Rosa M?

Kucharski

LA MUSICA,
VEHICULO DE
EXPRESION CULTURAL

CULTURA
Y
COMUNICACION
18
COLECCION «CULTURA Y COMUNICACION»

LA MUSICA,
VEHICULO D E EXPRESION
CULTURAL

MINISTERIO DE CULTURA
SECRETARÍA G E N E R A L TÉCNICA
A u t o r a : Rosa M a
Kucharski
C o p y r i g h t : 1980. M a d r i d (España).

Diseño de Fotografías: C l e m e n t e R o d e r o .

Editado por:
Secretaría General T é c n i c a
S u b d i r e c c i ó n General de Estudios y C o o r d i n a c i ó n
Servicio de D i f u s i ó n .
 INDICE

Págs.

Presentación 5

Palabras de A r n o l d S c h o e n b e r g 7

Gula para orientarse en el manejo del libro 9

La Creación 13

Prefacio 17

I. S O C I O L O G I A DE L A M U S I C A . " Y dijo Dios, haya luz y la luz

se hizo" 25

II. L A M U S I C A . " Llamó Dios al firmamento, Cielo..." 59

III. DIFERENTES C U L T U R A S M U S I C A L E S . "Brote verdín de la

de la tierra, plantas germinadoras de simiente y árboles fruta-
les productores de fruto conforme a su especie" 73

IV. H I S T O R I A DE L A M U S I C A Y DE LOS E S T I L O S M U S I C A -
LES. "Haya lumbreras en el firmamento dé los cielos para
que dividan el día de la noche y sirvan de señales para esta-
ciones, días y años..." 111

V. L A M U S I C A DESDE EL INICIO DEL S I G L O X X H A S T A

N U E S T R O S D I A S . "Pululen las aguas inquietos seres vi-
vientes" 181

V I . EL P U B L I C O . L A E D U C A C I O N M U S I C A L " . . . Y creó Dios al

hombre" 215

Resumen 253

Epílogo 257

Bibliografía 258

- 3 -
PRESENTACION

La colección "CULTURA Y COMUNICACION" que

nació de la idea de contribuir al enriquecimiento del acervo
doctrinal y experimental, dentro de unos conceptos actuali-
zados más dinámicos y creadores de la cultura y la comu-
nicación, ha ofrecido en números anteriores diversos textos
seleccionados entre publicaciones de la UNESCO y del
Consejo de Europa, asi como otros de especial encargo.

En el Concurso del año 1979, cuatro títulos fueron pre-

miados y publicados: "Cultura española y autonomías",
"Modelo de campaña de promoción cultural en núcleos
rurales", "Función pedagógica de los Museos", y "Présta-
mo de libros a domicilio por correo". Otros cuatro, aunque
sin premio, merecieron ser publicados por su interés: "Cul-
tura y Comunidad rural", "El Museo, cultura para todos",
"Marín rey del Trovo", y "Bases para una campaña de
promoción cultural en núcleos rurales".
Éste volumen presenta el trabajo que, bajo el título "LA
MUSICA, VEHICULO DE EXPRESION CULTURAL" fue
seleccionado y premiado en el segundo concurso convoca-
do sobre temas culturales por el Ministerio de Cultura, en
1980, al objeto de promocionar y dar la máxima difusión a
los estudios, investigaciones y experiencias de todos aque-

- 5 -
líos que dedican especial atención a los temas culturales en
nuestro país, tratando de esta forma de estimular la investi-
gación sobre la realidad cultural española, entre los cuales
no podía faltar un sector tan importante hoy en nuestra
realidad sociológica, como la música.

Se considera que estos estudios pueden contribuir a

completar nuestra bibliografía respecto de una materia de
primera importancia en la sociedad actual. Constituyen un
conjunto de experiencias e investigaciones sobre temas
cu/tura/es que merecen hacerse asequibles a los interesa-
dos y al público en general mediante su más amplia difu-
sión, pues tal como su autora dice "sería trágico para el
arte musical que el día de mañana se pudiese escribir sobre
la tumba de nuestra generación: "Tienen oídos, pero no
oyen" (Salmo 115-6).

- 6 -
,> '>creencia personal- es que la música lleva consigo un
' • . X . 'mensaje profético, revelador de una forma superior de vida,
hacia 'la que evoluciona la humanidad. Y es por causa de
este mensaje por lo que la música atrae a hombres de todas
las raías 'y culturas.
• . . ARNOLD SCHOENBERG

, *_.* ¿f,^F.Ji •*.*.'

GUIA para orientarse en el manejo de este libro

Cada capítulo es una entidad independiente y empieza y

acaba en sí mismo.

Pero al mismo tiempo, todos los capítulos son comple-

mentarios.

Pueden ser leídos por el orden señalado, que se ha

querido comparar con los días de La Creación, o por el
orden que el lector prefiera.

El INDICE expositivo es el siguiente:

Prefacio — CAOS (Situación actual de la Música).

Cap. I. -Y LA LUZ SE HIZO... (Sociología de la Música).

Cap. II. -CIELO (La Música).

Cap. III. -BROTE VERDIN DE LA TIERRA, PLANTAS

GERMINADORAS DE SIMIENTE Y ARBOLES
FRUTALES PRODUCTORES DE FRUTO CON-
FORME A SU ESPECIE... (Diferentes Culturas
Musicales)

Cap. IV. -HAYA LUMBRERAS EN EL FIRMAMENTO DE

LOS CIELOS PARA QUE SE DIVIDAN EL DIA
Y LA NOCHE Y SIRVAN DE SEÑALES PARA
ESTACIONES, DIAS Y AÑOS... (Historia de la
Música Occidental desde Grecia al siglo xx.
Formas Musicales).

Cap. V. -PULULEN LAS AGUAS INQUIETOS SERES

VIVIENTES... (La Música desde el siglo XX
hasta nuestros días).

Cap. VI. -CREO, PUES, DIOS AL HOMBRE... (El público.

La educación musical).

- 9 -
LA CREACION

A l principio creó Dios el cielo y la tierra.

A h o r a b i e n , la tierra era c o n f u s i ó n y C A O S , y tiniebla
cubría la superficie del O c é a n o , m i e n t r a s el espíritu
de Dios se cernía sobre la faz de las aguas.

Y dijo Dios " H a y a l u z " Y L A L U Z SE H I Z O .

V i o Dios q u e la luz era b u e n a y estableció separación
entre la luz y la o s c u r i d a d , y llamó a la luz día
y a la o s c u r i d a d llamó n o c h e . Y a t a r d e c i ó y l u e g o
a m a n e c i ó : Día u n o .

Dijo a s i m i s m o Dios: Haya u n f i r m a m e n t o en m e d i o

de las a g u a s y separe unas aguas de o t r a s .
Hizo, pues, Dios el f i r m a m e n t o , s e p a r a n d o las aguas q u e
estaban d e b a j o del f i r m a m e n t o de aquellas q u e e s t a b a n
sobre el f i r m a m e n t o . Y así f u e . L l a m ó Dios al f i r m a m e n t o
CIELO. Y atardeció y l u e g o a m a n e c i ó : Día s e g u n d o .

Dijo Dios l u e g o : Reúnanse las a g u a s de d e b a j o de los cielos

en u n lugar y aparezca lo seco. Y así f u e . Y Dios llamó
a lo seco tierra y a la r e u n i ó n de las a g u a s llamó
mares. Y vio Dios q u e q u e d a b a bien.
L u e g o dijo Dios: B R O T E V E R D I N DE L A T I E R R A , P L A N T A S
G E R M I N A D O R A S DE S I M I E N T E Y A R B O L E S F R U T A L E S

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P R O D U C T O R E S DE
FRUTO C O N F O R M E A S U ESPECIE y en q u e se c o n t e n g a su
semilla
sobre la tierra. Y así fue. B r o t ó , en e f e c t o , la tierra v e r d í n ,
plantas germinadoras de simiente c o n f o r m e a su especie,
y árboles p r o d u c t o r e s de f r u t o p o r t a d o r de semilla
c o n f o r m e a su especie y vio Dios q u e estaba bien.
Y atardeció y luego amaneció: Día tercero.

Dijo entonces Dios: H A Y A L U M B R E R A S EN EL

F I R M A M E N T O DE LOS CIELOS P A R A QUE D I V I D A N EL
DIA DE L A N O C H E Y S I R V A N DE S E Ñ A L E S P A R A
E S T A C I O N E S : D I A S Y A Ñ O S : Sean t a m b i é n a m o d o de
lumbreras en el f i r m a m e n t o del cielo para alumbrar la tierra.
Y f u e así: Hizo, pues, Dios los d o s g r a n d e s luminares;
el luminar m a y o r c o m o regidor del día y el luminar m e n o r
c o m o el regidor de la n o c h e y las estrellas, a las cuales
p u s o Dios en el f i r m a m e n t o celeste para a l u m b r a r sobre la
tierra y para q u e rigieran el día y la n o c h e y para dividir
la luz de la o s c u r i d a d . Y v i o Dios q u e e s t a b a b i e n . Y
a t a r d e c i ó y l u e g o a m a n e c i ó : Día c u a r t o .

L u e g o dijo D i o s : P U L U L E N L A S A G U A S I N Q U I E T O S
SERES V I V I E N T E S Y V U E L E N V O L A T I L E S S O B R E L A
T I E R R A , POR L A S U P E R F I C I E D E L F I R M A M E N T O
C E L E S T E . C r e ó p u e s D i o s los g r a n d e s c e t á c e o s y t o d o ser
v i v o s e r p e n t e a n t e q u e s u r c a las a g u a s c o n f o r m e a su
e s p e c i e . Y v i o D i o s q u e e s t a b a b i e n y los b e n d i j o d i c i e n d o :
P r o c r e a d y m u l t i p l i c a o s y h e n c h i d las a g u a s de los m a r e s y
m u l t i p l i q ú e n s e las aves en la tierra. Y a t a r d e c i ó y a m a n e c i ó :
Día q u i n t o .

D e s p u é s dijo D i o s : P r o d u z c a la t i e r r a seres v i v i e n t e s
c o n f o r m e a su e s p e c i e : g a n a d o , reptiles y bestias salvajes
c o n a r r e g l o a su e s p e c i e . Y así f u e . H i z o , p u e s , D i o s las
bestias salvajes c o n f o r m e a su e s p e c i e , los g a n a d o s c o n

- 14 -
arreglo a su especie y t o d o s los reptiles s e g ú n su especie.
Y vio Dios q u e estaba b i e n . E n t o n c e s dijo Dios: H a g a m o s
U N H O M B R E a i m a g e n nuestra c o n f o r m e a nuestra
semejanza, para q u e d o m i n e e n los p e c e s del m a r y en las
aves del cielo y e n los g a n a d o s y e n t o d a s las fieras
de la tierra y e n t o d o el reptil q u e r e p t a s o b r e la tierra.
CREO P U E S D I O S A L H O M B R E a su i m a g e n ,
a i m a g e n de Dios c r e ó l o ,
m a c h o y h e m b r a los creó.
Y los b e n d i j o D i o s y díjoles:
P r o c r e a d y m u l t i p l i c a o s y h e n c h i d la tierra...

- 15 -
 PREFACIO

«... la tierra era confusión y CAOS, y tinieblas...»

La m ú s i c a es a c t u a l m e n t e un t e m a de vastas p r o p o r -
ciones. C o n s t i t u y e no u n o , sino m ú l t i p l e s t e m a s ; no es un
c a m p o ú n i c o de a c t i v i d a d , sino de m u c h í s i m a s actividades.

La m ú s i c a es u n arte, u n a c i e n c i a , u n a literatura, u n a de
las h u m a n i d a d e s y u n c a m p o de e r u d i c i ó n .

Es u n a a s i g n a t u a de enseñanza y aprendizaje desde el

jardín de infancia hasta los c u r s o s superiores (en los países
en q u e así lo t i e n e n establecido); es u n o f i c i o , un n e g o c i o ,
un artículo de c o m e r c i o . Es o b j e t o de c o m p r a v e n t a . Es un
p o d e r o s o i n s t r u m e n t o al servicio de la p u b l i c i d a d y es un
a g e n t e de p r o p a g a n d a .

I n n e g a b l e m e n t e la m ú s i c a interviene a c t i v a m e n t e en
nuestras vidas. ¿Pero interviene para n u e s t r o bien?
Quizá el a c o n t e c i m i e n t o más n o t a b l e e n la vida musical
de n u e s t r o t i e m p o sea la e x p l o s i ó n d e m o g r á f i c a de los
o y e n t e s de m ú s i c a . A b u n d a n en u n a c a n t i d a d d e s c o n o c i d a
hasta el día de h o y en la historia del m u n d o . Grandes
masas de p ú b l i c o llenan las salas de c o n c i e r t o s y más allá
del á m b i t o de d i c h a s salas se e x t i e n d e el d i l a t a d o m u n d o
de las g r a b a c i o n e s de discos y a ú n m á s allá el espacio
i n c o m e n s u r a b l e de las o n d a s hertzianas, p l e t ó r i c o de m ú s i -
ca radial y televisión.

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 Dicha e x p l o s i ó n d e m o g r á f i c a se e x p a n d e en círculos
c o n c é n t r i c o s cada vez m á s a m p l i o s : p r i m e r o el c í r c u l o inte-
rior de los q u e asisten a los c o n c i e r t o s , s e c t o r sin d u d a
r e d u c i d o y s e l e c t o , p e r o q u e a b a r c a a millones de h o m b r e s
y mujeres; d e s p u é s el c í r c u l o m á s a m p l i o de los q u e e s c u -
c h a n discos, radio y ven t e l e v i s i ó n ; y p o r ú l t i m o la ineludi-
ble i n m e r s i ó n , a veces i n v o l u n t a r i a , en el hilo de la música
funcional.

Está p o r hacer t o d a v í a u n e s t u d i o y u n a v a l o r a c i ó n
sobria y equilibrada del influjo p r o d u c i d o p o r t o d o s los
f e n ó m e n o s c o n t e m p o r á n e o s en la sensibilidad y en la e d u -
c a c i ó n m u s i c a l del h o m b r e de h o y . C o r r e r e m o s el riesgo de
e x t r a l i m i t a r n o s t a n t o en la alabanza c o m o en la c o n d e n a .
D e b e m o s esperar, p u e s , q u e a l g u i e n nos dé el resultado de
un b u e n e s t u d i o s o b r e el t e m a .

Pero m i e n t r a s e s p e r a m o s , se p u e d e n señalar ventajas

reales y t a m b i é n i n c o n v e n i e n t e s n o t a b l e s .

En n u e s t r o m u n d o de música e n v a s a d a (discos, radio,

m ú s i c a f u n c i o n a l ) cabe señalar d o s v i c i o s principales: pri-
m e r o , g r a n parte de la m ú s i c a es t o t a l m e n t e inferior y
s u p e r f l u a ; s e g u n d o , la a c c i ó n i n i n t e r r u m p i d a de la a u d i c i ó n
de m ú s i c a de f o n d o p u e d e causar d a ñ o s irreparables.

Se está e n s e ñ a n d o a t o d a u n a g e n e r a c i ó n , de manera
sutil, pero insistente, a no prestar a t e n c i ó n a la m ú s i c a . Los
e s t u d i a n t e s se esfuerzan e n reunir n o t a b l e s c o l e c c i o n e s de
discos, los pasan en sus t o c a d i s c o s y l u e g o se e n t r e g a n a
sus e s t u d i o s y lecturas n o musicales, m i e n t r a s la m ú s i c a
q u e d a relegada al t e r r e n o de lo s u b c o n s c i e n t e . N o h a y
m o d o de llamar p o r t e l é f o n o a n i n g ú n e s t u d i a n t e sin tener
q u e e s c u c h a r a l g u n a o b r a f u n d a m e n t a l de m ú s i c a c o m o
t e l ó n de f o n d o , lo cual obliga a m e n u d o a los i n t e r l o c u t o r e s
a gritar a través de la línea, para hacerse oír. Pero sería

- 18 -
i n g e n u o sacar la c o n c l u s i ó n de q u e e s t a m o s asistiendo a
un i m p o r t a n t e r e n a c i m i e n t o musical en los a m b i e n t e s e s t u -
diantiles.

La p e r s o n a q u e p u e d e leer y digerir filosofía m i e n t r a s a

su lado se interpreta el o p . 31 de B e e t h o v e n , n o será capaz
de c o n v e r t i r s e en n i n g ú n o y e n t e sensitivo de la m ú s i c a . De
h e c h o se está e j e r c i t a n d o , sin darse c u e n t a , e x a c t a m e n t e
en la d i r e c c i ó n o p u e s t a . Cabe p r e g u n t a r s e ¿Es este el
c a m i n o a seguir?

O t r o t e m a a considerar. Los e q u i p o s de A l t a Fidelidad.

R e c o r d e m o s al propietario de u n sistema e s t e r e o f ó n i c o
a s t r o s ó n i c o de A l t a Fidelidad q u e desarrolla más de cien
kilovatios de energía musical c o n un c i r c u i t o d e e s t a d o
sólido. Esta p e r s o n a , t a n e n t u s i a s m a d a c o n su e q u i p o , p r o -
b a b l e m e n t e estará m u c h o m á s interesada en el s o n i d o y en
los e f e c t o s s o n o r o s , q u e en la m ú s i c a . A causa de q u e
c a p t a t o d o el p o d e r y la infinita v a r i e d a d de las especies de
e f e c t o s s o n o r o s , la sala de estar de reducidas d i m e n s i o n e s
no es el lugar i d ó n e o para él. Pero la alta f i d e l i d a d y la
e s t e r e o f o n í a a t o d o v o l u m e n , c o n g r a n d e s c a n t i d a d e s de
graves y a g u d o s reforzados, d a n p o r resultado u n a atracti-
va piscina s o n o r a en la q u e c a n t i d a d de a f i c i o n a d o s a la
música c o r r e n a zambullirse, p o r el m e r o placer d e nadar
en sus a g u a s . Estos o y e n t e s , atraídos p o r el s o n i d o , pier-
d e n p r o n t o t o d a a p t i t u d para percatarse de la m ú s i c a .

En o t r o o r d e n de cosas, t o d o s s a b e m o s q u e las g r a b a -
c i o n e s h a n s i d o o b j e t o de e x p l o t a c i ó n y a b u s o en sus
c a m p a ñ a s publicitarias, en estos ú l t i m o s a ñ o s . El g u s t o se
va m o d e l a n d o p o r m e c a n i s m o s c o m e r c i a l e s .

El h e c h o f u n d a m e n t a l es q u e la i n t r o d u c c i ó n de la
m á q u i n a en c u a l q u i e r t e r r e n o de la c u l t u r a o b l i g a s i e m p r e

- 19 -
al m e d i o c u l t u r a l a a d a p t a r s e a la m á q u i n a . U n a de las
etapas invariables de este p r o c e s o es la h e g e m o n í a q u e
pasan a ejercer los t é c n i c o s y m a n i p u l a d o r e s . Esta transfe-
rencia de a u t o r i d a d en nuestra c u l t u r a m u s i c a l de las
m a n o s de los artistas, m ú s i c o s y m a e s t r o s a las de los
h o m b r e s de n e g o c i o s , t é c n i c o s y o p e r a d o r e s , es u n o de los
m u c h o s y graves peligros a q u e se ve e x p u e s t a nuestra
g e n e r a c i ó n . C u a n d o la c u l t u r a la dirigen los p r i m e r o s , es
decir los h u m a n i s t a s , l u c h a n p o r elevar el nivel de su e n -
t o r n o , m i e n t r a s q u e c u a n d o la d i r i g e n los s e g u n d o s , los
estadísticos y p r o m o t o r e s de v e n t a s , se inclinarán por atri-
buir al nivel general u n m í n i m o c o m ú n d e n o m i n a d o r de
g u s t o e x a g e r a d a m e n t e bajo, c o n t r i b u y e n d o así a rebajar
m á s a ú n el b a r e m o t o t a l .

Por f o r t u n a p u e d e ofrecerse u n a c o n t r a p a r t i d a impor-

t a n t e a este c u a d r o de peligros y calamidades.

Gracias a los discos, la radio y la televisión, p o d e m o s

sintonizar t o d o el m u n d o d e s d e n u e s t r o s hogares. U n a
p r o f u s i ó n de música de diversa í n d o l e está bajo las directas
ó r d e n e s del propietario de u n a c o l e c c i ó n de discos y un
b u e n t o c a d i s c o s . Por m e d i o de la radio y la discografía la
música ha s u p e r a d o los límites u r b a n o s para irrumpir en las
más alejadas regiones rurales. M u c h o s j ó v e n e s han pasado
de su c o l e c c i ó n de m ú s i c a p o p u l a r a las de música de
c á m a r a , sinfonías, m ú s i c a del B a r r o c o , etc. Las b u e n a s
emisoras de radio, c u a n d o e m i t e n p r o g r a m a c i o n e s d i g n a s y
universales, p r e s e n t a n c o n s t a n t e m e n t e obras n u e v a s a sus
o y e n t e s , quienes de o t r o m o d o , librados a su propia inicia-
tiva en materia de discos y c o n c i e r t o s , j a m á s hubieran
t o m a d o c o n o c i m i e n t o de ellas.

A u n q u e la c u e s t i ó n de si la e x p l o s i ó n d e m o g r á f i c a del
o y e n t e de m ú s i c a es o n o f a v o r a b l e para el desarrollo de
ésta esté a ú n sin dilucidar, nos a t r e v e m o s a decir q u e a

- 20 -
m e d i d a q u e las i n v e n c i o n e s de n u e s t r o siglo s o b r e c o m u n i -
c a c i ó n de masas ha a c e r c a d o el arte musical a millones
de seres, a los q u e antes les era c o m p l e m e n t a m e n t e ajeno,
d e b e m o s estarles a g r a d e c i d o s ; pero allí d o n d e la radio, la
televisión y la música f u n c i o n a l h a y a n d e g r a d a d o el valor
de la m o n e d a , h e c h o retroceder la m ú s i c a hasta la pared
del f o n d o , s a t u r a d o las o n d a s s o n o r a s de c h a c h a r a inferior
y e n s e ñ a d o a la g e n t e a no e s c u c h a r la b u e n a m ú s i c a ,
h a b r e m o s de c o n v e n i r en q u e es u n desastre para el arte
de la b u e n a m ú s i c a . Sería t r á g i c o para el arte musical q u e
el día de m a ñ a n a se pudiese escribir sobre la t u m b a de
nuestra g e n e r a c i ó n : T i e n e n o í d o s , pero no o y e n . ( S a l m o
115-6).

***

Nos g u s t e o n o lo e x p u e s t o a n t e r i o r m e n t e , c o r r e s p o n d e
al m u n d o musical q u e n o s r o d e a . En estas c o n d i c i o n e s
c o n f u s a s , de v e r d a d e r o c a o s , el e d u c a d o r musical d e b e
realizar su labor.

En este t r a b a j o q u e s i g u e , v a m o s a analizar, aislándolas,

las t e n d e n c i a s m á s sobresalientes de la m ú s i c a a través de
los siglos, en u n i n t e n t o de c o n s e g u i r c o n d i c h o análisis,
e n c o n t r a r u n c a m i n o útil para e d u c a r a los m u c h a c h o s de
hoy, o quizá más s e n c i l l a m e n t e , para seguir p r a c t i c a n d o
m ú s i c a c o n los j ó v e n e s de n u e s t r o t i e m p o .

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 CAPITULO I

S O C I O L O G I A DE L A M U S I C A

«Y dijo Dios, Haya Luz, Y LA LUZ SE HIZO.»

En u n i n t e n t o de buscar la luz q u e ilumine el caos del

m u n d o musical que nos rodea, nos hemos acercado a una
ciencia de h o y , la s o c i o l o g í a , e s p e r a n d o q u e su f o r m a n u e -
va de e n f o c a r p r o b l e m a s de n u e s t r o e n t o r n o n o s ayudaría a
dar c o n s o l u c i o n e s originales.

He a q u í u n r e s u m e n de lo q u e h e m o s e n c o n t r a d o en la
sociología de la m ú s i c a .

L A H I S T O R I A ES L A C I E N C I A DE LO I N D I V I D U A L ; LA
S O C I O L O G I A DE LO C O L E C T I V O .

De u n a manera generalizada p o d e m o s decir q u e la m ú -

sica representa p r i n c i p a l m e n t e u n f e n ó m e n o social. Social
p o r q u e es h u m a n a y t a m b i é n p o r q u e es u n a c o m u n i c a c i ó n
entre c o m p o s i t o r , intérprete y o y e n t e . Si se dice q u e la
música roza al i n d i v i d u o , en su v i d a social, se c o n v i e r t e ya
en un f e n ó m e n o de esta especie; lo p o d e m o s c o m p r o b a r
por a s p e c t o s de diversa índole s i n g u l a r m e n t e perceptibles
en n u e s t r o s días. P r i m e r o por su papel o m i s i ó n ; ya no se
c o n f o r m a c o n ser a m a d a por u n p e q u e ñ o c í r c u l o de o y e n -

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tes refinados y c u l t o s , sino q u e ha a b a n d o n a d o la i n t i m i d a d
para hacerse popular. La esencia de la m ú s i c a se ha ido
c o n v i r t i e n d o c a d a vez más en s o c i e d a d . La m ú s i c a es h o y
masa, m i e n t r a s q u e antes-era i n d i v i d u o . C o n f u c i o , hace ya
m u c h o s siglos, declaró q u e la m ú s i c a sale del c o r a z ó n h u -
m a n o , está u n i d a a los orígenes de la a c t i t u d h u m a n a y
q u e p o r esta c u a l i d a d , es s o c i o - f o r m a t i v a .

La m ú s i c a establece entre c o m p o s i t o r y o y e n t e , entre

c o m p o s i t o r e intérprete o entre intérprete y o y e n t e (según
desde d o n d e se quiera estudiar el f e n ó m e n o ) u n a socia-
bilidad de f u e r z a d i n á m i c a variable.

S ó l o p o r m e d i o de una o b s e r v a c i ó n o b j e t i v a , logra la
sociología de la m ú s i c a u n a r e c o p i l a c i ó n de saber y de
principios q u e la llevan a su m e t a f i n a l : r e c o n o c e r los
estados de la vida s o c i o - m u s i c a l , P L A N E A R L O S Y M E J O -
RARLOS.

Esta es t a m b i é n la idea de K. B l a u k o p f : La sociología de

la música es la r e u n i ó n de t o d o s los h e c h o s sobresalientes
para la p r á c t i c a m u s i c a l , o r d e n a c i ó n de e s t o s h e c h o s s e g ú n
su grado de i m p o r t a n c i a para d i c h a p r á c t i c a , y c o m p r e n -
sión de los h e c h o s decisivos para la m o d i f i c a c i ó n de la
práctica.

Para Engel los tres p r o b l e m a s f u n d a m e n t a l e s de la

sociología de la m ú s i c a s o n : a) el o b j e t o social y m o t i v o del
ejercicio de la m ú s i c a , b) las f o r m a s d e t e r m i n a d a s social-
m e n t e de éste y c) el e f e c t o r e c í p r o c o entre arte y f o r m a s
de s o c i e d a d .

El objeto social
De a c u e r d o c o n lo e x p u e s t o hasta a h o r a , d e b e r í a m o s
buscar a n t e t o d o El objeto social. Quizá nos ayudaría a

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e n c o n t r a r l o c o n o c e r las d e f i n i c i o n e s q u e s o b r e el arte
musical se h a n h e c h o en d i s t i n t o s m o m e n t o s de la historia.
Pero o b s e r v a r e m o s q u e s e g ú n q u i e n hable, el t e ó r i c o , el
m ú s i c o , el f i l ó s o f o , el t e ó l o g o , el p o e t a , el m é d i c o , el psicó-
l o g o , el psicoanalista, o el h i s t o r i a d o r c u l t u r a l , así varía la
explicación.

Para A r i s t ó t e l e s la m ú s i c a es u n a i m i t a c i ó n i n m e d i a t a de
sensaciones morales y para S a n A g u s t í n , el arte de los
m o v i m i e n t o s bien realizados. La música es el arte de un
alegre m o d u l a r , dice Censorius; y en el siglo xvn J u a n
C o t t o n asegura q u e es el d e b i d o m o v i m i e n t o de las voces.
M i e n t r a s q u e el f i l ó s o f o Leibnitz ve en ella u n m o v i m i e n t o
a r i t m é t i c o o c u l t o , para el c o m p o s i t o r R a m e a u es sencilla-
m e n t e la ciencia de los s o n i d o s . A esta o p i n i ó n se adhiere
en el siglo xix C o m b a r i e u , d i c i e n d o q u e la m ú s i c a es el arte
de pensar c o n s o n i d o s , m i e n t r a s q u e para D e b u s s y repre-
senta un t o t a l de fuerzas disueltas. Para el m ú s i c o Ricardo
S t r a u s s t r a d u c e impresiones y s e n t i m i e n t o s , y para o t r o
m ú s i c o , S t r a w i n s k y , es incapaz de expresar n a d a . U n psi-
c ó l o g o t a n p r o f u n d o c o m o A . E h r e n z w e i n g , al buscar una
d e f i n i c i ó n de la música n o s dice q u e es un lenguaje s i m b ó -
lico del e n t e n d i m i e n t o i n c o n s c i e n t e , c u y o s i m b o l i s m o no
e s t a r e m o s n u n c a en c o n d i c i o n e s de analizar.

S e g ú n C o n g r e v e s " L a m ú s i c a tiene a t r a c t i v o s q u e pue-

d e n a p a c i g u a r a un p e c h o s a l v a j e " . H i n d e m i t h se o c u p a de
d i c h a c u e s t i ó n y niega a B o e c i u s , para el cual " L a música
tiene el p o d e r de corregir o r e b a j a r " y prefiere s u m a r s e a la
o p i n i ó n de S a n A g u s t í n , q u e d i c e : " L a m ú s i c a e n n o b l e c e
sólo a aquellos que se s o m e t e n al esfuerzo m o r a l de ser
n o b l e s " ; para H i n d e m i t h el c u l t i v o del g u s t o artístico no es
s u f i c i e n t e : los bárbaros rebajan la música a su nivel.

Sería a s o m b r o s o q u e f u e s e cierta la teoría de J . H a n d s -

c h i n , para q u i e n cada t i p o de música c o i n c i d e c o n un

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cierto t i p o h u m a n o , al q u e refleja y al q u e se dirige. T a m -
bién H a n d s c h i n dice q u e el m ú s i c o en ejercicio realiza u n a
m o v i l i d a d t é c n i c a de espíritu y a l m a .

En d e f i n i t i v a . El arte es descripción de los sentimientos

o emociones de una persona y se lleva a cabo por medio
de una acción que intenta despertar en otros, idénticas
emociones.

Se está de a c u e r d o e n desear p o n e r e n m o v i m i e n t o la
a c c i ó n social e n t r e c o m p o s i t o r , i n t é r p r e t e y o y e n t e . Para
ello se utilizan a veces e x p r e s i o n e s t é c n i c a s musicales
c o m o : apoyatura, síncopa, cromatismo agudo, polirritmo y
otras a n á l o g a s , p e r o ¿a q u é p u e d e c o n d u c i r a l g o así? ¿ A
placer, deleite o satisfacción? ¿Puede influenciar la u n i ó n
de los h o m b r e s , su integración? C o n s e g u r i d a d q u e n o ;
sólo u n h e c h o ú n i c o p u e d e servir a la m ú s i c a para estable-
cer estas relaciones: la sensación de la m ú s i c a . S ó l o ella
p u e d e establecer esferas c u l t u r a l e s , p u e d e ser eficaz, p u e d e
ser social. U n i c a m e n t e ella p u e d e ser " O b j e t o social deter-
m i n a d o " , p u e d e ser p u n t o de p a r t i d a y c e n t r o de s o c i o l o g í a
de la m ú s i c a .

Objeto y sujeto

C u a n d o se e s t u d i a la vida s o c i o - m u s i c a l hay q u e t e n e r
c u i d a d o en n o rebajarla a u n a s i m p l e m u e s t r a característica
del t e j i d o de la v i d a social, c o n d e n á n d o l a a u n papel se-
c u n d a r i o , ni p o r o t r a parte llegar a p o n e r l a en u n plano de
i n c o m p r e n s i b i l i d a d para el p r o f a n o , q u e o b l i g u e a este a
huir a s u s t a d o de ella d i c i e n d o : la m ú s i c a m e g u s t a m u c h o ,
p e r o n o la e n t i e n d o .

Para evitar la p o s t e r g a c i ó n i n f u n d a d a y la i n c o m p r e n s i -
bilidad p r o v o c a d a , se necesita c a d a vez m á s d e aquellos
q u e r e p o n g a n a la m ú s i c a en su d o b l e relación c o n el

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o b j e t o y s u j e t o . P o r q u e de esta d o b l e relación vive la m ú -
sica.
Si a d m i t i m o s q u e la m ú s i c a es u n a a c t i v i d a d social, la
s o c i o l o g í a de la m ú s i c a se o c u p a de averiguar cuáles s o n
las f o r m a s esenciales de la a c t i v i d a d musical y cuáles s o n
los g r u p o s sociales específicos q u e se r e ú n e n en t o r n o a
u n a f o r m a musical específica. 0 si c o n s i d e r a m o s a la m ú s i -
ca c o m o p r o c e s o social v i v o y a c t u a l , la s o c i o l o g í a de ella,
estudia el p r o c e s o (siempre en e v o l u c i ó n ) de la interrela-
c i ó n entre música y s o c i e d a d , t e n i e n d o e s p e c i a l m e n t e en
c u e n t a las diversas f o r m a s de a c t i t u d q u e se derivan de
d i c h a interrelación.

La m ú s i c a t o m a d a c o m o a s u n t o i n t e r n o de u n c o m p o s i -
t o r , u n m ú s i c o o u n a f i c i o n a d o q u e pasa s i l b a n d o , no tiene
valor de realidad; sólo c u a n d o se objetiviza, a d o p t a una
expresión c o n c r e t a y expresa " a l g o " que quiere ser c o m -
p r e n d i d o , se c o n v i e r t e ya en a c c i ó n entre d o s i n d i v i d u o s ,
d i g a m o s entre c o m p o s i t o r y o y e n t e . S ó l o c u a n d o la misma
sensación se concretiza y t r a n s m i t e en u n g e s t o , una pala-
bra, un t o n o , sólo e n t o n c e s p u e d e esta sensación igual, ser
c o m p r o b a d a y p o r t a n t o e x a m i n a d a . A q u í radica t a m b i é n
el n ú c l e o esencial de la pura i n t e r p r e t a c i ó n m u s i c a l , c o n
i n d e p e n d e n c i a de q u e se lleva a c a b o d e n t r o del o y e n t e
m i s m o o a través de u n intérprete excelente. La creación y
la recreación s o n el lenguaje de la a c t i v i d a d de la m ú s i c a ,
c o n v i r t i é n d o l a de " a l g o " en u n a s i t u a c i ó n asequible, en
una a c c i ó n social.

S o c i o l ó g i c a m e n t e sólo p u e d e captarse la m ú s i c a en el
m o m e n t o en q u e se e x p o n e la relación a r t i s t a - o y e n t e ,
c u a n d o la o b r a musical llama al exterior, d ó n d e no sólo
a y u d a a la e v o l u c i ó n de la v i d a o a la c r e a c i ó n de nuevas
obras, sino q u e p r o v o c a un m o m e n t o t r a n s c e n d e n t a l . Y
este m o m e n t o es la sensación de la m ú s i c a .

