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Se você ainda não conhece essa sigla ainda vai ouvir falar muito dela.
OGM quer dizer Organismo Geneticamente Modificado. Ou, simplesmente, transgênico.
Trocando em miúdos, trata-se de um ser vivo cuja estrutura genética - a parte da célula onde está armazenado o código da vida - foi alterada pela inserção de
genes de outro organismo, de modo a atribuir ao receptor características não programadas pela natureza.
Uma planta que produz uma toxina antes só encontrada numa bactéria. Um microorganismo capaz de processar insulina humana. Um grão acrescido de
vitaminas e sais minerais que sua espécie não possuía. Tudo isso é OGM.
A engenharia genética utiliza enzimas para quebrar a cadeia de DNA em determinados lugares, inserindo segmentos de outros organismos e costurando a
seqüência novamente. Os cientistas podem “cortar e colar” genes de um organismo para outro, mudando a forma do organismo e ma nipulando sua biologia
natural a fim de obter características específicas (por exemplo, determinados genes podem ser inseridos numa planta para que esta produza toxinas contra
pestes). Este método é muito diferente do que ocorre naturalmente com o desenvolvimento dos genes.
Vantagens
1. O alimento pode ser enriquecido com um componente nutricional essencial. Um feijão geneticamente modificado por inserção de gene da castanha do Pará
passa produzir metionina, um aminoácido essencial para a vida. Um arroz geneticamente modificado produz vitamina A.
2. O alimento pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através de plantas geneticamente modificadas p ara produzir vacinas, ou
iogurtes fermentados com microrganismos geneticamente modificados que estimulem o sistema imunológico.
3. A planta pode resistir ao ataque de insetos, seca ou geada. Isso garante estabilidade dos preços e custos de produção. Um microrganismo geneticamente
modificado produz enzimas usadas na fabricação de queijos e pães o que reduz o preço deste ingrediente. Sem falar ainda que aumenta o grau de pureza e a
especificidade do ingrediente e permite maior flexibilidade para as indústrias.
4. Aumento da produtividade agrícola através do desenvolvimento de lavouras mais produtivas e menos onerosas, cuja produção agrida menos o meio
ambiente.
Desvantagens
1. O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras
partes do organismo podem ser afetados.
2. Os genes são transferidos entre espécies que não se relacionam, como genes de animais em vegetais, de bactérias em plantas e até de humanos em
animais. A engenharia genética não respeita as fronteiras da natureza – fronteiras que existem para proteger a singularidade de cada espécie e assegurar a
integridade genética das futuras gerações.
3. A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninha sempr e é maior em áreas que
plantam o mesmo tipo de cultivo. Quanto maior for a variedade (genética) no sistema da agricultura, mais este sistema estará adaptado para en frentar pestes,
doenças e mudanças climáticas que tendem a afetar apenas algumas variedades.
4. Organismos antes cultivados para serem usados na alimentação estão sendo modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Essas
plantas modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente na
alimentação.
5. Os alimentos transgênicos poderiam aumentar as alergias. Muitas pessoas são alérgicas a determinados alimentos em virtude das proteínas que elas
produzem. Há evidencias de que os cultivos transgênicos podem proporcionar um potencial aumento de alergias em relação a cultivos convencionais.
Mitos
Os mitos da Biotecnologia:
As corporações agroquímicas que controlam a orientação e os objetivos das inovações na agricultura através da biotecnologia argumentam que a engenharia
genética estimulará a sustentabilidade na agricultura e solucionará os problemas que afetam a agricultura convencional e tirará os agricultores do Terceiro
Mundo da baixa produtividade, pobreza e fome (Molnar e Kinnucan 1989, Gresshoft 1996). Comparando os mitos com a realidade é possível observar que os
desenvolvimentos atuais na biotecnologia agrícola não satisfazem as promessas feitas e as expectativas criadas em torno deles.
A Biotecnologia beneficiará os pequenos agricultores e favorecerá os famintos e os pobres do Terceiro Mundo.
