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Gestão Estratégica
com foco na
Administração Pública
Sumário
Gestão Estratégica com Foco na Administração Pública ......................................... 1
Unidade 1 - Estratégia sob a Visão de Michael Porter ......................................... 2
Unidade 2 - Estratégia sob a Visão de Henri Mintzberg .................................... 11
Unidade 3 - Motivação .................................................................................................... 17
Unidade 4 - Estilos de Liderança ................................................................................ 27
Unidade 5 - Organização Informal ............................................................................. 39
Unidade 6 - Negociação Ganha x Ganha ................................................................. 49
Unidade 7 - Inteligência Emocional ........................................................................... 59
Unidade 8 - Inteligências Múltiplas ........................................................................... 72
Unidade 9 - Comunicação Institucional ................................................................... 85
Unidade 10 - Dinâmica de Grupo ............................................................................... 91
Gestão Estratégica com Foco na Administração Pública
1
Unidade 1 - Estratégia sob a Visão de Michael Porter
2
Michael Porter diz que uma empresa sem planejamento pode se
transformar em uma folha seca, que se move ao capricho dos ventos da
concorrência. De fato, o administrador que não exerce a sua função de
planejador acaba por se concentrar no planejamento operacional, agindo
como um bombeiro que vive apagando incêndios, sem enxergar a causa do
fogo.
3
O diagnóstico estratégico
4
O macro-ambiente é composto por variáveis gerais (inflação, índices de
preços e taxa de desemprego) que influenciam, indiretamente, a empresa,
agindo sobre o poder de compra dos clientes. Por exemplo, uma política
governamental que incentive a abertura de mercado em um determinado
setor irá provocar o aumento da concorrência, ampliando a competitividade
nesse setor.
5
tecnológicos: pesquisa e desenvolvimento de produtos na área, avanços
tecnológicos e custos envolvidos.
6
o potencial de entrada de novos concorrentes, que é determinado pela
quantidade e intensidade das barreiras à entrada existentes no
mercado, assim como pela reação dos concorrentes existentes;
o poder de barganha dos fornecedores, definido pelo tamanho do
fornecedor, a importância do seu insumo e as vantagens que ele
oferece;
o poder de barganha dos compradores do produto, que é maior quando
os consumidores têm mais opções de compra e possibilidade de trocar
de marcas, sem maiores custos.
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É necessário que o gestor filtre as oportunidades e ameaças da sua
empresa, priorizando as oportunidades do ambiente em que a empresa pode
aproveitar as chances de sucesso, ou seja, as oportunidades para que possua
competências necessárias para desenvolver uma sustentável imagem no
mercado.
Já, no caso das ameaças, devem ser selecionadas aquelas que consistirem
em maior preocupação para a gerência, ou seja, aquelas que afetam mais
diretamente a empresa e a indústria em que ela atua. A análise externa deve
ser acompanhada da análise interna, onde o gestor irá avaliar as
competências e as falhas da empresa, que servirão como referência e
complemento na realização do diagnóstico.
Implementação da estratégia
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uma função exclusiva de um departamento da empresa, passando a ser uma
atribuição de todos os níveis (estratégico, tático e operacional).
Nesse sentido, parece fundamental que o gestor seja capaz de lidar com
o imprevisível no processo de planejamento, devendo ser flexível e capaz de
mudar o curso da implementação da estratégia. Assim, é importante levar
em consideração que as estratégias podem surgir dos lugares mais estranhos
e de pessoas que não se esperava.
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ampliada dos produtos e o aumento da concorrência são alguns dos fatores
que influenciam a prática do planejamento nas empresas. Será que é possível
planejar com tantas incertezas e mudanças?
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Unidade 2 - Estratégia sob a Visão de Henri Mintzberg
Para Mintzberg, a formulação se faz por etapas, ou seja, das partes para
o todo.
11
escolas ressaltamos que as três primeiras concentram-se em “como devem”
ser formuladas as estratégias, enquanto que as demais escolas preocupam-
se em “como foram” formuladas.
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Um processo formal. Paralelo à escola do desenho, deriva do livro de H.
