Vous êtes sur la page 1sur 25

Portaria n.

º 661/70
de 28 de Dezembro

Havendo necessidade de actualizar as normas sobre construção e vistorias dos veios


das máquinas dos navios e embarcações, que constam das instruções aprovadas
pela Portaria n.º 4852, de 7 de Abril de 1927:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Marinha, o seguinte:
1.º É aprovado o Regulamento sobre as Condições a Que Devem Satisfazer os Veios
das Embarcações, anexo à presente portaria.
2.º Ficam revogadas as Instruções para as Vistorias aos Veios das Máquinas
Propulsoras dos Navios e Embarcações, aprovadas pela Portaria n.º 4852, de 7 de
Abril de 1927.

O Ministro da Marinha, Manuel Pereira Crespo.

REGULAMENTO SOBRE AS CONDIÇÕES A QUE DEVEM SATISFAZER OS


VEIOS DAS EMBARCAÇÕES
CAPÍTULO I
Definições
Artigo 1.º Chama-se «linha de veios», numa embarcação com hélice, ao conjunto de
veios formado pelo veio motor, num extremo, e pelos veios intermédios e que tem no
outro extremo o veio propulsor.
Art. 2.º - 1. Ao veio motor de uma máquina alternativa chama-se «veio de manivelas»;
chama-se «veio da roda» ou «do rotador» ao veio de uma turbina. Chama-se «veio
motor», num motor eléctrico, ao veio que suporta o colector do induzido, quando é de
corrente contínua, ou a armadura, no caso de corrente alterna.
2. Num veio de manivelas chama-se:
Munhão - à parte do veio de manivelas que liga os braços de uma mesma manivela e
onde articula o tirante;
Moente - à parte do veio de manivelas que liga duas manivelas consecutivas e trabalha
na chumaceira de apoio.
Art. 3.º O veio onde o hélice é montado chama-se «veio propulsor» ou «veio
porta-hélice».
Art. 4.º Quando o veio propulsor é exterior ao navio, chama-se «veio da manga» ao
veio que atravessa o cadaste dentro da manga.
Art. 5.º Quando exista um veio entre o veio propulsor e o veio da manga, esse recebe o
nome de «veio intermédio exterior».
Art. 6.º Os veios existentes entre o veio motor e o veio propulsor chamam-se «veios
intermédios».
Art. 7.º Ao veio com um ou mais anéis destinados a suportar os esforços longitudinais
chama-se «veio de impulso».
Art. 8.º Os veios são ligados entre si por meio de pratos de união. Estes podem ser
forjados com os veios ou montados neles.
Art. 9.º Chamam-se «parafusos das uniões» aos parafusos que ligam entre si os
pratos de dois veios.
Art. 10.º Chamam-se «parafusos guias» os parafusos cilíndricos montados num prato
de união por meio de porcas e que têm movimento livre no sentido longitudinal, nos
furos do prato de união do veio adjacente.
Art. 11.º No caso de turbinas, devem ser atendidas as designações que constam dos
artigos que seguem.
Art. 12.º «Veio motor» é o veio da roda ou do rotador da turbina.
Art. 13.º «Veio primário» é o que está ligado ao veio motor e transmite o seu
movimento, por meio de engrenagens, ao veio secundário ou ao veio propulsor.
Art. 14.º Quando exista engrenagem dupla, chama-se «veio secundário» àquele em
que estão montados a roda e o carrete secundários.
Art. 15.º Chama-se «veio de ligação» ao veio da última roda da engrenagem ligado a
um veio intermédio, já na linha de veios.
Art. 16.º Quando mais de uma turbina engrene separadamente numa dada linha de
veios, os veios primários recebem as designações de «alta pressão», «média
pressão» e «baixa pressão», respectivamente, e a abreviatura EB ou BB, conforme se
trate da linha de veios de estibordo ou de bombordo.
Art. 17.º - 1. Chama-se «casquilho do suporte mais a ré» ao casquilho colocado a ré,
junto do hélice no qual se apoia a extremidade do veio propulsor.
2. Se existe mais de uma aranha para suporte do veio propulsor, continua a
chamar-se «casquilho do suporte mais a ré» ao casquilho que corresponde à
definição acima dada, e «casquilhos dos suportes intermédios» aos que ficam entre
esse casquilho e a manga do veio.
3. Quando não existam aranhas de suporte, o casquilho da manga corresponde ao
casquilho de suporte mais a ré. Porém, se o veio propulsor fica exterior à manga,
então esse casquilho (da manga) chama-se «casquilho de ré da manga».
4. O casquilho da outra extremidade da manga chama-se então «casquilho do bucim»
ou «casquilho de vante da manga».
CAPÍTULO II
Generalidades
SECÇÃO I
Materiais
Art. 18.º Todos os materiais destinados à construção de veios devem ser
manufacturados e provados segundo o estabelecido neste Regulamento, ou, em
casos especiais, mediante especificação aprovada pela Repartição Técnica da
Direcção da Marinha Mercante e sob fiscalização dos seus peritos.
Art. 19.º De uma maneira geral, os lingotes de aço para veios a calcular pelas fórmulas
deste Regulamento devem ter uma resistência considerada tipo, ou seja uma carga de
rotura à tracção de 44 kg/mm2 a 52 kg/mm2 (28 t a 33 t por polegada quadrada) e,
depois de forjados ou laminados, a sua carga de rotura à tracção e o alongamento
devem satisfazer às seguintes expressões:
Cr x 0,635 + 100 x A >= 57
caso as barretas sejam tiradas longitudinalmente, ou
Cr x 0,635 + 100 x A >= 52
quando as barretas são obtidas transversalmente, sendo:
Cr = carga de rotura à tracção em quilogramas por milímetro quadrado (kg/mm2);
A = percentagem de alongamento (relação entre o alongamento e o comprimento
entre pontos de referência medidos em qualquer das barretas tipo, definidas neste
Regulamento).
Art. 20.º Quando sejam fornecidos certificados de materiais cujas provas tenham sido
realizadas com barretas de dimensões diferentes das que constam neste
Regulamento, os alongamentos equivalentes poderão ser calculados pela seguinte
expressão:
(ver documento original)
Art. 21.º Qualquer aço especial, não especificado neste Regulamento, terá de ser
submetido à aprovação da Repartição Técnica da Direcção da Marinha Mercante,
mediante requerimento da entidade interessada, acompanhados das características
químicas e mecânicas do material. O cálculo do diâmetro mínimo do veio propulsor
será feito de acordo com as disposições do artigo 144.º
Art. 22.º Quando se pretenda utilizar materiais não ferrosos na construção de veios,
devem ser submetidos à aprovação da Repartição Técnica da Direcção da Marinha
Mercante todos os pormenores da especificação (características químicas e
mecânicas e dimensões), bem como o processo de manufactura. O cálculo do
diâmetro mínimo do veio propulsor será feito de acordo com o estabelecido no artigo
144.º
Art. 23.º Os braços dos veios de manivelas, quando não fazem parte integrante do
veio, podem ser forjados ou laminados de lingotes de aço, ou feitos de ferro forjado ou
aço vazado.
Art. 24.º Os pratos das uniões devem satisfazer às seguintes condições:
a) Caldeados ao veio, no caso de veios de ferro forjado;
b) Forjados dos blocos ou obtidos por encalque das extremidades, sob pressão
hidráulica, no caso de veios de aço;
c) Forjados de lingotes de aço, de ferro forjado, de sucata de aço macio ou feitos de
aço vazado, no caso de serem separados dos veios.
SECÇÃO II
Vistorias
Art. 25.º As superfícies dos veios em construção devem ser examinadas após o seu
acabamento ao torno, podendo também ser inspeccionadas após as primeiras
passagens, se o perito o achar conveniente.
Art. 26.º Quando os veios forem providos de camisas contínuas ou quando tenham
sistema de lubrificação em manga fechada, ou ainda quando feitos de material
resistente à corrosão aprovado pela Repartição Técnica da Direcção da Marinha
Mercante, as vistorias aos veios propulsores poderão ser efectuadas de três em três
anos, em navios de um só hélice, e de quatro em quatro anos, em navios de dois ou
mais hélices.
Art. 27.º - 1. Mediante requerimento dos armadores, as vistorias aos veios dos navios
de um só hélice, que tenham camisas contínuas ou sistema de lubrificação em manga
fechada, ou ainda quando feitos de material resistente à corrosão aprovado pela
Repartição Técnica da Direcção da Marinha Mercante, poderão ser efectuadas de
quatro em quatro anos, desde que satisfaçam simultâneamente às seguintes
condições:
a) O escatel de fixação do hélice seja dos tipos rampa ou de topos arredondados com
curva de concordância apropriada e tenha todas as arestas arredondadas na
superfície do veio;
b) Em cada vistoria o veio seja examinado por um método eficiente de detecção de
fendas (magnético ou ultra-sons) desde o extremo da ré das camisas (ou extremo de
ré da manga nos veios que não tenham camisa) até cerca de um terço do
comprimento do cone a partir da base maior.
2. Mediante requerimento do armador e desde que o escatel seja dos tipos indicados
acima, a primeira vistoria a um veio de um navio novo de um só hélice poderá ser
efectuada apenas passados quatro anos, podendo esta autorização ser extensiva a
um veio novo ou a um veio sobresselente ainda não utilizado de navios já existentes.
Na primeira vistoria e subsequentes vistorias periódicas a zona de vante do cone do
veio deverá ser examinada por um método eficiente de detecção de fendas.
Art. 28.º Todos os veios não abrangidos pelos artigos anteriores devem ser vistoriados
de dois em dois anos.