Ainda que exista fome no mundo e se sofra devido à poluição por pesticidas, o objetivo das corporações multinacionais é obter lucros e não praticar a
filantropia.
É por isto que os biotecnologistas criam as culturas transgênicas para uma nova qualidade de mercado ou para substituir as importações e não para produzir
mais alimentos (Mander e Goldsmith 1996). No geral, as companhias que trabalham com biotecnologia estão dando ênfase a uma faixa limitada de culturas
para as quais existe um mercado seguro e suficiente, visando os sistemas de produção exigentes em capital. Se os biotecnologistas estiverem realmente
interessados em alimentar o mundo, porque o gênio científico da biotecnologia não procura desenvolver variedades de culturas que sejam mais tolerantes a
ervas daninhas em vez de ser tolerantes a herbicidas? Ou porque não estão sendo desenvolvidos outros produtos mais promissores da biotecnologia tais
como plantas fixadoras de nitrogênio e plantas resistentes à seca?
No Mundo
O cultivo irrestrito e o marketing de certas variedades de tomate , soja, algodão, milho, canola e batata já foram permitidos nos EUA. O plantio comercial
intensivo também é feito na Argentina, Canada e China. Na Europa, a autorização para comercialização foi dada para fumo, soja, canola, milho e chicória, mas
apenas o milho é plantado em escala comercial (na França, Espanha e Alemanha, em pequena escala, pela primeira vez em 1998). Molho de tomate
transgênico já é vendido no Reino Unido e o milho e a soja transgênica já são importados dos EUA para serem introduzidos em alimentos processados e na
alimentação animal. De fato, estima-se que aproximadamente 60% dos alimentos processados contenham algum derivado de soja transgênica e que 50%
tenham ingredientes de milho transgênico. Porém , como a maioria destes produtos não estão rotulados, é impossível saber o quanto de alimentos
transgênicos está presente na nossa mesa. No Canada e nos EUA, não há qualquer tipo de rotulagem destes alimentos. Na Austrália e Japão a legislação
ainda está sendo implementada. Em grande parte do mundo os governos nem sequer são notificados se o milho ou a soja que eles importam dos EUA são
produtos de um cultivo transgênico ou não.
No Brasil
Segundo o Artigo 225 da Constituição Federal Brasileira: "Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Em 1995, foi aprovada a Lei de Biossegurança no Brasil, que gerou a constituição da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), pertencente ao
MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia). Este fato permitiu que se iniciassem os testes de campo com cultivos geneticamente modificados, que são hoje mais
de 800.
Transgênicos à venda
Testes feitos em laboratórios europeus detectaram a presença de transgênicos em 11 lotes de produtos vendidos no Brasil, a ma ioria deles
contendo a soja geneticamente modificada Roudup Ready, da Monsanto ou com o milho transgênico Bt, da Novartis:
Nestogeno, da Nestle do Brasil, fórmula infantil a base de leite e soja para lactentes contendo soja RR
Pringles Original, da Procter & Gamble, batata frita contendo milho Bt 176 da Novartis
Sopa Knorr, da Refinações de Milho Brasil, mistura para sopa sabor creme de milho verde contendo soja RR
Cup Noodles, da Nissin Ajinomoto, macarrão instantâneo sabor galinha contendo soja RR
Cereal Shake Diet, da Olvebra Industrial, alimento para dietas contendo soja RR
Bac’Os da Gourmand Alimentos (2 lotes diferentes), chips sabor bacon contendo soja RR
ProSobee, da Bristol-Myers, formula nao lactea a base de proteína de soja contendo soja RR
Soy Milk, da Ovebra Industrial, alimento a base de soja contendo soja RR
- Supra Soy, da Jospar, alimento a base de soro de leite e proteina isolada de soja contendo soja RR.
Fonte: www.emporiovillaborghese.com.br
Alimentos Transgênicos
O que é?
Alimentos Geneticamente Modificados: são alimentos criados em laboratórios com a utilização de genes (parte do código genético) de espécies diferentes
de animais, vegetais ou micróbios.
