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CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO

ALUNO: HEBERT MARQUES SILVA – RA: 8045218


CURSO: LICENCIATURA EM HISTÓRIA

PROJETO SOCIAL

DISCIPLINA: ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

PROFESSORA: KELLY DOS REIS CANAVEZ

BATATAIS
2018
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1 Nome do projeto

Projeto Disciplina Eletiva – Afrodescendência e Cultura Indígena

2 Introdução
A Disciplina Eletiva Afrodescendência e Cultura Indígena, fora pensada
principalmente, para alunos da Rede Estadual de Ensino de Goiânia. É utilizado os
conceitos de História e Cultura como campo de abordagem para as representações
sociais, políticas e culturais do homem no tempo. Desse modo, as diferenciações entre
cultura erudita e popular, aparece como suporte de análise da sociedade e de seu
percurso na humanidade. Entende se que, atualmente, o mundo está pautado pela
utilização da tecnologia em todas as áreas da vida social, por isso, acredita-se ser de
suma importância o conhecimento à respeito das diversas culturas, no intuito de
preservar as diversidades regionais, bem como a memória e história de uma sociedade.
Quando a Disciplina Eletiva foi pensada, partiu se da observação da relação do
homem com seu meio e da formação da sociedade brasileira. Para tanto, segundo
Laraia, o termo “cultura” surgiu em 1871 como síntese dos termos Kultur e Civilization.
O termo francês que se referia às realizações materiais de um povo; o termo alemão
que simbolizava os aspectos espirituais de uma comunidade. Entretanto, naquele ano,
Edward Tylor sintetizou-os no termo inglês Culture. Com isso, Tylor abrange num só
vocábulo todas as realizações humanas e afasta cada vez mais a idéia de cultura como
uma disposição inata, perpetuada biologicamente. Desse modo, o primeiro conceito
etnográfico de cultura surgiu com Tylor, que a entendia como “um todo complexo que
inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra
capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”.
Como que complementando o conceito de Tylor, Jaques Turgot escreveu que o homem
é possuidor de um tesouro de signos e que tem a faculdade de multiplicá-los
infinitamente, de retê-los, comunica-los e transmiti-los aos descendentes como
herança.

Para tanto, dentro do campo de conhecimento histórico apresenta se os


elementos conceituais de Nação, Nacionalismo, Povo, Língua, Território, Sertão, Litoral,
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Identidade, Atraso, Decadência, Modernidade e Progresso presentes na formação do


pensamento social brasileiro. Há diálogos interdisciplinares para o bom andamento do
curso. Não há possibilidades de trabalhar História dos Conceitos, Afrodescendência e
Cultura Indígena sem transitar nos campos da História, Sociologia, Antropologia, Arte
Linguagens e Geografia.
Compreender a História do Brasil é entender como se deu seu processo de
formação de Nação e, desde o período colonial depara se com a questão da
diversidade de povos, línguas e culturas presentes no território brasileiro. Assim, o
projeto tem ênfase em alguns conteúdos específicos como: a África diante do desafio
colonial, a partilha europeia e conquista da África, um apanhado geral sobre as
iniciativas e resistências africanas, os movimentos de resistência africana, campanhas
abolicionistas, bem como os de perseguição aos povos negros como a KKK e o
Apartheid. Já sobre questão indígena é abordado: o conceito de índios ou indígenas, o
que pensam os brasileiros sobre os índios brasileiros, identidade indígena: o orgulho de
ser índio, organização social indígena, diversidade cultural indígena, índios isolados ou
índios resistentes, os movimentos indígenas, a organização indígena tradicional e
formal, lideranças indígenas tradicionais e políticas.

3 Objetivos Gerais (e específicos)

Desenvolver habilidades técnicas de análise cultural, identificando as


particularidades, hábitos e costumes de uma sociedade seja ela afrodescendente ou
indígena. Como expressam suas características, tradições, o modo de viver, de falar, o
gestual, a gastronomia, os símbolos e, as diversas práticas de uma época?

