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IMUNOLOGIA I – ÓRGÃOS LINFÓIDES E CÉLULAS

ENVOLVIDAS NA RESPOSTA IMUNE


O organismo humano está exposto constantemente à diferentes agentes ambientes, muitos
deles infecciosos. No entanto, embora o número de indivíduos expostos aos agentes infecciosos
seja alto, apenas uma pequena parcela irá manifestar a doença, uma vez que o hospedeiro tem
mecanismos de destruir o agente infeccioso.
A resposta imunológica tem como objetivo impedir a disseminação de infecções, além de
controlar a microbiota endógena. Para tanto, o sistema imunológico tem mecanismos específicos
para lidar com a enorme variedade de antígenos encontrados no ambiente.
Chamamos de infecção a presença de microrganismos que causam alterações fisiológicas e
danos teciduais e alterações de proteínas plasmáticas. Chamamos de infecções endógenas
aquelas causadas por microrganismos pertencentes à microbiota endógena, ao passo que as
infecções exógenas são causadas por microrganismos da flora exógena.
Não devemos confundir infecção com inflamação! A inflamação é uma resposta fisiológica que
envolve alterações no sistema vascular e adaptações do tecido conjuntivo. A resposta
inflamatória é acionada toda vez que ocorre lesões em um tecido vascularizado. A principal
característica do processo inflamatório é o aumento de temperatura local, uma estratégia que
serve tanto para induzir a proliferação de células de defesa como também para inibir a
reprodução dos microrganismos que desencadeou a resposta.
Chamamos de resposta inflamatória aguda aquela resposta imediata, que se desenvolve no
momento da ação do agente inflamatório. Justamente por isto, esta é uma resposta inespecífica,
ou seja, o mesmo mecanismo será utilizado para eliminar qualquer agente agressor. Por outro
lado, a reposta inflamatória crônica ocorre quando o agente agressor permanece no tecido
lesionado, levando ao aumento dos elementos vasculares e destruição tecidual.

ÓRGÃOS LINFÓIDES
Os órgãos linfoides e tecidos linfáticos são estruturas pertencentes ao sistema linfático. São
nestes órgãos e tecidos que serão geradas e diferenciadas as células de defesa e também estes
serão os sítios de ocorrência de resposta imunológica.
Chamamos de órgãos linfoides primários, ou centrais, aquelas estruturas que serão
responsáveis pela produção e/ou diferenciação de células de defesa. Nesta categoria
enquadramos a medula óssea e o timo.
Já os órgãos linfoides secundários, ou periféricos, são aqueles que atuam no armazenamento
de células de defesa, além de atuarem como sítio de ocorrência de resposta imunológicas. São
exemplos órgãos linfoides secundários o baço, os linfonodos e os gânglios linfáticos.
Após serem geradas nos órgãos linfoides primários, as células de defesa ficam circulando entre
os órgãos linfoides secundários, o sangue e linfa, mas nunca retornam ao órgão linfoide primário

MEDULA ÓSSEA VERMELHA


Responsável pela produção de todos os elementos sanguíneos, incluindo neles as células de
defesa da linhagem mielóide e também da linhagem linfóide
TIMO
O timo fica situado próximo ao arco aórtico e tem a função de gerar e diferenciar as células T
(linfócitos T) a partir de células linfoides provenientes da medula óssea vermelha.
As células T geradas no timo passam por um processo de seleção para adquirirem a capacidade
de diferenciar o próprio do não próprio, impedindo assim que as células de defesa ataquem os
constituintes do próprio organismo. Aquelas células que não adquirem a característica de
diferencia o próprio do não próprio entram em apoptose e são removidas pelos macrófagos.
LINFONODOS
São estruturas levemente relativamente esféricas situadas ao longo de todo o corpo, mas
principalmente nas axilas glândulas mamárias e virilha. A função dos linfonodos é filtrar a linfa
de forma a captar e reconhecer agentes infeccioso e destruí-las através da ação de células de
defesa.
BAÇO
O baço fica situado próximo ao pâncreas. Tem um papel similar ao do linfonodo, porém agem
captando e reconhecendo agentes infecciosos presentes no sangue e destruindo-os através da
ação de macrófagos e linfócitos B. O baço também é responsável pela remoção e destruição de
hemácias velhas.
NÓDULOS LINFÁTICOS E SITIOS MUCOSOS
Estão localizados no intestino (Placa de Peyer, pulmões, tonsilas etc). São grupos de células de
defesa de origem linfoide (Linfócitos B e Linfócitos T) que migram para estas regiões a partir dos
linfonodos regionais. Nestas regiões ocorre o reconhecimento e destruição dos antígenos antes
que eles alcancem tecidos mais profundos.
CÉLULAS ENVOLVIDAS NA RESPOSTA IMUNOLÓGICA.
As células de defesa, com exceção dos linfócitos T são produzidas e diferenciadas na medula
óssea vermelha.
A medula óssea vermelha é um tecido conjuntivo rico em células pluripotentes, ou seja,
indiferenciadas. Estas células pluripotentes são estimuladas por medidores químicos e
diferenciam-se em linhagem mielóide progenitora e linhagem linfoide progenitora.
A principal característica da linhagem mielóide é a presença de grânulos citoplasmáticos ricos
em enzimas oxidativas. A partir da linhagem mielóide são gerados os eritrócitos, as plaquetas,
os basófilos, os neutrófilos, os monócitos, os eosinófilos e as células dentriticas. Com exceção
dos dois primeiros tipos celulares, todos os outros atuam na defesa imunológica.
A linhagem linfoide progenitora também é gerada a partir das células pluripotentes da medula
óssea. Uma parte destas células geradas vai para o timo, onde originara os linfócitos T após um
processo de diferenciação específico. Aquelas células que permanecem na medula óssea se
diferenciam em linfócitos B e células NK.
NEUTRÓFILOS
São células com o citoplasma ricos em grânulos contendo lisozima e enzimas oxidantes. Atuam
principalmente na defesa contra bactérias. Possuem alta capacidade de diapedese, ou seja,
atravessam os vasos sanguíneo para chegar até o tecido conjuntivo lesionado.
EOSINÓFILOS
Também possuem o citoplasma rico em grânulos, mas desta vez o conteúdo é de histamina e
heparina. Embora também sejam capazes de sofrer diapedese, esta não é tão rápida quanto a
dos neutrófilos. Sua principal ação é contra helmintos, embora também atuem em processos
alérgicos.
MONÓCITOS
Os monócitos são células que sofrem diferenciação ao realizarem a diapedese. Ao chegarem ao
tecido conjuntivo os monócitos se diferenciam em macrófagos, células com alto poder de
fagocitose responsável pela remoção não somente de bactérias, mas também pela remoção de
células velhas.
BASÓFILOS
Assim como os monócitos, os basófilos se diferenciam em mastócitos quando chegam ao tecido
conjuntivo. Os mastócitos são ricos em grânulos de histamina. A degranulação destes grânulos
é provocada pela ligação dos anticorpos IgE em receptores específicos encontrados nesta célula.
A liberação da histamina provoca a vasodilatação e a formação de edemas, sinais característicos
da reação alérgica e da resposta inflamatória.
LINFÓCITOS B
São células da linhagem linfoide que ao serem ativadas pelo antígeno diferenciam-se em
plasmócitos. Os plasmócitos são células responsáveis pela produção e secreção dos anticorpos.
LINFÓCITOS T
Os linfócitos T são gerados e diferenciados no timo. A principal característica desta célula é a
capacidade de reconhecer apenas antígenos proteicos que foram previamente processados
pelas células apresentadoras de antígeno. Após sua ativação são geradas duas subpopulações:
os linfócitos T auxiliares, que liberam citocinas que ativaram outras células de defesa e os
linfócitos T citotóxicos que atacam células infectadas por antígenos intracelulares
CÉLULAS NK
As células NK também são geradas a partir das células linfoides progenitoras. Sua função é fazer
destruir células infectadas por vírus, fungos e bactérias através da liberação do seu conteúdo
lisossômico.