Art. 29.º Todos os anos, quando o navio é vistoriado em seco, devem ser
inspeccionados os hélices, os bucins das mangas, as vedações e as ligações com o
mar. Devem, igualmente, ser medidas as folgas dos casquilhos da manga ou
verificado o estado de eficiência dos bucins no caso de mangas fechadas e medidas
as folgas dos casquilhos das aranhas, se existirem.
Art. 30.º Quadrienalmente, ou sempre que tal se torne necessário em virtude de
reparações, deve ser verificado o estado de conservação e alinhamento do conjunto
que constitui uma linha de veios.
SECÇÃO III
Alinhamento dos veios motores
Art. 31.º Todas as instalações de máquinas constituídas por motores Diesel principais
ou auxiliares excedendo 300 BHP ou por máquinas de vapor alternativas, devem
dispor de instrumentos para verificação do alinhamento dos veios motores. Poderão
ser usados indistintamente pontes ou flexímetros.
No caso do emprego de flexímetros, bastará a existência de um único flexímetro que
possa ser utilizado em todos os motores da instalação.
Art. 32.º Todas as instalações de turbinas a vapor (principais ou auxiliares) devem
possuir dispositivos de tipo aprovado pela Repartição Técnica da Direcção da Marinha
Mercante para verificação do alinhamento dos veios motores e dos veios das
engrenagens.
Estes dispositivos serão fornecidos pelos construtores e serão ajustados na presença
de um perito.
SECÇÃO IV
Cálculo das dimensões dos veios
Art. 33.º - 1. O cálculo das dimensões dos veios deverá ser feito de acordo com as
regras do capítulo IV.
2. Serão aceites os cálculos feitos segundo as regras das sociedades de
classificação reconhecidas pelo Governo Português.
SECÇÃO V
Reforço para a navegação nos gelos
Art. 34.º Os diâmetros dos veios propulsores das embarcações destinadas à
navegação nos gelos não deverão ser inferiores aos determinados pelas regras do
capítulo IV aumentados de 20, 15, 8 e 5 por cento, respectivamente, para
embarcações destinadas a navegar em zonas de extremas condições, de severas
condições, de médias condições ou de regulares condições, devidas ao gelo.
Art. 35.º Os diâmetros dos veios de manivelas, impulso e intermédios das
embarcações destinadas à navegação nos gelos não deverão ser inferiores aos
determinados pelas regras do capítulo IV aumentados de 12, 8 e 4 por cento,
respectivamente, para embarcações destinadas a navegar em zonas de extremas
condições, de severas condições ou de médias condições, devidas ao gelo. Os
diâmetros dos veios de manivelas dos motores Diesel não necessitam de qualquer
aumento.
CAPÍTULO III
Condições gerais a que devem satisfazer os aços para veios
SECÇÃO I
Peças de aço forjado
SUBSECÇÃO I
Processo de manufactura
Art. 36.º Os lingotes de aço para forjamento dos veios serão obtidos pelos processos
Siemens-Martin, forno eléctrico, ou qualquer outro que mereça aprovação da
Repartição Técnica da Direcção da Marinha Mercante.
Art. 37.º Só devem ser empregados lingotes sem defeito, homogéneos, sobre os quais
será executado um trabalho de forja gradual e uniforme.
SUBSECÇÃO II
Tratamento a quente
Art. 38.º - 1. O tratamento a quente das peças de aço forjado deve ser executado em
forno próprio com adequado contrôle de temperatura. Se as peças, mais tarde,
voltarem a ser aquecidas, deverão ser novamente tratadas a quente.
As peças de aço forjado devem ser aquecidas uniformemente a uma temperatura
acima do ponto crítico superior a fim de refinar o grão e sujeitas a um dos seguintes
tratamentos térmicos:
a) Totalmente recozidas (annealed) com arrefecimento lento e uniforme no forno;
b) Recozidas (normalized) com arrefecimento ao ar seguido de revenido a fim de as
aliviar de qualquer tensão interna se o seu diâmetro for igual ou superior ao dado na
tabela que vem a seguir. As peças forjadas, com menor diâmetro, também podem ser
revenidas, depois de recozidas (normalized), se for julgado conveniente;
c) Temperadas com arrefecimento em óleo, ou por outro método reconhecido,
seguido de revenido. Porém, têmpera por qualquer outro método só poderá ser
adoptada se o perito concordar. As peças forjadas devem levar as primeiras
passagens na máquina-ferramenta antes de serem temperadas, a não ser que haja
acordo do perito.
2. As dimensões das peças forjadas a revenir depois do recozimento serão as que
constam do quadro seguinte:
(ver documento original)
3. O emprego de maçarico de corte só será permitido desde que seja sancionado por
um perito oficial, e, sempre que possível, antes de realizado o tratamento térmico.
4. Todas as peças que sofreram a acção de maçarico de corte e que, em serviço,
estão sujeitas a esforços cíclicos deverão ser rebaixadas de, pelo menos, 12,5 mm a
partir da superfície.
5. Sempre que o perito o exija, as superfícies finais deverão ser examinadas por um
método eficiente de detecção de fendas.
SUBSECÇÃO III
Provas e inspecções
Art. 39.º Os veios forjados não devem apresentar defeitos quando trabalhados em
máquinas-ferramentas, até serem atingidas as dimensões desejadas.
Os defeitos que se revelem não podem ser reparados, nem mesmo por soldadura
eléctrica.
Art. 40.º Sempre que o veio se revele inaceitável, quer durante o trabalho na
máquina-ferramenta de corte, quer durante a montagem, será rejeitado, ainda que
tenha sido acompanhado de qualquer certificado.
Art. 41.º - 1. A resistência à tracção e a ductilidade do material devem ser
determinadas por meio de barretas tipo, tiradas no sentido do comprimento do veio
forjado.
2. Em determinadas condições de escassez de material, as barretas poderão ser
tiradas transversalmente.
Art. 42.º - 1. As dimensões finais das barretas, para provas, não devem ser obtidas por
forjamento, mas por trabalho na máquina-ferramenta de corte a frio.
2. O perito oficial que assistir às provas das barretas deverá marcá-las, desde que os
resultados sejam positivos.
SUBSECÇÃO IV
Número de provas
Art. 43.º - 1. Deve ser tirada, pelo menos, uma barreta para prova de resistência à
tracção e outra para prova de dobragem do material forjado a empregar.
2. No caso de o peso do veio forjado exceder 3000 kg e 2,44 m de comprimento,
devem ser tiradas de cada extremo uma barreta para a prova de tracção e outra para
prova de dobragem.
SUBSECÇÃO V
Dimensões das barretas de prova à tracção
Art. 44.º - 1. As barretas de prova à tracção devem ser torneadas de forma que o
diâmetro da sua secção recta, entre pontos de referência, não seja inferior a 12,5 mm,
podendo utilizar-se indistintamente como comprimento entre pontos de referência o
comprimento correspondente a 4 ou 5,65 vezes a raiz quadrada da área da referida
secção recta.
2. Só poderão ser utilizadas barretas de dimensões diferentes das anteriormente
indicadas nos casos especiais em que as dimensões da peça forjada o não permitam
fazer, devendo, no entanto, ser obtida a aprovação do perito oficial. Nestes casos, as
dimensões da barreta deverão ser tão grandes quanto possível, utilizando-se um
comprimento padrão entre pontos de referência.
3. Os comprimentos em que devem ser mantidos os diâmetros das barretas, além
dos comprimentos entre pontos de referência, não serão menores que 10 por cento
desses comprimentos. A forma a dar às extremidades das barretas depende da
máquina a usar para a prova de tracção.
SUBSECÇÃO VI
Prova de tracção
Art. 45.º - 1. A carga de rotura à tracção do material forjado deve ficar compreendida
entre 44 kg/mm2 e 71 kg/mm2, e os resultados das provas não devem diferir entre si
mais do que 7,9 kg/mm2.
2. No caso de serem tiradas barretas de cada extremo de uma peça forjada, os
resultados das provas não deverão diferir entre si mais do que 6,3 kg/mm2.
3. Quando se trate de veios propulsores, a carga de rotura deve, em geral, ficar
compreendida entre 44 kg/mm2 e 52 kg/mm2.
4. As percentagens de alongamento correspondentes às diversas cargas de rotura
não deverão ser inferiores aos valores mínimos indicados na seguinte tabela:
(ver documento original)
SUBSECÇÃO VII
Dimensões das barretas de prova de dobragem
Art. 46.º - 1. As barretas para prova de dobragem terão a secção rectangular, obtida
por máquina-ferramenta, e devem ter as seguintes dimensões:
a) 25 mm de largura por 19 mm de espessura, quando a carga de rotura mínima
estabelecida na especificação não exceda 57 kg/mmn2;
b) 19 mm de largura por 9,5 mm de espessura, quando a carga de rotura mínima
estabelecida na especificação seja superior a 57 kg/mm2.
2. As arestas das barretas poderão ser arredondadas com um raio que não exceda
1,5 mm.
SUBSECÇÃO VIII
Prova de dobragem
Art. 47.º - 1. As barretas de prova de dobragem devem resistir, sem fractura, à
dobragem a frio, num ângulo de 180º, não podendo os raios internos de dobragem ser
superiores aos valores indicados na seguinte tabela:
(ver documento original)
2. A dobragem far-se-á por meio de pressão contínua ou de choque, no sentido da
parte menos espessa.
SUBSECÇÃO IX
Provas adicionais antes da rejeição do material
Art. 48.º Quando algumas das provas de tracção ou de dobragem (ou ambas) não
satisfizerem e o perito oficial considerar que os resultados obtidos não correspondem
perfeitamente à qualidade do material, podem ser ensaiadas duas novas barretas por
cada prova que falhar. Nestes casos, as qualidades do material serão avaliadas pelos
resultados das novas provas, desprezando-se os ensaios iniciais que falharam
SUBSECÇÃO X
Marcação das peças
Art. 49.º Todas as peças forjadas, depois de terem correspondido satisfatòriamente às
provas exigidas, devem ser marcadas, pelo perito, em lugar bem visível, ficando assim
indicado que o material satisfaz ao Regulamento.
