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a) Alterações quantitativas
Hiperestesia: percepções anormalmente aumentadas – intoxicações por
alucinógenos, algumas formas de epilepsia, enxaqueca, hipertireoidismo,
esquizofrenia aguda, alguns quadros maníacos.
Hipoestesia: mundo circundante percebido como mais escuro, cores mais
pálidas, alimentos sem sabor, etc. – depressão.
Analgesia de partes do corpo sem origem neurológica – histeria,
hipocondria, somatizações, estados emocionais intensos.
b) Alterações qualitativas
Ilusão: percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente.
Condições de ocorrência da ilusão:
─ Estados de rebaixamento do nível de consciência – percepções se
tornam imprecisas;
─ Estados de fadiga grave – ilusões transitórias;
─ Estados afetivos intensos – afeto deforma as percepções (ilusões
catatímicas).
Tipos mais comuns de ilusões:
─ Visuais;
─ Auditivas.
Alucinações: vivencia de percepção de um objeto sem que esse objeto
esteja presente – não há o estímulo sensorial respectivo.
Tipos de alucinações:
─ Auditivas – esquizofrenia, quadros maníacos (conteúdo de
grandeza, poder, etc.); *esquizofrenia – aspecto negativo;
deprecia o sujeito, manda ele fazer o que não quer*
─ Musicais – tipo raro, acompanhado de consciência e crítica –
déficits auditivos, doenças neurológicas, transtornos depressivos
– ocorrem com maior frequência em idosos;
─ Visuais – epilepsia, delirium, psicoses tóxicas; *raras nas
psicoses não-tóxicas; muito utilizada pela mídia por ser mais
interessante* três subtipos: fotopsias (pontos luminosos),
cenográficas (alucinações em formato de cena) e liliputianas
(alucinação de seres em miniatura, mais rara);
─ Táteis – delirium tremens, psicoses tóxicas,
{esquizofrenia <~ (sentidas dos genitais)} percebido na
SUPERFÍCIE DA PELE;
─ Olfativas e gustativas – relativamente raras - esquizofrenia,
epilepsia;
─ Cenestésicas (percepção de algo INTERNO, nas vísceras;
sensação de que o coração está explodindo, fígado derretendo,
algo andando dentro da barriga, etc.) e Cinestésicas (relacionada
a movimento; caindo, flutuando, etc.);
─ Funcionais – desencadeadas por estímulos sensoriais, porém
diferem da ilusão.
─ Alucinose – percepção de uma alucinação como sendo estranha,
falta a crença que ocorre na alucinação - quadros psicorgânicos.
c) Alterações da representação
Pseudo-alucinação: semelhante a alucinação, porém não apresenta
aspectos vivos e corpóreos de uma imagem real – psicoses funcionais e
orgânicas, estados afetivos intensos, fadiga, rebaixamento da
consciência, intoxicações.
Imagem pós-óptica – não se trata de um fenômeno patológico.
Alucinações psíquicas – imagens alucinatórias sem um caráter sensorial
(vozes sem ruído). *“não faz muito sentido” (Abreu, F. G.)*
Alucinação negativa: ausência de visão de objetos reais – histeria.