Organismos Geneticamente Modificados: são os organismos que sofreram alteração no seu código genético por métodos ou meios que não ocorrem
naturalmente.
Engenharia Genética: ciência responsável pela manipulação das informações contidas no código genético, que comanda todas as funções da célula. Esse
código é retirado da célula viva e manipulado fora dela, modificando a sua estrutura (modificações genéticas).
Com o aprimoramento e desenvolvimento das técnicas de obtenção de organismos geneticamente modificados e o aumento da sua utilização,
surgiram então, dois novos termos para o nosso vocabulário: biotecnologia e biossegurança.
Biotecnologia é o processo tecnológico que permite a utilização de material biológico para fins industriais.
A biossegurança é a ciência responsável por controlar e minimizar os riscos da utilização de diferentes tecnologias em laboratórios ou quando aplicadas ao
meio ambiente.
Os alimentos transgênicos são aqueles cujas sementes foram alteradas com o DNA (material genético localizado no interior das células) de outro ser vivo
(como uma bactéria ou fungo) para funcionarem como inseticidas naturais ou resistirem a um determinado tipo de herbicida. Surgiram no início dos anos 80,
quando cientistas conseguiram transferir genes específicos de um ser vivo para outro.
A comercialização de transgênicos ainda é polêmica. Empresas, produtores e cientistas que defendem a nova tecnologia dizem que ela vai aumentar a
produtividade e baratear o preço do produto, além de permitir a redução dos agrotóxicos utilizados.
Os que a atacam, como os ambientalistas e outra parcela de pesquisadores afirmam que o produto é perigoso: ainda não se conhece nem os seus
efeitos sobre a saúde humana nem o impacto que pode causar ao meio ambiente.
Apesar de proibida a produção destes alimentos no Brasil, nada garante que o consumidor já não esteja comendo produtos transgênic os sem saber. Eles
podem estar chegando a partir da importação de alimentos e matérias-primas de países como a Argentina e os Estados Unidos, que já cultivam e
comercializam os transgênicos há alguns anos.
O extermínio do futuro
O problema dos alimentos transgênicos foi um dos mais importantes temas debatidos durante o IV Enedec, o encontro das entidades de defesa do consumidor
realizado em São Paulo em junho e que criou um Fórum Nacional.
Consumi-los ou não consumi-los foi a questão levantada em palestra pelo professor Sebastião Pinheiro, da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. Ele criticou aspecto da "nova ordem internacional e a globalização", que estimulam a biotecnologia nos campos de culti vo sob a
argumentação falsa e oportunista de que "é melhor correr o risco de contaminar-se e adoecer do que morrer de fome".
Mas os riscos, na sua opinião, são enormes e se mantêm em sigilo. Pinheiro desfilou uma série de denúncias sobre o que os laboratóri os das grandes
transnacionais estão produzindo, sem que se possa ter certeza do que pode acontecer no futuro.
Levantou a questão da soja da Monsanto e do milho da Novartis, citados na notificação enviada pelo IDEC às indústrias de alimentos, e apresentou,
entre muitos casos para mostrar como é irresponsável a introdução dessa e de outras tecnologias, sem que se tenha absoluta segurança do que
poderá ocorrer, as seguintes experiências de resultados calamitosos:
Em El Salvador, na América Central, mais de 35 mil agricultores foram literalmente castrados por causa dos efeitos sobre eles de um fumigante utilizado nos
bananais chamado Negamon, produzido pela Dow Chemical.
Defensores do meio ambiente nos Estados Unidos estão preocupadas com a perspectiva de que salmões transgênicos, que crescem d uas vezes mais rápido
do que o normal, escapem do cativeiro em que foram desenvolvidos e são criados para comercialização e caiam no ambiente natural, destruindo alimentos e
outros peixes; seria uma catástrofe.
Pior ainda é o caso da Delta & Pine, que requereu patente mundial de um gene assustador conhecido como terminator. O objetivo é incorporá-lo às sementes,
de modo a que os grãos gerados pelas plantas oriundas delas sejam estéreis. Assim, o agricultor será sempre obrigado a comprar sementes de um único
fornecedor, a própria Delta & Pine.