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 M i e n t r a s q u e la sensación q u e nace de las artes repre-
s e n t a t i v a s se desarrolla en el e s p a c i o , la s e n s a c i ó n musical
se m u e v e e n el t i e m p o .

La m ú s i c a y su sensación n o c o m i e n z a n hasta q u e los

s o n i d o s (que t i e n e n u n a relación t r a n s c e n d e n t a l u n o s c o n
o t r o s ) f l o t a n l i b r e m e n t e en el t i e m p o ; la s e n s a c i ó n de la
m ú s i c a c o m o a c c i ó n social es u n f e n ó m e n o s u b j e t i v o q u e
d e p e n d e de la a c t i v i d a d r e c e p t o r a del o y e n t e . Para los
p r i n c i p i o s de la s o c i o l o g í a de la m ú s i c a es necesario no
sólo r e c o n o c e r la esencia de la s e n s a c i ó n de la música (lo
q u e es), s i n o s e n c i l l a m e n t e r e c o n o c e r su existencia (que
es).

La c a p t a c i ó n recíproca de la s e n s a c i ó n de la m ú s i c a n o s
c o n d u c e al m o m e n t o en q u e se r e c o n o c e el h e c h o social,
c u a n d o éste se c o m u n i c a , c u a n d o éste j u e g a el d o b l e papel
por el q u e los h o m b r e s se p u e d e n ver r e c í p r o c a m e n t e .

L A M U S I C A NO S O L O E X P R E S A S E N T I M I E N T O S , S I N O
QUE LOS PROVOCA.

El artista, el i n t é r p r e t e , tiene q u e arder, t i e n e q u e estar

en ascuas. A s í lo exige el c o m p o s i t o r . Y ¿ p o r qué? Para q u e
en su o b r a brinde calor a los h o m b r e s , para q u e p r o p o r c i o -
ne u n " m é d i u m " , c o n c u y a c o l a b o r a c i ó n se logren deter-
m i n a d a s f o r m a s de reacción en el o y e n t e .

El corazón tiene motivos que la razón desconoce

(Pascal) —Una de las virtudes de la música es el sacarnos
de nosotros mismos.

La línea de u n i ó n q u e se cristaliza e n t r e el creador y el

o y e n t e en la sensación de la m ú s i c a p u e d e ser p u r a m e n t e
e m o c i o n a l o p u r a m e n t e i n t e l e c t u a l , o a m b a s cosas c o m b i -
nadas. Puede p r o v o c a r c o n s i d e r a c i o n e s o p e r c e p c i o n e s de

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belleza, p u e d e ser c o m u n i c a t i v a o d e c o r a t i v a , artificial o
m e c á n i c a . Puede presentarse a t m o s f é r i c a , f u n c i o n a l , seria y
f á c i l , pero p u e d e ser t a m b i é n e n su naturaleza i n g e n u a -
m e n t e a f i r m a t i v a , n e g a t i v a , o s e l e c t i v a m e n t e p o s i t i v a . Estas
variantes s o n infinitas y v a n t a m b i é n en d i r e c c i o n e s c o m o :
religiosa, militar, de d a n z a , a m o r o s a , i n t e g r a n t e o desinte-
g r a n t e ; en u n a palabra, en t o d a s las d i r e c c i o n e s q u e e s t á n
c o n t e n i d a s e n las f a c u l t a d e s del a l m a y la inteligencia. Esta
f u e r z a de las s e n s a c i o n e s de la m ú s i c a h a c e n posible avivar
al m i s m o t i e m p o pasiones de á n i m o y c a u t i v a r la c o m p r e n -
sión.

T a m b i é n en su d i n á m i c a p o d e m o s d e s c u b r i r g r a d o s
h e t e r o g é n e o s q u e lleven d e s d e la fase p r i m i t i v a de la s e n -
sación " e l deleitarse c o n los s e n t i m i e n t o s " , p a s a n d o p o r el
d e s c u b r i m i e n t o de e s t r u c t u r a s de f o r m a y detalles t é c n i c o s
de c o m p o s i c i ó n , hasta c a p t a r calidades de f o r m a y valores
de c o n t e n i d o .

Es la v i d a y la fuerza vital de la m ú s i c a , la q u e crea y

sostiene relaciones sociales, en el más a m p l i o s e n t i d o de la
palabra.

Grupos socio-musicales

S ó l o p o r sus reacciones c o n los h o m b r e s se c o n v i e r t e la

m ú s i c a en " f e n ó m e n o s o c i a l " . H a y q u e recalcarlo p o r q u e
d e b i d o a su e x c e s o de literatura, a su elevación de lo
h u m a n o a lo s o b r e h u m a n o , incluso a lo e x t r a o r d i n a r i o , las
relaciones de la música c o n la s o c i e d a d se v a n relegando
más y más a u n s e g u n d o t é r m i n o , q u e d a n d o reducidas al
a c t o p r i m i t i v o de escuchar.

Cada p e r s o n a y cada e l e m e n t o c u l t u r a l d e p e n d e n de
otras personas, de o t r o s e l e m e n t o s culturales en la socie-
d a d y de la c o n f o r m a c i ó n general de ésta.

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 En el c e n t r o se e n c u e n t r a c o m o h e c h o oficial la sensa-
ción de la m ú s i c a . En t o r n o a ella, i n f l u e n c i a d o s p o r ella e
i n f l u e n c i á n d o l a , h a y i n d i v i d u o s y g r u p o s de i n d i v i d u o s en
una a s o c i a c i ó n m á s o m e n o s c o n s t a n t e : s o n lo q u e llama-
m o s la s o c i e d a d .

La d e s c r i p c i ó n de t é c n i c a s de g r u p o social es: u n a
c o l e c c i ó n d e i n d i v i d u o s u n i d o s e n t r e sí p o r relaciones socia-
les c o m p l e m e n t a r i a s y diferenciables de t o d o s los o t r o s ; o
varias personas q u e se e n c u e n t r a n en un e s t a d o de interac-
ción social.

Si analizamos la p o s i c i ó n de un i n d i v i d u o d e n t r o del
g r u p o s o c i o - m u s i c a l e n c o n t r a r e m o s q u e no existen " l o s
o y e n t e s " , sino q u e el i n d i v i d u o es s i e m p r e " e l o y e n t e " .

La vida de la m ú s i c a nos señala la existencia de d o s

g r u p o s principales: p r o d u c t o r e s y receptores. Ambos
p r o c e s o s s o n p o l i f a c é t i c o s , t a n t o p o r los g r u p o s de perso-
nas q u e en ellos p a r t i c i p a n , c o m o t a m b i é n p o r el c o n t e n i d o
de los p r o c e s o s diversos y su relación e n t r e sí.

P o d e m o s clasificar en los p r o d u c t o r e s : g r u p o s de c o m -
positores y m ú s i c o s profesionales, a f i c i o n a d o s , m a s c u l i n o s ,
f e m e n i n o s , serios y de e n t r e t e n i m i e n t o , entre o t r o s .

Entre e s t o s g r u p o s p r o d u c t o r e s , s e g ú n W . I. T h o m a s y
F. Znaniek, p o d e m o s descubrir tres f o r m a c i o n e s e s t r u c t u r a -
les: 1? Los filisteos, g u i a d o s s o l a m e n t e p o r el m u n d o i d e o l ó -
g i c o de lo p r á c t i c o y la f e en la s e g u r i d a d y la d e s p r e o -
c u p a c i ó n . 2? Los b o h e m i o s , i n d u c i d o s p o r la f e en n u e v a s
experiencias, los i m p u l s o s h e d o n i s t a s y u n m u n d o i d e o l ó g i -
co de lo inestable y lo v o l u b l e . 3? L o s c r e a t i v o s , q u e m o v i -
d o s p o r la f e estable en la a c t i v i d a d creativa p o r sí m i s m a ,
s o n c a p a c e s de c o o p e r a r en t r a n s f o r m a c i o n e s , e v o l u c i o n e s
e inventos.

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 Los g r u p o s r e c e p t o r e s p u e d e n clasificarse de m a n e r a
parecida a los p r o d u c t o r e s ; su diferencia estriba en el inte-
rior del g r u p o . S u i n t e r d e p e n d e n c i a ( p a r t i e n d o t a m b i é n de
la s e n s a c i ó n de la m ú s i c a ) viene del t i p o de sus a c t i v i d a d e s
en relación c o n los g r u p o s p r o d u c t o r e s .

Lo q u e l l a m a m o s " s e n s a c i ó n de la m ú s i c a " ha alcanza-

d o u n a p o s i c i ó n t a n central en la vida social, q u e sus
esferas culturales llegan hasta la m á s p e q u e ñ a c h o z a p r o -
vista de m e d i o s t é c n i c o s . C o m o o b s e r v a K. J a s p e r s " l a
t r a n s f o r m a c i ó n del p u e b l o e n p ú b l i c o y m a s a , es h o y in-
contenible".

T o d a f o r m a c i ó n de m ú s i c o s , en la q u e se r e ú n e n d o s o
más m i e m b r o s , es una a s o c i a c i ó n en s e n t i d o socioló-
g i c o . Entre ellas se e n c u e n t r a n la o r q u e s t a , el c o r o , el
c o n j u n t o de m ú s i c a de c á m a r a , etc.; se p u e d e n definir
c o m o u n g r u p o d e personas q u e p e r s i g u e n u n interés
c o m ú n , sin t e n e r carácter d u r a d e r o . Las asociaciones se
p u e d e n clasificar p o r e x t e n s i ó n t e r r i t o r i a l , n ú m e r o de m i e m -
bros, c o n d i c i o n e s de a d m i s i ó n y otras n o r m a s . C o m p r e n -
d e n en su carácter desde la a g r u p a c i ó n d e m ú s i c a local sin
i m p o r t a n c i a , hasta el p o d e r o s o Estado, c o n t o d a su fuerza
y autoridad.

Audición-Tesitura. Estadística. Variabilidad.

P o d e m o s r e c o n o c e r a d i s t i n t o s g r u p o s , p a r t i e n d o de la
a u d i c i ó n y sus e f e c t o s . S e p u e d e o b s e r v a r q u e u n o s prefie-
ren la o r q u e s t a s i n f ó n i c a a la de c á m a r a ; o t r o s ó p e r a , al
lied, etc. De ahí se d e d u c e q u é e f e c t o s e s t r u c t u r a l e s p u e -
d e n derivarse del c o m p o n e n t e t e c n o l ó g i c o de la a u d i c i ó n .

En un e s t u d i o h e c h o en París, d o n d e se e s t u d i a b a n el
p r o m e d i o de tesituras en d i f e r e n t e s c o m b i n a c i o n e s de
orquestas d e baile y la o b s e r v a c i ó n de la e s t r u c t u r a de

- 33 -
g r u p o s de personas q u e r e a c c i o n a b a n a ellas, se vio q u e la
j u v e n t u d s i e m p r e t e n d í a a u n a t e s i t u r a m u y alta, mientras
q u e la preferida p o r el p ú b l i c o de m á s de t r e i n t a a ñ o s ,
t o c a b a en u n a t e s i t u r a m e d i a n a , c u a n d o no grave. De este
e s t u d i o (en el q u e se t e n í a n t a m b i é n en c u e n t a predileccio-
nes rítmicas, e m o c i o n a l e s , t é c n i c a s de baile, e c o n ó m i c a s y
a t m o s f é r i c a s ) se p u d o d e d u c i r q u e p a r t i e n d o del f e n ó m e n o
de la t e s i t u r a , ciertos g r u p o s de personas c o n las m i s m a s
características distintivas; r e a c c i o n a b a n de la m i s m a m a n e -
ra a la m i s m a altura de t o n o .

Este t i p o de a g r u p a c i ó n es e q u i v a l e n t e a la q u e p r o v o -
can los llamados " C o m p o n e n t e s t e c n o l ó g i c o s " , al reunir
g r u p o s e n t e r o s de personas por su p r e d i l e c c i ó n p o r deter-
m i n a d o s d i r e c t o r e s , pianistas o violinistas. T o m e m o s a un
artista c u y o t i e m p o interior sea l e n t o y c u y a s i n t e r p r e t a c i o -
nes dejen entrever el peculiar sosiego de su r e p o s a d o c a -
rácter. Los g r u p o s c u y a c o n s t i t u c i ó n radica en la línea de
adagio, le a c l a m a r á n c o m o al i n t é r p r e t e p e r f e c t o , pero las
personas allegro, c u y o t i e m p o interior repele t o d a e x p r e s i ó n
adagio, le rechazarán a d u c i e n d o q u e d e s v i r t ú a el carácter
de la o b r a . A m b o s g r u p o s no creerían si se les d e m o s t r a s e
c o n a y u d a del c r o n ó m e t r o q u e los d o s artistas apenas
t e n í a n diferencia c r o n o m é t r i c a en su i n t e r p r e t a c i ó n y el u n o
no había t o c a d o d e m a s i a d o d e s p a c i o , ni el o t r o d e m a s i a d o
aprisa.

V o l v i e n d o a la a g r u p a c i ó n p o r tesituras. A l g u n a s per-
s o n a s n o q u e r r á n asistir n u n c a al c o n c i e r t o de una s o p r a -
no ligera, p o r u n a aversión sobre c u y a causa p r o b a b l e m e n -
t e n u n c a h a r á n a v e r i g u a c i o n e s , m i e n t r a s q u e u n g r u p o de
otra especie e s t r u c t u r a l se e n t u s i a s m a t a n t o c o n la tesitura
media del b a r í t o n o , q u e sólo le gustaría oír b a r í t o n o s .

En el o í d o s a n o existe u n a d i f e r e n c i a c i ó n bien clara

enjtre a g u d o y grave y, s o b r e t o d o , u n a p r e d i l e c c i ó n por

- 34 -
lo u n o o lo o t r o . (Estas predilecciones f u e r o n c o n f i r m a d a s
por físicos y fisiólogos) C o n regularidad extraordinaria nos
e n c o n t r a m o s siempre a n t e el m i s m o f e n ó m e n o : la predilec-
ción primaría recae en la tesitura v o c a l o i n s t r u m e n t a l q u e
coincide c o n la de la v o z q u e la naturaleza ha d a d o a su
d u e ñ o . (Bien e n t e n d i d o q u e se t r a t a de la predilección pri-
maria, la q u e a c o m e t e al o í d o sin p r e p a r a c i ó n espiritual, sin
a d v e r t e n c i a verbal y sin c o n o c i m i e n t o de la o b r a q u e se va
a oír).

T e n e m o s la posibilidad de clasificar estructural-analíti-

c a m e n t e a g r u p o s de personas p o r m e d i o de u n a reacción
primaria dirigida p o r su o í d o , en sus preferencias o a n i m a d -
versiones hacia ciertas i m p r e s i o n e s de la t e s i t u r a . Esta cla-
sificación, q u e parte de e l e m e n t o s t e c n o l ó g i c o s parece más
sencilla o m á s j u s t a , c o n r e s p e c t o a la sensación de la
m ú s i c a , q u e aquella q u e t r a t a de a g r u p a r al p ú b l i c o bajo el
a s p e c t o de la e d a d , e d u c a c i ó n , s e x o , ingresos, p r o f e s i ó n ,
etc. El a u d i t o r i o se p o d r í a , pues, e s t r u c t u r a r p o r " g r u p o s de
s o n o r i d a d " q u e en sus reacciones primarias a la sensación
de la música se parecen al c u a d r o t o t a l d e m o g r á f i c o de la
p o b l a c i ó n t o t a l de un país, e s t a n d o en i n t e r d e p e n d e n c i a
c o n el m e d i o t e c n o l ó g i c o sobre el q u e se o y e n .

Hasta a h o r a los e s t u d i o s m e t ó d i c o - e s t a d í s t i c o s de la
p o b l a c i ó n en relación c o n la s o c i o l o g í a de la m ú s i c a , se
h a n h e c h o t o m a n d o c o m o base la variabilidad q u e proviene
de sexo, p r o f e s i ó n , c a n t i d a d de p o b l a c i ó n , ingresos, etc.
Estas incidencias naturales, c o m p l e t a m e n t e i n d e p e n d i e n t e s
de la m ú s i c a , a c u s a n , entre otras cosas, c ó m o la s o c i e d a d
m i s m a dificulta el c o n o c i m i e n t o del h e c h o social: sociología
de la m ú s i c a .

Después de una investigación llevada a c a b o en S i d n e y

(Australia) p o r A . S i l b e r m a n n , para averiguar cuál era el
m o t i v o del a u m e n t o de los c o n c i e r t o s de a b o n o anuales de

- 35 -
la S i d n e y S y m p h o n y O r q u e s t a (1934, o c h o anuales; 1950,
c u a r e n t a anuales) se c o m p r o b ó q u e ciertas preferencias m u -
sicales a c u s a b a n u n a c o r r e l a c i ó n c o n g r u p o s s o c i o - e c o n ó m i -
cos, y t a m b i é n q u e ciertos f a c t o r e s d e m o g r á f i c o s p r o v o c a -
b a n m o d i f i c a c i o n e s en la s o c i o l o g í a de la m ú s i c a , t a n t o
c u a n t i t a t i v a m e n t e c o m o en su d i n a m i s m o . La m i s m a inves-
t i g a c i ó n f u e repetida a l g u n o s a ñ o s d e s p u é s y se d e m o s t r ó
que se había m o d i f i c a d o f u n d a m e n t a l m e n t e .

Por lo e x p u e s t o q u e d a d e m o s t r a d o q u e t a m b i é n e n la
vida de la m ú s i c a , ciertas n o r m a s q u e en sí n u n c a son
absolutas, están s o m e t i d a s a m o d i f i c a c i o n e s de o r d e n
social. En u n e s t u d i o de este t i p o , la variabilidad es i m p o r -
t a n t í s i m a , así c o m o la visión de c o l e c t i v i d a d ; las m o d i f i c a -
ciones no s o n apreciables p a r t i e n d o de la experiencia de un
solo i n d i v i d u o .

Interacción

La i m p o r t a n t e f u n c i ó n del g r u p o en la c r e a c i ó n cultural
consiste en q u e p r o p o r c i o n a las c o n d i c i o n e s q u e sirven
para la a c c i ó n del espíritu creador. El g r u p o , c o m o t a l ,
n u n c a i n v e n t a n a d a . El c o m p o s i t o r , solo en su c u a r t o ,
c o n t i n u a r á siendo el q u e " i n v e n t e " la sensación de la
música.

Incluso la c a n c i ó n popular, de la q u e m u c h a s veces se

dice q u e p r o v i e n e del g r u p o , y n o ha sido creada p o r u n
i n d i v i d u o , es sólo u n a ilusión q u e hay q u e atribuir al h e c h o
de q u e el p e r í o d o de t i e m p o q u e t r a n s c u r r e e n t r e c r e a c i ó n
y uso p o r el g r u p o , es e x t r a o r d i n a r i a m e n t e c o r t o : el creador
es u n o solo y el g r u p o s u m i n i s t r a la s i t u a c i ó n y las c o n d i -
ciones previas espirituales para tal c r e a c i ó n .

El s o c i ó l o g o e s t u d i a e s c a s a m e n t e a los g r u p o s s o c i o -
musicales; ¿por qué?, p o r varias razones; p o r q u e se asusta

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de c o n v e r t i r a u n arte c o m o la m ú s i c a c e n t r o de la obser-
v a c i ó n , p u d i e n d o darse el peligro de d e s h u m a n i z a c i ó n . Y
t a m b i é n p o r q u e p o c o s s o c i ó l o g o s poseen a la vez una
c u l t u r a m u s i c a l , c o n d i c i ó n i m p r e s c i n d i b l e para ser sociólo-
g o de la m ú s i c a .

Estímulos para la actividad musical

La naturaleza de las actividades musicales, así c o m o

t a m b i é n su i n t e n s i d a d , s o n d e t e r m i n a d a s por el e s t í m u l o
del q u e n a c e n . D i s t i n g a m o s d o s categorías principales de
e s t í m u l o s : u n o p r i m o r d i a l , de carácter universal, q u e va
ligado a las relaciones sociales de los h o m b r e s , c o m o el
baile y el rito. O t r o e s t í m u l o , de carácter s e c u n d a r i o , no t a n
universal, p r o v i e n e de á m b i t o s culturales específicos; a este
e s t í m u l o p e r t e n e c e n las necesidades estéticas del h o m b r e ,
su a m o r p o r lo bello.

De e s t o s d i s t i n t o s e s t í m u l o s (aquí sólo b r e v e m e n t e es-

bozados), q u e a c t ú a n sobre la s o c i e d a d m u s i c a l , c o m p u e s t a
de i n d i v i d u o s y g r u p o s , p r o v i e n e n la vida musical y la a c t i -
v i d a d de esta s o c i e d a d .

El gusto musical

El g u s t o m u s i c a l (la c a p a c i d a d para d e s c u b r i r y apreciar

la belleza, las e s t r u c t u r a s o t o d o lo q u e sean c u a l i d a d e s de
la música) ha sido c o n s i d e r a d o , y sigue s i é n d o l o , c o m o u n a
c a p a c i d a d e s p i r i t u a l , q u e p e r t e n e c e al t e r r e n o de la filosofía
estética. " S e t i e n e o no se t i e n e " , dice el p u e b l o , p r e o c u -
p á n d o s e p o c o de c ó m o s u r g e ; a l g u n o s p e n s a d o r e s sacan la
c o n s e c u e n c i a d e " a aquel q u e t i e n e g u s t o no le h a c e n falta
líneas t e ó r i c a s para clasificar f e n ó m e n o s " y c o n ello liquida
la c u e s t i ó n del g u s t o , sus c o n s e c u e n c i a y f a c t o r e s de
dependencia.

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 Es fácil decir q u e la pereza espiritual es la c a u s a n t e de
q u e a ciertos g r u p o s juveniles les g u s t e m á s el r o c k ' n roll
q u e la m ú s i c a clásica. Porque es m á s difícil r e c o n o c e r q u e
el g u s t o , en su a p a r i c i ó n , c o m o f e n ó m e n o social de a c t i -
t u d , nace p o r un p r o c e s o social, el de la f u n c i ó n interac-
cional. S o n fuerzas externas, c o m o los c o n t a c t o s de
g r u p o s , las q u e c o n s o l i d a n la socialización del g u s t o y
c o n d u c e n a n o r m a s de r e p r e s e n t a c i ó n socializadas. Y lo
h a c e n p o r m e d i o de u n p r o c e s o q u e p a r t i e n d o de la crea-
c i ó n , p a s a n d o p o r la d i f u s i ó n , a c e p t a c i ó n y estandardiza-
c i ó n , c o n d u c e hasta la a d a p t a c i ó n .

Es un error seguir en la creencia de q u e la música vive

en un m u n d o de lo a b s o l u t o , y p o r ello el g u s t o musical es
i n d e p e n d j e n t e de las fuerzas sociales. N o ; el g u s t o musical
es u n f e n ó m e n o social, está c o n d i c i o n a d o s o c i a l m e n t e ,
nace, vive y m u e r e d e n t r o de la vida social a q u e pertenece
y no es ( c o m o t a n v a l i e n t e m e n t e expresa J . H . Müller) ni
personal, ni particular, ni s u b j e t i v o . U n a c o n c e p c i ó n así
puede ser d e c e p c i o n a n t e para m u c h o s , sin e m b a r g o , es
positiva para los q u e creen q u e sin a h o g a r la libertad indi-
v i d u a l , es necesario despojarse de d o c t r i n a s a n t i c u a d a s al
acercarse a la m ú s i c a y crear p o r f i n u n a g r a n claridad
alrededor de la c o n s t e l a c i ó n m ú s i c a - s o c i e d a d para ver las
cosas tal y c o m o s o n .

Limitación de los estudios músico-sociológicos

En nuestras c o n s i d e r a c i o n e s h e m o s d a d o un lugar pre-

f e r e n t e a lo q u e l l a m a m o s " l a sensación de la m ú s i c a " , es
decir, c u a n d o la música se p r o d u c e en p ú b l i c o y va desti-
nada a q u e o t r o u o t r o s reciban su i m p a c t o . Y n o s h e m o s
p r e g u n t a d o ¿qué es en realidad este f e n ó m e n o q u e se
e n c u e n t r a e n t r e los h o m b r e s ? ¿Qué a s p e c t o tiene? y ¿qué
fuerzas posee?

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 L u e g o h e m o s e c h a d o una m i r a d a a los h o m b r e s mis-
m o s , a los g r u p o s sociomusicales en su e s t r u c t u r a y h e m o s
p r e g u n t a d o ¿qué a s p e c t o t i e n e n estos g r u p o s ? Después los
hemos unido y hemos preguntado c ó m o funcionan unos
c o n o t r o s de manera q u e p u e d a nacer y vivir la sensación de
la m ú s i c a .

La s o c i o l o g í a de la m ú s i c a d e b e servir para hacer volver

a ésta a su propia vida n a t u r a l , d e b e p r o v o c a r u n c a m i n o
de a c e r c a m i e n t o a la m ú s i c a m á s a p r o p i a d o , más m o d e r n o ,
corregido.

¿ C ó m o h e m o s llegado n o s o t r o s a ser c o m o s o m o s ?
¿Por q u é en cierta m a n e r a nos d e t e n e m o s ? ¿Por q u é s o n
otras personas i m p o r t a n t e s para n o s o t r o s ? ¿Por q u é n o s
e s f o r z a m o s por el éxito? ¿Cuáles s o n las i n t e n c i o n e s de
a c t i t u d q u e radican m á s allá de los límites de la conciencia?
Estas s o n a l g u n a s de las c u e s t i o n e s q u e se nos plantean
d e n t r o del m a r c o de nuestra esfera c u l t u r a l específica, y a
las q u e se d e d i c a aquel p r i n c i p i o de la s o c i o l o g í a q u e ha
e n t r a d o en la ciencia bajo el n o m b r e de " b e h a v i o r i s m o " .
A q u í , en el r u e d o de la sensación m u s i c a l , se e n c u e n t r a n
lo visual y lo a u d i t i v o , a q u í se e n c u e n t r a el i n d i v i d u o c o n
lo c o l e c t i v o , la a c t i t u d actual c o n la p o t e n c i a l ; t o d o bajo
f o r m a s q u e ya h a n e x i s t i d o y y a h a n atraído sobre sí la
a t e n c i ó n de las ciencias s i e m p r e , pero q u e hasta el naci-
m i e n t o de la s o c i o l o g í a y su r e f i n a m i e n t o , no h a n e n c o n -
t r a d o u n a i n v e s t i g a c i ó n c i e n t í f i c a m e n t e aclaratoria.

La m ú s i c a se e q u i p a r a , c o n s o b r a d a r a z ó n , c o n el
c o n c e p t o c u l t u r a . Pero c o n v i e n e recalcar q u e d e s d e el p u n -
t o de vista del s o c i ó l o g o , la c u l t u r a es un n o m b r e c o l e c t i v o :
u n n o m b r e para t o d o s los m o d e l o s de a c t i t u d logrados y
t r a s m i t i d o s s o c i a l m e n t e p o r s í m b o l o s . Es, en el más a m p l i o
de los s e n t i d o s , un n o m b r e para t o d a s las obras caracterís-
ticas de g r u p o s h u m a n o s .

- 39 -
 S e g ú n esta o p i n i ó n , en la c u l t u r a se t r a t a , en gran
parte, de la a c t i t u d de los h o m b r e s .

En la m ú s i c a , los h e c h o s físicos q u e se o b s e r v a n están

en estrecha correlación c o n h e c h o s p s i c o l ó g i c o s . Por eso
interesan al s o c i ó l o g o . Pero hay q u e ser m o d e s t o s y reco-
nocer q u e t a m b i é n otras disciplinas científicas se h a n
i m p u e s t o la m i s i ó n de estudiar al h o m b r e en su a c t i t u d : la
psicología, la m e d i c i n a , la e c o n o m í a , la a n t r o p o l o g í a , la
historia, la b i o q u í m i c a y otras ciencias, s e g ú n su especie y
saber, t r a t a n de acercarse al h o m b r e y su a c t i t u d f r e n t e a
ciertos f e n ó m e n o s y sería petulancia creer, q u e sólo la
s o c i o l o g í a tiene d e r e c h o e x c l u s i v o s o b r e él.

» » »

La S o c i o l o g í a de la M ú s i c a , ciencia t o d a v í a m u y n u e v a ,
es s u g e r e n t e y abre nuevas perspectivas para el e s t u d i o del
f e n ó m e n o m u s i c a l , e s p e c i a l m e n t e d e s d e el p u n t o de vista
del c o m p o r t a m i e n t o de g r u p o y de masas en la s o c i e d a d
de hoy.

Puesto q u e n o existe t o d a v í a m u c h o material sobre este

t e m a , m e ha p a r e c i d o interesante traer a q u í una selección
de las ideas m á s originales, entresacadas de los trabajos q u e
K u r t B l a u k o p f , I r m g a r d B o n t i n c k , Charles R. H o f f e r y Char-
les H. Benner p r e s e n t a r o n en el X I C o n g r e s o Internacional
I S M E celebrado en Perth. A u s t r a l i a , ideas q u e t o d a v í a no
h a n sido m u y divulgadas.

- 40 -
C O M P O R T A M I E N T O M U S I C A L Y C U L T U R A L EN L O S
P A I S E S D E S A R R O L L A D O S Y EN L O S P A I S E S EN V I A S
DE D E S A R R O L L O : ( K U R T B L A U K O P F E I R M G A R D B O N T -
INCK).

Las n u e v a s t e n d e n c i a s del c o m p o r t a m i e n t o musical se

sitúan en el c o n t e x t o m á s a m p l i o del c o m p o r t a m i e n t o c u l -
tural en general.

S i n olvidar la i m p o r t a n c i a c u a n t i t a t i v a y cualitativa de
los f e n ó m e n o s a c ú s t i c o s q u e i n f l u y e n s o b r e este n u e v o
c o m p o r t a m i e n t o , parece necesario referirse a o t r o s aspec-
t o s del c o m p o r t a m i e n t o c u l t u r a l , c o m b i n a n d o así, en el
c u a d r o de u n a c o n s i d e r a c i ó n t e ó r i c a , lo q u e está u n i d o en
la p r á c t i c a . De ahí, el n u e v o a c e n t o p u e s t o sobre manifes-
taciones q u e , de una u o t r a m a n e r a se s i t ú a n bajo las
apelaciones de t e a t r o , películas, artes visuales, etc.

Se ha h e c h o u n a t e n t a t i v a para d e t e r m i n a r los a s p e c t o s
q u e n o h a b í a n sido señalados a n t e r i o r m e n t e , tales c o m o :

1. — La n o v e d a d de la i n v e s t i g a c i ó n intelectual.

2. — E l e s t a b l e c i m i e n t o de n u e v a s líneas de c o m u n i c a c i ó n
intelectual a nivel i n t e r n a c i o n a l .

3. — L a utilización de e q u i p o t é c n i c o en las reivindicaciones

de la j u v e n t u d .

4. — L a c u l t u r a de la j u v e n t u d c o m o d i m e n s i ó n de la v i d a y
c o m o c o n c e p c i ó n del t i e m p o y del t i e m p o del ocio.

El p r i m e r paso de esta n u e v a c o n c e p c i ó n era a p u n t a r

los c a m b i o s acaecidos r e c i e n t e m e n t e en las f o r m a s de
c o m p o r t a m i e n t o musical de la j u v e n t u d en las sociedades
Industriales, bajo el i m p a c t o de la u r b a n i z a c i ó n y de los
m e d i o s de c o m u n i c a c i ó n social, y c o n s e c u e n t e m e n t e del
acceso a los e q u i p o s e l e c t r o - a c ú s t i c o s .

- 41 -
 Hace a p r o x i m a d a m e n t e v e i n t i c i n c o a ñ o s se inició un
a m p l i o m o v i m i e n t o para crear g r u p o s musicales de j ó v e n e s ,
h e c h o q u e n o ha sido t o d a v í a o b j e t o de o b s e r v a c i ó n siste-
m á t i c a , a u n q u e n u m e r o s a s p u b l i c a c i o n e s se h a y a n e d i t a d o
referentes a d i s t i n t o s a s p e c t o s del f e n ó m e n o , y de q u e
la U N E S C O haya r e c o m e n d a d o u n análisis p r o f u n d o . Este
n u e v o t i p o de actividades musicales se caracteriza por la
r e u n i ó n e s p o n t á n e a de j ó v e n e s e n t r e 15 y 19 a ñ o s , utilizan-
d o i n s t r u m e n t o s entre los cuales el e q u i p o e l e c t r o - a c ú s t i c o
tiene u n papel p r e p o n d e r a n t e . Las habilidades i n s t r u m e n t a -
les q u e se requieren para la p a r t i c i p a c i ó n en tales g r u p o s
de j ó v e n e s , no se a d q u i e r e n en a b s o l u t o p o r la vía de la
enseñanza m u s i c a l f o r m a l ; e s t o s i g n i f i c a , q u e , o bien los
j ó v e n e s en c u e s t i ó n no h a n r e c i b i d o n u n c a i n s t r u c c i ó n
musical seria, o b i e n , q u e d i c h a f o r m a c i ó n f o r m a l no les
p r o p o r c i o n a la base necesaria para el ejercicio de estas
actividades.

Este f e n ó m e n o de a c t i v i d a d musical a u t ó n o m a , ejercida

p o r los j ó v e n e s , no a f e c t a ú n i c a m e n t e al d o m i n i o de la
enseñanza m u s i c a l . C o m p o r t a f a c t o r e s capitales tales
c o m o , la f u n c i ó n social de la m ú s i c a en los j ó v e n e s , su
p o s i c i ó n en el c u a d r o del c o n j u n t o de e s t r u c t u r a s c u l t u r a -
les, etc. El e s t u d i o de este n u e v o t i p o de práctica musical
ha sido iniciado p o r j ó v e n e s p e d a g o g o s musicales a los q u e
se plantea c o t i d i a n a m e n t e el p r o b l e m a d e las n u e v a s a c t i -
v i d a d e s para el o c i o , extraescolares, de sus a l u m n o s . Estos
j ó v e n e s m a e s t r o s t e n í a n c o n c i e n c i a de q u e la f o r m a c i ó n
recibida p o r ellos n o les permitía c o n t r o l a r el n u e v o f e n ó -
meno.

T r a b a j o s preparatorios pusieron en e v i d e n c i a la necesi-

d a d de u n a c o o p e r a c i ó n interdisciplinaria, en vista de p o d e r
t o m a r t o d a la escala de p r o b l e m a s i m p l i c a d o s en este
m o v i m i e n t o de la j u v e n t u d . L o s d o c u m e n t o s p r e p a r a t o r i o s
q u e c o n s t i t u í a n la base de las i n v e s t i g a c i o n e s más sistemá-

- 42 -
ticas f u e r o n e l a b o r a d o s p o r s o c i ó l o g o s y p e d a g o g o s m u s i -
cales, e x p e r t o s en la radio y en la t e l e v i s i ó n , s o c i ó l o g o s
cultuales y especialistas de la s o c i o l o g í a del o c i o .