IMUNOLOGIA II – RESPOSTA IMUNE INATA


A resposta imune inata é uma resposta natural do organismo à presença de microrganismos.
Esta é uma resposta intrínseca, inerente do organismo.
A resposta imune inata reconhece estruturas que sejam comuns e essenciais à sobrevivência de
diferentes microrganismos. Por ser uma resposta rápida e inespecífica não produz memória
imunológica. Sendo assim, independentemente do número de vezes que o hospedeiro entrar em
contato com o patógeno, a velocidade a intensidade da resposta imune será a mesma
As células que atuam na resposta imune inata possuem receptores capazes de reconhecerem
estruturas como a parede celular e o flagelo. Os genes para a expressão destes receptores estão
codificados na linhagem germinativa e em comum na sua estrutura possuem resíduos de manose
que auxiliam no reconhecimento de diferentes microrganismos. Tais receptores estão localizados
na membrana plasmática, na membrana dos endossomos e livre no citoplasma, o que permite o
reconhecimento de diferentes estruturas dos patógenos. Embora este processo seja eficiente
contra vírus, seu principal alvo são as bactérias.
Os componentes da resposta imune inata estão localizados na interface entre o corpo e o meio
interno uma vez que eles funcionam como uma barreira física para a entrada de
microrganismo. A pele e as mucosas funcionam formam as barreiras epiteliais para a entrada
de microrganismos, enquanto que os leucócitos sanguíneos e teciduais atuam como sentinelas
no meio extracelular.
As barreiras epiteliais impedem mecanicamente a entrada de microrganismos elementos como
o muco, cílios e ácido clorídrico impedem a entrada de microrganismo. Esta ação é intensificada
pela presença de peptídeos antimicrobianos produzidos localmente pelas células epiteliais e pela
presença de linfócitos intraepiteliais e do anticorpo IgM.
As células envolvidas na resposta imune inata atuam, na sua maioria, através da fagocitose. Os
fagócitos (macrófagos) e os polimorfosnucleados (neutrófilos) são as principais células
envolvidas na resposta imune e realizam a opsonização e fagocitose dos patógenos após
migrarem por diapedese para o local da infecção. Os neutrófilos são especialmente ativos contra
bactérias, são encontrados no sangue e são atraídos por quimiotaxia para o local da lesão. Sua
principal estratégia é a fagocitose do microrganismo e possui no seu interior grânulos ricos em
lisozimas, enzima responsável pela destruição da parede celular. Os macrófagos são
encontrados no sangue na forma de monócitos, após sofrerem a diapedese eles se diferenciam
em macrófagos, quando então adquirem a capacidade de fagocitose. Alguns macrófagos são
fixos em tecidos, em especial no fígado (células de Kupfer), no tecido ósseo (osteoclastos), nos
alvéolos (macrófagos pulmonares) e no sistema nervoso (micróglia). A capacidade de fagocitose
dos macrófagos é maior do que a dos neutrófilos.
Além das células de fagocitose, também atuam na resposta imune inata as células NK. Estas
células são especialmente ativas contra células que estejam infectadas por patógenos
intracelulares, em especial vírus. As células NK também são atuantes no combate de células
tumorais. Em ambos os casos tem ação citotóxica e são incapazes de realizar fagocitose. A
célula NK é capaz de sofre degranulação e com isto estimular a apoptose da célula infectada
Além dos componentes celulares, a resposta imune inata também é auxiliada por proteínas
plasmáticas; as citocinas e o sistema complemento.
O sistema complemento é um grupo de enzimas proteolíticas que atuam em sistema de cascata.
O sistema complemento pode ser ativado de três formas: a)Via alternativa: o microrganismo
interagem diretamente com as proteínas do sistema complemento e b) Via clássica, quando
anticorpos se ligam aos microrganismo e o complexo MO – Anticorpo ativam o sistema
complemento e, finalmente. Independente da via de ativação, o sistema complemento tem duas
fases: a fase inicial onde as proteínas C3b se liga ao microrganismo estimulando o recrutamento
de células de fagocitose e a fase tardia, onde as proteínas C5b se depositam na membrana do
microrganismo formando um complexo de ataque à membrana (MAC) que abres poros na
membrana do patógeno provocando a lise osmótica.
As citocinas também são proteínas citoplasmáticas atuantes na resposta imune inata. Elas são
produzidas por macrófagos, mastócitos e células dendríticas ativados e atuam estimulando a
diapedese de neutrófilos e monócitos, bem como ativando as células NK.

ESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA E


HIPERSENSIBILIDADE
Imunidade específica adquirida
É a defesa elaborada pelo organismo para lidar com as estratégias desenvolvidas pelos agentes
infecciosos para driblar o sistema imune. A base da imunidade adquirida é a molécula
adaptadora, uma estrutura capaz de ativar o sistema complemento e as células de fagocitose
além de uma região capaz de ligar-se ao agente infeccioso. Esta molécula é conhecida como
anticorpo. As regiões que ativam o sistema complemento e as células de fagocitose são
chamadas de regiões com função biológica e a região de ligação com o agente infeccioso
específico é chamada de região com função externa específica. Ao agente infeccioso bem como
a qualquer corpo/agente estranho capaz de ativar o sistema imune, chamamos de antígeno.
Os anticorpos são produzidos pelos plasmócitos, células derivadas dos linfócitos B com
capacidade de produzir um tipo específico de anticorpo que ficará situado na superfície externa
da sua membrana. Assim o antígeno só irá ligar-se aos anticorpos com os quais tiver perfeito
encaixe, dando o sinal para que o linfócito se diferencie em plasmócito e passa a produzir o
anticorpo específico. Podemos, portanto, dizer que o antígeno é quem seleciona os anticorpos
que irá reconhecê-lo. Este processo recebe o nome de seleção clonal e permite que grandes
concentrações de anticorpos sejam produzidas para combater uma infecção específica. Além
disto, este processo permite a criação de uma memória imunológica, que funciona como um
mecanismo para repelir ação de um microrganismo que já teve um contato prévio com o corpo.
Esta memória capacitaria o organismo a gerar uma resposta imune mais rápida em um segundo
contato.
Ao entrar em contato a primeira vez com um determinado antígeno, passam-se cerca de 5 – 7
dias até que sejam detectados anticorpos no sangue. Após atingirem um pico, a concentração
destes anticorpos no sangue cai; este processo é chamado de resposta imune primária. Em um
segundo contato com o antígeno, a resposta imune é muito mais rápida, com cerca de 2 – 3 dias
após o contato os níveis de anticorpos no sangue estão altos do que na resposta primária e
permanecem na circulação por um tempo um pouco maior; é um aperfeiçoamento do sistema de
produção de anticorpos. No entanto, esta memória é específica, ou seja, o sistema imune pode
diferenciar especificamente dois organismos; esta é a base da imunidade adquirida.
A imunidade mediada por células também protege contra organismos intracelulares. Neste caso
a principal célula atuante é o linfócito T, que possuem em suas membranas receptores para
antígenos próprios, que reconhece antígenos específicos e desencadeia uma nova expansão
clonal.
Todas as células do nosso corpo possuem marcadores celulares próprios que pertencem a um
grupo de moléculas chamadas de MHC (complexo principal de histocompatibilidade). As células
T auxiliares reconhecem alterações na superfície celular em função da associação entre o
antígeno e o MHC, induzindo a liberação de citocinas que podem auxiliar as células B a liberarem
anticorpos e/ou ativar macrófagos e capacita-los a matar parasitas intracelulares. Já as células
infectadas por vírus têm alterações no MHC de classe I; neste caso a liberação de interferon
impede a disseminação viral.
CÉLULAS QUE ATUAM NA IMUNIDADE ADAPTATIVA
LINFÓCITOS B
Base da resposta imune humoral, onde os anticorpos reagem com determinantes antigênicos
presentes no sangue, linfa e fluidos tissulares. A maior parte das células B é exterminada durante
a deleção clonal; aquelas que escapam entram na circulação e são capazes de ativar a seleção
clonal desde que interaja com um antígeno específico.
Durante esta ativação existem sinais químicos que fazem o linfócito B se diferenciar em
plasmócito, tipos celulares capazes de secretar anticorpos com a especificidade de se ligar a
antígenos como aqueles que ativaram a célula B mãe.
Os anticorpos, também chamados de imunoglobulinas (Ig), são estruturas proteicas formadas
por quatro cadeias polipeptídicas, sendo duas cadeias leves e duas cadeias pesadas unidas
entre sai través de pontes dissulfetos. Por terem origem proteica, as Imunoglobulinas possuem
um determinante genético. A análise desta estrutura nos mostra a presença de uma região
constante (Fc) e uma região variável (Fab), onde ocorre a ligação do antígeno. Todos os
anticorpos são produzidos pelos plasmócitos resultantes da diferenciação do linfócito B.
a) IgG – mais abundante do corpo, presente na maioria dos líquidos extravasculares
combatendo microrganismo e suas toxinas. É capaz de atravessar a placenta e pode ativar
fortemente os fagócitos mononucleados e os neutrófilos polimorfonucleares. Sua adesão ao
microrganismo patogênico facilita a ação das células de fagocitose. Assim a região Fc se liga a
célula de fagocitose ativando-a e a região Fab permanece ligada ao antígeno. A principal célula
de fagocitose ativada são os macrófagos e os neutrófilos
b) IgA – presente na superfície externa do corpo onde encontramos secreções muco-serosa.
Ativa fracamente os fagócitos mononucleados e os neutrófilos polimorfonucleares. Encontrada
principalmente nas secreções de mucosas por participar da defesa da superfície externa do
corpo. Ao contrário da IgG, não atravessa a barreira placentária, porém é passada de mãe para
filho através do leite materno. Sua função é recobrir toda superfície externa do antígeno
impedindo sua ligação a superfície célula, impedindo sua entrada na célula.
c) IgM – primeira linha de defesa contra bactérias. Age como um aglutinador. Incapaz de
ativar os fagócitos mononucleados e os neutrófilos polimorfonucleares. Atuam principalmente
através da ativação do sistema complemento. É a maior de todas as imunoglobulinas. São
conhecidos como agentes citolíticos e aglutinadores e agem com muita eficiência contra os
estágios iniciais de uma infecção. Por estarem presentes no sangue são os principais
responsáveis pelo combate as bacteremias por ativarem fortemente o sistema complemento.
d) IgD – Presente aderida a superfície dos linfócitos B onde atua em conjunto com a IgM e
também na ativação dos linfócitos.
e) IgE – protege as superfícies externas do corpo. Presente em baixas quantidades no soro
e nas superfícies externa no corpo. Seu papel está relacionado ao controle de infecções
parasitárias e aos sintomas de alergias atópicas. Ativa fortemente os mastócitos (cujo papel está
relacionado aos sintomas de alergias), basófilos e eosinófilos (cujo papel está relacionado ao
controle de infecções parasitárias).

