qualitativas são subjetivas, mas permitem uma classificação
expedita baseada no risco e que emprega conhecimentos específicos de
engenharia de barragens.
A atual classificação qualitativa empregada de acordo com a Resolução
143 do CNRH é adequada e deve ser utilizada pelos proprietários de
barragens. Deve entretanto ser melhorada assim que novas informações
sobre seu uso estejam disponíveis e à medida que o estado da arte do
conhecimento sobre o assunto progrida.
AGRADEÇO A ATENÇÃO !!
Selmo Kuperman
DESEK
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