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Gastroenterologia
Anatomia e Fisiologia
Anatomia e Fisiologia
Capítulo 1
Índice
Sistema digestório........................................................................................................................... 3
Boca .......................................................................................................................................... 4
Faringe ....................................................................................................................................... 4
Esôfago ..................................................................................................................................... 5
Estômago .................................................................................................................................. 6
Digestão .......................................................................................................................................... 16
Sistema digestório
O sistema digestório consiste numa longa via de passagem, conhecida como canal alimentar ou trato
digestivo e órgãos associados, incluindo o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. O trato digestivo começa
na boca e continua através do esôfago, estômago, intestinos até chegar ao reto. Ao longo do seu trajeto,
os alimentos são degradados e os nutrientes extraídos, enquanto excretas são eliminados.
O trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado
de canal alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato digestório incluem: boca, faringe,
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus (Figura 1A).
Os órgãos acessórios são os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas.
Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição.
Os outros órgãos digestórios acessórios não entram em contato direto com o alimento. Eles produzem ou
armazenam secreções que passam para o trato gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do
alimento.
Boca
A boca é uma cavidade que forma a primeira parte do aparelho digestivo, situada na face entre as duas
maxilas, limitada em cima pelo palato, embaixo pela língua, anteriormente pelos lábios, arcadas dentárias e
dentes, aos lados pelas faces, e atrás pelo véu palatino e faringe. O pH na boca é neutro, isto é, o pH é 7,0.
A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e onde o processo de digestão tem início. O alimento
é mastigado, lubrificado pela saliva e movido no interior da cavidade oral pela língua. Em cerca de um
minuto, o alimento se torna uma massa macia e úmida, denominada bolo. Cada bolo é engolido através
da faringe e segue pelo esôfago.
Na boca há presença de uma enzima chamada ptialina (também conhecida como amilase salivar). Esta
enzima está na saliva e, em pH neutro (pH 7,0), ela digere parcialmente o amido e converte-o em maltose
(um tipo de carboidrato - dissacarídeo.). Desta forma, é na boca, com a enzima ptialina, que começa a
digestão química dos polissacarídeos ingeridos.
A água umedece o alimento, o muco lubrifica-o e a amilase catalisa a hidrólise do amido que o transforma
em moléculas de açúcares mais simples (oligossacarídeos e monossacarídeos).
Faringe
Apresenta suas paredes muito espessas devido ao volume dos músculos que a revestem externamente.
Por dentro, a faringe é forrada pela mucosa faríngea, que facilita a rápida passagem do alimento.
O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da deglutição. A deglutição
é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago, sendo voluntária na passagem
da cavidade oral para a faringe e involuntária na passagem da faringe para o esôfago e deste para o
estômago.
A comunicação da faringe com a laringe está protegida por uma lâmina chamada epiglote, que atua
como uma válvula: durante a inspiração, o ar passa das fossas nasais para a laringe, fazendo com que a
epiglote se mova de forma a obstruir a entrada do esôfago, conduzindo o ar para o canal correto.
Na faringe ocorre o fenômeno da deglutição, em que a epiglote fecha a laringe (impedindo que alimentos
cheguem à traqueia). Em seguida o alimento desce para o esôfago (Figura 1B).
Alimento
Ar
Faringe
Faringe
Esôfago Esôfago
Epiglote Epiglote
(Aberta) (Fechada)
Laringe Laringe
Esôfago
O esôfago é um canal que conduz o alimento deglutido até o estômago. Trata-se de um conduto
musculoso de contrações involuntárias, controladas pelo sistema nervoso autônomo, que dá continuidade
ao trabalho da faringe, levando o alimento até o estômago.
A presença de alimento no interior do esôfago estimula a atividade peristáltica e faz com que o alimento
mova-se para o estômago. Estes movimentos peristálticos são repetidos em ondas que empurram o
alimento em direção ao estômago.
No esôfago existem dois esfíncteres, sendo um superior, localizado na entrada do esôfago e outro inferior,
localizado ao final do tubo esofágico, antes de iniciar o estômago. No momento da deglutição, o esfíncter
esofágico superior se abre, permitindo a entrada do alimento no esôfago, onde ondas de contrações
musculares (peristaltismo) impulsionam o alimento para baixo. Em seguida, o alimento passa através do
esfíncter esofágico inferior e então entra no estômago.
Esôfago
Estômago
O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo, abaixo do abdome, logo
abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que se liga ao esôfago através do orifício chamado
cárdia, passando pelo esfíncter esofágico inferior, e ao intestino delgado, através do orifício chamado
piloro. Esse orifício é formado por um anel muscular que se contrai quando o bolo alimentar chega até o
estômago. Dessa maneira, o alimento não passa para o intestino delgado, ficando retido no estômago até
que a sua função digestiva se complete.
Este órgão apresenta três funções básicas: (1) reservatório de alimento, função realizada pela parte
superior do estômago que relaxa sua musculatura e aumenta sua capacidade; (2) mistura dos alimentos
com o suco digestivo produzido por ele, função realizada pela parte inferior do estômago e (3) liberação
dos alimentos (esvaziamento gástrico), já parcialmente digeridos para o intestino delgado. A principal
função do estômago é a digestão de alimentos proteicos.
Vários fatores afetam o esvaziamento gástrico, como: o tipo de alimento, ação da musculatura do estômago
e a capacidade do intestino delgado de receber mais alimentos parcialmente digeridos.
Quando o bolo alimentar chega ao intestino delgado ele sofre a ação do suco digestivo produzido pelo
pâncreas, fígado e intestino e é impulsionado para frente para dar espaço a mais alimento vindo do
estômago.
O estômago consiste em três partes: o fundo, uma porção superior deslocada para a esquerda; o corpo, a
porção central; e a porção pilórica (antro), que é uma porção ligeiramente estreitada na região terminal,
antes da entrada no duodeno (Figura 1D).
Esôfago
Fundo
Antro
Corpo
Duodeno
A parede do estômago é composta por quatro túnicas (camadas): serosa (revestimento mais externo
chamado peritônio visceral); muscular (muito desenvolvida, formada por fibras musculares lisas);
submucosa (tecido conjuntivo, entre a mucosa e a muscular, que age para compensar as alterações sem
tamanho do tubo digestivo durante a passagem do alimento) e mucosa (camada mais interna do trato
digestivo, que secreta o suco gástrico e o muco).
Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovoide ou arredondado e quando está vazio, tem a
forma da letra “J” maiúscula. Apresenta movimentos peristálticos que auxiliam no processo digestivo.
O estômago produz o suco gástrico que é um líquido incolor, altamente ácido (baixo pH), que contém
ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre
0,9 e 2,0 e tem ação antisséptica, promovendo a morte ou a inibição de inúmeros micro-organismos que
inevitavelmente penetram no tubo digestório juntamente com o alimento. Também dissolve o cimento
intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.
A principal enzima gástrica é a pepsina. Essa enzima é lançada na cavidade gástrica como pepsinogênio
(enzima inativa), que, em presença de HCl (ácido hidroclorídrico), transforma-se na pepsina ativa. Esta converte
as proteínas em frações menores (peptídeos), que terão sua digestão completada no intestino delgado.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico,
bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa
estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre
sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três
dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em inflamação difusa
da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlcera gástrica).
O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco
gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa
acidificada e semilíquida, o quimo.
Para impedir o refluxo do quimo para o esôfago, o esfíncter esofágico inferior controla a abertura e
fechamento do orifício entre o esôfago e o estômago.
Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, antes de ter sido
devidamente digerido, o estômago é dotado de um esfíncter chamado piloro, que controla a passagem do
quimo para o intestino delgado, onde ocorrerá a maior parte da digestão.
Intestino delgado
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4 cm de diâmetro e pode ser
dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm) (Figura 1E).
Duodeno
Intestino delgado
Jejuno e íleo
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura, é a porção mais curta, mais larga e mais fixa do
intestino delgado. Compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este
esvazia seu conteúdo no intestino.
A digestão do quimo ocorre, predominantemente, no duodeno e nas primeiras porções do jejuno, graças
à ação conjunta da bílis (produzida pelo fígado), do suco pancreático (produzido no pâncreas) e do suco
entérico.
O suco entérico é uma solução rica em enzimas com pH aproximadamente neutro (pH próximo a 7,0),
produzido pela mucosa do intestino delgado. Neste suco há enzimas que dão sequência à hidrólise das
proteínas iniciada no estômago. Os oligopeptídeos sofrem ação das peptidases (enzimas), resultando em
aminoácidos.
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos, nas regiões do jejuno e do
íleo. A superfície interna ou mucosa dessas regiões apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores,
milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas vilosidades intestinais. As células das vilosidades
também possuem dobras, chamadas microvilosidades. Todas essas dobras aumentam enormemente a
superfície do intestino e, portanto, a sua capacidade de absorção dos nutrientes. O intestino delgado
também absorve água ingerida, os íons e as vitaminas.
Cada vilosidade possui capilares sanguíneos, onde os nutrientes absorvidos por eles passam para o fígado
para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão de gorduras (principalmente glicerol
e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes.
Intestino grosso
O intestino grosso é o local de absorção de água, tanto ingerida quando a das secreções digestivas. Uma
pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 a 9 litros de água das secreções. Glândulas
da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação.
O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 7 cm de diâmetro. Divide-se em ceco, cólon
ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide e reto. A saída do reto chama-se ânus e
é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal (Figura 1F).
O ceco, ou primeira porção do intestino grosso, é uma bolsa alongada situada na porção inferior direita
do abdome. Ligado à sua base está um tubo delgado, chamado apêndice, que possui uma cavidade que
se comunica com o ceco.
O cólon ascendente estende-se para cima, a partir do ceco junto à parede abdominal posterior direita
até a superfície inferior do fígado e anteriormente ao rim direito. O cólon transverso sobrepõe-se às
circunvoluções do intestino delgado e cruza a cavidade abdominal da direita para a esquerda, abaixo do
estômago.
O cólon descendente começa perto do baço, caminhando para baixo, do lado esquerdo do abdome, em
direção à crista ilíaca, tornando-se o cólon sigmoide ou cólon pélvico.
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os
restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra
bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com
porcentagem significativa da massa fecal. Como retém água, sua presença torna as fezes macias e fáceis
de serem eliminadas.
O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água
em quantidades consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se
condensa até formar detritos inúteis, que serão evacuados.
Assim, as funções básicas do intestino grosso são: absorção de água, formação e eliminação das fezes.
Glândulas anexas
O pâncreas, o fígado e a vesícula biliar, derivados da porção do tubo digestivo que forma o intestino
delgado e as glândulas salivares, derivados da porção cranial do intestino anterior, estão intimamente
associados à fisiologia da digestão. As glândulas salivares secretam enzimas digestivas na boca, que
iniciam a digestão dos glicídeos. O pâncreas secreta enzimas digestivas que agem nos três principais
componentes de ingestão – glicídios, lipídeos e proteínas. A bile, secretada pelo fígado, é essencial para a
absorção normal de lipídeos digeridos. A vesícula biliar concentra e armazena a bile. O duodeno recebe o
suco pancreático via ducto pancreático e a bile via ducto colédoco.
Glândulas salivares
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas salivares a
secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A
amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas
de maltose (dissacarídeo). Três tipos de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal.
Fígado
É a maior glândula do organismo e está localizado no quadrante superior direito da cavidade abdominal.
Ele produz em torno de 700 ml por dia de bile e a deixa armazenada na vesícula biliar. Não contém enzimas,
mas apresenta sais biliares que têm ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras, o que
facilita a ação das lípases pancreáticas. A bile também é muito importante para a absorção das vitaminas
D e K, que são lipossolúveis.
Vitamina D Vitamina K
Funções: absorção, mobilização e reabsorção de cálcio e fosfato. Funções: processo de coagulação sanguinea.
Fontes: óleo de fígado de peixe, manteiga, fígado, gema de Fontes: vegetais de folhas verdes, fígado, leite, nabo, iogurte,
ovo, leite e luz solar. gema de ovo.
Deficiência: raquitismo e osteomalácia (amolecimento dos Deficiência: doenças gastrointestinais, como por exemplo,
ossos em crianças e adultos). a síndrome de malabsorção. Um dos sinais mais evidentes de
Excesso: calcificação óssea excessiva, cálculos renais, calcificação defiência é a tendência ao aumento de hemorragias.
metastática de partes moles (rins e pulmões), hipercalcemia, Excesso: anemia hemolítica em crianças.
cefaleia, fraqueza, vômitos, náusea, constipação, poliúria
(aumento da excreção de urina), polidipsia (sede excessiva).
O fígado apresenta as seguintes funções: (1) secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento de
gorduras ingeridas; (2) remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar
glicogênio, que é armazenado; em momentos de necessidades, o glicogênio é reconvertido em glicose,
que são relançadas na circulação; (3) armazenar ferro e certas vitaminas em suas células; (4) metabolizar
lipídeos; (5) sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e
de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras; (6) degradar álcool e outras substâncias tóxicas,
auxiliando na desintoxicação do organismo; (8) destruir hemácias velhas e anormais, transformando sua
hemoglobina em bilirrubina (pigmento castanho-esverdeado presente na bile).
Pâncreas
O pâncreas exócrino produz em torno de 1,5 litros por dia de suco pancreático, que contém água, enzimas
e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da
maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucleicos.
Secreção gástrica
Além das células secretoras de muco que revestem toda a superfície do estômago, a mucosa gástrica possui
dois tipos importantes de glândulas tubulares: as glândulas oxínticas ou gástricas e as glândulas
pilóricas.
As glândulas oxínticas secretam ácido clorídrico (HCl), pepsinogênio, fator intrínseco (elementos
nutritivos essenciais a vida) e muco.
As glândulas pilóricas secretam principalmente muco para a proteção da mucosa pilórica, bem como
algum pepsinogênio e, sobretudo, o hormônio gastrina.
As células parietais (ou oxínticas) que secretam ácido clorídrico e fator intrínseco.
1. Histamina: células parietais são estimuladas pela histamina que atua sobre os receptores H2.
O cloro (Cl–) é ativamente transportado para o interior dos canalículos existentes nas células, que se
comunicam com a luz das glândulas gástricas e, portanto, com a luz do estômago. A secreção de Cl– é
acompanhada de potássio (K+) e este é trocado pelo hidrogênio (H+) proveniente do interior da célula,
através de uma K+/H+ ATPase (bomba de prótons). O ácido carbônico presente dentro da célula se dissocia
em H+ e bicarbonato e este é trocado por Cl– através da membrana basal.
Desta forma, a secreção das células parietais consiste numa solução isotônica de HCl, com pH inferior a 1,
sendo a concentração de H+ um milhão de vezes maior que a do plasma (Figura 1 G).
Digestão
Os alimentos, como são ingeridos, não estão no formato que o corpo pode aproveitá-los. Devem ser
transformados em pequenas moléculas de nutrientes para serem absorvidas e distribuídas pelo organismo.
Esse processo chama-se digestão.
Processos químicos: envolvem a participação das enzimas digestórias, que fazem a quebra, geralmente
por hidrólise (uma reação química que se utiliza de água para quebrar um produto em partes menores).
A quebra por enzimas permite, por exemplo, que proteínas sejam quebradas em peptídeos e depois, que
os peptídeos sejam quebrados em aminoácidos. Desta forma, o aminoácido pode ser absorvido para a
corrente sanguínea, ao passo que uma proteína inteira é muito grande para a absorção.
Movimentos peristálticos são movimentos involuntários que empurram o alimento (bolo alimentar) ao
longo do canal alimentar, para que ocorra sua digestão. Esse movimento é impulsionado pela musculatura
lisa e coordenado pelo sistema nervoso autônomo, por todo o canal alimentar, iniciando no esôfago e
terminando no reto (Figura 1I).
Movimentos
peristálticos
Capítulo 2
Índice
Tratamento.......................................................................................................................................6
Introdução ...................................................................................................................................8
Farmacodinâmica ........................................................................................................................8
Farmacocinética ..........................................................................................................................9
Indicações ...................................................................................................................................11
Contraindicações.........................................................................................................................11
Apresentações .............................................................................................................................15
Concorrentes ....................................................................................................................................17
Argumentos de promoção................................................................................................................21
A bactéria Helicobacter pylori foi descoberta em 1982 pelos australianos Barry J. Marshall e J. Robin
Warren. Até então, o estresse e o estilo de vida eram considerados as principais causas de úlcera. Esse fato
desencadeou profundas alterações em muitos princípios básicos da Gastroenterologia.
Hoje, estima-se que 90% das úlceras duodenais e 80% das gástricas são causadas pela bactéria.
A relação entre a infecção promovida pelo micro-organismo e as subsequentes gastrite e úlcera foi
estabelecida por meio de diversos estudos após a descoberta de Warren e Marshall. A infecção ocorre em
geral na infância e a bactéria pode permanecer no estômago do hospedeiro por toda a vida.
O H. pylori é uma bactéria Gram negativa de forma espiralada, com distribuição universal, sendo
considerada a causa de infecção crônica mais frequente em humanos. Estima-se que cerca de 60% da
população global estejam acometidos por esse micro-organismo.
A infecção pelo H. pylori provoca grande desconforto em milhares de pessoas e leva à morte pelo menos
1 milhão de indivíduos anualmente, dado sua abrangência. Esses fatos tornam a infecção por H. pylori um
importante problema de saúde pública.
A infecção pelo H. pylori é considerada a principal causa de Gastrite Crônica ativa. Adicionalmente,
estudos sugerem que esse agente desempenha importante papel na gênese da Úlcera Péptica. Após
a constatação de que a eliminação do H. pylori acarreta a cicatrização da doença ulcerativa péptica,
estabeleceu-se (em 1987) que todos os pacientes com doença ulcerativa péptica relacionada ao H. pylori
deveriam receber tratamento específico para o agente. Atualmente, esse é o único consenso a que se
chegou quanto ao tratamento da infecção pelo H. pylori.
Várias evidências apontam para possível papel do H. pylori na patogênese do adenocarcinoma gástrico. Em
1994, a bactéria foi classificada como carcinógeno do tipo 1 para câncer de estômago pelo International
Agency for Research on Cancer (órgão subordinado à Organização Mundial de Saúde).
A infecção pelo H. pylori está associada a um risco duas vezes maior para o desenvolvimento de
adenocarcinoma gástrico. Acredita-se que mais de um terço dos carcinomas gástricos seja atribuído à
infecção pelo H. pylori.
A infecção por H. pylori é um fator de risco bem determinado para o câncer gástrico, tanto precoce
quanto avançado. Atualmente está bem estabelecido que a eliminação do H. pylori promove
remissão da gastrite ativa e reduz, drasticamente, a incidência ou a recorrência da doença
ulcerosa.
Também aceita-se que a infecção por H. pylori contribui para a progressão da mucosa gástrica normal
ao câncer gástrico. No homem, a gastrite crônica ativa reverte ao normal após a eliminação do micro-
organismo.
As evidências crescentes do papel da eliminação do H. pylori na evolução das lesões gástricas para o
desenvolvimento do câncer gástrico, foram demonstradas em um recente estudo publicado na conceituada
revista The Lancet (Effect of eradication of Helicobacter pylori on incidence of metachronous gastric
carcinoma after endoscopic resection of early gastric cancer: an open-label, randomised controlled trial
Fukase K, Kato M, Kikuchi S, Inoue K, Uemura N, Okamoto S, et al.; Japan Gast Study Group. Lancet.
2008;372(9636):392-7.).
A conclusão desse estudo mostra que em uma população onde a maioria dos pacientes era portadora de
metaplasia intestinal ou atrofia gástrica moderada ou intensa, o risco de desenvolvimento de um câncer
gástrico subsequente teve redução de 4 a cada cem indivíduos por ano para 1,4 a cada cem indivíduos
por ano no grupo submetido à eliminação do H. pylori; os autores afirmam que a eliminação profilática
do H. pylori após a ressecção endoscópica por câncer gástrico precoce deve ser empregada para prevenir
o desenvolvimento de carcinoma gástrico metacrônico.
Outras afecções associadas à infecção pelo H. pylori são linfoma de tecido linfoide associado à mucosa
gástrica, dispepsia não-ulcerativa, doenças coronarianas e cardiovasculares, urticária idiopática crônica,
doenças autoimunes (púrpura de Henoch-Shönlein, trombocitopenia autoimune, síndrome de Sjögren) e
enxaqueca.
