Vous êtes sur la page 1sur 3

Letramento literário: teoria e prática.

Rildo Cosson
Considerações do livro

O autor nos leva a refletir em cima de várias questões consideradas por mim importantes em
relação à leitura na escola, sobretudo na formação de leitores e de como os professores estão
preparados ou não para lhe dar com essa temática. Questões como, Porque os alunos não
gostam de ler? Como fazer com que os alunos compreendam o que lêem? Como formar alunos
leitores? Como promover a leitura em sala de aula? São levantadas pelos profissionais de
educação, principalmente os professores, pois as dificuldades encontradas em sala de aula faz
com que se torne um desafio lhe dar com essas questões apresentadas. Ainda mais em um
mundo onde as tecnologias como a internet e a mídia se torna muitas vezes mais atrativa do que
a leitura de um livro literário.

Rildo Cosson escreve um livro para os professores, com um enfoque maior no ensino da literatura
ao ensino básico, e está divido em três etapas, onde a primeira está voltada a escolarização da
literatura e o valor social que a mesma apresenta, no segundo momento, o autor apresenta
práticas do letramento literário, em sala de aula, e por fim, apresenta diversas oficinas com o
objetivo de fornecer ao professor mais ferramentas para um trabalho proveitoso.
Cosson defende que o processo de letramento literário é diferente da leitura literária, na verdade,
uma depende da outra, para ele a linguagem literária compreende três tipos de aprendizagem,
primeiro a aprendizagem da literatura se dá através da experiência aparente do mundo por meio
da palavra e instiga os sentidos, os sentimentos e a intimidade, pois há uma relação entre eles e
o emocional do leitor com o texto, segundo a aprendizagem sobre a literatura onde envolve os
conhecimentos de história, teoria e crítica e terceiro a aprendizagem por meio da literatura - está
relacionada aos saberes e às habilidades proporcionados aos usuários pela prática da literatura:
ampliação do universo cultural do leitor através dos tantos temas humanos, sociais, políticos,
ideológicos, filosóficos, dentre outros, tratados nos gêneros literários. Esses três tipos de
aprendizagens, segundo Cosson, são imprescindíveis na formação do leitor literário, entretanto,
são as oportunidades de aprendizagens mais negadas nas práticas docentes, pois há uma
preocupação exagerada com questões meramente teóricas e, com isso, a literatura tem sido a
grande vítima dos desgostos pela literatura dos alunos. O prazer pela leitura literária passa pelo
dialogo direto entre leitor e o texto e esta, por sua vez, passa pelas oportunidades de leitura
oferecidas pelo professor. A realidade da leitura literária nas escolas e nas práticas pedagógicas
ainda aponta para muitos grandes exageros que travam o desenvolvimento do letramento literário
dos alunos. E o letramento literário do professor? Como está?
A seleção de textos literários pelas escolas e pelos professores parece que não tem contribuído
significativamente para a ampliação do repertório de leitura dos alunos. O interessante também é
considerar que as condições limitadas e precárias oferecidas para a leitura literária nas diversas
escolas do país, que vão desde a escassez de acervo até a ausência de bibliotecas ou mesmo de
salas de leitura. Mas, talvez, o que seja mais determinante é o acervo de leituras literárias que o
professor se apropria.

Cosson aponta que é importante entender que o letramento literário é bem mais do que ter uma
habilidade de ler textos de literatura, pois requer uma constante atualização do leitor em relação
ao mundo literário. Também não é apenas um saber sobre a literatura ou dos textos literários,
mas sim uma experiência de dar sentido ao mundo por meio das palavras.

Com Letramento literário: teoria e prática, Cosson provoca o professor a entrar em contato com
novas maneiras de enfocar um texto literário em sala de aula por meio de uma metodologia
simples, com a qual a leitura pode ser estimulada e bem desenvolvida.
Rildo Cosson apresenta, duas formas sobre como desenvolver atividades de leitura tendo como
objeto a literatura: seqüência básica e seqüência expandida.

A sequência básica, que é constituída por quatro etapas: a motivação que é o primeiro passo do
letramento literário e consiste em preparar o aluno para se envolver no texto, onde ele afirma que
o sucesso inicial do encontro do leitor com a obra depende de uma boa motivação, a segunda e a
introdução que é a apresentação do autor e da obra e, independentemente, da estratégia utilizada
para expor a obra, o professor não pode deixar de apresentá-la fisicamente aos seus alunos.
Cosson chama a atenção para a terceira etapa a leitura onde não se pode perder de vista os
objetivos traçados, pois a leitura escolar precisa de um acompanhamento e uma direção definida.
Ele ressalta ainda sobre a importância que os intervalos sugeridos pelo livro exercem sobre a
leitura, pois é justamente neles que o professor terá a oportunidade de perceber as dificuldades
de leitura dos alunos, por ultimo a interpretação que constitui das formas para chegar à
construção do sentido do texto, dentro de um diálogo que envolve autor, leitor e comunidade.
Mostra ainda que o importante na interpretação é que o aluno tenha a oportunidade de fazer uma
reflexão sobre a obra lida e se apropriar de forma explícita, permitindo o estabelecimento do
diálogo entre os leitores da comunidade escolar.

A seqüência expandida, além de possuir as quatro etapas da seqüência básica, possui ainda
mais cinco etapas de aprofundamento: primeira interpretação, contextualização (teórica, histórica,
estilística, poética, crítica, presentificadora e temática), segunda interpretação, expansão e
experiência reveladora.
A diferença de uma seqüência para outra está na complexidade do trabalho a ser desenvolvido. A
seqüência básica está mais próxima dos alunos dos anos iniciais 1º ao 5º ano; já a expandida
pode ser solicitada aos alunos do fundamental e médio.

Outro item abordado pelo autor se refere à avaliação. Cosson adverte que, “antes de qualquer
coisa, o professor deve tomar a literatura como uma experiência e não como um conteúdo a ser
avaliado”. As leituras podem ser avaliadas durante os intervalos de leitura, por meio de registros
das experiências. É importante notar o quanto o aluno amadurece como leitor e como a sua
desenvoltura de leitura vai expandindo, como o aluno se posiciona diante da obra e como
desenvolve a crítica da leitura. O professor deve trabalhar este item como uma atividade
constante visando identificar os avanços e as dificuldades do aluno.
Na ultima parte, o autor traz trinta e sete oficinas realizadas em sala de aula com o intuito de
auxiliar o professor leitor do livro a promover o letramento literário. Considero por esse e outros
motivos citados, o livro ser recomendado a acadêmicos e professores que se preocupam com o
ensino dentro de uma perspectiva de formação de alunos leitores.

Vous aimerez peut-être aussi