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Poder Judiciário do Estado de Sergipe

Riachão do Dantas

Nº Processo 201889100892 - Número Único: 0000769-87.2018.8.25.0007


Autor: Gerana Gomes Costa Silva
Réu: JOSÉ LOPES DE ALMEIDA JÚNIOR E OUTROS

Movimento: Decisão >> Concessão em parte >> Liminar

DECISÃO

Trata-se de Mandado de Segurança com Pedido Liminarimpetrado por GERANA GOMES


COSTA SILVA, atual prefeita do Município de Riachão do Dantas/SE, em face de ato
emanado do Presidente da Câmara de Vereadoresdo Município de Riachão do Dantas/SE,
PEDRO SANTOS OLIVEIRA,em litisconsórcio com os vereadores do mencionado município,
JOSÉ DIAS DE SOUZA NETO, ALBERTINO FRANCO SOUZA, TARCÍSIO ALMEIDA
FIGUEIREDO, JOSÉ LOPES DE ALMEIDA JÚNIOR, JOSENILTON ARAÚJO DA CONCEIÇÃO
e LUCIVALDO DO CARMO DANTAS, todos qualificados na inicial, visando obter, liminarmente,
a suspensão do procedimento de cassação do mandato da autora, aberto pelaCâmara de
Vereadores de Riachão do Dantas e, por corolário, da sessão de julgamento que está
designada para o dia 10.08.2018.

Para a obtenção da medida, alegaem síntese, que o procedimentoencontra-se eivado de


nulidades, dentre elas, a nãoobservância da maioria de 2/3 para a deflagraçãodeste; a
composição da comissão processante formada de forma equivocada uma vez que se fez
constituída por membrosda situação e oposição excluídos os edis que compõe a mesa diretora;
o escoamento do prazo para encerramento do processo que se deu em 07.08.2018 sem
conclusão do feito;cerceamento de defesa, vez que não houve a notificação da impetrante, nem
de seu advogado constituído para todos os atos realizados; ausência de oitivadas testemunhas
arroladas pela defesa e de relatório final da comissão processante.

Com a inicial foram anexados os documentos de fls. 30/409.

Vieram os autos conclusos.

É o suscinto reltaório. Desço a fundamentação.

Primeiramente, entendo que o presidente da Câmara dos Vereadores de Riachão do


Dantas/SE, o Sr. Pedro Santos Oliveira, possui legitimidadepara figurar no polo passivo da
presente demanda, como autoridade coatora,por se o representante legaldo citado órgão em
seus pronunciamentos e supervisor dos seus trabalhos e da sua ordem,e por ser o responsável
pelo o ato impugnado, conforme se verifica da Ata n. 1446, lavrada na sessão ordinária do
dia 17.04.2018.

Referido entendimento está de acordo com o posicionamento dos Tribunais Superiores, que
consiste em considerar autoridade coatora o presidente do órgão ou entidade administrativa e
não o executor material da ordem que se pretende atacar, conforme RMS 29773, julgado pela

Assinado eletronicamente por FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juiz(a) de Riachão do Dantas,


em 10/08/2018 às 02:19:27, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2018001931326-47. fl: 1/7
5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. Todavia, tendo em vista a inclusão no polo passivo
dos demais vereadores que participam da comissão processante, a título de cautela, os
mantenho, a princípio, no polo passivo do presente mandamus.

Superada a observação preliminar, passo a analisar os requisitos para a concessão da medida


emergencial.

Para concessão de mandado de segurança há necessidade de existência de direito líquido e


certo.

Segundo a doutrina: “Direito Líquido e certo é o que se apresenta manifesto na sua existência,
delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração. Por outras
palavras, o direito invocado, para ser amparável por mandado de segurança, há de vir expresso
em norma legal e trazer em si todos os requisitos e condições de sua aplicação ao impetrante:
se sua existência for duvidosa, se sua extensão ainda não estiver delimitada, se seu exercício
depender de situações e fatos ainda indeterminados, não rende ensejo à segurança, embora
possa ser defendido por outros meios juduciais.” (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de
segurança e Ações Constitucionais. 35. ed. atual. São Paulo: Malheiros, 2013. p. 37.)