Admite-se que a infecção pelo H. pylori seja adquirida principalmente na infância e, a menos que tratada,
pode permanecer por décadas e provavelmente por toda a vida do indivíduo. Esses dados são de altíssima
relevância, pois estudos demonstram que o tempo de duração da infecção está diretamente relacionado
ao desenvolvimento de patologias associadas, particularmente a doença ulcerativa péptica e o carcinoma
gástrico.
A forma de transmissão do H. pylori ainda não foi comprovada. Mas estudos sugerem que as vias de
infecção mais aceitas atualmente incluem a fecal-oral e a oral-oral.
Gastrite crônica
O Helicobacter pylori vive muito bem no ambiente ácido do estômago. No entanto, ele leva à destruição
da barreira protetora que reveste a mucosa do estômago, permitindo que o ácido gástrico agrida a própria
mucosa gástrica, o que leva à inflamação da mesma, caracterizando a gastrite.
Na gastrite crônica, situação em que diminuem muito as células da mucosa do estômago, existe considerável
redução na produção do ácido gástrico, que é importante para a “esterilização” do que ingerimos e para a
digestão dos alimentos. Esta gastrite deve ser vista com atenção pelo médico e paciente, já que a evolução
desta forma de gastrite para a atrofia gástrica, está relacionada com o aumento da incidência de câncer
de estômago. Por vezes, a bile que o fígado descarrega na porção inicial do intestino delgado (chamado
de duodeno), reflui para o estômago, causando inflamação crônica.
Úlcera péptica
A infecção gástrica pela H. pylori é hoje responsável por mais de 95% dos casos de úlcera duodenal e por
80% dos portadores de úlcera gástrica.
A confirmação diagnóstica é feita através da endoscopia digestiva, que além de ser bastante sensível,
permite a realização de biópsia.
Tratamento
Sendo a maioria das úlceras secundárias à infecção pelo H. pylori, a abordagem terapêutica nesta
eventualidade consiste, fundamentalmente, na eliminação do micro-organismo. Ao se promover a
eliminação do micro-organismo, rapidamente se obtém a melhora da sintomatologia dolorosa, a
cicatrização da cratera ulcerosa, a prevenção das recidivas e das complicações.
1. IBP + amoxicilina 1,0 g + claritromicina 500 mg, duas vezes ao dia, durante sete dias;
– Este regime constitui um dos regimes mais empregados de todo o mundo, com índices de
eliminação próximos a 90%. É bem tolerado, com poucos efeitos adversos.
2. IBP uma vez ao dia + claritromicina 500 mg duas vezes ao dia + furazolidona 200 mg duas vezes
ao dia, durante sete dias;
3. IBP uma vez ao dia + furazolidona 200 mg três vezes ao dia + tetraciclina 500 mg quatro vezes ao
dia, durante sete dias.
O controle de cura da infecção deve ser realizado no mínimo um mês após o final do tratamento
(preferencialmente dois a três meses).
Em geral, o primeiro regime anti-H. pylori é o que oferece a maior possibilidade de erradicar a infecção. Porém, a
falência desses esquemas ocorre em 15% a 20% dos casos, determinando a necessidade de um retratamento.
Malfertheiner P, Megraud F, O’Morain C, Hungin AP, Jones R, Axon A, et al. Current concepts in the management of Helicobacter
pylori infection: the Maastricht III Consensus Report. Gut 2007;56:772-81.
Dentre os fatores que contribuem para o insucesso da terapêutica anti-H. pylori, estão aqueles relacionados a:
Lansoprazol Lansoprazol é caracterizado como inibidor da bomba de ácido, ou bomba de prótons, do estômago, que bloqueia o passo
final da secreção ácida. O Lansoprazol é um derivado do benzimidazol, de segunda geração, que se diferencia de seu
Introdução
antecessor, o omeprazol, por apresentar em sua estrutura química básica um grupo trifluoretoxi, razão pela qual alcança
maior biodisponibilidade (30% a mais) e maior potência farmacológica. Pela sua maior lipossolubilidade o Lansoprazol
atravessa mais facilmente a membrana da célula parietal gástrica, onde se transforma nos metabólitos ativos, dissulfureto
e sulfenamida. Estes, ao se unirem aos grupos sulfidrílicos (SH) da bomba de prótons H+/K+ ATPase, inibem a secreção
acidopéptica. Estudos mostram que o Lansoprazol exerce efeito bactericida sobre o Helicobacter pylori. O efeito inibidor
sobre o H. pylori se alcança com concentrações inibidoras mínimas (CIM 90) muito baixas (6,25 mg/ml), comparadas com
outros fármacos (subcitrato de bismuto, ranitidina ou omeprazol).
Pyloripac e Pyloripac IBP
Claritromicina A claritromicina é um antibiótico semissintético da classe dos macrolídeos. Exerce sua função antibacteriana através da
sua ligação às subunidades ribossômicas 50S (no DNA) dos agentes patogênicos sensíveis, suprimindo-lhes a síntese
proteica. A claritromicina tem elevada atividade contra uma grande variedade de micro-organismos Gram-positivos e
Gram-negativos aeróbios e anaeróbios. É indicada, em associação com inibidores da secreção ácida, para a eliminação do H.
pylori, resultando em diminuição da recidiva de úlceras pépticas (gástricas ou duodenais). Está demonstrado que 90 a 100%
dos pacientes com úlcera péptica estão infectados por esse patógeno e que sua eliminação reduz o índice de recorrência
destas úlceras, diminuindo assim a necessidade de terapêutica antissecretora de manutenção.
Lansoprazol O efeito de lansoprazol é dose-dependente e leva à inibição da secreção ácida gástrica, tanto basal quanto estimulada, independentemente do estímulo. A inibição da
secreção ácida gástrica persiste por até 36 horas após uma dose única. Assim, a meia-vida de eliminação plasmática de lansoprazol não reflete a duração da sua supressão
da secreção ácida gástrica. As cápsulas de lansoprazol contêm grânulos com cobertura entérica (lansoprazol é instável em meio ácido), de forma que a liberação e a
absorção do fármaco inicia somente no duodeno (intestino delgado). A absorção é rápida, com atingimento de pico médio plasmático entre 1,5 e 2,2 horas, em jejum. A
alimentação reduz o pico de concentração e a absorção em aproximadamente 50%. A média de vida plasmática é de 1,19 a 1,6 horas. A farmacocinética do lansoprazol
não se altera com doses múltiplas e não ocorre acúmulo. A eliminação ocorre principalmente por metabolização e excreção biliar; a eliminação urinária é de somente 15%
da dose administrada, com menos de 1% da forma inalterada do fármaco administrado. A depuração de lansoprazol tem certa diminuição no idoso, com AUC (exposição
sistêmica) e meia-vida aumentando até aproximadamente duas vezes os valores de adultos jovens normais. A meia-vida média em idosos é, entretanto, de 2,9; assim, com
doses múltiplas, não há acúmulo de lansoprazol.
Claritromicina A claritromicina é bem absorvida no trato gastrintestinal, sendo estável em suco gástrico. A ingestão de alimentos antes da tomada do comprimido pode retardar o início
Capítulo 2 – Pyloripac e Pyloripac IBP
da absorção, mas não afeta a sua biodisponibilidade. Distribui-se largamente nos tecidos e fluidos biológicos, atinge altas concentrações na mucosa nasal, amígdalas
e pulmões. A concentração da claritromicina é mais elevada nos tecidos em comparação à concentração encontrada no plasma. Não há dados disponíveis sobre a
penetração da claritromicina e seu metabólito ativo (14-hidroxiclaritromicina) no fluido cérebro-espinhal. A claritromicina e o seu metabólito ativo são excretados no
leite materno. A porcentagem de ligação às proteínas é de 65% a 75%. É metabolizada pelo fígado, e um de seus metabólitos, a 14-hidroxiclaritromicina, apresenta
atividade antimicrobiana in vitro comparável à ação da claritromicina. A meia-vida da claritromicina em pacientes com função renal normal, com doses de 500 mg a cada
12 horas é de 5 a 7 horas e de seu metabólito ativo é de aproximadamente 7 horas. Em pacientes com função renal comprometida, a meia-vida da claritromicina é de
aproximadamente 22 horas e para seu metabólito ativo, aproximadamente 47 horas. O tempo para atingir a concentração máxima (Tmáx) é cerca de 2 a 3 horas. Após a
administração do comprimido de 500 mg, 2 vezes ao dia, aproximadamente 30% da dose é excretada pela urina na forma inalterada de claritromicina, e 15% da dose
Amoxicilina A amoxicilina é estável em presença do ácido clorídrico do suco gástrico, podendo ser administrada com as refeições. A amoxicilina é bem absorvida tanto pela via
entérica como pela parenteral. Seu nível plasmático máximo ocorre uma hora após a administração oral. Sendo mais rápida e amplamente absorvida que a ampicilina
quando administrada por via oral, proporcionando picos de concentrações plasmáticas pelo menos 2 vezes mais elevados que aqueles observados por dose similar da
ampicilina. Cerca de 20% da dose administrada liga-se às proteínas plasmáticas. O tempo de meia-vida plasmática é de aproximadamente 1 a 1,5 horas, podendo
se prolongar em neonatos e idosos. Em pacientes com função renal comprometida, a meia-vida pode atingir 7 a 20 horas. A amoxicilina é amplamente distribuída
em vários tecidos e fluidos do corpo, exceto no cérebro e seus fluidos, porém, quando as meninges estão inflamadas, pequena quantidade de amoxicilina difunde-se
no fluido cérebro-espinhal. Atravessa a placenta e pequenas quantidades são distribuídas para o leite materno. A amoxicilina é metabolizada em extensão limitada a
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ácido peniciloico, o qual é excretado na urina.
Mecanismo de ação
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Substâncias
Claritromicina A claritromicina exerce sua função antibacteriana através da sua ligação às subunidades ribossômicas 50S (no DNA) dos agentes patogênicos sensíveis, suprimindo-lhes
a síntese proteica.
Pyloripac e Os componentes de Pyloripac em todas as suas apresentações estão indicados para o tratamento dos pacientes com infecção por H. pylori e úlcera péptica (gástrica
Pyloripac IBP ou duodenal). Já foi demonstrado que a grande maioria dos pacientes com úlcera péptica está infectada por esse patógeno e que a sua eliminação reduz o índice de
recorrência dessas úlceras, diminuindo assim a necessidade de terapêutica antissecretora de manutenção.
O uso inicial e isolado de lansoprazol no Pyloripac IBP tem o objetivo de aliviar os sintomas de desconforto gastrointestinal, antes mesmo de se iniciar o tratamento
específico para a eliminação do H. pylori, proporcionando maior conforto e preparando melhor o restante do tratamento. Muitas vezes, o lansoprazol pode ser utilizado
após este tratamento específico, como forma complementar de tratamento da úlcera. O lansoprazol pode também ser utilizado após o esquema de eliminação do
H. pylori, como forma de complementação do tratamento.
Capítulo 2 – Pyloripac e Pyloripac IBP
Substâncias Contraindicações
Claritromicina Pacientes com hiperssensibilidade à claritromicina, à eritromicina e a outros antibióticos macrolídeos. É ainda contraindicada em pacientes com distúrbios eletrolíticos,
com problemas cardíacos e em pacientes que recebem terapia com terfenadina.
Amoxicilina É contraindicada a pacientes com história de reações alérgicas e hiperssensibilidade às penicilinas, nos casos de infecções por Staphylococcus penicilino-resistentes e
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Reações adversas
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Substâncias
Lansoprazol Os eventos adversos mais frequentemente relatados em estudos a curto prazo (até 8 semanas de duração) e considerados possíveis ou prováveis de estarem
relacionados com o uso de lansoprazol foram: diarreia, cefaleia, tontura, náusea e constipação.
Estudos clínicos de fase II e III que abrangeram mais de 6.100 pacientes com lansoprazol utilizando várias dosagens e tempos variáveis demonstraram que a
substância é bem tolerada nos tratamentos a curto e a longo prazo. As seguintes reações adversas foram relatadas como possíveis ou prováveis com o medicamento
em cifras superiores a 1%: náusea, epigastralgia, diarreia e cefaleia.
As reações adversas mais frequentemente relatadas foram algumas perturbações gastrintestinais, como náusea, dispepsia (indigestão ou indisposição estomacal), dor
Claritromicina abdominal, vômito e diarreia. Outras reações adversas foram: cefaleia, paladar alterado e elevação transitória de enzimas hepáticas. Como ocorre com outros macrolídeos,
foram observadas outras reações: disfunção hepática, incluindo aumento de enzimas hepáticas; hepatite colestática e/ou hepatocelular, com ou sem icterícia.
Como ocorre com outras drogas da mesma classe, espera-se que as reações desagradáveis estejam essencialmente limitadas a fenômenos de hiperssensibilidade, tais
como: rash eritematoso e urticária, que podem ser controlados com anti-histamínicos e, se necessário, corticosteroides sistêmicos. Estes fenômenos são mais prováveis
Amoxicilina de ocorrer em indivíduos que já tenham demonstrado hiperssensibilidade às penicilinas e naqueles que tenham histórico de alergia, asma, febre do feno ou urticária.
Sempre que tais reações ocorrerem, a amoxicilina deve ser descontinuada, a não ser que o médico seja contrário à interrupção do tratamento.
Outros fenômenos relacionados ao uso de penicilinas, assim como de amoxicilina, são:
Gastrointestinais: náusea, vômito e diarreia.
Lansoprazol A administração concomitante de lansoprazol e sucralfato retarda a absorção de lansoprazol e reduz sua biodisponibilidade em aproximadamente 30%. Portanto,
lansoprazol deve ser administrado pelo menos 30 minutos antes do sucralfato. Como lansoprazol causa inibição profunda e duradoura da secreção ácida gástrica,
ele pode interferir na absorção de fármacos em que o pH gástrico seja um importante determinante da biodisponibilidade (por exemplo: cetoconazol, ésteres da
ampicilina, sais de ferro, digoxina).
Claritromicina O uso da claritromicina pode elevar os níveis séricos de medicações que também são metabolizadas pelo sistema do citocromo P450, por exemplo: varfarina,
alcaloides do ergot, triazolam, midazolam e ciclosporina. Podem ocorrer elevações nas concentrações séricas de digoxina em pacientes que receberam os dois
produtos concomitantemente. Foi descrito que os macrolídeos também podem alterar o metabolismo da cisaprida, primozida, terfenadina e do astemizol, resultando
em aumento dos níveis séricos destes, o que ocasionalmente pode estar associado com arritmias. A claritromicina aparentemente interfere com a absorção da
Capítulo 2 – Pyloripac e Pyloripac IBP
zidovudina, quando essas medicações são administradas simultaneamente. Esta interação pode ser evitada, intercalando-se as doses de ambas as medicações com
no mínimo quatro (4) horas de diferença.
Amoxicilina A probenecida inibe a excreção renal da amoxicilina. O uso concomitante desses dois produtos pode resultar em um aumento do nível de amoxicilina no
sangue. A amoxicilina não deve ser administrada junto com certos antibacterianos bacteriostáticos (tetraciclinas, eritromicina, sulfonamidas e cloranfenicol),
já que pode ocorrer um efeito antagônico. A administração de alopurinol durante o tratamento com amoxicilina pode aumentar a probabilidade de ocorrência
de reações alérgicas da pele. A absorção da digoxina, quando usada simultaneamente, pode ser aumentada durante o tratamento com amoxicilina.
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Manual de Treinamento – Gastroenterologia
Para Pyloripac IBP 14 ou 28, o tratamento com as cápsulas de lansoprazol, ingerindo 1 cápsula de
lansoprazol 30 mg, uma vez ao dia, administrada durante 1 a 2 semanas, pode acontecer previamente ao
tratamento tríplice ou posteriormente a ele. O tratamento tríplice (lansoprazol, claritromicina e amoxicilina)
é feito da mesma forma como é feito no Pyloripac. O Pyloripac IBP é indicado para a eliminação da
bactéria H.pylori e para a cicatrização de úlceras
Pyloripac e Pyloripac IBP são produtos de preço final mais acessíveis que os produtos adquiridos
separadamente, de fácil manuseio, com grande adesão ao tratamento por parte dos pacientes e com
qualidade Medley.
Apresentações
Pyloripac
Embalagens com 7 cartelas do esquema tríplice, contendo:
Estudos clínicos
É importante que conheçamos o recente consenso para o tratamento do H. pylori, o II Consenso Brasileiro
para o Tratamento do H. pylori promovido pela Federação Brasileira de Gastroenterologia e pelo Núcleo
Brasileiro para Pesquisa do Helicobacter.
Ele estabelece condutas relativas à infecção pelo H. pylori e foram divulgadas em todo o Brasil, inclusive
com um importante apoio da Medley.
Esse consenso é um instrumento a ser utilizado pelas entidades organizadoras do Consenso para alertar e
solicitar providências aos órgãos públicos responsáveis pela saúde da população, das implicações, a curto
e longo prazo, das consequências da infecção pelo H. pylori.
Esse consenso teve ao seu término mais de 70% de concordância entre os especialistas participantes.
IBP (Pyloripac) + amoxicilina 1,0 g + claritromicina 500 mg, duas vezes ao dia, durante sete dias;
IBP uma vez ao dia + claritromicina 500 mg duas vezes ao dia + furazolidona 200 mg duas vezes
ao dia, durante sete dias;
IBP uma vez ao dia + furazolidona 200 mg três vezes ao dia + tetraciclina 500 mg quatro vezes ao
dia, durante sete dias.
O controle da eliminação deverá ser verificado e constatada uma melhora superior ou igual aos seguintes
índices, oito semanas, no mínimo, após o final da medicação.
Linfoma MALT (neoplasia do tecido linfoide associado a mucosa) de baixo grau (96%).
Recomenda-se usar como meio diagnóstico o teste respiratório, quando não houver indicação para
endoscopia.
Apresentações Cartelas com 2 cáps. de omeprazol 20 mg, 2 Cartela c/ 7 ou 10 cartelas, cada uma com Cx c/ 7 cartelas do esquema tríplice.
compr. de claritromicina 500 mg e 4 cáps. de 2 cáps. de omeprazol 20 mg, 2 compr. de Em cada cartela do esquema tríplice há 2
amoxicilina 500 mg, sendo: claritromicina 500 mg e 4 cáps. de amoxicilina cápsulas de lansoprazol 30 mg, 2 compr.
Capítulo 2 – Pyloripac e Pyloripac IBP
Mecanismo de ação Omeprazol inibe a bomba de prótons, Omeprazol inibe a bomba de prótons, Lansoprazol inibe a bomba de prótons,
bloqueando o passo final da secreção ácida. bloqueando o passo final da secreção ácida. bloqueando o passo final da secreção ácida.
Claritromicina, com ação antibacteriana, age Claritromicina, com ação antibacteriana, age Claritromicina, com ação antibacteriana, age
eliminando a bactéria H. pylori e diminui a eliminando a bactéria H. pylori e diminui a eliminando a bactéria H. pylori e diminui a
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Produtos Omepramix Erradic Helicopac
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Laboratórios Aché Libbs Sigma Pharma
Efeitos colaterais Diarreia, cefaleia, alteração do paladar, fezes Diarreia, cefaleia, alteração do paladar, fezes Diarreia, cefaleia, tontura, náusea, constipação,
escuras, boca seca, glossite, náusea, vômitos, escuras, boca seca, glossite, náusea, vômitos, indisposição estomacal, dor abdominal,
dores musculares, erupções cutâneas. dores musculares, erupções cutâneas. urticária, anemia entre outros efeitos podem
ocorrer.
Vantagens Lansoprazol de Pyloripac é mais eficaz Lansoprazol de Pyloripac é mais eficaz Menor preço praticado;
dos produtos que o omeprazol na eliminação do H. pylori, que o omeprazol na eliminação do H. pylori, A apresentação da amoxicilina do Pyloripac é
Medley sobre os proporcionando ao médico e ao paciente maior proporcionando ao médico e ao paciente maior mais fácil de ser ingerida que a do Helicopac,
concorrentes segurança. segurança.