SECÇÃO II
Peças de aço vazado
SUBSECÇÃO I
Processo de manufactura
Art. 50.º O aço para moldação de peças, tais como manivelas e munhões, deve ser
obtido pelos processos Siemens-Martin, forno eléctrico, ou qualquer outro que mereça
aprovação da Repartição Técnica da Direcção da Marinha Mercante, não devendo em
qualquer hipótese conter mais do que 0,05 por cento de enxofre e igual percentagem
de fósforo.
SUBSECÇÃO II
Tratamento a quente
Art. 51.º - 1. O tratamento a quente das peças de aço vazado deve ser executado em
forno próprio com adequado contrôle de temperatura.
2. As peças de aço vazado devem ser aquecidas uniformemente a uma temperatura
acima do ponto crítico superior, a fim de refinar o grão, e sujeitas a um dos seguintes
tratamentos térmicos:
a) Totalmente recozidas (annealed) com arrefecimento lento e uniforme no forno;
b) Recozidas (normalized) com arrefecimento ao ar, seguido, quando indicado, de
revenido à temperatura mínima de 630ºC;
c) Uma combinação dos dois tratamentos anteriores, recozidas (annealed) a uma
temperatura relativamente alta como tratamento prévio do subsequente recozimento
(normalizing) e revenido.
3. Os braços de manivelas, construídos separada ou juntamente com os munhões,
devem ser aliviados de qualquer tensão após as primeiras passagens na
máquina-ferramenta, para o que deverão ser submetidos a uma temperatura
compreendida entre 630ºC e 650ºC, mantendo-se no forno até arrefecerem.
SUBSECÇÃO III
Provas e inspecções
Art. 52.º As provas e inspecções consideradas devem ser feitas na presença do perito,
de preferência no local do fabrico. As peças que não satisfaçam as condições
estabelecidas serão rejeitadas.
Art. 53.º A resistência à tracção e a ductilidade devem ser determinadas em barretas
tipo, obtidas das peças vazadas. Estas barretas não devem ser destacadas das
peças antes de estar concluído o tratamento térmico, sendo escolhidas e marcadas
pelo perito.
SUBSECÇÃO IV
Número de provas
Art. 54.º Devem ser feitas, pelo menos, uma prova de resistência à tracção e uma de
dobragem a frio por cada moldação. Quando as cargas são todas misturadas antes
da moldação, numa única colher, pode considerar-se como uma simples carga.
SUBSECÇÃO V
Dimensões das barretas de prova à tracção
Art. 55.º As barretas para a prova de tracção devem ser torneadas de forma a ficarem
com as seguintes dimensões:
a) Diâmetro de 14 mm, com um comprimento entre pontos de referência de 50 mm;
b) Diâmetro de 20 mm, com um comprimento entre pontos de referência de 75 mm;
c) Diâmetro de 25 mm, com um comprimento entre pontos de referência de 90 mm.
SUBSECÇAO VI
Prova de tracção
Art. 56.º - 1. A carga de rotura, determinada na prova das barretas, deve estar
compreendida entre 41 kg/mm2 e 55 kg/mm2 e o alongamento, medido nas mesmas
barretas, não deve ser inferior a 20 por cento.
2. O material para braços de manivela, ou manivelas completas, deve ter uma
resistência à tracção compreendida entre 44 kg/mm2 e 55 kg/mm2, e o valor do seu
limite de elasticidade não deve ser inferior a metade da respectiva carga de rotura.
Em caso algum, a soma de 0,635 vezes a carga de rotura à tracção com a
percentagem de alongamento, será inferior a 57, isto é:
0,635 x C + 100 x A >= 57
onde:
Cr - é a carga de rotura à tracção em quilogramas por milímetro quadrado (kg/mm2).
A - é a relação entre o alongamento e o comprimento medido entre os pontos de
referência.
SUBSECÇÃO VII
Dimensões das barretas da prova de dobragem
Art. 57.º As barretas para a prova de dobragem devem ser feitas na
máquina-ferramenta e podem ter a forma rectangular ou cilíndrica. As suas dimensões
são 25 mm de largura por 19 mm de espessura, com as arestas arredondadas num
raio de 1,5 mm ou 25 mm de diâmetro no caso de serem cilíndricas.
SUBSECÇÃO VIII
Prova de dobragem
Art. 58.º - 1. As barretas para braços de manivela e munhões encastrados nos braços
de manivela, quando dobradas a frio num ângulo de 180º, devem resistir sem fractura,
de modo que o raio interno não exceda 19 mm.
2. A dobragem deve ser realizada por meio de pressão continua ou de choque e no
sentido da parte menos espessa.
SUBSECÇÃO IX
Provas adicionais antes da rejeição do material
Art. 59.º - 1. Quando algumas das provas de tracção ou de dobragem não
satisfizerem, ou ambas, e o perito considerar que os resultados obtidos não
comprovam perfeitamente a qualidade do material, podem ser repetidas as provas que
falharam, se o fabricante o requerer.
2. Nestes casos, as qualidades do material serão avaliadas pelos resultados das
novas provas, desprezando-se os ensaios iniciais que falharam.
SUBSECÇÃO X
Provas de martelamento
Art. 60.º Todas as peças vazadas devem ser bem marteladas, mas lentamente, para
que o perito verifique se o material está homogéneo e sem fendas. A superfície não
deve ser martelada até ficar marcada ou afectada de qualquer forma que prejudique o
exame.
SUBSECÇÃO XI
Provas não destrutivas
Art. 61.º Os braços de manivela e munhões encastrados nos braços de manivela
devem ser examinados pelo detector de fendas, magnético. Para isso, as superfícies
devem ser tratadas prèviamente e de acordo com o perito, de qualquer destas
maneiras:
Limpas ou decapadas e cobertas com uma pintura de cor branca apropriada;
Trabalhadas à máquina;
Polidas por esmeril.
SUBSECÇÃO XII
Marcação das peças
Art. 62.º Todas as peças, depois de terem correspondido satisfatòriamente às provas
exigidas, devem ser marcadas pelo perito, em lugar bem visível, ficando assim
indicado que o material satisfaz ao Regulamento.
CAPÍTULO IV
Regras para a determinação das dimensões dos veios
SECÇÃO I
Máquinas de vapor alternativas
SUBSECÇÃO I
Dimensões dos veios
Art. 63.º Os valores dos diâmetros dos veios da manivelas, intermédios e outros,
manufacturados com aços, cuja carga de rotura à tracção esteja compreendida entre
44 kg/mm2 e 52 kg/mm2, determinam-se pelas fórmulas que a seguir se indicam.
Art. 64.º - 1. O valor mínimo do diâmetro dos veios intermédios, será dado pela
fórmula:
(ver documento original)
2. O valor dos diâmetros dos veios pode ser reduzido de 3,5 por cento em navios
destinados a navegar exclusivamente em águas calmas.
Art. 65.º O diâmetro do veio de manivelas não deve ser inferior a 1,05 vezes o valor do
veio intermédio, dado pela fórmula do artigo 64.º
SUBSECÇÃO II
Braços de manivela de veios forjados numa só peça
Art. 66.º - 1. As dimensões dos braços das manivelas forjadas com os veios numa
peça única não devem ser inferiores aos seguintes valores:
a) Largura dos braços, 1,33 vezes o diâmetro do veio de manivelas;
b) Espessura do braço, 0,56 vezes o referido diâmetro.
2. Se estas proporções não forem observadas, os braços deverão ter uma resistência
equivalente.
SUBSECÇÃO III
Braços de manivela de veios feitos por partes
Art. 67.º - 1. As dimensões dos braços de manivelas, nos veios feitos por partes, não
devem ser inferiores aos valores dados pelas fórmulas:
(ver documento original)
2. Se estas proporções não forem observadas, os braços deverão ter uma resistência
equivalente à que resulta das mesmas fórmulas.
SUBSECÇÃO IV
Contracção permitida
Art. 68.º - 1. Os braços de manivelas devem ser fortemente apertados nos munhões e
nos moentes do veio, por contracção do material dos braços.
2. Se não existirem cavilhas nas junções, o limite de elasticidade do material dos
braços não deve ser inferior a 22 kg/mm2 e a contracção permitida deve estar
compreendida entre 1/550 e 1/700 do diâmetro do veio.
Art. 69.º Para indicar a posição dos braços de manivelas em relação aos moentes e
munhões do veio deverão fazer-se marcas de referência.
SUBSECÇÃO V
Curvas de concordância e furos de lubrificação
Art. 70.º - 1. As curvas de concordância das junções dos braços com os munhões ou
moentes do veio, quando os veios de manivelas são forjados ou vazados numa só
peça, devem ser suaves.
2. Os furos de lubrificação, abertos na superfície dos munhões e moentes dos veios,
devem ser arredondados de modo a ficarem com um contorno uniforme e
acabamento perfeito.
SUBSECÇÃO VI
Veios de impulso
Art. 71.º Os veios de impulso que transmitam esforço de torção devem ter um
diâmetro, entre anéis, não inferior a 1,05 di. Fora deles, podem ter o diâmetro
diminuído para o valor de di (di = diâmetro do veio intermédio dado pela fórmula do
artigo 64.º).
SUBSECÇÃO VII
Veio da manga (caso de o veio propulsor ficar exterior ao navio)
Art. 72.º - 1. O veio da manga não deve, em geral, ter um diâmetro inferior a 1,05 di (di
= diâmetro do veio intermédio dado pela fórmula do artigo 64.º).
2. No caso de haver possibilidade de a água contactar como veio, dentro da manga, o
diâmetro do veio não deve ser inferior a 1,075 di.