E neste sentido pontuam Theotonio Negrão, José Roberto F. Gouvêa, Luis Guilherme A.
Bondioli e João Francisco Naves da Fonseca, em sua obra Código de Processo Civil e
legislação processual em vigor, 46ª ed., Saraiva, 2014, pág. 1823, nota 10a: "Direito Líquido e
certo é o que resulta de fato certo, e fato certo é aquele capaz de ser comprovado de plano
(RSTJ 4/1.427, 27/140, 147/386), por documento inequívoco (RTJ 83/130, 83/855, RSTJ
27/169, 55/325, 129/72), e independente de exame técnico (RTFR). É necessário que o pedido
esteja apoiado 'em fatos incontroversos, e não em fatos complexos, que reclamam produção e
cotejo de provas' (RTJ 124/948).

No mesmo sentido: RSTJ 154/150; STJ-RT 676/187. S/ recurso especial, nessa hipótese, v.
RISTJ 255, nota 4-Mandado de Segurança.” Ainda sobre o tema, são válidas as considerações
de Sérgio Cruz Arenhart em seus comentários à Carta Magna, “verbis”: “A expressão 'direito
líquido e certo', portanto, liga-se à forma de cognição desenvolvida no mandado de segurança,
que exige prova pré-constituída das alegações postas pela parte impetrante. Não há, então,
qualquer relação com espécie particular de direito subjetivo. Em conta disso, vem-se exigindo
que as afirmações de fato trazidas pelo autor na petição inicial sejam demonstradas de pronto,
por meio da prova documental” (ARENHART, Sergio Cruz in Comentários à Constituição do
Brasil, Coord J.J Gomes Canotilho, Gilmar Ferreira Mendes, Ingo Wolfgang Sarlet e Lenio Luiz
Streck. Ed. Saraiva. 2014. P. 478).

Pois bem.

Para o deferimento de medida liminar, faz-se necessária a presença concomitante de dois


requisitos, quais sejam: relevância do fundamento (fumus boni iuris) e risco de ineficácia da
medida ( periculum in mora), nos termos do art. 7º, inciso III, da Lei nº 12.016/09.

Passo à análise das alegações da impetrante, ressaltando que a apreciação da liminar será
restrita ao pleito de suspensão da sessão de julgamento designada para o dia 10/08/2018, ante
a iminência de sua ocorrência.

Analisando um dos argumentos iniciais, em especial, o escoamento do prazo para


encerramento do procedimento, verifico que o artigo5º, inciso VII, do Decreto-Lei nº 201/67
dispõe que:

“O processo, a que se refere este artigo, deverá estar


concluído dentro em noventa dias, contados da data em que se

Assinado eletronicamente por FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juiz(a) de Riachão do Dantas,


em 10/08/2018 às 02:19:27, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2018001931326-47. fl: 2/7
efetivar a notificação do acusado. Transcorrido o prazo sem o
julgamento, o processo será arquivado, sem prejuízo de nova
denúncia ainda que sobre os mesmos fatos”.

Durante o procedimento, constata-seque não houve a notificação pessoal da acusada, vez que
não fora localizada no Município, conforme certidões de fls. 165/170, sendo determinada a sua
notificação por edital (fl. 171), conforme permite o art. 5º, inciso III, do Decreto-Lei 201/1967, in
verbis:

"O processo de cassação do mandato do Prefeito pela Câmara,


por infrações definidas no artigo anterior, obedecerá ao
seguinte rito, se outro não for estabelecido pela legislação do
Estado respectivo: [...]III - Recebendo o processo, o Presidente
da Comissão iniciará os trabalhos, dentro em cinco dias,
notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia
e documentos que a instruírem, para que, no prazo de dez dias,
apresente defesa prévia, por escrito, indique as provas que
pretender produzir e arrole testemunhas, até o máximo de dez.
Se estiver ausente do Município, a notificação far-se-á por
edital, publicado duas vezes, no órgão oficial, com intervalo de
três dias, pelo menos, contado o prazo da primeira publicação."