Concorrentes (continuação)
Apresentações Caixa com 7 cartelas contendo 2 cápsulas de Caixa com 7 cartelas contendo 2 cápsulas de Caixa com 7 cartelas contendo 2 cápsulas de
lansoprazol (30 mg), 2 compr. de claritromicina lansoprazol (30 mg), 2 compr. de claritromicina lansoprazol (30 mg), 2 compr. de claritromicina
(500 mg) e 4 cápsulas de amoxicilina (500 mg) (500 mg) e 4 cápsulas de amoxicilina (500 mg) (500 mg) e 4 cápsulas de amoxicilina (500 mg)
Capítulo 2 – Pyloripac e Pyloripac IBP
H. Bacter IBP: 28 cápsulas extras de lansoprazol. Pyloritrat IBP: 28 cápsulas extras de lansoprazol.
Mecanismo de ação Lansoprazol inibe a bomba de prótons, Lansoprazol inibe a bomba de prótons, Lansoprazol inibe a bomba de prótons,
bloqueando o passo final da secreção ácida. bloqueando o passo final da secreção ácida. bloqueando o passo final da secreção ácida.
Claritromicina, com ação antibacteriana, age Claritromicina, com ação antibacteriana, age Claritromicina, com ação antibacteriana, age
eliminando a bactéria H. pylori e diminui a eliminando a bactéria H. pylori e diminui a eliminando a bactéria H. pylori e diminui a
recidiva de úlceras duodenais. Amoxicilina tem recidiva de úlceras duodenais. Amoxicilina tem recidiva de úlceras duodenais. Amoxicilina tem
ação bactericida e age contra H. pylori. ação bactericida e age contra H. pylori. ação bactericida e age contra H. pylori.
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H. Bacter
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Produtos Pyloritrat Pylorikit
Laboratórios Cifarma Teuto Neo Química
Efeitos colaterais Diarreia, cefaleia, tontura, náusea, constipação, Diarreia, cefaleia, tontura, náusea, constipação, Diarreia, cefaleia, tontura, náusea, constipação,
indisposição estomacal, dor abdominal, urticária, indisposição estomacal, dor abdominal, urticária, indisposição estomacal, dor abdominal, urticária,
anemia entre outros efeitos podem ocorrer. anemia entre outros efeitos podem ocorrer. anemia entre outros efeitos podem ocorrer.
Vantagens Menor preço praticado. A Medley apresenta forte relacionamento com a Padrão Medley de qualidade.
dos produtos Maior divulgação da marca Pyloripac Medley classe médica;
Medley sobre os junto à classe médica. Menor preço praticado.
concorrentes Padrão Medley de qualidade.
Concorrentes (continuação)
Argumentos de promoção
Pyloripac possui o lansoprazol como IBP, em vez do omeprazol. Isso confere ao produto maior ação
bactericida sobre o H. pylori, visto que o lansoprazol em estudo mostrou ter 4 vezes maior ação
bactericida que o omeprazol.
Pyloripac possui preço competitivo frente ao Omepramix. Sobre Erradic, Pyloripac possui menor
custo de tratamento.
Pyloripac x Helicopac
Pyloripac possui menor custo de tratamento. A amoxicilina de Pyloripac é mais fácil de ser ingerida
que a do Helicopac.
Pyloripac x H. Bacter
Pyloripac x Pyloritrat
Pyloripac x Pylorikit
Pyloripac possui menor custo de tratamento, além de possuir as opções das apresentações IBP com
14 e 28 dias.
Bula Pyloripac
Formas farmacêuticas
Blisters com 2 cápsulas com microgrânulos de liberação retardada de lansoprazol 30 mg, 2 comprimidos
revestidos de claritromicina 500 mg e 4 cápsulas de amoxicilina 500 mg - Embalagens com 7 ou 10 blisters.
Composições
Lansoprazol ..................................................................................................................................... 30 mg
Excipientes q.s.p...........................................................................................................................1cápsula
(amido, carbonato de magnésio, polimetacrílicocopoliacrilato de etila, dióxido de silício, dióxido de titânio,
hidróxido de sódio, hiprolose, hipromelose, polissorbato 80, macrogol, povidona, sacarose, talco).
Claritromicina................................................................................................................................ 500 mg
Excipientes q.s.p ................................................................................................................. 1 comprimido
(amido, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, povidona, dióxido de silício, estearato de
magnésio, dióxido de titânio, aroma de baunilha, hipromelose, macrogol).
Amoxicilina triidratada...................................................................................................................500 mg
Excipientes q.s.p.................................................................. ........................................................1 cápsula
(celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio, laurilsulfato de
sódio)
As cápsulas de amoxicilina contêm os seguintes corantes: azul brilhante, vermelho fucsina, dióxido de
titânio, amarelo crepúsculo e amarelo quinoleína.
Informações ao paciente
Pyloripac constitui-se em uma associação de três medicamentos utilizados para o tratamento de úlceras
localizadas no estômago ou duodeno (porção do aparelho digestivo localizada logo após o estômago),
associadas à presença da bactéria Helicobacter pylori.
Este medicamento foi indicado para a eliminação da bactéria H. pylori, para redução dos riscos de
reaparecimento de úlcera péptica (gástrica ou duodenal).
A exemplo do que ocorre com outros antibióticos de amplo espectro, a amoxicilina pode reduzir a eficácia
dos anticoncepcionais orais. Recomenda-se o uso de métodos contraceptivos alternativos ou adicionais,
na vigência do tratamento.
“Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento”.
Deve-se ter cautela quando o lansoprazol for administrado a indivíduos idosos com disfunção hepática.
A claritromicina pode ser utilizada em indivíduos idosos, com função renal normal, nas doses
habitualmente recomendadas para o adulto. A dose deve ser ajustada em pacientes idosos com
comprometimento renal grave.
A amoxicilina, como as penicilinas, tem sido empregada em pacientes idosos e nenhum problema específico
foi documentado até o presente. Entretanto, pacientes idosos são mais susceptíveis a apresentarem
insuficiência renal relacionada à idade, fato que pode requerer um ajuste na dose nestes casos, assim
como para aqueles que recebem penicilinas em geral.
“Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação
durante o uso deste medicamento”.
“Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua
saúde”. “Atenção: Este medicamento contém corantes que podem, eventualmente, causar
reações alérgicas”
“Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em
portadores de Diabetes”.
Ver também o item “INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE - Uso em idosos, crianças
e outros grupos de riscos”.
A cápsula gelatinosa dura de lansoprazol é vermelha escarlate e no seu interior contém microgrânulos de
lansoprazol com revestimento entérico branco ou praticamente branco. As cápsulas de lansoprazol devem
ser ingeridas inteiras, sem mastigar.
A cápsula gelatinosa dura de amoxicilina é azul e amarela e no seu interior contém pó branco a levemente
amarelado.
Ao tomar o Pyloripac, o paciente pode apresentar as seguintes reações desagradáveis, que devem ser
informadas ao médico: diarreia, dor na barriga, indigestão ou indisposição estomacal, náusea, vômitos,
dor de cabeça, alterações no paladar e no aspecto da língua ou das gengivas, reações alérgicas, insônia e
modificações de seu comportamento.
O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma só vez?
Este medicamento deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), ao abrigo da luz e
da umidade.
O prazo de validade do Pyloripac é de 24 meses a partir da data de fabricação, que pode ser verificado
na embalagem externa do produto. “Não use o medicamento com o prazo de validade vencido.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento”.
Características farmacológicas
A claritromicina tem elevada atividade contra uma grande variedade de organismos Gram-positivos e
Gram-negativos aeróbios e anaeróbios.
Esta é indicada, em associação com inibidores da secreção ácida, para a eliminação do H. pylori, resultando
em diminuição da recidiva de úlceras pépticas (gástricas ou duodenais). Está demonstrado que 90 a
100% dos pacientes com úlcera péptica estão infectados por esse patógeno e que sua eliminação reduz
o índice de recorrência destas úlceras, diminuindo assim a necessidade de terapêutica antissecretora de
manutenção.
A claritromicina é bem absorvida no trato gastrintestinal, sendo estável em suco gástrico. A biodisponibilidade
é de aproximadamente 55%. A ingestão de alimentos antes da tomada do comprimido pode retardar o
início da absorção, mas não afeta a sua biodisponibilidade.
Distribui-se largamente nos tecidos e fluidos biológicos, atinge altas concentrações na mucosa nasal,
amígdalas e pulmões. A concentração da claritromicina é mais elevada nos tecidos em comparação à
concentração encontrada no plasma. Não há dados disponíveis sobre a penetração da claritromicina e
seu metabólito ativo 14-hidroxiclaritromicina no fluido cérebro-espinhal. A concentração de claritromicina
e do seu metabólito ativo, após a administração da dose de 500 mg de claritromicina a cada 12 horas, é
similar se comparada em pacientes com infecção por HIV e voluntários sadios.
A meia-vida da claritromicina em pacientes com função renal normal, com doses de 500 mg a cada
12 horas é de 5 a 7 horas e de seu metabólito ativo, a 14-hidroxiclaritromicina, é de aproximadamente
7 horas. Em pacientes com função renal comprometida (depuração da creatinina inferior a 30 ml/min),
a meia-vida da claritromicina é de aproximadamente 22 horas e para a 14-hidroxiclaritromicina,
aproximadamente 47 horas.
Após a administração do comprimido de 500 mg, 2 vezes ao dia, aproximadamente 30% da dose é
excretada pela urina na forma inalterada de claritromicina, e 15% da dose na forma de metabólito ativo,
a 14-hidroxiclaritromicina.
A amoxicilina é uma penicilina semissintética de amplo espectro de ação, com atividade bactericida
contra muitos micro-organismos Gram-positivos e Gram-negativos. A atividade bactericida da amoxicilina
deve-se à inibição da síntese da parede celular bacteriana. Porém é susceptível a degradação por beta-
lactamases e, portanto, seu espectro de atividade não inclui organismos que produzem estas enzimas.
Recentemente comprovou-se que a amoxicilina é altamente ativa contra o H. pylori, apresentando uma
potente ação bactericida com raros casos de resistência bacteriana.
A amoxicilina é estável em presença do ácido clorídrico do suco gástrico, podendo ser administrada com
as refeições.
A amoxicilina é bem absorvida tanto pela via entérica como pela parenteral. Seu nível plasmático máximo
ocorre uma hora após a administração oral. Sendo mais rápida e amplamente absorvida que a ampicilina
quando administrada por via oral, proporcionando picos de concentrações plasmáticas pelo menos
2 vezes mais elevados que aqueles observados por dose similar da ampicilina.
A administração oral da amoxicilina cápsulas de 500 mg promove média de picos de concentração sérica
que variam de 5,0 a 7,0 μg/ml, 1 a 2 horas após a administração. Observam-se níveis séricos detectáveis
até 8 horas após a administração oral. Cerca de 20% liga-se às proteínas plasmáticas. O tempo de meia-
vida plasmática é de aproximadamente 1 a 1,5 horas, podendo se prolongar em neonatos e idosos.
Em pacientes com função renal comprometida a meia-vida pode atingir 7 a 20 horas. A amoxicilina é
amplamente distribuída em vários tecidos e fluidos do corpo, exceto no cérebro e seus fluidos, porém,
quando as meninges estão inflamadas, pequena quantidade de amoxicilina difunde-se no fluido cérebro-
espinhal. Atravessa a placenta e pequenas quantidades são distribuídas para o leite materno. A amoxicilina
é metabolizada em extensão limitada a ácido peniciloico o qual é excretado na urina. Concentrações
urinárias acima de 300 μg/ml foram relatadas após doses de 250 mg. A probenecida retarda a excreção
renal. A amoxicilina é removida por hemodiálise. Altas concentrações têm sido encontradas na bile e parte
é excretada nas fezes.
Indicações
Eliminação do H. pylori para redução dos riscos de recorrência de úlcera péptica (gástrica ou duodenal) – os
componentes de Pyloripac (lansoprazol, claritromicina e amoxicilina) estão indicados para o tratamento dos
pacientes com infecção por H. pylori e úlcera péptica (ativa ou com história de úlcera péptica há um ano).
Está demonstrado que a grande maioria dos pacientes com úlcera péptica está infectada por esse patógeno
e que sua eliminação reduz o índice de recorrência destas úlceras, diminuindo assim a necessidade de
terapêutica antissecretora de manutenção.
Contraindicações
Posologia
Advertências
Lansoprazol
Os pacientes devem ser advertidos para que não abram ou mastiguem as cápsulas; elas devem ser deglutidas
inteiras, para preservar a cobertura entérica dos grânulos. Por ser eliminado predominantemente por via
biliar, o perfil farmacocinético de lansoprazol pode ser modificado por insuficiência hepática moderada
a severa, bem como em idosos. Deve-se ter cautela na prescrição de lansoprazol a pacientes idosos com
disfunção hepática.
Claritromicina
A claritromicina é excretada principalmente pelo fígado, devendo ser administrada com cautela a pacientes
com função hepática alterada. Também deve-se ter cuidado em casos de insuficiência renal moderada e
severa.
Amoxicilina
Embora a anafilaxia seja mais frequente após tratamento parenteral, pode também ocorrer em pacientes
recebendo tratamento oral. Estas reações são mais passíveis de ocorrer em indivíduos com história de
hiperssensibilidade à penicilina e/ou reações de hiperssensibilidade a múltiplos alérgenos. Têm sido
relatados casos de pacientes com história de hiperssensibilidade à penicilina e que tiveram graves reações
quando tratados com cefalosporinas. Antes de iniciar um tratamento com um derivado penicilânico, deve
ser realizada uma criteriosa e minuciosa pesquisa do passado alérgico do paciente quanto a reações às
penicilinas, cefalosporinas ou a outros alérgenos.
Reações anafilactoides graves requerem tratamento de emergência com epinefrina, oxigênio, esteroides
intravenosos e assistência respiratória, inclusive intubação, se necessário.
A exemplo do que ocorre com outras drogas potentes, o acompanhamento das funções renal, hepática e
hematopoiética deve ser feito durante a terapia prolongada.
Um grande número de pacientes com mononucleose que recebem ampicilina desenvolve rash cutâneo.
Assim, os antibióticos desta classe não devem ser administrados a pacientes com mononucleose.
A possibilidade de superinfecções por fungos ou bactérias deve ser considerada durante o tratamento.
Pyloripac deve ser administrado com cautela em mulheres grávidas e durante a amamentação.
“Atenção: Este medicamento contém corantes que podem eventualmente, causar reações
Alérgicas”.
“Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em
portadores de Diabetes”.
Pacientes idosos
Lansoprazol
Deve-se ter cautela quando for administrado a idosos com disfunção hepática.
Claritromicina
A claritromicina pode ser utilizada em pacientes idosos, com função renal normal, nas doses habitualmente
recomendadas para o adulto.
A dosagem deve ser ajustada em pacientes idosos com comprometimento renal severo.
Amoxicilina
As penicilinas têm sido empregadas em pacientes idosos e nenhum problema específico à geriatria
foi documentado até o presente. Entretanto, pacientes idosos são mais susceptíveis a apresentarem
insuficiência renal relacionada a idade, fato que pode requerer um ajuste na dose para estes pacientes
que recebem penicilinas, como a amoxicilina.
Crianças
Apesar de alguns estudos clínicos demonstrarem eficácia e segurança do uso desse medicamento em
crianças e adolescentes, não há consenso do seu uso nessa faixa etária.
Lansoprazol
Estudos em animais não mostraram potencial teratogênico para lansoprazol. Entretanto, não existem
estudos adequados ou bem controlados na gestação humana. Não é conhecido se lansoprazol é
excretado no leite materno, devendo-se ter cautela em sua administração a mulheres no período da
amamentação.
Claritromicina
A segurança do uso de claritromicina durante a gravidez ainda não foi estabelecida. Estudos de teratogênese
em animais, com doses 70 vezes superiores às terapêuticas para uso humano, mostraram aumento da
incidência de anormalidades fetais.
Amoxicilina
Interações medicamentosas
O lansoprazol é metabolizado pelo sistema do citocromo P450. Estudos clínicos mostraram que
lansoprazol, em indivíduos sãos, não tem interações clínicas com varfarina, antipirina, indometacina,
aspirina, ibuprofeno, fenitoína, prednisona, antiácidos a base de hidróxido de alumínio ou magnésio
ou diazepam. Quando lansoprazol é administrado concomitantemente com teofilina, um pequeno
aumento (10%) na depuração de teofilina foi observado. Devido à pequena magnitude e à direção
desse efeito sobre a depuração da teofilina, dificilmente esta interação representará preocupação do
ponto de vista clínico.
Mesmo assim, alguns casos individuais podem necessitar titulação adicional da dose de teofilina,
quando lansoprazol for iniciado ou interrompido, para assegurar níveis sanguíneos clinicamente efetivos.
Administração concomitante de lansoprazol e sucralfato retarda a absorção de lansoprazol e reduz
sua biodisponibilidade em aproximadamente 30%. Portanto, lansoprazol deve ser tomado pelo menos
30 minutos antes do sucralfato. Não há diferença estatisticamente significante no Cmáx quando
lansoprazol é administrado uma hora após preparados antiácidos com hidróxido de alumínio e
magnésio.
Como lansoprazol causa inibição profunda e duradoura da secreção ácida gástrica, é teoricamente possível
que possa interferir na absorção de fármacos em que o pH gástrico seja um importante determinante da
biodisponibilidade (por ex.: cetoconazol, ésteres da ampicilina, sais de ferro, digoxina).
Resultados de estudos clínicos revelaram que existe um aumento ligeiro, mas estatisticamente
significativo (p < 0,05), nos níveis circulantes de teofilina ou de carbamazepina, quando alguma
destas drogas é administrada concomitantemente com a claritromicina. Como ocorre com outros
macrolídeos, o uso de claritromicina pode elevar os níveis séricos de medicações concomitantes,
metabolizadas pelo sistema do citocromo P450 (por ex.: varfarina, alcaloides do ergot, triazolam,
A amoxicilina não deve ser administrada junto com antibacterianos bacteriostáticos (tetraciclinas,
eritromicina, sulfonamidas, cloranfenicol), já que pode ocorrer um efeito antagônico.
A absorção da digoxina, quando usada simultaneamente, pode ser aumentada durante o tratamento com
amoxicilina.
A exemplo do que ocorre com outros antibióticos de amplo espectro, a amoxicilina pode reduzir a eficácia
dos contraceptivos orais. Nestes casos recomenda-se o uso de métodos contraceptivos alternativos ou
adicionais.
Os eventos adversos de lansoprazol mais frequentemente relatados em estudos a curto prazo (até 8
semanas de duração) e considerados possíveis ou prováveis de estarem relacionados com o uso de
lansoprazol, foram: diarreia, cefaleia, tontura, náusea e constipação.
Estudos clínicos de fase II e III que abrangeram mais de 6.100 pacientes com lansoprazol utilizando
várias dosagens e tempos variáveis demonstraram que a substância é bem tolerada nos tratamentos
a curto e a longo prazo. As seguintes reações adversas foram relatadas como possíveis ou prováveis
com o medicamento em cifras superiores a 1%: náusea (1,4%), epigastralgia (1,8%), diarreia (3,6%) e
cefaleia (1%).
Outras reações adversas relatadas nos estudos clínicos, cuja incidência porém não ultrapassou 1%
foram: anorexia, constipação, boca seca, dispepsia, eructação, flatulência, agitação, sonolência, insônia,
ansiedade, mal-estar.
A maioria dos efeitos colaterais de claritromicina observados em triagem clínica foram brandos
e de natureza transitória. As reações adversas mais frequentemente relatadas, foram algumas
perturbações gastrointestinais, como náusea, dispepsia (indigestão ou indisposição estomacal), dor
abdominal, vômito e diarreia. Outras reações adversas foram cefaleia, paladar alterado e elevação
transitória de enzimas hepáticas. Como ocorre com outros macrolídeos, disfunção hepática, incluindo
aumento de enzimas hepáticas, hepatite colestática e/ou hepatocelular, com ou sem icterícia, tem
sido frequentemente relatada com claritromicina. Esta disfunção hepática pode ser severa, sendo
usualmente reversível. Em situações muito raras, insuficiência hepática com óbito foi relatada e
geralmente estava associada com doenças subjacentes severas e/ou medicações concomitantes.
Glossite, estomatite e monilíase oral foram relatadas na terapêutica com claritromicina. Reações
alérgicas, desde urticária e erupções cutâneas leves, até anafilaxia e síndrome de Stevens-Johnson,
foram relatadas. Houve relatos de efeitos transitórios sobre o sistema nervoso central, variando de
tontura, ansiedade, insônia e pesadelos a confusão, alucinação e psicose; não foi estabelecida uma
relação de causa/efeito.
