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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

CURSO DE PEDAGOGIA
FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA
PROFª DRª DEDILENE ALVES DE JESUS

O tipo argumentar e o debate regrado

TIPOLOGIA DOMÍNIOS SOCIAIS DE CAPACIDADES DE EXEMPLOS DE


COMUNICAÇÃO LINGUAGEM GÊNEROS ESCRITOS E
DOMINANTES ORAIS
Discussão de problemas Sustentação, Textos de opinião, carta
ARGUMENTAR sociais controversos, refutação e ao leitor, reclamação,
visando a um negociação de debate regrado, resenha
entendimento e a um tomada de posição crítica, artigo de opinião,
posicionamento perante editorial
eles
(DOLZ E SCHNEUWLY, 2004, p. 121)

Situando o gênero

Muitos tipos diferentes de debates são utilizados na Escola Básica e no Ensino Superior,
bem como na arena política, mas há dois tipos gerais: a) debates de problemas, que são centrados
em questões filosóficas, como se algo é certo ou errado; b) debates de mecanismos (deliberativo),
que lidam com problemas práticos, tais como a execução de algo.

O debate é composto por:

Moderador - Quem dita as regras, ou seja, apresenta o tema a ser discutido, escolhe os
debatedores, estipula o tempo de cada um, interrompe-os quando necessário, fica responsável pelo
sucesso do debate. Quando um debatedor está com dificuldades argumentativas, cabe ao
moderador passar a vez para outro debatedor com melhores argumentos. É o mediador que
escolhe o tema, avalia os argumentos, inicia e encerra a discussão.

Debatedores - Interlocutores necessários em uma discussão acadêmica, seja em


seminários, palestras, encontros, congressos, entre outros. Eles interagem com o palestrante, com
o intuito de ressaltar pontos importantes falados pelo orador principal, como também formulam
questões de interesse tanto do assunto apresentado, como do público-alvo.

Características:

 Democratização de uma discussão / direito de expor livremente as ideias e o dever de ouvir


e respeitar as ideias alheias, mesmo que diferentes.
 Convencimento do interlocutor por meio de argumentos persuasivos / intenção de modificar
o ponto de vista do outro.
 Utilização de linguagem na variedade padrão, podendo ser mais ou menos formal.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
CURSO DE PEDAGOGIA
FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA
PROFª DRª DEDILENE ALVES DE JESUS

O tipo expor e o gênero seminário

TIPOLOGIA DOMÍNIOS CAPACIDADES EXEMPLOS DE GÊNEROS


SOCIAIS DE DE LINGUAGEM ESCRITOS E ORAIS
COMUNICAÇÃO DOMINANTES
Transmissão e Apresentação Seminário, conferência, artigo
EXPOR construção de textual de ou verbete de enciclopédia,
saberes diferentes formas entrevista de especialista,
de saberes tomada de notas. resumo de
textos “expositivos” ou
explicativos, relatório científico,
relato de experiência científica
(DOLZ E SCHNEUWLY, 2004, p. 121)

Características do tipo expositivo:

• Apresenta informações sobre um objeto ou fato específico, sua descrição e a enumeração de


suas características;
• Objetividade;
• Linguagem cuidada, com estruturas lexicais e sintáticas adequadas;
• Clareza, simplicidade e rigor;
• Uso de estruturas impessoais, de nominalizações e modalidades de possibilidade, certeza ou
probabilidade, em vez de juízos de valor ou sentimentos de apreciação;

Situando o gênero

O seminário é uma exposição oral, previamente organizada, realizada por participantes de


um grupo. São discutidos nos seminários temas de relevância social ou científica dentro de uma
comunidade, uma classe de escola ou universidade, uma categoria profissional, um bairro, etc.

O seminário em grupo exige a distribuição da fala entre os seus integrantes. Um critério


simples e muito utilizado de distribuição é a divisão do assunto do seminário em subtemas, um para
cada integrante. O tempo de fala é outro aspecto a ser considerado.

O conteúdo do seminário é dividido em temas e subtemas e depende de experiência


anterior, de conhecimento prévio e/ou de pesquisa realizada especialmente para a apresentação.