Igor Ansoff (1965), que reflete alguns pressupostos da escola do desenho
(exceto por ser um processo formal) podendo ser decomposto em partes
distintas, delineadas por check-lists e sustentadas por técnicas (objetivos,
orçamentos, programas e planos operacionais). Um modelo utilizado foi
sugerido pelo Stanford Research Institute, onde o plano estratégico divide-se
em duas partes:
13
A cadeia de valor genérico também de Porter avalia as atividades das
empresas, como:
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objetiva: estruturação do conhecimento – recria o mundo; e
subjetiva: interpretação do mundo – cria o mundo.
15
Escola Cultural - Final dos anos 60 na Suécia
16
A identificação pode levar o planejamento a seguir vários caminhos sem
se perder. Conhecer o processo e o fundamento teórico aplicado facilitará a
sua prática. A organização atual da empresa é o reflexo de sua estratégia, e
todos os seus recursos (financeiros, equipamentos, pessoal, estrutura, etc.)
decorrem das decisões estratégicas que foram efetivamente implementadas
ao longo de sua vida.
Síntese
Porém, para Mintzberg, não existe uma definição única do que é estratégia.
→ Assim sendo, resolveu defini-la mediante a classificação de dez escolas,
como vimos nesta aula.
Não podemos afirmar que uma estratégia é mais eficaz que a outra e sim,
como já foi falado, quando o assunto é empresa e objetivos, utilizar a mais
→
adequada para o tipo organizacional e analisar, também, o ambiente
situacional.
Não podemos afirmar que uma estratégia é mais eficaz que a outra e sim,
como já foi falado, quando o assunto é empresa e objetivos, utilizar a mais
adequada para o tipo organizacional e analisar, também, o ambiente
situacional.
Unidade 3 - Motivação
MOTIVAÇÃO
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Segundo Chiavenato (2000), seria praticamente impossível compreender
os relacionamentos existentes entre as pessoas sem um mínimo
conhecimento da motivação de seu comportamento. Sendo assim, é
aconselhável o estudo inicial deste tema para, somente depois, estudarmos
os demais.
Você reage da mesma forma que seu colega de trabalho ao ser motivado
(a)? É provável que não. As pessoas são diferentes no que tange à motivação.
As necessidades variam de pessoa para pessoa e também de situação para
situação, acarretando diversos padrões de comportamento e valores sociais
variados.
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Apesar de os padrões de comportamento serem variados, o processo do
qual eles resultam é, praticamente, o mesmo para todas as pessoas. Neste
caso, há três premissas que justificam o comportamento humano. Quais são
elas?
19
O modelo será o mesmo para todas as pessoas? Sim, mas o resultado
poderá variar de forma indefinida, pois depende da percepção do estímulo
(que se modifica de pessoa para pessoa e na mesma pessoa, conforme o
tempo).
Teorias Motivacionais
Teoria de Maslow
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Auto Realização
Necessidades de Estima
Necessidades Sociais
Necessidades de Segurança
Necessidades Fisiológicas
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Necessidades de estima: são as necessidades relacionadas com a
forma pela qual você se analisa e se vê perante a sociedade, ou seja, uma
auto-avaliação e auto-estima. Com essas necessidades satisfeitas, você tem
condições de possuir autoconfiança, sentimentos de valor, força, poder,
dentre outros. Caso contrário, surgem sentimentos de inferioridade,
fraqueza, desamparo, podendo levar-lhe ao desânimo.
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organizações. Por exemplo: o salário, benefícios sociais, políticas da empresa,
etc.
Contudo, tais fatores não têm uma forte influência no comportamento dos
empregados. “A expressão higiene serve exatamente para refletir seu caráter
preventivo e profilático e para mostrar que se destinam simplesmente a evitar
fontes de insatisfação do meio ambiente ou ameaças potenciais ao seu
equilíbrio” (Chiavenato, 2000, p.87).
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O modelo contingencial de motivação de Vroom, segundo Chiavenato
(2000):
Para Vroom, três fatores são determinantes em cada indivíduo, são eles:
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Diante disso, cada indivíduo escolhe o grau com que deseja ser motivado;
uns se contentam com pouco, outros estão em uma eterna busca. Porém
todos precisam ser motivados.
Ainda com relação ao trato entre chefia e subordinado, Sun Tzu afirma:
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Porém, mesmo fazendo isso para motivar os empregados, é fundamental
permanecer sempre atento a suas ações.
Por fim, “... para você ter sucesso é necessário desenvolver a capacidade
de perceber mais além do que eles estão fazendo: o porque estão fazendo.
Muitos impérios e líderes tombaram devido às ações de funcionários que
pareciam leais...” (Griffin, 1994, p.105).