Colite pseudomembranosa foi descrita para quase todos os agentes antibacterianos, incluindo macrolídeos,
podendo sua severidade variar de leve a risco de vida.
Como ocorre com outras drogas da mesma classe da amoxicilina, espera-se que as reações desagradáveis
estejam essencialmente limitadas a fenômenos de hiperssensibilidade, tais como: rash eritematoso
e urticária, que podem ser controlados com anti-histamínicos e, se necessário, corticosteroides
sistêmicos. Estes fenômenos são mais prováveis de ocorrer em indivíduos que já tenham demonstrado
hiperssensibilidade às penicilinas e naqueles que tenham histórico de alergia, asma, febre do feno ou
urticária. Sempre que tais reações ocorrerem, a amoxicilina deve ser descontinuada, a não ser que o
médico seja contrário à interrupção do tratamento.
Hepáticos: foi relatado aumento moderado no SGOT, mas a significância deste achado é
desconhecida.
Sistema Nervoso Central: hiperatividade reversível, agitação, ansiedade, insônia, confusão mental,
mudanças no comportamento e/ou vertigem foram raramente relatadas.
Superdose
Lansoprazol
Claritromicina
Alguns relatos indicam que a ingestão de grandes quantidades de claritromicina pode produzir sintomas
gastrointestinais. Essa situação clínica deve ser tratada com a imediata eliminação do produto não
absorvido e com medidas de suporte. A conduta preferível para a eliminação é a lavagem gástrica, o mais
precocemente possível. Não há evidências de que a claritromicina possa ser eliminada por hemodiálise
ou diálise peritoneal.
Amoxicilina
Como os demais antibióticos penicilínicos, tem potencial para efeitos adversos fundamentalmente
relacionados às reações de hiperssensibilidade, as quais independem de dose. Reações tóxicas, dependentes
de doses elevadas, são praticamente desprezíveis. No entanto, a ocorrência de distúrbios gastrointestinais,
principalmente diarreia, merece consideração.
A amoxicilina pode ser removida da circulação por hemodiálise, com níveis de depuração da ordem de
35%; porém não deve ser removida por diálise peritoneal.
Pacientes com disfunção renal são mais susceptíveis a alcançar níveis sanguíneos tóxicos.
Armazenagem
O produto deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), ao abrigo da luz e da
umidade.
Embalagem com:
Composições
As cápsulas de amoxicilina contêm os seguintes corantes: azul brilhante, vermelho fucsina, dióxido de
titânio, amarelo crepúsculo e amarelo quinoleína.
Informações ao paciente
Pyloripac IBP constitui-se em uma associação de três medicamentos utilizados para o tratamento
de úlceras localizadas no estômago ou duodeno (porção do aparelho digestivo localizada logo após o
estômago), associadas à presença da bactéria Helicobacter pylori.
O uso inicial e isolado do lansoprazol tem o objetivo de aliviar os sintomas de desconforto gastrointestinal,
antes mesmo de se iniciar o tratamento específico para a eliminação do H. pylori, proporcionando maior
conforto e preparando melhor o restante do tratamento. Muitas vezes, o lansoprazol pode ser utilizado
após este tratamento específico, como forma complementar de tratamento da úlcera.
Está demonstrado que a grande maioria dos pacientes com úlcera péptica (gástrica ou duodenal) está
infectada pelo H. pylori e que sua eliminação reduz o índice de reaparecimento dessas úlceras, diminuindo
assim a necessidade de futuros tratamentos.
Este medicamento foi indicado para o alívio prévio dos sintomas de desconforto gastrointestinal,
relacionados à infecção pela bactéria H. pylori, eliminação da mesma e tratamento de pacientes com
úlceras gástricas ou duodenais (ativas ou com história de úlcera há um ano).
Pyloripac IBP está contraindicado para pacientes com hiperssensibilidade conhecida ao lansoprazol,
claritromicina, amoxicilina ou aos outros componentes da fórmula, assim como à eritromicina e a
outros antibióticos macrolídeos. História de reações alérgicas e hiperssensibilidade às penicilinas; às
cefalosporinas ou a outros alérgenos. Pacientes com distúrbios da concentração de sódio e potássio no
sangue, problemas cardíacos e que estão em tratamento com terfenadina.
“Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação
durante o uso deste medicamento”.
“Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento”.
A exemplo do que ocorre com outros antibióticos de amplo espectro, a amoxicilina pode reduzir a eficácia
dos anticoncepcionais orais. Recomenda-se o uso de métodos contraceptivos alternativos ou adicionais,
na vigência do tratamento.
Deve-se ter cautela quando o lansoprazol for administrado a indivíduos idosos com disfunção hepática.
A claritromicina pode ser utilizada em indivíduos idosos, com função renal normal, nas doses habitualmente
recomendadas para o adulto. A dose deve ser ajustada em pacientes idosos com comprometimento renal grave.
A amoxicilina como as penicilinas têm sido empregadas em pacientes idosos e nenhum problema específico
foi documentado até o presente. Entretanto, pacientes idosos são mais susceptíveis a apresentarem
insuficiência renal relacionada à idade, fato que pode requerer um ajuste na dose nestes casos, assim
como para aqueles que recebem penicilinas em geral.
“Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua
saúde”.
“Atenção: Este medicamento contém corantes que podem eventualmente, causar reações
Alérgicas”.
“Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em
portadores de Diabetes”.
Ver também o item “INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE - Uso em idosos, crianças
e outros grupos de riscos”.
A cápsula gelatinosa dura de lansoprazol é vermelha escarlate e no seu interior contém microgrânulos de
lansoprazol com revestimento entérico branco ou praticamente branco. As cápsulas de lansoprazol devem
ser ingeridas inteiras, sem mastigar.
A cápsula gelatinosa dura de amoxicilina é azul e amarela e no seu interior contém pó branco a levemente
amarelado.
Ao tomar o Pyloripac IBP, o paciente pode apresentar as seguintes reações desagradáveis, que devem
ser informadas ao médico: diarreia, dor na barriga, indigestão ou indisposição estomacal, náusea, vômitos,
dor de cabeça, alterações no paladar e no aspecto da língua ou das gengivas, reações alérgicas, insônia e
modificações de seu comportamento.
O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma
só vez?
Este medicamento deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), ao abrigo da luz e
da umidade.
O prazo de validade do Pyloripac IBP é de 24 meses a partir da data de fabricação, que pode ser
verificado na embalagem externa do produto. “Não use o medicamento com o prazo de validade
vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento”.
Características farmacológicas
A absorção é rápida, com atingimento médio de pico plasmático em jejum entre 1,5 e 2,2 horas.
A alimentação reduz seu pico de concentração e sua absorção em aproximadamente 50%. Em indivíduos
sãos, a vida-média plasmática está entre 1,2 e 1,6 horas. A farmacocinética do lansoprazol não se altera
com doses múltiplas e não ocorre acúmulo. A eliminação ocorre principalmente por metabolização e
excreção biliar; a eliminação urinária corresponde a somente 15% da dose administrada, sendo menos
de 1% em sua forma inalterada.
Está indicada, em associação com inibidores da secreção ácida, para a eliminação do Helicobacter pylori,
resultando em diminuição da recidiva de úlceras pépticas (gástricas ou duodenais). Está demonstrado
que a grande maioria dos pacientes com úlcera péptica está infectada por esse patógeno e que sua
eliminação reduz o índice de recorrência destas úlceras, diminuindo assim a necessidade de terapêutica
antissecretora de manutenção.
A amoxicilina é uma penicilina semissintética de amplo espectro de ação, com atividade bactericida
contra muitos micro-organismos Gram-positivos e Gram-negativos. A atividade bactericida da amoxicilina
deve-se à inibição da síntese da parede celular bacteriana. Porém é susceptível à degradação por beta-
lactamases e, portanto, seu espectro de atividade não inclui organismos que produzem estas enzimas.
Recentemente comprovou-se que a amoxicilina é altamente ativa contra o Helicobacter pylori, apresentando
uma potente ação bactericida, com raros casos de resistência bacteriana. A amoxicilina é estável em
presença do ácido clorídrico do suco gástrico, podendo ser administrada com as refeições.
A amoxicilina é bem absorvida tanto pela via entérica, como pela parenteral. Seu nível plasmático máximo
ocorre uma hora após a administração oral, sendo mais rápida e amplamente absorvida que a ampicilina
quando administrada por via oral, proporcionando picos de concentrações plasmáticas pelo menos
2 vezes mais elevados do que aqueles observados com doses similares de ampicilina.
Indicações
Alívio prévio dos sintomas dispépticos relacionados à infecção pela bactéria H. pylori, eliminação da
mesma e tratamento de pacientes com úlceras pépticas (ativas ou com história de úlcera há um ano).
O uso combinado de um esquema inicial com lansoprazol, seguido pela administração de um esquema
tríplice consagrado para erradicar o H. pylori (lansoprazol, claritromicina e amoxicilina) tem o objetivo de
aliviar inicialmente os sintomas dispépticos, antes mesmo de se iniciar o esquema de eliminação, além de
tratar e reduzir os riscos de recorrência de úlceras pépticas (gástrica ou duodenal).
O lansoprazol pode também ser utilizado após o esquema de eliminação do H. pylori, como forma de
complementação do tratamento.
Está demonstrado que a grande maioria dos pacientes com úlcera péptica está infectada pelo Helicobacter
pylori e que sua eliminação reduz o índice de recorrência dessas úlceras, diminuindo assim a necessidade
de terapêutica antissecretora de manutenção.
Contraindicações
Posologia
Pode-se também utilizar 1 cápsula de lansoprazol 30 mg, por 1 a 2 semanas e após o esquema de
eliminação do H. pylori, para complementação do tratamento e cicatrização da úlcera péptica.
Advertências
Lansoprazol
Os pacientes devem ser advertidos para que não abram ou mastiguem as cápsulas; elas devem ser deglutidas
inteiras, para preservar a cobertura entérica dos grânulos. Por ser eliminado predominantemente por via biliar, o
perfil farmacocinético de lansoprazol pode ser modificado por insuficiência hepática moderada a grave, bem como
em idosos. Deve-se ter cautela na prescrição de lansoprazol a pacientes idosos e/ou com disfunção hepática.
Claritromicina
Excretada principalmente pelo fígado, deve ser administrada com cautela a pacientes com função hepática
alterada. Também deve-se ter cuidado em casos de insuficiência renal moderada e grave. Deve-se considerar
a possibilidade de resistência bacteriana cruzada entre a claritromicina e os outros macrolídeos, como a
lincomicina e a clindamicina.
Amoxicilina
Antes de iniciar um tratamento com um derivado penicilânico, deve ser realizada uma criteriosa e minuciosa
pesquisa do passado alérgico do paciente quanto a reações às penicilinas, às cefalosporinas ou a outros
alérgenos. Reações anafilactoides graves requerem tratamento de emergência com epinefrina, oxigênio,
esteroides intravenosos e assistência respiratória (inclusive intubação, se necessário). A exemplo do que
ocorre com outras drogas potentes, o acompanhamento das funções renal, hepática e hematopoiética deve
ser feito durante tratamentos prolongados. Um grande número de pacientes com mononucleose, que recebem
ampicilina, desenvolve rash cutâneo. Assim, os antibióticos desta classe não devem ser administrados a
pacientes com mononucleose. A possibilidade de superinfecções por fungos ou bactérias deve ser considerada
durante o tratamento. Se a superinfecção ocorrer (usualmente envolvendo Enterobacter, Pseudomonas ou
Candida), a droga deve ser descontinuada e/ou a terapia apropriada instituída.
Pyloripac IBP deve ser administrado com cautela em mulheres grávidas e durante a amamentação.
“Atenção: Este medicamento contém corantes que podem eventualmente, causar reações
Alérgicas”.
“Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em
portadores de Diabetes”.
Pacientes Idosos:
Lansoprazol
Deve-se ter cautela quando for administrado a indivíduos idosos com disfunção hepática.
Claritromicina
Pode ser utilizada em indivíduos idosos, com função renal normal, nas doses habitualmente recomendadas
para o adulto. A dose deve ser ajustada em pacientes idosos com comprometimento renal grave.
Amoxicilina
As penicilinas têm sido empregadas em pacientes idosos e nenhum problema específico foi documentado até o
presente. Entretanto, pacientes idosos são mais susceptíveis a apresentarem insuficiência renal relacionada à idade,
fato que pode requerer um ajuste na dose nestes casos, assim como para aqueles que recebem penicilinas em geral.
Crianças
Apesar de alguns estudos clínicos demonstrarem eficácia e segurança do uso desse medicamento em
crianças e adolescentes, não há consenso do seu uso nessa faixa etária.
Lansoprazol
Estudos em animais não mostraram potencial teratogênico para lansoprazol. Entretanto, não existem
estudos adequados ou bem controlados na gestação humana. Não é conhecido se lansoprazol é
excretado no leite materno, devendo-se ter cautela em sua administração a mulheres no período da
amamentação.
Claritromicina
A segurança do uso de claritromicina durante a gravidez ainda não foi estabelecida. Estudos de teratogênese
em animais, com doses 70 vezes superiores às terapêuticas para uso humano, mostraram aumento da
incidência de anormalidades fetais.
Amoxicilina
Interações medicamentosas
O lansoprazol é metabolizado pelo sistema do citocromo P450. Estudos clínicos mostraram que o lansoprazol,
em indivíduos sãos, não tem interações clínicas com varfarina, antipirina, indometacina, aspirina, ibuprofeno,
fenitoína, prednisona, diazepam ou antiácidos à base de hidróxido de alumínio ou magnésio (não há diferença
estatisticamente significante na Cmáx, quando lansoprazol é administrado uma hora após esses antiácidos).
Quando o lansoprazol é administrado concomitantemente com teofilina, um pequeno aumento (10%) no
clearance de teofilina foi observado. Devido à pequena magnitude desse efeito, dificilmente esta interação
representará preocupação do ponto de vista clínico. Mesmo assim, alguns casos individuais podem necessitar
titulação adicional da dose de teofilina, quando lansoprazol for iniciado ou interrompido, para assegurar
níveis sanguíneos clinicamente efetivos. A administração concomitante de lansoprazol e de sucralfato retarda
a absorção de lansoprazol e reduz sua biodisponibilidade em aproximadamente 30%. Portanto, lansoprazol
deve ser tomado pelo menos 30 minutos antes do sucralfato. Como lansoprazol causa inibição profunda e
duradoura da secreção ácida gástrica, é teoricamente possível que possa interferir na absorção de fármacos
em que o pH gástrico seja um importante determinante da biodisponibilidade (por ex.: cetoconazol, ésteres
da ampicilina, sais de ferro, digoxina).
A biodisponibilidade da claritromicina não se altera quando ingerida com alimentos. Resultados de estudos clínicos
revelaram que existe um aumento ligeiro, mas estatisticamente significativo (p<0,05), nos níveis circulantes
de teofilina ou de carbamazepina, quando alguma destas drogas é administrada concomitantemente com
a claritromicina. Como ocorre com outros macrolídeos, o uso de claritromicina pode elevar os níveis séricos de
medicações concomitantes, metabolizadas pelo sistema do citocromo P450 (por ex.: varfarina, alcaloides do ergot,
triazolam, midazolam, ciclosporina). Elevação nas concentrações séricas de digoxina foram relatadas em pacientes
que receberam essa droga concomitantemente à claritromicina, motivo pelo qual a monitorização dos níveis séricos
da digoxina deve ser considerada. Foi descrito que os macrolídeos podem alterar o metabolismo da cisaprida,
primozida, terfenadina e do astemizol, resultando em aumento dos níveis séricos destes, o que ocasionalmente pode
estar associado a arritmias cardíacas; portanto, o uso simultâneo deve ser evitado. A administração simultânea de
claritromicina e zidovudina a pacientes adultos pode resultar em decréscimo do estado de equilíbrio (steady-state)
das concentrações de zidovudina. Como, aparentemente, a claritromicina interfere com a absorção da zidovudina,
quando estas medicações são administradas simultaneamente, esta interação poderá ser evitada intercalando-se
as doses de ambas as medicações com no mínimo 4 horas de diferença.
Os eventos adversos de lansoprazol mais frequentemente relatados em estudos a curto prazo (até 8 semanas
de duração), considerados possíveis ou prováveis de estarem relacionados com o uso de lansoprazol,
foram: diarreia, cefaleia, tontura, náusea e constipação. Estudos clínicos de fases II e III, abrangendo mais
de 6.100 pacientes recebendo diversos esquemas de tratamento com lansoprazol, demonstraram que a
substância é bem tolerada nos tratamentos a curto e a longo prazo. As seguintes reações adversas foram
relatadas como possíveis ou prováveis com o medicamento, em taxas superiores a 1%: náusea (1,4%),
epigastralgia (1,8%), diarreia (3,6%) e cefaleia (1%). Outras reações adversas relatadas nos estudos
clínicos, cuja incidência, porém não ultrapassou 1%, foram: anorexia, constipação, boca seca, dispepsia,
eructação, flatulência, agitação, sonolência, insônia, ansiedade, mal-estar.
A maioria dos efeitos colaterais da claritromicina observados em triagens clínicas foram brandos e de
natureza transitória. As reações adversas mais frequentemente relatadas foram algumas perturbações
gastrointestinais, como náusea, dispepsia (indigestão ou indisposição estomacal), dor abdominal, vômitos
e diarreia. Outras reações foram cefaleia, paladar alterado e elevação transitória de enzimas hepáticas.
Como ocorre com outros macrolídeos, disfunção hepática, incluindo aumento de enzimas hepáticas,
hepatite colestática e/ou hepatocelular, com ou sem icterícia, tem sido frequentemente relatada com
claritromicina. Esta disfunção hepática pode ser grave, embora usualmente reversível. Em situações muito
raras, insuficiência hepática com óbito foi relatada e geralmente associada a doenças subjacentes graves
e/ou uso de medicações concomitantes. Glossite, estomatite e monilíase oral foram relatadas com a
claritromicina. Reações alérgicas, desde urticária e erupções cutâneas leves, até anafilaxia e Síndrome de
Stevens-Johnson, também foram relatadas. Houve relatos de efeitos transitórios sobre o sistema nervoso
central, variando de tontura, ansiedade, insônia e pesadelos a confusão, alucinação e psicose, embora
sem uma relação de causa/efeito estabelecida. Colite pseudomembranosa foi descrita para quase todos
os agentes antibacterianos, incluindo macrolídeos, podendo sua intensidade variar de leve a aumento do
risco de vida. É de incidência rara a trombocitopenia.
Como ocorre com outras drogas da mesma classe da amoxicilina, espera-se que as reações desagradáveis
estejam essencialmente limitadas a fenômenos de hiperssensibilidade, tais como rash eritematoso e urticária,
que podem ser controlados com anti-histamínicos e, se necessário, corticosteroides sistêmicos. Estes
fenômenos são mais prováveis de ocorrer em indivíduos que já tenham demonstrado hiperssensibilidade
às penicilinas e naqueles que tenham história de alergia, asma, febre do feno ou urticária. Sempre que
tais reações ocorrerem, a amoxicilina deve ser descontinuada, a não ser que o médico seja contrário à
interrupção do tratamento. Outros fenômenos relacionados ao uso de penicilinas, assim como ao de
amoxicilina, são de origem gastrointestinal (náusea, vômitos e diarreia), hepática (aumento moderado
Superdose
Lansoprazol
Até o momento, não há informação disponível sobre superdoses em humanos. Em ratos e camundongos,
a administração oral de doses até 5.000 mg/kg (aproximadamente 250 vezes a dose em humanos), não
resultou em morte de animais. O lansoprazol não é removido da circulação por hemodiálise.
Claritromicina
Alguns relatos indicam que a ingestão de grandes quantidades de claritromicina pode produzir sintomas
gastrointestinais. Essa situação clínica deve ser tratada com a imediata eliminação do produto não
absorvido e com medidas de suporte. A conduta preferível para a eliminação é a lavagem gástrica, o mais
precocemente possível. Não há evidências de que a claritromicina possa ser eliminada por hemodiálise
ou diálise peritoneal.