El o b s e r v a d o r d e la escena m u s i c a l , tal c o m o se p r e -
senta h o y en día en los países industrializados, ve q u e ésta
está m a r c a d a p o r un c a m b i o c a r a c t e r í s t i c o en las f o r m a s
activas del c o m p o r t a m i e n t o m u s i c a l de la j u v e n t u d . V e ser-
virse de la m ú s i c a ú n i c a m e n t e c o m o o b j e t o de c o n s u m o ,
p a r t i e n d o de u n a e v o l u c i ó n q u e va desde la a c t i t u d de la re-
c e p c i ó n pasiva hacia la f o r m a a c t i v a de u n a práctica m u s i c a l .

O t r a t e n d e n c i a q u e parece i m p o r t a n t e , a u n q u e m e n o s i n -
esperada, es la q u e m u e v e a la j o v e n g e n e r a c i ó n hacia la u n i ó n
de la a c c i ó n , del m o v i m i e n t o y del s o n i d o , cosa q u e había
sido la p r á c t i c a corriente en el m u n d o e n t e r o d u r a n t e ciertos
períodos de la historia. D u r a n t e los ú l t i m o s 1.500 a ñ o s , la
civilización o c c i d e n t a l se ha desarrollado hacia la d e s c o r p o -
ralización ( d i s e m b o d i m e n t ) de la m ú s i c a . A s í , las f o r m a s
recientes nacidas en los países industrializados t i e n e n u n
carácter de revuelta c o n t r a este g é n e r o de " d i s e m b o d i -
m e n t " . S e p u e d e notar c o n interés q u e d i c h a t e n d e n c i a
p u e d e a y u d a r a t e n d e r u n p u e n t e e n t e las a c t i t u d e s c u l t u -
rales p r e p o n d e r a n t e s en los países en desarrollo y las q u e
se m a n i f i e s t a n en las regiones de f u e r t e industrialización.

C o n t r i b u c i o n e s científicas q u e p r o v i e n e n de países t a n
diferentes c o m o la U n i ó n S o v i é t i c a , C a n a d á , Francia y Po-
lonia, m u e s t r a n c o m o d e n o m i n a d o r c o m ú n de la a c t i t u d de
la j u v e n t u d al respecto de la m ú s i c a , un f u e r t e rechazo
hacia una. a c t i t u d pasiva. O t r o trazo c o m ú n lo e n c o n t r a m o s
en el e m p l e o de los e q u i p o s e l e c t r o - a c ú s t i c o s . S u p o p u l a r i -
dad se p u e d e atribuir t a m b i é n , en cierta m a n e r a , al rechazo
de la p a s i v i d a d , y siendo estos e q u i p o s cada vez m e n o s
c o s t o s o s , el a s p e c t o " h á g a l o V d . m i s m o " de la m ú s i c a , se
ha c o n v e r t i d o en e l e m e n t o capital de la c u l t u r a j u v e n i l .

- 43 -
 El a u m e n t o p r o g r e s i v o del nivel s o n o r o de estas activi-
dades musicales, es otra de sus características. Ciertos
h e c h o s p r u e b a n q u e d i c h o f e n ó m e n o está en relación c o n
el a u m e n t o del nivel s o n o r o del e n t o r n o , en los países
industrializados. Resultados a n á l o g o s h a n sido o b t e n i d o s
p o r R. M u r r a y S c h a f e r , c o m p o s i t o r p e d a g o g o canadiense,
q u e es el a u t o r de investigaciones acerca del " n u e v o paisa-
je s o n o r o " .

Una c o n t r i b u c i ó n francesa al p r o y e c t o de i n v e s t i g a c i ó n ,
p r o p o r c i o n a d a p o r M i c h e l P h i l i p p o t , e n c a r g a d o de servicios
musicales de la O R T F , señala el h e c h o de q u e , d e s p u é s de
los ú l t i m o s c u a r e n t a a ñ o s , las p r e s e n t a c i o n e s musicales en
los países industrializados t i e n d e n a ser m á s y m á s f u e r t e s ,
e s t a n d o o b l i g a d o s a entrar en c o m p e t i c i ó n c o n los r u i d o s
del e n t o r n o .

D e b i d o a la o r i e n t a c i ó n interdisciplinaria de estos e s t u -
dios, se ha p o d i d o d e t e c t a r u n a relación interesante entre
la e c o l o g í a a c ú s t i c a y las m o t i v a c i o n e s s o c i o s i c o l ó g i c a s . Se
ha e n c o n t r a d o q u e el nivel s o n o r o de ciertas m a n i f e s t a c i o -
nes musicales no es ú n i c a m e n t e u n a reacción cara a cara
c o n t r a el m u n d o industrial, sino q u e sirve t a m b i é n , en los
g r u p o s j ó v e n e s v o l c a d o s a este t i p o de p r á c t i c a m u s i c a l , de
m e d i o para establecer su i d e n t i d a d .

Esta s i t u a c i ó n exige un e s t u d i o más p r o f u n d o del papel

del e q u i p o e l e c t r o - a c ú s t i c o . En u n a é p o c a en q u e la prácti-
ca de la alta f i d e l i d a d está e x t e n d i d a (caracterizada p o r la
ausencia de distorsiones p e r c e p t i b l e s ) , los g r u p o s de j ó v e -
nes t i e n d e n a i n t r o d u c i r d e l i b e r a d a m e n t e en su m ú s i c a la
m a n i p u l a c i ó n (es decir, la d i s t o r s i ó n s o n o r a ) . V a m o s a
estudiar a l g u n o s e j e m p l o s :

O b s e r v a m o s f r e c u e n t e m e n t e u n a p u e s t a en relieve de
ciertas partes del e s p e c t r o de f r e c u e n c i a s . La a c e n t u a c i ó n

- 44 -
de escalas q u e se a v e c i n a n a los tres mil hertz es f r e c u e n t e
en la música " p o p " c o m e r c i a l , l l e g a n d o a ser responsable
de una presencia sonora a c r e c e n t a d a . El carácter especial
de la m ú s i c a p u e d e t a m b i é n ser m o d i f i c a d o . Dispositivos
de reverberación artificial se llevan la e x p a n s i ó n natural de
la p e r c e p c i ó n espacial para sustituirla p o r d i m e n s i o n e s arti-
ficiales variables. Los j ó v e n e s q u e p r a c t i c a n las m ú s i c a s
p o p y rock no eligen sus e q u i p o s e l e c t r o - a c ú s t i c o s s e g ú n
las n o r m a s de la alta f i d e l i d a d , sino q u e m u y al c o n t r a r i o
s e g ú n sus preferencias p o r ciertos e f e c t o s de d i s t o r s i ó n .
Investigaciones empíricas c o n f i r m a n la tesis f o r m u l a d a por
el c o m p o s i t o r italiano L u c i a n o Berio, s e g ú n la cual los
m i c r ó f o n o s , a m p l i f i c a d o r e s , a l t a v o c e s , etc., no s o n sola-
m e n t e una e x t e n s i ó n de las v o c e s y de los i n s t r u m e n t o s ,
sino q u e se c o n v i e r t e n en " i n s t r u m e n t o s q u e sobrepasan
algunas veces las calidades a c ú s t i c a s originales de diversas
fuentes sonoras".

Las o b s e r v a c i o n e s p r e c e d e n t e s no t i e n d e n a d e m o s t r a r
q u e las n u e v a s f o r m a s de c o m p o r t a m i e n t o nacidas en
n u m e r o s o s países a l t a m e n t e industrializados s o n t o d a s
idénticas. Los e x p e r t o s de la U n i ó n S o v i é t i c a y de la R e p ú -
blica D e m o c r á t i c a A l e m a n a , h a n señalado en sus investiga-
ciones lo q u e c o n s i d e r a n c o m o diferencias f u n d a m e n t a l e s
entre las c u l t u r a s de los países capitalistas y socialistas.
N o s o t r o s a ñ a d i r í a m o s q u e h a y diferencias t a m b i é n , en razón
de las t r a d i c i o n e s nacionales y o t r o s f a c t o r e s ; de t o d a s m a -
neras, a pesar de estas diferencias, es e v i d e n t e q u e en casi
t o d o s los países, la i n t r u s i ó n de la e l e c t r o - a c ú s t i c a m e r e c e
a t e n c i ó n general.

* * *

- 45 -
De la música viva, a la música grabada (Charles R. Hoffer).

D u r a n t e el siglo xvm la familia Esterhazy p o d í a pedir a

J o s e p h H a y d n q u e c o m p u s i e r a m ú s i c a c u a n d o ellos quisie-
ran. Pero p o c a g e n t e en aquellos t i e m p o s era lo s u f i c i e n t e -
m e n t e rica para participar de este g r u p o e l e g i d o de a u d i t o -
res privilegiados, o para t e n e r a u n c o m p o s i t o r p r o p i o y a
sus p r o p i o s m ú s i c o s en casa. H o y , p o r m e n o s de q u i n i e n -
tas pesetas, p o d e m o s c o m p r a r d o s s i n f o n í a s de H a y d n ,
g r a b a d a s de m a n e r a e x t r a o r d i n a r i a , p o r u n a de las mejores
o r q u e s t a s del m u n d o . En n u e s t r o s días, e s t a n d o la m ú s i c a
a d i s p o s i c i ó n de t o d o el m u n d o , m u c h a s personas d i s f r u t a n
de u n a v i d a musical m á s rica, p o r q u e p u e d e n escuchar
música cuando quieren.

Antes-, para e s c u c h a r m ú s i c a , era necesaria u n a repre-

s e n t a c i ó n en v i v o ; o la i n t e r p r e t a b a s t ú m i s m o , o alguien
tenía q u e hacerlo p o r tí. El c a m b i o de las representaciones
vivas a la música g r a b a d a ha r e d u c i d o c o n s i d e r a b l e m e n t e
la i m p o r t a n c i a de las r e p r e s e n t a c i ó n públicas. H o y en día,
la m a y o r parte de la m ú s i c a q u e se o y e no es e n su f o r m a
p u r a . Está m a n i p u l a d a y c a m b i a d a p o r los t é c n i c o s de
g r a b a c i ó n y por los a p a r a t o s a m p l i f i c a d o r e s . El t é c n i c o
e l e c t r ó n i c o ha sido a ñ a d i d o en tercer lugar en este p r o c e s o
q u e va del c o m p o s i t o r al e j e c u t a n t e (ahora al t é c n i c o ) y p o r
f i n al o y e n t e . A l g u n a s g r a b a c i o n e s s o n t a n t o el p r o d u c t o
del ingeniero q u e g r a b a , c o m o del c a n t a n t e . Puede llegar a
considerarse un c o n c i e r t o sin a m p l i f i c a c i ó n " p l a n o " , y el
v e r d a d e r o s o n i d o del i n s t r u m e n t o o de la v o z p u e d e pare-
cer f a l s o si el a u d i t o r ha t e n i d o a n t e r i o r m e n t e u n a expe-
riencia falseada p o r s o n i d o s d e f o r m a d o s .

- 46 -
La música comercial

La m a y o r parte de las g e n t e s h a n dejado de hacer

m ú s i c a por la m i s m a razón q u e h a n d e j a d o de c o c e r el p a n
o de coser sus p r o p i o s v e s t i d o s ; se p u e d e c o m p r a r t o d o en
los a l m a c e n e s . U n a gran parte de la m ú s i c a se ha c o n v e r t i -
d o en p r o d u c t o c o m e r c i a l . Esto n o t i e n e p o r q u e ser nece-
sariamente n e g a t i v o . Desde la é p o c a de B e e t h o v e n los
c o m p o s i t o r e s reciben c o m i s i o n e s y t r a t a n c o n los editores.
Lo q u e d a i m p o r t a n c i a a la c o m e r c i a l i z a c i ó n de la m ú s i c a
en estos días es la f o r m a q u e ha t o m a d o esta asociación
entre la m ú s i c a y los n e g o c i o s . Se g a s t a n s u m a s e n o r m e s
en r e c l a m o y p u b l i c i d a d ; esta m ú s i c a está creada s o b r e
t o d o para el m e r c a d o de los j ó v e n e s . Se p u e d e n e n c o n t r a r
varios m o t i v o s q u e j u s t i f i q u e n este h e c h o . U n a de las razo-
nes principales es q u e los j ó v e n e s a m e r i c a n o s t i e n e n los
m e d i o s para c o m p r a r discos y m a g n í f i c o s e l e c t r ó f o n o s .
Otra razón es el g r a n n ú m e r o de j ó v e n e s c o m p r e n d i d o s
entre la e d a d de 10 a 2 4 a ñ o s (en 1970 eran 56.000.000, en
los Estados U n i d o s ) . La tercera razón pudiera ser el " l a p -
s u s " de t i e m p o q u e existe desde la infancia hasta la e d a d
m a d u r a ; en las sociedades industrializadas este h e c h o ani-
ma a la f o r m a c i ó n de g r u p o s c a r a c t e r í s t i c o s entre la p o b l a -
c i ó n . La cuarta razón es q u e casi t o d a s las sociedades de
h o y están o r i e n t a d a s hacia la j u v e n t u d ; los a d u l t o s t i e n e n
t e n d e n c i a a ser i n d u l g e n t e s hacia los j ó v e n e s , y p r o c u r a n
conservarse j ó v e n e s ellos m i s m o s la m a y o r c a n t i d a d de
t i e m p o posible.

La q u i n t a r a z ó n , y c i e r t a m e n t e la más i m p o r t a n t e , pare-
ce ser la t e n d e n c i a q u e t i e n e n los j ó v e n e s a seguir y a
identificarse c o n un g r u p o . El c o n f o r m i s m o a n i m a a una
h o m o g e n e i d a d de g u s t o y de apariencia entre los adoles-
centes. Esto explica en parte por q u é las frases p o p u l a r e s
s o n , en u n m o m e n t o d a d o , de u n a s i m i l i t u d n o t a b l e .

- 47 -
 La música c o m e r c i a l está h e c h a para los adolescentes,
l u e g o los t e m a s están h e c h o s para llamar e s p e c i a l m e n t e su
a t e n c i ó n . M á s de d o s terceras partes hablan de a m o r ; y
a h o r a , desde hace u n o s a ñ o s , se observa la a p a r i c i ó n de
c a n c i o n e s llamadas " c o m p r o m e t i d a s " .

L i g a d o a la i m p o r t a n c i a del m e r c a d o j u v e n i l , se p u e d e
observar el p r e d o m i n i o de la m ú s i c a en las o n d a s de las
radios c o m e r c i a l e s , q u e d e b e n , para p o d e r subsistir, pasar
p u b l i c i d a d por sus cadenas. Los m o v i m i e n t o s de las o b r a s
de música clásica, q u e d u r a n a v e c e s más de diez m i n u t o s ,
s o n d e m a s i a d o largas para q u e se p u e d a n intercalar entre
ellos mensajes c o m e r c i a l e s q u e d e b e n ser e m i t i d o s a inter-
valos regulares. La v e l o c i d a d c o n la q u e las nuevas c a n c i o -
nes s u b e n y bajan al cielo de la p o p u l a r i d a d , está i n f l u i d o
igualmente por consideraciones comerciales. Los producto-
res de este t i p o de m ú s i c a se las arreglan para q u e sus p r o -
d u c t o s pasen de m o d a . U n d i s c o a la m o d a p r o n t o pasa,
m i e n t r a s q u e u n o de B a c h , s i e m p r e es p r e c i o s o ; así pues la
m a y o r parte de v e n t a de d i s c o s s o n los de m o d a y la
d e m a n d a para su r e n o v a c i ó n , c o n s t a n t e .

Efectos de la música popular sobre los auditores

El lugar o m n i p r e s e n t e q u e o c u p a la m ú s i c a p o p u l a r en la
s o c i e d a d a c t u a l ha a n i m a d o el desarrollo de unas posibili-
dades de e s c u c h a q u e s o n p o c o f a v o r a b l e s para oír la
m ú s i c a clásica. En primer lugar, la m ú s i c a p o p u l a r se p r o -
d u c e a niveles s o n o r o s e x t r e m a d a m e n t e elevados. En c o m -
p a r a c i ó n , las s o n o r i d a d e s de la m ú s i c a clásica aparecen
pálidas.

A d e m á s , hay diferencia de t i e m p o en la a u d i c i ó n . La
m a y o r parte de las veces, la m ú s i c a p o p u l a r a n u n c i a sus

- 48 -
¡deas, m u y c l a r a m e n t e en los t r e i n t a o c u a r e n t a p r i m e r o s
c o m p a s e s ; p r á c t i c a m e n t e no hay desarrollo t e m á t i c o y
g e n e r a l m e n t e la pieza se acaba en m e n o s de tres m i n u t o s .
De manera q u e el t i e m p o e x i g i d o p o r la m ú s i c a clásica es a
m e n u d o i n a c e p t a b l e y m o l e s t o para el q u e t i e n e la c o s t u m -
bre de oír m ú s i c a servida en a l g u n o s m i n u t o s . Para éste,
un t e m a c o n desarrollo g r a d u a l a la m a n e r a de Sibelius,
d e b e parecerle a l g o así c o m o c o n t e m p l a r u n a película depor-
tiva al ralentí.

La m a y o r parte de la m ú s i c a p o p u l a r n o o f r e c e n i n g ú n
desarrollo c o n t r a t o i m a g i n a t i v o o a l g ú n r e f i n a m i e n t o en el
t e m a musical. C o m o indica R i c h a r d Letts: " . . . l a m ú s i c a a la
rpoda e m p l e a u n v o c a b u l a r i o r e s t r i n g i d o , e s t r u c t u r a s s i m -
ples y u n a sintaxis q u e se p u e d e anticipar m u y b i e n . . . " El
a u d i t o r i o a p r e n d e a no esperar u n a c o m p o s i c i ó n e l a b o r a d a .
C u a n d o o y e música m a t i z a d a , no la percibe y la e n c u e n t r a
incluso a b u r r i d a .

Por otra parte existe la a s o c i a c i ó n de la m ú s i c a p o p u l a r

al m o v i m i e n t o . U n a e j e c u c i ó n m u s i c a l p o r u n g r u p o r o c k ,
comprende efectos luminosos extraños y movimientos
corporales f r e n é t i c o s . Los o y e n t e s no desean ni a c e p t a n
escuchar un c o n c i e r t o rock a la m a n e r a de la m ú s i c a clásica.
Patean, g o l p e a n de m a n o s y bailan y c a n t a n c o n los c a n -
t a n t e s . A u n q u e sea deseable un cierto s e n t i d o de participa-
ción para la m ú s i c a , este estilo de cosas i m p i d e escucharla
limpiamente.

Los problemas que esta situación crea al profesor de música

Es necesario q u e los p r o f e s o r e s de m ú s i c a n o i g n o r e n
estos p r o b l e m a s . Puesto q u e la m ú s i c a está presente en la
m a y o r parte de nuestras sociedades m o d e r n a s , el profesor

- 49 -
d e b e a d v e r t i r a sus a l u m n o s de q u e h a y d o s m a n e r a s de
e s c u c h a r m ú s i c a , m e j o r d i c h o h a y d o s f o r m a s de m ú s i c a
para oír: u n a , para seguirla c o n a t e n c i ó n , si se q u i e r e n
d e s c u b r i r sus sutilezas, y la o t r a , e s t r u c t u r a d a m á s sencilla-
m e n t e , p u e d e ser c o m p r e n d i d a sin esfuerzo.

Para m u c h o s e s t u d i a n t e s el arte m u s i c a l ha a d q u i r i d o
un a s p e c t o viejo y a n t i c u a d o , y asocian la m ú s i c a c o n la
vejez. U n a a c t i t u d así es falsa y d e s c o r a z o n a a los m u c h a -
c h o s , q u e se desinteresan del arte m u s i c a l . A l g u n o s p r o -
fesores q u e i n t e n t a n destruir esta i m a g e n , e s t á n i n t e n t a n d o
i n t r o d u c i r n u e v o s m é t o d o s para la asistencia a c o n c i e r t o s y
audiciones.

U n a de las m a n e r a s de hacer q u e la m ú s i c a sea m á s

a c e p t a b l e para los j ó v e n e s sería la de analizar científica-
m e n t e t o d o s los géneros musicales. C o n c e n t r á n d o s e acerca
de la m e c á n i c a de los s o n i d o s , los e s t u d i a n t e s t e n d e r í a n a
olvidarse de la asociación m ú s i c a - e d a d . Gracias a este a n á -
lisis los e s t u d i a n t e s aprenderían por q u é la m ú s i c a de B a c h ,
M o z a r t y t a n t o s o t r o s sigue s i e n d o a p a s i o n a n t e h o y , a u n -
q u e f u e escrita hace más de cien a ñ o s . C o m p a r a n d o la
m ú s i c a a n t i g u a c o n la p o p , m u c h o s j ó v e n e s q u e d a n a t ó n i t o s
cuando comprueban que muchos elementos antiguos son
utilizados h o y día, sin hablar de las m u c h a s melodías de
h o y q u e se han t o m a d o prestadas a g r a n d e s c o m p o s i t o r e s
de ayer.

Puesto q u e los j ó v e n e s a m a n la a c c i ó n , los p r o f e s o r e s

de música d e b e n hacer trabajar su i m a g i n a c i ó n para e n c o n -
trar nuevas t é c n i c a s c o n c r e t a s , c o n las cuales presentar la
m ú s i c a . Que la a c t u a l o m n i p r e s e n c i a de la m ú s i c a sea a p r o -
v e c h a b l e o n o , d e p e n d e r á , en g r a n parte, de la a c t i t u d de
los profesores cara a cara c o n los n u e v o s m é t o d o s de
enseñanza de la m ú s i c a .

- 50 -
En el umbral de cambios sociales acerca de la Educación
Musical

C u a n d o se habla de c a m b i o hay q u e hacer u n a d i f e r e n -

cia entre " c o n s e r v a d u r i s m o " o " c o n s e r v a c i ó n " . El p r i m e r
t é r m i n o quiere decir, g e n e r a l m e n t e , q u e se agarra a " l o q u e
e s " o a " l o q u e ha s i d o " . La " c o n s e r v a c i ó n " , t o m a d a c o n
un s e n t i d o p s i c o l ó g i c o a m p l i o , significa la disposición q u e
t e n e m o s para observar lo q u e n o c a m b i a d e s p u é s de suce-
d i d o u n c a m b i o . C u a n d o hay q u e hacer f r e n t e a u n a situa-
c i ó n q u e sigue a un c a m b i o , la p r i m e r a ¡dea q u e se i n t e n t a
definir s o n las c o n s t a n t e s q u e e x i s t e n e n t r e el a n t i g u o y el
n u e v o e s t a d o de cosas. Creo q u e u n a de ellas es q u e la
naturaleza sensual y musical del h o m b r e está bien estable-
cida y q u e esta naturaleza n o c a m b i a r á m á s q u e c o n u n a
e v o l u c i ó n milenaria, o a causa de a c o n t e c i m i e n t o t e m p o r a -
les c r e a d o s artificialmente. Las artes plásticas seguirán
s i e n d o el m e d i o gracias al cual el h o m b r e sublimará las
limitaciones de la realidad y del lenguaje. El h o m b r e se
sirve del m o v i m i e n t o , d i s p o n e las líneas y los colores;
f o r m a la m a t e r i a , e m p l e a el s o n i d o . En sus e n s a y o s expre-
sivos utiliza herramientas, a c c e s o r i o s y las c a p a c i d a d e s q u e
tiene. A l g u n a s crearán n u e v a s h e r r a m i e n t a s , e n c o n t r a r á n
nuevas a s o c i a c i o n e s de e l e m e n t o s y desarrollarán d o n e s
s u p l e m e n t a r i o s para llegar a n u e v o s o b j e t i v o s de e x p r e s i ó n .
La historia de la c o m p o s i c i ó n m u s i c a l hace destacar esta
necesidad de b ú s q u e d a de nuevas f u e n t e s s o n o r a s y de
ordenarlas en frases sonoras e s t r u c t u r a d a s . En el m o m e n t o
en q u e las f u e n t e s tonales y los tftnbres c o n v e n c i o n a l e s de
los i n s t r u m e n t o s musicales de h o y parecen estar c o m p l e -
t a m e n t e e x p l o t a d o s , otras f u e n t e s s o n o r a s , q u e se habían
c o n s i d e r a d o " a m u s i c a l e s " a n t e r i o r m e n t e , se c o n v i e r t e n en
útiles para el c o m p o s i t o r habitual o a f i c i o n a d o .

En el h o m b r e hallamos una s e g u n d a c o n s t a n t e , en el

- 51 -
h e c h o de q u e tiene necesidad histórica y a n t r o p o l ó g i c a de
intervenir en su e n t o r n o e influenciarlo. En esta f o r m a de
e n t r o m e t e r s e c o n su e n t o r n o , el h o m b r e , para sobrevivir
y f u n c i o n a r c o m o ser h u m a n o , d e b e establecer su perso-
nalidad. La psicosis de la personalidad está d e s c r i t a , a
m e n u d o , c o m o la falta de c a p a c i d a d de salir de sí m i s m o
para j u g a r u n papel a c t i v o en su alrededor. El h o m b r e
d e b e crearse u n a p e r s o n a l i d a d , para servir a su f u n c i ó n
de ser h u m a n o . La s u p r e s i ó n de la p e r s o n a l i d a d d e b i d a a
la industrialización, al t r a b a j o en c a d e n a y a la c o n c e p -
ción del g r u p o , ha c o n t r i b u i d o al a n o n i m a t o , pero no
le ha q u i t a d o su necesidad natural de expresarse y rea-
lizarse. A pesar de q u e las c o n d i c i o n e s físicas e internas
de los h o m b r e s sean m á s o m e n o s c o n s t a n t e s de u n a
g e n e r a c i ó n a otra o de u n a é p o c a a o t r a , el h o m b r e inter-
viene c o n t i n u a m e n t e en este e n t o r n o a b s t r a c t o q u e es la
sociedad.

L o s c a m b i o s en la s o c i e d a d y en el e n t o r n o p o d r á n
influir en el c o m p o r t a m i e n t o exterior del h o m b r e , pero no
c a m b i a r á n de u n a manera i m p o r t a n t e sus necesidades y
sus c a p a c i d a d e s .

Los c a m b i o s sociales q u e p a r e c e n ser los m á s evidentes

s o n la u r b a n i z a c i ó n y la industrialización (la vida en g r u p o y
el t r a b a j o e n g r u p o ) . La rapidez y la posibilidad de transpor-
t e q u e d a n g r a n m o v i l i d a d a las g e n t e s , a u m e n t a n y p e r m i -
t e n la mezcla y la c o n f r o n t a c i ó n de c u l t u r a s ; y las c o m u n i -
caciones, q u e eran lejanas o limitadas, se c o n v i e r t e n , en un
instante, en c o m u n i c a c i o n e s i n m e d i a t a s y universales. Gra-
cias a los m e d i o s de c o m u n i c a c i ó n , se está llegando rápi-
d a m e n t e a la c o n d i c i ó n de f o r m a r p a r t e de u n " p u e b l o
u n i v e r s a l " . A c o n t e c i m i e n t o s políticos, e c o n ó m i c o s , sociales
y musicales, i m p o r t a n t e s o n o , p u e d e ser vistos y o í d o s p o r
grandes f a c c i o n e s de la p o b l a c i ó n m u n d i a l , a u n q u e estén

- 52 -
m u y lejanas e n t r e sí. La rapidez de los t r a n s p o r t e s p e r m i t e
i g u a l m e n t e a directores de o r q u e s t a q u e están de paso en
el lugar, c o m p a r t i r la d i r e c c i ó n de ciertos a c o n t e c i m i e n t o s
musicales en lugares internacionales t o t a l m e n t e alejados
u n o s de o t r o s .

En 1967, los m i e m b r o s del S i m p o s i u m de T a n g l e w o o d ,

p o n í a n su interés sobre " e l papel de las artes en u n a
sociedad c a m b i a n t e " . Músicos, sociólogos, científicos,
sindicalistas, e d u c a d o r e s , representantes de asociaciones,
de f u n d a c i o n e s y m i e m b r o s del g o b i e r n o e s t a b a n presentes
en estas deliberaciones. " L o q u e está a p u n t o de s u c e d e r " ,
f u e señalado p o r D a v i d M c A l l i s t e r , m i e m b r o de esta c o n f e -
rencia. Predijo q u e en el a ñ o 2000 t e n d r e m o s pantallas de
televisión g r a n d e s c o m o paredes; q u e se p o d r á encargar un
a c o n t e c i m i e n t o artístico o u n c o n c i e r t o en no i m p o r t a q u e
parte del m u n d o . Puesto q u e el p ú b l i c o se reunirá e n t o n c e s
en los p a r q u e s , c e n t r o s c o m e r c i a l e s o en lugares m u y p o c o
tradicionales, predijo q u e nuestras salas de c o n c i e r t o s
actuales n o serán lo s u f i c i e n t e m e n t e p e q u e ñ a s , o lo serán
d e m a s i a d o . . . La a m p l i a c i ó n e l e c t r ó n i c a de los i n s t r u m e n t o s ,
permitirá c o m b i n a c i o n e s s o n o r a s j a m á s i m a g i n a d a s hasta
nuestros días y de ello surgirán n u e v a s ideas de c o m p o s i -
c i ó n . ( A ñ a d i ó q u e algunas de estas c o m p o s i c i o n e s serán
m a g n í f i c a s ) . C o n t i n u ó d i c i e n d o q u e los f i l m s , la d a n z a y la
m ú s i c a se i n t e r c a m b i a r á n para q u e los c o n c i e r t o s sean m á s
a t r a c t i v o s , de una manera q u e h o y n o s parece irrealizable.
Por otra parte, J o h n H o p k i n s , D i r e c t o r M u s i c a l de la Radio
A u s t r a l i a n a , señaló q u e los " j ó v e n e s a u d i t o r e s actuales
p u e d e n ser e s t i m u l a d o s y e x c i t a d o s p o r a c o n t e c i m i e n t o s
musicales, de m a n e r a tal q u e m u c h o s o r g a n i z a d o r e s de
e s p e c t á c u l o s para las generaciones p r e c e d e n t e s n o habrían
ni p o d i d o imaginar. Pero los j ó v e n e s quieren q u e la expe-
riencia sea sincera, h o n r a d a y v e r d a d e r a . . . Y antes q u e

- 53 -
nada se l e v a n t a n c o n t r a los e l e m e n t o s de lujo material q u e
han h e r e d a d o de las generaciones p r e c e d e n t e s " .

En c o n t r a p a r t i d a , organizadores de c o n c i e r t o s se quejan
de q u e la e d u c a c i ó n musical en general no alcanza a crear
p ú b l i c o s de a b o n o para los c o n c i e r t o s , d i c i e n d o q u e asiste
p o c a g e n t e a los m i s m o s y q u e n o se enseña a los j ó v e n e s
a apreciar la " m ú s i c a s e r i a " . I g u a l m e n t e se expresaba u n
director de u n a o r q u e s t a s i n f ó n i c a , q u e hacía n o t a r q u e a
pesar de diversas posibilidades o f r e c i d a s a los j ó v e n e s para
asistir a c o n c i e r t o s realizados en z o n a s urbanas i m p o r t a n -
tes, la audiencia de los c o n c i e r t o s d i s m i n u í a y los q u e
sobrellevaban los gastos de m a n t e n i m i e n t o de d i c h a s
orquestas se v o l v í a n viejos, estaban c a n s a d o s y t e n í a n la
sensación de estar h a c i e n d o un g a s t o inútil.

La a n o m a l í a q u e p r e s e n t a n las d o s o p i n i o n e s a n t a g ó n i -
cas, la del d i r e c t o r de la Radio australiana y la de los
empresarios de o r q u e s t a s s i n f ó n i c a s , reside en q u e , e v i d e n -
t e m e n t e , la e d u c a c i ó n musical a c t u a l t o d a v í a insiste en dar
al p ú b l i c o el repertorio del siglo xix. S ó l o c u a n d o el espec-
t á c u l o se p r e s e n t a al estilo siglo x x , tiene la aquiescencia
del p ú b l i c o j u v e n i l .

En una s o c i e d a d c a m b i a n t e , la i n s t r u c c i ó n m u s i c a l ,
c o m o una de las disciplinas escolares, t i e n e u n a triple f u n -
c i ó n : la primera c o n s i s t e e n p o n e r al e s t u d i a n t e en c o n -
t a c t o c o n la e s t r u c t u r a , las f o r m a s , los estilos y las i n f l u e n -
cias sociales q u e reflejan la m ú s i c a f i g u r a t i v a del pasado; la
s e g u n d a es dar a los e s t u d i a n t e s la posibilidad de c o m -
prender la m ú s i c a a c t u a l , así c o m o la c a p a c i d a d de analizar,
de participar y d e j u z g a r l a ; y la ú l t i m a d e b e ser p r o p o r c i o -
nar u n a base para c o m p r e n d e r la m ú s i c a del porvenir.

C o n c e n t r á n d o n o s s o l a m e n t e s o b r e la p r i m e r a f u n c i ó n ,
sin o c u p a r n o s de las otras d o s , c o r r e m o s el riesgo de
p o n e r n o s en la s i t u a c i ó n d e aquél q u e t i e n e en la m a n o u n

- 54 -
o b j e t o h i s t ó r i c o , p u e s t o q u e , c o n la rápida e v o l u c i ó n de los
t i e m p o s y de la s o c i e d a d , n o s a r r i e s g a m o s a e n c o n t r a r n o s
c o n v e r t i d o s en guardianes del m u s e o .

Las c o m u n i c a c i o n e s de masas, la m o v i l i d a d y los viajes,

los recursos t e c n o l ó g i c o s , los c a m b i o s d e valor de los sis-
t e m a s , y los c a m b i o s de estilos d e vida nos llevan a reco-
n o c e r q u e t a m b i é n en el c a m p o musical hay: 1) m u c h o s
sistemas de o r g a n i z a c i ó n de los s o n i d o s y silencios, q u e
s o n l ó g i c a m e n t e válidos y e s t é t i c a m e n t e p r o d u c t i v o s , 2)
q u e las s o c i e d a d e s d i f e r e n t e s p r o d u c e n u n a g r a n variedad
de f u e n t e s musicales, de f o r m a s , de f u n c i o n e s y de estilos;
y q u e t o d o s los g é n e r o s de m ú s i c a s o n , a la vez, parecidos
y ' d i f e r e n t e s . En u n a s o c i e d a d c a m b i a n t e , si se quiere q u e
la m ú s i c a t e n g a a l g u n a influencia sobre el p ú b l i c o en gene-
ral (y no sólo sobre u n a élite d o t a d a y e d u c a d a ) hace falta
q u e los e d u c a d o r e s musicales sean capaces de e n c o n t r a r
los m e d i o s , el material y experiencias q u e p e r m i t a n a la
m a y o r parte de los e s t u d i a n t e s , si no a t o d o s , descubrir
en la m ú s i c a una utilidad c o m o m e d i o personal de interés y
de e x p r e s i ó n . H a c e falta q u e a d e m á s de e s t o la e d u c a c i ó n
del m a e s t r o de m ú s i c a c o m p r e n d a experiencias c o n dife-
rentes f o r m a s y estilos de m ú s i c a , y q u e a p r e n d a a apreciar
la esencia y las fuerzas culturales de la m ú s i c a f o l k l ó r i c a y
p o p u l a r y de las m ú s i c a s características de d i f e r e n t e s
g r u p o s é t n i c o s y q u e se familiarice c o n ellas de la m i s m a
m a n e r a q u e se familiariza t r a d i c i o n a l m e n t e c o n la m ú s i c a
clásica o c c i d e n t a l . La c o n c e p c i ó n para el m a e s t r o de m ú s i -
ca del arte musical en general, t o m a h o y nuevas d i m e n s i o -
nes e x ó t i c a s .