Alimentos Transgênicos
Muitas multinacionais de biotecnologia tentam convencer a opinião pública a respeito dos benefícios dos transgênicos, argumentando que a engenharia
genética vai reduzir o uso de agrotóxicos. Mas, contraditoriamente, as mesmas empresas estão aumentando a sua capacidade de produção destes produtos,
chegando, inclusive a pedir permissão para aumentar os resíduos destes químicos na engenharia genética.
Até agora, a maioria das empresas que desenvolvem os transgênicos tem direcionado suas pesquisas para a produção de organismos resistentes a seus
próprios herbicidas. Isto quer dizer que se uma plantação receber agrotóxicos, todas as plantas morrerão, exceto as que forem resistentes aos mesmos. Dos
27.8 milhões de hectares plantados em 1998 no mundo, 71% eram resistentes a herbicidas. Nos Estados Unidos as sementes transgênicas são vendidas sob
um contrato especificando que agricultores que guardarem sementes para plantar na próxima estação, ou usarem outro herbicida que não o produzido pela
empresa, poderão ser processados.
"A biotecnologia está sendo desenvolvida usando o mesmo discurso que promoveu os defensivos agrícolas. O intuito é atingir dois objetivos a curto prazo:
aumentar a produção e as margens de lucro. Este discurso segue o ponto de vista de que a natureza deve ser dominada, explorada e forçada a produzir mais,
infinitamente... Este pensamento reducionista analisa sistemas complexos como o da agricultura em termos das partes que o compõem e não como um
sistema integrado à natureza. Nessa concepção, o sucesso da agricultura significa ganhos de produtividade a curto prazo, em vez de sustentabilidade a longo
prazo" – Jane Rissler (Union of Concerned Scientists).
Enquanto a engenharia genética se auto promove como a única opção realista para alimentar o mundo no próximo milênio, a opinião pública vem se
mostrando desfavorável aos excessos das práticas da agricultura industrializada. Sendo assim, a agricultura orgânica ganha cada vez mais adeptos.
Poluição Genética
Os genes introduzidos em plantas e animais através da engenharia genética podem ser transferidos para outras espécies. Estudos mostraram que os genes
de canola transgênica poderiam se espalhar rapidamente entre seus parentes (fracos e fortes). Estes genes, que foram geneticamente modificados para terem
resistência ao glifosato - um herbicida bastante utilizado - cruzaram com espécies mais fracas após duas gerações. Pesquisas na Alemanha mostraram que o
gene de resistência ao glifosato pode ser transferido para plantações comuns que estão até 200 metros distantes de cultivos transgênicos.
Organismos antes cultivados para serem usados na alimentação estão sendo modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Essas plantas
modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação.
Muitas espécies de peixes transgênicos estão sendo testadas por criadores de peixes. O gene de hormônio de crescimento foi introduzido para promover
níveis elevados de desenvolvimento. Alguns salmões cresceram até 5 vezes mais que seu semelhante normal em apenas um ano. Em algumas partes da
Noruega, peixes transgênicos escaparam do criadouro e hoje são encontrados na proporção de 1 para cada 5 peixes nativos.
A engenharia genética criou mosquitos e outras espécies de insetos para vários propósitos. A comercialização destes organismos introduziria novas espécies
no meio ambiente, o que pode ser desastroso já que estas criaturas se reproduzem rapidamente e viajam longas distâncias, podendo, assim, causar
desequilíbrios nos ecossistemas.
Uma empresa chamada Biotechina International desenvolveu plantações experimentais de soja em 1989 que incluíam uma camada de sementes contendo
microorganismos transgênicos, numa tentativa de aumentar a fixação de nitrogênio no solo. No fim da estação, as plantas e sementes foram incineradas e os
campos foram arados para um novo cultivo ser plantado. O monitoramento subsequente mostrou que os microorganismos transgênicos se espalharam por
mais de quatro acres e estavam competindo com microorganismos já existentes no solo.