Síntese
Verificamos nesta aula que você reage de forma diferente das outras pessoas e
que cada pessoa possui uma forma única de ser motivada. Aquilo que o motiva,
→ provavelmente, não motivará seu colega. Sendo assim, notamos que a
motivação é algo intrínseco, dependerá dos valores, das necessidades e da
percepção que o indivíduo tem da realidade.
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Unidade 4 - Estilos de Liderança
ESTILOS DE LIDERANÇA
27
O Líder
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Veremos a seguir algumas características de líderes, baseadas em
8 princípios, conforme Covey (1994):
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Vamos fazer uma analogia com Maquiavel, pois ao mesmo tempo em que
Maquiavel dava conselhos ao príncipe, dava também ao povo. Acreditava que
era possível a chegada deles ao poder, se assim desejassem e tivessem
condições e virtude para tal façanha.
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8) Os líderes exercitam-se pela auto–renovação: é fundamental cuidar
das quatro dimensões da personalidade humana, são elas: a física, a mental,
a emocional e a espiritual.
De acordo com uma revisão das teorias de liderança realizada por Robbins
(1999), verificou-se que são quatro as abordagens mais recentes. São elas:
teoria de atribuição de liderança, liderança carismática, liderança transacional
versus transformacional e liderança visionária.
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Os líderes dessa teoria possuem alguns traços marcantes de
personalidade. São considerados possuidores de fortes habilidades verbais,
agressivos, compreensivos e dispostos para o trabalho.
Já dizia Maquiavel:
Porém, ainda que alguns autores afirmem que carisma não pode ser
aprendido, a maioria dos especialistas acredita que os indivíduos podem
receber treinamento com o objetivo de demonstrar comportamentos
carismáticos, inclusive você.
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A liderança carismática é mais indicada quando existe um propósito
ideológico, por isso se torna mais comum a aparição de um líder carismático
na política ou na guerra, ou então quando uma empresa está introduzindo
algo radicalmente novo ou passando por uma crise.
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Qual o motivo desta forte correlação? Será pelo fato de os líderes
prestarem atenção nas necessidades individuais de seus seguidores?
Observando essa pergunta, pode ser feito um paralelo à motivação, a qual
afirma que cada indivíduo possui diversas formas de atingir a satisfação
profissional. Sendo assim, podemos dizer que o indivíduo carece de uma
atenção um pouco mais direcionada às suas necessidades individuais.
Não basta o líder possuir apenas a visão, ele deve explicar a visão aos
outros, e para isso é necessário que tenha comunicação oral e escrita claras.
Além disso, ele deve demonstrar tal visão através de comportamentos e
estendê-la para a organização como um todo, onde todas as áreas tenham
conhecimento do que se passa.
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O Estilo de Liderança pode ser classificado em cinco versões.
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Com a finalidade de agregar um pouco mais de conhecimento a respeito
dos líderes, veremos algumas diferenças entre eles e os chefes.
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Chefes Líderes
Até mesmo nos dias atuais não seria possível identificar um conjunto de
traços de personalidade comum a todos os líderes. Alguns indivíduos
possuem os mesmos traços, porém não necessariamente todos são líderes.
Síntese
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carismático pode ser autoritário em algumas situações. E o autoritário,
também, pode ser carismático.
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Unidade 5 - Organização Informal
ORGANIZAÇÃO INFORMAL
Organização
Estrutura Organizacional
39
A organização informal
convivência social.
40
Fonte: Maximiano, 2000, p. 253.
Grupos informais
objetivos comuns
- Os grupos são instrumentos para a realização de objetivos
individuais coincidentes.
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Proteção dos Os grupos protegem seus integrantes e multiplicam a força do
integrantes indivíduo.
Normas de conduta
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Cultura Organizacional
INDICADOR SIGNIFICADO
profissão.
destino.
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Nível de participação das pessoas no processo de administrar
Participação
a organização.
consigo mesma.
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Entendidos crenças, valores e preconceitos, daremos continuidade com
cerimônias e rituais.
Clima organizacional
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Questionários devem ser aplicados dentro da empresa com perguntas
objetivas, onde os funcionários irão assinalar apenas uma alternativa,
facilitando a mensuração da qualidade percebida por cada funcionário.