Características do seminário:

 Linguagem formal
 Exploração de diversas fontes de informação
 Seleção das informações em função do tema
 Elaboração de um esquema para a apresentação oral
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CURSO DE PEDAGOGIA
FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA
PROFª DRª DEDILENE ALVES DE JESUS

O tipo narrar e os gêneros conto e crônica

TIPOLOGIA DOMÍNIOS CAPACIDADES EXEMPLOS DE GÊNEROS


SOCIAIS DE DE LINGUAGEM ESCRITOS E ORAIS
COMUNICAÇÃO DOMINANTES
Mímesis de ação Conto maravilhoso, fábula,
NARRAR Cultura literária através da criação lenda, narrativa de aventura,
ficcional da intriga no narrativa de ficção científica,
domínio verossímil narrativa de enigma, novela
fantástica, conto parodiado
(DOLZ E SCHNEUWLY, 2004, p. 121)

Características do tipo narrar:

 É predominantemente figurativo, isto é, utiliza-se geralmente de termos concretos.


 É dinâmico - tem relações de anterioridade e de posterioridade.
 Predomínio do tempo verbal pretérito (perfeito ou imperfeito).
 Possui os seguintes elementos:
1. Narrador: é o que narra a história. Pode ser onisciente (terceira pessoa, observador, tem
conhecimento da história e das personagens, observa e conta o que está acontecendo ou
aconteceu) ou personagem (em primeira pessoa; narra e participa da história e, contudo, narra
os fatos à medida que acontecem, não podendo prever o que acontecerá com as demais
personagens).
2. Tempo: é um determinado momento em que as personagens vivenciam as suas experiências e
ações. Pode ser cronológico (um dia, um mês, dois anos) ou psicológico (memória de quem
narra, flashback feito pelo narrador).
3. Espaço: lugar onde as ações acontecem e se desenvolvem.
4. Enredo: é a trama, o que está envolvido na trama que precisa ser resolvido, e a sua resolução,
ou seja, todo enredo tem início, desenvolvimento, clímax e desfecho.
5. Personagens: através das personagens, seres fictícios da trama, encadeiam-se os fatos que
geram os conflitos e ações. À personagem principal dá-se o nome de protagonista e pode ser
uma pessoa, animal ou objeto inanimado, como nas fábulas.

Situando o gênero conto


O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional. Cria um universo de seres e
acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação. Como todos os textos de ficção, o conto
apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo. Classicamente, diz-se que o conto
se define pela sua pequena extensão. Mais curto que a novela ou o romance, o conto tem uma
estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax.

Características:

• Como nos outros textos narrativos, o conto também apresenta enredo, espaço, tempo e
personagens.
• Presença de um conflito e de personagens complexas.
• Espaço limitado a um ou poucos ambientes.
• O tempo pode ser cronológico ou psicológico.
• O narrador pode ou não ser personagem.
• Maior frequência de diálogos e não de descrições.
Situando o gênero crônica

A crônica é um texto de caráter reflexivo e interpretativo, que parte de um assunto do


cotidiano, um acontecimento banal, sem significado relevante. É um texto subjetivo, pois apresenta
a perspectiva do seu autor; o tom do discurso varia entre o ligeiro e o polêmico, podendo ser irônico
ou humorístico. É um texto breve e surge sempre assinado numa página fixa de jornal.

Características:

Quanto ao discurso:

• Texto curto e inteligível (de imediata percepção);


• Apresenta marcas de subjetividade – discurso na 1ª e 3ª pessoa;
• Pode comportar diversos modos de expressão, de forma isolada ou simultânea: narração;
descrição; contemplação / efusão lírica; comentários; reflexão.
• Linguagem com duplos sentidos / jogos de palavras / conotações;
• Utiliza a ironia;
• Registro de língua corrente;
• Discurso que vai do oral ao literário;
• Predominância da função emotiva da linguagem sobre a informativa;
• Vocabulário variado e expressivo de acordo com a intenção do autor;
• Pontuação expressiva;
• Emprego de recursos estilísticos.

Quanto à temática:

• Aborda aspectos da vida social e cotidiana;


• Transmite os contrastes do mundo em que vivemos;
• Apresenta episódios reais ou fictícios.
• A crônica pode ser política, desportiva, literária, humorística, econômica, mundana, etc.

SARMENTO, L.L.; TUFANO, D. Português: literatura, gramática, produção de texto. Volume único.
São Paulo: Moderna, 2004.

http://apoioptg.blogspot.com.br/2007/04/caractersticas-da-crnica.html. Acesso em 03/04/2014.