Dessa forma, observo que a acusada fora notificada por edital, conforme publicações no Diário
Oficial nas datas de 09/05/2018 e 15/05/2018 (fls. 172/173). O prazo inicia-se da primeira
publicação conforme legislação acima citada, ou seja, 09/05/2018.

Inexiste nos autos informações acerca de eventual suspensão no andamento do referido


processo, razão pela qual entendo pela presença do fumus boni iuris, vez que se, de fato,
forem inexistentes causas de suspensão, o prazo para encerramento do procedimento teria
findado em 07/08/2018, o que somente será possível confirmar após manifestação da parte
contrária.

A presença do periculum in moraresta comprovada vez que a sessão de julgamento ocorrerá


no dia 10/08/2018, podendo acarretar na perda do mandato eletivo da impetrante.

Ante o exposto, a fim de evitar dano irreparável ao direito da impetrante, defiro parcialmente a
liminar requerida paraSUSPENDERA SESSÃO DE JULGAMENTO DESIGNADA PARA O
DIA 10.08.2018, a ser realizada na Câmara de Vereadores de Riachão do Dantas/SE, bem
como a prática de qualquer ato referente ao procedimento que pode desaguar no impeachment
da impetrante, até nova decisão judicial.

Intimem-se, com urgência, da presente decisão.

Após, em cumprimento ao que dispõe o art. 7º da Lei nº 12.016/2009, DETERMINO:

a)notifiquem-se as autoridades coatoras noticiadas na petição inicial para, em 10 dias, prestar


as informações, anexando-se cópia da inicial e seus documentos, além desta decisão,
advertindo-a do contido no art. 9º da nº 12.016/2009;

b) dê-se ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, in


casu, CÂMARA DE VEREADORES DO MUNICÍPIO DE RIACHÃO DO DANTAS/SE,
enviando-lhe cópia da inicial sem documentos para, querendo, ingressar na lide.

Assinado eletronicamente por FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juiz(a) de Riachão do Dantas,


em 10/08/2018 às 02:19:27, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2018001931326-47. fl: 3/7
DECISÃO

Trata-se de Mandado de Segurança com Pedido Liminarimpetrado por GERANA GOMES


COSTA SILVA, atual prefeita do Município de Riachão do Dantas/SE, em face de ato
emanado do Presidente da Câmara de Vereadoresdo Município de Riachão do Dantas/SE,
PEDRO SANTOS OLIVEIRA,em litisconsórcio com os vereadores do mencionado município,
JOSÉ DIAS DE SOUZA NETO, ALBERTINO FRANCO SOUZA, TARCÍSIO ALMEIDA
FIGUEIREDO, JOSÉ LOPES DE ALMEIDA JÚNIOR, JOSENILTON ARAÚJO DA CONCEIÇÃO
e LUCIVALDO DO CARMO DANTAS, todos qualificados na inicial, visando obter, liminarmente,
a suspensão do procedimento de cassação do mandato da autora, aberto pelaCâmara de
Vereadores de Riachão do Dantas e, por corolário, da sessão de julgamento que está
designada para o dia 10.08.2018.

Para a obtenção da medida, alegaem síntese, que o procedimentoencontra-se eivado de


nulidades, dentre elas, a nãoobservância da maioria de 2/3 para a deflagraçãodeste; a
composição da comissão processante formada de forma equivocada uma vez que se fez
constituída por membrosda situação e oposição excluídos os edis que compõe a mesa diretora;
o escoamento do prazo para encerramento do processo que se deu em 07.08.2018 sem
conclusão do feito;cerceamento de defesa, vez que não houve a notificação da impetrante, nem
de seu advogado constituído para todos os atos realizados; ausência de oitivadas testemunhas
arroladas pela defesa e de relatório final da comissão processante.

Com a inicial foram anexadosos documentos de fls. 30/409.

Vieram os autos conclusos.

É o suscinto reltaório. Desço a fundamentação.

