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Anos Finais do Ensino Fundamental
Governador de Pernambuco
Eduardo Campos
Vice-governador
João Lyra Neto
Secretário de Educação
Ricardo Dantas
Secretária Executiva
de Gestão da Rede
Cecília Patriota
Secretária executiva de
Desenvolvimento da Educação
Ana Selva
Secretário Executivo
de Educação Profissional
Paulo Dutra
Secretário Executivo
de Planejamento e Gestão
Fernando Farias
Shirley Malta
Chefe da Unidade de
Ensino Fundamental Anos Finais
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Rosinete Feitosa
www.educacao.pe.gov.br
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Caro Professor(a)
Ana Selva
Anos Finais do Ensino Fundamental
Secretaria Executiva de
Desenvolvimento da Educação
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Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
INTRODUÇÃO
À luz dos Parâmetros para Educação Básica, e do aprendizagem estabelecidas no Currículo de Lín-
Currículo de Língua Portuguesa do Estado de Per- gua Portuguesa do Estado de Pernambuco e os
nambuco, possibilidades de intervenções peda- Descritores das Matrizes de Avaliação do SAEB e
gógicas são apresentadas para auxiliar as ações SAEPE possibilitam aos estudantes que consoli-
desenvolvidas nas escolas, em especial àquelas dam as expectativas definidas para cada ano de
que objetivam contribuir para a superação das escolaridade no Ensino Fundamental a constru-
dificuldades da aprendizagem constatadas, tanto ção das habilidades e competências previstas nos
nas avaliações do sistema educacional, avaliações descritores avaliados e consequentemente o su-
externas, quanto nas avaliações do processo de cesso nas avaliações internas e externas. Assim
ensino e aprendizagem do cotidiano escolar, ava- sendo, o foco do trabalho pedagógico deverá ser
liações internas. a consolidação das expectativas de aprendizagem
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definidas no currículo para os Anos Finais do En- essas competências são extremamente significa-
sino Fundamental. tivas para todas as áreas do saber, uma vez que
análise, a produção e a circulação do conhecimen-
A leitura analítica do documento correspondente to são processos que passam, necessariamente,
ao Currículo de Língua Portuguesa para os anos pelo uso das linguagens. (BCC - PE, 2008).
Finais do Ensino Fundamental e dos Descritores
definidos nas Matrizes de Avaliação externa possi- Ao escolher as estratégias e materiais de ensino o
bilita ao professor estabelecer a relação existente professor deve observar sua pertinência para as
entre as expectativas de aprendizagem e os des- aprendizagens que objetiva construir buscando,
critores utilizados para avaliação do sistema edu- como dito anteriormente, articular os eixos do co-
cacional. Essa leitura permite a observação de que nhecimento entre si e do conhecimento com ou-
conteúdos definidos para uma determinada unida- tras áreas do saber.
de didática são revisitados em outras unidades e
em outros anos possibilitando a ampliação e con- Cabe à escola, no processo de coordenação das
solidação de conceitos, relações e procedimentos, políticas desenvolvidas em seu interior, promover
a medida que as expectativas de aprendizagem es- espaços de articulação entre os professores de
tabelecidas vão sendo aprofundadas. Língua Portuguesa e os professores responsá-
veis pelas atividades complementares para que
Na elaboração das estratégias é importante que o o planejamento dessas atividades contemplem
professor tenha clareza, além das competências os eixos do currículo a partir das expectativas de
específicas, das competências gerais que o ensino aprendizagem que apresentam maior fragilidade
da Língua Portuguesa deve promover atividades observando-se os resultados do SAEPE, SAEB e
para cumprir o seu papel na formação integral do os resultados das avaliações internas que estão
ser humano. É de extrema importância o conheci- sendo sistematizados através das fichas de mo-
mento e a análise crítica da realidade, da experiên- nitoramento pedagógico dos conteúdos de Língua
cia, a interpretação dos fatos, a identificação das Portuguesa.
situações–problema, a apreciação da dimensão
estética dos bens culturais. A exigência de obser- As situações propostas pelo professor, nas “ati-
var, de sentir, de questionar, de levantar hipóteses, vidades complementares” devem considerar que
de procurar explicações, de criticar, de avaliar, de “na elaboração de estratégias e na resolução de
sistematizar, de generalizar, de prever, de sugerir, problemas os estudantes estabelecem proces-
de criar etc. será fundamental para que se possa sos cognitivos importantes não desenvolvidos
definir a prioridade das competências. Conforme por meio de um ensino baseado na memorização
o resultado de algumas avaliações institucionais, sem compreensão” e que a utilização de ativida-
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
muitos dados têm apontado para a urgência atual des lúdicas e de materiais concretos são ações
de se fortalecer, na escola, competências para: a necessárias para tornar a aula atrativa e motivar a
análise, a reflexão, a crítica e a auto-critica, a ar- participação dos estudantes.
gumentação consistente, o discernimento funda-
mentado, a apreciação dos valores éticos, afetivos Considerando-se que a motivação dos estudan-
e estéticos, a compreensão e a expressão dos tes é uma importante ferramenta no processo de
sentidos culturais, científicos e tecnológicos em construção das aprendizagens, o professor deve
circulação nos grupos sociais. buscar, nas atividades complementares, estraté-
gias e materiais de ensino diferenciados.