Experimentos de laboratório em 1998 demostraram que a transferência genética poderia ocorrer entre o açúcar de beterraba transgênico e uma bactéria do
solo chamada Acenitobacter. Em teoria, qualquer inseto, pássaro ou outro animal poderia pegar esta bactéria do solo e levar para outro local.
Uma vez solto, este novo organismo produzido pela engenharia genética seria capaz de interagir com outras formas de vida, reproduzir-se, transferir suas
características para outras espécies e sofrer mutações, entre outras conseqüências o meio ambiente. Uma vez introduzidos no meio ambiente, dificilmente
estes organismos transgênicos poderão ser recolhidos novamente. Portanto, qualquer erro ou consequência indesejável pode então ser repassados para
gerações futuras.
Os organismos geneticamente modificados (OGMs), também conhecidos como transgênicos, são frutos da engenharia genética criada pela moderna
biotecnologia. Um organismo é chamado de transgênico, quando é feita uma alteração no seu DNA - que contém as características de um ser vivo. Por meio
da engenharia genética, genes são retirados de uma espécie animal ou vegetal e transferidos para outra. Esses novos genes introduzidos quebram a
seqüência de DNA, que sofre uma espécie de reprogramação, sendo capaz, por exemplo, de produzir um novo tipo de substância di ferente da que era
produzida pelo organismo original.
Quem ganha?
Em razão dos riscos associados à engenharia genética e a preocupação da opinião pública em geral a respeito da segurança de alimentos transgênicos, é
difícil entender exatamente quem se beneficiará dos produtos desta tecnologia. As multinacionais agroquímicas, - ou as "empresas de ciência da vida" como
elas se auto-proclamam - que estão desenvolvendo e promovendo a biotecnologia, levantaram uma série de argumentos a respeito das vantagens a serem
ganhas, mas poucas delas se sustentam.
Eles argumentam, por exemplo, que os cultivos transgênicos aumentam a produtividade e que trarão benefícios, particularmente para pequenos agricultores
nos países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, porém, estas mesmas companhias - muitas das quais são enormes corporações químicas - estão
patenteando genes usados na produção de novos organismos.
Uma vez as patentes protegidas, as sementes só estarão disponíveis através do pagamento de royalties anuais. Como resultado, os produtores não poderão
mais guardar as melhores sementes para plantarem na estação seguinte, abandonando uma longa tradição. Além disso, como já está ocorrendo nos EUA,
contratos legais estão forçando agricultores a usar a semente e o herbicida produzidos pela mesma empresa.
As empresas de "ciências da vida" sabem que, atrás do controle sobre os cultivos básicos plantados no mundo (incluindo milho, arroz e trigo) e patenteando
suas sementes, há uma margem de lucro muito grande a ser ganha. Se a corrente tendência de fusões continuar, um número pequeno de empresas controlará
quase toda a produção mundial de alimentos. Clamando a posse destes genes, elas estarão gradualmente tomando conta da vida.
Superbactérias
1. Algumas plantas geneticamente modificadas recebem um gene de resistência a antibióticos. É uma forma de saber se a transformação foi bem sucedida.
2. Esse gene provoca o aumento da taxa de transferência do DNA, ou seja, da facilidade com que pedaços do código genético da planta passam de um
organismo para outro.
3. Há um risco teórico de que as bactérias do intestino humano absorvam esse gene, tornando-se resistentes aos antibióticos. Aí, qualquer doença, mesmo
simples, pode se tornar um problema grave.
Alergias
1. Para se defender de agressores, a planta produz diversas substâncias que podem ser tóxicas ao homem, provocando alergia.
2. Um único gene "alienígena" poderia alterar o equilíbrio de várias dessas substâncias, aumentando sua produção. Um estudo feito com soja transgênica
mostrou que ela é mais alergênica que a soja normal.
3. Como ninguém conhece todos os genes das plantas, alguns especialistas afirmam que faltam estudos para avaliar a segurança dos transgênicos.