SUBSECÇÃO VIII
Veio propulsor
Art. 73.º O diâmetro mínimo de um veio propulsor é dado pela fórmula:
dp = di + (dh/k)
na qual:
dp é o diâmetro do veio propulsor, em milímetros;
di é o diâmetro requerido para o veio intermédio, em milímetros (fórmula do artigo
64.º);
dh é o diâmetro do hélice, em milímetros;
k = 144, quando o veio propulsor for provido de camisa continua;
k = 100, quando o veio propulsor não for provido de camisa contínua.
Art. 74.º Os veios propulsores que passem em mangas podem ter a extremidade a
vante do bucim, junto do prato de união com o veio intermédio, de forma cónica, até
um diâmetro igual a 1,05 di.
SUBSECÇÃO IX
Veios ocos
Art. 75.º Os veios propulsores, da manga, intermédios e de impulso, com furo central,
não necessitam de ter o diâmetro aumentado em relação aos valores obtidos pelas
fórmulas, desde que o diâmetro do furo central não exceda um terço do diâmetro
externo.
SUBSECÇÃO X
Camisas dos veios
Art. 76.º As camisas dos veios propulsores ou dos veios das mangas, quando novas,
devem ter uma espessura, na zona de atrito, igual ou maior do que o valor dado pela
fórmula:
e = (dp + 230)/32
na qual:
e é a espessura da camisa, em milímetros;
dp é o diâmetro exigido para os veios, propulsor ou da manga, em milímetros.
Art. 77.º As camisas contínuas devem ser fundidas numa só peça, em todo o
comprimento, ou, quando feitas em duas ou mais partes, as ligações entre elas
devem ser obtidas por meio de fusão através de toda a espessura da camisa.
Art. 78.º A espessura da camisa contínua, na zona entre os casquilhos da manga, não
deve ser inferior a 0,75 e.
Art. 79.º As camisas dos veios devem ser metidas a quente ou por pressão hidráulica,
não sendo, em caso algum, permitida a fixação no seu lugar por meio de pernos.
Art. 80.º Se uma camisa não ficar perfeitamente ajustada ao veio, o espaço entre ela e
o veio deve ser cheio com material plástico, não corrosivo e insolúvel na água.
Art. 81.º Deverão ser usados dispositivos adequados, para evitar que o espaço entre a
extremidade de ré da camisa do veio e o cubo do hélice esteja em contacto com a
água.
SUBSECÇÃO XI
Manga do veio
Art. 82.º O comprimento da superfície de contacto da camisa do veio com o casquilho
de suporte mais a ré não deve ser inferior a quatro vezes o diâmetro requerido para o
veio, dentro da camisa.
SUBSECÇÃO XII
Parafusos dos pratos de união
Art. 83.º Os parafusos dos pratos de união devem ter uma carga de rotura mínima de
44 kg/mm2 e o seu diâmetro, em milímetros, considerado nas faces de ligação dos
pratos, não deverá ser inferior a valor dado pela fórmula:
(ver documento original)
SUBSECÇÃO XIII
Pratos de união
Art. 84.º - 1. A espessura dos pratos de união dos veios, no círculo que passa pelo
centro dos furos, onde entram os parafusos, não deve ser inferior ao diâmetro desses
parafusos, considerado nas faces de ligação dos pratos.
2. A espessura do prato do veio propulsor não deve ser menor do que um quarto do
diâmetro requerido para o veio intermédio.
Art. 85.º O raio da curva de concordância na base do prato de união (cubo) não deve
ser inferior a 0,125 vezes o diâmetro do veio.
Art. 86.º Quando os pratos forem separados dos veios, deve haver sempre um
dispositivo que lhes permita resistir aos esforços de tracção produzidos pelo hélice
durante o movimento para ré.
Art. 87.º As restantes dimensões dos pratos de união, separados dos veios, são
calculadas pelas seguintes fórmulas:
dc = 1,5 d;
dp = 2,25 d;
l = d a 1,5 d;
dr = 0,5 d a 0,7 d;
Conicidade = 1:6 a 1:16.
nas quais:
dc é o diâmetro do cubo, em milímetros;
dp é o diâmetro externo do prato de união, em milímetros;
l é o comprimento do cubo de união, em milímetros;
d é o diâmetro do veio, em milímetros;
dr é o diâmetro da espiga roscada no veio, para resistir ao esforço de tracção
longitudinal, em milímetros.
SUBSECÇÃO XIV
Cones dos veios
Art. 88.º As dimensões dos cones dos veios propulsores devem ficar compreendidas
entre os valores dados pelas seguintes fórmulas:
L = 2,3 a 2,6 d;
Conicidade = 1:10 a 1:16.
nas quais:
L é o comprimento do cone entre perpendiculares ao eixo, em milímetros;
d é o diâmetro do veio, em milímetros.
SUBSECÇÃO XV
Cavaletes e escatéis para veios
Art. 89.º - 1. As dimensões do cavalete a montar no veio são determinadas pelas
seguintes fórmulas:
l = (d/6) + 15
a = 0,5 a 0,61
nas quais:
l é a largura do cavalete, em milímetros;
a é a altura do cavalete, em milímetros;
d é o diâmetro do veio, em milímetros.
2. Se forem utilizados outros processos de fixação ou mais de um cavalete, a sua
resistência deve ser equivalente.
3. Os escatéis nos cones dos veios propulsores e nos dos pratos de união devem ser
abertos de forma a evitarem-se arestas vivas e todas as posições susceptíveis de
provocarem concentrações de esforços anormais.
4. Os fundos dos escatéis devem ser rigorosamente paralelos às geratrizes dos
cones.
5. O parafuso de fixação do cavalete, quando necessário, não deve ser colocado no
primeiro terço do cone do hélice a partir da base maior.
SECÇÃO II
Turbinas e motores eléctricos de propulsão
SUBSECÇÃO I
Dimensões dos veios
Art. 90.º Determina-se o diâmetro dos veios intermédios e de outros manufacturados
com aços cuja carga de rotura à tracção esteja compreendida entre 44 kg/mm2 e 52
kg/mm2, pelas fórmulas indicadas nos artigos seguintes.
Art. 91.º - 1. O diâmetro dos veios intermédios não deve ser inferior ao dado pela
fórmula:
(ver documento original)
2. O diâmetro dos veios intermédios calculados pelas fórmulas dos artigos 91.º e 95.º
pode ser reduzido de 3,5 por cento em embarcações que operem em águas calmas.
Art. 92.º As dimensões dos veios de impulso, da manga e propulsores e respectivos
acessórios são calculadas pelas fórmulas dos artigos 102.º e 112.º a 138.º
SUBSECÇÃO II
Veios das rodas dos redutores
Art. 93.º O diâmetro dos veios das rodas, em que engrenem dois carretes em
posições opostas, ou aproximadamente opostas, não deve ser inferior a 1,1 vezes o
diâmetro do veio intermédio.
Art. 94.º No caso de haver um só carrete engrenado na roda, ou quando houver dois,
cujos eixos façam com o eixo do veio da roda um ângulo inferior a 120º, deve o
diâmetro do veio da roda, na zona onde ela está montada e nas zonas dos moentes
adjacentes do veio, ser igual ou superior a 1,16 vezes o diâmetro do veio intermédio.
Para ré desses moentes, o diâmetro do veio pode ser progressivamente diminuído
para o do veio intermédio.
SUBSECÇÃO III
Turbinas combinadas com máquinas alternativas das quais recebem o vapor de
evacuação
Art. 95.º - 1. Quando as turbinas receberem o vapor de evacuação das máquinas
alternativas e estiverem associadas ao mesmo veio intermédio por engrenagens, o
diâmetro deste veio não deve ser inferior ao dado pela fórmula:
(ver documento original)
2. Tomar-se-ão para potência efectiva da máquina a vapor alternativa 90 por cento da
sua potência indicada.
3. O diâmetro assim determinado não deverá, em caso algum, ser inferior ao exigido
para o veio intermédio da máquina alternativa trabalhando sem turbinas.
4. As dimensões dos veios de impulso, da manga e propulsores são calculadas pelas
fórmulas dos artigos 71.º a 74.º
SUBSECÇÃO IV
Vibrações de torção
Art. 96.º Nas fórmulas apresentadas não são considerados os esforços de torção,
provenientes de vibrações que possam verificar-se nas linhas de veios e engrenagens.
Por esse facto, os cálculos dos esforços devidos a essas vibrações no caso de
instalações de turbinas ou de motores eléctricos situados a ré, ligados às linhas de
veios por engrenagens, devem ser submetidos à aprovação da Repartição Técnica da
Direcção da Marinha Mercante. Com os cálculos serão apresentados os planos de
toda a linha de veios e hélice, bem como os pormenores da potência desenvolvida
pelas turbinas, separadamente, para as diversas velocidades. Devem, também, ser
incluídos cálculos análogos, do mesmo conjunto, com o hélice sobresselente, se os
planos deste diferirem dos planos do hélice que está montado.
Art. 97.º Quando pelos cálculos se verificar que há velocidades críticas, na zona de
funcionamento normal, podem ser exigidos registos de torciógrafos montados nas
máquinas, com o fim de se apreciarem esses cálculos e impor, se for caso disso,
restrições ao funcionamento contínuo às velocidades onde os esforços de torção
provenientes de vibrações e evidenciados pelo bater dos dentes das engrenagens,
sejam considerados excessivos.
SECÇÃO III
Motores Diesel
SUBSECÇÃO I
Dimensões dos veios
Art. 98.º Os diâmetros dos veios de manivelas, dos veios intermédios e de outros,
manufacturados com aços cujas cargas de rotura à tracção estejam compreendidas
entre 44 kg/mm2 e 52 kg/mm2, não devem ser inferiores aos calculados pelas
fórmulas que se indicam nos artigos seguintes.