M i e n t r a s t a n t o , c o m o e d u c a d o r e s en las escuelas y
universidades, p o d e m o s fijar n u e s t r o s esfuerzos en base a
los criterios siguientes: P r i m e r a m e n t e , acerca de lo q u e en
sus e s t u d i o s y en sus experiencias, permitirá a los e s t u d i a n -

- 55 -
tes utilizar a la música c o m o m e d i o de expresión personal
d u r a n t e sus vidas, y s e g u n d o , lo q u e servirá a los e s t u d i a n -
tes, d e b i d o a los e s t u d i o s y a las experiencias realizadas,
para c o n s e g u i r u n a base q u e les p e r m i t a participar, c o m -
prender, ejecutar y e m i t i r juicios sobre la música q u e oirán
interpretar, m a ñ a n a , el a ñ o p r ó x i m o o en las p r ó x i m a s
décadas.

El p r o b l e m a q u e en ú l t i m a instancia tiene p l a n t e a d o el
profesor de m ú s i c a en u n a s o c i e d a d c a m b i a n t e c o m o la
nuestra, es la de saber, c u a n d o esta s o c i e d a d se p o n e en
pie y dice " v a m o s a b a i l a r " , q u i e n dirije el baile. En el
m o m e n t o de la v e r d a d , q u e n o s o l a m e n t e no está lejos sino
q u e más bien ya ha llegado, los e d u c a d o r e s musicales,
c o m o c u e r p o p r o f e s i o n a l , harían m u y bien en " p o n e r s e al
p a s o " . S o l a m e n t e ellos p u e d e n hacerlo, p e r o si no lo
h a c e n , ni su e r u d i c i ó n , ni su c a t e g o r í a , ni su e x p e r i e n c i a , ni
su t e m p e r a m e n t o , ni su a s t u c i a , p o d r á n salvarles.

- 56 -
 C A P I T U L O II

LA M U S I C A

«Llamó Dios al firmamento, CIELO...»

La m ú s i c a entra por el o í d o y sale p o r el o í d o : La

primera p r o p o s i c i ó n parece ser del c o n s e n s o p ú b l i c o . N o
t a n clara parece la s e g u n d a . Pero el h o m b r e no c o m p r e n d e
la música s i n o en f u n c i ó n de su p e r c e p c i ó n a c ú s t i c a , de su
a u d i c i ó n ; lo cual equivale a decir, en la m e d i d a q u e la o y e .
N o u n a m e d i d a de c a n t i d a d , c o m o e n t e los s o r d o s y los
q u e n o lo s o n , sino entre lo q u e es p r o p i o del o í d o y lo q u e
c o r r e s p o n d e a su posterior i n t e r p r e t a c i ó n p s i c o l ó g i c a .

La m ú s i c a , c o m o arte, está basada en el f e n ó m e n o

a c ú s t i c o , q u e o f r e c e a la inteligencia los p r i m e r o s d a t o s
s u m i n i s t r a d o s p o r la materia m u s i c a l ; materia p r o c e d e n t e
de la selección q u e el h o m b r e hace entre lo p u r a m e n t e
s o n o r o . El f e n ó m e n o a c ú s t i c o c a m b i a a lo largo de las
é p o c a s de la historia. La materia musical t a m b i é n . U n o y
otra s u f r e n m o d i f i c a c i o n e s , en cierto m o d o evolutivas;
éstas, por vía de i n c r e m e n t o o desarrollo en d e t e r m i n a d o s
sectores; aquéllas, de una m a n e r a a v e c e s r e v o l u c i o n a r i a .
Lo q u e en la música se e n t i e n d e c o m o arte es u n e p i f e n ó -
m e n o q u e sigue p a r e j a m e n t e a tales e v o l u c i o n e s o cuales
cambios.

Si la m ú s i c a consiste en u n a c o m b i n a c i ó n artística de

- 59 -
los s o n i d o s , el h e c h o q u e hace posible su c o n s t r u c c i ó n es
un h e c h o q u e y a c e en la f a c u l t a d p e r c e p t i v a de f o r m a s
musicales, desde las y u x t a p o s i c i o n e s m á s simples a las
estructuras más complejas: un proceso que podría enten-
derse c o m o o r g á n i c o . S e m e j a n t e p r o c e s o en su parte más
material, hila la historia de las f o r m a s ; en su parte más
espiritual, la belleza de este arte. De a m b a s cosas se nutre
la Historia de la M ú s i c a .
H a y i n f i n i d a d de libros, de m a n u a l e s , de t r a t a d o s , q u e
lo d e s c r i b e n , ya q u e no lo e x p l i c a n . Pero, ¿ d ó n d e se encie-
rra el g e r m e n , la galladura q u e f e c u n d a ? c r e e m o s q u e el
p u n t o m á g i c o c o n s i s t e en la f a c u l t a d de i n v e n c i ó n . La
parte ideal de la i n v e n c i ó n se alberga en la fantasía del
c o m p o s i t o r . La parte material radica en su o í d o ; en su
f a c u l t a d a u d i t i v a . C o m o d e c í a m o s al p r i n c i p i o , de d o n d e
sale. Es un resultado de c ó m o oye el a r t i s t a , de c ó m o
percibe el f e n ó m e n o s o n o r o . Haendel o B a c h no oían la
música c o m o San A m b r o s i o o San Gregorio; Mozart o
B e e t h o v e n no la o í a n ya c o m o aquellos g r a n d e s g e n i o s del
p e r í o d o b a r r o c o . Debussy oía la m ú s i c a de m a n e r a tal q u e le
c o n d u j o a u n p l a n o estético e n t e r a m e n t e d i s t i n t o de los
m a e s t r o s de las etapas clásicas.

¿ C U A N D O C O M I E N Z A LO Q U E L L A M A M O S M U S I C A ?

La m ú s i c a c o m i e n z a en el m o m e n t o en q u e el h o m b r e
se d e s c u b r e a sí m i s m o c o m o un i n s t r u m e n t o de m ú s i c a .

Desde q u e el h o m b r e existe sobre el planeta ha sido

capaz de p r o d u c i r c o n su p r o p i o c u e r p o d i f e r e n t e s clases
de s o n i d o s . C o n el a p a r a t o respiratorio, p u l m o n e s , laringe,
b o c a , e m i t e s o n i d o s q u e , en un p r i n c i p i o i n a r t i c u l a d o s , pero
s i e m p r e e x p r e s i v o s de u n a v o l i c i ó n , t e r m i n a r á n p o r inte-
grarse en m ó d u l o s de c u y o c o n j u n t o y a r t i c u l a c i ó n saldrán
d i f e r e n t e s f o r m a s de c o m u n i c a c i ó n h u m a n a . C o n sus

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 m a n o s y sus pies p u e d e p r o d u c i r , a d e m á s , s o n i d o s p e r c u -
t i d o s : c u a n d o c h o c a u n a m a n o c o n o t r a , c u a n d o hace
chascar los d e d o s o c u a n d o c o n la p a l m a de la m a n o se
g o l p e a , alegre o colérico, en diversas partes de su c u e r p o .
De h e c h o , el h o m b r e es un i n s t r u m e n t o de m ú s i c a : en el
p r i m e r caso es, c o m o la " t i b i a u t r i c u l a r i s " , la " c o r n a m u s a " ,
" m u s e t a " o " g a i t a " , un i n s t r u m e n t o de caña simple c o n
d e p ó s i t o de aire. M e r c e d a diversos ardides p u e d e regular
la e m i s i ó n de los s o n i d o s fisiológicos; c a m b i a r l o s de i n t e n -
sidad, de e n t o n a c i ó n y a u n de t i m b r e y v o l u m e n . O t r o
t a n t o p u e d e hacer c o n las a u t o p e r c u s i o n e s o c o n las q u e
practica g o l p e a n d o el suelo c o n los pies. C u a n d o el h o m b r e
d e s c u b r e q u e los s o n i d o s q u e p u e d e p r o d u c i r c o n su p r o -
pio c u e r p o s o n capaces de r e g u l a c i ó n , la música nace.
Hasta e n t o n c e s s o l a m e n t e había s o n i d o s más o m e n o s
expresivos de a l g o , pero no interesantes p o r sí m i s m o s .
C u a n d o el h o m b r e c o m p r e n d e q u e p u e d e manejarlos,
c o m b i n a r l o s , el s o n i d o se c o n v i e r t e en materia de algo
n u e v o , en v e h í c u l o de algo e x t r a o r d i n a r i o .

Nace e n t o n c e s el arte, la " t e c h n e s " del m a n e j o de la

materia s o n o r a q u e el h o m b r e p r o d u c e c o n su p r o p i o cuer-
p o . N o t a r d a r á en p r o d u c i r s o n i d o s c o n útiles diversos q u e
e n c o n t r a r á el alcance de la m a n o , d e s p u é s de haber utiliza-
d o la m a n o m i s m a . El " i n s t r u m e n t o " aparece al servicio de
la " t e c h n e s " tras haber sido el h o m b r e i n s t r u m e n t o de sí
m i s m o . A h o r a va a manejar el s o n i d o , a regularlo c o n la
m a n o . D o s músicas, p u e s , van a c o m e n z a r así su existen-
cia: la m ú s i c a q u e e n g e n d r a en el a p a r a t o m i s m o de la v o z ,
la música v o c a l y la música q u e organiza c o n el i n s t r u m e n -
t o , piedra q u e g o l p e a , árbol h u e c o q u e resuena, vaina llena
de semillas secas, quijadas de animales m u e r t o s q u e se
raspan c o n u n h u e s o , a g u d o s silbidos q u e se p r o d u c e n
s o p l a n d o en u n h u e s o sin m é d u l a ...

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 El h o m b r e n o ha p r o d u c i d o n u n c a sus s o n i d o s sin q u e
s i m u l t á n e a m e n t e u n m o v i m i e n t o de su c u e r p o se p r o d u z c a
de tal m a n e r a q u e sea c o m o la i n d i c a c i ó n c o r p o r a l de la
v o l u n t a d de c o m u n i c a c i ó n q u e el s o n i d o p r o d u c i d o p o r el
h o m b r e m i s m o t i e n e en sí y de c u y a v o l u n t a d nace y es
e x p r e s i ó n . Los p r i m e r o s s o n i d o s d e los cuales el h o m b r e es
su p r o p i o i n s t r u m e n t o están s i e m p r e d o b l a d o s por un
g e s t o . C u a n d o el arte, la " t e c h n n e s " , haya i n t e r v e n i d o para
p r o d u c i r en la v i d a h u m a n a lo q u e n o s o t r o s ( y no él)
e n t e n d e m o s p o r m ú s i c a , o t r o m u n d o de s o b e r a n a capaci-
d a d nacerá paralelamente. El m u n d o paralelo al q u e crea la
m ú s i c a , es el q u e crea la Danza. La Danza nace c u a n d o el
h o m b r e d e s c u b r e q u e es u n o b j e t o de arte.

M ú s i c a y Danza p u e d e n p u e s definirse, desde su apari-

ción en la s o c i e d a d h u m a n a , d i c i e n d o q u e s o n el resultado
de manejar a r t í s t i c a m e n t e el material s o n o r o o c o r p o r a l , de
los cuales el h o m b r e es el primer p r o v e e d o r . Pero, desde
q u e el h o m b r e g r i t a , se g o l p e a el p e c h o o las caderas c o n
un frenesí q u e p u e d e p r o c e d e r de la ira o de la alegría;
desde q u e hace c o n t o r s i o n e s en un p r i n c i p i o utilitarias, en
seguida g r a t u i t a s , por el placer de hacerlas, p o r el d e p o r t e
infinito en perspectivas de practicarlas " p e r s e " , hasta q u e
adquiere u n a r u t i n a en sus prácticas, habrá p a s a d o por tres
etapas de las cuales la ú l t i m a fase es la q u e c o n o c e ya u n a
t é c n i c a , u n arte.

1: e x p r e s i ó n de u n a c t o v o l i t i v o , n e c e s a r i o . — 2: c o m -
placencia y r e p e t i c i ó n c o m p l a c i d a del h e c h o . — 3: o r g a n i -
zación t é c n i c a , c o l e c t i v a , c o m b i n a t o r i a , de los h e c h o s . La
tercera fase c o m p r e n d e d e n t r o de sí a las d o s primeras: el
" a r t e " naciente de la M ú s i c a y de la Danza será a la vez
expresivo y p l a c e n t e r o .

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 El h o m b r e p r a c t i c a a m b a s actividades y c o n t e m p l a
c ó m o las p r a c t i c a n sus s e m e j a n t e s . T a n p r o n t o c o m o la
c o n t e m p l a c i ó n es d i s c r i m i n a t o r i a , selectiva, el s e n t i m i e n t o
de la belleza nace. La " t e c h n e s " es, en su fase e l e m e n t a l ,
utilitaria; en su fase m á s a v a n z a d a , arte. La t é c n i c a es
s o l a m e n t e m e c a n i s m o ; el arte i m p l i c a un d i c t a d o del s e n t i -
m i e n t o de lo bello.

IEI p r i m e r e l e m e n t o de q u e la m ú s i c a se vale es, n a t u -

r a l m e n t e , el s o n i d o , q u e es el e f e c t o q u e p r o d u c e en el
o í d o animal el aire en m o v i m i e n t o . I n f o r m e e l e m e n t o c u a n -
d o es el q u e se p r o d u c e e n la naturaleza, sin la i n t e r v e n -
c i ó n del h o m b r e ; v i e n t o , t r u e n o , el m u g i r de las aguas.
Pero cierta p o r c i ó n p u e d e ser p u e s t a en m o v i m i e n t o p o r el
h o m b r e : es el s o n i d o artificial, q u e en arte, es s u c e p t i b l e de
regulación p o r el h o m b r e m i s m o . El material s o n o r o , en sus
líneas generales, es el s o n i d o a r t i f i c i a l m e n t e r e g u l a d o . Esta
és la materia q u e el h o m b r e e m p l e a para q u e , trabajada
a r t í s t i c a m e n t e p o r él, o b t e n g a lo q u e se e n t i e n d e p o r m ú s i -
c a . Decir a r t í s t i c a m e n t e s u p o n e la existencia y a p l i c a c i ó n
de ciertas leyes, reglas, m o d o s o maneras de t r a b a j o q u e se
d e n o m i n a n t é c n i c a , estilo ...

La c o m p r e n s i ó n de la m ú s i c a , en su v e r d a d e r o s e n t i d o ,
c o n s i s t e en disfrutarla c o m o t a l . Pero ello exige u n a activa
p a r t i c i p a c i ó n p o r parte del o y e n t e . Ser " r e c e p t i v o a la
b e l l e z a " requiere m u c h o m á s q u e la simple a u d i c i ó n pasiva
y s u b c o n s c i e n t e . Exige no sólo la m á x i m a c o n c e n t r a c i ó n
p o r parte del o y e n t e , sino t a m b i é n una a u d i c i ó n m u c h a s
veces repetida.

La m ú s i c a c o m b i n a los valores e d u c a t i v o s de una disci-

plina r i g u r o s a , c o n los p o d e r e s d e c o m u n i c a c i ó n , revitali-
z a c i ó n y r e g e n e r a c i ó n de una de las Bellas A r t e s . T o d a
reflexión acerca de la e d u c a c i ó n m u s i c a l t i e n e q u e f u n d a r s e
en este p r i n c i p i o .

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 La finalidad de las a u d i c i o n e s musicales debería ser la
f o r m a c i ó n de un h á b i t o q u e c o n d u j e s e a la a u d i c i ó n perso-
nal, activa y analítica. El análisis obliga a escuchar c o n
atención, exactitud y refinamiento.

Si d i c h a s a u d i c i o n e s se realizan en la escuela, bajo la

d i r e c c i ó n de un p r o f e s o r especializado, deberían ser c o m -
parables a las sesiones de l a b o r a t o r i o de física o q u í m i c a ,
para realizar t a m b i é n en música u n análisis particularizado.
C o m o o c u r r e en cualquiera de las clases científicas, el
profesor pediría a sus a l u m n o s u n a d e s c r i p c i ó n precisa de
lo q u e allí está o c u r r i e n d o ; y sería el o í d o , n o la vista, el
o b s e r v a d o r . Los principales t e m a s de e s t u d i o deberían sur-
gir, c o n t o d a n a t u r a l i d a d , de la m i s m a m ú s i c a , e incluir
a s p e c t o s tales c o m o las cualidades s o n o r a s de los d i s t i n t o s
i n s t r u m e n t o s orquestales y c o r o s ; la t e x t u r a de la música
de c á m a r a , las peculiaridades de estilo de los c o m p o s i t o r e s
e x p u e s t o s en las lecciones y, s o b r e t o d o , el manejo y
desarrollo de las ideas musicales.

El e s t u d i o detallado del m a n e j o de las ideas musicales

en la sinfonía — q u e suele considerarse c o m p l e j í s i m o y de
dificultades i n s a l v a b l e s — es, p o r el c o n t r a r i o , u n o de los
aspetos más simples de la p r á c t i c a m u s i c a l , a causa de
q u e , d e n t r o del c o n t e x t o del gran e s q u e m a d r a m á t i c o , es-
t i m u l a el intelecto y las e m o c i o n e s . Esta ejercitación s i m u l -
tánea del o í d o y la m e n t e no sólo es benéfica c o m o c o m -
paración general para posteriores e s t u d i o s musicales, sino
q u e t a m b i é n c o n s t i t u y e u n f i n en sí, y de la más elevada
jerarquía d e n t r o del p r o g r a m a e d u c a t i v o .

U n a f o r m a de aprendizaje insustituible en cualquier

práctica musical, sea c o m o i n t é r p r e t e o c o m o o y e n t e , es la
repetición.

La música requiere no sólo u n a a u d i c i ó n a c t i v a , sino

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t a m b i é n u n a a u d i c i ó n repetida (reiterada). Lo cual se debe
a q u e la m ú s i c a está en c o n s t a n t e m o v i m i e n t o , siempre
d e s v a n e c i é n d o s e , d e s p a r e c i e n d o a la v u e l t a de la e s q u i n a ,
p o n i é n d o s e f u e r a del alcance a n t e s de q u e se la p u e d a asir.

S o n relativamente p o c a s las personas capaces de

c o m p r e n d e r , en t é r m i n o s p u r a m e n t e musicales, lo q u e la
m ú s i c a expresa. El s u p o n e r q u e u n a pieza de música debe
a c u m u l a r i m á g e n e s de una u o t r a especie, y q u e si éstas
f a l t a n la pieza no ha sido e n t e n d i d a o carece de valor,
es a l g o t a n e x t e n d i d o c o m o p u e d e serlo lo falso y lo
vulgar. Nadie espera tal cosa de cualquier o t r o arte, sino
q u e se c o n t e n t a c o n los e f e c t o s de sus e l e m e n t o s ; a u n q u e
bien es v e r d a d q u e en las d e m á s artes el t e m a material, el
o b j e t o r e p r e s e n t a d o , se ofrece p o r sí m i s m o a u t o m á t i c a -
m e n t e al l i m i t a d o p o d e r de c o m p r e n s i ó n del intelectual-
m e n t e m e d i o c r e . Puesto q u e la m ú s i c a , c o m o tal, carece
de t e m a material, h a y quienes b u s c a n a través de sus
e f e c t o s la belleza de la f o r m a e x c l u s i v a m e n t e , y o t r o s ,
p r o c e d i m i e n t o s p o é t i c o s . Hasta S c h o p e n h a u e r , q u e e m p i e -
za d i c i e n d o a l g o realmente e x h a u s t i v o acerca de la esencia
de la m ú s i c a en este maravilloso p e n s a m i e n t o : " E l c o m p o -
sitor revela la esencia í n t i m a del m u n d o o expresa la sabi-
duría más p r o f u n d a en un lenguaje q u e su razón no c o m -
p r e n d e ; e x a c t a m e n t e igual q u e u n a " m é d i u m " hace revela-
c i o n e s s o b r e cosas de las q u e no t i e n e ni idea c u a n d o
d e s p i e r t a " se extravía l u e g o , c u a n d o t r a t a de t r a d u c i r a
nuestra t e r m i n o l o g í a los detalles de ese lenguaje q u e la
razón no c o m p r e n d e .

La f a c u l t a d de pura p e r c e p c i ó n es e x t r e m a d a m e n t e rara
y s o l a m e n t e la e n c o n t r a m o s en seres de g r a n c a p a c i d a d .

S C H O E N B E R G DICE:

Para c o m p r e n d e r la verdadera naturaleza de la Creación,

- 65 -
hay q u e t e n e r en c u e n t a q u e la luz n o existía antes de q u e
Dios dijera: " H á g a s e la l u z " Y c u a n d o a ú n n o había luz, la
o m n i s c i e n c i a divina a b a r c ó su v i s i ó n , y su o m n i p o t e n c i a la
hizo surgir.

N o s o t r o s , p o b r e s seres h u m a n o s , c u a n d o n o s r e f e r i m o s
a u n o de n u e s t r o s mejores c e r e b r o s creadores, n u n c a
d e b i é r a m o s olvidar lo q u e en realidad es el creador.

El c r e a d o r t i e n e la visión de a l g o q u e no existió antes

de su v i s i ó n .

El c r e a d o r tiene el p o d e r de h a c e r vivir su v i s i ó n , el
p o d e r de realizarla.

En e f e c t o el c o n c e p t o de c r e a d o r y c r e a c i ó n ha de
f o r m a r s e en a r m o n í a c o n el M o d e l o D i v i n o ; inspiración y
p e r f e c c i ó n , deseo y c u m p l i m i e n t o , v o l u n t a d y e j e c u c i ó n ,
c o i n c i d e n e s p o n t á n e a y s i m u l t á n e a m e n t e . En la Creación
Divina no h u b o n i n g ú n detalle q u e q u e d a r a para resolverlo
después; " S e hizo la l u z " i n m e d i a t a m e n t e y en su más
completa perfección.

Los c r e a d o r e s h u m a n o s , c u a n d o alcanzan u n a visión,

h a n de recorrer el largo c a m i n o q u e la separa de su realiza-
c i ó n ; d u r o c a m i n o d o n d e , e x p u l s a d o s del Paraíso, incluso
los g e n i o s h a n de cosechar el f r u t o c o n el s u d o r de su
frente.

U n a cosa es recibir la visión en la inspiración de u n

instante creador, y otra el materializarla c o n a f a n o s a c o n e -
x i ó n de detalles hasta f u n d i r l a en u n a especie de organis-
mo.

Estoy c o n v e n c i d o de q u e el v e r d a d e r o c o m p o s i t o r
escribe m ú s i c a por la única razón de q u e le c o m p l a c e
hacerlo. Los q u e c o m p o n e n p o r q u e d e s e a n c o m p l a c e r a los
d e m á s , y llevan al p ú b l i c o en el p e n s a m i e n t o , no s o n

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a u t é n t i c o s artistas. N o s o n de la m a d e r a de aquellos q u e se
v e n i m p u l s a d o s a decir a l g o , exista o n o una persona a la
q u e le a g r a d e , incluso a u n q u e a ellos m i s m o s les disguste.
N o s o n c r e a d o r e s q u e a b r a n las válvulas de escape para
liberar la presión q u e i n t e r i o r m e n t e ejerce la creación q u e
está dispuesta a nacer. S o n t a n solo i n d i v i d u o s más o
m e n o s hábiles, q u e renunciarían a la c o m p o s i c i ó n si no
encontraran oyentes.

La v e r d a d e r a m ú s i c a , c o m p u e s t a p o r un v e r d a d e r o
c o m p o s i t o r , p r o v o c a t o d a clase de i m p r e s i o n e s a ú n sin
pretenderlo. Las melodías b o n i t a s y sencillas, los r i t m o s
saltarines, la a r m o n í a interesante, las f o r m a s artificiosas, el
c o n t r a p u n t o c o m p l i c a d o : he a q u í t o d o c u a n t o el v e r d a d e r o
c o m p o s i t o r p u e d e escribir c o n la facilidad c o n q u e se escri-
be u n a c a r t a . La m ú s i c a no es sólo u n a de t a n t a s clases de
d i v e r s i ó n , sino la r e p r e s e n t a c i ó n de las ideas del p o e t a y
p e n s a d o r m u s i c a l ; estas ideas musicales han de c o r r e s p o n -
der a leyes de lógica h u m a n a , y s o n parte de lo q u e el
h o m b r e p u e d e percibir, razonar y expresar. Partiendo de
estos asertos, he llegado a las s i g u i e n t e s c o n c l u s i o n e s :

EL E S P A C I O DE D O S O M A S D I M E N S I O N E S EN EL
Q U E SE R E P R E S E N T A N L A S I D E A S M U S I C A L E S , ES
U N A U N I D A D . A u n q u e los e l e m e n t o s de estas ideas
aparezcan s e p a r a d o s e i n d e p e n d i e n t e s a la vista y al o í d o ,
revelan su v e r d a d e r o s i g n i f i c a d o s o l a m e n t e a través de su
c o o p e r a c i ó n , al igual q u e una palabra aislada no p u e d e
expresar u n p e n s a m i e n t o sin relacionarla c o n o t r a s . T o d o lo
q u e a c o n t e c e en cualquier lugar de este espacio musical
tiene m á s de u n e f e c t o local. A c t ú a , no sólo en su p r o p i o
p l a n o , sin t a m b i é n en o t r o s p l a n o s y d i r e c c i o n e s , y su
influencia alcanza hasta los lugares m á s distantes. Por
e j e m p l o , el e f e c t o de la s u b d i v i s i ó n rítmica p r o g r e s i v a , a

- 67 -
través de lo q u e y o d e n o m i n o " t e n d e n c i a s de las notas
más b r e v e s " a multiplicarse, p u e d e observarse en t o d a s las
c o m p o s i c i o n e s clásicas.

En c o n s e c u e n c i a , la idea m u s i c a l , a u n q u e esté c o n s t i t u i -
da p o r m e l o d í a , r i t m o y a r m o n í a , no es u n a cosa ni otra
t o m a d a aisladamente, sino las tres en c o n j u n t o . Los ele-
m e n t o s de la idea musical e s t á n p a r c i a l m e n t e i n c o r p o r a d o s
al s e n t i d o horizontal en f o r m a de s o n i d o s sucesivos, y en
parte se hallan en s e n t i d o vertical c o m o s o n i d o s simul-
táneos. La m u t u a relación de los s o n i d o s regula la sucesión
de intervalos, así c o m o su a s o c i a c i ó n en a r m o n í a s ; el r i t m o
regula la sucesión de los s o n i d o s , c o m o t a m b i é n la de las
a r m o n í a s y organiza el fraseo.

F A L L A DICE:

Estoy a b s o l u t a m e n t e e n t r e g a d o a la m ú s i c a y la m ú s i c a
es necesario vivirla, llevarla e n sí, p o r q u e la f o r m a c i ó n de la
obra musical es un p o c o c o m o la f o r m a c i ó n del ser. Pero
es necesario t i e m p o . Se la ve f o r m a r s e de u n a manera
natural...! Es algo t a n misterioso, la m ú s i c a ! A m i e n t e n d e r ,
la m ú s i c a es el arte más j o v e n , y d e n t r o de d o s o tres
siglos se p o n d r á de m a n i f i e s t o q u e n o s o t r o s no h a c e m o s
sino c o m e n z a r .

Los e l e m e n t o s esenciales de la m ú s i c a , las f u e n t e s de

inspiración, s o n las naciones, los p u e b l o s .

Creo en una bella utilidad de la m ú s i c a desde un p u n t o

de vista social. Es necesario n o hacerla de m a n e r a e g o í s t a ,
para sí, sino para los d e m á s . . . Sí, trabajar para el p ú b l i c o
sin hacerle c o n c e s i o n e s : he a q u í el p r o b l e m a . Esto es en mi
una p r e o c u p a c i ó n c o n s t a n t e . Es necesario ser d i g n o del
ideal q u e se lleva d e n t r o y expresarlo, e s t r u j á n d o s e : es una
s u s t a n c i a a extraer y algunas veces c o n un t r a b a j o e n o r m e ,

- 68 -
c o n s u f r i m i e n t o . . . , y luego o c u l t a r el esfuerzo, c o m o si
fuese una i m p r o v i s a c i ó n m u y e q u i l i b r a d a , c o n los m e d i o s
más simples y seguros.

» * *

He t r a í d o a este c a p í t u l o los t e s t i m o n i o s de S c h o e n b e r g
y Falla, m ú s i c o s de estéticas m u y distintas, pero a m b o s de
los más g r a n d e s e i n n o v a d o r e s , para i n t e n t a r ver, desde su
peculiar p u n t o de m i r a , a la m ú s i c a , este arte q u e no se
p u e d e expresar c o n palabras.

Pienso q u e sólo los c o m p o s i t o r e s c o n u n a o b r a i m p o r -

t a n t e q u e los avale, t i e n e n d e r e c h o a hablarnos de m ú s i c a :
los d e m á s d e b e m o s aceptar su o p i n i ó n , creer q u e la música
es lo q u e dicen e intentar c o m p r e n d e r l a c o m o ellos, ya q u e
sin d u d a e s t á n más cerca del m i l a g r o .

- 69 -
 CAPITULO III

DIFERENTES C U L T U R A S M U S I C A L E S

«Brote verdín de la tierra, plantas germinadoras de si-

miente y árboles frutales productores de fruto conforme
a su especie...»

El material s o n o r o p u e d e ser r u i d o s o o musical; esta

s e g u n d a a c e p c i ó n es el resultado de selecciones l a r g a m e n -
te gestadas en la historia del s e n t i m i e n t o h u m a n o , c u y a s
fases sucesivas p u e d e n establecerse de tal f o r m a q u e , si-
g u i é n d o l a s , se irá h a c i e n d o la historia de la m ú s i c a en sus
etapas primitivas.

Es posible d a r n o s c u e n t a de la m a r c h a de estos proce-

sos " h u m a n o s " a la vista de lo q u e p u e d e ser c o m p r o b a d o .
De u n a parte es posible analizar el p r o c e s o del s e n t i d o
musical o de la apreciación volitiva del s o n i d o en el desa-
rrollo del n i ñ o . El o t r o g r a n t e m a analítico se presenta en
los p u e b l o s q u e se e n t i e n d e por p r i m i t i v o s , c a m p o f e c u n d o
en investigaciones para e t n ó l o g o s , a n t r o p ó l o g o s ... e histo-
riadores de la m ú s i c a . Pero c o n v a r i e d a d de reservas. El
t e s t i m o n i o del n i ñ o es útil s o l a m e n t e c u a n d o se t r a t a de
examinar el desarrollo de f a c u l t a d e s q u e c o n t i n ú a n su
m a r c h a progresiva en la e d a d a d u l t a . Por su parte, el p r i m i -
t i v o vive en un m u n d o d i s t i n t o del h o m b r e de c u l t u r a
e u r o p e a , sin q u e p u e d a decirse q u e es aquél u n a fase
d e t e n i d a en la historia del p r o g r e s o h u m a n o . S i n d u d a la
c u l t u r a del p r i m i t i v o ha pasado p o r m e n o s ciclos de expe-
riencia q u e la del e u r o p e o , pero los f u n d a m e n t o s de su

- 73 -
c u l t u r a radican en un plano diferente del n u e s t r o , y casos
hay en q u e p u e d e decirse q u e el e u r o p e o no ha pasado por
ciclos de c u l t u r a q u e el n o - e u r o p e o ha a t e n d i d o c o n m a y o r
interés q u e n o s o t r o s . La música de m u c h o s pueblos no
e u r o p e o s responde en la actualidad a estados m u y e v o l u -
c i o n a d o s de c u l t u r a y de n i n g u n a manera sirven c o m o
e j e m p l o de fases primitivas de nuestra historia musical. Los
ejemplos q u e v a n a m e n c i o n a r s e a c o n t i n u a c i ó n n o s o n ,
por lo q u e al desarrollo del s e n t i d o artístico musical se
refiere, más elementales o atrasados q u e los de un e u r o -
a m e r i c a n o ; s i m p l e m e n t e , r e s p o n d e n a otras necesidades,
q u e quizá, n o son t a n c o m p l e j a s .

Culturas antiguas

Lo q u e las viejas c u l t u r a s anteriores a la nuestra y las

c u l t u r a s no e u r o p e a s actuales e n s e ñ a n desde el p u n t o de
vista de la f a c u l t a d p e r c e p t i v a en los diversos f a c t o r e s q u e
i n t e g r a n la m ú s i c a , q u e d a l i m i t a d o a aquellas zonas q u e
aparecen c o n s t a n t e m e n t e c o m o f e n ó m e n o h u m a n o . S u
materia es la de los f a c t o r e s f u n d a m e n t a l e s del arte: desa-
rrollo de la c a p a c i d a d para apreciar la justeza de la e n t o n a -
c i ó n ; e l e m e n t o s de la c o m b i n a t o r i a r í t m i c a y desarrollo del
s e n t i d o de la u n i d a d a r m ó n i c a o c o n s o n a n c i a . M á s hay
p u e b l o s v i v o s en la a c t u a l i d a d para q u i e n e s el s e n t i d o de
esa u n i d a d a r m ó n i c a , q u e es la base d e la e v o l u c i ó n en la
m ú s i c a e u r o p e a apenas tiene i m p o r t a n c i a f u n d a m e n t a l ; así
casi t o d o s los p u e b l o s del Oriente A s i á t i c o y los de A f r i c a
a b o r í g e n e s a m e r i c a n o s , p r e s t a n m u y escasa a t e n c i ó n al
f e n ó m e n o a r m ó n i c o , a pesar de lo cual a l g u n o s de ellos,
los m u s u l m a n e s en general, los c h i n o s y los j a p o n e s e s ,
practican una música extraordinariamente avanzada c o m o
f o r m a de c u l t u r a .