Amoxicilina
Como os demais antibióticos penicilínicos, seu potencial de causar efeitos adversos está fundamentalmente
relacionado às reações de hiperssensibilidade, as quais independem da dose. Reações tóxicas, dependentes
de doses elevadas, são praticamente desprezíveis. No entanto, a ocorrência de distúrbios gastrointestinais,
principalmente diarreia, merece consideração. A amoxicilina pode ser removida da circulação por
hemodiálise, com níveis de depuração da ordem de 35%; porém, não deve ser removida por diálise
peritoneal. Pacientes com disfunção renal são mais susceptíveis em alcançar níveis sanguíneos tóxicos.
Armazenagem
O produto deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), ao abrigo da luz e da
umidade.
Capítulo 3
Pyloripac Retrat
Índice
Introdução........................................................................................................................................3
Pyloripac Retrat................................................................................................................................4
Farmacodinâmica ........................................................................................................................4
Farmacocinética ..........................................................................................................................5
Indicações ...................................................................................................................................7
Contraindicações.........................................................................................................................7
Posologia.....................................................................................................................................10
Apresentação ..............................................................................................................................10
Concorrentes ....................................................................................................................................12
Argumentos de promoção................................................................................................................12
Introdução
Pyloripac Retrat será o 1º esquema tríplice para o retratamento contra o H. pylori no mercado brasileiro.
O produto será disponibilizado à classe médica para atender aos casos de insucesso terapêutico com a
1ª opção de esquema tríplice disponível atualmente no Brasil (IBP + claritromicina + amoxicilina).
Estima-se que no Brasil, a incidência de retratamento do H. pylori pode variar entre 10% a 30% dos casos
tratados.
Lansoprazol Lansoprazol é caracterizado como inibidor da bomba de ácido, ou bomba de prótons, do estômago, que bloqueia o passo final da secreção ácida.
O Lansoprazol é um derivado do benzimidazol, de segunda geração, que se diferencia de seu antecessor, o omeprazol, por apresentar em sua estrutura
química básica um grupo trifluoretoxi, razão pela qual alcança maior biodisponibilidade (30% a mais) e maior potência farmacológica.
Pela sua maior lipossolubilidade o Lansoprazol atravessa mais facilmente a membrana da célula parietal gástrica, onde se transforma nos metabólitos ativos,
dissulfureto e sulfenamida. Estes, ao se unirem aos grupos sulfidrílicos (SH) da bomba de prótons H+/K+ ATPase, inibem a secreção acidopéptica.
Pyloripac Retrat
Estudos mostram que o Lansoprazol exerce efeito bactericida sobre o Helicobacter pylori. O efeito inibidor sobre o H. pylori se alcança com concentrações
inibidoras mínimas (CIM 90) muito baixas (6,25 mg/ml), comparadas com outros fármacos (subcitrato de bismuto, ranitidina ou omeprazol).
Levofloxacino O levofloxacino é um agente antibacteriano sintético de amplo espectro de ação, pertencente à classe das fluorquinolonas. Sua ação antibacteriana deve-se à
ação no complexo da DNA girase e topoisomerase IV (enzimas que fazem parte da replicação do DNA para reprodução bacteriana). Devido a este mecanismo
de ação, geralmente não há resistência cruzada entre o levofloxacino e outras classes de agentes antibacterianos.
O levofloxacino é altamente bactericida in vitro e seu espectro antibacteriano cobre muitas bactérias Gram-positivas e Gram-negativas.
Os estudos internacionas recentes têm demonstrado excelentes resultados com o emprego da levofloxacina associada à amoxicilina em casos de falha
terapêutica no tratamento do H. pylori. Gisbert JP, Morena F. Systematic review and meta-analysis: levofloxacin-based rescue regimens after Helicobacter
pylori treatment failure. Aliment Pharmacol Ther 2006;23:35-44. O II Consenso Brasileiro de tratamento do H. pylori recomenda como um dos retratamentos
o regime empregando levofloxacina na dose de 500 mg uma vez ao dia, associada a amoxicilina 1,0 g e inibidor de bomba protônica em
Amoxicilina A amoxicilina é uma penicilina semissintética de amplo espectro de ação, com atividade bactericida contra muitos micro-organismos Gram-positivos e
Gram-negativos. A atividade bactericida da amoxicilina deve-se à inibição da síntese da parede celular bacteriana. Porém é susceptível a degradação por
beta-lactamases e, portanto, seu espectro de atividade não inclui organismos que produzem estas enzimas.
Sabe-se que a amoxicilina é altamente ativa contra o H. pylori, apresentando uma potente ação bactericida com raros casos de resistência bacteriana.
Manual de Treinamento – Gastroenterologia
Substâncias Farmacocinética
Lansoprazol O efeito de lansoprazol é dose-dependente e leva à inibição da secreção ácida gástrica, tanto basal quanto estimulada, independentemente do estímulo. A inibição da
secreção ácida gástrica persiste por até 36 horas após uma dose única. Assim, a meia-vida de eliminação plasmática de lansoprazol não reflete a duração da sua supressão
da secreção ácida gástrica. As cápsulas de lansoprazol contêm grânulos com cobertura entérica (lansoprazol é instável em meio ácido), de forma que a liberação e a
absorção do fármaco inicia somente no duodeno (intestino delgado). A absorção é rápida, com atingimento de pico médio plasmático entre 1,5 e 2,2 horas, em jejum. A
alimentação reduz o pico de concentração e a absorção em aproximadamente 50%. A média de vida plasmática é de 1,19 a 1,6 horas. A farmacocinética do lansoprazol
não se altera com doses múltiplas e não ocorre acúmulo. A eliminação ocorre principalmente por metabolização e excreção biliar; a eliminação urinária é de somente 15%
da dose administrada, com menos de 1% da forma inalterada do fármaco administrado. A depuração de lansoprazol tem certa diminuição no idoso, com AUC (exposição
Capítulo 3 – Pyloripac Retrat
sistêmica) e meia-vida aumentando até aproximadamente duas vezes os valores de adultos jovens normais. A meia-vida média em idosos é, entretanto, de 2,9; assim, com
doses múltiplas, não há acúmulo de lansoprazol.
Levofloxacino O levofloxacino administrado oralmente é rápido e quase completamente absorvido com pico de concentração plasmática obtido dentro de 1,3 h. A biodisponibilidade
absoluta é de aproximadamente 100%, ou seja, ele é completamente absorvido. Apresenta uma farmacocinética linear variando entre 150-600 mg. O efeito da absorção é
pouco alterado com a ingestão de alimentos.Aproximadamente 30-40% está ligado às proteínas séricas. Doses múltiplas de 500 mg, uma vez ao dia, mostraram acumulação
insignificante. O levofloxacino é metabolizado numa proporção muito pequena, sendo os metabólitos: o desmetillevofloxacino e N-óxido levofloxacino. Menos de 5% da dose desses
metabólitos são excretados na urina. Após administração oral, o levofloxacino é eliminado de modo relativamente lento no plasma (tempo de meia vida de 6 a 8 horas).
Aproximadamente 85% da dose administrada é excretada por via renal. A farmacocinética do levofloxacino é afetada pela insuficiência renal. Quando a função renal está reduzida,
a eliminação renal e o clearance são diminuídos, e a meia-vida de eliminação é significativamente aumentada. Não há diferenças significativas na cinética do levofloxacino
entre jovens e pacientes idosos, exceto aquelas diferenças associadas ao clearance de creatinina. As análises separadas de pacientes do sexo masculino e feminino
não mostraram nenhuma diferença clínica relevante na farmacocinética do levofloxacino.
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ácido peniciloico, o qual é excretado na urina.
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Substâncias Mecanismo de ação
Levofloxacino Como um agente antimicrobiano da classe das fluorquinolonas, o levofloxacino age no complexo da DNA girase e topoisomerase IV, sendo altamente bactericida
in vitro e com amplo espectro antibacteriano (cobre muitas bactérias Gram-positivas e Gram-negativas).
Pyloripac Pyloripac Retrat é indicado para o retratamento para eliminação da bactéria H. pylori associada a úlceras gástricas ou duodenais ativas ou cicatrizadas.
Retrat
Substâncias Contraindicações
Levofloxacino Pacientes com hiperssensibilidade à claritromicina, à eritromicina e a outros antibióticos macrolídeos. É ainda contraindicada em pacientes com distúrbios eletrolíticos,
com problemas cardíacos e em pacientes que recebem terapia com terfenadina.
Amoxicilina É contraindicada a pacientes com história de reações alérgicas e hiperssensibilidade às penicilinas, nos casos de infecções por Staphylococcus penicilino-resistentes e
nas produzidas por bacilo piociânico, rickétsias (bactérias parasitas intracelulares) e vírus.
Lansoprazol Os eventos adversos mais frequentemente relatados em estudos a curto prazo (até 8 semanas de duração) e considerados possíveis ou prováveis de estarem
relacionados com o uso de lansoprazol foram: diarreia, cefaleia, tontura, náusea e constipação.
Estudos clínicos de fase II e III que abrangeram mais de 6.100 pacientes com lansoprazol utilizando várias dosagens e tempos variáveis demonstraram que a
substância é bem tolerada nos tratamentos a curto e a longo prazo. As seguintes reações adversas foram relatadas como possíveis ou prováveis com o medicamento
em cifras superiores a 1%: náusea, epigastralgia, diarreia e cefaleia.
Levofloxacino As informações fornecidas a seguir estão baseadas nos dados de estudos clínicos, em 5.244 pacientes tratados com levofloxacino e em extensa experiência pós-
comercialização. De acordo com as recomendações da CIOMS (Council for International Organization of Medica Sciences), têm-se utilizado os seguintes índices
de frequência: As reações adversas observadas com mais frequência foram: náusea, diarreia; cefaleia, tontura/vertigem, sonolência, insônia; aumento de enzimas
hepáticas (por exemplo: TGP/TGO); aumentos da bilirrubina e creatinina sérica; problemas sanguíneos, como eosinofilia e leucopenia.
Amoxicilina Como ocorre com outras drogas da mesma classe, espera-se que as reações desagradáveis estejam essencialmente limitadas a fenômenos de hiperssensibilidade, tais
como: rash eritematoso e urticária, que podem ser controlados com anti-histamínicos e, se necessário, corticosteroides sistêmicos. Estes fenômenos são mais prováveis
de ocorrer em indivíduos que já tenham demonstrado hiperssensibilidade às penicilinas e naqueles que tenham histórico de alergia, asma, febre do feno ou urticária.
Sempre que tais reações ocorrerem, a amoxicilina deve ser descontinuada, a não ser que o médico seja contrário à interrupção do tratamento.
Outros fenômenos relacionados ao uso de penicilinas, assim como de amoxicilina, são:
Gastrointestinais: náusea, vômito e diarreia.
Lansoprazol A administração concomitante de lansoprazol e sucralfato retarda a absorção de lansoprazol e reduz sua biodisponibilidade em aproximadamente 30%. Portanto,
lansoprazol deve ser administrado pelo menos 30 minutos antes do sucralfato. Como lansoprazol causa inibição profunda e duradoura da secreção ácida gástrica,
ele pode interferir na absorção de fármacos em que o pH gástrico seja um importante determinante da biodisponibilidade (por exemplo: cetoconazol, ésteres da
ampicilina, sais de ferro, digoxina).
Levofloxacino É recomendado que preparações contendo cátions bivalentes ou trivalentes como sais de ferro ou antiácidos contendo magnésio ou alumínio, não sejam administradas
Capítulo 3 – Pyloripac Retrat
duas horas antes ou depois da administração de levofloxacino. Não foi observada interação com carbonato de cálcio. A biodisponibilidade de levofloxacino é
significativamente reduzida na administração concomitante com sucralfato. Caso o paciente esteja recebendo sucralfato e levofloxacino, é recomendável administrar
o sucralfato duas horas após a administração deste medicamento. Deve-se ter cautela na administração concomitante de levofloxacino com drogas que afetam a
secreção tubular renal, como probenecida e cimetidina, especialmente em pacientes com insuficiência renal. O clearance renal do levofloxacino é reduzido pela
cimetidina (24%) e probenecida (34%). Tem-se relatado em pacientes tratados com levofloxacino e antagonistas da vitamina K (ex.: varfarina), alteração nos testes de
coagulação (tempo de protrombina corrigido) e/ou sangramento, os quais podem ser graves. Portanto, os parâmetros de coagulação devem ser monitorados em pacientes tratados
com antagonistas da vitamina K. O levofloxacino pode inibir o crescimento do Mycobacterium tuberculosis e, portanto, pode fornecer resultados falso-negativos nos
diagnósticos bacteriológicos da tuberculose.
Amoxicilina A probenecida inibe a excreção renal da amoxicilina. O uso concomitante desses dois produtos pode resultar em um aumento do nível de amoxicilina no
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Manual de Treinamento – Gastroenterologia
Posologia
Pyloripac Retrat deve ser administrado por via oral com água.
Pela manhã, em jejum, devem ser tomados conjuntamente 1 cápsula de lansoprazol 30 mg, 1 comprimido
de levofloxacino 500 mg e 2 cápsulas de amoxicilina 500 mg. À noite, em jejum de 3 horas, tomar
1 cápsula de lansoprazol 30 mg e 2 cápsulas de amoxicilina 500 mg.
Apresentação
Estudos clínicos
Segundo o Consenso, após a falência de um dos tratamentos iniciais propostos pelo Consenso, recomenda-se
mais duas tentativas de tratamento, com duração, de 10 a 14 dias, não se repetindo ou estendendo o esquema
inicial.
Se foi utilizado IBP + amox + claritro (Pyloripac) ou IBP + fura + claritro, a Primeira opção é:
IBP (dose plena) 2x+ sal de bismuto 240 mg 2x + furazolidona 200 mg 2x + amoxicilina 1,0 g 2x
(podendo ser substituída pela tetraciclina).
Segunda opção:
IBP (dose plena) 2 x ao dia + levofloxacina 500 mg 1x + amoxicilina 1,0 g 2x (esta é a formula de
Pyloripac Retrat).
Concorrentes
Pyloripac Retrat será o 1º esquema tríplice para o retratamento do H. pylori no Brasil. Portanto,
seremos os pioneiros deste mercado sem concorrentes neste primeiro momento.
Argumentos de promoção
Pyloripac Retrat facilita a prescrição médica para o retratamento do H. pylori, aumentando a adesão
do paciente e resultando num maior sucesso terapêutico.
Pyloripac Retrat custa em média de 33% a 60% menos que os produtos disponíveis isoladamente
para o retratamento (lansoprazol + levofloxacino + amoxicilina), oferecendo maior economia para o
paciente.
Pyloripac Retrat possui altos índices de cura como esquema de retratamento, aumentando a certeza
de cura clínica.
Pyloripac Retrat é um esquema tríplice que faz parte do Consenso Nacional para o retratamento do
H. pylori, oferecendo credibilidade e segurança para a prescrição médica.
Embalagem com:
Composições
lansoprazol ....................................................................................................................................... 30 mg
excipientes q.s.p. ..........................................................................................................................1 cápsula
(amido, carbonato de magnésio, polimetacrílicocopoliacrilato de etila, dióxido de silício, dióxido de titânio,
hidróxido de sódio, hiprolose, hipromelose, polissorbato 80, macrogol, povidona, sacarose, talco).
As cápsulas de amoxicilina contêm os seguintes corantes: azul brilhante, vermelho fucsina, dióxido
de titânio, amarelo crepúsculo e amarelo quinoleína.
Informações ao paciente
Pyloripac Retrat constitui-se em uma associação de três medicamentos utilizados para o retratamento
com a finalidade de eliminar a bactéria Helicobacter pylori associada a úlceras gástricas ou duodenais
ativas ou cicatrizadas. Os três medicamentos apresentam rápida absorção, sendo 30 minutos o tempo
médio estimado do início da ação de Pyloripac Retrat.
Este medicamento foi indicado porque a bactéria H. pylori provavelmente se tornou resistente ao tratamento
prévio que você utilizou. Esta nova tentativa de tratamento é importante porque a eliminação do H. pylori
reduz o índice de recorrência dessas úlceras, diminuindo assim a necessidade de futuros tratamentos.
Você não deve usar Pyloripac Retrat caso tenha alergia conhecida ao lansoprazol, amoxicilina,
levofloxacino, a outros medicamentos do tipo quinolonas ou penicilinas e aos outros componentes da
fórmula.
Devido à presença de lansoprazol, você não deve tomar Pyloripac Retrat com alimentos.
Com lansoprazol:
Pyloripac Retrat deve ser tomado pelo menos 30 minutos antes do sucralfato, para não atrasar
a absorção de lansoprazol.
Deve-se ter cuidado quando o lansoprazol for administrado à pacientes idosos com alteração na
função hepática (do fígado).
Com levofloxacino:
Pyloripac Retrat deve ser tomado pelo menos duas horas antes ou após a administração de
antiácidos que contenham cálcio, magnésio ou alumínio, como também sucralfato, ferro e
polivitamínicos contendo zinco, pois podem interferir com a absorção do levofloxacino.
Informe ao médico caso você tenha ou já teve problemas no tendão (particularmente o de Aquiles).
Na suspeita de tendinite, o tratamento com o levofloxacino deve ser interrompido imediatamente.
Informe ao médico caso você utilize medicamentos para convulsão. O levofloxacino deve ser
utilizado com extrema cautela se você tiver predisposição à convulsão.
Pacientes idosos não necessitam de ajuste das doses, desde que não tenham doença nos rins.
Com amoxicilina:
Não é recomendado o uso conjunto de probenecida e amoxicilina, pois pode aumentar o nível da
amoxicilina no sangue.
A amoxicilina não deve ser administrada junto com antibacterianos bacteriostáticos (tetraciclinas,
eritromicina, sulfonamidas, cloranfenicol), já que um efeito contrário pode ocorrer.
Podem ocorrer reações alérgicas da pele se você usar alopurinol durante o tratamento com
amoxicilina.
A amoxicilina pode reduzir a eficácia dos anticoncepcionais orais. Antes de iniciar o tratamento com
Pyloripac Retrat, avise seu médico se você faz uso de anticoncepcionais orais.
Pacientes idosos são mais susceptíveis a apresentarem insuficiência renal relacionada à idade, fato
que pode necessitar de um ajuste na dose de amoxicilina.
Com lansoprazol:
As seguintes alterações nos testes laboratoriais foram relatadas como eventos adversos:
Eletrólitos aumentados/diminuídos.
Plaquetas aumentadas/diminuídas/anormais.
Com amoxicilina:
Recomenda-se que, ao realizar testes para verificação da presença de glicose na urina durante o
tratamento com amoxicilina, sejam usados métodos de glicose oxidase enzimática.
Devido às altas concentrações urinárias de amoxicilina, leituras falso-positivas são comuns com
métodos químicos.
Teste de antiglobulina direto (Coombs): resultados falso-positivos podem ocorrer durante a terapia
com qualquer penicilina.
Elevação dos níveis de TGO, TGP, fosfatase alcalina e LDH (desidrogenase lática).
Com levofloxacino:
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.”
“Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.”
“Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.”
A cápsula de lansoprazol é vermelha e branca e no seu interior contém microgrânulos de lansoprazol com
revestimento entérico branco ou praticamente branco.
O comprimido revestido de levofloxacino possui coloração salmão, formato oval, convexo, vincado em
uma das faces e liso na outra.
A cápsula de amoxicilina é azul escuro e amarelo ouro, contendo pó branco a levemente amarelado.
Modo de usar
O Pyloripac Retrat deve ser administrado por via oral com água.
Pela manhã, ao acordar (em jejum), tomar ao mesmo tempo 1 cápsula de lansoprazol 30 mg, 1 comprimido
de levofloxacino 500 mg e 2 cápsulas de amoxicilina 500 mg. Aguardar pelo menos 30 minutos para se
alimentar.
Caso você esqueça de tomar Pyloripac Retrat no horário recomendado pelo seu médico, não deve
ingerir duas doses ao mesmo tempo. Os comprimidos e cápsulas seguintes devem ser tomados no horário
habitual. Em caso de ineficácia, comunique seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
O prazo de validade do Pyloripac Retrat é de 24 meses a partir da data de fabricação, que pode ser
verificado na embalagem externa do produto.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do
medicamento.
O lansoprazol pode causar: diarreia, dor de cabeça, tontura, náusea, prisão de ventre, epigastralgia (dor
na “boca” do estômago), anorexia (perda de apetite com grande emagrecimento), constipação (intestino
preso), boca seca, dispepsia (má digestão), eructação (arrotos), flatulência (gases), agitação, sonolência,
insônia, ansiedade, mal-estar.