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FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA
PROFª DRª DEDILENE ALVES DE JESUS

O tipo relatar e os gêneros notícia e reportagem

TIPOLOGIA DOMÍNIOS CAPACIDADES EXEMPLOS DE GÊNEROS


SOCIAIS DE DE LINGUAGEM ESCRITOS E ORAIS
COMUNICAÇÃO DOMINANTES
Documentação e Representação Relato de experiência vivida,
RELATAR memorização das pelo discurso de relato de viagem, testemunho,
ações humanas experiências curriculum vitae, notícia,
vividas, situadas no reportagem, crônica esportiva,
tempo ensaio biográfico
(DOLZ E SCHNEUWLY, 2004, p. 121)

Características do tipo relatar:

• Predomínio da linguagem referencial e uso da língua padrão.


• Constrói-se a partir de um conhecimento e de informações sobre um fato.
• É uma manifestação linguística produzida em um contexto específico e com uma
determinada intenção, que pode ser para contar algo sumariamente ou fazer uma
complementação desse relato e suas repercussões, seus desdobramentos, entre outros.
• Predomínio dos tempos verbais pretérito perfeito e presente, de frases nominais e verbos de
ligação.

Situando o gênero notícia

A notícia é um formato de divulgação de um acontecimento por meios jornalísticos. A notícia


é normalmente reconhecida como algum dado ou evento socialmente relevante que merece
publicação numa mídia. Fatos políticos, sociais, econômicos, culturais, naturais e outros podem ser
notícia se afetarem indivíduos ou grupos significativos para um determinado veículo de imprensa.

Características:

 Precisão: os fatos ou eventos devem ser verdadeiros e, portanto, verificáveis.


 Objetividade: o jornalista não deve ver-se nela pela introdução de qualquer opinião ou juízo
de valor.
 Clareza: os fatos devem ser expostos de forma ordenada e lógica.
 Brevidade: os fatos devem ser apresentados de forma breve, sem repetição ou irrelevância
de dados.
 Generalidade: a notícia deve ser de interesse social, e não particular.
 Update: os fatos devem ser atuais ou recentes.
 Originalidade: Os eventos podem ser novos, incomuns ou raros.
 Interesse humano: o título deve ser capaz de produzir uma resposta afetiva ou emocional
nos receptores.
 Proximidade: os eventos provocam maior interesse se ocorreram próximos à realidade do
receptor.
 Saliência: a história produz mais interesse se as pessoas envolvidas são importantes e bem
conhecidas.
Situando o gênero reportagem

A reportagem é um gênero de texto jornalístico que transmite uma informação por meio da
televisão, rádio, revista. O objetivo da reportagem é levar os fatos ao leitor ou telespectador de
maneira abrangente. Isso implica em um fator essencial a um jornalista: falar bem e escrever bem.

Qual a diferença entre notícia e reportagem? A primeira informa fatos de maneira mais
objetiva e aponta as razões e efeitos. A segunda vai mais a fundo, faz investigações, tece
comentários, levanta questões, discute, argumenta.

Enquanto a notícia nos diz no mesmo dia ou no seguinte se o acontecimento entrou para a
história, a reportagem nos mostra como é que isso se deu. Tomada como método de registro, a
notícia se esgota no anúncio; a reportagem, porém, só se esgota no desdobramento, na
pormenorização, no amplo relato dos fatos.

A reportagem escrita é dividida em três partes: manchete, lead e corpo.

Manchete: compreende o título da reportagem, que tem como objetivo resumir o que será
dito. Além disso, deve despertar o interesse do leitor.
Lead: pequeno resumo que aparece depois do título, a fim de chamar mais ainda a atenção
do leitor.
Corpo: desenvolvimento do assunto abordado com linguagem direcionada ao público-alvo.

Características

 Informa de modo mais aprofundado sobre fatos que interessam ao público a que se destina
o jornal ou revista, acrescentando opiniões e diferentes versões, de preferência
comprovadas.
 Costuma estabelecer conexões entre o fato central, normalmente enunciado no lead, e fatos
paralelos, por meio de citações, trechos de entrevistas, boxes informativos, dados
estatísticos, fotografias, etc.
 Pode ter um caráter opinativo, questionando as causas e os efeitos dos fatos, interpretando-
os, orientando os leitores.
 Predomínio da função referencial da linguagem.
 Linguagem impessoal, objetiva, direta, de acordo com o padrão culto da língua.