N i t a n siquiera es posible a f i r m a r q u e el s e n t i d o de

- 74 -
justeza en la e n t o n a c i ó n , caracterice u n a c u l t u r a musical
avanzada. Distintas p o b l a c i o n e s del archipiélago malayo
p r a c t i c a n e n t o n a c i o n e s justas. En c a m b i o , e n regiones del
c e n t r o y sur de A s i a y en J a p ó n se sigue p r a c t i c a n d o una
m ú s i c a de e n t o n a c i o n e s variables q u e , a su vez, posee u n a
gran c o m p l e j i d a d de e s t r u c t u r a y de n e t o s e n t i d o artístico.
Nuestra c u l t u r a e u r o p e a es inferior a la oriental en el s e n t i d o
de la c o m b i n a t o r i a r í t m i c a y, d e s d e este p u n t o de v i s t a , la
polirrítmica asiática y sus c o m b i n a c i o n e s h e t e r o f ó n i c a s
s u p o n e n u n desarrollo de ciertas f a c u l t a d e s musicales
superior al e s t a d o en q u e se e n c u e n t r a n e n t r e n o s o t r o s .
Finalmente, la a t e n c i ó n prestada en la m ú s i c a europea a la
fijeza de e n t o n a c i ó n , s e g ú n d e t e r m i n a d o s p a t r o n e s , ha
acarreado una pobreza n o t o r i a en este a s p e c t o de n u e s t r o
o í d o , f r e n t e a la sensibilidad t a n fina y t a n rica del o í d o
oriental. El ú n i c o p l a n o c o m ú n s o b r e el q u e se asientan
t o d o s los p u e b l o s del planeta c o n s i s t e en la p e r c e p c i ó n de
la u n i d a d a r m ó n i c a , d i c h o de o t r o m o d o , la apreciación
e s p o n t á n e a de la c o n s o n a n c i a , q u e , c o m o r e s p o n d e a p r i n -
cipios f i s i o l ó g i c o s naturales a t o d a s las variedades h u m a -
nas, p u e d e servir c o m o t é r m i n o de c o m p a r a c i ó n ; c o n
m a y o r utilidad para c o m p r e n d e r n o s o t r o s el p r o c e s o e v o l u -
t i v o del f e n ó m e n o m u s i c a l , p u e s t o q u e t o d a nuestra m ú s i -
c a , la e u r o - a m e r i c a n a , se basa en este p r o c e s o .

La música de Africa Occidental.

C o n harta f r e c u e n c i a se ha c o n s i d e r a d o el A f r i c a c o m o
una u n i d a d g e o g r á f i c a , h i s t ó r i c a , e c o n ó m i c a , c u l t u r a l y a n -
t r o p o l ó g i c a . Pero éste n o es sino u n o de t a n t o s c o n c e p t o s
falsos q u e al r e s p e c t o se h a n v e n i d o p e r p e t u a n d o de una
é p o c a a o t r a s . P o r q u e el A f r i c a es un c o n t i n e n t e i n m e n s o
— posee cerca de t r e i n t a millones de k i l ó m e t r o s c u a d r a -
d o s — h a b i t a d o p o r diversos p u e b l o s y t r i b u s , p o r d i s t i n t o s

- 75 -
grupos genéticos y semánticos, cuyos hábitos y costum-
bres t a m b i é n s o n diferntes y acerca de los cuales no se
p u e d e generalizar, c o m o t a m p o c o es posible hacerlo al
hablar de E u r o p a . C o m o dice el a f r ó l o g o brasileño A r t h u r
R a m o s , d e s d e el p u n t o de vista e c o n ó m i c o , así c o m o
desde el religioso, el e s t é t i c o , el social, es un m o s a i c o de
e l e m e n t o s culturales q u e se mezcla e n imprevistas c o m b i -
naciones.

S i n e m b a r g o , lo que l l a m a m o s A f r i c a O c c i d e n t a l , p u e d e
considerarse u n a zona m á s o m e n o s h o m o n g é n e a , de
a c u e r d o c o n el m u s i c ó g r a f o Felá S o w a n d e y el b i ó l o g o J u l i á n
S. H u x l e y . A b a r c a u n área de alrededor de c i n c o millones
de k i l ó m e t r o s c u a d r a d o s , q u e incluye las regiones costeras
desde el S e n e g a l , a través de G a m b i a , Sierra L e o n a , Libe-
ría, Costa de M a r f i l , A s h a n t i , D a h o m e y y Nigeria, hasta el
C a m e r ú n . Hacia el Este, el L a g o C h a d señala el límite, y al
N o r t e c o n t i n ú a hasta el desierto del S a h a r a .

En t o d a esa z o n a f l o r e c i ó una elevada c u l t u r a , la más

rica m i t o l o g í a — q u e a s o m b r ó a Leo F r o b e n i u s — y las
religiones y los c u l t o s m á s desarrollados; se e l a b o r ó una
c o m p l e j a e c o n o m í a y la civilización alcanzó su más alto
nivel. A ella p e r t e n e c e n el área del C o n g o y la subárea de
Guinea — s e g ú n el m a p a cultural t r a z a d o p o r el e m i n e n t e
a n t r o p ó l o g o n o r t e a m e r i c a n o d o c t o r Melville J . H e r s k o v i t s —
p e q u e ñ a zona ésta, pero de s u m a t r a s c e n d e n c i a para los
e s t u d i o s a f r o l ó g i c o s , pues p r o p o r c i o n ó la m a y o r parte de
los esclavos i n t r o d u c i d o s e n el n u e v o M u n d o .

Del A f r i c a O c c i d e n t a l p r o c e d e n las expresiones artísticas

de m a y o r i m p o r t a n c i a del n e g r o : los f a m o s o s b r o n c e s de
B e n ó n , realizados m e d i a n t e el p r o c e d i m i e n t o de " c e r a per-
d i d a " ; los o b j e t o s e s c u l p i d o s en h i e r r o , c o b r e y b r o n c e y
las esculturas en m a d e r a de D a h o m e y ; las célebres t e r r a c o -
tas de Ifé d e s c u b i e r t a s p o r F r o b e n i u s ; las e s c u l t u r a s en

- 76 -
madera de la Costa de M a r f i l , de Nigeria y el C o n g o ; las
sugestivas danzas de c o n t e n i d o m á g i c o y religioso, c u y o
e x p r e s i o n i s m o llamó la a t e n c i ó n de t o d o s los viajeros y
e t n ó l o g o s ; la m ú s i c a i n s t r u m e n t a l y v o c a l y el " l e n g u a j e del
tambor".

A pesar de q u e en estos ú l t i m o s t i e m p o s se ha p r o g r e -
sado bastante en el t e r r e n o del c o n o c i m i e n t o de las artes
de matriz a f r o o c c i d e n t a l , la m ú s i c a africana posee m u y
p o c o s historiadores, m u s i c ó g r a f o s , t e ó r i c o s , críticos y
c o m e n t a r i s t a s , lo c u a l , c o m o es l ó g i c o , d i f i c u l t a la tarea
c o n d u c e n t e a la debida exégesis y a p r e c i a c i ó n del i d i o m a
s o n o r o de los nativos. Y n o es raro q u e así sea, p u e s ,
c o m o lo señala el ilustre a f r ó l o g o y p o l í g r a f o c u b a n o d o c t o r
Fernando Ortiz, hasta hace p o c o A f r i c a era considerada u n
c o n t i n e n t e salvaje y de p u e b l o s a n t r o p ó f a g o s , acaso de
especie i n f r a h u m a n a .

Hasta f i n e s del siglo xix, c u a n d o f u e e x p l o r a d o p o r

científicos, u n v e r d a d e r o " m i s t e r i o " rodeaba el c o n t i n e n t e
l l a m a d o , p r e c i s a m e n t e , " m i s t e r i o s o " , a pesar de q u e se le
c o n o c e desde la prehistoria. Ha s i d o Leo Frobenius, el
sagaz e t n ó l o g o e historiador g e r m a n o , q u i e n dijo q u e la
idea del n e g r o bárbaro f u e u n a i n v e n c i ó n e u r o p e a para
mejor e x p l o t a r l o ; t a m b i é n f u e F r o b e n i u s el q u e realizó la
primera t e n t a t i v a de delimitar los " c i c l o s de c u l t u r a " afri-
cana.
Si se t i e n e en c u e n t a esos a b s u r d o s c o n c e p t o s , s a t u r a -
d o s de m i s o n e g r i s m o a c e r b o , n o p u e d e extrañar q u e la
música del h o m b r e de color haya sido m u y " m a l v i s t a " ,
c o m o antes se decía y t a m b i é n m u y " m a l o í d a " , c o m o h o y
p o d e m o s a f i r m a r — a ñ a d e el d o c t o r - O r t i z — , "pues al arte de
la raza de C a m se lo m a n t u v o en u n " d e s p r e c i o ridículo y
profundamente injusto".

A d e m á s , la apreciación de la m ú s i c a africana exige u n

- 77 -
s e n t i d o musical particular. A l r e s p e c t o , el m u s i c ó g r a f o y
a n t r o p ó l o g o d o c t o r Richard A . W a t e r m a n ha d i c h o :

" E s i n d u d a b l e q u e la c a p t a c i ó n de los r i t m o s africanos

requiere el desarrollo de u n s e n t i d o musical q u e , en el
i n d i v i d u o a c o s t u m b r a d o sólo a las n o r m a s de la m ú s i c a
e u r o p e a , u s u a l m e n t e está algo d o r m i d o . Hasta q u e éste se
desarrolle, m u c h o s a s p e c t o s de la música africana de los
m¿s i m p o r t a n t e s para el n a t i v o , p u e d e n p e r m a n e c e r in-
c o m p r e n s i b l e s para el i n v e s t i g a d o r más a l e r t a " .

El arte musical a f r i c a n o , c o n t r a r i a m e n t e a lo q u e es
f r e c u e n t e creer, acusa múltiples y variadas f a c e t a s . De u n a
z o n a a la o t r a , sus f o r m a s , sus rasgos r í t m i c o s , su c o n t e n i -
d o y su estilo varían c o n s i d e r a b l e m e n t e . Hablar de u n a
m ú s i c a africana es t a n i n c o r r e c t o c o m o m e n c i o n a r u n a
m ú s i c a e u r o p e a . " H a y t a n t a s f o r m a s musicales c o m o dia-
l e c t o s — ha d i c h o el d o c t o r Melville J . H e r s k o v i t s — , y, lo
q u e es m á s i m p o r t a n t e , cada c u l t u r a posee diferentes
maneras'de c a n t o " .

En la s o c i e d a d a f r o o c c i d e n t a l , la m ú s i c a no es u n " a r t e
p o r el a r t e " , sino q u e c o n s t i t u y e u n a a c t i v i d a d c o t i d i a n a
q u e tiene i n v a r i a b l e m e n t e su f u n d a m e n t o social, pues está
v i n c u l a d a a las f u n c i o n e s de la c o m u n i d a d , en c u y o s p a -
t r o n e s c u l t u r a l e s d e s e m p e ñ a un papel de s u m a t r a s c e n -
d e n c i a . L i g a d a a la d a n z a , q u e s e g ú n G e o f f r e y Gorer o c u p a
el p r i m e r lugar e n t r e las artes de m a t r i z a f r i c a n a , f o r m a
parte i n d i s o l u b l e de las c e r e m o n i a s q u e se realizan c o n m e -
m o r a n d o h e c h o s o a c o n t e c i m i e n t o s relacionados c o n la
vida diaria del p u e b l o . Los n a c i m i e n t o s , las b o d a s , los sepe-
lios, el t r a b a j o , la caza, la d i v e r s i ó n , la g u e r r a , v a n invaria-
b l e m e n t e a c o m p a ñ a d o s de m ú s i c a . " N i n g u n a c e r e m o n i a
africana es c o m p l e t a sin f o n d o m u s i c a l " , ha d i c h o O l u w o l e
A y o d e l e A l a k i j a . Y Paul G u i l l a u m e y T h o m a s M u n r o , en su

- 78 -
obra " L a s c u l p t u r e negre p r i m i t i v e " , aseveran q u e " e l arte
por el arte n o se c o n o c e en el A f r i c a " .

" L a m ú s i c a n o es ni r e p r o d u c c i ó n de u n a o b r a como
o b j e t o e x i s t e n t e — h a escrito el g r a n m u s i c ó g r a f o vienes
Erich M . v o n H o r n b o s t e l — , ni p r o d u c c i ó n de u n nuevo
o b j e t o ; es la vida de u n espíritu q u e se agita d e n t r o de los
que danzan o c a n t a n " .

Por t a n t o , para apreciar sus a u t é n t i c o s valores es nece-

sario c o n o c e r el f o n d o social q u e la respalda, y, s o b r e t o d o ,
e n f o c a r l a d e s d e u n á n g u l o de visión d i s t i n t o del de la
m ú s i c a nacida de f u e n t e e u r o p e a .

En el arte s o n o r o del A f r i c a O c c i d e n t a l , el r i t m o alcanza

una i m p o r t a n c i a tal q u e hasta se ha llegado, p o r ello, a
ignorar la t r a s c e n d e n c i a de sus m e l o d í a s , de sus polifonías y
de los n u t r i d o s c o r o s de v o c e s e x c e p c i o n a l e s , c u y o s c a n t o s
" h a c e n parecer groseras, simples, r u d i m e n t a r i a s a las c a n -
c i o n e s f r a n c e s a s " , s e g ú n dice A n d r é Gide. P o r q u e el rit-
m i s m o del h o m b r e de c o l o r es c l a r a m e n t e superior al de los
d e m á s p u e b l o s del m u n d o y por ello hace olvidar sus otras
cualidades musicales.

Las f a e n a s agrícolas c o l e c t i v a s , y los g r u p o s de remeros

o cualquier otra labor q u e requiera m o v i m i e n t o s r í t m i c o s
regulares se a c o m p a ñ a n de i n s t r u m e n t o s de p e r c u s i ó n .

N o es necesario insistir sobre el alcance q u e el a f r i c a n o

presta al t a m - t a m . T o d o s los viajeros, publicistas de recuer-
d o s , escritores, a n t r o p ó l o g o s y m u s i c ó g r a f o s h a n recalcado
este h e c h o , no sólo al referirse al A f r i c a O c c i d e n t a l , sino
t a m b i é n al hablar del n e g r o en los d i s t i n t o s países del
N u e v o M u n d o . I n d u d a b l e m e n t e es el i n s t r u m e n t o más i m -
p o r t a n t e de los m u c h o s a e r ó f o n o s , c o r d ó f o n o s , m e m b r a n ó -
f o n o s , e i d i ó f o n o s q u e e m p l e a n , t a n t o desde el p u n t o de
mira m u s i c a l c o m o d e s d e el á n g u l o social o litúrgio. Por-

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q u e , c o n su a g u d o s e n t i d o del r i t m o , el n e g r o ha l o g r a d o
llevar los t a m b o r e s a u n g r a d o de p e r f e c c i ó n d e s c o n o c i d o
para los o t r o s p u e b l o s .

Pero el a s p e c t o quizá más singular del uso del t a m b o r

en el oeste del A f r i c a es su e m p l e o c o m o m e d i o de c o m u -
nicación e n t r e los nativos. Se t r a t a del d e n o m i n a d o " L e n -
guaje del t a m b o r " , q u e no es, c o m o se i m a g i n a , una espe-
cie de c ó d i g o M o r s e , sino la i m i t a c i ó n de las palabras por
m e d i o de los i n s t r u m e n t o s de p e r c u s i ó n . Esta i m i t a c i ó n se
logra m e r c e d a la r e p r o d u c c i ó n de los d i f e r e n t e s matices
de t i m b r e y de " T e m p o " q u e e x i g e n los c o m p l e j o s idiomas
africanos, en los cuales u n m i s m o v o c a b l o posee más de
veinte s i g n i f i c a d o s d i s t i n t o s , s e g ú n la m a n e r a c o m o se lo
p r o n u n c i e y el t i m b r e q u e se le i m p r i m a .

" P a r a el e u r o p e o — a s e v e r a A . B . Ellis en " T h e Tshis-

peaking peoples of t h e G o l d Coast o f W e s t A f r i c a — " , c u y o
o í d o y m e n t e n o t i e n e n especial p r e p a r a c i ó n , el r i t m o de un
t a m b o r sólo expresa la repetición de la m i s m a n o t a a d i s t i n t o s
intervalos; p e r o para el n a t i v o del A f r i c a significa m u c h o
más, p u e s para el n e g r o el t a m b o r p u e d e " h a b l a r " , y
" h a b l a " ; sus s o n i d o s f o r m a n palabras y el desarrollo de u n
r i t m o es u n a f r a s e " .

Los c a m b i o s de t o n o en los t a m b o r e s se e f e c t ú a n
m e d i a n t e la presión del parche y los de " v i b r a t o " m e r c e d a
la v i b r a c i ó n de las rodillas c o n t r a el i n s t r u m e n t o , mientras
el e j e c u t a n t e lo sostiene sobre sus faldas.

Por c o n s i g u i e n t e , el lenguaje y la m ú s i c a están estre-

c h a m e n t e v i n c u l a d o s , de manera q u e los n a t i v o s , desde
niños, se a c o s t u m b r a n a advertir los c a m b i o s de t o n o , las
sutilezas rítmicas, los d i s t i n t o s t i m b r e s y la diversidad de
los " t e m p i " . De ahí la musicalidad q u e caracteriza al
h o m b r e de color.

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 En los ritos s a c r o m á g i c o s , el t a m - t a m d e s e m p e ñ a u n
papel de señalada c o n s i d e r a c i ó n . Cada u n o de los dioses
posee u n " t o q u e " particular, m e d i a n t e el cual se le e v o c a ,
y los r i t m o s del i n s t r u m e n t o c o n t r i b u y e n a la posesión o
t r a n c e en q u e c a e n los fieles. El t a m b o r e r o goza de un
t r a t a m i e n t o especial d e n t r o de la c o m u n i d a d y se le respeta
p o r el v i r t u o s i s m o d e su arte.

Las melodías a f r i c a n a s , q u e no s o n t a n breves c o m o a

m e n u d o se ha d i c h o , p u e s t o q u e el m u s i c ó g r a f o N i c h o l a s
G . J . Ballanta T a y l o r halló m u c h í s i m a s de d o c e y dieciséis
c o m p a s e s , a c u s a n u n a m a r c a d a t e n d e n c i a a o n d u l a r s e en
forma descendente.

C o m o es bien s a b i d o el n e g r o f u e i n t r o d u c i d o e n los
Estados U n i d o s , así c o m o en el resto de A m é r i c a , c o m o
f u e r z a de t r a b a j o . L ó g i c o es por c o n s i g u i e n t e , q u e las c a n -
c i o n e s de labor sean la primera m a n i f e s t a c i ó n musical del
esclavo t r a s p l a n t a d o al N u e v o M u n d o . P o r q u e , t a n t o en
A f r i c a c o m o en A m é r i c a , el c a n t o a c o m p a ñ a siempre a las
tareas m a n u a l e s de la raza de C a m . El h e c h o está a m p l i a -
m e n t e d o c u m e n t a d o p o r t o d o s los viajeros, publicistas de
r e c u e r d o s , e t n ó l o g o s y m i s i o n e r o s q u e recorrieron el dilata-
d o c o n t i n e n t e o s c u r o y los países a m e r i c a n o s en los cuales
h u b o t r a t a i n t e n s i v a , e s p e c i a l m e n t e los Estados U n i d o s ,
Brasil y las Indias O c c i d e n t a l e s .

El célebre viajero escocés M u n g o Park, en los j u g o s o s

relatos de su i n c u r s i ó n en el A f r i c a , asevera q u e los n e g r o s
" a l i v i a n su t r a b a j o m e d i a n t e c a n c i o n e s " .

Refiriéndose a los n e g r o s e s t a d o u n i d e n s e s , el p e d a g o -
g o . T. W a s h i n g t o n escribe:

" S i e m p r e q u e los g r u p o s n e g r o s t r a b a j a n j u n t o s e n los

c a m p o s de a l g o d ó n y de t a b a c o , e n los d i q u e s o e n los

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b a r c o s , así c o m o en las p l a n t a c i o n e s de azúcar, s u r g e n estos
cantos".

En lo q u e respecta a C u b a , el d o c t o r F e r n a n d o Ortiz
apunta:

" E n los bateyes de n u e s t r o s i n g e n i o s de hacer azúcar,

los estereros, los paileros, los f o g o n e r o s y , sobre t o d o , los
e n t o n g a d o r e s g u s t a b a n de a c o m p a ñ a r s e al r i t m o de sus
c a n c i o n e s . A n s e l m o Suárez, en sus bellos c u a d r i t o s de la
vida agraria de a n t a ñ o , alude repetidas veces a las c a n c i o -
nes de los negros esclavos en sus faenas. A ú n h o y día
h e m o s o í d o c a n t o s religiosos y o r u b a s aplicados al r i t m o de
los e n t o n g u e s p o r los estibadores de la bahía h a b a n e r a " .
Luis A r a q u i s t a i n , en sus impresiones de un viaje a Puer-
t o Rico, S a n t o D o m i n g o , Haití y C u b a , expresa:

" E n Haití, la m ú s i c a no es lujo o u n a a ñ a d i d u r a a la

existencia, sino su parte i n t e g r a n t e , presente en t o d o s sus
m o m e n t o s ; u n m e d i o de solidaridad entre los h o m b r e s y de
c o m u n i c a c i ó n c o n las divinidades. C u a n d o t r a b a j a n , las
cuadrillas de o b r e r o s a c o m p a ñ a n los m o v i m i e n t o s unifor-
mes de los c u e r p o s s e m i d e s n u d o s c o n c a n t u r í a s m o n o c o r -
des, q u e , e x c i t á n d o l e s , dijérase q u e les alivia de la d u r a
labor bajo el f u e g o de u n sol t r o p i c a l de justicia.

A su paso p o r Río de J a n e i r o , e n 1846, D o m i n g o Faus-

t i n o S a r m i e n t o a n o t a esta o b s e r v a c i ó n acerca del c a n t o de
labor de los a f r o a m e r i c a n o s :

" L a r g a recua d e negros e n c o r v a d o s bajo el peso de la

carga s e g u í a n al t r o t e el m a d r í n q u e en la delantera agitaba
cascabeles y campanillas. N e g r o s arrieros c e r r a b a n la p r o -
c e s i ó n , c h a s q u e a n d o su látigos s o n o r o s para avivar el paso
de las m u í a s h u m a n a s , y aquella bestia de d o s pies, lejos
de g e m i r bajo el p e s o , c a n t a para animarse c o n el c o m p á s
de su v o z . . . " .

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 T o d o el f o l k l o r e de los negros n o r t e a m e r i c a n o s están
s a t u r a d o s c o n los j u g o s de las t r a d i c i o n e s rítmicas, p o é t i -
cas, m e l ó d i c a s , t í m b r i c a s y c o n t r a p u n t í s t i c a s africanas.
Pero es i n c u e s t i o n a b l e q u e los c a n t o s de labor s o n los q u e
retienen la m a y o r dosis de sobrevivencias a f r o o c c i d e n t a l e s ,
no sólo en lo q u e atañe a las m e l o d í a s y al t i m b r e de las
v o c e s , sino t a m b i é n en lo q u e respecta al r i t m o , conser-
v a n d o en la m e d i d a q u e lo p e r m i t e la s i m i l i t u d de las
labores e f e c t u a d a s en el c o n t i n e n t e de é b a n o y en el Nue-
vo M u n d o .

C o m o los c a n t o s de A f r i c a O c c i d e n t a l , los " w o r k

s o n g s " suelen ser de breve e x t e n s i ó n , y los t e m a s t r a t a d o s
se refieren a las faenas y a los p o r m e n o r e s . La f r e c u e n t e
reiteración t e m á t i c a , t a n t o musical c o m o p o é t i c a , es c o m ú n
a la m ú s i c a africana y a la a f r o a m e r i c a n a . Se deslizan
t a m b i é n a l g u n o s v o c a b l e s n a c i d o s en el c o n t i n e n t e o s c u r o ,
pero, en general, el a f r i c a n i s m o reside m á s bien en la sintaxis
y en la e n t o n a c i ó n o t i m b r e de las v o c e s , tal c o m o o c u r r e
t a m b i é n en el i d i o m a de los negros e s t a d o u n i d e n s e s .

T a n t o la m ú s i c a c o m o la poesía d e los c a n t o s de labor

acusan un d i n a m i s m o y u n a fuerza singulares. Ni una ni
otra se ajusta a u n a f o r m a i n m u t a b l e , sino q u e e s t á n c o n -
d i c i o n a d a s a los m o v i m i e n t o s q u e la f a e n a m a n u a l exija. La
rutina n o se e n g e n d r a en estas exquisitas m a n i f e s t a c i o n e s
de f o l k l o r e , p u e s t o q u e la i m p r o v i s a c i ó n q u e las caracteriza,
la m ú s i c a y la poesía s u r g e n c o n n a t u r a l i d a d y v i d a .

Propios de estos c a n t o s s o n los r i t m o s v i g o r o s o s , m a r t i -

lleados c o n n o t a b l e precisión p o r los c a n t a n t e s y p o r el
g o l p e de la m a z a , el h a c h a o el p i c o s o b r e el o b j e t o
p e r c u t i d o . A b u n d a n las pausas p r o l o n g a d a s , s e g ú n los
r e q u e r i m i e n t o s de la tarea realizada; los c u a r t o s de t o n o ,
q u e prestan su s a b o r característico a t o d o el c a n c i o n e r o
n e g r o ; las frases musicales rústicas, y los versos de m é t r i c a

- 83 -
m u y breve y r e p e t i d o s c o n f r e c u e n c i a . T a m b i é n se singula-
rizan p o r la p a l p i t a n t e fuerza e x p r e s i v a q u e l o g r a n , m e d i a n -
te una e c o n o m í a de recursos e n v e r d a d e x t r a o r d i n a r i a .

Estas c a n c i o n e s , q u e d e s p i e r t a n u n interés t a n t o estéti-

co c o m o s o c i o l ó g i c o , sirven para e s t i m u l a r la energía del
trabajador, para señalarle el r i t m o de la tarea q u e realice y
para aliviar el t e d i o en los q u e h a c e r e s q u e e x i g e n regulari-
d a d en los m o v i m i e n t o s , c o m o derribar árboles o q u e b r a r
rocas. Por c o n s i g u i e n t e , la clase de o c u p a c i ó n q u e se efec-
t ú e d e t e r m i n a la c o n t e x t u r a de la c a n c i ó n q u e se e n t o n e , el
n ú m e r o y la e x t e n s i ó n de las pausas, las d i m e n s i o n e s del
pie p o é t i c o y de la frase musical, el r i t m o y el " t e m p o " .
Porque los m o v i m i e n t o s del trabajo r e p e t i d o s r í t m i c a m e n t e ,
se c o n v i e r t e n en básicos r i t m o s musicales.

Cooperación e intercambios dentro del dominio de la música

y de la educación musical, entre países de culturas distintas
(Alain Danielou)

D u r a n t e la c o n f e r e n c i a sobre la e d u c a c i ó n musical q u e
t u v o lugar en T e h e r á n en 1967, se t o m a r o n n u m e r o s a s
resoluciones para solicitar a d i f e r e n t e s países de Asia un
esfuerzo m a y o r para la preservación de su herencia m u s i -
cal. M u c h a s de estas resoluciones se han s e g u i d o : c r e a c i ó n
de escuelas, p r o g r a m a s de radio, c o n c i e r t o s , discos etc. A
pesar de t o d o , el m a n t e n i m i e n t o local de las c u l t u r a s regio-
nales n o es s u f i c i e n t e y p u e d e incluso llegar, a lo peor, a
d e s e m b o c a r en c o n f l i c t o de culturas.

La c o o p e r a c i ó n no c o m i e n z a m á s q u e c o n i n t e r c a m b i o s
verdaderos, un c o n o c i m i e n t o , u n a a p r e c i a c i ó n , u n respeto
m u t u o q u e no t i e n e nada q u e ver c o n p r é s t a m o s s u p e r f i -
ciales o mezcolanzas.

El m u n d o m o d e r n o está p r e p a r a d o ya a u n a p o l i c u l t u r a

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musical, desde el h e c h o m i s m o de ser capaces de apreciar
a M o n t e v e r d i , S t o c k h a u s e n y a los Rolling S t o n e s , tres
c o n c e p c i o n e s q u e no tienen casi nada en c o m ú n , sin llegar
t a n siquiera a pensar en transcribir M o n t e v e r d i en Jazz.
T o d o e s t o n o era igual hace u n siglo. G r a n d e s m ú s i c o s
indios o árabes tiene h o y su lugar en la vida musical de
t o d o s los países, n o p o d e m o s ignorarlos y la e d u c a c i ó n
musical d e b e tenerles en c u e n t a .

El g r a n artista está por c o m p l e t o especializado. N o se le

debe t u r b a r d e n t r o de su c o n c e p c i ó n del arte. Es el p ú b l i c o
clarividente y el a f i c i o n a d o los q u e p e r m i t e n el desarrollo de
las artes y su f o r m a c i ó n d e p e n d e f u n d a m e n t a l m e n t e de la
e d u c a c i ó n musical.

D e b e m o s desconfiar de u n a a c t i t u d fatalista q u e consi-

dera a las artes c o m o ligadas al p r o g r e s o industrial y la
desaparición de los m á s débiles c o m o h e c h o natural e
inevitable.

Lo q u e es i m p o r t a n t e y e n r i q u e c e d o r para n o s o t r o s es
el d e s c u b r i m i e n t o de c o n c e p c i o n e s t o t a l e s diferentes de las
nuestras, c o n c e r n i e n t e s al papel de la música y al lugar q u e
ella o c u p a en la v i d a , incluso si en el p r i m e r m o m e n t o este
papel parece acercarse m á s a la parapsicología q u e a
nuestra c o n c e p c i ó n e s t é t i c a . D e b e m o s revisar p r o f u n d a -
m e n t e nuestra c o n c e p c i ó n d e la enseñanza m u s i c a l y abrir
nuestros c o n s e r v a t o r i o s , nuestras escuelas de música al
mensaje musical de A s i a y de A f r i c a , sin olvidar q u e los
p r i n c i p i o s de la m ú s i c a o c c i d e n t a l se e n s e ñ a n e n la m a y o r
parte de las escuelas de m ú s i c a de los d e m á s c o n t i n e n -
tes. A l g u n o s esfuerzos se han h e c h o ya en el s e n t i d o
de c o m e n z a r u n a e n s e ñ a n z a de la m ú s i c a oriental en Euro-
pa y en A m é r i c a , pero sería necesario u n c e n t r o de f o r m a -
c i ó n para los profesores de m ú s i c a a f i n de preparar el
t e r r e n o para u n a v e r d a d e r a c o - p e n e t r a c i ó n ( c o m p e n e t r a -

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d o n ) de las c u l t u r a s musicales. El I n s t i t u t o para el Estudio
C o m p a r a t i v o de la M ú s i c a en Berlín y en V e n e c i a , en
c o l a b o r a c i ó n c o n el Consejo Internacional de la M ú s i c a ,
desde hace q u i n c e años ha p l a n t e a d o el p r o b l e m a presen-
t a n d o a g r a n d e s artistas asiáticos y a f r i c a n o s a través de
discos y en c o n c i e r t o s . Hace falta ahora pasar al estadio de
un c o n o c i m i e n t o más p r o f u n d o y es allí d o n d e la e d u c a c i ó n
musical tiene u n papel n u e v o y esencial q u e realizar.

La Música y la Educación musical en las sociedades no

industria/izadas (Salah el Mahdi).

D a n d o u n a vuelta p o r el h o r i z o n t e , a través de los

países no industrializados, c o n s t a t a m o s q u e los habitantes
de estos países tienen u n a ligazón particular hacia la m ú -
sica y la e d u c a c i ó n musical. Baste para c o m p r o b a r l o leer
" L a C a n c i ó n T u n e c i n a " , escrito en árabe a principios de
este siglo por S a d o k Er-Rezgu¡, h o m b r e de letras y perio-
dista de su t i e m p o . Este m a n u s c r i t o n o s presenta la m ú s i -
ca t u n e c i n a , su historia, sus relaciones c o n la m ú s i c a de
o t r o s países árabes, el c a n t o b e d u i n o , los " m o u a c h a s s " y
Zajals a n d a l u c e s , el m a l o u f t u n e c i n o ( c a n t o tradicional clá-
sico), los d i f e r e n t e s i n s t r u m e n t o s t r a d i c i o n a l e s y f o l k l ó r i c o s ,
las sociedades musicales, la vida de los artistas p r o f e s i o n a -
les e n T ú n e z y los c a n t o s l i t ú r g i c o s c o n q u i n c e cofradías
adheridas. N o s presenta i g u a l m e n t e las c o s t u m b r e s t u n e c i -
nas y su relación c o n el c a n t o y la m ú s i c a , e s p e c i a l m e n t e
en las o c a s i o n e s de a l u m b r a m i e n t o s , el primer c o r t e de
pelo en los m u c h a c h o s , la p r i m e r a trenza (Ouksa) en las
m u c h a c h a s . La presencia de c a n c i o n e s en la escuela c o r á -
nica y en las escuelas f e m e n i n a s del barrio (Dar El M o u a l -
m a ) , la c a n c i ó n y sus relaciones c o n las fiestas de c i r c u n c i -
s i ó n , en la p r e p a r a c i ó n de las fiestas de b o d a hasta el

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s é p t i m o día después de c e l e b r a d a , y e s t o , en t o d a s las
distintas c i u d a d e s d e T ú n e z .

C o n s t a t a m o s así q u e el p u e b l o está en relación c o n s -

t a n t e c o n la m ú s i c a , desde su n a c i m i e n t o , hasta la m u e r t e ,
y q u e la e d u c a c i ó n musical está a s e g u r a d a , sea en la f a m i -
lia c o n las primeras c a n c i o n e s f o l k l ó r i c a s o en las escuelas
coránicas, para los c h i c o s , y en las f e m e n i n a s de b o r d a d o y
c o s t u r a , para las chicas. H a y q u e destacar q u e en este
s e n t i d o e x i s t e n varias f u n d a c i o n e s ( H a b o u s ) q u e reparten
c a n t i d a d e s de d i n e r o entre t o d a s las escuelas q u e partici-
pan en los c a n t o s corales o r g a n i z a d o s en o c a s i ó n del ani-
versario del P r o f e t a .

La e d u c a c i ó n musical c o n t i n ú a d e s p u é s p o r m e d i o de
g r u p o s q u e h a y en t o d o s los barrios, u n i d o s a las cofradías
masculinas o f e m e n i n a s y q u e o r g a n i z a n s e m a n a l m e n t e un
e s p e c t á c u l o al cual asisten los padres a c o m p a ñ a d o s p o r su
hijos. Allí se les a n i m a a participar en d i c h o s e s p e c t á c u l o s ,
primero a través de la p e r c u s i ó n ; d e s p u é s , p o r el c a n t o
coral; más adelante c o n la i n s t r u m e n t a c i ó n y, f i n a l m e n t e ,
c o n la i m p r o v i s a c i ó n v o c a l e i n s t r u m e n t a l .

Hay t a m b i é n o t r o t i p o de e d u c a c i ó n musical q u e existe

en ciertos países n o industrializados y q u e se relaciona más
p a r t i c u l a r m e n t e c o n la artesanía. En T ú n e z , el c o n t r a m a e s -
tre de los f a b r i c a n t e s de c h e c h i a ( s o m b r e r o t u n e c i n o de
origen andaluz) d e b e c o n o c e r el c a n t o tradicional clásico y
d u r a n t e el t r a b a j o enseña a los o b r e r o s d i c h o s c a n t o s para
asegurar la c o n t i n u i d a d de las t r a d i c i o n e s musicales y para
dar a m b i e n t e de placer d u r a n t e el t r a b a j o .

Esta t r a d i c i ó n c o n t i n ú a h o y en día en d i c h o s f a b r i c a n t e s
de s o m b r e r o s y en los tejedores. D e b i d o a e s t o un gran
n ú m e r o de artesanos t i e n e n m e r e c i d a f a m a musical en
T ú n e z ; c i t o c o m o e j e m p l o a A h m e d El W a f i , m u e r t o en

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1921, y q u e c o n s i d e r a d o c o m o u n o de los p r i m e r o s c o m p o -
sitores en el c a n t o de t r a d i c i ó n t u n e c i n a , su n o m b r e ha
sido i m p u e s t o a u n a de las mejores salas de m ú s i c a de
Túnez.