4 Metas

- Compreender as diversidades regionais e locais, de uma comunidade, no


tempo e no espaço: entendendo e distinguindo a ação dos sujeitos históricos, homens,
mulheres, crianças, negros e indígenas ao longo da história da humanidade;
- Identificar a ausência de negros, indígenas e da mulher nas narrativas
históricas tradicionais;
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- Desenvolver atitudes contrárias ao racismo, ao preconceito e qualquer forma


de discriminação;
- Valorizar a luta pela igualdade de direitos de negros, índios e mulheres;
- Discutir as representações sociais dos sujeitos históricos, brancos, negros
índios e mulheres, ao longo da história através do cinema;
- Mobilizar a expressão e a comunicação pessoal;
- Intensificar as relações dos indivíduos tanto com seu mundo interior como
com o exterior;
- Auxiliá-lo a compreender a diversidade de valores que orientam tanto seus
modos de pensar e agir como os da sociedade;
- Favorecer o entendimento da riqueza e diversidade da imaginação humana;
- Torná-lo capaz de perceber sua realidade cotidiana mais vivamente,
reconhecendo e decodificando formas, sons, gestos e movimentos que estão à sua
volta.

5 Justificativa

De acordo com Tylor, a cultura é como um fenômeno natural. Poderia ser


analisada sistematicamente, visando a formulação de leis que explicassem sua gênese
e transmissão. A diversidade cultural, por exemplo, é caracterizada por Tylor como
resultado da desigualdade dos estágios evolutivos de cada sociedade. Ficaria à cargo
então da antropologia, a tarefa de estabelecer uma escala civilizatória com dois
extremos: o primeiro, representado pelas sociedades européias; e o outro pelas
comunidades periféricas. Neste sentido, a antropologia daria o maior exemplo de
etnocentrismo, institucionalizado pela própria ciência.
Para Laraia, “Cultura é um sistema de símbolos e significados”. Já segundo Max
Weber, o homem é um animal que vive preso a uma teia de significados criada por ele
mesmo. Partindo desse raciocínio, Clifford Geertz aponta que, essa teia e sua análise
seja o que chamamos de cultura. Para Geertz, a missão do antropólogo é desvendar
esses significados, estabelecendo relações entre si, de forma a ensejar uma
interpretação semiótica do objeto analisado. E uma boa interpretação só será possível,
continua ele, através do estabelecimento dessas relações, da seleção de informantes,
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da transcrição de textos, do levantamento de genealogias, do mapeamento de campos


etc., em suma, através de um levantamento etnográfico.
Nesse sentido, o que interessa não é a interpretação e explicação dos fatos de
forma isolada, e sim, a importância do conjunto, como ele está sendo vivido e
transmitido, perpetuado pela adaptação de quem chega e se insere na urdidura dos
significados. Segundo Geertz, a cultura não é nunca particular, mas sempre pública.
Como um sistema de signos passíveis de interpretação – ressalta Geertz – a
cultura não é um poder ao qual podem ser atribuídos casualmente os acontecimentos
sociais, os comportamentos, as instituições ou o processo; ela é um contexto, ou seja,
algo dentro do qual eles (os símbolos) podem ser descritos de forma inteligível – isto é,
descritos com densidade”. Podemos concluir desse modo que, a cultura não é,
somente, um fenômeno natural, ela é um fenômeno social, cuja gênese, manutenção e
transmissão estão a cargo dos atores sociais.
Portanto, a escola estando presente nesse universo de relações humanas, tem
seu papel formador e de responsabilidade social. A escola tem importante papel a
cumprir na sociedade, ensinando os alunos a se relacionar de maneira seletiva e crítica
com o universo de informações a que têm acesso no seu cotidiano.
Não se pode negar que, no âmbito das práticas escolares, o próprio sentido do
que seja "educação" amplia-se em direção ao entendimento de que os aprendizados
sobre modos de existência, de comportar-se, de constituir a si mesmo para os
diferentes grupos sociais, particularmente para as populações mais jovens se fazem
com a contribuição inegável das diversidades metodológicas de ensino. Faz-se então,
indagar a nós professores o modo de construirmos o processo de ensino
aprendizagem. Qual o melhor método? O que abordar e contextualizar?