O levofloxacino pode causar: diarreia, náuseas (enjoos), vaginite (inflamação da vagina), flatulência,
dores abdominais, prurido (coceira), rash cutâneo (vermelhidão na pele), dispepsia, insônia, visão turva,
insuficiência renal aguda (perda da função dos rins), artrite (inflamação da articulação), confusão mental,
convulsões, depressão, granulocitopenia (diminuição de leucócitos no sangue), reação de mania, pancreatite
A amoxicilina pode causar: rash eritematoso (vermelhidão na pele), urticária (reação alérgica), náusea,
vômito, diarreia, aumento moderado do SGOT (enzima do fígado), anemia (diminuição das células
vermelhas do sangue), trombocitopenia, púrpura trombocitopênica (diminuição do número de plaquetas no
sangue, que causa um sangramento anormal), eosinofilia, leucopenia, agranulocitose (falta ou diminuição
de glóbulos brancos no sangue), hiperatividade (desordem do déficit de atenção) reversível, agitação,
ansiedade, insônia, confusão mental, mudanças no comportamento e/ou vertigem (tontura).
Algumas reações adversas (p. ex., tontura/vertigem, sonolência, distúrbios visuais) podem prejudicar
a habilidade em se concentrar e reagir; portanto, podem constituir um risco em situações onde essas
habilidades são de extrema importância (p. ex., dirigir veículos ou operar máquinas).
O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma
só vez?
Caso isso ocorra, suspenda imediatamente o uso do produto e procure orientação médica.
Até o momento não há informação disponível sobre superdose de lansoprazol em humanos. O lansoprazol
não é removido da circulação por hemodiálise.
Características farmacológicas
O levofloxacino é altamente bactericida in vitro e seu espectro antibacteriano cobre muitas bactérias
Gram-positivas e Gram-negativas.
A farmacocinética do levofloxacino é afetada pela insuficiência renal. Quando a função renal está reduzida,
a eliminação renal e o clearance são diminuídos, e a meia-vida de eliminação é aumentada.
Não há diferenças significativas na cinética do levofloxacino entre jovens e pacientes idosos, exceto
aquelas diferenças associadas ao clearance de creatinina.
As análises separadas de pacientes do sexo masculino e feminino não mostraram nenhuma diferença
clínica relevante na farmacocinética do levofloxacino.
A amoxicilina é bem absorvida tanto pela via entérica como pela parenteral. Sua meia-vida após a
administração do produto é de 1,3 horas.
A amoxicilina não tem ligações proteicas em grande número, aproximadamente 20%. Espalha-se
rapidamente nos tecidos e fluidos do corpo, com exceção do cérebro e seus fluidos.
É um antibiótico semissintético com um largo espectro de atividade bactericida contra muitos micro-
organismos Gram-positivos e Gram-negativos. A amoxicilina é, todavia, suscetível à degradação por beta-
lactamases, e portanto, o espectro de atividade não inclui organismos que produzem estas enzimas.
É bactericida para uma larga faixa de bactérias, incluindo: Streptococcus, espécies de Staphylococcus não
produtoras de beta-lactamase, Pneumococcus, Enterococcus, Listeria, Corynebacteria, Clostridia, Bacillus
anthracis, Erysipelothrix, Rhusiopathial e bactérias Gram-negativas, como Meningococcus, Gonococcus,
Bordetella pertussis, Haemophilus influenzae e parainfluenzae, Escherichia coli, Proteus mirabilis,
Salmonella e Shigellae.
Resultados de eficácia
Estudos recentes mostram boa eficácia e tolerabilidade do levofloxacino no tratamento de pacientes com
2 falhas consecutivas na eliminação do H. pylori (1-4).
Zullo et. al. avaliaram a eficácia da combinação levofloxacino-amoxicilina no tratamento de doentes, onde
a falha terapêutica já estava estabelecida, em duas ou mais tentativas terapêuticas. A infecção bacteriana
foi avaliada pelo teste rápido da urease e histologia de biópsias gástricas com endoscopia. Os pacientes
receberam durante 10 dias um IBP associado com 250 mg de levofloxacino duas vezes ao dia (total de
500 mg ao dia) e amoxicilina 1 grama duas vezes ao dia (total de 2 gramas ao dia). Após quatro semanas
de terapia a eliminação do Helicobacter pylori foi avaliada por uma nova endoscopia ou pelo teste do
Carbono 13 expirado. Os resultados mostram êxito em 88,2% dos casos (95% IC = 77,4–99,0), boa
adesão e presença de efeitos adversos leves em 20,1%, onde não foi necessário interromper o tratamento.
A conclusão demonstra que um tratamento de 10 dias com o binônimo antibiótico levofloxacino-amoxicilina
associado a um IBP se apresenta como uma forma segura e bem sucedida na abordagem terapêutica para
o retratamento do Helicobacter pylori (5).
Levofloxacin based triple teraphy versus bysmuth base quadruple theraphy for persistent
Helicobacter pylori infection: A meta-analysis. AM J gastroenterol. 2006; 101:488-496
Taxa geral de erradicação na análise envolvendo todos os trabalhos mostrou ¼ Esquema tríplice
87% (95% CI: 79-96%) VS Esquema quádruplo 60% (95% CI:45-74%).
Descontinuação do tratamento em razão dos efeitos colaterais: Esquema tríplice ¼ 0.5% (1 pac/190)
vs. 6.6% (14/221 pac) no esquema quádruplo. Risco relativo para descontinuação do tratamento
favorável ao esquema tríplice RR = 0.30 (95% CI: 0.10-0.89)
Comparação entre 7 e 10 dias de tratamento com esquema tríplice mostrou ¼ 10 dias – 87% ( 95% CI:
82-92%) ; 7 dias 68% (95% CI 62-74%)
Após falha na eliminação do H. pylori, o esquema tríplice de 10 dias de retratamento com levofloxacino é
mais efetivo e com maior tolerabilidade em relação ao esquema quádruplo.
Pelo “II Consenso Brasileiro sobre Helicobacter pylori”, o H. pylori deve ser eliminado nas seguintes situações:
Indicações
Retratamento para eliminação da bactéria H. pylori associada a úlceras gástricas ou duodenais ativas
ou cicatrizadas. Após a falência do tratamento considerado de primeira linha, indica-se o uso de
Pyloripac Retrat.
Contraindicações
Lansoprazol
Levofloxacino
O uso durante a gravidez, em mulheres lactantes em crianças e adolescentes, está contraindicado devido
ao risco de danos causados na cartilagem de organismos em crescimento, o que não pode ser excluído
completamente (considerando-se os experimentos em animais).
Amoxicilina
Posologia
O Pyloripac Retrat deve ser administrado por via oral com água.
Pela manhã, ao acordar (em jejum), tomar ao mesmo tempo 1 cápsula de lansoprazol 30 mg, 1 comprimido
de levofloxacino 500 mg e 2 cápsulas de amoxicilina 500 mg. Aguardar pelo menos 30 minutos para se
alimentar.
Caso você esqueça de tomar Pyloripac Retrat no horário recomendado pelo seu médico, não deve
ingerir duas doses ao mesmo tempo. Os comprimidos e cápsulas seguintes devem ser tomados no horário
habitual. Em caso de ineficácia, comunique seu médico.
Advertências
Lansoprazol
Os pacientes devem ser advertidos para que não abram ou mastiguem as cápsulas; elas devem ser deglutidas
inteiras, para preservar a cobertura entérica dos grânulos. Por ser eliminado predominantemente por via biliar,
o perfil farmacocinético de lansoprazol pode ser modificado por insuficiência hepática moderada a severa, bem
como em idosos. Deve-se ter cautela na prescrição de lansoprazol a pacientes idosos com disfunção hepática.
Levofloxacino
A dose de levofloxacino deve ser ajustada nos pacientes com insuficiência renal, uma vez que é excretado
principalmente pelos rins.
Embora a fotossensibilização seja muito rara com levofloxacino, é recomendado que os pacientes não
se exponham desnecessariamente a excessiva luz solar direta ou aos raios U.V. artificiais (p. ex., luz
ultravioleta, solarium) a fim de prevenir a fotossensibilização.
Avaliações repetidas das condições dos pacientes são essenciais. Devem ser tomadas medidas apropriadas,
caso ocorra superinfecção durante o tratamento.
Devido à baixa eficácia em anaeróbios, que são comuns em infecções intra-abdominais, em caso de
suspeita de infecção por micro-organismo anaeróbio, o uso deste medicamento deve ser associado ao uso
de fármacos anaerobicidas.
Pacientes com defeito latente ou atual na atividade da glicose-6-fosfato desidrogenase podem estar
predispostos a reações hemolíticas quando tratados com agentes antibacterianos quinolônicos, e isto tem
que ser levado em consideração quando da utilização do levofloxacino.
Como com qualquer outra quinolona, o levofloxacino deve ser utilizado com extrema cautela em pacientes
predispostos à convulsão. Os mesmos podem ser pacientes com lesão do sistema nervoso central pré-
existente, ou em tratamento concomitante com fenbufeno e anti-inflamatórios não-esteroidais similares
ou com fármacos que diminuem o limiar da convulsão cerebral, como a teofilina (ver item “Interações
Medicamentosas”).
A ocorrência de diarreia, particularmente grave, persistente e/ou com sangue, durante ou após o
tratamento com levofloxacino pode ser indicativa de colite pseudomembranosa devido ao Clostridium
difficile. Na suspeita de colite pseudomembranosa, a administração de levofloxacino deve ser interrompida
imediatamente.
O tratamento com antibiótico específico apropriado deve ser iniciado o quanto antes (p. ex., vancomicina
oral, teicoplanina oral ou metronidazol).
A tendinite, raramente observada com quinolonas, pode ocasionalmente levar a ruptura envolvendo
particularmente o tendão de Aquiles. Este efeito indesejado pode ocorrer nas 48 horas do início do
tratamento e pode ser bilateral. Os pacientes idosos estão mais predispostos à tendinite. O risco de
ruptura de tendão pode ficar aumentado na administração concomitante de corticosteroides. Na suspeita
de tendinite, o tratamento com este medicamento deve ser interrompido imediatamente.
O tratamento apropriado (p. ex., imobilização) deve ser iniciado no tendão afetado.
Amoxicilina
O uso de amoxicilina durante a gravidez pode ser considerado apropriado quando o benefício potencial
se sobrepõe ao risco potencial associado ao tratamento.
Rashes eritematosos (morbiliformes) têm sido associados à febre glandular em pacientes recebendo
amoxicilina.
Embora a amoxicilina possa ser administrada durante a lactação, da mesma forma que outros antibióticos
desta classe, é excretada pelo leite materno; portanto, deve-se ter cuidado quando a amoxicilina é
administrada a mulheres que estão amamentando, pois pode provocar no lactente diarreia, candidíase e
rash cutâneo.
A ocorrência de diarreia pode interferir com a absorção de outros medicamentos e, desta forma, reduzir
sua eficácia.
Embora a anafilaxia seja mais frequente após o tratamento parenteral, pode também ocorrer em pacientes
recebendo tratamento oral. Estas reações são mais passíveis de ocorrerem em indivíduos com história
de hiperssensibilidade à penicilina e/ou reações de hiperssensibilidade a múltiplos alérgenos. Têm sido
relatados casos de pacientes com história de hiperssensibilidade à penicilina e que tiveram graves reações
quando tratados com cefalosporinas.
Antes de iniciar um tratamento com um derivado penicilânico, deve ser realizada uma criteriosa e
minuciosa pesquisa do passado alérgico do paciente quanto a reações às penicilinas, cefalosporinas ou a
outros alérgenos. Caso ocorra uma reação alérgica, amoxicilina deve ser imediatamente descontinuada e
terapêutica adequada deve ser instituída.
Da mesma forma que com outras drogas potentes, o acompanhamento das funções renal, hepática e
hematopoiética deve ser feito durante a terapia prolongada.
Um grande número de pacientes com mononucleose que recebem ampicilina desenvolve rash cutâneo.
Assim, os antibióticos desta classe não devem ser administrados a pacientes com mononucleose.
A possibilidade de superinfecções por fungos ou bactérias deve ser considerada durante o tratamento.
Se a superinfecção ocorrer, usualmente envolvendo Enterobacter, Pseudomonas ou Candida, a droga deve
ser descontinuada e/ou a terapia apropriada instituída.
Algumas reações adversas (p. ex., tontura/vertigem, sonolência, distúrbios visuais) podem prejudicar a
habilidade dos pacientes em se concentrar e reagir; portanto, podem constituir um risco em situações
onde essas habilidades são de extrema importância (p. ex., dirigir veículos ou operar máquinas).
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.”
Pacientes idosos
Lansoprazol
Deve-se ter cautela quando for administrado a idosos com disfunção hepática.
Levofloxacino
As doses recomendadas são válidas também para pacientes idosos. Não há necessidade de ajuste das
doses, desde que esses pacientes não tenham alterações na função renal.
Amoxicilina
As penicilinas têm sido empregadas em pacientes idosos e nenhum problema específico à geriatria
foi documentado até o presente. Entretanto, pacientes idosos são mais susceptíveis a apresentarem
insuficiência renal relacionada à idade, fato que pode requerer um ajuste na dose para estes pacientes
que recebem penicilinas, como a amoxicilina.
Crianças
Lansoprazol
Entretanto, não existem estudos adequados ou bem controlados na gestação humana. Não é conhecido
se lansoprazol é excretado no leite materno, devendo-se ter cautela em sua administração a mulheres no
período da amamentação.
Levofloxacino
Este medicamento não deve ser utilizado em mulheres grávidas e lactantes. Estudos de reprodução em
animais não levantaram qualquer preocupação específica. Entretanto, esta contraindicação é baseada
na ausência de dados humanos e devido ao risco de danos em estudos experimentais utilizando
fluorquinolonas, incluindo o levofloxacino, nas cartilagens de organismos em crescimento, esta atitude
restritiva é justificada.
Amoxicilina
O uso de amoxicilina durante a gravidez pode ser considerado apropriado quando o benefício potencial
se sobrepõe ao risco potencial associado ao tratamento.
Rashes eritematosos (morbiliformes) têm sido associados à febre glandular em pacientes recebendo
amoxicilina.
Embora a amoxicilina possa ser administrada durante a lactação, da mesma forma que outros antibióticos
desta classe, é excretada pelo leite materno; portanto, deve-se ter cuidado quando a amoxicilina é administrada
a mulheres que estão amamentando, pois pode provocar no lactente diarreia, candidíase e rash cutâneo.
Lansoprazol
Lansoprazol
Amoxicilina
Insuficiência leve (clearance de creatinina > 30 ml/min): nenhuma alteração na dose. Insuficiência
moderada (clearance de creatinina 10 - 30 ml/min): máximo 500 mg, 2 vezes ao dia. Insuficiência grave
(clearance de creatinina < 10ml/min): máximo 500 mg/dia.
Levofloxacino: a dose de levofloxacino deve ser ajustada nos pacientes com insuficiência renal, uma vez
que o levofloxacino é excretado principalmente pelos rins.
Interações medicamentosas
Lansoprazol
O lansoprazol é metabolizado pelo sistema do citocromo P450. Estudos clínicos mostraram que
lansoprazol, em indivíduos sãos, não têm interações clínicas com varfarina, antipirina, indometacina,
aspirina, ibuprofeno, fenitoína, prednisona, antiácidos a base de hidróxido de alumínio ou magnésio ou
diazepam. Quando lansoprazol é administrado concomitantemente com teofilina, um pequeno aumento
(10%) na depuração de teofilina foi observado. Devido à pequena magnitude e à direção desse efeito
sobre a depuração da teofilina, dificilmente esta interação representará preocupação do ponto de vista
clínico. Mesmo assim, alguns casos individuais podem necessitar titulação adicional da dose de teofilina,
quando lansoprazol for iniciado ou interrompido, para assegurar níveis sanguíneos clinicamente efetivos.
Administração concomitante de lansoprazol e sucralfato retarda a absorção de lansoprazol e reduz
sua biodisponibilidade em aproximadamente 30%. Portanto, lansoprazol deve ser tomado pelo menos
30 minutos antes do sucralfato. Não há diferença estatisticamente significante no Cmáx quando lansoprazol
é administrado uma hora após preparados antiácidos com hidróxido de alumínio e magnésio.
Como lansoprazol causa inibição profunda e duradoura da secreção ácida gástrica, é teoricamente possível
que possa interferir na absorção de fármacos em que o pH gástrico seja um importante determinante da
biodisponibilidade (por exemplo: cetoconazol, ésteres da ampicilina, sais de ferro, digoxina).
As seguintes alterações nos testes laboratoriais foram relatadas como eventos adversos:
Elevação nos níveis de TGO e TGP; elevação da creatinina sérica; elevação dos níveis de fosfatase alcalina;
elevação dos níveis de globulinas; elevação dos níveis de GGTP; leucocitose ou leucopenia; alteração na
contagem dos glóbulos vermelhos; aumento dos níveis séricos de bilirrubina; eosinofilia; hiperlipemia;
alterações hidroeletrolíticas; plaquetose ou plaquetopenia; elevação dos níveis de gastrina.
Levofloxacino
Não existe interação clinicamente significativa de levofloxacino, com alimentos. Os comprimidos podem,
portanto, ser administrados concomitantemente com alimentos.
É recomendado que preparações contendo cátions bivalentes ou trivalentes como sais de ferro ou antiácidos
contendo magnésio ou alumínio, não sejam administradas duas horas antes ou depois da administração
de levofloxacino. Não foi observada interação com carbonato de cálcio.
Dados de estudos clínicos indicam que não houve interação farmacocinética com levofloxacino e teofilina.
Entretanto, pode ocorrer uma redução pronunciada no limiar da convulsão cerebral na administração
conjunta de quinolonas e teofilina, fármacos anti-inflamatórios não-esteroidais ou outros agentes que
diminuem o limiar da convulsão. As concentrações de levofloxacino foram cerca de 13% mais altas na
presença de fenbufeno do que quando administrados separadamente.
Deve-se ter cautela na administração concomitante de levofloxacino com drogas que afetam a secreção
tubular renal, como probenecida e cimetidina, especialmente em pacientes com insuficiência renal.
A probenecida e cimetidina causaram um efeito estatisticamente significativo na eliminação do levofloxacino.
O clearance renal do levofloxacino foi reduzido pela cimetidina (24%) e probenecida (34%). Isto ocorre
porque ambas as drogas são capazes de bloquear a secreção tubular renal do levofloxacino. Entretanto, nas
doses testadas no estudo, as diferenças cinéticas estatisticamente significativas não têm relevância clínica.
A meia-vida da ciclosporina é aumentada em 33% quando administrada juntamente com levofloxacino. Não
é requerido o ajuste da dose da ciclosporina, uma vez que este aumento não é clinicamente relevante.
Tem-se relatado em pacientes tratados com levofloxacino e antagonistas da vitamina K (ex.: varfarina), alteração
nos testes de coagulação (tempo de protrombina corrigido) e/ou sangramento, os quais podem ser graves.
Portanto, os parâmetros de coagulação devem ser monitorados em pacientes tratados com antagonistas
da vitamina K.
Dados de estudos clínicos farmacológicos conduzidos para investigar possíveis interações farmacocinéticas entre
levofloxacino e algumas drogas comumente prescritas, relataram que a farmacocinética do levofloxacino não
foi afetada em qualquer proporção clinicamente significante quando este foi administrado concomitantemente
às seguintes drogas: carbonato de cálcio, digoxina, glibenclamida, ranitidina e varfarina.
Inibição do crescimento do Mycobacterium tuberculosis, podendo fornecer resultados falso- negativos nos
diagnósticos bacteriológicos da tuberculose; elevação nos níveis de TGO e TGP; aumento da bilirrubina e
creatinina; eosinofilia; leucopenia; neutropenia; trombocitopenia; agranulocitose; pancitopenia.
Amoxicilina
A probenecida inibe a excreção renal da amoxicilina. O seu uso concomitante com amoxicilina pode
resultar em um aumento do nível da amoxicilina no sangue; portanto, não é recomendado.
A amoxicilina não deve ser administrada junto com antibacterianos bacteriostáticos (tetraciclinas,
eritromicina, sulfonamidas, cloranfenicol), já que pode ocorrer um efeito antagônico.