Essas competências vão se refletir na definição de
identidades, individuais e sociais, na participação Nessa perspectiva as questões do banco de dados
solidária e nos ideais de desenvolvimento coletivo do ENEM e as atividades propostas pela Olimpíada
e de justiça social. da Língua Portuguesa – OLP, de acesso público,
podem, ao serem utilizadas como ferramentas de
Nessa perspectiva, é esperado que as competên- apoio nas atividades propostas, contribuir signifi-
cias em análise, leitura e produção das múltiplas cativamente para a familiarização dos estudantes
linguagens sejam as competências prioritárias das com itens de avaliação externa, uma vez que o
atividades realizadas na escola. Vale ressaltar que banco de dados do SAEPE e SAEB não é de livre
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acesso, bem como estimular o aumento do inte- senvolvida pelo professor consolida-se como uma
resse na participação destes estudantes na OLP e estratégia interessante para a promoção do estudo
no ENEM. Cabe ressaltar que a utilização dessas das atividades cujas dificuldades de aprendizagem
questões requer do professor a leitura, análise e foram apresentadas por parte dos estudantes.
escolha prévias das questões e, quando neces- A seguir são apresentadas, algumas sugestões de
sário sua ampliação e/ou reelaboração para ade- atividades, jogos, desafios, problemas não con-
quação as expectativas de aprendizagem que se vencionais e itens do ENEM e da OLP que podem
deseja consolidar. ser utilizados nas intervenções dos professores,
de acordo com estratégias previamente estabele-
Os Cadernos de Atividades do GESTAR II e do cidas articuladas às expectativas de aprendizagem
Aprender Mais correspondem à outra importante que se pretende consolidar.
fonte de pesquisa para auxiliar o professor no pla-
nejamento das atividades complementares. Esses
cadernos apresentam atividades e problemas re-
lacionados a diversos eixos do conhecimento da
Língua Portuguesa, que podem ser utilizados da
forma como são apresentados ou reelaborados
pelo professor para atendimento de seus objeti-
vos e estratégias de ensino. O planejamento dos
comandos para a execução das atividades, a ree-
laboração de problemas e itens, a adequação de
jogos, a leitura de informações jornalísticas pos-
sibilitam as discussões com o eixo, o conteúdo e
as expectativas de aprendizagem que se pretende
desenvolver.
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TÓPICO I
PROCEDIMENTOS DE LEITURA
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I – O gesto considerado pelo autor do texto como táteis. Todas mecânicas, com exceção desta
temerário foi: última, que é elétrica.
a) Escalar pela segunda vez o ponto culminante Pois agora aqui estou, pronto a me passar para
do planeta: o monte Everest. algo mais sério, iniciar uma nova aventura amo-
b) Não seguir o exemplo do autor e não correr ris- rosa. Sim, porque segundo me ensinou minha
cos em aventuras sem nenhum efeito prático. filha, que entende de ambos os assuntos, os
c) Dispensar o oxigênio suplementar. computadores e as mulheres têm uma lógica
d) Trocar a vida pelo risco. que lhes é própria e que devemos respeitar.
Pois vamos ver como esta computa - e nem o
palavrão contido em seu nome sugere-me outra
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. coisa senão que se trata de minha nova e casta
namorada.
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habili-
dade de o aluno relacionar informações, inferindo Assim como para o homem tudo se ilumina
quanto ao sentido de uma palavra ou expressão no na presença da mulher amada, para o escritor
texto, ou seja, dando a determinadas palavras seu este invento é uma forma igualmente lumino-
sentido conotativo. sa de realizar a sua paixão pela palavra escrita.
Não é uma simples máquina de escrever, que
Inferir significa realizar um raciocínio com base funciona como intermediária entre o escritor e
em informações já conhecidas, a fim de se che- a escrita, às vezes se tornando um obstáculo
gar a informações novas, que não estejam expli- para a criação literária. Ao contrário, o compu-
citamente marcadas no texto. Com este descritor, tador estabelece uma surpreendente intimidade
pretende-se verificar se o leitor é capaz de inferir com o texto do momento mesmo de sua elabo-
um significado para uma palavra ou expressão que ração. Permite emendas, acréscimos, supres-
ele desconhece. sões, transposições de frases e parágrafos com
uma velocidade milagrosa. Deve ter alguém lá
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto dentro comandando tudo, provavelmente uma
no qual o aluno, ao inferir o sentido da palavra ou mulher, uma japonesinha, na certa. Ela dá ins-
expressão, seleciona informações também pre- truções, chama nossa atenção se esquecemos
sentes na superfície textual e estabelece relações de ligar a impressora, conversa com a gente:
entre essas informações e seus conhecimentos “Operação incorreta. Tente de novo”. E quando
prévios. Por exemplo, dá-se uma expressão ou dá certo: “Operação executada com êxito”. Só
uma palavra do texto e pergunta-se que sentido ela falta acrescentar: “Meus parabéns. Eu te amo!”
adquire.
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA
Escrever, que durante tantos anos constituiu um
tormento para mim, passará a ser um caso de
MINHA NOVA NAMORADA amor. Nunca mais olharei sequer para a máqui-
Fernando Sabino
na de escrever. Serei radical: ou entregar-me a
este conúbio com o computador, no suave em-
Tenho a informar que arquivarei a partir de hoje,
balo de suas teclas e no luzente sortilégio de
espero que para todo o sempre, esta máquina
suas letras, ou regredir à solidão do celibato,
Anos Finais do Ensino Fundamental
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O melhor de um computador está nisso: poder c) Manter uma relação com o computador mas
torocar uma palavra a vo tade, mudar de idéia sem desprezar a máquina de escrever.
sem mudar o papel Sem usar o papel. Uma das d) Celebrar a união com o computador e descar-
vantagens do computador é poder corrigir tuDO tar completamente voltar a utilizar a máquina
o fimmmm. Nã precisa de- caneta Máquina de de escrever.
escrever e canheta já eram. Num com puta dor
o sonho de um escritor se realiza: o da perfei-
ção absoluta de uma semntença, graças à faci- D4 – Inferir uma informação implícita em um
lidade em, mudar palavras, cortar, acrescentar. texto.