LINFÓCITOS T
Produzidos na medula óssea e maturados no timo, onde sofrem a deleção clonal caso sejam
hábeis em gerar respostas contra o próprio organismo
São as células efetoras da resposta imune celular, sendo direcionada contra qualquer fator,
desde um vírus até contra uma mutação que transformou uma célula normal em uma célula
cancerígena.
As células T possuem glicoproteínas como receptores de superfície - MHC. A principal diferença
entre o anticorpo e o receptor da célula T está no fato de que o anticorpo se liga ao antígeno
intacto, enquanto que os receptores da célula T não reconhecem o determinante antigênico
diretamente, mas o fragmento de um determinante antigênico ligado a uma molécula de MHC
presente na membrana da célula apresentadora de antígeno.
Após serem ativadas pela seleção clonal, as células T geram três tipos de células efetoras:

a. Linfócito T citotóxico (CLT ou T-CD8) - reconhecem células infectadas por vírus e a


matam por lise citotóxica
b. Linfócito T auxiliar (Cel. TH ou T – CD4) – auxiliam as células efetoras da resposta imune
humoral e da resposta imune celular, se ligando ao antígeno antes da ativação da célula
B. Caso auxilie na resposta imune humoral, a célula T H utiliza as células com MHC da
classe II, enquanto que na resposta imune celular utiliza-se a células com MHC da classe
I.
c. Linfócito T supressor (cel TS) – controla a intensidade da resposta imune

As células T também participam da resposta imune adaptativa, mas são incapazes de produzir
anticorpos, cuja produção é restrita aos plasmócitos.
Mas as células T também são capazes de reconhecer um antígeno no corpo e isto só é possível
graças a receptores presentes na membrana destes linfócitos. Estes receptores são formados
por duas subunidades cujo o domínio externo (ou seja, que fica em contato com o meio externo)
é variável, enquanto que o domínio que fixa a proteína a membrana da célula T é constante. Este
receptor é chamado de TCR.
No entanto, para que estes receptores reconheçam o antígeno e possam assim ativar a célula
T, é necessário que o antígeno esteja ligado ao complexo principal de histocompatibilidade ou
simplesmente MHC. Existem duas classes de MHC.
MHC classe I - Presentes em quase todas as células nucleadas do corpo e ativam células T
citotóxicas
MHC classe II – Associadas aos macrófagos e linfócitos B, podendo ativas os linfócitos T helper.

HIPERSENSIBILIDADE
Termo utilizado para designar uma resposta imune adaptativa benéfica que acontece de forma
exagerada ou inapropriada. Por ser uma resposta adaptativa não se manifesta no primeiro
contato com o antígeno e sim nos contatos subseqüentes.
São descritos quatro tipos de hipersensibilidade:
Hipersensibilidade Tipo I – também conhecida como hipersensibilidade imediata e resulta da
ação da IgE contra um antígeno inócuo, como o pólen, poeira, pêlos de animais. Existe a
liberação de mediadores químicos que desencadeiam uma reação inflamatória aguda com
sintomas como asma e renite.
Hipersensibilidade Tipo II – ou citotóxica dependente de anticorpos caracteriza-se pela ligação
antígeno anticorpo, com fagocitose, ativação de células NK e lise mediada pelo sistema
complemento.
Hipersensibilidade Tipo III – envolve a ação de complexos imunes que não podem ser
completamente removidos do organismo.
Hipersensibilidade Tipo IV – ou hipersensibilidade tardia (DTH) ocorre quando um antígeno
fagocitado não consegue ser eliminado, estimulando a ação de linfócitos T e a liberação de
mediadores inflamatórios; também são comuns em rejeição a transplantes e dermatite alérgica
de contato.
Comumente dizemos que as hipersensibilidades do tipo I, II e III são mediadas por anticorpo,
enquanto que a do tipo IV é mediada pelos linfócitos T e macrófagos. Embora exista quatro tipos
de hipersensibilidade, não significa que elas ocorreram sempre isoladamente.