SUBSECÇÃO II
Vibrações de torção
Art. 99.º - 1. Nas fórmulas apresentadas não são considerados os esforços de torção
provenientes de vibrações que possam verificar-se nas linhas de veios. Por esse
facto, os cálculos das características das vibrações do conjunto dinâmico, formado
pelo motor, linha de veios e hélice e, ainda, pelas engrenagens, geradores ou outros
componentes que sejam intercalados, devem ser submetidos à aprovação da
Repartição Técnica da Direcção da Marinha Mercante. Com os cálculos serão
apresentados os planos da linha de veios e do hélice.
2. Os cálculos referidos no número anterior incluirão:
a) Tabelas de frequência natural para vibrações de um e dois modos e também de
mais alta frequência, se necessário;
b) Somatório vectorial para todas as ordens de vibrações que apareçam a velocidades
até 20 por cento acima da velocidade de serviço;
c) Pormenores da ordem de inflamação no caso dos motores de 2 tempos.
Cálculos semelhantes devem ser incluídos para o mesmo conjunto, com o hélice
sobresselente, se os planos deste forem diferentes dos planos do hélice que está
montado.
3. Quando as previsões dos esforços de vibração elaboradas pelos construtores dos
motores forem baseadas nos registos dos torciógrafos de instalações já
experimentadas devem ser fornecidas indicações pormenorizadas sempre que os
esforços previstos se aproximem dos limites indicados nas normas sobre esforços de
vibrações torcionais que constam no anexo a este Regulamento.
4. As características de torção, devidas a vibrações dos motores, quando accionem
máquinas auxiliares usadas em serviços importantes de bordo, devem ser tais que
permitam uma zona de velocidades, de funcionamento seguro, fora das velocidades
críticas. Quando a potência desenvolvida por estes motores auxiliares for igual ou
superior a 150 BHP ou 100 KW, os cálculos de torção devida a vibrações devem ser
submetidos a aprovação, tal como é exigido para os motores de propulsão
5. Quando forem encontradas velocidades críticas perigosas, dentro da zona de
velocidades de serviço, a Repartição Técnica da Direcção da Marinha Mercante pode
exigir registos de torciógrafos tirados das máquinas, com o fim de verificar o cálculo e
poder impor restrições no funcionamento contínuo, em velocidades onde o esforço for
considerado excessivo.
6. A exigência das características de torção devidas a vibrações não é de considerar
em navios destinados a navegar em águas calmas, quando o motor instalado tenha
uma potência inferior a 100 BHP.
7. Em tudo o mais, respeitar-se-ão as normas sobre esforços de vibrações torcionais
e velocidades críticas em motores Diesel principais e auxiliares que constam no anexo
a este Regulamento.
Art. 100.º Quando for proposto o emprego de materiais especiais na manufactura de
veios, devem ser submetidas à aprovação da Repartição Técnica da Direcção da
Marinha Mercante a composição química e as características mecânicas do material a
utilizar. O cálculo do diâmetro mínimo do veio propulsor será feito de acordo com o
artigo 144.º
SUBSECÇÃO III
Veios de manivelas
Art. 101.º O diâmetro do veio de manivelas não deve ser inferior ao calculado pela
fórmula:
(ver documento original)
Pressão máxima: 35 kg/cm2 e superior
Máquinas de simples efeito
(ver documento original)
Art. 102.º - 1. Quando se pretenda manufacturar um veio de manivelas forjado numa
só peça de aço com uma carga de rotura à tracção maior do que 44 kg/mm2, mas
que não exceda 80 kg/mm2, o diâmetro do veio de manivelas não deve ser inferior ao
dado pela fórmula:
(ver documento original)
2. A fórmula referida no número anterior pode também ser aplicada a veios de
manivelas feitos por partes e a veios intermédios e de impulso. Porém, quando se
pretenda empregar, para estes fins, materiais de alta resistência à tracção, deverão
ser submetidos a aprovação da Repartição Técnica da Direcção da Marinha Mercante
todos os pormenores.
SUBSECÇÃO IV
Braços de manivela de veios forjados numa só peça
Art. 103.º - 1. As dimensões dos braços de manivela devem ser tais que le(elevado a
2) não seja inferior a 0,4 d(elevado a 3), em que:
l é a largura do braço da manivela, em milímetros;
e é a espessura, em milímetros, do braço da manivela (medida axialmente), que não
deve ser inferior a 0.45 d:
d é o diâmetro, em milímetros, do veio de manivelas obtido pelas fórmulas dos artigos
101.º e 102.º
2. Quando os moentes e os munhões se sobrepuserem, o valor de le(elevado a 2)
pode ser calculado substituindo e pelo comprimento da respectiva secção diagonal.
SUBSECÇÃO V
Braços de manivela de veios feitos por partes
Art. 104.º - 1. As dimensões dos braços de manivela, nos veios feitos por partes, não
devem ser inferiores aos valores dados pelas fórmulas:
(ver documento original)
2. Se estas proporções não forem observadas, os braços deverão ter uma resistência
equivalente, mas em caso algum a espessura do braço da manivela (l) poderá ser
inferior a 0,525 d.
Art. 105.º Devem existir marcas de referência nas junções exteriores dos braços de
manivela com os moentes e com os munhões.
SUBSECÇÃO VI
Contracção permitida
Art. 106.º - 1. Os braços de manivela devem ser fortemente apertados nos moentes e
munhões, por contracção do material dos braços, e o limite de elasticidade do material
do braço não deve ser inferior a 22 kg/mm2. A contracção permitida para o aperto
deve estar compreendida entre 1/550 e 1/700 do diâmetro dos munhões ou moentes,
se estes não tiverem furo central.
2. Quando os munhões e os moentes forem ocos, o diâmetro do furo central não deve
exceder metade do seu diâmetro exterior e a contracção permitida deve ficar
compreendida entre os valores dados pelas fórmulas:
1/[550 - 400(H/D)(elevado a 2)] e 1/[700 - 500(H/D)(elevado a 2)]
nas quais:
H é o diâmetro do furo central do moente ou do munhão, em milímetros;
D é o diâmetro do furo do braço da manivela, em milímetros.
SUBSECÇÃO VII
Curvas de concordância e furos de lubrificação
Art. 107.º - 1. As curvas de concordância nas junções dos braços de manivela com os
munhões ou com os moentes dos veios, quando estes forem forjados ou vazados
numa só peça, devem ser executadas com um raio não inferior a 5 por cento do
diâmetro do veio de manivelas e ter um acabamento perfeito.
2. Os furos de lubrificação abertos nas superfícies dos munhões e moentes dos veios
devem ser arredondados de modo a ficarem com um contorno uniforme e
acabamento perfeito.
SUBSECÇÃO VIII
Veios intermédios
Art. 108.º O diâmetro do veio intermédio deve ser determinado pela fórmula (1) ou pela
fórmula (2) sempre que seja possível obter os elementos que nela figuram:
(ver documento original)
Nota 1 - A fórmula (1) é aplicável sòmente a motores de cilindros em linha, de simples
efeito, com intervalos de combustão aproximadamente iguais.
Nota 2 - A fórmula (2) é aplicável a todos os motores sem restrição de qualquer
espécie e permite, em alguns casos, considerar um diâmetro de veio inferior ao
determinado pela fórmula (1).
Nota 3 - Quando não for possível determinar a percentagem da massa de água
deslocada pelo hélice, pode considerar-se 25 por cento.
Nota 4 - O diâmetro do veio intermédio determinado pelas fórmulas (1) e (2) pode ser
reduzido de 3,5 por cento em navios que se destinem a navegar em águas calmas.
(ver documento original)
SUBSECÇÃO IX
Veio do volante
Art. 109.º - 1. O diâmetro do veio do volante não deve ser inferior ao do veio de
manivelas.
2. Exceptuam-se desta obrigatoriedade os veios em que estejam montados volantes
de viradores leves.
SUBSECÇÃO X
Veios das rodas dos redutores
(motores com engrenagens redutoras)
Art. 110.º O diâmetro dos veios das rodas em que engrenem dois carretes em
posições opostas ou aproximadamente opostas não deve ser inferior a 1,1 vezes o
diâmetro do veio intermédio.
Art. 111.º No caso de haver um só carrete engrenado na roda ou quando houver dois
cujos eixos façam com o eixo do veio da roda um ângulo inferior a 120º, deve o
diâmetro do veio da roda, na zona onde ela está montada e nas zonas dos moentes
adjacentes do veio, ser igual ou superior a 1,16 vezes o diâmetro do veio intermédio.
Para ré desses moentes o diâmetro do veio pode ser progressivamente diminuído para
o do veio intermédio.
SUBSECÇÃO XI
Veio de impulso
Art. 112.º O diâmetro na zona dos anéis do veio de impulso não deve ser inferior a 1,15
vezes o valor calculado para o veio intermédio. Esse veio pode ter, fora dos anéis, o
diâmetro progressivamente diminuído até ao diâmetro do veio intermédio.
SUBSECÇÃO XII
Veio da manga (caso de o veio propulsor ficar exterior ao navio)
Art. 113.º O diâmetro do veio da manga não deve ser inferior a 1,14 vezes o valor
calculado para o diâmetro do veio intermédio. Qualquer parte do veio dentro ou fora da
manga, onde haja contacto com a água, não deve ter um diâmetro inferior a 1,17
vezes o valor do diâmetro do veio intermédio.
SUBSECÇÃO XIII
Veio propulsor
Art. 114.º O diâmetro do veio propulsor não deve ser inferior ao dado pela fórmula:
dp = 1,14 di + (dh/k)
na qual:
dp é o diâmetro do veio propulsor, em milímetros;
di é o diâmetro do veio intermédio, em milímetros;
dh é o diâmetro do hélice, em milímetros;
k é um coeficiente que tem o valor de:
144 - quando o veio propulsor for provido de uma camisa contínua ou lubrificado por
óleo em «manga fechada», ou
100 - para os outros veios.