Excelente
Bom
Mais ou menos
Ruim
Muito Ruim
Não sabe
Fonte: http://www.indg.com.br/info/artigos/artigos.asp?15
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dos resultados obtidos, algumas mudanças podem ser trabalhadas de
maneira direcionada ao foco.
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f) Mudanças de níveis e alterações dos grupos informais: os grupos
informais tendem a se modificar com as alterações realizadas na organização
formal. Por exemplo, um funcionário sofreu um remanejamento e foi lotado
em outro departamento, consequentemente, ele fará parte de outro grupo
informal.
Síntese
Concluímos que a organização informal tem sua origem na necessidade que cada
pessoa possui em conviver com os demais seres humanos. Certamente, quando
você começou a trabalhar na empresa/instituição na qual está, um dos seus desejos
→ era estabelecer relações satisfatórias informais com seus companheiros. Pois,
quando uma relação agradável não é estabelecida, pode afetar o ambiente formal
da empresa acarretando insatisfação pessoal. Ou seja, a necessidade de existir uma
organização informal dentro de uma empresa é imprescindível.
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Unidade 6 - Negociação Ganha x Ganha
NEGOCIAÇÃO GANHA-GANHA
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O processo termina com resultados positivos ou negativos para ambos. A
negociação ganha-ganha não pode ser considerada um jogo, pois em um
jogo, ao mesmo tempo em que se fazem ganhadores, também se fazem
perdedores. À medida que um indivíduo é derrotado várias vezes, ele não
quererá mais jogar com você. O mesmo acontece nas negociações.
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Esses pontos foram citados para lembrar que antes de qualquer
negociação é válido conhecer com quem se está negociando. Afinal, é melhor
conhecer quem será seu parceiro, concorda?
Porém, para um acordo ser bem-sucedido uma relação precisa ser bem
desenvolvida, pois a outra parte não terá motivo para ser desonesta ou
evasiva em suas respostas.
Você pode estar pensando que, com o acordo estabelecido, o que resta a
fazer é transformar em documento todo o combinado, correto? Se
considerarmos a negociação um processo que se completa em apenas uma
negociação, talvez seja assim. Porém para uma negociação ganha-ganha
atingir o sucesso e perpetuar a relação de parceria durante longo prazo, a
manutenção deve ser feita.
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É necessário fazer a manutenção do processo, ou seja, manter um contato
constante com os indivíduos que participaram da negociação. Por uma razão
ou por outra, as pessoas não têm mais o empenho original em cumprir o
acordo e acabam depositando suas energias e interesses em outro lugar.
Como a manutenção pode ser feita? Podemos fazê-la por meio de visitas,
jantares e conversas informais. Em Marketing existe uma máxima que diz
que “um cliente mantido é mais lucrativo que um cliente conquistado”,
principalmente pelo fato de existir essa relação de confiança, que traz, dentre
outros benefícios, uma menor sensibilidade a preços durante a negociação.
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Esse processo em forma de círculo simboliza a continuidade,
caracterizando a negociação ganha-ganha como algo que não tem fim. Ao
contrário do que alguns pensam, a negociação não é um ato isolado que
começa com um contato visual e termina com um aperto de mãos.
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Lados
Exemplos
Tipos envolvidos
- Direção
- Governo Local
- Discussão sobre as leis
locais e federais de - Governo
- Jurídicas: em geral, estas negociações são planejamento urbano; Federal
muito formais. Envolvem sérias disputas
sobre precedentes. - Relações com órgãos - Órgãos
reguladores (como reguladores
autoridades fiscais).
- Direção
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Táticas de negociação
Para que você não seja surpreendido (a), listaremos algumas manobras
utilizadas por algumas pessoas durante relações de negócios:
2- fazem ataques pessoais. Rebata com bom humor, jamais com raiva.
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Vamos analisar, juntos, algumas questões que foram detectadas durante
esse processo e tentar segui-las.
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A negociação é como pegar um táxi em uma cidade desenvolvida. Se o
taxista quiser tirar vantagem, você até pode chegar ao seu destino. O
problema é que o caminho que vai percorrer pode ser bastante longo e
também dispendioso.
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Síntese
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Unidade 7 - Inteligência Emocional
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
O intrapessoal e o interpessoal
Intrapessoal
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Primeiramente, vamos falar sobre como expandir a sua inteligência
emocional, ou seja, a intrapessoal. Para isso é fundamental a compreensão
de duas etapas:
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inúmeras discussões e brigas que já tivemos ao longo desses anos. Foram
poucas as que agregaram algo construtivo na sua vida, sim? Você tem o
costume de não prosseguir uma suposta discussão com a finalidade de evitar
desgastes futuros? Se a resposta foi sim, estamos no caminho certo. Porém,
se respondeu não, vamos pensar no que essas brigas podem nos ser úteis.
