Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
RESEÑAS
E U G E N I O C O S E R I U , Sincronía, diacronía e h i s t o r i a . U n i v e r s i d a d de l a
R e p ú b l i c a , F a c u l t a d de H u m a n i d a d e s y C i e n c i a s , M o n t e v i d e o , 1958;
164 p p . { I n v e s t i g a c i o n e s y e s t u d i o s . Serie Filología y lingüistica, 2).
1
T o d a s las citas de esta obra se harán, siguiendo el ejemplo del p r o p i o Coseriu,
a través de la traducción española de A . Alonso, 'Buenos A i r e s , 1945.
39§ RESEÑAS N R F H , X I I
P o r o t r a p a r t e , m u e s t r a C o s e r i u c ó m o e l c a m b i o n o pertenece a l d o m i n i o
del h a b l a (separada de l a lengua p o r Saussure m e d i a n t e o t r a falsa a n t i -
n o m i a ) , y a q u e e l h a b l a , p o r ser o c a s i o n a l y m o m e n t á n e a ,
4
carece de
c o n t i n u i d a d y es esencia/mente sincrónica (p. 147); por consiguiente,
si e l c a m b i o se p r o d u c e d e n t r o d e l a l e n g u a t i e n e q u e ser, necesaria-
m e n t e , sistemático.
No creo q u e p u e d a n superarse las a n t i n o m i a s saussureanas de m a -
n e r a más c l a r a y f e l i z : e l c a m b i o n o es " s i m p l e m o d i f i c a c i ó n
5
de un
2
E s necesario señalar que, como a p u n t a e l mismo Coseriu en el subtítulo de su
trabajo, e l objeto de éste n o h a sido e l cambio lingüístico, sino e l p r o b l e m a d e l
cambio lingüístico, o más precisamente los tres distintos problemas que e l cambio
entraña: 1 ) e l problema r a c i o n a l d e l cambio, el porqué de l a m u t a b i l i d a d de las
lenguas; 2) e l problema g e n e r a l de los cambios, es decir, el de los factores que pue-
den condicionar los cambios; 3 ) e l p r o b l e m a histórico de cada u n o de los cambios
concretos.
3
E l razonamiento más convincente, quizá, de los varios que ofrece e l autor para
p r o b a r l a s i s t e m a t i c i d a d del cambio es e l que se refiere a la naturaleza m i s m a de
éste: e l cambio no es u n a alteración caprichosa que corrompa l a estructura d e l siste-
ma, sino simplemente l a realización de u n a de las innumerables p o s i b i l i d a d e s que e l
sistema mismo ofrece. Es decir, l a conversión en n o r m a de alguna de las posibilidades
implícitas en cada sistema lingüístico, o b i e n " e l desplazamiento de l a norma hacia
otras realizaciones consentidas p o r e l sistema" (p. 137). Mas no hay que o l v i d a r que,
por otra parte, el cambio puede i n t r o d u c i r en algunos casos realidades gramaticales n o
practicadas anteriormente p o r l a lengua, o sea contrarias a l a norma (por ejemplo,
el caso de los plurales anómalos d e l t i p o b o e r s ; c i . E . L O R E N Z O , " D O S notas sobre
la morfología del español actual", E M P , 6, 65-76).
4
S i n embargo, n o deja de reconocer Coseriu (p. 137) que ya el mismo Saussure
parecía advertir l a interdependencia de lengua y h a b l a , y que incluso intuyó en u n
caso que el cambio lingüístico podía interpretarse a veces como "hacerse" de l a
lengua, puesto que para Saussure l a analogía no es cambio externo o ajeno a l sistema
(propio del habla), sino fenómeno gramatical y sincrónico, p o r ser creación que obe-
dece a pautas ya existentes en l a lengua, en e l sistema. L o que Coseriu hace es
mostrar cómo esta misma concepción de l a analogía es aplicable a l a inmensa mayo-
ría de los cambios lingüísticos [si n o a l a totalidad de ellos, como el autor sostiene
decididamente].
6
Superación que no había sido conseguida, en opinión de Coseriu, n i p o r el
estructuralismo diacrònico (que ve l a lengua como u n sistema hecho, e q u i l i b r a d o , y
su historia como u n conjunto de estados de lengua ordenados en el tiempo), n i p o r
la concepción teleológica d e l lenguaje (que parece i n c u r r i r en u n determinismo cie-
go), n i p o r l a escuela de Copenhague (que Coseriu juzga excesivamente matemática
y abstracta). S i n embargo, con relación a esta última escuela, m e parece i n d u d a b l e
N R F H , X I I RESEÑAS 399
sistema y a d a d o , s i n o u n a c o n t i n u a construcción d e l sistema" (p. 153),
fuerza q u e f o r m a parte d e l sistema m i s m o , q u e n o algo ajeno a él. N o
debe, pues, hablarse de s i s t e m a (como algo estático) y de m o v i m i e n t o
(como fuerza opuesta a esa e s t r u c t u r a estática), s i n o de "sistema e n
m o v i m i e n t o " (p. 154). E l c o n c e p t o q u e C o s e r i u nos ofrece de l e n g u a ,
sobre ser p o r c o m p l e t o acertado - y precisamente p o r e l l o - , resuelve l a
tajante a n t i n o m i a : u n a l e n g u a n o es u n sistema h e c h o y cerrado, s i n o
u n a sistematización dinámica, u n a recreación c o n s t a n t e . L a e s t a t i c i d a d
6
1 0
Coseriu juzga " m a g i s t r a l " el p r i n c i p i o , asentado p o r Menéndez P i d a l , de que
"todo cambio fonético es n a t u r a l y puede ocurrir en varias lenguas, pero siempre en
cada u n a ocurre p o r precisas c a u s a s históricas d e t e r m i n a n t e s ; cambios lingüísticos
semejantes h a n de tener en distintos países c a u s a s históricas distintas". E l estructu-
ralismo considera que, cuando se trate de explicar cualquier cambio lingüístico, se
deben buscar ante todo las explicaciones "internas", las causas implícitas e n l a estruc-
tura m i s m a de l a lengua en que se produzca e l cambio. C o n t r a esta tesis h a escrito
M E N É N D E Z P I D A L en B A E , 34 (1954), 187: " A n t e u n cambio lingüístico deben exami-
narse p r i m e r o las posibilidades de explicación histórica que se ofrezcan, y cuando
éstas dejen de ser explicativas, se indagarán las razones que p u e d a n descubrirse en
la organización estructural de l a lengua". Quizá no siempre sea posible otorgar t a n
debatida primacía a u n o u otro de los dos procesos metodológicos.