Art. 115.º - 1. Os veios propulsores que possuírem mangas podem ter a extremidade a
vante do bucim diminuído progressivamente para um diâmetro igual a 1,14 vezes o
diâmetro do veio intermédio.
2. Devem ser evitadas variações bruscas de diâmetro nas uniões do veio propulsor ao
veio intermédio.
Art. 116.º - 1. O cubo do hélice deverá ter uma boa adaptação ao cone do veio
propulsor.
2. O comprimento da superfície de contacto, a vante, deve ser cerca de um diâmetro.
3. A aresta de vante do furo no cubo do hélice deverá ser arredondada com um raio de
cerca de 6 mm(1/4 ).
SUBSECÇÃO XIV
Cavaletes e escatéis para veios e hélices
Art. 117.º Devem ser usados cavaletes dos tipos «rampa» ou de «topos
arredondados» e os escatéis no cubo do hélice e no cone do veio propulsor devem ter
uma curva de concordância suave, no fundo do escatel. O raio desta curva de
concordância não deve ser inferior a 0,0125 vezes o diâmetro do veio propulsor, no
topo do cone. Os bordos do escatel não deverão ter arestas vivas.
Art. 118.º Existirão dois parafusos para fixação do cavalete no escatel, devendo um
dos parafusos ser colocado pelo menos a um terço do comprimento do cavalete, a
partir do extremo de vante.
Art. 119.º A profundidade dos furos roscados para os parafusos não deve exceder o
diâmetro do parafuso e as arestas serão ligeiramente sutadas.
Art. 120.º - 1. A distância entre o extremo do cone e o extremo de vante do escatel não
deve ser inferior a 0,2 vezes o diâmetro do veio propulsor no extremo do cone.
2. A área da secção de corte do cavalete, em milímetros quadrados, não deve ser
inferior a (d(elevado a 3)/2,5 d(índice 1)) onde:
d é o diâmetro do veio intermédio, em milímetros;
d(índice 1) é o diâmetro do veio a meio comprimento do cavalete, em milímetros.
SUBSECÇÃO XV
Veios ocos
Art. 121.º Quando os veios de impulso, intermédios, da manga e propulsor tiverem um
furo central, o diâmetro dos veios, calculado pelas fórmulas indicadas nos artigos
anteriores, não necessita de ser aumentado, desde que o furo central não exceda um
terço do diâmetro do veio. No caso de o furo central exceder um terço do diâmetro,
este terá de ser aumentado de forma a compensar o excesso do diâmetro do furo.
SUBSECÇÃO XVI
Camisas dos veios
Art. 122.º - 1. A espessura das camisas dos veios propulsores ou dos veios das
mangas, enquanto essas camisas são novas, deve, na zona dos casquilhos da
manga, ser igual ou maior do que o valor dado pela fórmula:
e(índice c) = (dp + 230)/32
na qual:
e(índice c) é a espessura da camisa, em milímetros;
d(índice p) é o diâmetro exigido para o veio propulsor ou da manga, em milímetros
(dentro da camisa).
2. A espessura de uma camisa contínua entre os moentes não deve ser inferior a 0,75
e(índice c).
3. As camisas contínuas devem ser fundidas numa só peça ou, quando feitas em
duas ou mais partes, as ligações entre elas devem ser obtidas por meio de fusão
através de toda a espessura da camisa.
4. O material das camisas de bronze deve ser apropriado para soldadura e ter uma
composição isenta de chumbo. A composição dos eléctrodos de soldadura deve ser
também isenta de chumbo.
5. No caso de camisas feitas por partes, soldadas a topo, deve ter-se em conta a
contracção da soldadura. O comprimento livre total das camisas deverá, se for
possível, ser cerca de três vezes o diâmetro do veio. Para evitar danos na superfície
do veio, durante a soldadura, deverá ser intercalado amianto ou outro material
resistente ao calor, coberto com uma cinta de cobre entre a camisa e o veio na zona
da soldadura.
6. Poderão ser utilizados outros processos de soldadura destas juntas desde que
sejam aprovados pela Repartição Técnica da Direcção da Marinha Mercante.
7. A soldadura deverá ser feita por um processo que tenha a aprovação dos peritos.
Art. 123.º Cada camisa contínua ou parte de camisa deverá ser provada
hidràulicamente à pressão de 2 kg/cm2, depois de trabalhada à máquina-ferramenta.
Art. 124.º As camisas devem ser convenientemente metidas a quente ou por meio de
pressão hidráulica, não se devendo fazer uso, em caso algum, de pernos para as
segurar no seu lugar.
Art. 125.º Se uma camisa não ficar perfeitamente ajustada ao veio, o espaço entre ela
e o veio deve ser cheio com material plástico, não corrosivo e insolúvel na água.
Art. 126.º Deverão ser usados dispositivos adequados para evitar que o espaço entre a
extremidade de ré da camisa do veio e o cubo do hélice esteja em contacto com a
água.
SUBSECÇÃO XVII
Manga do veio
Art. 127.º - 1. O comprimento da superfície de contacto da camisa do veio com o
casquilho do suporte mais a ré deverá ser conforme abaixo se indica.
2. Para camisas lubrificadas por água e revestidas com casquilhos de gaiaco,
borracha ou material plástico aprovado, o comprimento não deve ser inferior a quatro
vezes o diâmetro requerido para o veio dentro da camisa.
3. A lubrificação (água) deverá ser forçada sempre que o diâmetro do veio seja igual
ou superior a 380 mm. A água poderá ser comprimida por uma bomba de circulação
ou outra qualquer. Deverão existir indicadores de que a água está a ser comprimida
quando se trate de casquilhos de borracha ou de plástico. Os canais de lubrificação
dos casquilhos devem ter grande secção e uma forma que seja pouco afectada por
desgastes, especialmente no caso de casquilhos do tipo plástico. O macho ou válvula
interruptora da água para a manga deverá estar montada na antepara do pique de ré
ou na manga sempre que a água entre nesta a vante da referida antepara.
4. Quando os casquilhos são revestidos de metal anti-fricção lubrificados por óleo e
com bucim do tipo aprovado pela Repartição Técnica da Direcção da Marinha
Mercante, o comprimento do casquilho deverá ser tal que a pressão nominal no
casquilho resultante do peso do hélice e veio não exceda 5 kg/cm2. Em caso algum o
comprimento do casquilho deverá ser inferior a 2,5 vezes o diâmetro do veio propulsor.
O peso do hélice e o do veio propulsor e o tipo do bucim deverão ser indicados quando
os planos são submetidos a aprovação da Repartição Técnica da Direcção da Marinha
Mercante.
5. Quando os casquilhos forem de ferro fundido ou de bronze, lubrificados por óleo e
com bucim de tipo aprovado, o comprimento do casquilho não deverá, em geral, ser
inferior a 4 vezes o diâmetro requerido para o veio propulsor.
6. Quando os casquilhos forem lubrificados por massa, o comprimento do casquilho
não deverá ser inferior a 4 vezes o diâmetro requerido para o veio propulsor.
Art. 128.º Os bucins de vedação de óleo em embarcações que podem operar em
regiões árcticas ou tropicais deverão poder suportar os efeitos da expansão diferencial
entre o casco e a linha de veios com temperaturas da água do mar, árcticas ou
tropicais. Este requisito diz especialmente respeito aos bucins que preenchem o
espaço e mantêm a vedação de óleo entre a manga e o cubo do hélice.
Art. 129.º O tanque de óleo de lubrificação da manga, se existir, deverá estar colocado
acima da linha de água carregada e ser provido de um alarme de nível, situado na
casa da máquina.
Art. 130.º - 1. Quando os casquilhos da manga forem lubrificados por óleo, deverá
existir um sistema de arrefecimento do óleo por meio de água, que pode ser
proveniente do pique tanque de ré, mantida num nível superior à manga, ou por
qualquer outro processo aprovado pela Repartição Técnica da Direcção da Marinha
Mercante.
2. Deverá igualmente existir um dispositivo que permita conhecer a temperatura do
óleo na manga.
SUBSECÇÃO XVIII
Parafusos dos pratos de união dos veios
Art. 131.º - 1. Para os parafusos feitos de aço, com uma carga de rotura à tracção
mínima de 44 kg/mm2, o seu diâmetro, considerado nas faces de ligação dos pratos,
não deve ser inferior ao dado pela fórmula:
(ver documento original)
2. Para os parafusos dos pratos de união dos veios de impulso, intermédios, da
manga e propulsor:
C = 0,6;
d é o diâmetro requerido para o veio intermédio, em milímetros.
3. Para os parafusos de pratos de união de veios de manivelas:
C = 0,5;
d é o diâmetro requerido para o veio de manivelas, em milímetros.
Art. 132.º Quando a carga de rotura mínima à tracção do veio de manivelas for
superior a 44 kg/mm2 e o diâmetro do veio for determinado pela fórmula do artigo
102.º, os parafusos das uniões para estes veios devem ter uma resistência
equivalente.
SUBSECÇÃO XIX
Pratos de união dos veios
Art. 133.º - 1. A espessura dos pratos de união, na circunferência que passa pelo
centro dos furos, não deve ser inferior ao diâmetro dos parafusos dos pratos de união
determinado pela fórmula do artigo 131.º
2. Para o caso do prato de união entre o veio de impulso e o veio de manivelas, as
dimensões dos parafusos de ligação e a espessura do prato devem ser condicionadas
pelas necessidades do veio de manivelas. A espessura do prato de união do veio
propulsor não deve ser inferior a 0,27 vezes o diâmetro requerido para o veio
intermédio, calculado pela fórmula do artigo 108.º
Art. 134.º - 1. O raio da curva de concordância de qualquer veio para o respectivo prato
de união não deve ser inferior a 0,08 vezes o diâmetro do veio na união. No caso de
veios de manivelas, o raio da curva de concordância nos pratos de união pode ser
0,05 vezes o diâmetro do veio na união.