Provavelmente só lhe trarão malefícios. Depois conversaremos sobre isso.
61
Sua consciência sensorial será aguçada com a prática desse exercício, o
que facilitará a distinção entre as informações sensoriais e avaliações. Assim,
no fim do passeio você fará uma avaliação correta do ocorrido. Por exemplo,
o passeio não foi agradável porque o sapato estava apertado, a blusa estava
“pinicando” e o barulho era insuportável. Ao invés de concluir erroneamente
que seu colega de trabalho é uma péssima companhia.
Por exemplo, uma crítica severa e bem fundada de seu chefe com relação
à sua baixa produtividade no trabalho, tendo ele ainda lhe dito que os
resultados de seus colegas eram infinitamente superiores ao seu. Vamos
fazer uma análise breve: você tem tendência a exagerar as consequências
negativas? Sente vergonha com facilidade, mesmo sem motivo? Vamos
trabalhar isso mais adiante.
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Creio que esse ponto você entenda um pouco. Imaginemos que seu chefe
lhe fez uma crítica ainda mais severa que a descrita anteriormente. A situação
é a seguinte: ele lhe chama em sua sala e mostra um projeto um pouco
complexo e insinua que você o faça o mais rápido possível. Você não teve
tempo de esboçar nenhuma reação, quando é surpreendido com críticas a
respeito de sua capacidade de realizar um projeto desse nível. Entre algumas
frases, você ouviu: “É tão incapaz que nem sei como conseguiu esse
emprego”. Pronto, seu sangue ferve e a vontade que tem é de dar uma
resposta à altura e certamente esse ato resultaria em uma severa
repreensão.
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Os pensamentos devem ser preferencialmente instrutivos. Esses
pensamentos tranquilizam e sugerem o curso a ser seguido. Seguem
alguns: “estou perfeitamente preparado (a)”; “vou escutar cuidadosamente
o que ele tem a dizer”; “não vou interrompê-lo”; “vou tentar aprender com
meu chefe como posso melhorar”. Se você conseguir pensar assim, já será
meio caminho andado.
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enfrenta no seu ambiente de trabalho; no máximo atos de excitação. Se for
esse o problema, a solução é fácil. Tente relaxar! Vamos dar algumas dicas
de como desenvolver uma reação condicionada de relaxamento:
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lhe transformar em um robô, um ser sem reação, e sim em uma pessoa
centrada e equilibrada que não se deixa ser dominada pelas emoções.
Nesse caso, contenha sua euforia e aguarde que seu chefe passe a notícia,
ou então conte a seus familiares. Eles compartilharão dessa alegria com você
até que possa celebrar a notícia com todos os seus colegas de trabalho.
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Até agora você aprendeu sobre os três componentes do seu sistema
emocional – seus pensamentos, suas alterações fisiológicas e seu
comportamento. E vimos também a importância de mantê-los sob controle
caso queira controlar suas emoções de maneira eficaz. Ou seja, o uso
intrapessoal de sua inteligência emocional foi minuciosamente analisado.
Veremos, então, como usar sua inteligência emocional nas relações com
as outras pessoas.
O uso interpessoal
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intenções e atitudes será a mesma utilizada para orientar sua consciência
para o exterior, em direção a outras pessoas. Vale lembrar como a
sensibilidade é um fato relevante para a sua inteligência emocional.
A boa notícia é que você não precisa ser nenhum especialista na área para
analisar um relacionamento. O requisito para essa análise ser feita é a sua
consciência dos sentimentos, estados de espírito e necessidades da outra
pessoa, bem como sua avaliação de diferentes situações. Existem alguns
passos a serem seguidos. Que tal falarmos um pouquinho sobre cada um
deles?
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nós conhece o bom senso e nessas horas é importantíssimo usá-lo. Por
exemplo, é sabido que as desculpas pessoais para faltar ao trabalho não são
bem vistas nos relacionamentos profissionais. Sendo assim, a programação
prévia é válida nesses casos, ou seja, programe suas atividades para que elas
não interfiram no seu trabalho.
