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– sua caracterização;
– necessidades colectivas e meios financeiros do Estado.
As exigências de satisfação das necessidades económicas de carácter público e de obtenção de
meios indispensáveis à respectiva cobertura impõem ao Estado, e às outras entidades públicas
uma
actividade económica com características próprias, a actividade financeira.
As particularidades específicas desta actividade resultam fundamentalmente da circunstância de
as necessidades públicas não implicarem uma procura prévia individual e, consequentemente, ao
contrário do que acontece com as necessidades privadas, a cobertura do seu custo não se situar
no plano
das livres opções individuais
Destinada a assegurar a satisfação das necessidades públicas, a actividade financeira abrange a
aquisição de meios económicos, o emprego desses meios e a coordenação dos meios obtidos e
das
utilidades a realizar.
Todas as realizações de despesas orientadas para a aquisição de bens ou serviços destinados a
satisfazer necessidades públicas se integram na actividade financeira. E para que as entidades
públicas
possam realizar essas despesas têm de obter receitas adequadas, as quais não correspondem a
uma massa
homogénea. Algumas assemelham-se a receitas de particulares, como é o caso das obtidas pela
exploração do património do Estado. Muitas outras oferecem características inseparáveis do
sector
público. Assim sucede com os impostos e as receitas dos chamados “monopólios fiscais”.
Não obstante a heterogeneidade dos fenómenos que se integram na actividade financeira, todos
se situam no plano da obtenção e do emprego de meios económicos adequados à satisfação de
necessidades públicas. Todos eles têm, pois, natureza económica. São fenómenos económicos.
2. Direito Financeiro, Direito Tributário e Direito Fiscal.
Âmbito do Direito Fiscal:
Só quando assume uma posição característica, inconfundível com as posições dos particulares,
no exercício da sua actividade financeira, é que o estado se subordina a normas jurídicas
próprias, cujo
complexo tem sido designado por Direito Financeiro.
Trata-se da definição jurídica dos poderes das entidades públicas na obtenção e no emprego dos
meios económicos destinados à realização dos seus fins.
Este conceito baseia-se numa ideia central de limitação de poderes das entidades públicas, como
tais.
Como disciplina jurídica da utilização de meios económicos pelas entidades públicas, o Direito
Financeiro abrange um amplíssimo sector de receitas públicas (o das receitas públicas não
apenas pelo
destino, mas também pela natureza, pela origem), todo o sector das despesas públicas e a
coordenação das
despesas e das receitas públicas.
O Direito Financeiro compreende três ramos que, embora, cada um deles, sem autonomia
científica, são nitidamente separáveis – o direito das receitas, o direito das despesas e o direito
da
administração financeira. Por sua vez, estes ramos de Direito Financeiro admitem divisões. E
entre elas