A concordância deve ser afagada e não deve ser rebaixada na região das porcas ou
das cabeças dos parafusos.
Art. 135.º Quando um prato de união for montado numa zona recta de veio ou com
uma ligeira conicidade, por meio de pressão hidráulica, deve satisfazer, de uma forma
geral, ao estabelecido no artigo 106.º
Art. 136.º Quando os pratos forem separados dos veios, deve haver um dispositivo de
ligação que permita aos veios resistir à tracção produzida pelo hélice durante o
movimento para ré.
Art. 137.º Todos os pratos de união que forem ligados aos veios devem ser de
dimensões aprovadas.
SUBSECÇÃO XX
Veios de manivelas de ferro fundido
Art. 138.º Sempre que seja proposta a construção de veios de manivelas, de ferro
fundido, as dimensões e a especificação do material deverão ser submetidas a
aprovação da Repartição Técnica da Direcção da Marinha Mercante.
SUBSECÇÃO XXI
Material
Art. 139.º A especificação do material deverá indicar o tipo de ferro fundido, o
tratamento térmico e as propriedades mecânicas, incluindo a carga de rotura à
tracção (mínima) adequada à secção do veio de manivelas fundido.
Art. 140.º Poderá ser utilizado qualquer tipo apropriado de ferro fundido, para serviço
severo, desde que a carga de rotura à tracção esteja compreendida entre 32 kg/mm2
e 76 kg/mm2.
SUBSECÇÃO XXII
Diâmetro dos veios de manivelas
Art. 141.º O diâmetro do veio de manivelas não deve ser inferior ao determinado pela
fórmula:
(ver documento original)
SUBSECÇÃO XXIII
Braços de manivelas
Art. 142.º - 1. A largura dos braços das manivelas e a espessura dos mesmos não
deverão ser inferiores, respectivamente, a 1,33 vezes e 0,56 vezes o diâmetro do veio,
determinado pela fórmula do artigo anterior.
2. A resistência dos braços das manivelas deverá ser equivalente, mesmo que as
proporções sejam diferentes.
Art. 143.º - 1. As curvas de concordância das junções com os munhões ou com os
moentes dos veios deverão ser executadas com um raio não inferior a 5 por cento do
diâmetro do veio de manivelas e ter acabamento perfeito.
2. Os furos de lubrificação abertos na superfície dos munhões e dos moentes dos
veios devem ser arredondados de modo a ficarem com um contorno uniforme e de
acabamento perfeito.
SUBSECÇÃO XXIV
Veios propulsores de materiais especiais
Art. 144.º - 1. O diâmetro do veio propulsor não deve ser inferior ao dado pela fórmula:
dp = (1,14 di + (dh/k) f
na qual:
dp é o diâmetro do veio propulsor, em milímetros;
di é o diâmetro do veio intermédio, em milímetros, calculado para uma carga de rotura
do metal de 41 kg/mm2, utilizando as fórmulas a seguir mencionadas;
dh é o diâmetro do hélice, em milímetros;
k é um coeficiente que tem o valor de:
144 - quando o veio propulsor for provido de uma camisa contínua ou lubrificado por
óleo em manga fechada ou, ainda, quando há protecção contra a corrosão, quer pela
natureza do material empregado, quer pelo emprego de revestimento apropriado, ou
100 - para os outros veios;
f é o factor do material, cujo valor é dado em função da carga de rotura (C(índice r)),
em quilogramas por milímetro quadrado (kg/mm2), do material de que é feito o veio,
pela tabela seguinte:
TABELA 1
(ver documento original)
2. Para calcular o diâmetro do veio intermédio utiliza-se uma das fórmulas seguintes:
(ver documento original)
TABELA 2
(ver documento original)
3. Nos outros casos, o coeficiente k será determinado pela fórmula:
(ver documento original)
ANEXO
Normas sobre esforços de vibrações torcionais e velocidades críticas em
motores Diesel principais e auxiliares
CAPÍTULO I
Princípios gerais
NORMA 1
Generalidades
1.1 - Nas instalações accionadas por motores Diesel, as velocidades críticas
torcionais existentes entre as velocidades de marcha lenta (ralenti) e máxima
operacionais são inevitáveis, e estas normas destinam-se a salvaguardar as
máquinas dos efeitos das vibrações torcionais excessivas durante a vida do navio.
1.2 - Os esforços limites recomendados têm uma margem razoável de segurança, de
forma a evitar a fractura dos veios por fadiga. As velocidades críticas, nas quais os
esforços limites sejam excedidos, devem ser evitadas em serviço contínuo.
1.3 - Durante o projecto deve ser prestada especial atenção ao sistema dinâmico, de
forma a que as velocidades críticas importantes, requerendo zonas interditas, sejam
evitadas entre as velocidades propostas para o serviço contínuo. Ver norma 4 «Zonas
de velocidades interditas em serviço contínuo».
1.4 - Os esforços limites indicados nos parágrafos seguintes não devem ser
considerados durante o projecto como valores admissíveis, mas sim como valores
que não devem ser excedidos, quando as velocidades críticas de importância
apreciável não podem ser razoàvelmente evitadas.
1.5 - Os esforços considerados nestas normas são valores nominais, estabelecidos
para secções planas dos veios, não se considerando a existência de qualquer
elemento que possa aumentar as vibrações. Entre 90 e 100 por cento da velocidade
máxima em serviço contínuo os esforços limites aplicam-se ao somatório do esforço
vibratório, devido a qualquer ordem de ressonância, com os esforços vibratórios
limites devidos a outras ordens importantes.
1.6 - Quando as velocidades críticas forem determinadas por cálculo, para indicar a
aproximação dos esforços limites, podem ser exigidos registos de torciógrafos. Na
prática, encontram-se frequentemente diferenças entre esforços calculados medidos
por torciógrafos ou equivalentes. Quando existam estas diferenças, devem
considerar-se os esforços limites medidos.
1.7 - Os esforços limites são aplicáveis a veios de aço com uma carga de rotura entre
44 kg/mm2 e 52 kg/mm2. Para veios de aços especiais, ou de outros materiais, os
esforços limites serão sujeitos a particular consideração da Repartição Técnica da
Direcção da Marinha Mercante.
1.8 - Quando as dimensões dos veios de manivelas, braços das manivelas, uniões,
parafusos de uniões e veios rectos são superiores às exigidas pelo Regulamento,
podem ser considerados limites superiores para os esforços vibratórios.
NORMA 2
Velocidades dos motores Diesel (r. p. m.)
2.1 - A velocidade máxima continua N(índice s) pode ser definida como o número
máximo de rotações por minuto, para o qual o motor é classificado em serviço
contínuo.
2.2 - No caso de diesel-geradores para a propulsão ou serviços auxiliares, que
trabalham a velocidade constante, N(índice s) é o número de rotações por minuto ao
qual trabalha o motor à máxima carga.
2.3 - As velocidades especiais de serviço necessárias durante longos períodos devem
ser indicadas, tais como a zona de velocidades de arrasto, a zona de velocidades de
serviço com hélices de passo variável, a velocidade de marcha lenta (ralenti), etc.
Estas zonas de velocidades devem ser mantidas tanto quanto possível sem
velocidades críticas importantes.
NORMA 3
«Contrôle» por regulador de velocidade
Nas instalações controladas por reguladores de velocidade a aplicação das fórmulas
10(4) e 11(4) pode ser restringida a um número de rotações 5 por cento superior ao
limite de contrôle do regulador, com um mínimo de 1,10 N(índice s). Este limite deve
ser demonstrado durante as provas do motor.
NORMA 4
Zonas de velocidades interditas em serviço contínuo
4.1 - Quando a aprovação da instalação impõe a interdição de determinadas zonas de
velocidades, deve ser afixado um aviso no posto de manobra indicando que se deve
evitar um funcionamento contínuo entre os limites calculados pelas fórmulas 10(2) e
11(2), e os taquímetros devem ser marcados a vermelho em conformidade.
4.2 - Nestes casos, os taquímetros devem ser aferidos por processo adequado na
presença do perito, que verificará se o erro é inferior a (mais ou menos) 2 por cento na
zona de rotações interdita.
4.3 - Quando os esforços de vibração, devidos a velocidades críticas abaixo de 0,8
N(índice s), excederem marginalmente os esforços limites, para o serviço contínuo, ou
quando as velocidades críticas forem difìcilmente detectadas, a zona de rotações
interdita para o serviço contínuo pode ser reduzida.
4.4 - Quando esses esforços de vibração se aproximarem dos valores limites ft,
calculados pelas fórmulas 10(3) e 11(3), a zona de rotações interdita para o serviço
contínuo pode ser aumentada, e o aviso no posto de manobra deve indicar que esta
zona deve ser passada ràpidamente.
4.5 - Nos casos em que a curva de ressonância da velocidade crítica tenha sido
derivada de medidas obtidas por torciógrafos, a zona de rotações a ser evitada no
serviço contínuo pode ser considerada como a acima referida, na qual os esforços de
vibração medidos excedem os esforços limites em serviço contínuo, tendo também
em atenção a precisão do taquímetro.
NORMA 5
Esforços excessivos de vibração
5.1 - Nos casos em que os esforços de vibração excedem os valores limites, o
sistema dinâmico será de novo projectado, ou serão introduzidas modificações que
eliminem a velocidade crítica da zona de funcionamento ou que reduzam a grandeza
do esforço de vibração.
5.2 - O uso de amortecedores de vibrações torcionais (dampers ou detuners) para
controlar as velocidades críticas dentro da zona entre 0,85 N(índice s) e 1,05 N(índice
s) deve evitar-se, mas, se forem montados, devem ser do tipo que dissipa o calor
produzido e não contenha partes mecânicas, sujeitas a deterioração em serviço.