O sonho do escritor e de toda a humanidade
As informações implícitas no texto são aquelas
O SONHO DA HUMANIDADE DE ATINGIR A que não estão presentes claramente na base tex-
PERFEIÇÃO tual, mas podem ser construídas pelo leitor por
meio da realização de inferências que as marcas
atingir a perfeição A perfeição que a humanida- do texto permitem. Alem das informações expli-
de sonha em atingir Sonha atingir citamente enunciadas, há outras que podem ser
Que o homem sonha alcançar conseguir realizar pressupostas e, consequentemente, inferidas pelo
Muita gentye fica admirada ao percebner a faci- leitor.
lidade com que
Muita gente se admira com a facilidade Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habi-
lidade de o aluno reconhecer uma ideia implícita
Muitos leitores se admirão com a aparente faci- no texto, seja por meio da identificação de senti-
lidade com que escreverei fraes quae perfeitas mentos que dominam as ações externas dos per-
escrevo sentenças textos quase per-feitos de- sonagens, em um nível básico, seja com base na
pois que abandonei troquei a máquina de escre- identificação do gênero textual e na transposição
ver esta sim uma engenhoca de tração animal do que seja real para o imaginário. É importante
por esta fabulosa invençção esta prodigiosa que o aluno apreenda o texto como um todo, para
admirável estupenda assombrosa espanto- sa dele retirar as informações solicitadas.
m,iraculosa, extraordinária maravilhosa até pa-
rece que os sinônimos fabulosa ocorrem com Essa habilidade é avaliada por meio de um texto,
mais faci-lidade sem precisar consultar dicioná- no qual o aluno deve buscar informações que vão
rios d sinônimos, Desde que é mais fácil revisar além do que está explícito, mas que à medida que
e editar um texto computado? Compu-torizado ele vá atribuindo sentido ao que está enunciado
computadorizado do que escrito a mÁQUINA no texto, ele vá deduzindo o que lhe foi solicitado.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
OU A MÂO torna muito extremamente difícil Ao realizar esse movimento, são estabelecidas de
impossível parar de revisae editarosuficiente relações entre o texto e o seu contexto pessoal.
para resultar çuma frase legível quanto mais Por exemplo, solicita-se que o aluno identifique o
uma crônica sobre a nova namoraddaPOISStãa sentido da ação dos personagens ou o que deter-
pois então vai assim meso!!!#@@@***boa minado fato desperte nos personagens, entre ou-
x.sorte procês... tras coisas.
Texto extraído do livro “No Fim dá Certo”, Editora Record, 1998
O IMPÉRIO DA VAIDADE
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isso não dá dinheiro para os negociantes, mas I - O autor pretende influenciar os leitores para
dá prazer para os participantes. que eles:
O prazer é físico, independentemente do físico a) Evitem todos os prazeres cuja obtenção depen-
que se tenha: namorar, tomar milk-shake, sentir de de dinheiro.
o sol na pele, carregar o filho no colo, andar b) Excluam de sua vida todas as atividade incenti-
descalço, ficar em casa sem fazer nada. Os me- vadas pela mídia.
lhores prazeres são de graça − a conversa com c) Fiquem mais em casa e voltem a fazer os pro-
o amigo, o cheiro do jasmim, a rua vazia de ma- gramas de antigamente.
drugada −, e a humanidade sempre gostou de d) Sejam mais críticos em relação ao incentivo do
conviver com eles. Comer uma feijoada com os consumo pela mídia.
amigos, tomar uma caipirinha no sábado tam-
bém é uma grande pedida. Ter um momento de
prazer é compensar muitos momentos de des- D6 – Identificar o tema de um texto.
prazer. Relaxar, descansar, despreocupar-se,
desligar-se da competição, da áspera luta pela O tema é o eixo sobre o qual o texto se estrutu-
vida − isso é prazer. ra. A percepção do tema responde a uma questão
essencial para a leitura: “O texto trata de quê?”
Mas vivemos num mundo onde relaxar e desli- Em muitos textos, o tema não vem explicitamen-
gar-se se tornou um problema. O prazer gratui- te marcado, mas deve ser percebido pelo leitor
to, espontâneo, está cada vez mais difícil. O que quando identifica a função dos recursos utilizados,
importa, o que vale, é o prazer que se compra e como o uso de figuras de linguagem, de exemplos,
se exibe, o que não deixa de ser um aspecto da de uma determinada organização argumentativa,
competição. Estamos submetidos a uma cultu- entre outros.
ra atroz, que quer fazer-nos infelizes, ansiosos,
neuróticos. A habilidade que pode ser avaliada por meio deste
descritor refere-se a reconhecimento pelo aluno
As filhas precisam ser Xuxas, as namoradas do assunto principal do texto, ou seja, à identifi-
precisam ser modelos que desfilam em Paris, cação do que trata o texto. Para que o aluno iden-
os homens não podem assumir sua idade. tifique o tema, é necessário que relacione as dife-
rentes informações para construir o sentido global
Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu con- do texto.
trário: um massacre da indústria e do comércio.
Querem que sintamos culpa quando nossa si- Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
lhueta fica um pouco mais gorda, não porque para o qual é solicitado, de forma direta, que o
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA
querem que sejamos mais saudáveis − mas aluno identifique o tema ou o assunto principal do
porque, se não ficarmos angustiados, não fa- texto.
remos mais regimes, não compraremos mais
produtos dietéticos, nem produtos de beleza, EPITÁFIO
Sérgio Britto
nem roupas e mais roupas. Precisam da nos-
sa impotência, da nossa insegurança, da nossa
Devia ter amado mais
angústia.
Anos Finais do Ensino Fundamental
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Devia ter complicado menos resolver a maior parte dos problemas de estrias,
Trabalhado menos celulite e espinhas com a ajuda da ciência. Por
Ter visto o sol se pôr isso, a tentação de exagerar nos medicamentos
Devia ter me importado menos é grande. “A garota tem a mania de recorrer aos
Com problemas pequenos remédios que os amigos estão usando, e mui-
Ter morrido de amor... tas vezes eles não são indicados para seu tipo
[...] de pele”, diz a dermatologista Iara Yoshinaga,
de São Paulo, que atende adolescentes em seu
http://letras.terra.com.br/titas/48968/
consultório. São cada vez mais frequentes os
casos de meninas que procuram um cirurgião
plástico em busca da solução de problemas
que poderiam ser resolvidos facilmente com gi-
I – O tema central da letra da música é
nástica, cremes ou mesmo com o crescimento
normal. Nunca houve também tantos casos de
a) a eternização do amor como solução para os
anorexia e bulimia. “Há dez anos essas doenças
problemas da vida.
eram consideradas raríssimas. Hoje constituem
b) o arrependimento por não ter aproveitado mais
quase um caso de saúde pública”, avalia o psi-
as coisas da vida.
quiatra Táki Cordás, da Universidade de São
c) a preocupação por não saber o que fazer nas
Paulo.
diversas situações de vida.
d) o sentimento de morte que perpassa todas as
É claro que existem variedades de calvície,
simples situações da vida.
obesidade ou doenças de pele que realmente
precisam de tratamento continuado. Na maioria
das vezes, no entanto, a paranóia do corpo é
A PARANÓIA DO CORPO
apenas isso: paranóia. Para curá-la, a melhor
maneira é tratar da mente. Nesse processo, a
Em geral, a melhor maneira de resolver a in-
autoestima é fundamental. “É preciso fazer uma
satisfação com o físico é cuidar da parte emo-
análise objetiva e descobrir seus pontos fortes.
cional.