Superpragas
1. Boa parte dos chamados transgênicos de primeira geração recebem um gene que os tornam resistentes a herbicidas e inseticidas. Assim, podem receber
mais agrotóxicos que o usual.
2. A quantidade exagerada de veneno pode, teoricamente, criar ervas-daninhas e insetos extremamente resistentes, que não poderiam mais ser combatidos
pelos defensivos agrícolas comuns.
3. Para evitar o problema, discute-se nos EUA um sistema de refúgio de espécies. Ou seja, o agricultor plantaria uma certa porcentagem (entre 10% e 50%) de
plantas não-modificadas para garantir o cruzamento entre espécies de pragas e, assim, diminuir a reistência.
Cruzamento perigoso
1. Em lugaes onde há espécies agrícolas selvagens (como é o caso do milho no México), o pólen de um transgênico poderia fecundar espécies nativas,
reduzindo a biodiversidade.
Alvo errado
1. Uma variedade de milho transgênico recebe um gene de bactéria para produzir uma toxina mortal para as pragas mais comuns da lavoura.
2. Acontece que essa toxina é pouco seletiva: ela pode atingir também espécies não-alvo, que habitam o milharal, mas não atacam a lavoura. O caso é
crítico no Brasil, onde há muitas espécies desconhecidas.
Fonte: www.jardimdeflores.com.br
Alimentos Transgênicos
OS SUPERPODEROSOS
Legumes mais nutritivos, incrementados com superproteínas; verduras e grãos resistentes a agrotóxicos; alimentos com menos gordura e mais saudáveis;
plantas que amadurecem melhor e não sofrem com o mau tempo.
Você conhece esses superalimentos desenvolvidos pelos cientistas? Porque não é só com os genes das ovelhas que os cientistas estão mexendo... A nossa
comida de todo dia também já tem clones e transgênicos. Você sabe o que são plantas transgênicas ou organismos geneticamente modificados (OGMs)?
São espécies de vegetais que passaram por modificações nos laboratórios para ficarem com superpoderes: ter maior valor nutritivo, durar mais, resistir
às pragas e ao mau tempo.
Sabe como os cientistas tornam essas plantas tão poderosas? É um processo parecido com o que gerou a ovelha Dolly. Eles emprestam os genes de uma
espécie e colocam nas células de uma outra. O resultado é um organismo geneticamente modificado (OGM). Para criar a soja transgênica, por exemplo, os
cientistas pegaram um gene de uma bactéria e colocaram em um pé de soja. Como essa bactéria é resistente a agrotóxicos (venenos para matar as pragas), a
soja modificada também fica resistente aos agrotóxicos.
Os agricultores então podem colocar muito agrotóxico na plantação (e com isso aumentar a produção) sem correr o risco que a soja seja destruída. Também já
inventaram uma soja com maior valor nutritivo, que recebeu genes da castanha-do-pará.
E as invenções não param: tem também algodão colorido para economizar nas tintas das roupas, milho mais robusto, café que amadurece mais rápido,
feijão mais leve e nutritivo, batatas e tomates resistentes ao ataque de insetos e pragas. Mas essa história de inventar e modificar alimentos também já está
dando muita confusão. Ainda não é certo se esses alimentos prejudicam ou não a saúde, depois de serem ingeridos pelas pessoas durante muito tempo.
O caso da soja transgênica é o que está dando mais o que falar. Ela é super-resistente a um certo agrotóxico. O problema é que quem come essa soja está
ingerindo também doses cavalares de agrotóxico.
Ora, se a soja transgênica alimenta uma criação de gado, os bichos consomem o agrotóxico junto com o alimento, e a carne deles, cheia de veneno, pode vir
parar na nossa mesa. Outro problemão é que as pragas (os insetos que atacam a soja) podem ficar resistentes ao agrotóxico. E aí a soja transgênica não
serviria mais para nada.