Lo d i c h o s u c e d e i g u a l m e n t e en o t r o s países no indus-
trializados; en A r g e l i a u n o de los mejores c a n t a n t e s clási-
cos es M . D a h m a n Ben A c h o u r , p e l u q u e r o de la villa de
Blida, a 50 k i l ó m e t r o s de A r g e l .

En Egipto la m a y o r parte de los c a n t o r e s de f a m a eran

a l u m n o s de la g r a n m e z q u i t a El A z h a r , y hasta nuestros
días, los q u e s a l m o d i a n el C o r a n están c o n s i d e r a d o s c o m o
los mejores c a n t o r e s tradicionales.

En Irak h o n r a n a O t h m a n El M a o u s o u l i ; para c o n m e m o -
rar el c i n c u e n t e n a r i o de su m u e r t e se le ha erigido una
estatua en la villa de M a o u s o u l . Era u n o de los a l u m n o s , y
más t a r d e u n o de los c a n t o r e s , de la c o f r a d í a El Kadiria, en
Bagdad.

En T u r q u í a , la cofradía M a w l a n a ha j u g a d o u n gran
papel en la c o n s e r v a c i ó n de la m ú s i c a tradicional y en la
c o n t i n u a c i ó n de su e d u c a c i ó n , hasta q u e en 1930 esta
c o f r a d í a paró su a c t i v i d a d , por o r d e n del g o b i e r n o artístico
de la n a c i ó n .

En Irán, la Z o u r k h a n a desarrolla u n a gran labor en la

c o n t i n u i d a d de la t r a d i c i ó n musical a u t ó c t o n a ; esta cofradía
está sostenida p o r varios m e c e n a s , e n t r e ellos el B a n c o
Central. P o b l a c i ó n de t o d a s las edades participa en las
representaciones q u e organiza.

T o d o lo e x p u e s t o n o s lleva a solicitar de las Institucio-

nes Internacionales y de los países desarrollados a partici-
par en la e l a b o r a c i ó n de u n p l a n de a y u d a a los países q u e
t i e n e n necesidad de ser s o s t e n i d o s , a f i n de ayudarles a

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conservar su p a t r i m o n i o nacional y a crear u n a e d u c a c i ó n
musical q u e asegure la c o n t i n u a c i ó n de la t r a d i c i ó n , a u n
e s t a n d o abierto a las g r a n d e s c o r r i e n t e s de la c u l t u r a m u s i -
cal o c c i d e n t a l y a p r o v e c h a n d o las mejores experiencias
hechas en el d o m i n i o de la e d u c a c i ó n m u s i c a l .

La comprensión entre fas diversas cu/turas musicales de

nuestro tiempo. (Narayana Menon, India).

N o h a y n i n g u n a disciplina q u e sea una e n t i d a d inde-

p e n d i e n t e , y p a r t i c u l a r m e n t e esto es v e r d a d en el c a m p o
de las artes. U n a vieja historia india r e s u m e esta idea
de m a n e r a a d m i r a b l e y precisa: U n Rey p i d i ó un día a
un g r a n S a b i o q u e le enseñara a esculpir a los dioses. El
Sabio c o n t e s t ó : q u i é n no c o n o z c a las reglas de la p i n t u r a
no p o d r á c o m p r e n d e r n u n c a las reglas de la e s c u l t u r a . El
rey r e s p o n d i ó e n t o n c e s " p o d r í a s , si te place, e n s e ñ a r m e las
reglas de la p i n t u r a " ; y el S a b i o le d i c e : " e s difícil de
c o m p r e n d e r las reglas de la p i n t u r a sin c o m p r e n d e r la t é c -
nica de la d a n z a , y ésta es difícil de c o m p r e n d e r sin c o n o -
c i m i e n t o s p r o f u n d o s de los principios de la m ú s i c a instru-
m e n t a l " ; el rey pide al S a b i o q u e le enseñe los principios
de la m ú s i c a i n s t r u m e n t a l , y el S a b i o r e s p o n d e q u e e s t o no
es posible sin c o n o c i m i e n t o s g r a n d e s del arte de la música
v o c a l . El rey se inclina y d i c e : " S i el arte de la m ú s i c a v o c a l
es la f u e n t e y m e t a de t o d a s las artes, e n s é ñ a m e e n t o n c e s
las reglas de la m ú s i c a v o c a l " .

Esta historia es la ilustración t í p i c a q u e d e m u e s t r a la

u n i d a d de las artes.

En la India, en t o d o s los e s p e c t á c u l o s , la música y la

danza s o n c o m p l e m e n t a r i o s . Las d o s d e b e n estar í n t i m a -
m e n t e i n t e g r a d a s y de h e c h o lo e s t á n . La u n a a p o y a n d o a
la otra y las d o s r e f o r z á n d o s e m u t u a m e n t e . La m ú s i c a de
n u e s t r o s más célebres d r a m a s musicales no hace más q u e

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reforzar la a c c i ó n d r a m á t i c a y de la e x p e r i e n c i a visual. La
presencia d e m ú s i c o s s o b r e la e s c e n a , n o h u r t a n a d a a la
d a n z a ; f o r m a n parte del c o n j u n t o de la experiencia a u d i o -
visual. En n u e s t r o s días, e n t o d o el m u n d o el " t e a t r o t o t a l "
ha t o m a d o a m p l i t u d . N u e s t r o s " d r a m a s b a i l a d o s " s o n un
buen, e j e m p l o . El p r o b l e m a q u e d e b e m o s a f r o n t a r a h o r a es
el de p r o t e g e r su i n t e g r i d a d e n el m u n d o del siglo v e i n t e .

En la India t e n e m o s u n a t r a d i c i ó n q u e c o n s i s t e e n m o s -
trar la d a n z a y la m ú s i c a en la e s c u l t u r a y e n la p i n t u r a .
Esta? p i n t u r a s y e s c u l t u r a s t e r m i n a n p o r adquirir u n a cuali-
d a d m u s i c a l y d a n z a n t e . Las p i n t u r a s y e s c u l t u r a s t r a d i c i o -
nales m á s c o n o c i d a s s o n de u n a f l u i d e z , u n ritmo, una
vitalidad y u n c i e r t o g r a d o de a b s t r a c c i ó n q u e s o n la esen-
cia m i s m a d e la m ú s i c a y la d a n z a . No hay más que
recordar la v i t a l i d a d d e S h i v a b a i l a n d o , las c u a l i d a d e s líricas
de c i e r t o s g r u p o s d e danza y m ú s i c a de K o n a r a k , a las
esculturas d e bailarines e n los t e m p l o s de C h i d a m b a r a n y
de T a n j o r e , y los f r e s c o s de A j a n t a . V a n m á s allá de un
arte puramente representativo para alcanzar la esencia
m i s m a de lo q u e r e p r e s e n t a n .

En las p i n t u r a s R a g a - m a l a , q u e f u e r o n m u y corrientes
en la India desde el siglo xn al XVIII, los artistas e n s a y a b a n
recrear c o n el lenguaje visual la esencia de la tradición
oral. La m a y o r parte de estas p i n t u r a s s o n e x t r e m a d a m e n t e
precisas e n c u a n t o a los detalles y a m e n u d o m u y e v o c a d o -
ras gracias al e m p l e o de los c o l o r e s y los paisajes. Frecuen-
temente representan las leyendas q u e se refieren a los
ragas. A l g u n a s v e c e s c o n las i n d i c a c i o n e s de las é p o c a s del
a ñ o q u e se relacionan c o n los ragas. Pero en c o n j u n t o el
f i n c o n s i s t e en dar u n a f o r m a visual a b s t r a c t a al raga, o
en recrear u n a a t m ó s f e r a , e m o c i o n e s , e n f i n , la " r a s a " de
las ragas q u e se q u i e r e n representar.

La raga es la base d e la m e l o d í a india. La t r a d u c c i ó n

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más c e r c a n a sería " m o d o " . Pero de h e c h o es u n c o n c e p t o
más d e f i n i d o y u n a e n t i d a d m á s c o m p l e j a q u e u n simple
m o d o . La representación visual de u n a raga sería c o m o la
representación visual de un m o d o , algo así c o m o el m o d o
lidio en p i n t u r a ¿Qué es lo q u e e m p u j a a u n artista a
hacerlo? ¿Cuál es su necesidad? La c o n c e p c i ó n t r a d i c i o n a l
de la raga c o m o e n t i d a d d e b e ser u n a de las razones. En
a l g u n o s c o n t e x t o s , por e j e m p l o , las ragas s o n masculinas,
en o t r o s s o n f e m e n i n a s y algunas veces se las describe
c o m o sus p r o p i o s d e s c e n d i e n t e s . H a y leyendas en las
cuales se representa la m u t i l a c i ó n de ragas c o m o u n a m u t i -
lación s u f r i d a por u n ser h u m a n o ( m i e m b r o s r o t o s , e t c . ) .
De esta m a n e r a u n a raga t o m a a m e n u d o f o r m a h u m a n a
d e n t r o del espíritu del artista.

P u n t o i m p o r t a n t e en lo c o n c e r n i e n t e al lugar q u e o c u p a
la m ú s i c a en la s o c i e d a d india es el c o n c e p t o de q u e el arte
es u n m e d i o de a d o r a c i ó n , t a n t o si es m ú s i c a , c o m o p i n t u -
ra, escultura o a r q u i t e c t u r a . En la c u l t u r a o c c i d e n t a l el arte
se manifiesta c o m o la a f i r m a c i ó n de la f e , p o r e j e m p l o , en
las g r a n d e s catedrales o en la m ú s i c a c o r a l ; es u n a n u e v a
c r e a c i ó n en t é r m i n o s c o n c r e t o s de la i n m i n e n c i a de Dios.
Se c o n s t r u y e n edificios, se crea la m ú s i c a para alabanza de
Dios y p o r a m o r al h o m b r e . Para n o s o t r o s , en la India, la
religión y las artes s o n indivisibles. El arte es un m e d i o de
a d o r a c i ó n q u e p e r m i t e al a d o r a d o y a la d i v i n i d a d c o n f u n -
dirse. H a y u n a frase célebre q u e dice q u e la d i v i n i d a d n o
p u e d e ser a d o r a d a m á s q u e si el a d o r a d o ^ se c o n v i e r t e en
divinidad.

U n c a n t o se c o n v i e r t e en u n m e d i o de a d o r a c i ó n pero
no a causa de las palabras q u e en los s a l m o s o en los
h i m n o s f o r m a n u n a plegaria, sino gracias a la m ú s i c a mis-
m a ; el s o n i d o , la " n a d a " es u n m e d i o de a d o r a c i ó n c o m o
podría serlo u n a f u g a . La c r e a c i ó n de la m ú s i c a se convier-

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te en u n a c t o de a d o r a c i ó n en sí m i s m o ; s u c e d e lo m i s m o
en t o d a s las d e m á s f o r m a s del arte.

Es, p u e s , u n a c o n s e c u e n c i a inevitable, q u e existan

m u c h o s p u n t o s en c o m ú n en la m a n e r a de considerar las
diferentes f o r m a s artísticas; es i g u a l m e n t e inevitable q u e la
creación artística t e n g a a m e n u d o un f o n d o c o m ú n y q u e
el f i n sea i d é n t i c o . La m ú s i c a , la p i n t u r a y la escultura
t i e n d e n t o d a s hacia la m i s m a m e t a . Es p o r lo q u e se p u e d e
ver la recreación de ideas parecidas en los d i f e r e n t e s idio-
mas artísticos y en la t r a n s p o s i c i ó n de un i d i o m a a o t r o .

U n a c o n c e p c i ó n así implica unas t é c n i c a s d e expresión

m u y distintas de las t é c n i c a s occidentales. En o c c i d e n t e la
c r e a c i ó n artística representa la d e s c r i p c i ó n o b j e t i v a de u n a
e m o c i ó n , en t a n t o q u e para n o s o t r o s representa la realiza-
c i ó n subjetiva de u n a e m o c i ó n . La r e p r e s e n t a c i ó n objetiva
significa q u e el artista crea e x t e r i o r m e n t e , q u e f o r m a su
materia desde el exterior. La realización subjetiva significa
q u e el a r t i s t a , es el c e n t r o , la f i g u r a de proa de la idea y
q u e crea i n t r o s p e c t i v a m e n t e .

Es m á s o m e n o s la d i f e r e n c i a q u e existe e n t r e la since-
ridad intelectual y la sinceridad e m o c i o n a l , e n t r e la razón y
la i n t u i c i ó n , entre la a c c i ó n y la c o n t e m p l a c i ó n . Se p u e d e n
c o n t e m p l a r los m i s m o s t e m a s a través de ojos diferentes,
p a r t i c u l a r m e n t e si ésta c o n t e m p l a c i ó n se realiza d e n t r o del
c u a d r o de u n a t r a d i c i ó n . L o q u e a c a b a m o s de decir n o es
cosa del p a s a d o y a q u e en n u e s t r o s días el p i n t o r M.F.
Husain ha h e c h o u n a serie de pinturas a b s t r a c t a s , u n a serie
de " r a g a - m a l a s " en las cuales ha t r a s p u e s t o las ideas de
sus a n t e p a s a d o s en u n lenguaje c o n t e m p o r á n e o . A s í f u n -
c i o n a la t r a d i c i ó n .

Hay i g u a l m e n t e estrecha relación entre palabras y m ú s i -

c a , e n t r e el lenguaje y el s o n i d o , entre el arte d r a m á t i c o y

- 92 -
la o p e r a , d ó n d e se p u e d e n ver palabras y s o n i d o s e m p l e a -
d o s de una m a n e r a t o t a l m e n t e d i f e r e n t e , alcanzar el m i s m o
f i n . B e e t h o v e n da u n a n u e v a d i m e n s i ó n a Schiller en el
ú l t i m o m o v i m i e n t o de la N o v e n a S i n f o n í a . V e r d i hace surgir
el d r a m a , la c o m e d i a , la t r a g e d i a de Falstaff y de Otelo
e m p l e a n d o u n i d i o m a q u e está m u y d i s t a n t e de la c o n c e p -
c i ó n del de Shakespeare. Desde la é p o c a de T h o m a s M o r -
ley y de J a c k W i l s o n hasta los c o m p o s i t o r e s actuales, se
ha e n s a y a d o s i e m p r e de p o n e r las palabras en m ú s i c a o de
t r a h s p o n e r las e m o c i o n e s en u n n u e v o i d i o m a ; m u t a r las
f i n u r a s de la i n t e r p r e t a c i ó n , los r i t m o s y la e s t r u c t u r a de la
poesía en la m ú s i c a . Es i m p o s i b l e para u n c o m p o s i t o r q u e
no siente ni c o m p r e n d e c o m p l e t a m e n t e las leyes sutiles de
la p o e s í a , alcanzar el a c o p l a m i e n t o entre las palabras y la
música.

S a b e m o s p o c a s cosas acerca del c u r s o y del desarrollo

d e la m ú s i c a en la historia. Los p r i m e r o s t e s t i m o n i o s d a t a n
de alrededor de seis mil a ñ o s . A partir de esta é p o c a se
p u e d e n seguir c o n b a s t a n t e precisión la t r a n s m i g r a c i ó n de
las culturas musicales. Parece q u e la M e s o p o t a m i a , a pesar
de la falta de t e s t i m o n i o s , ha sido la c u n a de t o d a s las
culturas. Egipto en el sur, c o n su g r a n civilización, Grecia
en el oeste, Irán y las Indias al este y China más hacia
oriente r e f i n a r o n y r e f o r z a r o n sus teorías, sus prácticas y su
p e r c e p c i ó n gracias a sus i n t e r c a m b i o s y relaciones. Y a
través de t o d o ello se p u e d e percibir en m u c h o s lugares del
g l o b o la l u c h a q u e existe para establecer leyes basadas en
la naturaleza, para dar a la m ú s i c a " l a p o t e n c i a y la sutileza
de expresar s e n t i m i e n t o s h u m a n o s tales c o m o la desespe-
r a c i ó n , el t r i u n f o , el a m o r , el m i e d o y la esperanza. Y si
d e b e m o s considerar la m ú s i c a c o m o un e l e m e n t o esencial
de la historia de la h u m a n i d a d hace falta q u e nos d e s e m b a -
r a c e m o s de la inercia p r o v o c a d a p o r nuestras c o s t u m b r e s
arraigadas y u n c o n f o r m i s m o b u r d o .

- 93 -
 De esta inercia y de este c o n f o r m i s m o , s u f r i m o s t o d o s .
M u c h o s m ú s i c o s o c c i d e n t a l e s c o n s i d e r a n q u e la m ú s i c a
o c c i d e n t a l es el o r i g e n de t o d a la m ú s i c a y q u e la m ú s i c a
asiática o africana no es m á s q u e u n a c u r i o s i d a d e x ó t i c a ,
b u e n a t a n s ó l o para los a n t r o p ó l o g o s y los e t n o m u s i c ó -
l o g o s ; s u c e d e lo m i s m o para m u c h o s m ú s i c o s tradicionales
de la India, a los q u e les es difícil c o m p r e n d e r que existen
sistemas m u y desarrollados y m u y r e f i n a d o s en otras partes
del m u n d o . La i n v e s t i g a c i ó n interdisciplinaria no debería
limitarse a la i n t e r p e n e t r a c i ó n de diversas disciplinas exis-
t e n t e s en una civilización o c u l t u r a d e t e r m i n a d a s , sino q u e
debería de incluir el e s t u d i o de sistemas musicales d i f e r e n -
tes de los q u e n o s han sido i n c u l c a d o s d u r a n t e nuestra
infancia y q u e h e m o s c o n s e r v a d o a lo largo de nuestra
existencia.

Esto no quiere decir q u e d e b e m o s crear u n " e s p e r a n t o "

musical o q u e d e b e r í a m o s i n t r o d u c i r c o n c e p t o s tales c o m o
a r m o n í a en los sistemas musicales q u e p r o b a b l e m e n t e no
lo necesitan. D e b e r í a m o s c o m p r e n d e r q u e el m u n d o m u s i -
cal está h e c h o de c a n t i d a d de f r a g m e n t o s q u e se h a n
a c u m u l a d o d u r a n t e largos p e r í o d o s y sobre g r a n d e s e x t e n -
siones y q u e es la s u m a de t o d o s estos f r a g m e n t o s la q u e
da al m u n d o de la m ú s i c a el e s p l e n d o r q u e la caracteriza.
C o m p r e n d i e n d o t o d o e s t o , p o d r e m o s no s o l a m e n t e ver
nuestra herencia musical en u n a perspectiva más amplia y
p r o f u n d a , sino q u e p o d r e m o s añadirle a d e m á s una nueva
d i m e n s i ó n . T o d o ello n o s a y u d a r á a desarrollar nuestra
sensibilidad y nuestra p e r c e p c i ó n y e n g r a n d e c e r á n u e s t r o
h o r i z o n t e a u m e n t a n d o así el respeto y la c o m p r e n s i ó n q u e
debemos a nuestro prójimo.

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La herencia cultura/ como factor determinante del conoci-
miento estético en la sociedad árabe (Habib Hassan Touma,
Berlín, Centro de Estudios Internacionales).

La e d u c a c i ó n musical es u n p r o c e d i m i e n t o y un t á c t i c a
q u e tiene el p r o p ó s i t o de hacer c o m p r e n d e r la e s t r u c t u r a
musical, de e x p e r i m e n t a r su belleza y, p o r lo t a n t o , de
identificarse c o n sus creadores para e s c u c h a r o interpretar
obras musicales, t a n t o individual, c o m o c o l e c t i v a m e n t e .
Quizá haya t a n t o s s i g n i f i c a d o s de las e s t r u c t u r a s musicales
y distintas experiencias de su belleza c o m o c u l t u r a s nacio-
nales hay en el m u n d o : lo q u e es bello para un árabe, no lo
es necesariamente para u n a k á n , en A f r i c a , y lo q u e es
c o m p r e n s i b l e para u n i n d i o , n o es l ó g i c a m e n t e c o m p r e n s i -
ble para un j a p o n é s . La m ú s i c a es v e r d a d e r a m e n t e un
f e n ó m e n o h u m a n o universal, e s c u c h a d o , d i s f r u t a d o y se-
g u i d o en el m u n d o e n t e r o , pero n o es s e g u r o q u e sea " u n
lenguaje u n i v e r s a l " c o m o el t ó p i c o dice y g r a n n ú m e r o de
g e n t e cree, p o r q u e hasta la m ú s i c a de la p r o p i a c u l t u r a
necesita ser a p r e n d i d a para c o m p r e n d e r l a ; y necesita ser
e s c u c h a d a para c o m p r e n d e r las e s t r u c t u r a s musicales
p o n i e n d o de parte del o y e n t e el m i s m o esfuerzo q u e hace
falta para el aprendizaje de u n i d i o m a extranjero. Conse-
c u e n t e m e n t e la c o m p r e n s i ó n de e x t r u c t u r a s musicales y
disfrutar de su belleza no s o n habilidades innatas, sino
f a c u l t a d e s q u e hay q u e desarrollar y ejercitar. U n árabe no
nace c o n u n a predisposición innata para c o m p r e n d e r y
disfrutar de la música árabe; tiene q u e a p r e n d e r a hacerlo.
Del m i s m o m o d o u n árabe sólo p u e d e c o m p r e n d e r y d i s f r u -
tar de otra m ú s i c a q u e n o sea árabe, d e s p u é s de aprender
las f o r m a s q u e le g u í a n en d i c h a c o m p r e n s i ó n . El c o n o c i -
m i e n t o q u e se p u e d e adquirir a través de una e d u c a c i ó n
musical.

El c o n o c i m i e n t o estético de la propia c u l t u r a es una

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maciza c o l u m n a q u e identifica al m ú s i c o , t a n t o profesional
c o m o a f i c i o n a d o . A partir de esta i d e n t i f i c a c i ó n q u e le da
s e g u r i d a d interior, p u e d e a p r e n d e r las c o n c e p c i o n e s estéti-
cas d e o t r o s m ú s i c o s extranjeros.

U n a n a c i ó n q u e n o es c o n s c i e n t e de los e l e m e n t o s
culturales q u e la c o n s t i t u y e n , apenas p u e d e definir su iden-
t i d a d . Del m i s m o m o d o q u e las n a c i o n e s difieren c u l t u r a l -
m e n t e , existen t a n t a s f o r m a s de e d u c a c i ó n musical (lo q u e
l l a m a m o s t á c t i c a s especiales) q u e i n t e n t a n aclarar d i c h o
c o n o c i m i e n t o e s t é t i c o , c o m o c u l t u r a s diferentes.

Los árabes p e r t e n e c e n a u n a n a c i ó n , a pesar d e estar

d i v i d i d o s en varios e s t a d o s y t i e n e n u n a c u l t u r a musical
q u e d a i d e n t i d a d a la c u l t u r a árabe. Esta c u l t u r a está basa-
d a en tres e l e m e n t o s principales: el lenguaje, el Islam y la
t r a d i c i ó n . Es a través del i d i o m a árabe q u e un i n d i v i d u o de
d i c h o país piensa y verbaliza sus c o n c e p t o s . La c o n c e p c i ó n
verbal j u g ó u n papel decisivo en la c o n c e p c i ó n de su c u l -
t u r a . " N o hay g e n t e en el m u n d o , quizás, q u e manifieste
u n a a d m i r a c i ó n t a n entusiasta hacia la e x p r e s i ó n literaria y
e s t é n t a n m o v i d o s p o r la palabra c o m o los árabes. N i n g ú n
i d i o m a parece capaz de influir la m e n t e de sus parlantes en
u n a f o r m a t a n irresistible c o m o en un árabe. A c t u a l m e n t e
en audiencias p ú b l i c a s q u e se celebran en B a g d a d , D a m a s -
c o y Rabat, los asistentes se s i e n t e n c o n m o v i d o s al m á x i -
m o p o r la r e c i t a c i ó n de p o e m a s y de o r a c i o n e s en lengua
clásica, a pesar de q u e las c o m p r e n d e n sólo p a r c i a l m e n t e .
El r i t m o , la r i m a , la música les p r o d u c e el e f e c t o de lo q u e
ellos llaman " m a g i a l e g a l " (shir halal) H i t t i : 1949:90.

El Islam, s e g u n d o e l e m e n t o básico de la c u l t u r a árabe,

es u n f a c t o r d e t e r m i n a n t e d i f u n d i e n d o y p r e c i s a n d o esta
c u l t u r a ; sin el Islam apenas p o d e m o s c o m p r e n d e r los ele-
m e n t o s sociales, espirituales o materiales de esta c u l t u r a .

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 F u n d a m e n t o s del Islam s o n : i m á n (creencia religiosa) e
ihsan (acto de b u e n a a c c i ó n , de v e n e r a c i ó n y deber religio-
so) a m b o s c o n c e p t o s e s t á n i n c l u i d o s en el t é r m i n o d i n
(religión). El Islam está c o n D i o s y la religión v e r d a d e r a .
(Corán 3?, vers. 17).
El tercer e l e m e n t o básico d e la c u l t u r a árabe es la
t r a d i c i ó n , p. ej. las c o s t u m b r e s y la m o r a l q u e d e t e r m i n a n
la c o n d u c t a de u n árabe en su f a m i l i a y en la s o c i e d a d . L o s
sistemas y m é t o d o s aplicados p o r los árabes c o n el p r o p ó -
s i t o de c o m p r e n d e r su c u l t u r a universal, e x p e r i m e n t a r sus
bellezas y de identificarse c o n ellos m i s m o s a través de la
m ú s i c a , t e n d r á n é x i t o s ó l o , si e s t o s sistemas piensan en el
v e r d a d e r o p o t e n c i a l cultural de las n a c i o n e s árabes. U n
p r o p ó s i t o a m á s largo plazo seria despertar el o r g u l l o
nacional acerca de la propia m ú s i c a y c o n él el deseo de
conservar las f o r m a s específicas de e x p r e s i ó n , p e r o , repe-
t i m o s , e s t o solo será posible c u a n d o la e d u c a c i ó n musical
a p o y e su a c c i ó n en el potencial c u l t u r a l g e n u i n o . La música
debe ser u n a a s i g n a t u r a o b l i g a t o r i a , c o m o lo es la lengua
m a t e r n a y la religión.

En el s u p u e s t o de q u e los p o t e n c i a l e s de la c u l t u r a
árabe, se p u e d a n definir e m p í r i c a , histórica y c i e n t í f i c a m e n -
t e , el sistema de e d u c a c i ó n m u s i c a l q u e hay q u e aplicar,
d e b e ser c u i d a d o s a m e n t e e s t u d i a d o y e l a b o r a d o . H a y q u e
tener en c u e n t a q u e la m ú s i c a representa u n c o n o c i m i e n t o
estético, pero al m i s m o t i e m p o es u n a ciencia. En o t r a s
palabras, hay q u e elaborar los p r o p i o s sistemas de e d u c a -
c i ó n musical. S e g ú n M a l i n o w s k i (1944:40) " l a C u l t u r a " está
c o m p u e s t a en parte p o r individualidades y en parte p o r
instituciones c o o r d i n a d a s . M e inclino a definir la c u l t u r a
c o m o el resultado de los c o n o c i m i e n t o s q u e utilizan y or-
ganizan cierto n ú m e r o de personas en relación al t i e m p o y
al espacio. D e b e n distinguirse tres t i p o s de c o n o c i m i e n t o s :
e m p í r i c o s vivenciales ( c o m o s o n la religión, la m o r a l , la

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t r a d i c i ó n y la c o n d u c t a ) . ( B e h a v i o r ) , c i e n t í f i c o s (física, e t n o l o -
gía, m a t e m á t i c a s , q u í m i c a ) y c o n o c i m i e n t o e s t é t i c o . V i v i -
m o s en u n siglo en q u e el p e n s a m i e n t o de O c c i d e n t e
d o m i n a en el m u n d o y los c i e n t í f i c o s o c c i d e n t a l e s s o n las
a u t o r i d a d e s y la f u e n t e del c o n o c i m i e n t o de la ciencia. El
inglés se ha c o n v e r t i d o en la lengua científica c o m o lo f u e
el latín en la Edad M e d i a , el árabe desde los siglos vin hasta
el xn, o el a r a m e o en el siglo i.

Gran n ú m e r o de g e n t e da más i m p o r t a n c i a a los c o n o -

c i m i e n t o s c i e n t í f i c o s q u e a los valores artísticos, sin consi-
derar q u e u n a c u l t u r a científica, es i n h u m a n a y m e c á n i c a .
La m a y o r í a de los intelectuales árabes creen q u e el progre-
so se alcanza a través del c o n o c i m i e n t o , s o b r e e n t e n d i e n d o
p o r él, el c o n o c i m i e n t o c i e n t í f i c o . Hasta cierto p u n t o p u e d e
ser v e r d a d , pero es un p u n t o de vista unilateral conside-
r a n d o q u e la c u l t u r a árabe i n c o r p o r a o t r o s c o n o c i m i e n t o s
a d e m á s de los c i e n t í f i c o s y q u e sus p o t e n c i a l e s abrazan
e l e m e n t o s básicos q u e s o n p o s i t i v o s , los cuales s o n preci-
s a m e n t e responsables de la i d e n t i f i c a c i ó n de su c u l t u r a .
En la i n v e s t i g a c i ó n q u e se haga acerca de la e d u c a c i ó n
musical en la c u l t u r a árabe, hay q u e p o n e r de relieve a n t e
t o d o el c o n t e n i d o y los l o g r o s de la m i s m a y t r a t a r d e s p u é s
de los sistemas y m é t o d o s a seguir para alcanzar la e d u c a -
c i ó n estética de la s o c i e d a d árabe. P o r t a d o r e s de la heren-
cia de la m ú s i c a árabe s o n los m ú s i c o s , los f a b r i c a n t e s de
i n s t r u m e n t o s musicales, e s t u d i a n t e s de m ú s i c a residentes
en el país y la n a c i ó n árabe en su t o t a l i d a d .

H a y por lo m e n o s d o s categorías de m ú s i c o s : los q u e

a c t ú a n c o m p o n i e n d o f o r m a s musicales sofisticadas c u a n d o
lo desean y q u e poseen su p r o p i o estilo i n d i v i d u a l , y l u e g o
h a y o t r o s m ú s i c o s q u e a c t ú a n c o n f o r m a s musicales m e n o s
sofisticadas, q u e t i e n e n u n estilo c o l e c t i v o y q u e s o l a m e n t e
a c t ú a n c u a n d o les c o n t r a t a n . La m ú s i c a árabe está f o r m a d a

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p o r u n a serie de f o r m a s de e x p r e s i ó n m u s i c a l , algunas de
las cuales s o n c o m p l e j a s e individuales, en c a m b i o o t r a s ,
q u e p e r t e n e c e n a u n área g e o g r á f i c a específica s o n m e n o s
sofisticadas y c o l e c t i v a s . M i e n t r a s el m ú s i c o de alta cate-
goría t i e n e p r o f u n d o s c o n o c i m i e n t o s de teoría musical, ha
e s t u d i a d o c o n m a e s t r o y d e c i d e p o r sí m i s m o c u a n d o
desea actuar, el m ú s i c o p o p u l a r no tiene c o n o c i m i e n t o s de
teoría m u s i c a l , n o ha t e n i d o m a e s t r o y sólo a c t ú a c u a n d o
se presenta la o c a s i ó n , b o d a s , celebraciones, e t c . Por a ñ a -
didura, los i n s t r u m e n t o s musicales u s a d o s en la m ú s i c a
artística t i e n e n u n r a n g o m u c h o m á s a l t o en la s o c i e d a d ,
q u e aquello usados p o r los m ú s i c o s populares. El " u d " ,
" l u t e " está c o n s i d e r a d o c o m o el S u l t á n de los i n s t r u m e n -
t o s y la teoría m u s i c a l árabe, s i e m p r e se refiere a ello; n o
así er> c a m b i o el " Y a r g h u l " , clarinete d o b l e . Los e s t u d i a n -
t e s de m ú s i c a q u e residen en los países árabes s o n a u t o -
ridades en la historia y teoría de la m ú s i c a . El c a m p o de su
i n v e s t i g a c i ó n s i e m p r e se ha b a s a d o en la e d a d m e d i a , la
e d a d de o r o de la historia árabe. Pero m u y p o c o s e s t u d i a n -
t e s i n t e n t a n investigar la m ú s i c a árabe de h o y en d í a ,
p o r q u e s u r g e el p r o b l e m a de no p o d e r l a separar de la
a c t u a l s i t u a c i ó n q u e la e n f r e n t a c o n la s o c i e d a d árabe.
(Quizás sea u n c o n f l i c t o entre la c u l t u r a d o m i n a d a p o r el
c o n o c i m i e n t o c i e n t í f i c o y otra c u l t u r a d o m i n a d a p o r el
empirismo).

Pero a pesar de t o d o , el e s t u d i a n t e de m ú s i c a es la
m á x i m a a u t o r i d a d en la m a t e r i a .

Los f a b r i c a n t e s de i n s t r u m e n t o s musicales s o n indivi-

d u o s c o n o c i d o s p o r los m ú s i c o s . IMo están b i e n o r g a n i z a -
d o s , ni t i e n e n u n a g r a n p r o d u c t i v i d a d pero representan u n a
f u e n t e a n ó n i m a q u e a p o y a a la m ú s i c a . Varios c e n t e n a r e s
habitan en las grandes ciudades c o m o B a g d a d , El Cairo,
D a m a s c o , Rabat y Túnez y sus clientes s o n m ú s i c o s q u e

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e n c a r g a n sus i n s t r u m e n t o s s e g ú n sus deseos. L o s c o n t e n i -
d o s de la herencia musical árabe s o n : ciertas f o r m a s carac-
terizadas p o r su sistema t o n a l , su o r g a n i z a c i ó n r í t m i c o -
t e m p o r a l , los i n s t r u m e n t o s , la c o n s t r u c c i ó n de sus e l e m e n -
t o s m e l ó d i c o s y las o c a s i o n e s en q u e d i c h a s f o r m a s d e b e n
ser ejecutadas. H a y f o r m a s i m p r o v i s a d a s y f o r m a s c o m -
puestas; las i m p r o v i s a d a s g e n e r a l m e n t e s o n ejecutadas p o r
m ú s i c o s solistas, vocales o i n s t r u m e n t a l e s y las f o r m a s
c o m p u e s t a s s o n e j e c u t a d a s u s u a l m e n t e p o r el c o n j u n t o y
se a c o m p a ñ a n c o n f ó r m u l a s rítmicas t o c a d a s s o b r e i n s t r u -
m e n t o s de p e r c u s i ó n . La e d u c a c i ó n m u s i c a l es el p r o c e d i -
m i e n t o p o r m e d i o del cual se a d q u i e r e el c o n o c i m i e n t o
estético latente en la herencia musical c u y o s c o n t e n i d o s y
peculiaridades, a c a b a m o s de m e n c i o n a r . La herencia m u s i -
cal, en sí m i s m a , en un e l e m e n t o esencial de la c u l t u r a , por
sus características, p o r su i d e n t i f i c a c i ó n y el d i b u j o de su
c o n t o r n o . En c o n s e c u e n c i a , los t e s o r o s culturales a u t ó c t o -
ros s o n u n a i n m e n s a f u e n t e para la e d u c a c i ó n musical. El
p r o b l e m a para la e d u c a c i ó n musical árabe n o está en sus
f u e n t e s , sino en los m é t o d o s de utilización de esta v o l u m i -
nosa riqueza para llegar a adquirir c o n o c i m i e n t o s estéticos.