Todo mundo tem uma parte do corpo que acha
mais bonita”, sugere a psicóloga paulista Ceres
Não é fácil parecer com Katie Holmes, a musa
Alves de Araújo, especialista em crescimento.
do seriado preferido dos teens, Dawson’s Creek
Um dia, o teen acorda e percebe que aqueles
ou com os galãs musculosos do seriado Malha-
problemas físicos que pareciam insolúveis de-
ção. Mas os jovens bem que tentam. Nunca se
sapareceram como num passe de mágica. Em
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
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D11 – Distinguir um fato da opinião relativa a c) “a raposa afastou-se da videira” (l. 5)
esse fato. d) “aposto que estas uvas estão verdes” (l. 5-6)
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habili- Sinais de seca brava, terrível!
dade de o aluno identificar, no texto, um fato relata-
do e diferenciá-lo do comentário que o autor, ou o Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, cha-
narrador, ou o personagem fazem sobre esse fato. mando os companheiros e o gado.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto,
no qual o aluno é solicitado a distinguir partes do Toque de saída. Toque de estrada. Lá vão eles,
texto que são referentes a um fato e partes que se deixando no estradão as marcas de sua passa-
referem a uma opinião relacionada ao fato apre- gem.
sentado, expressa pelo autor, narrador ou por al-
TV Cultura, Jornal do Telecurso.
gum outro personagem. Há itens que solicitam,
por exemplo, que o aluno identifique um trecho
que expresse um fato ou uma opinião, ou então,
dá-se a expressão e pede-se que ele reconheça se
II – A opinião do autor em relação ao fato co-
é um fato ou uma opinião.
mentado está em
(http://www1.uol.com.br/crianca/fabulas/noflash/raposa. htm)
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TÓPICO II
Este tópico requer dos alunos duas competências I – Pela resposta da aranha, percebe-se, em re-
básicas, a saber: a interpretação de textos que lação a sua morte, uma postura:
conjugam duas linguagens – a verbal e a não-ver-
bal – e o reconhecimento da finalidade do texto a) De alívio
por meio da identificação dos diferentes gêneros b) De pesar
textuais. c) De sarcasmo
d) De arrependimento
Para o desenvolvimento dessas competências,
tanto o texto escrito quanto as imagens que o
acompanham são importantes, na medida em que
propiciam ao leitor relacionar informações e se
engajar em diferentes atividades de construção de
significados.
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D12 – Identificar a finalidade de textos de dife- da vida, e adotados, para a concretização das
rentes gêneros emoções estéticas, os processos clássicos dos
grandes mestres. (...) A outra espécie é forma-
A habilidade que pode ser avaliada por este des- da dos que veem anormalmente a natureza e a
critor refere-se ao reconhecimento, por parte do interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a
aluno, do gênero ao qual se refere o texto-base, sugestão estrábica das escolas rebeldes, surgi-
identificando, dessa forma, qual o objetivo do tex- das cá e lá como furúnculos da cultura exces-
to: informar, convencer, advertir, instruir, explicar, siva. (...). Estas considerações são provocadas
comentar, divertir, solicitar, recomendar, etc. pela exposição da sra. Malfatti, onde se notam
acentuadíssimas tendências para uma atitude
Essa habilidade é avaliada por meio da leitura de estética forçada no sentido das extravagâncias
textos integrais ou de fragmentos de textos de di- de Picasso & cia.
ferentes gêneros, como notícias, fábulas, avisos,
O Diário de São Paulo, dez./1917.
anúncios, cartas, convites, instruções, propagan-
das, entre outros, solicitando ao aluno a identifica-
ção explícita de sua finalidade.
II – O texto tem por finalidade:
a) criticar.
b) conscientizar.
c) denunciar.
Anos Finais do Ensino Fundamental
d) informar.
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TÓPICO III
TEXTO II
Essas atividades podem envolver a comparação
de textos de diversos gêneros, como os produzi-
Cientistas dos EUA anunciaram a clonagem de
dos pelos alunos, os textos extraídos da Internet,
50 ratos a partir de células de animais adultos,
de jornais, revistas, livros e textos publicitários,
inclusive de alguns já clonados. Seriam os pri-
entre outros.
meiros clones de clones, segundo estudos pu-
blicados na edição de hoje da revista – Nature.
D 20 – Reconhecer diferentes formas de tratar
A técnica empregada na pesquisa teria um
uma informação na comparação de textos que
aproveitamento de embriões — da fertilização
tratam do mesmo tema, em função das condi-
ao nascimento — três vezes maior que a téc-
ções em que ele foi produzido e daquelas em
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
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D 21 – Reconhecer posições distintas entre duas serra. Nos últimos 15 anos, sua média anual de
ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao desmatamento mais do que dobrou.
mesmo tema.
Revista Isto É – nº 1648 – 02-05-2001 São Paulo – Ed. Três.
TEXTO 1 TEXTO I
MAPA DA DEVASTAÇÃO
Anos Finais do Ensino Fundamental
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tes, que lhe cobrem o corpo, para que não seja d) A charge mostra o cotidiano do trabalhador, e
lanhado pelas folhas da planta. O excesso de o texto defende o fim da mecanização da pro-
trabalho causa a birola: tontura, desmaio, cãi- dução da cana – de – açúcar no setor sucroal-
bra, convulsão. A fim de aguentar dores e can- cooleiro.
saço, esse trabalhador toma drogas e soluções e) O texto mostra disparidades na agricultura
de glicose, quando não farinha mesmo. Tem brasileira, na qual convivem alta tecnologia e
aumentado o número de mortes por exaustão condições precárias de trabalho, que a charge
nos canaviais. ironiza.