A superbatata também pode prejudicar a saúde. Em 1998, o cientista inglês Arpad Pusztai fez uma experiência. Ele colocou ratinhos para comer batatas
transgênicas, modificadas com um gene de uma erva que funcionava como um inseticida natural. Acabou descobrindo que essas batatas causavam problemas
no sistema imunológico dos ratos. Ou seja, os ratinhos ficavam mais fracos e adoeciam com mais facilidade.
Será que o mesmo acontece com as pessoas? Para conhecer todos os efeitos dos alimentos transgênicos sobre o nosso organismo é que os cientistas não
param de pesquisar. A cada dia novos estudos são divulgados, esquentando ainda mais as discussões em torno dos transgênicos.
Os transgênicos resultam de experimentos da engenharia genética nos quais o material genético é movido de um organismo a outro, visando a obt enção de
características específicas.
Em programas tradicionais de cruzamentos, espécies diferentes não se cruzam entre si. Com essas técnicas transgênicas, materi ais gênicos de espécies
divergentes podem ser incorporados por uma outra espécie de modo eficaz.
O organismo transgênico apresenta características impossíveis de serem obtidas por técnicas de cruzamento tradicionais. Por exemplo, genes produtores de
insulina humana podem ser transfectados em bactérias Escherichia coli. Essa bactéria passa a produzir grandes quantidades de insulina humana que pode ser
utilizada com fins medicinais.
Melhoramentos de Plantas
Atualmente as técnicas de utilização de transgenes vêm sendo amplamente difundidas. Assim um número crescente de plantas tolerantes a herbicidas e à
determinadas pragas tem sido encontradas. O problema é que as plantas transgênicas são iguais ao alimento natural , o que é injusto, pois o consumidor não
sabe que tipo de alimento está consumindo.
Uma nova variedade dealgodão por exemplo, foi desenvolvido a partir da utilização de um gene oriundo da bactéria Bacillus thuringensis, que produz uma
proteína extremamente tóxica a certos insetos e vermes, mas não a animais e ao homem. Essa planta transgênica ajudou na redução do uso de pesticida s
químicos na produção de algodão.
Tecnologias com uso de transgenes vem sendo utilizadas também para alterar importantes características agronômicas das plantas: o valor
nutricional, teor de óleo e até mesmo o fotoperíodo (número de horas mínimo que uma planta deve estar em contato com a luz para florescer).
Aspectos Negativos
1- O aumento dos sintomas de alergia
2- A maior resistência a agro tóxicos e antibióticos nas pessoas e nos animais
3- O aparecimento de novos vírus
4- A eliminação de populações benéficas como abelhas, minhocas e outros animais e espécies de plantas
5- O empobrecimento da biodiversidade
6- O desenvolvimento de ervas daninhas muito resistentes que podem causar novas doenças e o desiquilíbrio da natureza
Mas ainda não se pode afirmar quais as conseqüências que esses produtos podem ter no organismo humano, animal e no meio ambiente. Faltam pesquisas
científicas que comprovem as verdadeiras implicações dos alimentos transgênicos.
Alimentos Transgênicos
Melhoramentos de Plantas
Atualmente as técnicas de utilização de transgenes vêm sendo amplamente difundidas. Assim um número crescente de plantas tolerantes a herbicidas e à
determinadas pragas tem sido encontradas. O problema é que as plantas transgênicas são iguais ao alimento natural, o que é injusto, pois o consumidor não
sabe que tipo de alimento está consumindo.
Uma nova variedade dealgodão por exemplo, foi desenvolvido a partir da utilização de um gene oriundo da bactéria Bacillus thuringe nsis, que produz uma
proteína extremamente tóxica a certos insetos e vermes, mas não a animais e ao homem. Essa planta transgênica ajudou na redução do uso de pesticidas
químicos na produção de algodão.
Tecnologias com uso de transgenes vem sendo utilizadas também para alterar importantes características agronômicas das plantas: o valor
nutricional, teor de óleo e até mesmo o fotoperíodo (número de horas mínimo que uma planta deve estar em contato com a luz para florescer).
