Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
RECIFE
2017
FELIPE FRANÇA SITONIO
RECIFE
2017
Catalogação na fonte
Bibliotecária Maria Luiza de Moura Ferreira, CRB-4 / 1469
UFPE
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________
Prof. Dr. Carlos Magno Muniz e Silva
Universidade Federal de Pernambuco
_____________________________________
Prof. Dr. Valdir Costa e Silva
Universidade Federal de Ouro Preto
_____________________________________
Prof. Dr. Márcio Luiz Siqueira de Campos Barros
Universidade Federal de Pernambuco
Por último e não menos importante, o apoio e carinho da família nesta longa
caminhada: minha mãe, Angela; minha irmã, Camila Sitonio; e Tiago Prince Sales,
meu cunhado.
“O duplipensamento indica a capacidade
de ter na mente, ao mesmo tempo, duas
opiniões contraditórias e aceitar ambas.”
George Orwell, 1948
RESUMO
Variation of stemming parameters and auxiliary devices are widely explored in open
pit mining. The objective is to enhance explosive confinement inside the hole, avoiding
poor fragmentation and environmental drawbacks. Several works have been
performed to provide qualitative conclusions, mostly because of the difficulty on giving
measured results in each blast hole. Nevertheless, video and image analysis
supported by data simulations and seismography appears to be effective methods to
determine the optimum blasting plan, considering comminution, quality of the
remaining rock mass and environmental matters. The purpose of this dissertation is to
evaluate the effectiveness of stemming plugs, based on its design, polymer quality and
most importantly, its role on several blasting situations. The methodology was based
on Full HD film analysis on two bench blasts with non-electrical initiation quarry mining,
using the same blast design (except on stemming height). Photos of the muck pile
were taken and then processed on Split Desktop. Seismographs measured ground
vibration and air overpressure to relate the results with variation of stemming height
and using of stemming devices. Our analysis indicates excellent gas retention using
Stemming Plugs in addition with regular gravel, saving explosive energy and
decreasing comminution costs. Nevertheless, it is important to avoid excessive
reduction of stemming column height, with the objective of increase rock crushing on
the top level of blast holes, because it can affect fly rock control and explosive gas
retention, even if using stemming auxiliary devices.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13
1.1 GENERALIDADES ......................................................................................... 13
1.2 MOTIVAÇÃO E JUSTIFICATIVAS ................................................................. 14
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................... 16
2 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 17
2.1 DESMONTE EM BANCADAS ........................................................................ 17
2.1.1 Conceitos ........................................................................................................ 17
2.2 DETONAÇÃO ................................................................................................. 19
2.3 FRAGMENTAÇÃO NO DESMONTE DE ROCHAS COM EXPLOSIVOS ...... 20
2.3.1 Influência do desmonte de rocha nas operações subsequentes .................... 20
2.3.2 Análise da distribuição granulométrica em detonações .................................. 22
2.4 ASPECTOS AMBIENTAIS NOS DESMONTES COM EXPLOSIVO EM
PEDREIRAS DE ÁREA URBANA ............................................................................. 22
2.4.1 Ultralançamento .............................................................................................. 24
2.4.2 Ruído e sobrepressão atmosférica ................................................................. 25
2.4.3 Vibrações de terreno....................................................................................... 27
2.5 SISMOGRAFIA NO DESMONTE DE ROCHA COM USO DE EXPLOSIVOS30
2.6 ANÁLISE DE IMAGENS DIGITAIS NO DESMONTE DE ROCHA ................. 33
3 METODOLOGIA ............................................................................................. 35
3.1 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO ............................................................. 35
