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SE SOUBESSE A DISTÂNCIA QUE HÁ ENTRE CRISTIANISMO E

COMUNISMO, VOCÊ CRUCIFICARIA JESUS


UMA SEGUNDA VEZ

Por que alguns cristãos defenderam o comunismo na América Latina?

Quando Jesus viveu não existia nem o cristianismo e muito menos o comunismo.
Mas o que sustentou durante muito tempo a opção de alguns cristãos (leigos, clérigos e
teólogos) pelo sistema comunista é a semelhança entre os ideais sociais, políticos e
econômicos dos dois. Que o leitor esteja atento que estamos falando teoricamente do
comunismo, não estamos tratando de Estados Totalitários!
A relação entre cristianismo e comunismo parecerá estarrecedora para alguns
cristãos porque conhecem apenas os significativos negativos que foram dados para o
termo “comunismo”. Este termo é polissêmico assim como o termo cristianismo. Há
ações positivas e negativas historicamente atribuídas aos dois sistemas. A diferença é
que o comunismo enquanto sistema político concreto, adotado pelo Estado, teve uma
história breve e foi confundido com Estados Totalitários e ditaduras socialistas.
Confunde-se, muitas vezes também, comunismo com socialismo. É importante avisar
para os radicais que cristianismo, comunismo e capitalismo todos têm defeitos!
Um terceiro sentido conferido ao termo “comunismo” atualmente no Brasil é um
guarda-chuva de política de esquerda sob o qual são postas as reivindicações das mais
variadas minorias sociais. Portanto, não estamos falando de comunismo em sentido de
“Estado totalitário, ditadura socialista” (1) e nem em sentido de “arcabouço de
reivindicação política de minorias sociais”. Como o termo é polissêmico, ele pode ser
conduzido para direções indesejadas em tempos de polêmica. Atualmente, comunismo é
utilizado em redes sociais como sinônimo de “política de esquerda”. É um equívoco! A
seguir, vamos comparar os princípios gerais do comunismo teórico com a moral do
Evangelho.
Teoricamente, o comunismo não interessa a quem está situado confortavelmente
na sociedade. A teorização do comunismo surgiu a partir da Revolução Industrial
porque a nova formatação capitalista trouxe a exploração do operário e muitas mazelas
sociais. A decepção com o progresso tecnológico que não beneficiava a todos fez com
que algumas pessoas pensassem numa sociedade igualitária. A teoria do comunismo
sofreu muitas adaptações por isso não podemos falar de modo único.
A nova ordem social teorizada pelo comunismo pretendia: a) Universalizar os
meios de produção para toda a sociedade; b) Abolir a propriedade privada; c) Extinguir
as desigualdades sociais tornando todos os bens comuns. Esses princípios exigiriam que
fossem confiscados os bens particulares, tornando-os propriedade comum sob a tutela
do Estado. Essas medidas teriam como consequências a reforma da posse da terra e da
moradia, acesso à educação e iguais condições de trabalho para todos. Este é o
comunismo enquanto utopia!
A moral cristã do Evangelho opera em sentido semelhante: a) A distribuição
dos bens com os pobres é uma recomendação de Jesus – “Se queres ser perfeito, vai,
vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e
segue-me” (Mt 19,21); b) A utilização comum dos bens era uma prática cristã: “Todos
os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas
propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade.” (At 2, 44-45).
c) Não há distinção de classe social – “Não há judeu nem grego, escravo ou livre,
homem ou mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3,28).
Portanto, o cristianismo das origens tinha em comum com o comunismo a
aspiração por uma comunidade onde os bens e as propriedades fossem para todos. A
distinção entre classe seria superada pela igual dignidade de todos. São todos sistemas
com princípios básicos comuns, sendo um religioso e outro materialista. Efetivamente,
todos os dois são utópicos. Os grandes opositores desses sistemas são, evidentemente,
os ricos! Quem tem muitas propriedades, lucros, riquezas, status, não quer se igualar
aos outros e nem transferir seus bens e suas oportunidades para os mais pobres. Esses
ideais de igualdade serão sempre odiados! E depois das experiências totalitárias do
século XX, acrescentaram-se mais motivos para extinguir o comunismo.
É bom saber que o que se odeia no comunismo não são somente as ideologias
morais, a revolução armada, mas também o fim do acúmulo individual de riquezas, dos
privilégios. Tanto o defensor quanto o opositor do comunismo o vêem com muita
paixão. Os interesses financeiros e vantagens sociais estão acima das ideologias tanto de
direita quanto de esquerda. A superação do egoísmo humano não é uma tarefa fácil,
qualquer sistema pode falhar. O poder corrompe todo sistema. Todos os sistemas têm
acertos e erros. Tanto capitalismo quanto socialismo já massacraram, mataram e
cometeram barbaridades. A tomada de posição a favor ou contra qualquer um deles
depende do lugar onde você se encontra na história!
Blog: www.joaristides.blogspot.com

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