Alimentos Transgênicos
TRANSGÊNICOS - A controversa interferência na genética da natureza
Os transgênicos no Brasil
Uma vantagem disso tudo é que o Brasil passou hoje a ser o maior produtor de soja OGM free do mundo, fazendo com que seja o país preferido pelo mercado
europeu e japonês na exportação dos grãos.
No entanto, uma denúncia veiculada no Jornal Nacional, da TV Globo, em 16/05/00, alerta que alguns agricultores do Sul do país já utilizam as sementes de
soja transgênica importadas ilegalmente da vizinha Argentina.
Independente de produzir ou não os alimentos transgênicos, o fato é que um boa parte da população brasileira, em sua maioria sem saber, já consome e pode
ter em suas dispensas os alimentos modificados.
Diversos produtos importados, encontrados nas prateleiras da maioria dos supermercados, podem já contêr em suas composições soja, tomate ou milho
transgênicos, como é o caso dos sorvetes, chocolates, molhos, coberturas para doces e sobremesas, bebidas com soja, alimentos para bebê, biscoitos,
catchup, molho de tomate, sucos, pipoca e muitos outros.
Se os alimentos transgênicos dizem respeito, antes de tudo, à alimentação e saúde das pessoas, é fundamental e bastante aconselhável que todos conheçam
o assunto para poder participar dessa discussão em torno da aplicação da engenharia genética nos alimentos que consumimos ou que iremos consumir em
nosso dia-a-dia.
meio ambiente
1. A qualidade nutricional dos alimentos que passam por manipulações genéticas pode ser diminuída. Essa alteração na quantidade de nutrientes também
pode interferir na sua absorção pelo metabolismo do homem.
2. A transferência de genes entre alimentos causa, em alguns casos, modificações na estrutura e função dos mesmos, alterando significativamente sua
composição. Isso pode provocar efeitos inesperados.
3. A resistência ao efeito dos agrotóxicos por parte de alguns transgênicos tem a possibilidade de gerar um aumento de resíduos dos venenos, uma vez que
permite uma aplicação maior na plantação. Os resíduos resultantes dessa grande quantidade permanecerão nos alimentos e ainda poluirão solos e rios.
4. Com a interferência da engenharia genética, muitas plantas correm o risco de passar a produzir compostos como neurotoxinas e inibidores de enzimas em
níveis acima do normal, tornando-as tóxicas.
5. Proteínas transferidas de um alimento para outro podem passar a ter propriedade alergênica, ou seja, podem vir a causar sérias reações alérgicas em
algumas pessoas mais sensíveis.
6. Genes antibiótico-resistentes contidos nos alimentos transgênicos podem passar sua característica de resistência para as pessoas e animais, o que poderia
gerar a anulação da efetividade de antibióticos nos mesmos.
7. A manipulação genética traz riscos à saúde dos animais porque podem aumentar os níveis de toxina nas rações e alterar a composição e qualidade dos
nutrientes.
8. Alguns cientistas alertam que o uso da técnica de resistência a vírus na agricultura pode fazer surgir novos tipos de vírus e, consequentemente, novas e
complexas doenças. Tudo porque o vírus híbrido passa a ter aspectos diferentes do vírus original ao qual a planta tem resistência.
9. Alguns cientista prevêem o emprobrecimento da biodiversidade com o uso da engenharia genética, uma vez que a mistura (hibridação) das plantas
modificadas com outras variedade pode criar “super pragas” e plantas “mais selvagens”, provocando a eliminação de espécies e insetos benéficos ao equi líbrio
ecológico do solo. O conseqüente uso mais intensivo de agrotóxicos pode ainda causar o desenvolvimento de plantas e animais resistentes a uma ampla
gama de antibióticos e agrotóxicos.
10. Os efeitos negativos da engenharia genética na natureza são impossíveis de serem previstos ou mesmo controlados, uma vez que os OGMs são formas
vivas e, por isso, suscetíveis a sofrer mutações, multiplicar-se e se disseminar. Ou seja, uma vez introduzidos nos ecossistemas, os transgênicos não poderão
ser removidos.