5.3 - Quando há amortecedores de vibrações (dampers) ou uniões flexíveis montados,
podem ser exigidos registos de torciógrafos para verificação da sua eficiência.
NORMA 6
Batimentos nos dentes das engrenagens
6.1 - Em instalações com caixa redutora, ou caixa redutora-inversora, ou bombas de
ar de lavagem, accionadas por engrenagens, etc., em que os momentos vibratórios
nas engrenagens excedam os momentos médios de transmissão às velocidades
críticas consideradas, pode ser necessário impor uma zona de velocidades interditas
para cada velocidade crítica, onde se note o abatimento nos dentes das engrenagens.
6.2 - Também, se for detectado um batimento nos dentes das engrenagens a
velocidades diferentes das velocidades críticas calculadas, podem ser exigidos
registos de torciógrafos para confirmarem as frequências naturais calculadas.
6.3 - Em todos os casos onde houver a possibilidade de batimentos nos dentes das
engrenagens, a folga lateral nos dentes deve ser mantida a um valor mínimo.
6.4 - Às velocidades críticas, próximas da velocidade máxima, o momento vibratório
não deve exceder, em geral, um terço do momento máximo de transmissão. Nos
casos em que carga de trabalho nos dentes das engrenagens é inferior à máxima
admissível, podem ser aceites esforços vibratórios adicionais nas engrenagens.
NORMA 7
Veios propulsores
7.1 - Os esforços limites para veios propulsores aplicam-se aos veios providos de
uma camisa contínua, com eficientes sistemas de vedação, protegendo-se da
corrosão pela água do mar e aos veios, sem camisa, lubrificados a óleo e montados
com um tipo de bucim aprovado pela Repartição Técnica da Direcção da Marinha
Mercante.
7.2 - Nos outros casos é necessária a aprovação da Repartição Técnica da Direcção
da Marinha Mercante.
7.3 - Os limites devem ser considerados na secção mínima do veio entre a face de
vante do cubo do hélice e o bucim de vante da manga.
NORMA 8
Veios intermédios
8.1 - Os esforços limites para os veios intermédios aplicam-se aos veios com pratos
de união integrais e raios das curvas de concordância regulamentares.
8.2 - Quando são empregados pratos de união desmontáveis, os esforços de vibração
no veio da região do prato devem ser limitados a 75 por cento destes valores.
NORMA 9
Definição dos símbolos
Nas fórmulas para a determinação dos esforços de vibração, os símbolos usados têm
as seguintes definições:
N - Velocidade do motor, em rotações por minuto;
N(índice s)- Velocidade máxima, em serviço contínuo, em rotações por minuto (ver
norma 2);
N(índice c) - Velocidade crítica, em rotações por minuto;
r - Relação N / N(índice s) ou N(índice c) / N(índice s), conforme a aplicável;
d - Diâmetro mínimo considerado, do veio, em milímetros;
fc - Valor máximo do esforço de vibração, em serviço contínuo, à velocidade máxima
ou inferior, em quilogramas por centímetro quadrado;
ft - Valor máximo do esforço de vibração devido a velocidades críticas abaixo de 0,8
N(índice s), necessitando zonas interditas, em quilogramas por centímetro quadrado;
f - Valor máximo do esforço de vibração acima da máxima velocidade em quilogramas
por centímetro quadrado.
CAPÍTULO II
Máquinas principais - Limites dos esforços de vibração
NORMA 10
Veios do manivelas e propulsores
10.1 - Quando as velocidades críticas ocorrerem ao número máximo de rotações por
minuto ou abaixo, os esforços de vibração que não excedam os valores dados pela
fórmula a seguir mencionada são considerados satisfatórios para o serviço contínuo:
fc = (mais ou menos) (315 - 0,22 D) (1,6 - r(elevado a 2)) (1)
10.2 - Quando os esforços de vibração excederem os valores limites para o serviço
contínuo, obtidos pela fórmula (1), deve ser afixado um aviso no posto de manobra,
estabelecendo que o motor não deve funcionar, em regime contínuo, entre os limites
de velocidade mencionados, acima e abaixo da velocidade crítica, e os taquímetros
devem ser marcados, a vermelho, em conformidade.
10.3 - Zona de rotações por minuto do motor a evitar:
De (16 N(índice c)/(18 - r)) até ((18 - r) N(índice c)/16) inclusive (1)
10.4 - Os valores máximos dos esforços de vibração, devidos a estas velocidades
críticas, não devem exceder os valores dados pela fórmula seguinte:
ft = 2fc (3)
10.5 - As velocidades críticas devem ser consideradas suficientemente afastadas do
máximo de rotações por minuto de forma a que, em geral, para r = 0,8 o esforço
correspondente ao limite superior não exceda fc = fórmula (1).
10.6 - Quando as velocidades críticas ocorrerem acima do número máximo de
rotações por minuto, os esforços de vibração não devem ser superiores aos valores
dados pela fórmula seguinte aos regimes de rotações até 1,16 vezes o máximo de
rotações por minuto:
(ver documento original)
NORMA 11
Veios intermédios e de impulso
11.1 - Quando as velocidades críticas ocorrerem ao número máximo de rotações por
minuto ou abaixo, os esforços de vibração que não excedam os valores dados pela
fórmula a seguir mencionada são considerados satisfatórios para o serviço contínuo:
fe = (mais ou menos) (535 - 0,22d) (l,44 - r(elevado a 2)) (1)
11.2 - Quando os esforços de vibração excederem os valores limites para o serviço
contínuo, obtidos pela fórmula (1), deve ser afixado um aviso no posto de manobra,
estabelecendo que o motor não deve funcionar em regime contínuo entre os limites de
velocidade mencionados, acima e abaixo da velocidade crítica, e os taquímetros
devem ser marcados, a vermelho, em conformidade.
11.3 - Zona de r. p. m. do motor a evitar:
De (16 N(índice c)/(18 - r)) até ((18 - r) N(índice c)/16) inclusive
11.4 - Os valores máximos dos esforços de vibração devidos a estas velocidades
críticas não devem exceder os valores dados pela fórmula seguinte:
ft = 1,7 fc (3)
11.5 - As velocidades críticas devem ser consideradas suficientemente afastadas do
máximo de r. p. m. de forma a que, em geral, para r = 0,8, o esforço correspondente
ao limite superior não exceda fc = fórmula (1).
11.6 - Quando as velocidades críticas ocorrerem acima do número máximo de r. p.
m., os esforços de vibração não devem ser superiores aos valores dados pela fórmula
seguinte aos regimes de rotações até 1,16 vezes o máximo de r. p. m.: (ver
documento original)
CAPÍTULO III
Motores Diesel auxiliares e principais accionando geradores
NORMA 12
Motores Diesel auxiliares e principais accionando geradores
12.1 - As notas seguintes aplicam-se aos motores Diesel de potência superior ou igual
a 150 BHP ou 100 kW, accionando máquinas auxiliares para serviços essenciais e
aos motores Diesel principais accionando geradores funcionando a velocidade
constante.
12.2 - O sistema dinâmico formado pelo motor Diesel e pelas máquinas accionadas
deve ser projectado de forma a que os esforços de vibração nos veios de manivelas e
nos de transmissão, resultantes de velocidades críticas, não excedam os valores
dados pela fórmula seguinte, dentro dos limites de velocidade de 0,95 N(índice s) e
1,10 N(índice s), sendo N(índice s) as rotações por minuto a toda a carga.
fc = (mais ou menos) (212 - 0,14 d) (1)
12.3 - Os esforços de vibração nos veios de manivelas e nos de transmissão, devidos
a velocidades críticas pelas quais se passa durante os períodos de arranque e
paragem, não devem exceder os valores dados pela fórmula seguinte:
ft = 5,5 fc (2)
12.4 - Recomenda-se também que os momentos de vibração aplicados ao rotador do
gerador devem ser reduzidos ao mínimo valor possível e, em qualquer caso, limitado a
um valor não superior a duas vezes o momento médio a toda a carga na zona
compreendida entre 0,95 N(índice s) e 1,10 N(índice s) e a um valor não superior a
seis vezes o momento médio a toda a carga ao passar pelas velocidades críticas
abaixo de 0,95 N(índice s). No primeiro caso o momento de vibração considerado será
o somatório dos momentos devidos a qualquer ordem de ressonância e os momentos
limites devidos a outras ordens importantes.
12.5 - Estas recomendações têm por objectivo proteger a estrutura do rotador do
gerador de momentos de inércia excessivos.
12.6 - Nos casos em que o rotador do gerador é projectado para uma potência
superior à que lhe é transmitida pelo motor, a potência superior pode ser considerada
como critério.
12.7 - Quando um motor accionar mais de um gerador, cada gerador deve ser
considerado separadamente em relação ao seu próprio momento.
12.8 - Nos casos em que os esforços de vibração ou momentos excedem os valores
limites, aplicam-se, geralmente, as condições indicadas em 5, com a reserva de que
os amortecedores de vibrações (dampers e detuners), não devem, de preferência, ser
usados para controlar velocidades críticas que ocorram dentro da zona de velocidades
entre 0,95 N(índice s) e 1,10 N(índice s), inclusive.
12.9 - No caso de alternadores, as amplitudes de vibração no rotador não devem
exceder (mais ou menos) 2,5 graus eléctricos à velocidade a toda a carga. Deve haver
o cuidado de assegurar que a frequência natural do grupo completo está
suficientemente afastada da frequência do impulso das combustões à velocidade a
toda a carga, particularmente quando há uniões flexíveis entre o motor e o gerador.
Sem este cuidado podem aparecer amplitudes excessivas.
O Ministro da Marinha, Manuel Pereira Crespo.

Vous aimerez peut-être aussi