A absorção da digoxina, quando usada concomitantemente, pode ser aumentada durante o tratamento
com amoxicilina.
Da mesma forma que outros antibióticos de amplo espectro, amoxicilina pode reduzir a eficácia dos
contraceptivos orais. As pacientes devem ser avisadas quanto a este fato.
Recomenda-se que, ao realizar testes para verificação da presença de glicose na urina durante o tratamento
com amoxicilina, sejam usados métodos de glicose oxidase enzimática. Devido às altas concentrações
urinárias de amoxicilina, leituras falso-positivas são comuns com métodos químicos; teste de antiglobulina
direto (Coombs): resultados falso-positivos podem ocorrer durante a terapia com qualquer penicilina;
elevação dos níveis de TGO, TGP, fosfatase alcalina e LDH; contagem de células sanguíneas brancas:
leucopenia ou neutropenia estão associadas com o uso de todas as penicilinas. Este efeito é mais provável
ocorrer com a terapia prolongada e na presença de insuficiência da função hepática severa.
Informe ao seu médico o aparecimento de reações diferentes ou desagradáveis. Outras reações adversas
relacionadas a cada um dos fármacos que compõem Pyloripac Retrat:
Lansoprazol
Os eventos adversos mais frequentemente relatados em estudos a curto prazo (até 8 semanas de duração)
e considerados possíveis ou prováveis de estarem relacionados com o uso de lansoprazol, foram: diarreia,
cefaleia, tontura, náusea e constipação.
Estudos clínicos de fase II e III que abrangeram mais de 6.100 pacientes com lansoprazol utilizando várias
dosagens e tempos variáveis demonstraram que a substância é bem tolerada nos tratamentos a curto e a
longo prazo. As seguintes reações adversas foram relatadas como possíveis ou prováveis com o medicamento
em cifras superiores a 1%: náusea (1,4%), epigastralgia (1,8%), diarreia (3,6%) e cefaleia (1%).
Outras reações adversas relatadas nos estudos clínicos, cuja incidência, porém, não ultrapassou 1%
foram: anorexia, constipação, boca seca, dispepsia, eructação, flatulência, agitação, sonolência, insônia,
ansiedade, mal-estar.
Levofloxacino
As informações fornecidas a seguir estão baseadas nos dados de estudos clínicos, em 5.244 pacientes
tratados com levofloxacino e em extensa experiência pós-comercialização. De acordo com as recomendações
da CIOMS, têm-se utilizado os seguintes índices de frequência:
Muito comum: acima de 10%; Comum: de 1% a 10%; Incomum: de 0,1 % a 1%; Raro: 0,01% a 0,1%;
Muito raro: menos que 0,01%; Casos isolados.
Gastrintestinal, metabolismo: Comum: náusea, diarreia; Incomum: anorexia, vômito, dor abdominal,
dispepsia; Raro: diarreia com sangue, que em casos muito raros pode ser indicativa de enterocolite,
incluindo colite pseudomembranosa; Muito raro: hipoglicemia, particularmente em pacientes diabéticos.
Músculoesquelética: Raro: artralgia, mialgia, problemas no tendão incluindo tendinite (p. ex., tendão
de Aquiles); Muito raro: ruptura do tendão (p. ex., tendão de Aquiles). Fraqueza muscular, que pode ser de
extrema importância em pacientes com miastenia grave; Casos isolados: rabdomiólise.
Problemas hepáticos e renais: Comum: aumento de enzimas hepáticas (por exemplo: TGP/TGO);
Incomum: aumentos da bilirrubina e creatinina sérica; Muito raro: reações hepáticas como hepatite,
insuficiência renal aguda (p. ex., devido à nefrite intersticial).
Amoxicilina
Como ocorre com outras drogas da mesma classe, espera-se que as reações desagradáveis estejam
essencialmente limitadas a fenômenos de hiperssensibilidade, tais como: rash eritematoso e urticária,
que podem ser controlados com anti-histamínicos e, se necessário, corticosteroides sistêmicos. Estes
fenômenos são mais prováveis de ocorrer em indivíduos que já tenham demonstrado hiperssensibilidade
às penicilinas e naqueles que tenham histórico de alergia, asma, febre do feno ou urticária. Sempre que
tais reações ocorrerem, a amoxicilina deve ser descontinuada, a não ser que o médico seja contrário à
interrupção do tratamento.
Hepáticos: foi relatado aumento moderado no SGOT, mas a significância deste achado é desconhecida.
Sistema Nervoso Central: hiperatividade reversível, agitação, ansiedade, insônia, confusão mental,
mudanças no comportamento e/ou vertigem foram raramente relatadas.
Atenção: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança
aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe
seu médico.
Superdose
Lansoprazol
Até o momento, não há informação disponível sobre superdose em humanos. Em ratos e camundongos,
a administração oral de doses até 5.000 mg/kg (aproximadamente 250 vezes a dose em humanos), não
resultou em morte de animais.
Levofloxacino
De acordo com estudos de toxicidade em animais, os sinais mais importantes após a ocorrência de
superdose oral aguda com levofloxacino são: sintomas no Sistema Nervoso Central como confusão,
vertigens, alterações de consciência, e convulsões.
Em estudos de farmacologia clínica realizados com uma dose supra-terapêutica foram observados aumento
do intervalo QT.
Em casos de superdose, o paciente deve ser observado cuidadosamente (incluindo monitorização do ECG)
e tratamento sintomático deve ser implementado.
Em caso de superdose aguda, deve-se considerar também a lavagem gástrica e pode-se utilizar antiácidos
para a proteção da mucosa gástrica.
A hemodiálise, incluindo diálise peritoneal e CAPD (diálise peritoneal ambulatorial contínua) não são
efetivas em remover o levofloxacino do corpo. Não existe antídoto específico.
Amoxicilina
Como os demais antibióticos penicilínicos, tem potencial para efeitos adversos fundamentalmente
relacionados às reações de hiperssensibilidade, as quais independem de dose. Reações tóxicas, dependentes
de doses elevadas, são praticamente desprezíveis. No entanto, a ocorrência de distúrbios gastrointestinais,
principalmente diarreia, merece consideração. Nestes casos, o tratamento deve ser sintomático com
atenção ao balanço hidroeletrolítico.
A amoxicilina pode ser removida da circulação por hemodiálise, com níveis de depuração da ordem de
35%; porém não deve ser removida por diálise peritoneal.
Pacientes com disfunção renal são mais susceptíveis a alcançar níveis sanguíneos tóxicos.
Armazenagem
Referências bibliográficas
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persistent H. pylori after a failed conventional triple therapy. Helicobacter 2007;12:359–63 .
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Capítulo 4
Benestare
Índice
Capítulo 4 – Benestare..........................................................................................................................3
Tratamento.......................................................................................................................................8
Benestare .........................................................................................................................................12
Introdução ...................................................................................................................................12
Farmacodinâmica ........................................................................................................................13
Farmacocinética ..........................................................................................................................13
Indicações ...................................................................................................................................13
Contraindicações.........................................................................................................................13
Posologia.....................................................................................................................................15
Apresentação ..............................................................................................................................15
Concorrentes ....................................................................................................................................18
A função intestinal normal pode ser definida pela frequência e facilidade para as evacuações, consistência
das fezes e volume fecal. Habitualmente, a frequência normal de evacuações varia de 3 vezes por semana
a 3 vezes ao dia, em volume compreendido entre 100 e 200 g/dia. Modificações súbitas da fisiologia
gastrointestinal podem ocasionar diarreia ou constipação.
Distúrbios do funcionamento intestinal são condições clínicas frequentes que levam a desregularização
dessa fisiologia.
Constipação intestinal
A constipação intestinal é um dos sintomas gastrintestinais mais frequentes nos consultórios de gastroenterologia
e a cada dia, torna-se mais comum na população em geral, devido em grande parte à mudança dos hábitos
alimentares imposta pela industrialização do mundo moderno. Os alimentos industrializados apresentam baixa
quantidade de fibra vegetal, refletindo não somente na qualidade de vida dos pacientes, como também no
cotidiano econômico das sociedades, que gastam com consultas médicas e medicamentos.
Sua alta prevalência faz com que seja considerada endêmica em algumas populações com idade avançada.
Nos Estados Unidos, são emitidas mais de 3 milhões de prescrições de laxativos ao ano, além de mais de
800 milhões de dólares em compras daqueles que podem ser obtidos sem prescrição.
Muitos pacientes, por vezes classificados como constipados crônicos, apresentam somente uma alteração transitória
no seu hábito intestinal, outros apresentam sintomas relacionados à síndrome do instestino irritável.
Em termos gerais, a constipação pode ser definida como a evacuação de fezes excessivamente ressecadas,
escassas e infrequentes, estabelecendo um número de evacuações inferior a uma (01) a cada 72 horas,
ou com peso inferior a 35 g/dia. De acordo com o Comitê de Roma, o constipado deve apresentar dois ou
mais dos seguintes critérios:
Os sintomas da constipação podem aparecer secundariamente a outras condições patológicas que incluem
doenças primárias do cólon, doenças metabólicas e patologias neurológicas. São, portanto, sintomas
com grande variedade de causas, que vão desde alterações endócrinas, medicamentosas, secundárias
a alterações anatômicas, ou podendo ainda ter origem funcional. Quando isto ocorre, dizemos que a
constipação é crônica secundária, pois advém de uma causa específica.
Fatores extrínsecos
Estruturais
Colorretal: neoplasia, estenose, isquemia, doença diverticular;
Anorretal: inflamação, prolapso, retocele, fissura.
Sistêmicas
Hipocalemia;
Hipercalcemia;
Hiperparatireoidismo;
Hipotireoidismo;
Diabetes;
Porfiria (crises graves de sintomas gastrointestinais e neurológicos);
Uremia;
Amiloidose (acúmulo da proteína amiloide, causando fácil sangramento);
Esclerodermia (alterações degenerativas e formação de cicatrizes);
Gravidez.
Neurológicas
Neuropatia;
Medicamentos
Anticonvulsivantes;
Anti-histaminicos;
Anti-hipertensivos;
Diuréticos;
Fisiopatologia incerta
Um histórico cuidadoso deve ser feito, orientando exames complementares apropriados, para que se
tenha uma determinação da causa da constipação e um tratamento definitivo para o problema.
Diarreia aguda
Define-se diarreia aguda como três ou mais evacuações ao dia (ou pelo menos 200 g de fezes/dia) com
duração de até 14 dias. Diarreias que permanecem por mais de 14 dias são denominadas persistentes e
aquelas com duração superior a 30 dias são denominadas crônicas.
Estima-se que ocorram 211 a 270 milhões de episódios diarreicos anualmente nos Estados Unidos,
com cerca de 0,72 episódio por adulto por ano. Dessas diarreias, 76 milhões de casos de intoxicações
alimentares ocorrem por ano e em 82% dos casos a etiologia permanece sem definição.
Em crianças de países desenvolvidos, a incidência de diarreia é de 2,2 episódios/ano, enquanto nos países
em desenvolvimento esse número alcança a mediana de 3,2 episódios de diarreia por criança/ano para
idade inferior a 5 anos. A etiologia predominante desses quadros é viral e, reconhecidamente, a incidência
de diarreias bacterianas é maior do que nos países desenvolvidos.
Os vírus mais frequentemente relacionados a esses quadros são norovírus, rotavírus, astroviroses e
adenoviroses entéricas, proporcionando diarreias aquosas, náuseas, vômitos, mialgia, fadiga, desidratação
e febre baixa. Nos quadros ocasionados por bactérias, a queixa inicial é de diarreia aquosa, que pode,
no entanto, tornar-se sanguinolenta. Os patógenos mais comumente responsáveis são: Shigella,
Campylobacter, Yersinia, Aeromonas e Plesiomonas, que, além de diarreia, podem ocasionar febre e sinais
de desidratação.
Quadros que se seguem à exposição recente a organismos infecciosos, com mudança de hábito intestinal,
dor ou desconforto abdominal, podem responsabilizar-se pela denominada síndrome do intestino
irritável pós-infecciosa relatada, usualmente, após quadros de diarreia do viajante com infecção por ETEC
(Escherichia coli enterotoxigênica) e EAEC (Escherichia coli enteroagregativa), assim como em 8% a 10%
após gastroenterites causadas por Campylobacter, Shigella e Salmonella.
Diarreia crônica
As causas das diarreias crônicas incluem inflamação, efeitos osmóticos, secretores, iatrogênicas (resultados
decorrentes de “erros ou acidentes” médicos), motoras e funcionais. Raramente essa condição é de origem
infecciosa e originada, principalmente, por agentes como Clostridium difficile, Yersinia enterocolitica,
Shigella sp. e citomegalovírus.
Em sua maioria, as diarreias crônicas não têm uma única causa em sua origem fisiopatológica. Diarreia
funcional e diarreia associada à síndrome do intestino irritável (SII) acometem 3% a 5% da comunidade.
A SII pós-infecciosa, por sua vez, corresponde aos quadros de mudança de hábito intestinal, início
recente de dor abdominal ou desconforto que se segue à exposição recente a organismos infecciosos,
principalmente após as denominadas diarreias do viajante, em infecções por ETEC, EAEC, assim como
após gastroenterites causadas por Campylobacter, Shigella e Salmonella (8% a 10% dos casos).
De forma geral ocorrem cerca de 2 a 4 bilhões de casos de intoxicações alimentares e diarreia no mundo,
resultando em 3,1 milhões de óbitos, na maioria em crianças de países em desenvolvimento.
Tratamento
A constipação intestinal deve receber um tratamento individualizado de acordo com a doença causal.
De acordo com as normas da Organização Mundial de Gastroenterologia, o tratamento sintomático deve
ser iniciado com incentivo à mudança no estilo de vida e na dieta.
O tratamento não medicamentoso está relacionado principalmente aos hábitos alimentares do paciente. Uma
dieta normal balanceada deve conter no mínimo de 20 a 30 g de fibras/dia. Ingestão de legumes, verduras,
grãos e frutas devem acontecer diariamente. O uso de óleos vegetais também ajuda no funcionamento
intestinal. Além da dieta controlada, é recomendado que o paciente pratique exercícios físicos regulares.
Outro fator importante relaciona-se ao hábito evacuatório. O paciente deve ser encorajado a sentar
no vaso sanitário uma vez ao dia, de preferência após uma das refeições principais. Da mesma forma,
aconselha-se não se negar o reflexo gastrocólico.
Tratamento medicamentoso
Em muitos casos, as medidas dietéticas e as mudanças de comportamento não atingem efeito satisfatório,
pois implicam em mudanças de hábitos arraigados, aos quais o paciente frequentemente retorna após a
normalização das evacuações. Nestes casos, o próximo passo no tratamento da constipação é o uso de
laxantes. Existem 4 tipos de medicamentos laxativos diferentes (Figura 5A).
Colecistocinina estimula
a motilidade
A constipação e a diarreia podem ser tratadas com fibras fornecidas na dieta. Porém, a fibra não
processada constitui uma fonte facilmente disponível de laxativo formador de massa, não digerível, que
pode ser recomendada quando somente as fibras ingeridas na dieta não forem suficientes para o alívio
dos sintomas da constipação.
Essas substâncias são capazes de reter água na sua estrutura, como se fosse uma grande esponja, aumentando
o volume das fezes, diminuindo sua consistência e facilitando a evacuação. Além de amolecerem as fezes
pela captação de água, estimulam a motilidade pela distensão que provocam na parede do cólon.
Entre essas substâncias estão os preparados de psyllium e de plantago ovata, que são fibras alimentares
naturais. A policarbofila cálcica (Benestare), assim como estas fibras naturais, é uma fibra
incrementadora do bolo fecal, porém é uma fibra sintética.
A policarbofila cálcica é uma fibra não absorvível e não metabolizável, com grande capacidade de absorção
de água no intestino.
Os laxativos formadores de massa diferem entre si de acordo com as suas propriedades farmacológicas.
Exibem capacidades hidrofílicas (afinidade pela água) diversas, assim como diferentes variações dessa
capacidade hidrofílica de acordo com o pH da solução. O psyllium, por exemplo, absorve água em soluções
ácidas ou básicas, formando uma solução coloidal viscosa, tanto no estômago quanto no intestino delgado.
Isso pode produzir distensão gástrica e sensação de empachamento. Já a policarbofila cálcica tem uma
atividade hidrofílica limitada em pH ácido e causa menor distensão gástrica do que as preparações com
pysillium. A policarbofila possui capacidade hidrofílica 3 a 4 vezes maior do que o pysillium.
No intestino grosso, os formadores de massa são responsáveis pelo aumento do bolo fecal e diminuição
da sua consistência; diminuem o tempo de trânsito intestinal e diminuem a pressão no interior
do cólon (ver tabela abaixo).
Laxantes osmóticos
São substâncias fracamente absorvidas que aumentam o volume dos fluidos dos intestinos delgado e
grosso por osmose e como resultado aumentam a motilidade peristáltica.
Os sais de magnésio e o fosfato ácido de sódio são também utilizados como agentes osmóticos, porém
com menor frequência que a lactulose. Eles são fracamente absorvidos e osmoticamente ativos. Os sais
de magnésio aumentam a síntese de colecistocinina, que aumenta a motilidade do cólon e a secreção de
líquidos para o lúmem.
Emolientes fecais
São substâncias oleosas, não digeridas pelas enzimas humanas, que facilitam o deslizamento das fezes.
O mais comum é o óleo mineral.
Existe, entretanto, o risco de refluxo do óleo para a árvore respiratória em idosos com pneumonia aspirativa
e de diminuição da absorção de vitaminas lipossolúveis. Não são recomendados para uso prolongado.
Estimulantes laxativos
Bisacodil: composto semelhante à fenolftaleína que pode ser aplicado por via retal para um efeito
mais rápido;
Dantron: tem propriedades semelhantes às de sena, mas por ser carcinogênico em estudos animais,
é reservado apenas para pacientes terminais.
Os mecanismos de ação desse grupo de drogas são pouco compreendidos, mas há sugestões de que esses
agentes danificam os enterócitos e enfraquecem as junções intercelulares. Isso pode alterar o equilíbrio
hídrico e a motilidade.
O uso crônico de laxativos estimulantes pode levar ao desenvolvimento de um “cólon catártico”, com
redução da motilidade propagativa, dilatação e exacerbação de uma doença de base. Pode ainda danificar
o sistema nervoso entérico e provocar um desequilíbrio eletrolítico.
Laxantes osmóticos
Benestare
Introdução
Benestare tem como princípio ativo a policarbofila cálcica que é um sal de cálcio do ácido poliacrílico
ligado ao divinilglicol. Em meio básico, o produto libera o cálcio e consegue absorver 60 a 100 vezes seu
peso em água. Essa notável capacidade absortiva é base do seu efeito terapêutico e é responsável por dar
consistência ao bolo fecal. Benestare é um incrementador do bolo fecal.
A policarbofila não é absorvida no trato gastrointestinal, exercendo ação exclusivamente local. O primeiro
movimento intestinal costuma ocorrer entre 12 e 72 h após a primeira dose (Figura 7A).
Figura 4C – Mólecula
CA CA
OOC OOC OOC OOC
H OH
H OH
Farmacodinâmica A policarbofila cálcica (Benestare) é uma fibra sintética incrementadora do bolo fecal. Atua no intestino grosso principalmente. Ela é responsável pelo aumento
do bolo fecal e diminuição da sua consistência; diminuem o tempo de trânsito intestinal e diminuem a pressão no interior do cólon.
Benestare é uma substâncias capaz de reter água na sua estrutura, como se fosse uma grande esponja, aumentando o volume das fezes, diminuindo sua consistência e
facilitando a evacuação. Além de amolecerem as fezes pela captação de água, estimulam a motilidade pela distensão que provocam na parede do cólon.
Capítulo 4 – Benestare
Farmacocinética A policabofila cálcica não é absorvida pelo organismo e também não é metabolizada. Quando ingerida, a policarbofila atua principalmente no intestino grosso, que
é onde ela encontra o pH ideal para sua ação (pH básico).
