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Mitologia
Os mitos de Prose Edda fala sobre os Deuses nórdicos e seus feitos. Eddas ou Edda,
é o nome dado ao conjunto de textos encontrados na Islândia, originalmente em verso,
e que permitiram iniciar o estudo e a compilação das histórias referentes aos
personagens da mitologia nórdica. Escrito por Snorri Sturluson, por volta de 1220 d.C.
Os Deuses nórdicos são divididos em três raças: os Esirs, os Vanirs e os Jotnar. Os
Esirs estão mais ligados à guerra e as facetas dos seres humanos, etc. Os Vanirs estão
mais conectados com a Terra, representando a fertilidade e as forças naturais benéficas
aos seres humanos. Houve uma vez uma grande guerra entre os Esirs e os Vanirs, mas
a paz acabou sendo restabelecidas e os Vanirs vieram morar com os Esirs.
Os Jotnar, a terceira raça de Deuses, viviam em constante batalha contra os Esirs, não
há e nem nunca haverá paz entre eles. Os Jotnar representam as forças naturais
destrutivas e o caos, que estarão sempre em conflito com os Esirs, que representam à
sociedade e a ordem. Assim como o fogo e o gelo se misturaram para que o mundo
pudesse ser formado, essa interação entre o caos e a ordem é que mantém o mundo
equilibrado, ou seja, a grande árvore do mundo: Ygdrasill.
As Runas
Na era dos Vikings (800-1100 da Era Comum), a Escandinávia usou um alfabeto rúnico
conhecido como Novo ou Younger Futhark (fuþark). Ele era composto por 16 símbolos
sonoros conhecidos como runas. O Novo Futhark desenvolveu-se a partir do Antigo ou
Elder Futhark (150 a 800 da Era Comum), uma forma mais antiga de linguagem
germânica composta por 24 runas. Ambos os alfabetos são chamados após as primeiras
seis runas F-U-þ-A-R-K. O Novo Futhark é basicamente a forma escrita do Nórdico
Antigo – a língua dos Vikings.
Cada runa tem um nome e um som, e estes nomes e sons foram classificados em um
Poema Rúnico Islandês de 1500 da Era Comum. Embora exista também um Poema
Rúnico Norueguês (uma cópia do século 17 de um manuscrito original do século XIII),
o Poema Rúnico Islandês é considerado mais autêntico, pois vem de um catálogo do
ano 900 da Era Comum, chamado Abecedarium Nordmannicum. O poema foi traduzido
[para o inglês] por B. Dickins e publicado em 1915.
Deuses Nórdicos
Odin: Odin é o Pai de Todos, relembrado hoje como o Deus da guerra e da fúria dos
vikings. Contudo, ele tem outros aspectos até mais importantes que esses. Nas Eddas,
ele é o líder dos Deuses, mas essa posição originalmente era de Tyr, pois Odin tornou-
se soberano durante a Era Viking, onde um Deus mais astuto era mais importante que
um Deus radicalmente justiceiro. Odin é o Deus da sabedoria e do poder mágico, pois
foi ele que resgatou as runas, o alfabeto que guarda os mistérios do universo. Odin
também é considerado Deus da morte, por que ele juntamente com Freya, recebiam os
guerreiros que chegavam em Valhalla. Símbolos: os corvos: Munin e Hugin, os lobos:
Geri e Freki, o cavalo Sleipnir, e a lança Gungnir.
Thor: É provavelmente o Deus mais conhecido entre os Deuses nórdicos. Ele é um Deus
simples, o patrono dos guerreiros e do povo. Thor é conhecido pelas suas grandes
aventuras e por suas batalhas contra os gigantes. Possui uma tremenda força e o
martelo Mjolnir, que foi feito pelos Anões. Mjolnir é considerado o maior tesouro dos
Deuses por ser a proteção contra os gigantes. Thor é associado ao trovão, e também é
o Deus da chuva e das tempestades. Símbolos: o martelo e a biga.
Frey: É o Deus da paz e fertilidade. Ele é um Deus Vanir, mas vive com os Aesir para
assegurar o tratado de paz. Era o Deus cultuado pelos camponeses e fazendeiros, que
lhe faziam oferendas para que a fertilidade da Terra fosse mantida durante o ano. A
palavra Frey significa Senhor, por isso não se tem certeza se era o nome do Deus ou
era um titulo, também era conhecido como Ing ou Ingvi, por isso alguns o chamam de
Frey Ingvi. Símbolos: a espada e o javali.
Freya: É a Deusa mais importante e a mais conhecida. Ela é a irmã gêmea de Frey.
Freya é uma Deusa que tem duas facetas. Primeiramente, ela é a Deusa do Amor, da
Sexualidade e da Beleza, também é a Deusa da Guerra que recebe os heróis que
morrem dos campos de batalha juntamente com Odin. Além de Deusa das Feiticeiras e
da magia xamânica, conhecida com Seidhr. Apesar de Freya ser a Deusa do amor e da
beleza, ela não é uma Deusa dependente e muito menos delicada, como as Deusa do
amor de outros panteões. Símbolos: a lança e os gatos.
Frigg ou Frigga: É a misteriosa esposa de Odin. Ela é a Deusa do casamento, da família,
do destino e das crianças. Simboliza a manutenção da ordem, da harmonia e da paz,
dentro de casa. Dizia-se que Frigg sabe o futuro, mas nunca revela seus segredos, nem
mesmo ao seu esposo Odin. A grande Deusa mãe dos nórdicos. Símbolos: pássaros, a
roda e o fuso.
Tyr: Embora raramente seja lembrado nos dias de hoje entre os Deuses mais populares,
Tyr é extremamente importante. Ele é o Deus da guerra, da justiça e da nobreza. O mito
mais importante envolvendo Tyr mostra tanto bravura quanto honra. Foi ele que perdeu
sua mão, para que o Lobo Fenris pudesse ser capturado pelos Deuses. Símbolos: a
lança e o escudo.
Balder: Filho de Odin e Frigga, era uma divindade da justiça e da sabedoria. Infelizmente
alguns escritores modernos, de uma linha de pensamento cristã, tentam transformar
Balder no "Cristo" nórdico. Conhecido como o Belo, Balder é o Deus da luz, da beleza
e da bondade, mas seu nome significa guerreiro. Diz que Balder morreu mais irá retornar
após o Ragnarok. Símbolos: o Sol e a luz radiante.
Nornes (Urd, Verdandhi e Suld): A sua função é controlar a sorte, o azar e a providência.
Elas também zelam pelo cumprimento e conservação das leis que regem as realidades
dos homens, dos deuses, dos elfos/duendes, dos anões, dos dragões e de todos os
seres míticos. Vivem protegidas por um dos ramos da árvore Yggdrasil, junto a um lago.
Elas representam o passado, o presente e o futuro, respectivamente.