CEREJA, W; MAGALHÃES. T. Texto e Interação. São Paulo: Atual editora, 2000

crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/documentos/.../op-em-lp-12.pdf. Acesso em 03/04/2014.


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FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DA LÍNGUA
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O tipo relatar e o gênero relato de experiência

TIPOLOGIA DOMÍNIOS CAPACIDADES EXEMPLOS DE GÊNEROS


SOCIAIS DE DE LINGUAGEM ESCRITOS E ORAIS
COMUNICAÇÃO DOMINANTES
Documentação e Representação Relato de experiência vivida,
RELATAR memorização das pelo discurso de relato de viagem, testemunho,
ações humanas experiências curriculum vitae, notícia,
vividas, situadas no reportagem, crônica esportiva,
tempo ensaio biográfico
(DOLZ E SCHNEUWLY, 2004, p. 121)

Situando o gênero

Faz parte dos gêneros pertencentes ao domínio social da memorização e documentação


das experiências humanas, situando-as no tempo. Servem de exemplos de gêneros dessa
natureza: diários íntimos, diários de viagem, notícias, reportagens, crônicas jornalísticas, relatos
históricos, biografias, autobiografias, testemunhos etc.
O revelar de experiências pode servir de auxílio a outras pessoas, como é o caso de
pessoas famosas, podendo ser gravado em áudio ou vídeo e, posteriormente, ser transcrito e
publicado por inúmeros meios de comunicação (jornais, revistas, livros, sites, dentre outros),
passando a se caracterizar como um documento histórico de notável importância.
Vale ainda ressaltar que tal gênero não se manifesta somente pela linguagem escrita, haja
vista que ele pode ser também transmitido pela modalidade oral, conforme ocorre em seminários,
palestras e conferências de uma forma geral.

Características:

• Formas verbais expressas na primeira pessoa do singular ou plural.


• Quanto ao nível de coloquialidade ou de formalismo, pode haver variações, dependendo do
grau de intimidade dos interlocutores, como também para o público a quem se destina a
circunstância comunicativa em pauta.
• Quanto aos tempos verbais, esses se situam no presente ou no pretérito (perfeito e
imperfeito); tudo irá depender das intenções propostas pela enunciação.
• Assemelha-se, em alguns aspectos, a textos narrativos, cujos elementos se constituem da
presença do narrador, personagens, tempo, espaço, dentre outros.
• O autor revela no relato sua experiência vivida pelo uso de: a) adjetivos que aproximam o
leitor dos sentimentos vividos por ele; b) pronomes pessoais e de tratamento que o autor
usa, como se dialogasse com o leitor; c) formas de expressões pessoais, às vezes
inusitadas; d) expressões típicas de sua região.

RELATÓRIOS ou RELATOS: quais as diferenças?


As marcas de autoria fazem a diferença entre relatórios profissionais e relatos de
experiência. As características de autoria são reveladas quando o autor se coloca como sujeito de
uma experiência que mobilizou sentimentos.

Fonte: www7.educacao.pe.gov.br/oje/concurso.../download-materiais;...2698. Acesso em 03/04/2014.


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FUNDAMENTOS E METODOLOGIAS DO ENSINO DA LÍNGUA
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O tipo instruir e os gêneros receita e tutorial

TIPOLOGIA DOMÍNIOS CAPACIDADES EXEMPLOS DE GÊNEROS


SOCIAIS DE DE LINGUAGEM ESCRITOS E ORAIS
COMUNICAÇÃO DOMINANTES
Instruções e Regulação mútua Instruções de montagem,
INSTRUIR / prescrições de comportamentos receita, regulamento, regras de
DESCREVER jogo, instruções de uso,
AÇÕES instruções em geral

(DOLZ E SCHNEUWLY, 2004, p. 121)

Características do tipo instruir:

• Objetivo de controlar o comportamento do destinatário – são textos que incitam à ação,


impõem regras ou fornecem instruções e indicações para a realização de um trabalho ou a
utilização correta de instrumentos.
• Apresenta-se de forma concisa, clara e objetiva, isentando-se de traços subjetivos e juízos
de valor, atendendo a uma sequência lógica.
• Predomínio de verbos no modo imperativo.
• Segundo características definidas, os textos de natureza instrucional podem se classificar
em injuntivos e prescritivos.