Mecanismo de A policarbofila cálcica é um agente formador de massa. Trata-se de um polímero com alta afinidade pela água e por isso, absorvente de água. É considerada uma fibra
ação sintética não absorvível pelo trato gastrintestinal e não metabolizável. Após ingerida, quando passa pelo estômago e encontra o pH ácido (pH gástrico), a policarbofila cálcica
perde o cálcio de sua molécula. A policarbofila livre é uma substância capaz de absorver 60 a 100 vezes seu peso em água, formando um gel rico em água no intestino. Esse
gel aumenta a viscosidade do conteúdo intestinal, melhorando a consistência das fezes e reduzindo os sintomas da constipação. A policarbofila é um agente interno, por isso
não é metabolizada no intestino e não produz ácidos graxos livres voláteis. Sua ação se dá apenas pelo efeito hidrofílico e aumento do bolo fecal.
Indicações Benestare (policarbofila cálcica) pode ser usado quando se deseja a regularização do hábito intestinal, com o aumento do teor de água das fezes: na constipação intestinal
crônica, funcional ou associada à diverticulose. Na síndrome do intestino irritável, quer nos períodos de constipação quer nos episódios diarreicos. Na constipação secundária
Contraindicações Benestare (policarbofila cálcica) não deve ser usado quando houver dor abdominal, náusea ou vômitos de causa não esclarecida ou na suspeita de obstrução em
qualquer parte do tubo digestivo. Não deve ser utilizado por pacientes que apresentem hiperssensibilidade à policarbofila.
A ingestão deste produto com quantidade insuficiente de líquidos pode causar obstrução na garganta ou no esôfago, especialmente em pacientes idosos. Se você
tem dificuldade de engolir não tome o produto. Se após tomar o produto, você sentir dor no peito, dificuldade de respirar ou engolir, procure um médico.
13
Benestare
14
Reações adversas Sistemas Hematológico, Cardiovascular, Sistema Nervoso Central, Hepático, Ocular, Respiratório e Dermatológico: Não se espera haver reações adversas, uma vez
que a policarbofila não é absorvida pelo trato gastrointestinal. Não foram descritas reações relacionadas ao produto nestes sistemas.
Teratogenicidade: Nenhum efeito teratogênico foi encontrado em estudos em animais. A policarbofila não é absorvida pelo trato gastrointestinal, portanto, nenhum
efeito sobre o feto é esperado. Gastrointestinais: Plenitude abdominal, náuseas, vômitos e flatulência podem ocorrer com o uso da policarbofila. Esses efeitos
geralmente cessam em poucos dias com a continuação do tratamento, ou com o uso de doses menores e mais frequentes.
Interações Benestare (policarbofila cálcica) poderá afetar a absorção de outros medicamentos, como micofenolato mofetila, ciprofloxacino e tetraciclina. Benestare
medicamentosas (policarbofila cálcica) deve ser tomado pelo menos 1h antes ou 2h depois de outras medicações.
Posologia
Adultos e crianças com mais de 12 anos: a dose inicial recomendada é de 1 a 2 comprimidos a cada
12 horas, tomados preferencialmente durante ou após as refeições. É possível que a ingestão no período
pré-prandial reduza o apetite. A critério médico pode-se ajustar a dose até o máximo de 6 g ao dia
(ou 10 comprimidos).
Apresentação
Cada comprimido de Benestare contém 625 mg de policarbofila cálcica, sendo 125 mg de cálcio
elementar (Figura 7B).
Figura 4D – Benestare
Estudos clínicos
Resultados de eficácia
Constipação
Bass et al 1988, avaliaram 68 pacientes com constipação crônica em estudo aberto, aleatório e cruzado com
histórico de constipação crônica, com o objetivo de comparação da eficácia do Psyllium com a policarbofila (dose
máxima de 4 g). Ambos os fármacos apresentaram a mesma eficácia no controle da constipação crônica.
Observações
Benestare é tão eficaz quanto os produtos contendo Psyllium, com uma vantagem; como Benestare
atua somente no intestino e não tem ação na fase gástrica, sintomas adversos como empachamento não
são relatados. Outro ponto positivo é que Benestare, por ser uma fibra sintética (o Psyllium é uma fibra
vegetal), não fermenta no intestino e, portanto, não se formam os inconvenientes gases da fermentação das
fibras vegetais. Pimparker et al, 1961ª, em um estudo duplo-cego em 26 pacientes com constipação crônica
devido à síndrome do colo irritável, prescrita em pacientes acamados e com esteatorreia oculta idiopática,
demonstraram que a normalização da função intestinal e a consistência das fezes foram restauradas em
83% e 72%, respectivamente, dos pacientes que receberam a policarbofila cálcica em doses diárias de
5 g em intervalos de 12 h, ingeridas com cerca de 200 mL de água.
Benestare pode ser utilizado também para dar consistência as fezes amolecidas (fezes diarreicas) como
ele absorve a água, ele dá consistência as fezes, além de normalizar as funções intestinais.
Grossman et al, 1957, demonstraram que a policarbofila cálcica, administrada em doses diárias de
450 a 1000 mg, 3 a 4 vezes foi efetiva como formadora de bolo laxativo em pacientes acamados e em
pacientes ambulatoriais de um estudo não controlado.
Benestare tem uma ampla faixa terapêutica, como a tolerabilidade é boa, pode-se iniciar o tratamento
com doses menores e segundo as necessidades ir aumentando até 2 comprimidos de 500 mg 3 a
4 vezes ao dia, sempre acompanhado de MUITA ÁGUA.
Toskes et al, 1993, utilizaram a policarbofila na dose de 6 g/dia em 23 pacientes com síndrome do intestino
irritável em um estudo randomizado, duplo-cego, cruzado, placebo-controlado, durante seis meses, no qual foi
demonstrado que o uso da policarbofila melhora os parâmetros globais de resposta à terapia, com alívio da sensação
de náusea, dor e distensão abdominal. 71% dos pacientes preferiram a policarbofila ao placebo.
Observações
Diarreia
Gizzi et al, 1993, em estudo único cego, cruzado, placebo-controlado, avaliaram o efeito da policarbofila
(6 comprimidos/dia/8 semanas em 10 pacientes apresentando diarreia não específica). O uso da policarbofila
reduziu o número de evacuações e aumentou a consistência das fezes sem produzir efeitos adversos.
Observações
Benestare também pode ser utilizado por pacientes com diarreia, indicação muito interessante para
os pacientes com SII na forma diarreica.
AMAS, 1983, foi demonstrado que a policarbofila pode modificar o efluente na diarreia aquosa crônica,
devido à sua capacidade de absorver grandes quantidades de água, podendo ser útil em pacientes com
dieta restrita de sódio (0,02 miliequivalentes sódio/comprimido).
Benestare é útil nos pacientes acamados, portadores de doenças crônicas como a hipertensão e
outras doenças cardiovasculares, onde a dieta restrita de sódio é prescrita. Na grávida em restrições de
sal por edema (inchaço) também tem uma grande oportunidade.
Pimparker et al, 1961ª, realizaram um estudo duplo-cego com 24 pacientes com diarreia severa (devido à
enterocolonopatia funcional, ileíte e íleocolite local, carcinomatose abdominal e diverticulite), onde 69%
dos pacientes obtiveram benefício sintomático (frequência de evacuação diminuída e restabelecimento
da consistência fecal) através da administração da policarbofila cálcica em uma dose diária de 5 g em
intervalos de 12 horas, ingeridas com cerca de 200 mL de água
Benestare tem também uma grande indicação para pacientes com neoplasias (câncer). Devido a dor esses
pacientes fazem uso de analgésicos opioides que promovem constipação intestinal, ou a quimioterapia
que promove diarreia. Nesses pacientes Benestare pode contribuir para um melhor bem estar.
Concorrentes
Benestare possui grandes vantagens em relação aos concorrentes à base de fibras naturais, como por
exemplo: Metamucil, Plantaben, Fiber Mais, Benefiber e Agiolax. Esses concorrentes provocam distensão
gástrica e empachamento, por iniciarem seu metabolismo e absorção de água a partir do estômago. Outro
importante desconforto é a produção de gases a partir do intestino, devido à presença da hemicelulose.
Todos os concorrentes citados possuem apresentações em pó ou em sachês que acabam dificultando o
manuseio, transporte e até mesmo a ingestão no médio e longo prazo por parte do paciente.
O custo de tratamento com as fibras naturais não traz economia como imaginam a maioria dos médicos
e pacientes.
Muvinor é o produto de referência (policarbofila cálcica), portanto será nosso mais importante
concorrente na classe dos incrementadores de bolo fecal.
Benestare e Muvinor se diferem dos demais produtos desta classe, pois a policarbofila cálcica é uma
fibra sintética. Todos os outros concorrentes são fibras naturais (contêm hemicelulose).
Características Benefícios
Menor preço Mais economia para o paciente proporcionando maior adesão ao
tratamento;
Apresentação comprimido em blíster Oferece higiene no manuseio do produto, além do paciente poder
carregá-lo com facilidade para o trabalho, escola, etc;
Marca Benestare Fácil de gravar e de associar o produto a uma melhor qualidade de vida.
Substâncias goma Guar + inulina Goma Guar Plantago ovata + senna Plantago ovata + parafina
Apresentações Pote 260 g (pó). Pote 155 g (pó). Tubo 100 e 250 g 10 sachês
10 sachês. 10 sachês. 20 sachês
Ano lançamento 2006 2007 1982 2005
Benestare
Concorrente
Características Benefícios
Emolientes fecais Não interfere na absorção de vitaminas Garante segurança no tratamento do
(ex.: Agarol) liposolúveis. paciente e sua qualidade de vida.
Laxantes osmóticos Não provoca distensão abdominal e Maior adesão do tratamento pela sua
(ex.: Lacto Purga, flatulência. melhor tolerabilidade.
Minilax, Lactulona, Maior capacidade hidrofílica. Maior aumento do volume fecal e frequencia
Munvilax, Pentala) de evacuações.
Não é metabolizado. Não provoca gases.
Absorção de água a partir do pH intestinal. Não provoca distensão abdominal e
sensação de empachamento.
Efeito regulador. Atua tanto na constipação quanto na diarreia.
Apresentação em comprimidos. Facilidade de administração.
Posologia de 1 a 2 comprimidos a cada Maior comodidade posológica.
12 horas.
Estimulantes laxativos Não danifica o sistema nervoso entérico e Menor ocorrência de reações adversas,
(ex.: Dulcolax, Tamarine, não provoca o desequilíbrio eletrolítico. garantindo melhor tolerabilidade no tratamento.
Naturetti, Lacto Purga, Maior capacidade hidrofílica. Maior aumento do volume fecal e frequencia
Guttalax) de evacuações.
Não é metabolizado. Não provoca gases.
Absorção de água a partir do pH intestinal. Não provoca distensão abdominal e
sensação de empachamento.
Não possui efeito irritativo. Pode ser usado a longo prazo sem riscos.
Efeito regulador. Atua tanto na constipação quanto na diarreia.
Apresentação em comprimidos. Facilidade de administração.
Posologia de 1 a 2 comprimidos a cada Maior comodidade posológica.
12 horas.
Benestare
Concorrente
Características Benefícios
Laxativos salinos (Leite Maior capacidade hidrofílica. Maior aumento do volume fecal e frequencia
de magnésia) de evacuações.
Não é metabolizado. Não provoca gases.
Absorção de água a partir do pH intestinal. Não provoca distensão abdominal e
sensação de empachamento.
Efeito regulador. Atua tanto na constipação quanto na diarreia.
Apresentação em comprimidos. Facilidade de administração.
Posologia de 1 a 2 comprimidos a cada Maior comodidade posológica.
12 horas.
Psyllium (Agiolax, Maior capacidade hidrofílica (3 a 4 vezes Maior aumento do volume fecal e frequencia
Plantaben, Metamucil, superior ao Plantago). de evacuações.
Parapsyl) Não é metabolizado. Não provoca gases.
Absorção de água a partir do pH intestinal. Não provoca distensão abdominal e
sensação de empachamento.
Apresentação em comprimidos. Facilidade de administração.
Posologia de 1 a 2 comprimidos a cada Maior comodidade posológica.
12 horas.
Goma Guar (Benefiber, Maior capacidade hidrofílica. Maior aumento do volume fecal e frequencia
Fiber Mais) de evacuações.
Não é metabolizado. Não provoca gases.
Absorção de água a partir do pH intestinal. Não provoca distensão abdominal e
sensação de empachamento.
Apresentação em comprimidos. Facilidade de administração.
Posologia de 1 a 2 comprimidos a cada Maior comodidade posológica.
12 horas.
Argumentos de promoção
O mercado de laxantes representa em torno de 326 milhões de reais. A classe líder em valores é a de
laxantes irritativos, que representa 46%, seguida da classe de incrementadores de bolo fecal com 21%,
onde Benestare está inserido. Das 06 classes terapêuticas que formam o mercado total de laxantes,
cinco atuam apenas na constipação, sendo a classe do Benestare (incrementadores de bolo fecal), a
única que atua tanto na constipação quanto na diarréia, regularizando o hábito intestinal.
Características Benefícios
Fibra inerte; Maior segurança (inclusive grávidas);
Alta ação hidrofílica; Eficácia na formação do bolo fecal;
Ativa no meio alcalino; Não causa estufamento gástrico, proporcionando melhor tolerabilidade;
Não contém hemicelulose; Não causa flatulência, melhorando o bem estar do paciente;
Não irrita o trato gastrintestinal; Pode ser utilizado em longo prazo com segurança;
Baixo custo; Adesão do paciente ao tratamento;
Apresentação compr. em blíster. Facilidade de manuseio e higiene.
Benestare é uma fibra sintética de uso diário que atua como regulador do hábito intestinal com a
praticidade e comodidade de comprimido em blíster.
Benestare é um regulador intestinal que pode ser usado desde a criança até o idoso, incluindo
grávidas. Pode ser consumido com total segurança no longo prazo, ao contrário das fibras laxantes
irritativas que irritam o trato gastrintestinal e que, inclusive, oferecerem risco de desenvolvimento de
câncer intestinal.
O que leva muitas pessoas a descontinuar o tratamento à base de fibras naturais é o desconforto
quanto ao empachamento e distensão gástrica e também, à maior incidência de flatulências.
Benestare inicia sua ação a partir do intestino (meio alcalino) não causando desconforto gástrico. E,
por não conter hemicelulose, não produz flatulência.
Benestare apesar de ser uma fibra sintética, conseguiu imitar e superar as fibras naturais.
Benestare será o produto que dará mais fibra na ingestão diária das pessoas que não possuem tempo
para se alimentar de forma adequada, devido à rotina diária da vida moderna, além das indicações para
os seguintes casos:
Bula Benestare
Composição
Informações ao paciente
Prazo de validade: 24 meses, a partir da data de fabricação, que pode ser verificada na embalagem externa do
produto. Não use o medicamento se o seu prazo de validade estiver vencido. Pode ser perigoso à sua saúde.
Informe ao seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.
Informar ao médico se está amamentando.
Cuidados de administração: sempre engula os comprimidos com água. Tome cada dose com 1 copo
de água (aproximadamente 200 mL), de preferência durante ou após as refeições.
A ingestão insuficiente de líquidos com a medicação pode causar engasgo e obstrução do esôfago. Durante
o tratamento com Benestare (policarbofila cálcica) recomenda-se ingerir pelo menos 1 a 2 litros de água
por dia. Não tome mais que 12 comprimidos em um período de 24 horas.
Caso você esqueça de ingerir uma dose, tome-a assim que possível. Se estiver próximo da dose seguinte ignore
a dose esquecida e continue no horário previsto. Benestare (policarbofila cálcica) pode ser usado seguramente
por longos períodos, mas só utilize o produto por mais de 7 dias quando recomendado pelo seu médico.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Efeitos colaterais decorrentes do uso de Benestare (policarbofila cálcica) são infrequentes e leves,
podendo haver sensação de plenitude, náuseas, vômitos, cólicas abdominais leves, distensão abdominal
e flatulência. Caso ocorra sangramento retal ou se o intestino não funcionar após o uso deste produto,
suspenda seu uso e procure seu médico.
Ingestão concomitante com outras substâncias: Benestare (policarbofila cálcica) não interfere
com a absorção de alimentos ou bebidas. Uma dieta balanceada, rica em fibras, maior ingestão de água e
exercícios físicos regulares são adjuvantes no tratamento da constipação. Quaisquer medicações laxativas
podem interferir na absorção de outros medicamentos. Tome Benestare (policarbofila cálcica) pelo
menos 1h antes ou 2h depois de outras medicações, como o micofenolato mofetila e antibióticos como a
tetraciclina ou o ciprofloxacino.
Contraindicações e Precauções: uma vez que Benestare (policarbofila cálcica) não é absorvido pelo
trato digestivo, não interfere em outras doenças porventura existentes. Não deve ser usado, entretanto, se
houver suspeita de obstrução no trato digestivo.
Pessoas sabidamente alérgicas têm mais chance de ter alergia a outras novas medicações. Os sinais
mais comuns de reação alérgica são lesões avermelhadas, elevadas e que coçam. Não use Benestare
(policarbofila cálcica) se você já teve reação a esta medicação.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o
tratamento.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.
Informações técnicas
Características
Benestare tem como princípio ativo a policarbofila cálcica que é um sal de cálcio do ácido poliacrílico
ligado ao divinilglicol. Em meio ácido, o produto libera o cálcio e consegue absorver 60 a 100 vezes seu
peso em água. Essa notável capacidade absortiva é base do seu efeito terapêutico, dando consistência ao
bolo fecal. A policarbofila não é absorvida no trato gastrointestinal, exercendo ação exclusivamente local.
O primeiro movimento intestinal costuma ocorrer entre 12 e 72h após a primeira dose. Cada comprimido
de Benestare (policarbofila cálcica) contém 125 mg de cálcio elementar.
Indicações
Benestare (policarbofila cálcica) pode ser usado quando se deseja a regularização do hábito intestinal,
com o aumento do teor de água das fezes: na obstipação intestinal crônica, funcional ou associada à
diverticulose. Na síndrome do intestino irritável, quer nos períodos de constipação quer nos episódios
diarreicos. Na obstipação secundária a alterações na dieta, mudança de hábitos ou períodos variáveis de
restrição ao leito, por enfermidade clínica ou cirúrgica. Nas doenças perianais onde o amolecimento e um
maior teor de água nas fezes sejam desejáveis, como nas fissuras e abscessos anais e nas hemorroidas.
No tratamento sintomático das diarreias agudas e crônicas.
Contraindicações
Benestare (policarbofila cálcica) não deve ser usado quando houver dor abdominal, náusea ou vômitos
de causa não esclarecida ou na suspeita de obstrução em qualquer parte do tubo digestivo. Não deve ser
utilizado por pacientes que apresentem hiperssensibilidade à policarbofila.
Precauções e advertências
A ingestão deste produto com quantidade insuficiente de líquidos pode causar obstrução na garganta ou
no esôfago, especialmente em pacientes idosos. Se você tem dificuldade de engolir não tome o produto.
Se após tomar o produto, você sentir dor no peito, dificuldade de respirar ou engolir, procure um médico.
Interações medicamentosas
Benestare (policarbofila cálcica) poderá afetar a absorção de outros medicamentos, como micofenolato
mofetila, ciprofloxacino e tetraciclina. Benestare (policarbofila cálcica) deve ser tomado pelo menos 1h
antes ou 2h depois de outras medicações.
Reações adversas
Sistemas Descrição
Hematológicas Não se espera haver reações adversas, uma vez que a policarbofila não
Cardiovasculares é absorvida pelo trato gastrointestinal. Não foram descritas reações
Sistema Nervoso Central relacionadas ao produto nestes sistemas.
Hepáticas Oculares Respiratórias Dermatológicas
Teratogenicidade Nenhum efeito teratogênico foi encontrado nos estudos em animais.
A policarbofila não é absorvida pelo trato gastrointestinal, portanto,
nenhum efeito sobre o feto é esperado.
Gastrointestinais Plenitude abdominal, náuseas, vômitos e flatulência podem ocorrer
com o uso da policarbofila. Esses efeitos geralmente cessam em poucos
dias com a continuação do tratamento, ou com o uso de doses menores
e mais frequentes.
Posologia
Superdosagem
Não há descrição de intoxicação pela policarbofila, uma vez que não há absorção pelo tubo digestivo.
Pacientes idosos
A ingestão deste produto com quantidade insuficiente de líquidos pode causar obstrução na garganta ou
no esôfago, especialmente em pacientes idosos. Se você tem dificuldade de engolir não tome o produto.
Se após tomar o produto, você sentir dor no peito, dificuldade de respirar ou engolir, procure um médico.