TEXTO II
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c) orientam o leitor a respeito dos modos de usar
conscientemente as sacolas plásticas.
d) intimidam o leitor com as nocivas consequên-
cias do uso indiscriminado de sacolas plásti-
cas.
e) recorrem à informação, por meio de constata-
ções, para convencer o leitor a evitar o uso de
sacolas plásticas.
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TÓPICO IV
COERÊNCIA E COESÃO NO
PROCESSAMENTO DO TEXTO
O Tópico IV trata dos elementos que constituem a assunto do texto e da sua tese. Essa apreensão
textualidade, ou seja, aqueles elementos que cons- leva a uma percepção da hierarquia entre as ideias:
troem a articulação entre as diversas partes de um qual é a ideia principal? Quais são as ideias secun-
texto: a coerência e a coesão. Considerando que dárias? Quais são os argumentos que reforçam
a coerência é a lógica entre as ideias expostas no uma tese? Quais são os exemplos confirmatórios?
texto, para que exista coerência é necessário que Qual a conclusão? Em relação aos textos narrati-
a idéia apresentada se relacione ao todo textual vos, pode ser requerido do aluno que ele identifi-
dentro de uma sequência e progressão de ideias. que os elementos componentes – narrador, ponto
Para que as ideias estejam bem relacionadas, de vista, personagens, enredo, tempo, espaço – e
também é preciso que estejam bem interligadas, quais são as relações entre eles na construção da
bem “unidas” por meio de conectivos adequados, narrativa.
ou seja, com vocábulos que têm a finalidade de
ligar palavras, locuções, orações e períodos. Des- D2 – Estabelecer relações entre partes de um
sa forma, as peças que interligam o texto, como texto, identificando repetições ou substituições
pronomes, conjunções e preposições, promo- que contribuem para a continuidade de um texto.
vendo o sentido entre as ideias são chamadas
coesão textual. Enfatizamos, nesta série, apenas As habilidades que podem ser avaliadas por este
os pronomes como elementos coesivos. Assim, descritor relacionam-se ao reconhecimento da
definiríamos coesão como a organização entre os função dos elementos que dão coesão ao texto.
elementos que articulam as ideias de um texto. Dessa forma, eles poderão identificar quais pala-
vras estão sendo substituídas e/ou repetidas para
As habilidades a serem desenvolvidas pelos des- facilitar a continuidade do texto e a compreensão
critores que compõem este tópico exigem que o do sentido. Trata-se, portanto, do reconhecimento,
leitor compreenda o texto não como um simples por parte do aluno, das relações estabelecidas en-
agrupamento de frases justapostas, mas como tre as partes do texto.
um conjunto harmonioso em que há laços, interli-
gações, relações entre suas partes.
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
Em relação aos textos narrativos, o leitor necessi- Nesta edição, venha conhecer essa espécie e,
ta identificar os elementos que compõem o texto de quebra, aprender muito mais.
– narrador, ponto de vista, personagens, enredo,
tempo, espaço – e quais são as relações entre eles Saiba como as cores e as formas são importan-
na construção da narrativa. tes para a sobrevivência de diferentes animais,
descubra como se forma o solo e encontre mui-
A compreensão e a atribuição de sentidos relativos tas curiosidades sobre os cupins, os filhotes da
a um texto dependem da adequada interpretação tartaruga e até sobre o funcionamento da gar-
de seus componentes, ou da coerência pela qual rafa térmica.
o texto é marcado. De acordo com o gênero tex-
Adaptado de http://chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/revista-chc-2010/210
tual, o leitor tem uma apreensão geral do tema, do
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I - No trecho “... venha conhecer essa espécie e, A tese é uma proposição teórica de intenção per-
de quebra, aprender muito mais.”, a palavra em suasiva, apoiada em argumentos contundentes
destaque refere-se a sobre o assunto abordado.
a) “edição”.
b) “crianças”. O OURO DA BIOTECNOLOGIA
c) “baleia-sardinheira”.
d) “garrafa térmica”. Até os bebês sabem que o patrimônio natural
do Brasil é imenso. Regiões como a Amazônia,
o Pantanal e a Mata Atlântica – ou o que restou
A EMA dela – são invejadas no mundo todo por sua
biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como
O surgimento da figura da Ema no céu, ao leste, o do cerrado e o da caatinga têm mais riqueza
no anoitecer, na segunda quinzena de junho, in- de fauna e flora do que se costuma pensar. A
dica o início do inverno para os índios do sul do quantidade de água doce, madeira, minérios e
Brasil e o começo da estação seca para os do outros bens naturais é amplamente citada nas
norte. É limitada pelas constelações de Escor- escolas, nos jornais e nas conversas. O proble-
pião e do Cruzeiro do Sul, ou Cut’uxu. Segundo ma é que tal exaltação ufanista (“Abençoado por
o mito guarani, o Cut’uxu segura a cabeça da Deus e bonito por natureza”) é diretamente pro-
ave para garantir a vida na Terra, porque, se ela porcional à desatenção e ao desconhecimento
se soltar, beberá toda a água do nosso plane- que ainda vigoram sobre essas riquezas.
ta. Os tupis guaranis utilizam o Cut’uxu para se
orientar e determinar a duração das noites e as Estamos entrando numa era em que, muito
estações do ano. mais do que nos tempos coloniais (quando
pau-brasil, ouro, borracha etc. eram levados
ALMANAQUE BRASIL, maio/2007 (com adaptações).
em estado bruto para a Europa), a exploração
comercial da natureza deu um salto de inten-
sidade e refinamento. Essa revolução tem um
II – O pronome os (l.3) refere-se a:
nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por
exemplo, deixará em breve de ser uma enorme
a) Escorpião
fonte “potencial” de alimentos, cosméticos,
b) Índios
remédios e outros subprodutos: ela o será de
c) Cruzeiro do Sul
fato – e de forma sustentável. Outro exemplo:
d) Tupis guaranis
os créditos de carbono, que terão de ser com-
prados do Brasil por países que poluem mais
Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA
do que podem, poderão significar forte entrada
III – Na passagem “É limitada pelas constela-
de divisas.