3.2 SELEÇÃO DOS MÉTODOS DE ANÁLISE ..................................................... 35
3.2.1 Escolha do acessório auxiliar de tamponamento e metodologia .................... 35
3.2.2 Localização e caracterízação da mineração do estudo de caso ..................... 40
3.2.3 Definição do método de captação de imagens das detonações ..................... 43
3.2.4 Definição da metodologia da sismografia ....................................................... 44
3.2.5 Escolha do software para processamento das imagens ................................. 46
3.2.6 Levantamento de dados operacionais posteriores ao desmonte .................... 47
4 ANÁLISE E DISCUSSÂO DOS RESULTADOS ............................................ 48
4.1 PRIMEIRO DESMONTE................................................................................. 49
4.1.1 Análise do tamponamento no primeiro desmonte ........................................... 51
4.1.2 Relatório sismográfico do primeiro desmonte ................................................. 52
4.1.3 Análise granulométrica do primeiro desmonte ................................................ 55
4.2 SEGUNDO DESMONTE ................................................................................ 57
4.2.1 Análise do tamponamento no segundo desmonte .......................................... 58
4.2.2 Relatório sismográfico do segundo desmonte ................................................ 59
4.2.3 Análise granulométrica do segundo desmonte ............................................... 62
4.3 ANÁLISE COMPARATIVA DOS DESMONTES DE ROCHA ......................... 64
4.4 ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO DESMONTE DE ROCHA NAS ETAPAS
CONSECUTIVAS DE COMINUIÇÃO ........................................................................ 66
5 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................. 68
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 71
13
1 INTRODUÇÃO
1.1 GENERALIDADES
1.3 OBJETIVOS
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1.1 Conceitos
𝑄
𝑞= (2.1)
𝐵.𝑥 𝑆 𝑥 𝐻
Onde:
q: Razão de carga (kg/m3)
B: Afastamento (m)
H: Altura da bancada (m)
S: Espaçamento (m)
Q: Quantidade total de explosivo por furo (kg)
𝐷 𝑝𝑥𝐸
𝐵𝑚𝑎𝑥 =
33
𝑥√ (2.2)
𝑐 𝑥 𝑓 𝑥 (𝐵𝑆 )
Onde:
Bmax: Afastamento máximo (m)
D: Diâmetro do furo (mm)
p: grau de acoplamento do explosivo (Kg/dm3)
E: Potência relativa do explosivo (1-1,4)
S/B: Razão espaçamento/afastamento
c: Constante da rocha
f: Parâmetro de inclinação (0,93;1)
2.2 DETONAÇÃO
2.4.1 Ultralançamento
Grau de relevância
Variável de controle
Significante Moderada Insignificante
Carga por espera x
Intervalo de retardo x
Espaçamento e afastamento x
Tamponamento (tipo e quantidade) x
Altura da carga e diâmetro x
Ângulo do furo x
Direção de iniciação x
Carga total x
Detonação em cordel detonante x
Fonte: Adaptado de Dhekne, 2015.
detonação (Siskind et al., 1980), as normas brasileiras não tratam da frequência dos
fenômenos vibratórios, nem determina os tipos de edifícios afetados pelas vibrações,
sendo, desse ponto de vista, deficiente em relação às normas internacionais,
conforme resumo da Tabela 07.
3 `METODOLOGIA
(ii) 01 (um) GPS, modelo Garmin 650, para possíveis marcações de pontos e
determinação da distância entre o mesmo e a detonação em si;
25 0 17 34 51 68
= =
42 59 76 93 110
Iniciador
linha silenciosa
retardo 17 ms 219 236
retardo 25 ms
retardo 42 ms
bastante efetivo ao longo dos anos. Abaixo, a Tabela 08 apresenta um resumo dos
parâmetros do plano de fogo.
SISMÓGRAFO
SN 8992 SN 8993
Tempo de gravação (s) 5 3
Distância ao desmonte (m) 539 223
Ativação da sísmica (mm/s) 1,27 1,02
Ativação sonora (db) 100 100
PPV Long. (mm/s) 3,81 4,83
PPV Trans. (mm/s) 1,71 6,03
PPV Vert. (mm/s) 2,67 7,05
Freq. Long. (mm/s) 33,3 27,8
Freq. Trans (mm/s) 50 21,7
Freq. Vert. (mm/s) 29,4 22,7
Velocidade de partícula 4,0 7,87
pico resultante (mm/s)
Sobrepressão atmosférica 103 138
pico (dB)
Fonte: Autor, 2017.
53
Max (m) F10 (m) F30 (m) F50 (m) F70 (m) F90 (m) % < 110 cm
Observa-se que 90% dos fragmentos ficaram abaixo de 71 cm. 50% dos
fragmentos ficaram acima e abaixo dos 20 cm.
Baseado nas fotografias enviadas e na Figura 28, aproximadamente, 95% dos
fragmentos ficaram com um comprimento compatível com o tamanho ideal dos
fragmentos rochosos, ou seja, 80% da abertura máxima do britador (<1,1 m).