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Algumas vezes é útil conversar com as pessoas, pois raramente
conseguimos os objetivos na íntegra em um relacionamento, e com isso
talvez obtenhamos mais informação a respeito do que desejamos saber.
Que tal agora tentar conhecer a percepção que uma pessoa tem de você?
Da mesma forma que você tem opiniões e conceitos formados sobre as outras
pessoas, elas também têm suas percepções a seu respeito.
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Síntese
Não temos como afirmar qual das duas inteligências é a mais importante para o
desenvolvimento do homem, pois, as duas se completam e formam o que, Daniel
→
Goleman, professor de Harvard, considerado a autoridade máxima nesse tema,
chama de QE - quociente emocional.
A partir do momento que você tem o controle de suas emoções e se conhece muito
bem ao ponto de saber qual tipo de reação teria em uma determinada situação, ou
→
seja, a sua inteligência intrapessoal, fica fácil você também desenvolver a sua
inteligência interpessoal e reagir com as pessoas da maneira que mais lhe agradar.
Acredito que tudo se tornará mais fácil e seus momentos de euforia em situações não
→ propícias diminuirão consideravelmente. Você irá pensar dez vezes antes de entrar
naquelas discussões que não levam ninguém a lugar nenhum.
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Unidade 8 - Inteligências Múltiplas
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
Antes de iniciarmos este capítulo, você terá que esquecer o que escutou
falar sobre o conceito de inteligência como uma propriedade única da mente
humana, ou então sobre aquele instrumento conhecido como teste de
inteligência que pretende medir a inteligência de modo definitivo. Já
esqueceu? Então podemos iniciar.
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universalmente aceita sobre inteligências humanas. O que teremos aqui é um
nível de análise (podemos dizer, neurofisiológica), pois se falássemos a
respeito de alguma teoria decisiva sobre o alcance da inteligência humana,
jamais terminaríamos esse estudo.
Inteligência Linguística
Calma! Não estamos querendo que você seja um (a) poeta (isa) – nem
mesmo um (a) amador (a) – e ainda assim podemos afirmar que você possui
essas sensibilidades em graus significativos. Mas se você é um (a) poeta
(isa), parabéns, a sua inteligência linguística é um tanto apurada.
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“A competência lingüística é, de fato, a inteligência – a competência intelectual
– que parece mais ampla e mais democraticamente compartilhada na espécie
humana” (Gardner, p. 61).
Com relação ao aspecto retórico, quantas vezes você teve de usar seus
argumentos para conseguir algo no trabalho ou na sua vida social? Você está
com muito trabalho pendente e sem tempo de fazer uma pesquisa para seu
chefe. Seu colega também está trabalhando e você precisa que ele faça isso
para você. Pronto, é a hora de usar seu potencial retórico, afinal, precisa
convencê-lo a fazer a pesquisa.
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Você é do tipo que sabe decorado todos os telefones da sua agenda,
músicas antigas e detalhes minuciosos? Se a resposta for sim, sinal de
elevado potencial mnemônico.
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Embora a linguagem possa ser transmitida através de gestos e da escrita,
permanece no centro a forma oral e a auditiva. Vamos seguir com a
inteligência musical.
Inteligência musical
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E para não ficarmos somente com exemplos importados, lembremo-nos
do nosso brasileiríssimo compositor Sivuca. No programa do Jô, buscou um
pedaço de fio dental, e com uma tampinha de caneta produziu o Hino Nacional
Brasileiro, arrancando aplausos da platéia.
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Inteligência Lógico-Matemática
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Howard Garner, considerado o maior especialista em Inteligências
Múltiplas, concorda com seu colega de Harvard, Daniel Goleman, que, como
vimos, é o maior exponencial do assunto relacionado a Inteligência
Emocional: ambos afirmam que os atuais testes de QI privilegiam, com certos
exageros, a lógica matemática. Isso faz com que, pessoas que não
apresentam esse tipo de inteligência com grande evidência, pareçam “menos
inteligentes” que outras. E isso não deve ser um axioma.
Inteligência Espacial
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Darwin associou sua teoria à da vida; Dalton associou a imagem do átomo
à do sistema solar. E também pessoas como Guimarães Rosa e Chico Buarque
de Holanda constroem imagens físicas ou poéticas muito lúcidas com
palavras.
