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CÓDIGO PENAL
PARTE GERAL:
1 – 31; 69 – 73.
PARTE ESPECIAL:
CRIMES E PENAS
TEORIA DO CRIME
Crime: Condutas mais graves são tipificadas como crime. Punido com pena privativa de
liberdade: Reclusão e Detenção, cumulada ou alternado com Multa. Quanto à Ação Penal pode
ser por Ação Penal Pública Incondicionada, Ação Penal Pública condicionada à representação
(condição de procedibilidade) e uma Ação Penal Privada (Ex.: Injúria: depende de queixa
crime). Quanto a admissibilidade da tentativa: o crime admite a punição pela tentativa com
aplicação de diminuição de pena. Quanto ao limite máximo de cumprimento de pena: 30 anos
por fato. O cálculo para livramento condicional da pena incide sobre o total de pena no qual
incorre o réu. Caso o preso venha a cometer outro crime durante o cumprimento da pena e
seja condenado, há a unificação das penas e perda do tempo cumprido para livramento
condicional.
Contravenção Penal: Infração de menor potencial ofensivo. Condutas menos graves são
tipificadas como contravenção penal. Punida com pena privativa de liberdade sob a
modalidade de prisão simples, cumulada ou alternada com Multa. Quanto à Ação Penal,
sempre deve ser por Ação Penal Pública Incondicionada. Quanto a admissibilidade da
tentativa: A tentativa é factível, ou seja, pode ocorrer, porém não é punida. Só é punível a
contravenção punível, segundo o Art.4º. Quanto ao limite máximo de cumprimento de pena:
05 anos.
Exceção: Porte de drogas para consumo próprio não é punido com pena privativa de liberdade:
Penas de advertência, serviço social, etc.
Ação Penal: Quando o MPU propõe a denúncia para iniciar a fase processual.
RECLUSÃO E DETENÇÃO:
- RECLUSÃO: Pode ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto.
- PRISÃO SIMPLES: Só pode ser cumprido em regime semiaberto ou aberto, sem o rigor
penitenciário. Portanto não há possibilidade de prisão preventiva.
Contravenção Penal – JECRIM, a menos que o praticante possua foro especial por função, Ex.:
Senador, Procurador da República, etc.
PARTE GERAL:
Uma causa tem que ter resultado efetivamente em um efeito para que o indivíduo seja punido
pela Direito Penal Brasileiro. A punição se baseia no que o indivíduo intentava praticar
(elemento subjetivo) e no efeito que efetivamente resultou de tal ação.
O ‘crime consumado’, que efetivamente produziu o efeito previsto no CP, tem pena completa
prevista na lei, enquanto o ‘crime tentado’ tem redução de pena.
Ex.: Se o agente tem intenção de matar, porém apenas consegue ferir a vítima, ele responderá
por ‘homicídio doloso tentado’ ou ‘tentativa de homicídio doloso’. Se o agente, por outro lado,
provoca lesão à vítima, porém não tinha a intenção de matar, o crime é de lesão corporal
consumada.
Teoria ‘conditio sine qua non’ ou ‘equivalência dos antecedentes causais’ embasa o artigo 13.
Constitui quebra do nexo causal, porque uma causa posterior causou o efeito final. O
primeiro agente responderá pelo crime tentado, porque sua ação não chegou a causar
o efeito pretendido, enquanto o segundo agente, autor da causa superveniente,
responderá pelo crime consumado, na forma dolosa ou culposa. O segundo agente foi
o que efetivamente causou o efeito final. Gera dois crimes praticados por dois agentes,
um crime para cada agente.
Caso de Infecção Hospitalar: Não quebra o nexo causal (Decisão STF/STJ), o agente
primário responde por crime consumado.
§ 2º - Agente Garantidor
Policial: Possui o Poder-Dever de agir, imposto por lei. O indivíduo podia e devia agir e
mesmo assim não age, ele responde pelo resultado assim como o agente, pelo mesmo
crime. De acordo com o CPP a autoridade deve agir quando em flagrante delito.
Porém, deve haver possibilidade real de o agente agir. Mesmo possuindo o dever o
agente deve ter o poder, possibilidade, de agir, ou seja, proporcionalidade de forças.
Agente Garantidor:
Todos esses crimes de omissão são classificados como crimes omissivos impróprios,
impuros, espúrios, de participação por omissão ou de comissivos por omissão. O
agente deixou de fazer quando ele deveria agir.
Crime omissivo próprio ou puro – Omissão de socorro é o único crime que o indivíduo
não é responsável pela causa que resultou no efeito sofrido pela vítima, porém ainda
assim o indivíduo responde por omissão de socorro caso o deixe de prestar.
CRIME CONSUMADO:
- Crime Formal: Possui o resultado naturalístico, porém, não depende dele (Ex.:
Concussão: Exigir vantagem indevida. A vítima não precisa efetivamente entregar a
vantagem ao agente para que o crime seja consumado. São crimes de consumação
antecipada).
CRIME TENTADO
O agente inicia a execução do crime, porém, por circunstância alheia a sua vontade
(INVOLUNTÁRIO), o crime não produz o efeito intendido. O meio com o qual se está
tentando praticar o crime deve, porém, reunir as condições necessárias para
efetivamente produzir o efeito desejado, caso contrário se constitui como crime
impossível.
O agente tem a intenção de praticar o crime, atingir o efeito final previsto no código, porém
ele não é capaz de assim o fazer, ou seja, o efeito não é alcançado por falta de capacidade do
meio empregado. Não se pune a tentativa quando devido à ineficácia absoluta do meio (meio
utilizado para o crime) ou por absoluta impropriedade do objeto, o crime é impossível de
consumar-se. Se a ineficácia for relativa e não absoluta, o crime é punível (Ex.: Munição
molhada, porém constata-se na perícia que o disparo sequencial acabaria ocasionado um
disparo real).
- Absoluta Ineficácia do Meio: Ex.: Usar açúcar, pensando que é veneno, para tentar envenenar
a vítima.
- Absoluta Impropriedade do Objeto: Ex.: O agente atira com intenção de matar contra a
vítima, porém, ela já se encontra morta, sem vida. O bem jurídico tutelado se encontra,
portanto, impróprio e o agente não responde por crime, sendo este classificado como
impossível.
DOLO DIRETO: Tem o elemento subjetivo para praticar o crime, quis o resultado e tem alvo
determinado.
- 2º Grau: Para atingir o alvo de primeiro grau, acaba-se atingindo outras vítimas.
DOLO INDIRETO OU EVENTUAL: O agente assume o risco de causar o efeito criminoso. Pode
acontecer ou não o efeito. O agente não tem perícia que o levaria a acreditar que poderia
evitar o resultado (Ex.: Atirador de faca imperito que acerta a vítima).
CULPA: Não há elemento subjetivo para praticar o crime, não tinha intenção de produzir o
efeito final.
Tipos:
- Normal: Culpa inconsciente, derivada da Negligência, Imperícia ou Imprudência (NII)
Requisitos da culpa:
- O agente acredita sinceramente que com sua perícia pode evitar o resultado, se por
algum erro ele causar o efeito criminoso ele responderá pelo crime culposo na
modalidade consciente. (Ex.: Atirador de faca que é realmente perito e por esse
motivo acredita poder evitar o resultado, porém acerta a vítima sem intenção).