MICROBIOLOGIA I – MORFOLOGIA, FISIOLOGIA


E REPRODUÇÃO BACTERIANA
Por definição, microbiologia significa “estudo dos organismos vivos minúsculos”, ou seja, os
microrganismos que, diga-se de passagem, habitam todos os ecossistemas terrestres. São
consideradas como seres microscópios as algas; as bactérias, os fungos, os protozoários e os
vírus; sendo que esse último é considerado um organismo acelular.
Na linguagem popular, os microrganismos são chamados de germes, que cientificamente,
corresponde aos microrganismos causadores de doenças, ou seja, os patógenos, ou ainda,
os microrganismos patogênicos. Porém, nem todo microrganismo possui capacidade infecciosa;
muito pelo contrário, a grande maioria dos microrganismos são chamadas de não patogênicos,
que podem ser tanto benéficos para o ser humano, como também pode não apresentar qualquer
efeito sobre nós.
Em toda superfície do nosso corpo existe aproximadamente 10 vezes mais microrganismos do
que células, divididas em mais de mil diferentes espécies habitando tanto a parte interna como
a parte externa do corpo.
Microbiota endógena (referida no passado como “flora normal”) de um indivíduo inclui todos os
microrganismos que residem no interior ou na superfície corporal desta pessoa. O feto não possui
microbiota endógena, sendo exposta a este durante e após o parto. Os organismos que
compõem a microbiota endógena podem ser nocivos ou benéficos e residem na pele, em
aberturas corporais, mucosas do trato digestório e do trato gastrointestinal; estes ambientes são
quentes e úmidos, proporcionando um ótimo ambiente para o desenvolvimento destes
microrganismos. Sangue, linfa, líquido cefalorraquidiano e órgãos internos são normalmente
livres de microrganismos.
Além da microbiota residente, existe a microbiota transiente, que reside em caráter temporário
em regiões internas e externas do corpo. Estes microrganismos são normalmente retirados pelo
banho, podem não conseguir competir com a microbiota residente do corpo, ser descartados por
produtos de excreção ou secreção humana.
Embora a destruição da microbiota transiente não cause grandes problemas ao corpo, a
destruição da microbiota residente perturba o equilíbrio estabelecido entre o hospedeiro e seus
colonizadores.
Dentre os microrganismos que compõem a microbiota endógena temos aqueles chamados
de patógenos oportunistas. Estes microrganismos, em geral, não causam problema algum ao
hospedeiro. No entanto existem duas situações que podem fazer com que estes microrganismos
manifestem suas características infecciosas. A primeira, e mais comum delas, é quando existe
uma baixa na atividade imune; ou seja, as defesas do organismo não estão funcionando como
deveriam e com isto os microrganismos acham uma brecha para se manifestarem. A segunda
situação que permite a manifestação de um patógeno oportunista é o acesso do microrganismo
a um local diferente da sua região de permanência original, fazendo com que ele manifeste seu
potencial patogênico.
MORFOLOGIA BACTERIANA
De acordo com a espécie a célula bacteriana pode adquirir forma esférica, em bastão ou
espiralada; podem ainda ser encontrada individualmente ou em grupamentos. Tais padrões de
organização são importantes na classificação taxonômica das bactérias. A esta característica
bacteriana de apresentar vários arranjos damos o nome de pleomorfismo.
FORMAS ESFÉRICAS – COCOS
a. Diplococos – cocos aos pares. Ex Neisseria meningitides - meningococos
b. Estreptococos – cocos em cadeia.
Ex: Streptococcus pneumoniae (pneumonia); Streptococcus salivarius (saliva,
benéfico).
c. Estafilococos – cocos em “cachos”. Ex: Staphylococcus aureus (garganta, podendo
causar dor de garganta).

FORMAS CILÍNDRICAS, EM BASTONETES – BACILOS


Apresentam variação de forma e tamanho entre diferentes gêneros, espécies e condições de
crescimento. Podem ocorrer aos pares (diplobacilos) ou em cadeias (estreptobacilos).
Apresentam, algumas vezes, flagelos que auxiliam no movimento. Exemplos: Shighella sp –
diarreias sanguinolentas; Clostridium botulinum – paralisia nervosa pela toxina
botulínica; Pseudomonas sp – infecções oportunistas; Bacillus cereus –
gastroenterite; Salmonella sp – febre tifoide; gastroenterite; Escherichia coli – normalmente no
trato intestinal, mas pode causar doenças enterogástricas; Corynebacterium diphteridae –
bactéria da difteria; se organiza de uma forma especial, conhecida como paliçada.
BACTÉRIAS COM FORMAS HELICOISAL – ESPIROQUETAS
São encontradas individualmente (células isoladas) e normalmente apresentam flagelos que
auxiliam na movimentação. Exemplos: Leptospira biflexa; Leptospira interiogans –
leptospirose; Vibrio sp – espiral curto, incompleto – cólera; Treponema pallidum – corpo flexível
– sífilis
APENDICES BACTERIANOS
As bactérias possuem estruturas intra e extracelulares definidas. Algumas estruturas estão
presentes em apenas alguns grupos, o que auxilia na sua classificação taxonômica, no entanto,
outras estruturas são comuns a todas as bactérias.
FLAGELOS
São estruturas responsáveis pela locomoção da bactéria através da realização de movimentos
ondulatórios. Acredita-se que a quimiotaxia desencadeie os movimentos do flagelo. A proteína
que compõe o flagelo se chama flagelina. Os flagelos se originam na membrana citoplasmática
na forma de uma estrutura de discos sobrepostos; é a estrutura basal, do último disco se origina
uma estrutura em forma de gancho que fica em contato com a membrana externa; finalmente,
já no meio extracelular origina-se o flagelo em si.
FÍMBRIAS
São apêndices filamentosos constituídos de uma proteína chamada pilina. Comparadas aos
flagelos, as fímbrias são menores, mais curtas e numerosa, sendo encontradas dispostas por
toda superfície da bactéria. Não atuam na mobilidade da bactéria, sendo encontrada em
diferentes espécies de bactéria, no entanto são mais comuns nas bactérias gram-negativas.
As funções mais importantes das fímbrias são:

a. Troca de material genética durante a conjugação bacteriana através de uma fímbria


especial chamada fímbria sexual (ou pelo F).
b. Adesão da bactéria em uma superfície mucosa.

CÁPSULA
É uma proteção bacteriana contra condições ambientais adversas. Situada externamente a
parede celular, a cápsula também atua como um fator de virulência da bactéria, evitando que
esta seja fagocitada por células do sistema imunológico.
A composição da cápsula é de polissacarídeos, ou seja, grandes cadeias de açúcares diferentes
unidas entre si através de ligações químicas específicas. As cápsulas são identificadas conforme
o tipo de polissacarídeos predominante. Algumas vezes estes polissacarídeos não são os únicos
constituintes da cápsula, podendo haver polipeptídios (proteínas) também.
PAREDE CELULAR
É uma estrutura rígida que dá forma a bactéria, ficando situada logo acima da membrana
citoplasmática. A principal função da parede é permitir que a bactéria resista as alterações
bruscas do ambiente, como por exemplo, a variação da pressão osmótica e temperaturas muito
baixas. Bactérias que tiveram a parede celular removida são chamadas de protoplastos e
incapazes de se reproduzirem.
Moléculas da classe dos peptídeosglicanos são responsáveis pela rigidez e manutenção da
pressão osmótica da célula; existem três tipos básicos de peptideosglicanos que se organizam
de diferentes formas para formar a parede, são eles o ácetilglicosamina (AGA), o ácido
acetilmurâmico e um peptídeo de 4 – 5 aminoácidos na configuração D (existente só em
bactérias). Conforme a composição da parede, as bactérias são dividias em Gram + e Gram –.