Situando o gênero receita

A receita é um gênero textual que apresenta duas partes bem definidas – ingredientes e
modo de fazer -, que podem ou não vir indicadas por títulos. A primeira parte apenas relaciona os
ingredientes, estipulando as quantidades necessárias, indicadas em gramas, xícaras, colheres,
pitadas, etc.
No modo de fazer, os verbos se apresentam quase sempre no modo imperativo (o modo
verbal que expressa ordem, conselho, etc.), pois essa parte indica, passo a passo, a sequência dos
procedimentos e da junção dos ingredientes a ser seguida para se obter o melhor resultado da
receita – no caso, pastéis de forno recheados de goiaba. Às vezes, o imperativo é substituído pelo
infinitivo, como, por exemplo, “Preparar a massa: misturar com as pontas dos dedos [...]”, “Aos
poucos, abrir pequenas porções da massa [...]”, etc.
Uma receita pode apresentar outras informações, como grau de dificuldade, tempo médio de
preparo, rendimento, calorias, etc. Pode, ainda, conter dicas para decoração ou para variações.

Características:

• Contém título.
• Normalmente apresenta uma estrutura constituída de: título, ingredientes e modo de preparo
ou de fazer.
• No modo de fazer, os verbos geralmente são empregados no imperativo.
• Pode conter indicação de calorias por porção, rendimento, dicas de preparo ou de como
decorar e servir, etc..
• Linguagem direta, clara e objetiva.
• Emprega o padrão culto da língua.
• Faz enumerações.
Situando o gênero tutorial

A palavra tutorial é derivada da palavra tutor, visto que o seu objetivo é ensinar. Tutoriais
são muito comuns na informática, onde são usados para ensinar como programas funcionam, e
como podem ser operados por usuários iniciantes. Ou ainda, um programa ou texto, contendo ou
não imagens, que ensinam didaticamente como um aplicativo funciona.
A palavra vem do latim tutus (proteger). Os tutoriais "protegem" o usuário das armadilhas do
programa, ou resguardam a integridade do computador das investidas dos usuários mais afoitos. O
tutorial também pode ser entendido como um "Manual de instruções" ou ainda como um "passo-a-
passo" para que um usuário, através de explicações mais simplificadas, chegue ao resultado que
se espera dele. O tutorial é um gênero midiático, pois é comumente veiculado na internet, em forma
de textos/ ilustrações ou vídeos.

Características:

• Possui um título claro, objetivo.


• Apresenta um texto introdutório.
• Pode ter a ação dividida em tópicos e subtópicos.
• Possui, em sua maioria, ilustrações.
• Apela para ajuda dos interactantes.

http://blogereceita.blogspot.com.br/. Acesso em 03/04/2014

professorhelenilson.blogspot.com/2013/06/generos-textuais.html. Acesso em 03/04/2014

pt.wikipedia.org/wiki/Tutorial. Acesso em 03/04/2014

http://meiobit.com/11711/tutorial-como-fazer-um-tutorial/. Acesso em 03/04/2014


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O tipo expor e o gênero entrevista (midiático)

TIPOLOGIA DOMÍNIOS CAPACIDADES EXEMPLOS DE GÊNEROS


SOCIAIS DE DE LINGUAGEM ESCRITOS E ORAIS
COMUNICAÇÃO DOMINANTES
Transmissão e Apresentação Seminário, conferência, artigo
EXPOR construção de textual de ou verbete de enciclopédia,
saberes diferentes formas entrevista de especialista,
de saberes tomada de notas. resumo de
textos “expositivos” ou
explicativos, relatório científico,
relato de experiência científica
(DOLZ E SCHNEUWLY, 2004, p. 121)

Situando o gênero

Entrevista é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o


entrevistado), onde perguntas são feitas pelo entrevistador de modo a obter informação
necessária por parte do entrevistado. A entrevista pode se apresentar por meio oral
(suporte televisivo, radiofônico ou cibernético) ou escrito (suporte de jornais, revistas,
blogs). O texto escrito se faz mediante a retextualização, isto é, a transcrição do que foi
gravado. Antes de iniciar qualquer entrevista, é necessário selecionar o tema, os objetivos
da entrevista e a pessoa a ser entrevistada.
A entrevista pode ser não estruturada, semiestruturada ou estruturada.