ções de Escorpião e do Cruzeiro do Sul, ou Cut’u-
xu.” ocorre o seguinte processo coesivo:
Com sua pesquisa científica carente, indefi-
nição quanto à legislação e dificuldades nas
a) Hiperonímia
questões de patenteamento, o Brasil não con-
b) Reiteração
segue transformar essa riqueza natural em
Anos Finais do Ensino Fundamental
c) Elipse
riqueza financeira. Diversos produtos autócto-
d) Hiponímia
nes, como o cupuaçu, já foram registrados por
estrangeiros – que nos obrigarão a pagar pelo
uso de um bem original daqui, caso queiramos
D7 – Identificar a tese de um texto.
(e saibamos) produzir algo em escala com ele.
Além disso, a biopirataria segue crescente. Até
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habili-
mesmo os índios deixam que plantas e animais
dade de o aluno reconhecer o ponto de vista ou a
sejam levados ilegalmente para o exterior, onde
ideia central defendida pelo autor.
provavelmente serão vendidos a peso de ouro.
Resumo da questão: ou o Brasil acorda onde
21
provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Na parte superior do anúncio, há um comentário
Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a escrito à mão que aborda a questão das atividades
nova realidade econômica global, ou continuará linguísticas e sua relação com as modalidades oral
perdendo dinheiro como fruta no chão. e escrita da língua. A tese exposta a partir desse
comentário deixa evidente que é necessário:
Daniel Piza. O Estado de S. Paulo.
O NAMORO NA ADOLESCÊNCIA
22
própria escolha. São fatores inconscientes, que II – O argumento que melhor sintetiza a ideia do
fazem com que a Mariazinha se encante com o poema é:
jeito tímido do João e não dê pelota para o herói
da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a) estimular os processos de instalação de novas
a relação harmoniosa ou não entre os pais do mineradoras para acelerar a modernização da
adolescente, também influenciarão o seu namo- paisagem.
ro. Um relacionamento em que um dos parcei- b) criarem-se estratégias para reduzir o impacto
ros vem de um lar em crise, é, de saída, dose ambiental no ambiente degradado.
de leão para o outro, que passa a ser utilizado c) reaproveitarem-se materiais, reduzindo-se a
como anteparo de todas as dores e frustrações. necessidade de extração de minérios.
Geralmente, esta carga é demais para o outro d) a exploração da paisagem favorece o desen-
parceiro, que também enfrenta suas crises pe- volvimento do transporte ferroviário.
las próprias condições de adolescente. Entrar
em contato com a outra pessoa, senti-la, ou-
vi-la, depender dela afetivamente e, ao mes- D9 – Diferenciar as partes principais das secun-
mo tempo, não massacrá-la de exigências, e dárias em um texto.
não ter medo de se entregar, é tarefa difícil em
qualquer idade. Mas é assim que começa este Por meio deste descritor pode-se avaliar a habili-
aprendizado de relacionar-se afetivamente e que dade de o aluno reconhecer a estrutura e a organi-
vai durar a vida toda. zação do texto e localizar a informação principal e
as informações secundárias que o compõem.
SUPLICY, Marta. A condição da mulher. São Paulo: Brasiliense, 1984.
23
Além disso, os macacos são treinados e podem II – A principal informação desse texto está expressa:
fazer tarefas a bordo, como acionar os coman-
dos das naves, quando as luzes coloridas acen- a) na iniciativa de uma família de Curitiba.
dem no painel, por exemplo. b) na aceitação do convite pela família guarani.
c) no resultado do encontro dos dois grupos.
Enos foi o mais famoso macaco a viajar para d) no grau de ansiedade dos dois grupos.
o espaço, em novembro de 1961, a bordo da
nave Mercury/Atlas 5. A nave de Enos teve pro-
blemas, mas ele voltou são e salvo, depois de De uma coisa temos certeza: a terra não per-
ter trabalhado direitinho. Seu único erro foi ter tence ao homem branco; o homem branco é
comido muito depressa as pastilhas de banana que pertence à terra. Disso temos certeza. To-
durante as refeições. das as coisas estão relacionadas como o san-
gue que une uma família. Tudo está associado.
(Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996)
ENCONTRO DE ANSIEDADES
III – O argumento principal do texto está expres-
O pai Irineu, a mãe Florinda e os filhos Lúcia, so no seguinte trecho:
Eliana e Ronaldo (...) tiveram uma experiência
bastante inusitada. A família de índios Guarani, a) “Todas as coisas estão relacionadas como o
sangue que une uma família.”
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
24
D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e E os urubus, em uníssono, expulsaram da flo-
os elementos que constroem a narrativa. resta os passarinhos que cantavam sem alva-
rás...
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habi-
lidade do aluno em reconhecer os fatos que cau- MORAL: EM TERRA DE URUBUS DIPLOMADOS
sam o conflito ou que motivam as ações dos per- NÃO SE OUVE CANTO DE SABIÁ.
sonagens, originando o enredo do texto.
ALVES, Rubem. Estórias de Quem gosta de Ensinar. São Paulo: Ars Poética,
1985, p.81.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no
qual é solicitado ao aluno que identifique os acon-
tecimentos desencadeadores de fatos apresenta- No contexto, o que gera o conflito é:
dos na narrativa, ou seja, o conflito gerador, ou o
personagem principal, ou o narrador da história, a) a competição para eleger o melhor urubu.
ou o desfecho da narrativa. b) a escola para formar aves cantoras.
c) o concurso de canto para conferir diplomas.
URUBUS E SABIÁS d) o desejo dos urubus de aprender a cantar.