57
forma ligeiramente ineficaz para os seus propósitos (Figura 32). Apesar disto,
ultralançamentos excessivos não foram notificados. Conforme analisado na filmagem,
não houve nenhuma falha de iniciação. Devido às más condições climáticas, não foi
possível a instalação da câmera frontal do desmonte.
SISMÓGRAFO
8993
Tempo de gravação (s) 3
Distância ao desmonte (m) 220
Ativação da sísmica (mm/s) 1,02
Ativação sonora (db) 100
PPV Long. (mm/s) 7,37
PPV Trans. (mm/s) 5,33
PPV Vert. (mm/s) 7,43
Freq. Long. (mm/s) 125
Freq. Trans (mm/s) 38,5
Freq. Vert. (mm/s) 50
Velocidade de partícula pico 9,27
resultante (mm/s)
Sobrepressão atmosférica pico 138
(dB)
Fonte: Autor, 2017.
Max (m) F10 (m) F30 (m) F50 (m) F70 (m) F90 (m) % < 110 cm
Observa-se que 90% dos fragmentos ficaram abaixo de 1,24 m. 50% dos
fragmentos ficaram acima e abaixo dos 38 cm.
Baseado nas fotografias enviadas e na Figura 36, é seguro afirmar que
aproximadamente 80% dos fragmentos ficaram com um comprimento compatível
com o tamanho ideal dos fragmentos rochosos, ou seja, 80% da abertura máxima
do britador (<1,1 m).
64
PRIMEIRO SEGUNDO
DESMONTE DESMONTE
(iii) A redução da carga máxima por espera ocorreu pois a diferença entre
as alturas médias entre os desmontes foi maior de que a altura da coluna
de tampão;
.
Fonte: Autor, 2016.
68
REFERÊNCIAS
ATLAS POWDER COMPANY, Explosive and rock blasting. Dallas, Vol. 1, 1987.
ABNT. NBR 9.653. Guia para avaliação dos efeitos pelo uso de explosivos nas
minerações em áreas urbanas. São Paulo, 11 p., 2005.
BACCI, D.C, LANDIM, P.M.B, ESTON, S.M, IRAMINA, W.S. Principais normas e
recomendações existentes para o controle de vibrações provocadas pelo uso
de explosivos em áreas urbanas – Parte II. REM – Revista Escola de Minas. Vol.
56. 131-137 p.
CEVIZCI, H. A new stemming application for blasting; A case study. Parte I. REM
- Revista Escola de Minas. Vol. 66, n. 4, p. 51 - 57, 2013.
DOBRILOVIC, M.; ESTER, Z.; JANKOVIC, B. Measurement in blast hole stem and
influence of stemming material on blasting quality. Rudarsko-geološko-naftni
zbornik. Vol. 17, p. 47 - 53, 2005.
ESSEN, S.; ONEDERRA, I.; BILGIN, H.A. Modelling the size of the crushing zone
around a blast hole. International journal of rock mechanics and mining sciences, Vol.
40, p. 485 – 495, 2003.
KARAKUŞ, D.; ONUR, A. H.; KONAK, G.; KÖSE, H. Application of stemming plugs
and a case study in a limestone quarry. International Mining Congress and
Exhibition of Turkey-IMCET, 2003.
LITTLE, T.N.; MURRAY, C.E. The development and trialling of a cement grout
blast hole stemming. Rock Fragmentation by Blasting. Vol. 1, p. 331 – 341, 1996.
HO CHO, S.; NISHI, M.; YAMAMOTO, M.; KANEKO, K. Fragment size distribution
in blasting. Materials Transactions Journal. Vol. 44, no. 5, p. 951-956, 2003.
ROVERE, J.; CORREA, C.A.; GRASSI, V.G.; DAL PIZZOL, M.F. Caracterização
morfológica do poliestireno de alto impacto (HIPS). Polímeros, Vol. 18, no. 1, 2008.
SECCATORE, J.; HUERTA, J.R.; SADAO, G.; CARDU, M.; GALVÃO, F.; FINOTI, L;
REZENDE, A; BETTENCOURT, J; DE TOMI, G. The influence of charge
distribution on the grindability of the blaster material. 11th International
Symposium on Rock Fragmentation By Blasting, 2015.
73