Primeiramente, entendo que o presidente da Câmara dos Vereadores de Riachão do


Dantas/SE, o Sr. Pedro Santos Oliveira, possui legitimidadepara figurar no polo passivo da
presente demanda, como autoridade coatora,por se o representante legaldo citado órgão em
seus pronunciamentos e supervisor dos seus trabalhos e da sua ordem,e por ser o responsável
pelo o ato impugnado, conforme se verifica da Ata n. 1446, lavrada na sessão ordinária do
dia 17.04.2018.

Referido entendimento está de acordo com o posicionamento dos Tribunais Superiores, que
consiste em considerar autoridade coatora o presidente do órgão ou entidade administrativa e
não o executor material da ordem que se pretende atacar, conforme RMS 29773, julgado pela
5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. Todavia, tendo em vista a inclusão no polo passivo
dos demais vereadores que participam da comissão processante, a título de cautela, os
mantenho, a princípio, no polo passivo do presente mandamus.

Superada a observação preliminar, passo a analisar os requisitos para a concessão da medida


emergencial.

Para concessão de mandado de segurança há necessidade de existência de direito líquido e


certo.

Segundo a doutrina: “Direito Líquido e certo é o que se apresenta manifesto na sua existência,
delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração. Por outras
palavras, o direito invocado, para ser amparável por mandado de segurança, há de vir expresso

Assinado eletronicamente por FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juiz(a) de Riachão do Dantas,


em 10/08/2018 às 02:19:27, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2018001931326-47. fl: 4/7
em norma legal e trazer em si todos os requisitos e condições de sua aplicação ao impetrante:
se sua existência for duvidosa, se sua extensão ainda não estiver delimitada, se seu exercício
depender de situações e fatos ainda indeterminados, não rende ensejo à segurança, embora
possa ser defendido por outros meios juduciais.” (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de
segurança e Ações Constitucionais. 35. ed. atual. São Paulo: Malheiros, 2013. p. 37.)

E neste sentido pontuam Theotonio Negrão, José Roberto F. Gouvêa, Luis Guilherme A.
Bondioli e João Francisco Naves da Fonseca, em sua obra Código de Processo Civil e
legislação processual em vigor, 46ª ed., Saraiva, 2014, pág. 1823, nota 10a: "Direito Líquido e
certo é o que resulta de fato certo, e fato certo é aquele capaz de ser comprovado de plano
(RSTJ 4/1.427, 27/140, 147/386), por documento inequívoco (RTJ 83/130, 83/855, RSTJ
27/169, 55/325, 129/72), e independente de exame técnico (RTFR). É necessário que o pedido
esteja apoiado 'em fatos incontroversos, e não em fatos complexos, que reclamam produção e
cotejo de provas' (RTJ 124/948).

No mesmo sentido: RSTJ 154/150; STJ-RT 676/187. S/ recurso especial, nessa hipótese, v.
RISTJ 255, nota 4-Mandado de Segurança.” Ainda sobre o tema, são válidas as considerações
de Sérgio Cruz Arenhart em seus comentários à Carta Magna, “verbis”: “A expressão 'direito
líquido e certo', portanto, liga-se à forma de cognição desenvolvida no mandado de segurança,
que exige prova pré-constituída das alegações postas pela parte impetrante. Não há, então,
qualquer relação com espécie particular de direito subjetivo. Em conta disso, vem-se exigindo
que as afirmações de fato trazidas pelo autor na petição inicial sejam demonstradas de pronto,
por meio da prova documental” (ARENHART, Sergio Cruz in Comentários à Constituição do
Brasil, Coord J.J Gomes Canotilho, Gilmar Ferreira Mendes, Ingo Wolfgang Sarlet e Lenio Luiz
Streck. Ed. Saraiva. 2014. P. 478).

Pois bem.

Para o deferimento de medida liminar, faz-se necessária a presença concomitante de dois


requisitos, quais sejam: relevância do fundamento (fumus boni iuris) e risco de ineficácia da
medida ( periculum in mora), nos termos do art. 7º, inciso III, da Lei nº 12.016/09.

Passo à análise das alegações da impetrante, ressaltando que a apreciação da liminar será
restrita ao pleito de suspensão da sessão de julgamento designada para o dia 10/08/2018, ante
a iminência de sua ocorrência.