Tudo ia muito bem até que a doce tranquilida- Foram. Quando já estavam quase chegando à
de da hierarquia dos urubus foi estremecida. A orla marítima, ele se deu conta: tinham esque- Reforço Escolar | LÍNGUA PORTUGUESA
floresta foi invadida por bandos de pintassilgos, cido a chave da casa da praia. Não havia outro
tagarelas, que brincavam com os canários e remédio. Tinham de voltar. Voltaram.
faziam serenatas com os sabiás... Os velhos
urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a Quando abriram a porta do apartamento, qua-
testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e se desmaiaram: o living estava cheio de gente,
canários para um inquérito. todo mundo dançando, no meio de uma alga-
Anos Finais do Ensino Fundamental
25
O marido e a mulher hesitaram um pouco; de- Uma criança brincava. Ficou na torneira, à es-
pois - por que não, afinal a gente tem de ex- pera que abrissem. Então percebeu que as en-
perimentar de tudo na vida, aderiram à festa. grenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta
Dançaram, beberam, riram. Ao final da noite era um branco imenso, uma água límpida. E a
concordavam com o mulato: nunca tinham se cara da menina aparecia redonda e grande, a
divertido tanto. olhá-lo interessada. Ela gritou:
No dia seguinte, despediram a empregada.”
“Mamãe, tem um homem dentro da pia”
Fonte: SCLIAR, Moacyr. Histórias para (quase) todos os gostos. Porto ale-
gre: L&PM, 1998.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A
menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu
O fato no texto que dá início ao conflito é: pelo esgoto.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988. p. 89.
a) Todos se divertiram muito na festa.
b) A empregada era de confiança do casal.
c) O casal esqueceu a chave da casa de praia.
I – O homem desviou-se de sua trajetória porque:
d) O casal resolve passar o fim de semana na
praia.
a) ouviu muitos barulhos familiares.
b) já estava “viajando” há vários dias.
c) ficou desinteressado pela “viagem”.
D11 – Estabelecer relação causa/consequência
d) percebeu que havia uma torneira.
entre partes e elementos do texto.
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habi- O SURDO APRENDE DIFERENTE
lidade do aluno em identificar o motivo pelo qual
os fatos são apresentados no texto, ou seja, o re- O surdo não adquire de forma natural a língua
conhecimento de como as relações entre os ele- falada, e a sua aquisição jamais ocorre da mes-
mentos organizam-se de forma que um torna-se o ma forma como acontece com a criança ouvin-
resultado do outro. te. Esse processo exige um trabalho formal e
sistemático. Os surdos, por serem incapazes de
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no ouvir seus pais, correm o risco de ficar seria-
qual o aluno estabelece relações entre as diversas mente atrasados na compreensão da língua, a
partes que o compõem, averiguando as relações de menos que providências sejam tomadas. E ser
causa e efeito, problema e solução, entre outros. deficiente de linguagem, para um ser humano,
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
26
o surdo deve adquirir como língua materna e Moral: Nos momentos graves é preciso verificar
primeira língua (L1) a língua de sinais e, como muito bem para quem se apela.
segunda língua (L2), a língua oficial de seu país;
Fonte: FERNANDES, Millôr. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991.
no nosso caso a Língua Portuguesa.
27
concatenação perfeita entre as partes do texto, as I – Que função desempenha a expressão destaca-
quais são marcadas pelas conjunções, advérbios, da no texto “... o volume do rio cresceu TANTO QUE
etc., formando uma unidade de sentido. a família defronte teve medo.” (2º parágrafo):
das contentes, riam muito; como se fazia café pregados, o índice de analfabetismo, o déficit
e se tomava café tarde da noite! E às vezes o de moradia, o sucateamento da saúde, enfim, a
rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, avalanche de brasileiros envolvidos e tragados
e me lembro que nós, os meninos, torcíamos num processo de repetidas migrações(...)
para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor
(adap.Valin,1996, pág.50 Migrações: da perda de terra à exclusão social.
da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha SP. Atuali, 1996).
quando, mal saltando da cama, íamos correndo
para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era
uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às ve- III – (ENEM 1998 – MODIFICADA) A função de-
zes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para sempenhada pela palavra destacada no texto é:
cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anun-
ciava águas nas cabeceiras, então dormíamos a) Conclusão de ideias;
sonhando que a enchente ia outra vez crescer, b) Oposição de ideias;
queríamos sempre que aquela fosse a maior de c) Conformidade entre ideias;
todas as enchentes. d) Sucessão de ideias
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do
Autor, 1962. p. 157.
28
TÓPICO IV
O uso de recursos expressivos possibilita uma lei- representado tanto por uma expressão verbal inu-
tura para além dos elementos superficiais do texto sitada, quanto por uma expressão facial da perso-
e auxilia o leitor na construção de novos significa- nagem. Nos itens do Saeb, geralmente é solicitado
dos. Nesse sentido, o conhecimento de diferentes ao aluno que ele identifique onde se encontram
gêneros textuais proporciona ao leitor o desenvol- traços de humor no texto, ou informe por que é
vimento de estratégias de antecipação de informa- provocado o efeito de humor em determinada ex-
ções que o levam à construção de significados. pressão.
Em diferentes gêneros textuais, tais como a propa- I – O que torna o texto engraçado é que:
ganda, por exemplo, os recursos expressivos são
largamente utilizados, como caixa alta, negrito,
itálico, etc. Os poemas também se valem desses
recursos, exigindo atenção redobrada e sensibili-
dade do leitor para perceber os efeitos de sentido
subjacentes ao texto.
29
II – (ENEM 1998 – MODIFICADA) O efeito de hu-
AÍ, GALERA mor do texto é provocado pelo (a):
Luís Fernando Veríssimo
30
IV – O texto acima tem a intenção de provocar D17 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente
risos, é um texto humorístico. O que torna o texto do uso da pontuação e de outras notações.
engraçado?
A habilidade que pode ser avaliada por este des-
a) O trovão que clareia o céu tornando o leão bon- critor refere-se à identificação, pelo aluno, dos
zinho. efeitos provocados pelo emprego de recursos da
b) O desespero do turista frente a frente com o pontuação ou de outras formas de notação, em
leão. contribuição à compreensão textual, não se limi-
c) A forma como o leão agradece a refeição. tando ao seu aspecto puramente gramatical.
d) A atitude do leão ao agir como cristão.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
no qual é requerido do aluno que ele identifique o
V – O que torna o texto mais engraçado é: sentido provocado por meio da pontuação (traves-
são, aspas, reticências, interrogação, exclamação,
etc.) e/ou notações como, tamanho de letra, pa-
rênteses, caixa alta, itálico, negrito, entre outros.