a. GRAM POSITIVAS - Possui a parede mais espessa e rígida devido a uma maior
quantidade de peptídeoglicanos; no entanto sua composição a base de ácido teicóico
faz com que esta parede seja o ponto de ação de vários antibióticos. Além disto a
presença de proteínas na parede faz com que esta seja usada na identificação sorológica
da bactéria.
b. GRAM NEGATIVAS - Também têm sua parede formada por peptídeosglicanos, no
entanto menos espessa que as gram – positivas; porém com constituição mais
complexa, possuindo uma maior concentração de lipídios formando
um lipopolissacarídeo – LPS - que fica posicionado externamente a camada de
peptídeoglicano. Este posicionamento faz com que esta camada seja seletiva para a
entrada e saída de substâncias e pode causar efeitos tóxicos quando em contato com
algum outro organismo; são as chamadas endotoxinas, podendo causar febre, diarreia,
morte de células vermelhas e choque fatal. A estruturação da LPS ocorre da seguinte
forma: a) lipídeo A embebido na membrana; b) polissacarídeos localizado na superfície
da membrana e c) antígenos.

ÁREA NUCLEAR
É a região onde se encontra o material genético da bactéria. A região do NUCLEÓIDE onde
encontramos o cromossomo único e circular das bactérias. Já os PLASMÍDEO são moléculas
menores de DNA circular que não codificam uma característica específica, mas conferem
vantagem seletiva a bactéria. Muitas vezes estão relacionados à resistência a antibióticos

ESPOROS
O esporo bacteriano é uma estrutura de resistência formada no interior da bactéria sendo muito
resistente ao calor, á dessecação, e a outros agentes físicos químicos. Quando o ambiente não
está propício para o desenvolvimento da bactéria, uma nucleoproteína começa a envolver todo
material genético da bactéria, formando uma espessa parede constituída de ácido dipocolínico,
um proteoglicano, que lhe confere uma grande resistência – esta estrutura se chama parede do
esporo; envolvendo esta parede temos o córtex do esporo, também composta de um
peptídeoglicano, mas menos resistente que o peptídeoglicando da parede do esporo.
Finalmente, a camada mais externa do esporo é a capa do esporo, uma estrutura proteica rígida
e rica em ligações disulfetos, responsável pela resistência a agentes químicos. Envolvendo toda
esta estrutura existe o exósporo, uma membrana lipoprotéica rica em aminocarboidratos. Não é
uma estrutura responsável pela reprodução. Este tipo de estratégia é muito comum em bactérias
do gênero Bacillus sp e Clortridium sp.
É definido como crescimento bacteriano o aumento do citoplasma acompanhado pela síntese de
macromoléculas como o DNA e proteínas. A disponibilidade de nutrientes é o principal fator que
rege o crescimento bacteriano.
Em um sistema fechado, podemos classificar o crescimento bacteriano conforme as fases
abaixo:
Fase Lag – fase de adaptação da bactéria ao meio. Existe um aumento de volume da célula,
mas não ocorre a divisão celular e sim a síntese de DNA, proteínas e enzimas que serão
utilizadas na divisão que se seguirá.
Fase Log ou de crescimento – período de divisão celular da bactéria. O tamanho da bactéria é
menor quando comparado com o da fase lag. Também são sintetizados elementos estruturais
da bactéria. Esta fase continua até que os nutrientes do meio sejam depletados.
Fase Estacionária – decréscimo da velocidade da divisão celular em virtude da redução dos
nutrientes disponíveis no meio. Ocorre também a redução da taxa metabólica que se mantém
através da degradação dos grânulos de reserva.
Fase de morte ou declínio – ocorre quando as condições do meio são impróprias para o
crescimento em decorrência da falta de nutrientes e do acumulo de toxinas produzidas como
restos do metabolismo bacteriano

Assim como no ser humano, o conjunto de reações responsáveis pela manutenção das funções
bacterianas básicas. A matéria prima destas reações são os nutrientes que as bactérias
absorvem do meio e serão utilizados para a produção de ATP (que será utilizado no transporte
de moléculas, movimentação de flagelos e síntese de macromoléculas) e ainda para a produção
de estruturas bacterianas. AS principais fontes de energia das bactérias são os carboidratos e
as proteínas.
Tipos de metabolismo
Fermentação - processo que ocorre na ausência de O2 e leva a quebra parcial da molécula de
carboidrato, podendo gerar diferentes produtos finais.
Putrefação – processo de decomposição de proteínas que também ocorre na ausência de O 2,
tendo como produto final a geração de ácido sulfídrico.
Respiração Aeróbica – quebra de nutrientes (carboidratos e proteínas) tendo o oxigênio como
aceptor final de elétrons
Respiração Anaeróbica – que quebra de nutrientes (carboidratos e proteínas) tendo como
aceptor final de elétrons compostos inorgânicos.