1 1
Finalidades extralingüísticas podrían justificar innovaciones caprichosas, anor-
males e incluso asistemáticas, modas y otras alteraciones que n o corresponden a
n i n g u n a "necesidad expresiva", y a q u e u n a necesidad estética sólo en sentido m u y
a m p l i o puede considerarse " f u n c i o n a l " . L a sustitución de l a p a l a b r a coñac (referida
a licores españoles) p o r b r a n d y obedece a l a prohibición de los productos franceses
de q u e se usara indebidamente el topónimo C o g n a c . L a reposición de l a -e final en
las postrimerías d e l siglo x m h a sido explicada p o r L A P E S A ( E M P , 2, 185-226) como
una consecuencia de l a actitud nacionalista de Alfonso e l Sabio. E n l a generalización de
la pronunciación francesa p o p u l a r [wá] (por [we]) puede verse u n a consecuencia
de l a Revolución. D e l lat. r a p i d u cabe esperar esp. * r a b i o ; r a u d o prevaleció s i n
embargo para evitar l a h o m o n i m i a con el presente de r a b i a r ( M E N É N D E Z P I D A L , " M o -
do de obrar e l substrato lingüístico", R F E , 34, 1950, p . 5); s i n embargo, d e l lat.
a n g é l u cabría esperar esp. *año; l a forma ángel debe explicarse p o r influjo de
la lengua eclesiástica culta y no p o r e l deseo de evitar l a h o m o n i m i a con e l derivado
de lat. a n n u . Factores todos éstos q u e pueden llamarse indistintamente causa,
condición o razón, según que se los considere desde u n p u n t o de vista p a r t i c u l a r y
concreto o de acuerdo con u n criterio generalizador y, en cierto modo, filosófico,
como es e l adoptado normalmente p o r e l autor (cf. p p . 113 y 122).
1 2
P o r q u e tengo sed, bebo; pero también bebo p a r a calmar l a sed. Coseriu, a l
comentar l a explicación f i n a l i s t a que d e l futuro romance ofrece Vossler, advierte que
no es satisfactoria puesto que "se refiere a l cómo y no a l porqué d e l cambio o de
sentido" (p. 94).
402 RESEÑAS N R F H , X I I
a e v i t a r las h o m o n i m i a s ) ejerce n o t a b l e i n f l u e n c i a e n e l d e s a r r o l l o de
los i d i o m a s ; p o r eso u n o de los más positivos aciertos, entre los m u c h o s
q u e e n c i e r r a esta investigación, es precisamente l a sugestiva explicación
d e l proceso [s] > [x] e n castellano (p. 87) c o m o r e s u l t a d o de l a necesi-
d a d de d i s t i n g u i r entre [s] y [s] (sobre todo d a d o e l carácter a p i c a l de
l a s española).
M e parece t a m b i é n e x t r a o r d i n a r i a m e n t e f e c u n d a l a s u t i l distinción
q u e a p u n t a C o s e r i u d e n t r o d e l concepto saussureano d e l h a b l a . N o sería
exacto c o n f u n d i r bajo u n a m i s m a d e n o m i n a c i ó n el u s o i n d i v i d u a l de
u n sistema lingüístico y el u s o c o l e c t i v o d e l m i s m o sistema. Saussure
sólo se refiere a l h a b l a c o m o a n t ó n i m o de l a l e n g u a ; C o s e r i u d i s t i n g u e ,
d e n t r o d e l p r i m e r concepto, entre e l h a b l a (uso i n d i v i d u a l de l a lengua)
y e l h a b l a r (uso colectivo, s u m a i d e a l d e todas las h a b l a s i n d i v i d u a l e s ) .
L a l e n g u a e n c i e r r a i n n u m e r a b l e s p o s i b i l i d a d e s ; e l h a b l a r establece l a
n o r m a y r e a l i z a los c a m b i o s ; el h a b l a i n i c i a las i n n o v a c i o n e s , a u n q u e
p o r l o general trate de someterse a l a n o r m a establecida, a l h a b l a r .
G O N Z A L O C O R R E A S , A r t e d e l a l e n g u a española c a s t e l l a n a . E d i c i ó n y pró-
l o g o de E m i l i o M a r c o s García. C . S. I . C , M a d r i d , 1954; x x x v i i +
500 p p . ( A n e j o 56 de l a R F E ) .