Que tal alguns exemplos para você ir treinando? Algumas frases boas para
a prática dessa atividade são: “quais as utilidades para uma rosca?”, “como
usar a palavra chuva para promover a venda de filtro-solar?” E por fim, um
exercício de comparação, “a estatística é como biquíni, o que mostra é
interessante, mas o que esconde é essencial”. Agora é a sua vez, “a alegria
é como uma piscina...”.
Se tivéssemos que optar por uma única área para ilustrar a centralidade
da inteligência espacial, o jogo de xadrez seria um forte candidato. A
capacidade de antecipar jogadas e suas conseqüências parecem intimamente
ligadas à forte imaginação.
80
paradigmas e deixam fluir sua criatividade em busca de algo inusitado e
inovador. Algumas figuras notórias como: Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e
Burle Marx, fizeram sucesso por meio da arquitetura e do paisagismo,
atividades também inerentes a pessoas dotadas de inteligência espacial.
Você deve ter notado que pessoas como Michael Jordan, grande astro do
basquete norte-americano, também se expressava muito bem jogando
baseball. Pelé, considerado o atleta do século, não era bom apenas com os
pés. Certa vez substituiu um goleiro expulso de campo numa das partidas da
seleção brasileira, e não fez feio.
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Pessoas dotadas de inteligência corporal cinestésica podem manifestar
seus talentos também com atividades manuais. Você já experimentou
construir um navio feito de palitos de fósforos dentro de uma garrafa? Ou já
experimentou construir uma gaiola de passarinhos? São atividades que
requerem muita destreza e manifestação dessa inteligência.
Inteligências Pessoais
É fundamental notarmos que você pode ter uma vida social sem maiores
problemas se não tiver as inteligências citadas anteriormente de forma
aguçada. Porém há uma certa pressão para que desenvolva o seu
entendimento da esfera pessoal visando uma melhora no seu próprio bem-
estar ou no seu relacionamento com aqueles que o cercam.
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Mahatma Ghandi celebrizou-se pelo pacifismo com que conduziu a
independência de seu país, Índia, diante da Inglaterra. Em geral, pessoas
dotadas de habilidade nos relacionamentos interpessoais, conseguem galgar
posições hierárquicas de destaque dentro das grandes organizações. A
habilidade de lidar com pessoas e de ser reconhecida como líder, faz do
indivíduo dotado de inteligência interpessoal um vencedor.
83
Síntese
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Unidade 9 - Comunicação Institucional
COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
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Eficiência e eficácia da comunicação institucional
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a mesma compreensão daquilo que está sendo transmitido. Ao analisarmos
essa situação, é cabível a seguinte pergunta: Qual o objetivo dos profissionais
que lidam com comunicação na empresa? Esses indivíduos devem produzir
aceitação, mediante a comunicação expressiva - emocional.
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Por que não fez as críticas fundamentadas? Talvez por não ter
compreendido quando seu chefe lhe solicitou para realizar essa tarefa.
Ocorreu, então, uma falha na comunicação institucional. Quando seu chefe
lhe passou o trabalho, você e ele estavam cientes de que a comunicação
havia sido compreendida. Notou como a comunicação é importante no
ambiente de trabalho?
Podemos fazer uma analogia das empresas com os seres humanos. Pois
toda empresa é única, como todo ser humano. Cada empresa tem sua
história, sua cultura, seus valores, sua missão. A comparação com o ser
humano é absolutamente justificável e óbvia. Afinal, as empresas são
compostas essencialmente de pessoas. E como são compostas de pessoas
sofrem – incrível – do mesmo mal. O mal da falta de comunicação. E eu disse
t-o-d-a-s as empresas. Sem exceção. Pode até soar falsa ou ingênua a
generalização. Por favor, não façam julgamentos precipitados. Antes de
concluir, vamos mergulhar um pouco mais nesse imenso mar de águas
profundas. Vamos mergulhar além das espumas das ondas.
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Uma comunicação eficaz não é o que aparentava, um ato em que emissor
e receptor se envolvem em uma mensagem, com resultados claros para
ambos. O emissor pode ter compreendido de forma clara o objetivo de sua
mensagem, com a qual o receptor concordava, como se tivessem mensagens
divergentes.