REPRODUÇÃO BACTERIANA
Procariotos normalmente se reproduzem assexuadamente, mas as baterias podem apresentar
mecanismos de recombinação genética como resultado da interação do material genético de
uma bactéria com PARTES do material genético de outra.
O processo pelo qual uma bactéria se divide em duas após desenvolver uma parede celular
transversal é conhecido como fissão binária transversal. A célula originada é um clone, ou seja,
na população de bactérias que se dividem por fissão, todos os indivíduos são geneticamente
idênticos. Na sequência de eventos, após a duplicação do material genético, ocorre
primeiramente um alongamento da célula mãe seguido da invaginação da membrana
citoplasmática formando um caminho através do qual ocorre a migração do material nuclear.
Após a invaginação e a transferência do material genético ocorre a formação da parede celular
transversa e a organização do DNA na região do nucleóide. Só depois disto a célula se separa
completamente e repete o processo de fissão.
CONJUGAÇÃO - Processo através do qual uma bactéria - chamada de receptora - recebe parte
do material genético de uma segunda bactéria - chamada de doadora. Normalmente esta
pequena sequência de DNA transferida é uma variação presente apenas na bactéria doadora.
Para que haja a conjugação é necessário o contato físico, feita por uma fímbria especial, o pelo
F; este contato é breve e fraco, por isto apenas um pequeno pedaço de DNA é transferido. Após
a conjugação, a bactéria volta a se reproduzir por fissão binária transversal.
TRANSFORMAÇÃO - Quando uma bactéria morre, seu DNA pode ser libertado no meio, ou
então pode ser capturado por um bacteriófago para posteriormente ser englobado por
uma bactéria hospedeira. Uma vez que o DNA transformado encontra-se dentro da bactéria
hospedeira, ocorre o processo de recombinação e novos genes são incorporados ao DNA da
bactéria.
A conjugação e a transformação são eventos que ocorrem em poucas bactérias; a grande
maioria tem como forma de reprodução apenas a fissão binária transversal. O tempo normal
entre uma divisão e outra é chamado de tempo de geração. O tempo de geração varia de espécie
para espécie, mas também possui fortes fatores de dependência, como os nutrientes disponíveis
no meio.
FATORES QUE INTERFEREM NO CRESCIMENTO E NA REPRODUÇÃO BACTERIANA
Um dos principais nutrientes que influenciam o crescimento bacteriano é a disponibilidade de
carbono. Nas bactérias heterotróficas, este carbono é adquirido, principalmente, na forma de
carboidratos, enquanto que nos organismos autotróficos este carbono é adquirido na forma de
CO2 ou carbono inorgânico. O nitrogênio também é um elemento importante para a síntese de
aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos e pode ser adquirido através de proteínas exógenas
e por elementos como amônia e gás nitrogênio. O enxofre também é importante para a síntese
de alguns aminoácidos e o fósforo é um elemento essencial para a síntese dos nucleotídeos
trifosfatados com função energética ou estrutural.
Dentre os fatores físicos que influenciam no crescimento bacteriano temos a temperatura, o pH
e, principalmente, o oxigênio. O oxigênio pode ser essencial para o crescimento bacteriano, neste
caso dizemos que a bactéria é aeróbica estrita (ou obrigatória), pois ela é incapaz de crescer
na ausência de O2. Por outro lado, existem as bactérias aeróbicas facultativas, que apresentam
mecanismos que permitem utilizar o O2 quando este está presente em quantidades adequadas
no meio através da cadeia de transporte de elétrons; no entanto, quando a concentração deste
gás não é suficiente, a bactéria aciona outros mecanismos, como a fermentação, para a obtenção
de energia – Ex: a maioria das bactérias entéricas. Finalmente, temos as baterias anaeróbicas
restritas (ou obrigatórias), que são intolerantes ao O2. Nestas bactérias, o oxigênio é letal e
tais espécimes só se desenvolvem em tecidos necrosados e alimentando -se principalmente de
proteínas – Ex: Clostridium.

MICROBIOLOGIA II – BACTÉRIAS DE INTERESSE


CLÍNICO
Principais bactérias de interesse médico:
Staphylococcus aureus (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas;
Diagnóstico e Tratamento).
Streptococcus pyogenes, (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas;
Diagnóstico e Tratamento)
S. pneumoniae (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas;
Diagnóstico e Tratamento)
S. agalactiae (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas; Diagnóstico
e Tratamento)
Principais bactérias de interesse médico: Staphylococcus aureus (Principais características do
agente etiológico; Doenças associadas; Diagnóstico e Tratamento).
Streptococcus pyogenes, (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas;
Diagnóstico e Tratamento)
S. pneumoniae (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas;
Diagnóstico e Tratamento)
S. agalactiae (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas; Diagnóstico
e Tratamento)
Mycobacterium tuberculosis. (Principais características do agente etiológico; Doenças
associadas; Diagnóstico e Tratamento; Profilaxias)
Clostridium ssp (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas;
Diagnóstico e Tratamento; Profilaxias)
Pseudômonas SSP (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas;
Diagnóstico e Tratamento; Profilaxias)
Salmonella ssp (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas.;
Diagnóstico e Tratamento; Profilaxias)
Shiguella ssp (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas; Diagnóstico
e Tratamento; Profilaxias)
Escherichia coli (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas;
Diagnóstico e Tratamento; Profilaxias)
V. cholerae (Principais características do agente etiológico; Doenças associadas; Diagnóstico e
Tratamento; Profilaxias)

MICROBIOLOGIA III – FUNGOS E VÍRUS


VÍRUS
Os vírus são considerados seres acelulares, sendo completamente dependentes da maquinaria
enzimática das células vivas para gerar sua própria energia ou mesmo para síntese de suas
moléculas estruturais.
Todos os vírus são constituídos de ácidos nucléico (DNA ou RNA) e de proteínas que formam
um arranjo chamado de capsídeo, responsável pela proteção do material genético. Este arranjo
material genético associado ao capsídeo é chamado de nucleocapsídeo. O nucleocapsídeo de
alguns vírus é envolto por uma membrana lipoprotéica, originada da célula hospedeira na qual o
vírus foi sintetizado, denominada de envelope lipídico. Os lipídios que formam o envelope são
normalmente oriundos da membrana plasmática da célula hospedeira.
O genoma viral contém apenas uma cópia de cada gene. As proteínas codificadas pelos vírus
podem ser estruturais (matriz proteica formadora da partícula viral) ou funcionais, (relacionadas
a replicação viral).
Fungos
Os fungos são organismos eucariotos encontrados em toda parte do mundo e constituem um
grupo diversificado composto por organismos unicelulares como as leveduras e pluricelulares,
como os fungos filamentosos (bolores). Os fungos pluricelulares crescem em filamentos
chamados de hifas, que se organizam formando os micélios Saber se um fungo é uni ou
pluricelulares, bem como as características de suas hifas contribui para a sua identificação em
casos de infecções fungícas. Assim como os vegetais, os fungos também possuem parede
celular, porém, ao contrário dos vegetais que a parede é composta de celulose, a parede celular
dos fungos é composta de quitina, um tipo de polissacarídeo.