6 Metodologia

A cultura popular é qualquer estilo musical e de dança, crença, literatura,


costumes, artesanatos e outras formas de expressão que é transmitida por um povo,
por gerações e geralmente de forma oral. Como por exemplo a literatura de cordel dos
nordestinos, ou a culinária do povo baiano, são algumas das formas de cultura popular
que resiste ao tempo.
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Essa cultura é aprendida de forma simples, em casa, com a convivência da


pessoa nesse meio. Ela está ligada à tradição e, geralmente, não é ensinada nas
escolas. A cultura popular é muito contemporânea, pois ela resiste ao tempo e
raramente se modifica.
Através de uma abordagem interdisciplinar – dialogando com a Arte, Literatura,
História, Linguagens e Sociologia – em sala de aula, utilizaremos textos de apoio
(Geertz, Laraia) para conceitualizar “Cultura”, bem como, vídeos e imagens. Serão
propostos seminários e apresentações sobre variadas culturas, tanto regionais e locais,
quanto internacionais. Trabalharemos objetos artísticos, como literatura, músicas,
imagens (pinturas, esculturas e fotografias), danças típicas de diversas localidades, com
a culinária local de cada sociedade, propondo aos alunos que, eles mesmos produzam
tais pratos, façam suas apresentações artísticas, musicais ou de artesanato.

7 Cronograma

A Disciplina Eletiva Afrodescendência e Cultura indígena é prevista para o primeiro


semestre do ano de 2018, com aproximadamente 20 (vinte) encontros, sendo cada um
deles de 100 minutos.

8 Recursos Materiais

Uso do computador juntamente com data-show e caixas de som ou TV (com


entrada usb).

9 Avaliação

A avaliação do aluno na disciplina será feita por meio de debates contínuos


após a exibição dos conteúdos ao longo de todo o semestre, pela produção de textos,
seminários e exposições.

10 Breve análise do projeto aplicado

O projeto foi contemplado como uma complementação do currículo da instituição. Os


alunos participaram ativamente das atividades estudando e debatendo sobre o resgate
das identidades dos povos. Sendo de suma importância para a formação crítica e social
dos alunos. Eles entenderam que o tema precisa ser aplicado como uma disciplina
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oficial dentro da matriz curricular de todas as escolas do ensino básico. Muitos alunos
foram levados a busca pelo conhecimento de suas identidades sanguínea fazendo
pesquisas sobre o passado e suas histórias familiares.

11 Conclusão

Como produto final da disciplina, o aluno produziu uma exposição,


relacionando os conceitos abordados ao longo do semestre, identificando as
representações coletivas de cada sociedade do passado e/ou do presente, no intuito de
perceber como a História é abordada e qual a visão que seus produtores e/ou
espectadores têm no presente. A exposição foi feita em formato de oficinas e
apresentações artísticas.

12 Referências Bibliográficas

BOAHEN, Albert Adu. História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-
1935. 2.ed. rev. – Brasília : UNESCO, 2010.1040 p.
BLOCH, Marc. Apologia da História, ou, O ofício de historiador; Prefácio: Jacques Le
Goff; Apresentação à edição brasileira: Lilia Moritz; Tradução: André Telles – Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das Culturas. Zahar. Rio de Janeiro, 1973.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Zahar. Rio de Janeiro,
1986.
LUCIANO, Gersem dos Santos. O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os
povos indígenas no Brasil de hoje.– Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional, 2006.
RICOEUR, Paul. A Memória, a História e o Esquecimento. Campinas, São Paulo: Editora
Unicamp, 2011.

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