Vamos verificar outro exemplo. Você conversa durante uma hora e meia
com seu colega de trabalho, Pedro, sobre um projeto que sua equipe está
desenvolvendo. Pedro fala da importância de formarem uma parceria a fim
de concluírem mais rapidamente o projeto. Falou também sobre as diretrizes
que devem ser seguidas para que o sucesso seja atingido. Ao finalizar a
conversa, você acha que compreendeu todo o pensamento de Pedro e passa
para sua equipe as diretrizes de Pedro. Depois de alguns dias, Pedro lhe
procura para dizer que ouviu um funcionário de sua equipe afirmar que ele
falou algo que ele não disse. Bem, esse exemplo acontece inúmeras vezes no
cotidiano quando o assunto é comunicação institucional.
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Porém, no que tange a eficiência comunicativa, deve ser analisada como
a potencialidade, de um lado, do emissor de afetar os outros, de modo a fazê-
los seguir suas intenções, vontades e também o potencial para ser afetado
pelos outros, de forma que sejam vantajosos para si ou para sua organização;
de outro modo, o desenvolvimento das aptidões de alguém para receber
comunicação é tão importante como o desenvolvimento das aptidões de um
indivíduo para comunicar.
Síntese
90
Unidade 10 - Dinâmica de Grupo
DINÂMICA DE GRUPO
Kurt Lewin, em 1930, deu início a alguns estudos sobre esses problemas.
Depois dele, equipes de pesquisadores estudaram a psicologia dos grupos e
chamaram essa nova ciência de “dinâmica de grupo”. Junto com a pesquisa
científica surgiram várias técnicas que foram postas em prática com o intuito
de aumentar a eficácia do trabalho em equipe. O conjunto de técnicas
também é designado de dinâmica de grupo.
O que iremos falar neste capítulo não são receitas mágicas de como
conduzir uma dinâmica de grupo com sucesso, seria utópico crer que elas são
infalíveis e irão resolver de imediato todos os problemas. O nosso intuito é
transmitir a você o pensamento dessa dinâmica e facilitar uma iniciação a
algumas de suas técnicas. Vamos começar?
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Natureza do grupo
- Grupos de trabalho: este grupo preocupa-se com a tarefa que lhe foi
designada.
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Independente do tipo de grupo, algumas etapas devem ser seguidas. E
quais são as etapas que os grupos geralmente têm de passar para atingir
seus objetivos? Conforme algumas experiências realizadas nesse campo por
estudiosos, são quatro etapas: determinação dos objetivos e definição dos
termos, proposta dos elementos de solução (visa ampliar o conjunto de
sugestões que cada um tem a fazer, praticamente um brainstorming), crítica
das propostas e tomada de decisão.
O animador
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Repetir, fazer precisar, esclarecer o sentido das diversas intervenções,
4ª fazer um resumo e uma síntese delas, seguindo o ritmo dos
progressos da discussão.
Um detalhe que vale ser lembrado é que o animador não pode colocar a
opinião pessoal para o grupo, pois ele deve estar totalmente voltado para a
opinião dos participantes. A conversa paralela que foge ao tema é
redimensionada pelo animador.
Você deve estar se perguntando como a dinâmica de grupo lhe será útil
no seu trabalho?
Vamos imaginar que lhe entregassem uma folha para que a responda.
Após preenchido o restante da lista, via e-mail (para não haver o problema
da sua letra ser reconhecida), você imprimirá e colocará em uma urna.
Outra técnica que pode ser aplicada no seu trabalho é a sessão autocrítica.
Essa técnica é igualmente proveitosa aos participantes do grupo (porém um
pouco difícil fazer uma autocrítica verbalmente).
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A autocrítica objetiva assegura um melhor aprendizado do
trabalho/dinâmica em grupo, favorecendo uma tomada de consciência mais
aguda dos componentes individuais e coletivos. Por exemplo, você gosta que
as coisas sejam feitas da sua maneira e fica extremamente aborrecido (a)
quando fazem o contrário.
Caso você consiga assumir isso na frente de seus colegas, com certeza
seu relacionamento com essas pessoas se tornará mais agradável. No
momento em que você assume algo da sua personalidade, seja algo bom ou
ruim, as pessoas irão levar consigo o que foi falado e ponderarão quando
você tiver o comportamento que foi explicitado.
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*Pauta de debate
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Síntese
Enfim, existem inúmeras técnicas que podem ser utilizadas para alcançar um
→
objetivo comum, citamos nesta aula algumas delas e para isso o papel do
animar é relevante.
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Parabéns! Você chegou ao final do curso Gestão Estratégica com Foco na
Administração Pública.
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