Os fungos alimentam-se de matéria orgânica. Possuem a chamada digestão absortiva, onde


secretam enzimas digestivas no substrato a ser consumido. Se este substrato for de animais e
vegetais mortos os fungos atuam como decompositores permitindo a reciclagem de nutrientes.
Estes fungos são chamados de saprófitas. No entanto, existem fungos que liberam suas enzimas
digestivas em cima de um organismo vivo; neste caso chamamos estes fungos de parasitas e
causam a destruição do tecido que estão parasitando.
Nem todos os fungos são prejudiciais ao organismo. Atualmente utilizamos os fungos para a
produção de queijos, iogurte, cervejas, pães, bem como na síntese de alguns fármacos, como a
ciclosporina (imunossupressora) e a penicilina (antibiótico).
Um fungo pode se reproduzir de forma assexuada, mais comum em fungos patogênicos e de
forma sexuada, comumente encontrada em fungos de vida livre.
As formas assexuadas de reprodução são: a) brotamento; b) alongamento da hifa e c) formação
de esporos assexuados (conídios). Sexuadamente os fungos se reproduzem através da fusão
de dois núcleos de esporos. A reprodução sexuada de fungos parasitas só é observada em
hospedeiros extremamente imunocomprometidos.
LEVEDURAS
São os fungos unicelulares que, normalmente, se reproduzem por brotamento. São muito
utilizadas em processos de formação de bebidas alcoólicas em virtude de serem aeróbicos
facultativos, como a Saccharomyces cerevisiael. Algumas leveduras têm interesse médico, como
o Cryptococcus neoformans e a Cândida albicans (oportunista, podendo ser encontrada na
microbiota endógena). As leveduras têm uma forma muito semelhante a bactérias, mas podem
ser diferenciadas destas na análise microscópicas por dois aspectos: são maiores que as
bactérias e é possível observar o processo de brotamento; bactérias não se reproduzem por
brotamento.
BOLORES
Crescem em forma de filamentos, sendo comumente observado em alimentos em
decomposição. Possuem dois tipos de hifas, as chamadas de hifas aéreas, responsáveis pela
parte reprodutiva e as hifas vegetativas que se estendem sob a superfície onde o bolor está
crescendo. Neste grupo encontramos o Penicillium notatum, responsável pela produção da
penicilina (antibiótico).
DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS
As infecções fungicas são conhecidas como micoses e podem ser:

a. Micoses Superficiais e Cutâneas – ocorrem em áreas mais externas no corpo, como


pêlos, unhas e na epiderme. São adquiridas através do contato com esporos
b. Micoses Subcutâneas e Sistêmicas – são infecções de camadas mais profundas da pele
(Derme) ou de órgãos internos, podendo afetar dois ou mais sistemas orgânicos
diferentes e simultaneamente. Atingem o corpo através do trato respiratório –inalando
os esporos presentes no solo e em fezes secas contaminadas

A Candida albicans, levedura oportunista que fazem parte da nossa microbiota endógena, sendo
encontradas na pele e nas mucosas da boca, trato gastrointestinal e genitourinário. Normalmente
a população de Cândida é controlada pelas bactérias da flora normal desta região; situações que
levam a diminuição da população bacteriana endógena podem levar ao aumento da população
desta levedura e permitir um foco de entrada para novos microrganismos na corrente sanguínea.
Embora seja mais comum causando micoses cutâneas e subcutâneas, em organismos
imunodeprimidos a Candida pode provocar infecções sistêmicas.
Exemplos de infecções fungícas sistêmicas no trato respiratório inferior são
as coccidiodomicose, causadas principalmente pelo Coccidioide immitis, esta infecção começa
muito semelhante a uma gripe e pode progredir para lesões pulmonares e abscessos por todo
corpo, incluído ossos, pele e SNC. As criptococoses são micoses profundas que podem ocorrer
nas meninges, nos pulmões, rins, próstata, pele e ossos; é comum em pacientes aidéticos sendo
causada pelo Cryptococcus neoformans, uma levedura capsulada que se reproduz dentro de
macrófagos. Finalmente, um último exemplo de micose sistêmica é a histoplasmose, uma micose
sistêmica com variáveis graus de gravidades, variando desde a assintomática até formas com
lesões pulmonares; o agente etiológico é o Histoplasma capsulatum.

PARASITOLOGIA I – CONCEITOS GERAIS,


ARTRÓPODES E PROTOZOÁRIOS
1. Conceitos Gerais
a. Conceito de parasitismo
i. Diferenças entre endoparasitas e ectoparasitas
b. Conceito de hospedeiros
i. Diferença entre hospedeiro definitivo e hospedeiro intermediário
ii. Diferença entre ciclo monoxênico e heteroxênico
c. Conceito de vetor
i. Diferenças entre vetores mecânicos e biológico
2. Artrópodes
a. Características gerais
i. Morfologia
b. Ciclo de vida
c. Artrópodes como ectoparasitas
d. Artrópodes como vetores
3. Protozoários
a. Características gerais
b. Filo Sarcomastigofora
i. Principais características do grupo
ii. Trypanossoma cruzi
1. Forma de transmissão
2. Ciclo evolutivo
3. Doença causada
4. Profilaxia
iii. Giardia
1. Forma de transmissão
2. Ciclo evolutivo
3. Doença causada
4. Profilaxia
iv. Entamoeba histolytica
1. Forma de transmissão
2. Ciclo evolutivo
3. Doença causada
4. Profilaxia
c. Filo Apicomplexa
i. Características gerais do grupo
ii. Plasmodium ssp
1. Forma de transmissão
2. Ciclo evolutivo
3. Doença causada
4. Profilaxia

PARASITOLOGIA II – HELMINTOS
Características gerais do grupo

a. Morfologia geral do grupo


b. Nematelmintos
i. Características morfológicas específicas do grupo
ii. Ascaris lumbricoides
1. Forma de transmissão
2. Ciclo evolutivo
3. Doença causada
4. Profilaxia
iii. Ancylostoma
1. Forma de transmissão
2. Ciclo evolutivo
3. Doença causada
4. Profilaxia
iv. Enterobius
1. Forma de transmissão
2. Ciclo evolutivo
3. Doença causada
4. Profilaxia
c. Platelmintos
i. Características morfológicas específicas do grupo
ii. Trematóides
1. Características morfológicas específicas do grupo
2. Schistossoma mansoni
a. Forma de transmissão
b. Ciclo evolutivo
c. Doença causada
d. Profilaxia
iii. Cestóides
1. Características morfológicas específicas do grupo
2. Taenia
a. Forma de transmissão
b. Ciclo evolutivo
c. Doença causada
i. Teníase
ii. Cisticercose
d. Profilaxia

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