Características

• Pode requerer pessoal especializado


• Possibilita diversidade às questões e respostas
• Interação direta
• Maior eficácia de resposta
• Reformulação constante
• Papel ativo do entrevistador
• Oportunidade para aprofundar o tema
• Coleta oral da informação
• Pode ser individual, telefônica, em grupo, social, de painel, através das TICs.

https://linguaportuguesa9ano.wordpress.com/2010/03/19/a-entrevista-e-suas-
caractersticas/comment-page-1/. Acesso em 03/04/2014
www.educ.fc.ul.pt/docentes/ichagas/mi1/entrevistat2.pdf. Acesso em 03/04/2014
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O gênero roteiro de cinema (midiático)

Situando o gênero

O roteiro é a forma escrita de qualquer espetáculo audiovisual, escrito por um ou vários


profissionais que são chamados de roteiristas. É um documento narrativo utilizado como diretriz
para espetáculos de cinema ou programas televisivos.
Roteiros de ficção contêm a íntegra de um filme ou de um capítulo de novela ou seriado,
divididos em cenas numeradas, que descrevem os personagens e os cenários. O roteiro inclui
todos os diálogos, com indicações para os atores quanto à entonação da voz e à atitude corporal.
Além disso, informa o horário em que cada cena deve ser filmada ("dia", “noite", "pôr-do-sol",
"amanhecer", etc.) e se a cena é "externa" (filmada ao ar livre) ou "interna" (gravada em estúdio).
Um roteiro apresenta três partes essenciais que precisam estar bem desenvolvidas:
personagem, estrutura e enredo, sendo este dividido da seguinte forma:
Parte 1: seria esta a introdução do filme, delimitando os personagens e suas ações, até o
primeiro ponto de virada.
Parte 2: desenvolvimento do filme, a confrontação, que se divide (através do ponto central)
em duas partes.
Parte 3: por último se define o filme, o desfecho da história.
Essa divisão é feita em um roteiro clássico, mas podem existir modificações, onde se pode
trabalhar do final para o início, ou do meio para o fim e depois para o início, ou vice-versa, já que no
cinema isso é totalmente possível.
Um roteiro de cinema pode ser definido como uma tentativa sistemática e ordenada para
prever o futuro filme. É uma previsão que na prática se concretiza em um manuscrito contendo a
descrição, cena por cena, enquadramento por enquadramento e das soluções de todos os
problemas técnicos e artísticos que se prevê para a realização do filme.

Características:

• Indica claramente tudo o que vai ocorrer no filme.


• Possui cenas que se dividem em tomadas. Cada tomada se divide em planos ou cortes, que
ajudarão a transmitir emoções e ideias. Os planos podem ser de três tipos: a) close –
focaliza um detalhe (como os olhos de um ator); b) plano geral – mostra o cenário (como um
lugar descampado, perto de um lago); c) travelling – a câmera acompanha o movimento de
uma personagem (como uma atriz andando às margens do lago).
• Descreve personagens e indica, com rubricas, sua maneira de ser e proceder.
• Apresenta os diálogos em discurso direto, anteposto pelo nome do personagem.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Roteiro. Acesso em 03/04/2014.

SARMENTO, L.L.; TUFANO, D. Português: literatura, gramática, produção de texto. Volume único.
São Paulo: Moderna, 2004.
O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS

As condições de produção do texto escolar escrito devem basear-se nos cinco


fatores pragmáticos de construção da textualidade apontados por Costa Val
(1994): intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e
intertextualidade, cujo estudo encontra aporte teórico em Beaugrande e Dressler (1983).

1.Intencionalidade: diz respeito às intenções do locutor, que podem ser informar,


impressionar, convencer, pedir, ofender, etc.
2. Aceitabilidade: refere-se à expectativa do recebedor (leitor) de que o conjunto de
ocorrências seja um todo coerente, coeso, útil e relevante, capaz de levá-lo a adquirir
conhecimentos ou a cooperar com os objetivos do produtor.
3.Situacionalidade: diz respeito aos elementos responsáveis pela pertinência e relevância
do texto quanto ao contexto em que ocorre. É a adequação do texto à situação
sociocomunicativa.
4. Informatividade: diz respeito à medida na qual as ocorrências de um texto são esperadas
ou não, conhecidas ou não, no plano conceitual e no formal. Outro requisito para que um
texto tenha bom índice de informatividade é a suficiência de dados para que o texto seja
compreendido com o sentido que o produtor pretende.
5. Intertextualidade: relaciona-se aos aspectos que fazem a utilização de um texto
dependente do conhecimento de outro(s) texto(s).

COSTA VAL, M.G. Texto e textualidade. In: Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

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