Analisando um dos argumentos iniciais, em especial, o escoamento do prazo para


encerramento do procedimento, verifico que o artigo5º, inciso VII, do Decreto-Lei nº 201/67
dispõe que:

“O processo, a que se refere este artigo, deverá estar


concluído dentro em noventa dias, contados da data em que se
efetivar a notificação do acusado. Transcorrido o prazo sem o
julgamento, o processo será arquivado, sem prejuízo de nova
denúncia ainda que sobre os mesmos fatos”.

Durante o procedimento, constata-seque não houve a notificação pessoal da acusada, vez que
não fora localizada no Município, conforme certidões de fls. 165/170, sendo determinada a sua
notificação por edital (fl. 171), conforme permite o art. 5º, inciso III, do Decreto-Lei 201/1967, in
verbis:

"O processo de cassação do mandato do Prefeito pela Câmara,


por infrações definidas no artigo anterior, obedecerá ao
seguinte rito, se outro não for estabelecido pela legislação do
Estado respectivo: [...]III - Recebendo o processo, o Presidente

Assinado eletronicamente por FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juiz(a) de Riachão do Dantas,


em 10/08/2018 às 02:19:27, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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da Comissão iniciará os trabalhos, dentro em cinco dias,
notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia
e documentos que a instruírem, para que, no prazo de dez dias,
apresente defesa prévia, por escrito, indique as provas que
pretender produzir e arrole testemunhas, até o máximo de dez.
Se estiver ausente do Município, a notificação far-se-á por
edital, publicado duas vezes, no órgão oficial, com intervalo de
três dias, pelo menos, contado o prazo da primeira publicação."

Dessa forma, observo que a acusada fora notificada por edital, conforme publicações no Diário
Oficial nas datas de 09/05/2018 e 15/05/2018 (fls. 172/173). O prazo inicia-se da primeira
publicação conforme legislação acima citada, ou seja, 09/05/2018.

Inexiste nos autos informações acerca de eventual suspensão no andamento do referido


processo, razão pela qual entendo pela presença do fumus boni iuris, vez que se, de fato,
forem inexistentes causas de suspensão, o prazo para encerramento do procedimento teria
findado em 07/08/2018, o que somente será possível confirmar após manifestação da parte
contrária.

A presença do periculum in moraresta comprovada vez que a sessão de julgamento ocorrerá


no dia 10/08/2018, podendo acarretar na perda do mandato eletivo da impetrante.

Ante o exposto, a fim de evitar dano irreparável ao direito da impetrante, defiro parcialmente a
liminarrequerida paraSUSPENDERA SESSÃO DE JULGAMENTO DESIGNADA PARA O DIA
10.08.2018, a ser realizada na Câmara de Vereadores de Riachão do Dantas/SE, bem como a
prática de qualquer ato referente ao procedimento que pode desaguar no impeachment da
impetrante, até nova decisão judicial.

Intimem-se, com urgência, da presente decisão.

Após, em cumprimento ao que dispõeo art. 7º da Lei nº 12.016/2009, DETERMINO:

a)notifique-se asautoridadescoatorasnoticiadasna petição inicial para, em 10 dias, prestar as


informações, anexando-secópia da iniciale seus documentos, além desta decisão, advertindo-a
do contido no art. 9º da nº 12.016/2009;

b)dê-se ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, in


casu, CÂMARA DE VEREADORES DO MUNICÍPIO DE RIACHÃO DO DANTAS/SE,
enviando-lhe cópia da inicial sem documentos para, querendo, ingressar na lide.

Assinado eletronicamente por FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juiz(a) de Riachão do Dantas,


em 10/08/2018 às 02:19:27, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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Documento assinado eletronicamente por FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO,
Juiz(a) de Riachão do Dantas, em 10/08/2018, às 02:19, conforme art. 1º, III, "b", da Lei
11.419/2006.

A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico


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preenchimento do número de consulta pública 2018001931326-47.

Assinado eletronicamente por FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juiz(a) de Riachão do Dantas,


em 10/08/2018 às 02:19:27, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2018001931326-47. fl: 7/7

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