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Obrigações
Contratuais: obrigações contratuais podem ser de jurisdição competente ou de lei
aplicável;
O art. 9° da LINBD regula as obrigações: esse artigo traz uma regulamentação escassa,
por isso se utiliza o Código de Bustamante (arts. 164 – 176) também. Mas, mesmo assim,
continua sendo pouco, sem contar que, tanto a LINBD, quando o Código de Bustamante são
muito antigos (surgiram antes de existir o direito do consumidor).
Art. 168 do Código de Bustamante fala sobre aquelas infrações que não ensejam
responsabilidade pessoal, apenas civil. Também utiliza-se a lei do lugar onde ocorreu.
No Brasil, a jurisdição competente é regulada pelo CPC e ele diz que o Brasil é
competente quando:
O art. 1° desse protocolo dala do âmbito de aplicação, ou seja, será aplicado quando
houver requisitos pessoas e requisitos territoriais.
18/06
O art. 9° da LINBD cita a lex loci celebrations (lugar da celebração) para lei aplicável e
determinar o tipo de obrigação que se trata o caso concreto.
- Lex voluntatis
Art. 168 do Código de Bustamante trata da natureza, dos efeitos e da extinção das
obrigações: seguem a lei da obrigação, ou seja, a lei aplicável da obrigação.
Art. 176 do Código de Bustamante diz que a lei pessoal de cada país regula a
capacidade para contratar.
Art. 177 do Código de Bustamante diz que, no caso de haver vício, erro, coação, será
aplicada a lei do território (lei de onde a pessoa estava quando consentiu a obrigação com
erro) – essa é uma exceção.
Quando o contrato é feito entre ausentes: o art. 3° § 2° da LINBD diz que segue a lei do
país em que reside o proponente (quem propôs o contrato). Nas compras realizadas pela
internet, o proponente é o vendedor. Porém, às vezes o princípio da ordem pública pode ser
aplicado, uma vez que pode ferir o direito do consumidor no Brasil. Nesses casos, permite-se
aplicar a lei mais benéfica (do lugar do proponente ou a brasileira).
Lei aplicável:
A lei que rege a obrigação determina os meios de prova e os meios de extinção (art.
169 do Código de Bustamante). A extinção se dá pelo pagamento: art. 170 do Código de
Bustamante (a moeda é determinada pela lei do local de pagamento).
Capacidade para suceder: determinada pela lei do domicílio do contratante (art. 176
do Código de Bustamante).
Art. 9° § 1°: única preocupação que acontece em relação à lei do país onde se encontra
o bem objeto de um contrato é quanto às regras de inscrição/registro. Ex.: bens no Brasil tem
registro, então mesmo se o contrato usar a lei de outro país, será necessário seguir a questão
do registro aqui.
20/06
Atualmente, se tem a versão 2010 desses modelos, que são conhecidos como
“incoterms”. Eles são publicados periodicamente, de 10 em 10 anos.
Quando surge uma nova publicação de modelos, não faz com que os modelos
anteriores deixem de existir. Eles seguem existindo e as partes têm liberdade de contratar,
podendo, inclusive, escolher os modelos antigos. Quando se faz o contrato, deve fazer
referência, colocando “FOB (Incoterms 2000 CCI)”, por exemplo. Normalmente, se usa o
modelo anterior no período de transição de modelos.
O fato da CCI ter um conjunto de árbitros é vantajosa porque quando surge algum
conflito em relação ao contrato, isso volta ao CCI, para que o modelo seja aperfeiçoado para
uma republicação futura.
Além disso, esses modelos que são para os contratos, mas com o tempo, eles
passaram a ser tão usados, que até nas relações internas, as pessoas passaram a usar esses
modelos. Quando chegou na versão de 2010, foi incluída essa possibilidade, de usar esses
modelos nas relações internas.
h) DAP (Deliveredat loci): a tradição é em outro local após o terminal (pode ser
uma casa, um estabelecimento, que é estabelecido no contrato). As despesas aqui são
custeadas pelo vendedor, a não ser os impostos brasileiros.
Obs.: exceções no Brasil: EXW e DDP: ocorre que no Brasil não se consegue pedir para
o estrangeiro pagar e, por isso, o comprador pode acabar pagando impostos e poderia pedir o
ressarcimento do vendedor depois.
25/06
São os bens que interessam ao DIP e que estão se deslocando de um lugar para o
outro. De acordo com nosso direito, a transferência de propriedade de bens móveis se dá com
a tradição – para isso, se tem vários modelos de contratos internacionais (acima) e, de acordo
com o modelo, o momento da tradição muda. Portanto, a análise desses modelos ajuda a
descobrir quem é o proprietário e as questões atinentes a esses bens.
Os bens são contemplados pela qualificação da lex causae, ou seja, se classifica um
bem como sendo um bem móvel ou imóvel, de acordo com o direito do lugar onde o bem está
situado ou registrado.
Se eu enquadro como um bem imóvel, se vai no DIP, na norma indireta e pergunta-se
qual lei se aplica para regular os bens imóveis e a resposta vai ser: lei do lugar onde o bem está
situado ou registrado (lexsitae). Se eu enquadro como um bem móvel, a lei aplicável vai ser a
lex persona (lei da pessoa, ou seja, é a lei que regula a vida, as questões relativas ao estatuto
pessoal do proprietário do bem – a lei da pessoa no direito brasileiro é a lei do domicílio).
Portanto, a lei do bem móvel segue a lei do seu proprietário e este segue a lei do seu domicílio.
Sobretudo nos interessa quando o bem móvel está em trânsito, pois ele está se
deslocando de um país para o outro e é preciso saber qual lei vai guarnecer esse bem.
Os bens móveis podem ser para uso pessoal ou eles estão postos no comércio
internacional. Portanto, o bem móvel em trânsito ele pode estar se deslocando para servir o
proprietário ou porque são objeto de contrato de comércio internacional de mercadorias.
No caso do DIP brasileiro, tratamos da mesma maneira os bens de uso pessoal e os
bens postos no comércio internacional. Ex.: a minha bolsa, o meu telefone têm o mesmo
tratamento de um carregamento de arroz, objeto de comércio internacional.
A regulamentação disso está na LINBD, no art. 8°. A LINBD só trata dos bens nesse art.
8°, já o Código de Bustamante já trata do assunto de forma mais detalhada.
Há uma exceção: se for um bem potencialmente lesivo ao meio ambiente, se aplica a
lei do bem onde o bem se encontra (onde o bem está passando), pois as consequências do
dano ambiental será desse lugar por onde o bem estava passando.