S e g ú n la e d u c a c i ó n musical t r a d i c i o n a l , solo u n o s
p o c o s t i e n e n la o p o r t u n i d a d de a p r e n d e r , c o m p r e n d e r y
e x p e r i m e n t a r la belleza de la música á r a b e , p u e s t o q u e sus
secretos profesionales sólo se t r a s m i t e n o r a l m e n t e de pro-
fesor a a l u m n o . T a n t o el m ú s i c o c o m o el f a b r i c a n t e de
i n s t r u m e n t o s , n u n c a d i v u l g a n los s e c r e t o s de la c o m p o s i -
ción o de la f a b r i c a c i ó n , e x c e p t o a sus hijos o a l u m n o s .
Así, t o d o el c o n t e n i d o de la herencia árabe se t r a n s m i t e
o r a l m e n t e de u n a g e n e r a c i ó n a o t r a y la m a y o r í a de las
f o r m a s musicales n o s o l a m e n t e n o están escritas, sino q u e
no es necesario fijarlas g r á f i c a m e n t e . La escritura c o n t r a -
dice su esencia, e s p e c i a l m e n t e su e s t r u c t u r a m o d a l basada
en la i m p r o v i s a c i ó n . El f o c o principal de la e s t r u c t u r a está

- 100 -
p r e d e t e r m i n a d a p o r la e n t o n a c i ó n y la o r g a n i z a c i ó n de la
r í t m i c a t e m p o r a l libre, s e g ú n la e s t r u c t u r a del " m a g a m " así
c o m o la línea m e l ó d i c a realizada en u n m o d o c a r a c t e r í s t i c o
del " m a q a m " e l e g i d o . El m a q a m es la p r e s e n t a c i ó n de u n
m o d o a t r a v é s de u n a e s t r u c t u r a m o d a l d e s i g n a d a d e s p u é s
de elegirla en el v a s t o m a r del sistema t o n a l . Lo e x p u e s t o
se refiere a los f r a g m e n t o s i m p r o v i s a d o s ; para los c o m -
p u e s t o s se t o m a n e s t r u c t u r a s m o d a l e s de p e r í o d o s m e d i -
d o s (el w a z n ) q u e p u e d e n desarrollarse c o n m u c h a s v a r i a n -
tes, v a r i a c i o n e s y paráfrasis.

La e d u c a c i ó n musical es la f i l o s o f í a de la " m ú s i c a e n
a c c i ó n " S m i t h 1976:73. Cualquier a c c i ó n q u e b u s q u e u n
é x i t o p u e d e clasificarse en u n a serie de m e d i d a s q u e
p u e d e n ser t o m a d a s p o r las a u t o r i d a d e s legislativas y eje-
c u t i v a s de u n país. La filosofía d e " m ú s i c a en a c c i ó n " n o
está limitada a u n a escuela de m ú s i c a ú n i c a sino q u e se
e x t i e n d e a la e d u c a c i ó n musical f u e r a de los edificios e s c o -
lares. Por lo t a n t o las a u t o r i d a d e s legislativas y ejecutivas
t i e n e n q u e clasificar sus m é t o d o s o r d e n a n d o p r i m e r o los
p r o g r a m a s para la escuela de m ú s i c a e l e m e n t a l , secundaria
y superior y c o n s e c u e n t e m e n t e o r d e n a r , c o n t r o l a r y decidir
la e s t r u c t u r a y el c o n c e p t o de la p r o g r a m a c i ó n de la m ú s i -
ca para las masas, a p r o v e c h a n d o para t o d a la n a c i ó n f u e r a
del á m b i t o escolar a la radio, televisión, cine, discos y
c o n c i e r t o s en v i v o ; en t o d o s los casos la herencia cultural
proveerá c o n sus f u e n t e s , estas m e d i d a s .

La educación musical en Asia (Irán Van keh-Viet-nam).

En A s i a n o había e d u c a c i ó n musical en el s e n t i d o O c c i -
dental de la palabra; no había u n a i n s t r u c c i ó n organizada
de música para niños de colegios p ú b l i c o s e x c e p t o en
J a p ó n d u r a n t e el período " M e i j i " (1867-hasta el presente),
c u a n d o J a p ó n abrió sus puertas al Este. Pero la enseñanza

- 101 -
 de la música se f u e i n c r e m e n t a n d o en t o d o s los países de
A s i a , m u y bien c o n c e b i d a sobre t o d o para aquellos q u e
e s t a b a n d e s t i n a d o s a ser profesionales. La m ú s i c a t u v o
un lugar i m p o r t a n t e en la t r a d i c i o n a l e d u c a c i ó n de los
n i ñ o s , t a n t o si p e r t e n e c í a n a la clase reinante, la aristocra-
cia o al p u e b l o . Desde la m i t a d del siglo xix, la música
O c c i d e n t a l se i n t r o d u j o en A s i a , y t u v o un f u e r t e i m p a c t o
en la e n s e ñ a n z a y la c r e a c i ó n musical en varios países asiá-
t i c o s en los q u e el p i a n o o la a r m ó n i c a se c o n v i r t i e r o n en
el s í m b o l o de la e d u c a c i ó n m u s i c a l . A f o r t u n a d a m e n t e las
cosas han c a m b i a d o d e s d e los ú l t i m o s v e i n t e a ñ o s : La
m ú s i c a f o l k l ó r i c a y el arte de la m ú s i c a t r a d i c i o n a l se utilizan
c o n más y más f r e c u e n c i a en la e d u c a c i ó n musical de
d i c h o s países.

Asia.— La e d u c a c i ó n musical en el pasado

En el este de A s i a , la música t u v o u n a gran i m p o r t a n c i a

en la e d u c a c i ó n general de los n i ñ o s de la clase reinante.

Se e n s e ñ a b a , en o r d e n de p r i o r i d a d , c e r e m o n i a s , m ú s i -
c a , tiro al a r c o , hípica, literatura y m a t e m á t i c a s . En la
a n t i g u a C h i n a , a p r e n d í a n a c a n t a r en p r i m a v e r a , a t o c a r
c o n i n s t r u m e n t o s de c u e r d a en v e r a n o , los rituales de las
c e r e m o n i a s en o t o ñ o e historia de la m ú s i c a en invierno. A
los 13 a ñ o s a p r e n d í a n m ú s i c a , c a n t o y d a n z a ; a los 15, tiro
c o n arco e hípica. A los 20 t e n í a n q u e c o n o c e r los rituales de
t o d o t i p o de c e r e m o n i a s a f o n d o . En el J a p ó n , la d i r e c c i ó n
del d e p a r t a m e n t o imperial de m ú s i c a estaba bajo el m a n d o
de los aristócratas. M u c h o s principales y altos oficiales de
la c o r t e j a p o n e s a d u r a n t e la p r i m e r a e t a p a del p e r í o d o
Heian (794-897) eran f a m o s o s c o m p o s i t o r e s y artistas. A
N i m m y o T e n n o , hijo del E m p e r a d o r S a g a T e n n o , le g u s t a -
ba escribir m ú s i c a . S a d o t o s h i S h i n n o hijo de S e i w a T e n n o
era u n m a e s t r o en la " b i w a " , u n laúd j a p o n é s de c u a t r o

- 102 -
cuerdas en f o r m a de pera. S u h e r m a n o Sadayasu S h i n n o
f u e u n o d e los c i n c o mejores m ú s i c o s de laúd. M i n a m o t o
no M a k o t o / 8 1 0 - 6 9 / , el s é p t i m o hijo de S a g a T e n n o t o c a b a
la f l a u t a , el b i w a y el k o t o , un t a b l e r o " z i t h e r " c o n trece
cuerdas s o n a n t e s ; t a m b i é n era j i n e t e y a r q u e r o .

En C o r e a , los m i e m b r o s del C o n s e r v a t o r i o Real se

dividían en d o s r a n g o s : oficiales d e s i g a n d o s p o r los aristó-
cratas y m ú s i c o s seleccionados del p u e b l o " . A q u e l l o s m ú s i -
cos profesionales t r a n s m i t í a n su p r o f e s i ó n a los hijos v a r o -
nes. El n i ñ o e m p e z a b a a aprender m ú s i c a a la e d a d de diez
a ñ o s y e n t r a b a en el nivel más bajo. Los m ú s i c o s se divi-
dían en c u a t r o niveles d e p e n d i e n d o de la e d a d y la habili-
d a d m u s i c a l . C u a n d o un m ú s i c o alcanzaba el tercer nivel,
se le c o n s i d e r a b a c o m o un m ú s i c o m u y d o t a d o , p e r o pasa-
ban a ñ o s antes de entrar en el c u a r t o . A los niños de clase
alta se les e n s e ñ a b a i n s t r u m e n t o s de c u e r d a y a los de
m e n o r c a t e g o r í a , i n s t r u m e n t o s de v i e n t o ; en el siglo X V
algunas escuelas de música se c r e a r o n para la i n s t r u c c i ó n
de t o d o s los artistas de la Corte.

En V i e t n a n , los príncipes recibían u n a e d u c a c i ó n general

i n c l u y e n d o la m ú s i c a , el tiro al a r c o , la hípica, e t c . . D u r a n -
t e la Dinastía T r a n (siglo XIII) u n t u t o r e n s e ñ ó al príncipe
heredero las f o r m a s de fijar las c u e r d a s de un i n s t r u m e n t o
musical. Los príncipes no eran i n s t r u i d o s para ser i n s t r u -
mentistas. L o s m ú s i c o s de la C o r t e eran e s c o g i d o s e n t r e el
pueblo.

Los m ú s i c o s profesionales a c o s t u m b r a b a n a trasmitir

hereditariamente sus cargos a los hijos v a r o n e s u o t r o s
m i e m b r o s de la familia. Este era el caso de la m a y o r í a de
los m ú s i c o s de la Corte en J a p ó n , en Corea y en V i e t n a m .

La m ú s i c a se e n s e ñ ó de d i f e r e n t e s m a n e r a s de a c u e r d o
c o n las escuelas o f u n d a c i o n e s . Cada escuela o f u n d a c i ó n

- 103 -
m a n t e n í a en secreto su arte musical y u n m ú s i c o no p o d í a
pertenecer a d o s f u n d a c i o n e s diferentes.

En la a c t u a l i d a d en J a p ó n , los c o l e g i o s principales de
f l a u t a , s o n : N o , el Isso, M a r i t a y F u k i t a ; las escuelas de
k o t o , el T s u k u s h i , Ikuta y Y a m a d a y m u c h a s otras escuelas
para la f l a u t a s h a k u h a c h i s o p l a d a desde la parte inferior; el
laúd en f o r m a de pera de c u a t r o c u e r d a s , b i w a , y los tres
laúdes de c u e r d a s h a m i s e n .

En el N o r t e de la India p o d e m o s distinguir las escuelas

de L u c k n o w , Delhi, A j a r d a , F a r u k a b a d , Benarés y Punjab
para la tabla.

La m ú s i c a se enseñaba i n d i v i d u a l m e n t e p o r u n m a e s t r o
a su a l u m n o . El a l u m n o e s c u c h a b a a su m a e s t r o y le seguía
por i m i t a c i ó n y r e p e t i c i ó n . La personal y p e r m a n e n t e rela-
c i ó n de p r o f e s o r a l u m n o era m u y f u e r t e : el s i s t e m a guris-
hishya se p r a c t i c a b a en la India y el sistema i e m o t o u c h i -
deshi en J a p ó n . El g u r ú y el i e m o t o no e n s e ñ a b a n m ú s i c a ,
pero c o m u n i c a b a n u n a f o r m a de v i d a .

En el p u e b l o , el c o n o c i m i e n t o de la m ú s i c a se adquiría
gradual e i n c o n s c i e n t e m e n t e . Desde c a n t o s de nana u
otras c a n c i o n e s c a n t a d a s d u r a n t e los m a y o r e s sucesos en
la vida de la c o m u n i d a d : la c i r c u n c i s i ó n , el m a t r i m o n i o , los
funerales o s e g ú n el trabajo en los c a m p o s de p l a n t a c i o n e s
de arroz, r e c o l e c c i ó n de arroz, el m o l e o del m i s m o etc. En
este caso u n n i ñ o en A s i a crecía c o n u n c o n o c i m i e n t o
i n f u s o , es decir c o n u n s e n t i m i e n t o de a c e r c a m i e n t o n a t u -
ral hacia la música y el r i t m o . En China las c a n c i o n e s de
n i ñ o s (erge) incluían c a n c i o n e s c a n t a d a s p o r la m a d r e
( m u g e ) , c o m o nanas, c a n c i o n e s para enseñar al n i ñ o los
n o m b r e s de las diferentes partes del c u e r p o , los d i s t i n t o s
colores, las c a n c i o n e s de j u e g o s (erxi) a c o m p a ñ a n d o los
j u e g o s de los niños, c a n c i o n e s e d u c a t i v a s (zhishi) para

- 104 -
a p r e n d e r a c o n t a r del u n o al diez, para las plantas y los
animales d o m é s t i c o s . En o t r o s países de A s i a h e m o s p o d i -
d o percibir el m i s m o t i p o de c a n c i o n e s . L o s n i ñ o s n o t e n í a n
necesidad de aprender e s p e c i a l m e n t e m ú s i c a , q u e era parte
de la c u l t u r a , considerada t a m b i é n c o m o u n a f o r m a de
c o m u n i c a c i ó n y de e n t r e t e n i m i e n t o .

En el siglo XIX

Varios países asiáticos p e r d i e r o n su i n d e p e n d e n c i a ,

mientras o t r o s v i n i e r o n a caer bajo el c o n t r o l e c o n ó m i c o
extranjero. O t r o s f u e r o n atraídos p o r la s u p e r i o r i d a d O c c i -
d e n t a l en e l a s p e c t o t e c n o l ó g i c o .

U n caso especial t i e n e q u e ser c o n s i d e r a d o : J a p ó n al

p r i n c i p i o de la dinastía Meiji, 1868, a b r i ó sus puertas al
O c c i d e n t e . En 1872, el M i n i s t e r i o de E d u c a c i ó n estableció
u n s i s t e m a de m ú s i c a en las escuelas elementales. Estaba
inspirado p o r d o s t r a t a d o s e u r o p e o s : El s i s t e m a de la
escuela holandesa t r a d u c i d o p o r U c h i d a M a s a o en 1869 y
el s i s t e m a de la escuela francesa t r a d u c i d o en 1873-1876.

A los n i ñ o s les e n s e ñ a r o n el " g a k k o s h o k a " , c a n c i o n e s

escolares q u e f u e r o n c o m p u e s t a s en u n estilo mezcla de la
m ú s i c a j a p o n e s a y la O c c i d e n t a l . . . La e d u c a c i ó n musical en
el actual s e n t i d o de la palabra se o r g a n i z ó c i n c o a ñ o s
después de la m o d e r n i z a c i ó n del país. En 1880 un e d u c a d o r
de m ú s i c a a m e r i c a n o L u t h e r W h i t i n g M a s ó n f u e i n v i t a d o
p o r I z a w a S h u j i , principal de la Escuela N o r m a l de T o k i o ,
para establecer un sistema de m ú s i c a para las escuelas
públicas. Desde aquella f e c h a a los n i ñ o s j a p o n e s e s les
e n s e ñ a r o n el solfeo O c c i d e n t a l c o n u n a a r m ó n i c a . La m ú s i -
ca o c c i d e n t a l se v o l v i ó m á s y más d o m i n a n t e en la e d u c a -
c i ó n m u s i c a l y t a m b i é n en la e d u c a c i ó n en los c o n s e r v a -
t o r i o s y, en general, en el arte de la m ú s i c a .

- 105 -
 En o t r o s países asiáticos, la música O c c i d e n t a l , t a m b i é n
t u v o cierta influencia.

En Corea c u a n d o llegaron los misioneros p r o t e s t a n t e s

en 1885, las melodías o c c i d e n t a l e s se v o l v i e r o n m u y p o p u -
lares. En 1900 bajo el g o b i e r n o d e la dinastía Y ¡ , u n a b a n d a
militar de estilo o c c i d e n t a l , reemplazó a la o r q u e s t a t r a d i -
c i o n a l , en las ocasiones oficiales.

En las Filipinas, d e b i d o a la i n f l u e n c i a cultural hispánica

de casi 400 a ñ o s , la c u l t u r a musical latina se hizo más
familiar a los m ú s i c o s filipinos q u e la t r a d i c i ó n musical de
Malasia o del Islam.

En ciertos m o m e n t o s , en la I n d i a , s o b r e t o d o en el sur,
el violín o c c i d e n t a l estaba c o n s i d e r a d o c o m o u n i n s t r u m e n -
to tradicional.

El presente

D u r a n t e t o d o el siglo x x la m ú s i c a o c c i d e n t a l creció en
i m p o r t a n c i a en la vida musical de varios países asiáticos y
se enseñaba en las escuelas especiales de m ú s i c a o en los
c o n s e r v a t o r i o s , d o n d e los a l u m n o s de m ú s i c a tradicional
eran u n a m i n o r í a . A f o r t u n a d a m e n t e , d u r a n t e los ú l t i m o s
veinte a ñ o s , el c o n o c i m i e n t o d e " l a e n t i d a d c u l t u r a l " se
está h a c i e n d o m á s y más f u e r t e . En J a p ó n y en las Filipi-
nas, d o n d e el p u e b l o t e n í a la c o s t u m b r e de pensar e n la
m ú s i c a o c c i d e n t a l c u a n d o se hablaba de " m ú s i c a " , los
e d u c a d o r e s h a n s u g e r i d o la i n t r o d u c c i ó n de la enseñanza
de la m ú s i c a t r a d i c i o n a l , j a p o n e s a o filipina, en el p r o g r a m a
de la e d u c a c i ó n musical. Se ha s u g e r i d o a países q u e i b a n
a m o d e r n i z a r su música i n t r o d u c i e n d o m ú s i c a o c c i d e n t a l ,
q u e no c o m e t i e s e n el m i s m o e r r o r q u e J a p ó n a ñ o s atrás.

Cada país p u e d e c o n t r i b u i r a la m ú s i c a m u n d i a l , m a n t e -

- 106 -
n i e n d o su p r o p i a personalidad musical. Y este es, sincera-
m e n t e , el c a m i n o q u e le r e c o m e n d a m o s , d e b e seguir.

» » *

He escrito este c a p í t u l o c o n s u l t a n d o m u c h o material,

gran parte de primera m a n o , de m u s i c ó l o g o s árabes, indios,
asiáticos y a f r i c a n o s , para ver q u é s i g n i f i c a d o tiene para
ellos la m ú s i c a . A través de t o d o este material se ha
h e c h o e v i d e n t e para mí, q u e t o d a s las c u l t u r a s t i e n e n un
d e n o m i n a d o r c o m ú n : utilizar el arte de los s o n i d o s c o m o
lenguaje superior, g e n e r a l m e n t e para c o m u n i c a r s e c o n el
Ser S u p r e m o . ¿ N o es maravilloso y a s o m b r o s o ?

Por ello m e ha interesado d e s t a c a r la cita de S c h o e n -

berg, escrita al principio de este libro, p o r q u e c r e o q u e
m u c h o s m ú s i c o s en t o d a s las latitudes y m u c h o s c o m p o s i -
tores o c c i d e n t a l e s , la llevan g r a b a d a en lo más p r o f u n d o de
su a l m a :

..."la m ú s i c a lleva c o n s i g o u n mensaje p r o f é t i c o , reve-

lador de u n a f o r m a superior de v i d a . . . " .

- 107 -
 CAPITULO IV

H I S T O R I A DE L A M U S I C A

«Haya lumbreras en el firmamento de los cielos para que

dividan el día de la noche y sirvan de señales para estacio-
nes, días y años..."

En relación a la música el hombre está inseguro

En esta é p o c a en la q u e se o y e y escribe t a n t a m ú s i c a ,
se escribe t a m b i é n m u c h o sobre la m ú s i c a . Esta aspiración
no es n u e v a ; s i e m p r e se ha e s t a d o d i s c u t i e n d o s o b r e la
m ú s i c a allí d o n d e se ha c r e a d o y e m p l e a d o . Pero solo
cuando se inventó y perfeccionó la imprenta (acumulándo-
se c o n ello g r a n d e s c a n t i d a d e s d e m ú s i c a ) , se hizo ineludi-
ble conservar, investigar y describir, como un bien cultural,
cada nota, cada compás, cada composición.

N u e s t r a é p o c a , bajo el lema " H a y q u e c o m p r e n d e r la

m ú s i c a " , c o n s u m e amplia i n f o r m a c i ó n alrededor de la
m ú s i c a y los m ú s i c o s ; esto n o sería malo a c o n d i c i ó n de
q u e n o p r o v o c a s e ( e m p l e a n d o palabras del p i n t o r K o k o s -
c h k a ) u n a práctica " h i s t é r i c a " del arte.

A c t u a l m e n t e se tiene la s e n s a c i ó n de q u e el h o m b r e , en
la s o c i e d a d m o d e r n a , d e p e n d e de fuerzas q u e se e n c u e n -
t r a n f u e r a de su c o n t r o l y de í d o l o s q u e él m i s m o ha
c r e a d o . C o n la m e j o r a y el i n c r e m e n t o c o n s t a n t e de la p r o -
d u c c i ó n e c o n ó m i c a , crece de día en día el m i e d o a q u e lo
h u m a n o deje de ostentar en la s o c i e d a d su p u e s t o p r e d o -
m i n a n t e , y los v e r d a d e r o s m ú s i c o s - c r e a d o r e s , o y e n t e s .

- 111 -
intérpretes, c i e n t í f i c o s y o t r o s — pierdan á n i m o s y c o n s i d e -
ren inútiles sus respectivas actividades.

¿Qué hace m i e n t r a s t a n t o el m ú s i c o ? M i r a r atrás. T o m a r

lo q u e ya existe, atenerse a las glorias pasadas de la c u l t u r a
y c i m e n t a r l a s s ó l i d a m e n t e c o n t o d o s los m e d i o s posibles. Y
se i n v e n t a u n s i s t e m a , de lenguaje t é c n i c o c o m p l i c a d í s i m o ,
del cual s o l o él tiene la llave; asi deja la m ú s i c a v i v a ,
encerrada en u n a fortaleza en la cual n o e n t r a ni u n a g o t a
de savia r e g e n e r a d o r a .

A s i se crea u n a c u l t u r a s u c e d á n e a , se crea u n e n t e
s i n t é t i c o , q u e está c o n d e n a d o a sufrir u n m u e r t e lenta de
a g o t a m i e n t o . Miles de estas p e q u e ñ a s fortalezas se h a n
c o n s t r u i d o en los ú l t i m o s siglos y c a d a u n a c o n t i e n e un
p e d a c i t o de m ú s i c a viva — l a ú n i c a m ú s i c a q u e interesa al
p r o f a n o y al a r t i s t a — . Pero solo se p u e d e llegar a ella c o n
una de esas mil llaves especiales, c u y a c o n s e c u c i ó n es t a n
difícil; s u r g e e n t o n c e s tal caos de c o n c e p c i o n e s , d e s c u b r i -
m i e n t o s , s i s t e m a s y m é t o d o s , q u e se empieza a t e m b l a r de
m i e d o a n t e la p r o p i a i g n o r a n c i a .

U n e s t a d o asi crea i n s e g u r i d a d ; y parece q u e ésta es

p r e c i s a m e n t e la s i t u a c i ó n en q u e nos e n c o n t r a m o s c o n
respecto a la m ú s i c a . Estando inseguros, c o m o lo e s t a m o s ,
nos l i m i t a m o s a guardar c o n m u c h a p r e c a u c i ó n nuestra
herencia c u l t u r a l . N o p e r m i t i m o s al historiador u n análisis
e x a c t o de las c o n d i c i o n e s sociales q u e h a n i n f l u i d o en la
m ú s i c a del p a s a d o . N o p e r m i t i m o s al p s i c ó l o g o u n análisis
e x a c t o del p r o c e s o artístico de c r e a c i ó n . A l p e d a g o g o no le
p e r m i t i m o s refinar la sensibilidad h u m a n a y al s o c i ó l o g o ,
solo en casos e x c e p c i o n a l e s , le d e j a m o s pisar las m ú l t i p l e s
p e q u e ñ a s fortalezas de la m ú s i c a para q u e p r o y e c t e luz
sobre el p r o c e s o entre el h o m b r e y el h o m b r e , el h o m b r e y
el g r u p o , el h o m b r e y la i n s t i t u c i ó n , el arte y la c o m u n i c a -
c i ó n . M i e n t r a s esta inseguridad i n t e r n a se c o n v i e r t e en esta-

- 112 -
d o latente, e n o r m e s c a n t i d a d e s de m ú s i c a pasan p o r d e l a n -
t e del c o n s u m i d o r . S i n o r d e n ni c o n c i e r t o f l u y e incesante-
m e n t e esta c o r r i e n t e , y a t o d o a q u e l q u e quiere i n t e r p o n e r -
se en su c a m i n o , o r d e n á n d o l a c o n los a n t i g u o s m é t o d o s , le
arroja s e n c i l l a m e n t e a la orilla. Bien es v e r d a d q u e a q u í y
allí se o y e n v o c e s sueltas q u e t r a t a n de intervenir c r í t i c a -
m e n t e . Pero p r o n t o se las hace callar, p o r q u e s o n críticas.
N o se quiere oír a nadie más q u e a a q u e l , q u e ( n o i m p o r t a
c o n q u e m e d i o s ) , bien sea c o n historia de la m ú s i c a , t e o r í a ,
estética, sicología o sociología de ésta, presente j u s t i f i c a -
c i o n e s al " s t a t u s q u o " . Y se le a c a t a a ú n mejor, si es capaz
de d e f e n d e r la d e s o r d e n a d a a d o r a c i ó n de placer q u e existe.

Pero nada de t o d o esto p u e d e c o n d u c i r a u n a f á n

creador d i r e c t o o i n d i r e c t o en el m ú s i c o o en el o y e n t e o en
el lector. Bien c o n o c i d o s s o n c o m o s í m b o l o de d e c a d e n c i a ,
la d e f e n s a de u n " s t a t u s q u o " y la a d o r a c i ó n de f a l s o s
dioses, d e s d e q u e existe la h u m a n i d a d .

Grecia antigua

La t r a d i c i ó n entre los historiadores de la M ú s i c a consis-

t e en c o m e n z a r sus j o r n a d a s p o r Grecia, p u e s t o q u e se
hace arrancar de la é p o c a griega el c o m i e n z o de la c u l t u r a
e u r o p e a y p o r q u e de los países de una a n t i g ü e d a d pre-
e u r o p e a , es Grecia el q u e llegó a u n p u n t o m á s p e r f e c t o
en la sistematización de sus prácticas y teorías musicales.
A u n q u e los c h i n o s del t i e m p o de C o n f u c i o , c o e t á n e o de la
gran é p o c a g r i e g a , en el siglo v. a n t e s de C. e s t u d i a r o n c o n
p u n t u a l i d a d m a t e m á t i c a las relaciones de los s o n i d o s entre
sí, el c o n j u n t o de la m ú s i c a c h i n a , a j u z g a r p o r las prácticas
actuales, cae f u e r a del s e n t i m i e n t o musical de los e u r o -
peos. En c a m b i o , las teorizaciones q u e se han h e c h o en
diversas é p o c a s , basándolas en el " s i s t e m a p e r f e c t o " des-
crito p o r Euclides resultan c o n v e n i e n t e s para hacer partir

- 113 -
de ellas lo q u e , u n i d o m á s adelante c o n la m o n o d i a c a t ó l i -
c a , se e n t i e n d e p o r c o m i e n z o s p r o p i a m e n t e d i c h o s de la
m ú s i c a e u r o p e a . Desde Euclides hasta P l u t a r c o pasaron
varios siglos y p u e d e decirse q u e la m ú s i c a griega t u v o un
plazo n o m e n o r de q u i n c e siglos para hacer sus p r i m e r o s
ejercicios, para ascender a la p e r f e c c i ó n de sus sistemas y
decaer e n m o d e r n i s m o s y o t r o s excesos hasta llegar a la
n u e v a e r a , a la cual pertenecía P l u t a r c o . La t r a n s m i s i ó n de
c o n o c i m i e n t o s se hizo en Grecia d u r a n t e largos siglos por
via oral y t r a d i c i o n a l .

H a y d o s m a n e r a s de considerar la m ú s i c a de Grecia y ,
en general, a Grecia m i s m a : p o r u n a parte, Grecia c o n s t i t u -
ye u n p u n t o de partida para el e s t u d i o de la c u l t u r a o c c i -
d e n t a l e n d e t e r m i n a d o s a s p e c t o s de ella; a) el d i a t o n i s m o
del c a n t o eclesiástico y el sistema l l a m a d o " m o d a l " de la
Edad M e d i a e u r o p e a b) Grecia f u e la heredera de t o d a s las
c u l t u r a s orientales q u e le llegaban del A s i a , n o solo de la
c e r c a n a , s i n o de m u y lejanos parajes. Las f o r m a c i o n e s de
escalas e n estos países asiáticos y e n G r e c i a , t a m b i é n están
relacionadas c o n u n " e t h o s " p r o c e d e n t e del s e n t i d o expre-
s i v o ( s i m b ó l i c o d e s p u é s de lejanos a n t e c e d e n t e s mágicos)
de sus f ó r m u l a s m e l ó d i c a s ; p a t r o n e s q u e servían de base
para las melodías más desarrolladas, s e g ú n t o d a v í a se
s i g u e n h a c i e n d o en los países asiáticos y m a l a y o s c o n sus
sistemas de ragas, p a t e t s , m a k a m a t h , q u e e q u i v a l e n a los
n o m o s g r i e g o s ; " l e y e s " , es decir, f ó r m u l a s básicas a c a d a
u n a de las cuales se a t r i b u y e u n a c a p a c i d a d especial de
e f e c t o , q u e es su " e t h o s " su " b e h a v i o r " . La t é c n i c a m u s i -
cal g r i e g a , llega viva hasta los p r i m e r o s t i e m p o s cristianos.

La música primitiva de la Iglesia

La m ú s i c a p r i m i t i v a de la iglesia se e n t r o n c a directa-
m e n t e c o n los orígenes m i s m o s de su c r e d o y de sus

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p r i m e r o s a d e p t o s : p o r u n parte, israelitas r e f u g i a d o s en
R o m a q u e seguían p r a c t i c a n d o las f o r m a s musicales de
la S i n a g o g a y , p o r otra p a r t e , esclavos g r i e g o s q u e llevaban
a sus r e u n i o n e s m o d o s y c o s t u m b r e s de c a n t o p r o c e d e n t e s
de la t r a d i c i ó n helénica. Los ú l t i m o s siglos de la pagania y
los p r i m e r o s de la era cristiana n o d e l i m i t a n t o d a v í a sus
f r o n t e r a s , ni en sus creencias ni en sus m o d o s de v i d a . La
t r a n s f o r m a c i ó n se hace p a u l a t i n a m e n t e , y, c o n ella, la de
las c o s t u m b r e s y la t é c n i c a y s e n t i d o d e la M ú s i c a . A l ser
c o n q u i s t a d a Grecia p o r R o m a , e n el a ñ o 146 a n t e s de C ,
en q u e pasa a ser p r o v i n c i a r o m a n a , la a f i c i ó n de los
griegos p o r las g r a n d e s fiestas teatrales, c o n c o r o s y d a n -
zas, los c o n c u r s o s i n s t r u m e n t a l e s o " a g o n o s " , pasan a
R o m a , d o n d e v a n a llegar a u n p u n t o m á x i m o de e s p l e n d o r
y de p o p u l a r i d a d . Pero el s e n t i d o de u n a t r a d i c i ó n religiosa,
q u e había sido f u n d a m e n t a l en el t e a t r o g r i e g o ( c o m o
historia de u n héroe o u n a t e o g o n i a , peripecia d r a m á t i c a en
la vida de u n d i o s ) , en sus danzas de carácter ritual y en
los a g o n o s , q u e se v e r i f i c a b a n en h o m e n a j e a d e t e r m i n a d a s
divinidades, desaparece, y, c o n ello, el carácter s i m b ó l i c o
de a l g u n a de sus c o s t u m b r e s ; así, p r i n c i p a l m e n t e , el e t h o s
de los m o d o s o " n o m o s " . Por o t r a parte, los n o m o s habían
desaparecido p r á c t i c a m e n t e en Grecia hacía el siglo IV. S i n
e m b a r g o , a l g u n o s giros n o m í s t i c o s persistieron a u n q u e ya
sin carácter de necesidad legal (o de c o n g r u e n c i a estética
entre el p r o p ó s i t o y la técnica) y pasaron a la m ú s i c a
r o m a n a . De esta, siguen su c a m i n o hacia la primera música
cristiana, d o n d e p e r d u r a n en m u l t i t u d de p e q u e ñ o s c a n t o s
allí llamados " a n t í f o n a s " , c a n t o s preludíales q u e c o n t e n í a n
el s e n t i d o é t i c o (ethos) p e r t i n e n t e al caso, y de c u y o c a n t o
inicial es u n desarrollo litúrgico el c a n t o ( p h o n o s ) siguiente.

La excesiva a f i c i ó n de los r o m a n o s p o r las fiestas m u s i -

cales c o m i e n z a a inquietar a los p r i m e r o s cristianos, q u e se
p r o n u n c i a n en c o n t r a de ellas, e s p e c i a l m e n t e c o n t r a las

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danzas; c o n t r a los c o n c u r s o s i n s t r u m e n t a l e s , en a l g u n o de
los cuales t o m o parte N e r ó n c o m o citarista; c o n t r a el
e m p l e o de los i n s t r u m e n t o s y c o n t r a el c r o m a t i s m o de los
giros m e l ó d i c o s . S i n e m b a r g o de t o d o ello, los cristianos
incipientes c o n s e r v a r o n la m ú s i c a coral griega y m u l t i t u d
de prácticas musicales del rito h e b r e o , t o d o lo cual servia de
base para sus c e r e m o n i a s religiosas y o t r a s reuniones de
u n carácter m e n o s ritual. Los p r i m e r o s cristianos de R o m a
eran griegos y j u d í o s c o n v e r s o s , residentes en colonias,
fuera de la urbe r o m a n a p r o p i a m e n t e d i c h a . En rasgos
generales, los primeros cristianos t o m a r o n a la s i n a g o g a
sus maneras especiales de c á n t i c o s de alabanza, y de los
griegos la sistematización, ( m u y a d u l t e r a d a enseguida) de
su teoría m u s i c a l , seis, siete siglos a n t e r i o r a las nuevas
prácticas.