Os enunciados dos itens solicitam que os alunos
reconheçam o porquê do uso do itálico, por exem-
plo, em uma determinada palavra no texto, ou indi-
que o sentido de uma exclamação em determinada
frase, ou identifique por que usar os parênteses,
a) A expressão das personagens em todos os entre outros.
quadrinhos.
b) A comparação dos termos médicos com a lin-
guagem do Haroldo. I – No terceiro quadrinho, os pontos de exclama-
c) O conceito sobre o amor na fala do Haroldo. ção reforçam ideia de:
d) A associação entre os sintomas na conclusão
do texto.
31
II – No segundo quadrinho, o ponto de interroga- ficado decorrente da escolha de uma determinada
ção e reticências reforçam a ideia de: palavra ou expressão, dependendo da intenção do
autor, a qual pode assumir sentidos diferentes do
seu sentido literal.
“CHATEAR” E “ENCHER”
aqui?
— Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí.
— Não chateia.
CAMPOS, Paulo Mendes. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, v.2, p. 35.
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habili-
dade do aluno em reconhecer a alteração de signi-
32
I – No trecho “Cavalheiro, aqui não trabalha ne- do água, proteína, açúcar e sais minerais’. Um
nhum Valdemar”, o emprego do termo sublinha- alimento pra ninguém botar defeito. O ser hu-
do sugere que o personagem, no contexto: mano o usa há mais de 5.000 anos. É o único
alimento só alimento. A carne serve pro animal
a) era gentil. andar, a fruta serve pra fazer outra fruta, o ovo
b) era curioso. serve pra fazer outra galinha (...) O leite é só
c) desconhecia a outra pessoa. leite. Ou toma ou bota fora.
d) revelava impaciência.
Esse aqui examinando bem, é só pra botar fora.
Tem chumbo, tem benzina, tem mais água do
II – (ENEM 2003 – MODIFICADA) O humor pre- que leite, tem serragem, sou capaz de jurar que
sente na tirinha decorre principalmente do fato nem vaca tem por trás desse negócio.
de a personagem Mafalda:
Depois o pessoal ainda acha estranho que os
meninos não gostem de leite.
pergunta:
de nada, pô! Vai ver nem sabem o que é vaca.
Nem o que é leite. Estou falando isso porque ago-
— E aí, tudo joia?
ra mesmo peguei um pacote de leite – leite em
— Que nada! Metade é roupa...
pacote, imagina, Tereza! – na porta dos fundos e
estava escrito que é pasteurizado, ou pasteuriza- Fonte: http://www.gel.org.br/4publica-estudos-2005/4publica-estudos-2005
do, sei lá, tem vitamina, é garantido pela embro- -pdfs/piadas-e-tiras-em-quadrinhos-119.pdf?SQMSESSID=a38ffc79c-
82bcbe561e1c641326fd16c - Acesso em 16/6/2008
matologia, foi enriquecido e o escambau.
33
IV – Na frase “- E aí, tudo joia?” a expressão A chuva apenas. A chuva empenou os móveis.
destacada apresenta ambiguidade. O que causa A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu
o efeito de humor? as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva
e seu ruído de vidro. A chuva inchou o brejo. A
a) O fato da mala conter jóias. chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando
b) O fato do ladrão não entender a pergunta. insetos. A chuva sobre os varais. A chuva der-
c) O fato da mala conter roupas. rubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva
d) O fato do amigo não conhecer o conteúdo da molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado.
mala. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os
poros. A chuva fez muitas poças. A chuva se-
cou ao sol.
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorren-
ANTUNES, Arnaldo. As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1996.
te da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos.
34
TÓPICO VI
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
35
as probabilidades de, recuperado o esférico, A PRAIA DE FRENTE PRA CASA DA VÓ
concatenarmos um contragolpe agudo com
parcimônia de meios e extrema objetividade, Eu queria surfar. Então vamo nessa: a praia
valendo-nos da desestruturação momentânea ideal que eu idealizo no caso particularizado
do sistema oposto, surpreendido pela reversão de minha pessoa, em primeiramente, seria de
inesperada do fluxo da ação. frente para a casa da vó, com vista para o meu
— Ahn?
quarto. Ia ter umas plantaçãozinha de água de
— É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá
coco e, invés de chão de areia, eu botava uns
eles sem calça.
gramadão presidente. Assim, o Zé, eu e os cara
— Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
— Posso dirigir uma mensagem de caráter sen- não fica grudando quando vai dar os rolé de
timental, algo banal, talvez mesmo previsível e Corcel! Então, vamo nessa: na praia dos sonhos
piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por ra- que eu falei “É o sooonho!”, teria menos água
zões, inclusive, genéticas? salgada! (Menas porque água é feminina) Eu ia
— Pode. consegui ficar em pé na minha triquilha tigrada,
— Uma saudação para a minha progenitora. sair do back side, subir no lip, trabalhar a espu-
— Como é? ma, iiiiihhhhaaaaaaaaa!(...)
— Alô, mamãe!
Fonte: Peterson Foca . Personagem “cult” de Sobrinhos do Ataíde, progra-
— Estou vendo que você é um, um... ma veiculado pela Rádio 89,1 FM de São Paulo.
— Um jogador que confunde o entrevistador,
pois não corresponde à expectativa de que o
atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade III – “Eu ia consegui ficar em pé na minha tri-
de expressão e assim sabota a estereotipação? quilha tigrada, sair do back side, subir no lip,
— Estereoquê? trabalhar a espuma, iiiiihhhhaaaaaaaaa!(...)”
— Um chato? As expressões destacadas são gírias próprias
— Isso. dos:
Correio Braziliense, 13/05/1998.
a) Professores universitários em palestra.
b) Adolescentes falando sobre surf.
II – (ENEM 1998 – MODIFICADA) O texto mostra c) Geógrafos analisando a paisagem.
uma situação em que a linguagem usada é ina- d) Biólogos discutindo sobre a natureza.
dequada ao contexto. Considerando as diferen-
ças entre língua oral e língua escrita, assinale
AULA DE PORTUGUÊS
Ação de Fortalecimento da Aprendizagem
36
em que levava e dava pontapé,
16 a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.