Casi t o d a s las artes p a g a n a s desaparecen e n el i n t e r e g n o

entre M a r c o A u r e l i o y C o n s t a n t i n o , a e x c e p c i ó n de la m ú -
sica, por la cual se c o n s e r v ó u n interés a p a s i o n a d o ; s u j e t o ,
sin e m b a r g o , a t r a n s f o r m a c i o n e s q u e llegaron a ser s u s t a n -
ciales. Los viejos t e ó r i c o s A r í s t i d e s , Q u i n t i l i a n o , Porfirio,
Cleonides, A l i p i o , B a c c h i u s el viejo, p e r t e n e c e n a esta é p o -
c a . El a u g e incesante del c r i s t i a n i s m o se dejo sentir s o b r e
la m ú s i c a al limitar su radio de a c c i ó n y sus m a n e r a s
t é c n i c a s , basadas en la s i s t e m a t i z a c i ó n helénica. La cre-
ciente p r o s c r i p c i ó n de la l e n g u a griega en R o m a , q u e había
sido u n a c i u d a d bilingüe hasta el siglo ni (que el g r i e g o f u e
la lengua d e la liturgia cristiana en O c c i d e n t e lo d e m u e s t r a n
gran n ú m e r o de v o c a b l o s cristianos, c o m e n z a n d o p o r el de
Cristo m i s m o , el u n g i d o ; el de Iglesia, o p u e b l o ; el bautis-
m o , de b a u t o s , s u m e r g i r ; el de o b i s p o , o supervisor; d i á c o -
n o , el q u e e x h i b e las i m á g e n e s ; á g a p e , o b a n q u e t e ritual y
t a n t o s o t r o s ) , corre pareja a la d e c a d e n c i a de la m ú s i c a en
R o m a . T o d o s los e p i t a f i o s de los p a p a s , hasta G a y o
( T 2 9 6 ) , salvo u n o , están r e d a c t a d o s en l e n g u a griega. A l

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trasladarse a Bizancio, en el a ñ o 330, la capital del I m p e r i o
R o m a n o , la l e n g u a griega y la m ú s i c a q u e la c a n t a e n t r a n
en u n p e r í o d o de r á p i d o e m p o b r e c i m i e n t o en O c c i d e n t e . A
partir de los a ñ o s centrales del s i g l o , la e x t e n s i ó n o c c i d e n -
tal del I m p e r i o hacia las Galias, España y la G e r m a n í a
r o m a n i z a d a , s o l m e n t e cantará en latín, c o m o en los p u e -
blos p r o p i a m e n t e r o m a n o s . La visita d e artistas griegos,
danzantes p r o c e d e n t e s del rito d i t i r á m b i c o y de las fiestas
dionysias, c i t a r e d o s de g r a n v i r t u o s i d a d , se hace cada vez
más rara. En la s e g u n d a m i t a d del siglo, los citaristas
a c o m p a ñ a n s o l a m e n t e ya poesías latinas del t i e m p o de
A u g u s t o o c o n t e m p o r á n e a s suyas. Gevaert y o t r o s e r u d i t o s
creen q u e e n esas m ú s i c a s se h a b í a n deslizado c a n c i o n e s
populares, bien de carácter lírico, bien de o f i c i o s , q u e esta-
ban m u y generalizadas e n t r e los g r i e g o s .

La n o t a c i ó n alfabética g r i e g a , a la q u e t o d a v í a se refiere
el escritor Gau'dencio, en siglo n, c o m o p r á c t i c a de t i e m p o s
anteriores al s u y o y q u e en el de C o n s t a n t i n o estaba v i g e n -
t e t o d a v í a , se o l v i d a . S a n A g u s t í n (354-430) n o la c o n o c e
y a . La t r a n s m i s i ó n de la enseñanza musical en los m o n a s -
terios o e n t r e los juglares se hace de viva v o z . El resto del
siglo c o n p o s t e r i o r i d a d al e d i c t o d e C o n s t a n t i n o (323), c u l -
tiva t o d a v í a la m ú s i c a c o n a p a s i o n a m i e n t o , e s p e c i a l m e n t e
f u e r a de R o m a , t a n t o en los c a m p o s c o m o en las villas, en
d o n d e el c r i s t i a n i s m o t a r d ó en aceptarse a l g ú n t i e m p o t o -
davía. S a n J e r ó n i m o , d e n t r o del siglo V , a t e s t i g u a en su
c o r r e s p o n d e n c i a u n a cierta libertad de c o s t u m b r e s y u n a
práctica de la m ú s i c a e n las clases civiles q u e p r e o c u p a a
S a n A m b r o s i o , a ú n c u a n d o éste m u e s t r e s a t i s f a c c i ó n
c u a n d o el cristiano t o m a la cítara (quizá p o r u n a p u r a
f i g u r a de d i c c i ó n poética) para a c o m p a ñ a r s e sus c á n t i c o s
de alabanza al S e ñ o r .

S a n A g u s t í n , en su t r a t a d o De M ú s i c a , r e d a c t a d o hacia

- 117 -
el a ñ o 398, s o l a m e n t e t r a t a de poesía seglar destinada al
c a n t o , c u y o s t e x t o s s o n de poetas p a g a n o s c o m o H o r a c i o
(salvo un solo v e r s o a t r i b u i d o a S a n A m b r o s i o ) . El
a c o p l a m i e n t o del r i t m o musical a la versificación m é t r i c a de
H o r a c i o se explica p o r el D o c t o r de la Iglesia de u n a
m a n e r a q u e i m p o r t a t a n t o p o r lo q u e se refiere a la e s c a n -
d a c i ó n de la poesía clásica latina c o m o p o r lo q u e habrá de
referirse d e s p u é s al c a n t o latino de la Iglesia. Las invasio-
nes bárbaras, e n el siglo v, c o n t i n ú a n p o r a l g ú n t i e m p o el
m i s m o e s t a d o de cosas q u e a c e n t ú a n . Los reyes g o d o s
respetan en Italia (del 493 al 552) los residuos de la c u l t u r a
clásica, c o n s i s t e n t e s en la m ú s i c a para cítara y las c a n c i o -
nes a c o m p a ñ a d a s c o n ella en los b a n q u e t e s p r o f a n o s . L o s
reyes f r a n c o s , en la Galia, p r o t e g e n a los citaristas y los
llevan a sus palacios. La c o n d e n a c i ó n cristiana de los es-
p e c t á c u l o s teatrales circenses e n c u e n t r a n a p o y o en los
reyes v i s i g ó t i c o s . T e o d ó r i c o destierra de su palacio los ins-
t r u m e n t o s , incluso el ó r g a n o h i d r á u l i c o , las c o m p o s i c i o n e s
corales y el v i r t u o s i s m o i n s t r u m e n t a l , las juglaresas c a n t o -
ras y d e m á s residuos d e la vieja é p o c a . S o l a m e n t e conser-
va los i n s t r u m e n t o s de c u e r d a , " f i d i b u s " , y la m e l o d í a
monódica.

La cristianización de R o m a n o se t e r m i n ó p o r c o m p l e t o
hasta el a ñ o 546 en q u e T o t i l a a p r i s i o n ó a los viejos aristó-
cratas r o m a n o s , q u e t o d a v í a c u l t i v a b a n el p a g a n i s m o .

Los ú l t i m o s restos del arte p a g a n o llegan hasta Casio-

d o r o (485 - 580). T a n t o C a s i o d o r o c o m o B o e c i o s o n los
t e ó r i c o s en q u i e n e s el m u n d o o c c i d e n t a l a n t i g u o gira s o b r e
el eje d e la teoría g r i e g a , para t r a s f o r m a r l a en la teoría de la
Iglesia m e d i e v a l ; t r a n s f o r m a c i ó n , en ellos, más i n c o n s c i e n t e
q u e v o l u n t a r i a , y q u e en gran parte p r o v e n í a de q u e
m u c h o s c o n c e p t o s a n t i g u o s habían p e r d i d o su s i g n i f i c a c i ó n
original, s o m e t i é n d o l o s aquellos a u t o r e s a u n a i n t e r p r e t a -

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c i ó n en la q u e Intervenía el espíritu del t i e m p o . En el a ñ o
547, la d o m i n a c i ó n bizantina se asienta s o b r e R o m a . La
capital del viejo i m p e r i o se d e s p u e b l a . T o d o huella de m ú -
sicas p r o f a n a s desaparece, p o r lo m e n o s t e x t u a l m e n t e , d u -
rante c i n c o siglos; p e r o la pertinacia de esa m ú s i c a , no quie-
re dejarse arrancar de las c o s t u m b r e s , cosa q u e m u e s t r a en
las referencias q u e los d e c r e t o s eclesiásticos h a c e n entre los
siglos vi y xi c o n d e n á n d o l a , e insistiendo en la necesi-
d a d de su desaparición. " E n realidad — d i c e G e v a e r t — el
c á n t i c o r í t m i c o a s o c i a d o a u n i n s t r u m e n t o de c u e r d a y a
veces a c o m p a ñ a d o de danzas, c o n t i n u ó c u l t i v á n d o s e en
O c c i d e n t e p o r m ú s i c o s profesionales ( j u g l a r e s ) " . S u base
eran los residuos del arte t r a d i c i o n a l , l i m i t a d o en n ú m e r o ,
pero de g r a n t e n a c i d a d , a u n q u e f o r z o s a m e n t e s o m e t i d o s a
un p r o c e s o d e t r a n f o r m a c i ó n d e n t r o de u n a s o c i e d a d q u e
estaba v a r i a n d o sin cesar. Las etapas principales de esa
t r a n s f o r m a c i ó n c o n s i s t i e r o n p r i m e r a m e n t e en el a b a n d o n o
de la lengua literaria, s u s t i t u y é n d o l a p o r la p o p u l a r ; en la
s u s t i t u c i ó n del latín m é t r i c o p o r el a c e n t u a d o y p o r la
rítmica en la versificación e s t r ó f i c a ; f i n a l m e n t e , en el a b a n -
d o n o del latín y en la e x t e n s i ó n de las lenguas vulgares,
r o m a n c e s y g e r m á n i c a s , en las cuales se a d a p t a n los últi-
m o s residuos de los r i t m o s a n t i g u o s .

Entre t a n t o , la m ú s i c a de la liturgia católica había alcan-

zado su f o r m a definitiva desde f i n e s del siglo vil, d e s p u é s
de haber c o m e n z a d o c o n San G r e g o r i o esa e t a p a decisiva.
Pero a partir del siglo x penetra en el c a n t o eclesiástico
influencias p r o c e d e n t e s del m u n d o seglar, q u e v a n a p r o s -
perar d e n t r o del recinto de la Iglesia c o n g r a n rapidez. U n a
de ellas es el d e s d o b l a m i e n t o de la m e l o d í a c a n t a d a a la
o c t a v a por su c o n s o n a n c i a c e n t r a l , d a n d o e n t r a d a a la
Polifonía, q u e d e s d e esta é p o c a en adelante se desarrolla-
rá c o n p a s m o s a rapidez. El " o r g a n u m " de H u b a l d o y de
G u i d o d ' A r e z z o es " u n a i m i t a c i ó n del a c o m p a ñ a m i e n t o

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g r o s e r o q u e e j e c u t a n e n sus i n s t r u m e n t o s de c u e r d a los
c a n t o r e s p o p u l a r e s de la é p o c a c a r o l i n g i a " (en Gerbert,
S c r i p t o r e s , t, I, cit., p o r Gevaert). " L a s melodías y los
r i t m o s de las llamadas c o n s e c u e n c i a s o prosas, así c o m o
las arietas de los d r a m a s l i t ú r g i c o s , p r o c e d e n de las m i s m a s
f u e n t e s " . Por su parte el arte de los j u g l a r e s , a u n q u e vivie-
se largos siglos e n precario, n o estaba d e s p r o v i s t o de t é c -
nica. U n m o n j e del siglo X escribía: Citaredos, t o c a d o r e s de
tibias y de o t r o s i n s t r u m e n t o s , c a n t o r e s y c a n t a t r i c e s m u n -
danas, se esfuerzan p o r sujetar a las reglas del arte c u a n t o
sé c a n t a y c u a n t o se t o c a e n la cítara, a f i n d e deleitar a
los a u d i t o r e s .

Canto Gregoriano

El c r i s t i a n i s m o inclinó a los espíritus hacia u n c u l t i v o de

la v i d a interior, q u e f a v o r e c í a los p r o g r e s o s del arte m u -
sical.

En u n p r i n c i p i o se utilizaron los S a l m o s y c a n t o s bíbli-

cos h e r e d a d o s d e la t r a d i c i ó n j u d í a a los q u e a ñ a d i e r o n
hacia 313, al t r i u n f a r la Iglesia s o b r e el p a g a n i s m o , las
" A l l e l u i a " , c á n t i c o s de alegría.

S a n A m b r o s i o , O b i s p o de M i l á n d e s d e 374 hasta 397,

d e t e r m i n ó los c a n t o s q u e se d e b í a n e j e c u t a r en c a d a fiesta
del a ñ o eclasiástico.

Hacia f i n e s del siglo V I el c a n t o d e O c c i d e n t e cristiano

f u e r e f o r m a d o p o r el p a p a G r e g o r i o el M a g n o , o b i s p o de
R o m a desde 590 a 604. Esta r e f o r m a f u e o b l i g a d a d e b i d o a
la diversidad d e liturgias locales e n aquél m o m e n t o .

S a n G r e g o r i o r e c o g i ó t o d a s las m e l o d í a s existentes en
el m u n d o cristiano, eligió las m á s a d e c u a d a s , c o m p u s o
otras n u e v a s y señaló e x a c t a m e n t e c ó m o se d e b í a n ejecu-

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tar y e n q u é m o m e n t o del servicio d i v i n o . Se e s t a b l e c i e r o n
así las bases de una liturgia a la vez rica y u n i f o r m e .

T o d o s estos c a n t o s f u e r o n a g r u p a d o s en un A n t i f o n a r i o
q u e se d e p o s i t ó en el altar de S a n Pedro de R o m a , s u j e t o
p o r u n a c a d e n a de o r o . A l l í la m ú s i c a de la Iglesia r o m a n a
e n c o n t r a r í a s i e m p r e su p r i n c i p i o y sus reglas invariables.

S o b r e el C a n t o r e c o g i d o p o r S a n G r e g o r i o , se a p o y a la
m ú s i c a de la Iglesia Católica y p o d e m o s añadir q u e en él se
inspira t o d a la m ú s i c a e u r o p e a posterior.

Es el t r o n c o sobre el cual ha f l o r e c i d o t o d o el desarrollo

m o d e r n o ; c o n t i e n e u n a savia a la cual a c u d e s i e m p r e la
m ú s i c a c u a n d o desea renovarse y e n c o n t r a r n u e v a f u e r z a .

El ritmo gregoriano

El r i t m o del C a n t o G r e g o r i a n o (o c a n t o llano, c o m o
t a m b i é n se d e n o m i n a ) , es el q u e se deriva de la lectura de
una b u e n a p r o s a .

El C a n t o G r e g o r i a n o es m ú s i c a p u e s t a a u n a prosa
(magnífica) y en sus c o m i e n z o s se c o n f o r m ó c o n unirse
directa y s i m p l e m e n t e , al r i t m o de las palabras.

M á s adelante el e l e m e n t o d e c o r a t i v o a d q u i r i ó i m p o r -
t a n c i a y los r i t m o s originales f u e r o n v a n á n d o s e c o n a l g u -
n o s o r n a m e n t o s , pero a ú n así, se percibe c l a r a m e n t e q u e el
r i t m o g r e g o r i a n o t o m a su f o r m a peculiar de la prosa y
n u n c a del v e r s o .

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Reforma gregoriana

La llamada r e f o r m a g r e g o r i a n a ha p o d i d o ser considerada

c o m o u n deseo de sus a u t o r e s en el s e n t i d o de eliminar de
la m e l o p e a los a d o r n o s m e l i s m á t i c o s f r e c u e n t e s en el c a n t o
a m b r o s i a n o y a los q u e se a d j u d i c a u n a p r o c e d e n c i a orien-
tal. S i n e m b a r g o , el d e s c u b r i m i e n t o de un C ó d i c e V a t i c a n o
del siglo x, q u e escapó a la r e f o r m a , p e r m i t e ver q u e en el
c a n t o r o m a n o existían c a n t o s a ú n más ricos q u e en el
milanés. Los t e ó r i c o s de la é p o c a h a c e n apenas m e n c i ó n
de la c o n s t r u c c i ó n m e l ó d i c a y de sus a d o r n o s , p o r lo cual
parece más p r o b a b l e q u e la r e f o r m a se llevase a c a b o
sobre las f o r m a s m o t í v i c a s básicas, d e s t e r r a n d o aquellas
q u e , por si m i s m a s o bien p o r el t e x t o c o n q u e se c a n t a -
b a n , parecían a los r e f o r m a d o r e s q u e d e b í a n rechazarse. El
carácter p r e d o m i n a n t e del g r e g o r i a n o , c o n t o d o , es sencillo
y de paso t r a n q u i l o , d o t a d o de u n s e n t i m i e n t o de serenidad
i n c o n f u n d i b l e . Tales características llevaron más t a r d e ,
c u a n d o d e s p u é s de las d e s t r u c c i o n e s bárbaras en Italia se
t r a t ó de r e c o n s t r u i r el c a n t o r o m a n o , a u n n u e v o t i p o de
c a n t o t o d a v í a más sencillo, p l a n u s , q u e llevó el n o m b r e de
C a n t u s planus, c a n t o llano. Se dice q u e el c a n t o r o m a n o
de la é p o c a de S a n Gregorio c o n s t i t u y e u n a é p o c a " á u r e a "
mientras q u e el c a n t o posterior al siglo ix integraría una
e d a d de plata; pero debe tenerse en c u e n t a q u e hasta la
é p o c a de S a n G r e g o r i o , este c a n t o , t a n t o c o m o el de las
d e m á s iglesias, la milanesa y la galicana entre ellas, era de
t r a d i c i ó n p u r a m e n t e oral. El c a n t o r o m a n o de la e d a d de
plata c o m i e n z a a m o s t r a r n o t a c i o n e s n e u m á t i c a s , q u e , p o r
su índole, s o l a m e n t e p o d í a n indicar los m o v i m i e n t o s s i m -
ples de la v o z , de c u y o s m o v i m i e n t o s s o n s í m b o l o s los
n e u m a s ( n o t a s simples, d o s n o t a s , tres n o t a s , g r u p o s
breves en t o r n o a u n a n o t a principal). Si se o r n a m e n t a b a el
c a n t o en el siglo ix, lo sería s i g u i e n d o u n a t r a d i c i ó n oral
q u e d e b i ó irse p e r d i e n d o c o n los sucesos p o l í t i c o s , y pues-

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t o q u e n o p o d í a ser recogida e n los m a n u s c r i t o s . De ahí la
creciente s i m p l i f i c a c i ó n del c a n t o r o m a n o , sencillez, podría
decirse, a la f u e r z a , p o r q u e el p r o c e s o n o r m a l en el s e n t i d o
h u m a n o , q u e va de lo sencillo a lo c o m p l e j o , se observa
e n s e g u i d a en el c a n t o eclesiástico c o n el e n r i q u e c i m i e n t o
m e l i s m á t i c o de las f o r m a s cadencíales, en u n a é p o c a q u e ,
al nacer la P o l i f o n í a , v e n d r á a crear n u e v o s t i p o s de m ú s i c a
eclesiástica, e, i n m e d i a t a m e n t e , b a s á n d o s e e n ese m o d e l o ,
t i p o s de m ú s i c a seglar q u e v a n a e n c o n t r a r en d i c h o terre-
n o a las reliquias del c a n t o p a g a n o y a las de la m ú s i c a
i n s t r u m e n t a l de d a n z a , o sea c o n a c e n t o s r í t m i c o s f u e r t e -
m e n t e m a r c a d o s , m e r c e d a t o d o lo cual s o b r e v e n d r á u n a
n u e v a é p o c a musical en Europa c o n la q u e no t a r d a r e m o s
en e n c o n t r a r n o s .

La e s t r u c t u r a del c a n t o a n t i f o n a l y responsorial es m u y
i m p o r t a n t e p o r q u e influirá m á s t a r d e en la e s t r u c t u r a de las
piezas c a n t a d a s en la m ú s i c a seglar, a causa de la alterna-
c i ó n de sus t r o z o s c o n s t i t u t i v o s . El c a n t o responsorial se
diferencia del a n t i f o n a l en q u e los d o s e l e m e n t o s cantables
de q u e se c o m p o n e s o n m u y d i f e r e n t e s entre sí. A m b o s
e l e m e n t o s e s t a b a n e n c o m e n d a d o s unas veces al solista y
tras veces al c o r o , de la m a n e r a s i g u i e n t e :

A : t r o z o c a n t a d o p o r el solista.
A ' : el m i s m o t r o z o está r e p e t i d o p o r el c o r o , repetición
q u e ha sido llamada p o s t e r i o r m e n t e refrain, reprise (en cas-
t e l l a n o , estribillo, p r o b a b l e m e n t e de o t r o o r i g e n ) . Esta parte
del c a n t o rtesponsorial llegó a hacerse m u y breve y llevaba
u n a f ó r m u l a de fácil e n t o n a c i ó n .

b: p r i m e r v e r s o de u n a e s t r o f a , e n t o n a d o p o r el solista.
A: estribillo, p o r el c o r o .
c: s e g u n d o v e r s o de la e s t r o f a .
A: estribillo, p o r el c o r o .

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y así s u c e s i v a m e n t e . S e m e j a n t e f o r m a p a s ó , en t i e m p o s
posteriores a la m ú s i c a seglar en c u y o t e r r e n o e n g e n d r a el
t i p o de m ú s i c a c o n o c i d o p o r " r o n d ó " o c a n t o en r e d o n d o ,
a l t e r n a t i v o . De h e c h o existen t a m b i é n rondeles m o n ó d i c o s
en la m ú s i c a eclesiástica de u n carácter n o e n t e r a m e n t e
litúrgico. Es, c o m o si d i j é r a m o s , u n a p u e r t a abierta hacia el
t e r r e n o de la m ú s i c a p r o f a n a .

El c a n t o responsorial t o m ó más t a r d e , en el t r o z o litúr-

g i c o d e n o m i n a d o r e s p o n s o r i o , u n a f o r m a abreviada de la
anterior:

A: estribillo, p o r el solista
A': i d e m , p o r el c o r o
b: v e r s o libre, p o r el solista
A: estribillo p o r el c o r o

En este caso, c o m o en el anterior, es el solista q u i e n

canta los d i f e r e n t e s e l e m e n t o s de la m ú s i c a , la schola
s o l a m e n t e c a n t a el t r o z o del estribillo, q u e se repite.

Hay o t r a s f o r m a s m e n o r e s de c a n t o reponsorial q u e n o
p e r t e n e c e n a la M i s a , sino a los o f i c i o s de d i f e r e n t e s clases,
q u e p u e d e n t a m b i é n se injertadas en o c a s i o n e s e n t r e los
f r a g m e n t o s q u e c o m p o n e n los c á n t i c o s invariables de la
M i s a . S o n los llamados L e c c i o n e s , Evangelios, Epístolas,
Colectas, etc. S u estilo es m u y sencillo, e n t e r a m e n t e silábi-
c o , c o n inflexiones cadencíales de d o s n o t a s t a n t o c o m o
para las e n t o n a c i o n e s c o n q u e c o m i e n z a . T o d o s esos
f r a g m e n t o s llevan el n o m b r e de " r e c i t a c i o n e s " . Las o r a c i o -
nes p e r t e n e c e n a este g r u p o . Las m á s sencillas de ellas s o n
el P a d r e n u e s t r o y el Prefacio. Las recitaciones c o m o el T e
D e u m , L a m e n t a c i o n e s de J e r e m í a s , Pasiones, e t c . , sola-
m e n t e se c a n t a n en días d e t e r m i n a d o s o en o c a s i o n e s
señaladas p o r el c u l t o . T a n t o el c a n t o responsorial c o m o el

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a n t i f o n a l se c o m p o n e n de varios e l e m e n t o s formales, a
saber:

1) F ó r m u l a s de " i n i t i u m " ( c o m i e n z o de una a n t í f o n a ) .

2) E n t o n a c i ó n , propia del v e r s í c u l o p s á l m i c o , " i n t o -
niatio".
3) R e c i t a c i ó n del versículo s o b r e la n o t a recitantes del
m o d o , l l a m a d a en el c a n t o a n t i f o n a l c o m o " t e n o r " , y " t u -
b a " en el responsorial.
4) Cadencias. U n a c a d e n c i a i n t e r m e d i a , c o r r e s p o n d i e n -
t e a la c e n s u r a del versículo, se d e n o m i n a m e d i a c i ó n ( " m e -
d i a t i o " ) . La c a d e n c i a final se hace s o b r e la n o t a propia del
modo.

Los c á n t i c o s q u e i n t e g r a n la Misa s o n , t o d o s ellos,

posteriores a los de las primitivas c o m u n i d a d e s cristianas
antes descritas. Los g r a n d e s t r o z o s q u e f i g u r a n s i e m p r e en
la misa s o n c i n c o , Kyrie, Gloria, C r e d o , S a n c t u s y A g n u s ,
entre los cuales p u e d e insertarse a l g u n o de los anteriores.
Se dice de ellos q u e c o n s t i t u y e n el " o r d i n a r i u m " de la
m i s m a , m i e n t r a s q u e los q u e s o l a m e n t e se c a n t a n de u n a
m a n e r a a c c i d e n t a l , o en d e t e r m i n a d a s c i r c u n s t a n c i a s , se
c o n s i d e r a n c o m o p r o p i o s , " p r o p i u m " , de esas c i r c u n s t a n -
cias, las cuales d a n n o m b r e especial a la M i s a , tal p o r
e j e m p l o el de d i f u n t o s , de gloria, de d e t e r m i n a d o s santos.
A u n q u e de f e c h a posterior a los viejos c á n t i c o s p s á l m i c o s ,
los c i n c o t r o z o s del ' o r d i n a r i u m ' n o p e r t e n e c e n t o d o s al
m i s m o t i e m p o , p o r lo cual no suele haber u n a u n i d a d de
estilo y d e t é c n i c a en el c o n j u n t o de ellos. Los Kyries
f i g u r a n e n t r e los m á s a n t i g u o s , hasta q u e en el siglo ix
f u e r o n e n c o m e n d a d o s a los c h a n t r e s de la s c h o l a , q u i e n e s
e n r i q u e c i e r o n su m e l o d í a . En esta é p o c a los c á n t i c o s eran
s o l a m e n t e el Kyrie, s e g u i d o del Gloria, y el S a n c t u s , segui-
d o del A g n u s . El C r e d o s o l a m e n t e e n t r ó en la liturgia
r o m a n a e n el siglo x i . Los Kyries del G r a d u a l V a t i c a n o s o n

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t r i p a r t i t o s . P r i m e r a m e n t e se c a n t a el Kyries tres veces, en
g r i e g o , s e g ú n la idea mágica del p o d e r i n h e r e n t e al n ú m e r o
tres. S i g u e el Christe, en lengua latina, t a m b i é n por tres
veces, tras lo cual se repite la i n v o c a c i ó n al Kyrios, señor.

Formas poéticas y musicales de la Edad Media

S u p l a n t a d a e n Europa la g r a n c u l t u r a clásica p o r o t r o
t i p o de c u l t u r a , oriental en sus raíces, la n u e v a c u l t u r a
q u e v a g e s t á n d o s e olvida en su m a y o r parte artes q u e en
Grecia y en R o m a habían a d q u i r i d o un g r a d o m u y n o t a b l e
de o r g a n i z a c i ó n : en primer t é r m i n o , su arte musical. Este
f u e en aquellos países u n arte e m i n e n t e m e n t e v o c a l ; pero
los i n s t r u m e n t o s musicales e s t u v i e r o n p r a c t i c a d o s c o n gran
n o t a b i l i d a d . L o q u e , tras de varios siglos de g e s t i ó n se
d e n o m i n a r á c o m o " E u r o p a " c o n s e r v a r á de Grecia y R o m a
a l g u n a s p r á c t i c a s c o n c e r n i e n t e s al c a n t o , a p l i c a d o a sus
c e r e m o n i a s religiosas, ciertas p r a g m á t i c a s referentes a la
teoría de la m ú s i c a y a l g u n o s v o c a b l o s q u e d e n o m i n a n
i n s t r u m e n t o s . La m ú s i c a i n s t r u m e n t a l de la p a g a n í a v i n c u -
lada a ese m o d o de religión y d e c u l t u r a , f u e proscrita de la
vida cristiana. L o s i n s t r u m e n t o s m i s m o s c a y e r o n en u n a
rusticidad y grosería n o t o r i a s , c u a n d o no d e s a p a r e c i e r o n
c o m p l e t a m e n t e y , c o n ellos, su m ú s i c a , aplicada al a c o m -
p a ñ a m i e n t o de las c a n c i o n e s o al de las danzas.

T o d a la m ú s i c a de la c u l t u r a e u r o p e a d e s d e los prime-
ros siglos del c r i s t i a n i s m o es u n a m ú s i c a v o c a l . La Iglesia
adopta m o d o s de canto que heredan débilmente algunos
f u n d a m e n t o s t e ó r i c o s g r i e g o s y q u e , en su m a y o r a b u n -
d a n c i a , s o n c a n t o s q u e p r o c e d e n de Oriente p r ó x i m o . La
m ú s i c a i n s t r u m e n t a l hebraica es d e s d e ñ a d a t a m b i é n ; p e r o
a l g u n a reliquia q u e d a en el f o n d o de v o c a b l o s tales c o m o
" p s a l l e i n " , v o c a b l o g r i e g o a p l i c a d o al c a n t o de versos

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hebreos en loor de la' d i v i n i d a d . " P s a l l e i n " significa en
g r i e g o pulsar las cuerdas de u n i n s t r u m e n t o , p o r eso lla-
m a d o " s a l t e r i o " . P o é t i c a m e n t e el Salterio es el r e p e r t o r i o
f o r m a d o p o r los S a l m o s , q u e , en su o r i g e n , h a b r í a n sido
a c o m p a ñ a d o s p o r u n i n s t r u m e n t o de esta clase. El más
e x t e n d i d o de los i n s t r u m e n t o s griegos de c u e r d a s pulsadas
p o r los d e d o s es la c í t a r a , v o c a b l o q u e , a través de la Edad
M e d i a e u r o p e a , e n g e n d r a r á la m a y o r parte de o t r o s v o c a -
blos q u e h a b r á n de designar diversos i n s t r u m e n t o s , c o n o -
cidos p r i n c i p a l m e n t e en v i r t u d de las relaciones de los
p o e t a s y de las i m á g e n e s de los miniaturistas. O t r o s ins-
t r u m e n t o s a n t i g u o s hereda la n u e v a c u l t u r a : la lira es el
más prestigioso de ellos, de o r i g e n oriental t a m b i é n , antes
de la e x t e n s i ó n helénica. Desde el m o m e n t o e n q u e la
m ú s i c a de la c u l t u r a e u r o p e a medieval es f u n d a m e n t a l m e n -
t e v o c a l , su e v o l u c i ó n estará í n t i m a m e n t e ligada c o n el
i d i o m a en el q u e va i n v o l u c r a d a esa c u l t u r a ; d e s p u é s , c o n
sus t r a n s f o r m a c i o n e s . Formas p o é t i c a s y f o r m a s musicales
correrán suertes paralelas hasta la f i j a c i ó n , a la par, de las
lenguas y de las f o r m a s artísticas. C u a n d o estas aparecen
logradas en Europa se ve ascender, c o m o si saliesen de u n
o s c u r o r i n c ó n d o n d e habían e s t a d o v i v i e n d o en precario,
c o m o l e t á r g i c a m e n t e , m á s de mil a ñ o s , los viejos i n s t r u -
m e n t o s . A la vez saldrán restos de la m ú s i c a q u e se habría
p r a c t i c a d o en ellos fuera del á m b i t o de la Iglesia y, p o r lo
t a n t o , del área de la n u e v a c u l t u r a . Los i n s t r u m e n t o s c u y a
n o m e n c l a t u r a y m o r f o l o g í a p a r e c e n caóticas en los p r i m e -
ros t i e m p o s de su r e s u r r e c c i ó n , p r o g r e s a r á n r á p i d a m e n t e .
A f i n e s del p r i m e r milenio, s o b r e v i e n e u n c a m b i o de espíri-
t u e n el s e n t i d o cultural e u r o p e o . C o n él, los i n s t r u m e n t o s
empiezan a pasar a u n p r i m e r p l a n o en la v i d a social, f u e r a
del área eclesiástica, pero no e n t e r a m e n t e p r o s c r i t o s , a h o -
ra, d e n t r o de ella.

Si las f o r m a s de la m ú s i c a v o c a l , e n t r a d o el s e g u n d o

- 127 -
m i l e n i o , v a n u n i d a s e s t r e c h a m e n t e a las f o r m a s p o é t i c a s ,
las f o r m a s de la m ú s i c a i n s t r u m e n t a l c a m i n a n s o l i d a r i a m e n -
t e c o n u n a de las prácticas sociales m á s g u s t a d a s y e x t e n -
didas: las d a n z a . S i n e m b a r g o los i n s t r u m e n t o s estaban
p o c o d i v u l g a d o s ; por ello, la d a n z a se a c o m p a ñ a , lo más
f r e c u e n t e m e n t e , c o n la v o z , es decir, las danzas s o n c a n t a -
das. U n i n t e r c a m b i o en las f o r m a s v o c a l e s e i n s t r u m e n t a l e s
c o m i e n z a a verificarse desde los p r i m e r o s t i e m p o s del
s e g u n d o milenio. F o r m a s p o é t i c a s t a n s i g n i f i c a d a s c o m o el
r o n d e l y la balada, i n d i c a n , p o r su simple d e n o m i n a c i ó n ,
q u e eran f o r m a s p o é t i c a s danzadas. R á p i d a m e n t e el m u n d o
musical e u r o p e o se t r a n s f o r m a , e n c a m i n á n d o s e hacia su
m o m e n t o de m a y o r libertad y p l e n i t u d en el r e n a c i m i e n t o .
La m ú s i c a v o c a l de la Edad M e d i a e s t u v o p r a c t i c a d a a la
vez p o r los clérigos y p o r la masa de fieles: era u n a música
c u y a fuerza radicaba en los p r i n c i p i o s m á g i c o s de la t r a d i -
c i ó n , pero era u n a música c u y a a c c i ó n se vertía d e n t r o del
área popular; sin e m b a r g o , r í g i d a m e n t e r e g l a m e n t a d a . La
m ú s i c a i n s t r u m e n t a l , y parte de la m ú s i c a v o c a l q u e iba
adherida a ella f u e r a del á m b i t o eclesiástico, e s t u v o c o n -
servada c o n u n t e s ó n singular p o r los m ú s i c o s de o f i c i o o
p o r s o l d a d a , menestrales y juglares; p e q u e ñ a s g e n t e s c o n
pertinaz d e s c r é d i t o y peor r e p u t a c i ó n , pero de u n a singular
vitalidad. A ellos se debe ló p o c o q u e parece haberse
g u a r d a d o de la m á s vieja t r a d i c i ó n , restos casi i n s i g n i f i c a n -
tes d e la c u l t u r a p a g a n a . Sin ellos, (os i n s t r u m e n t o s habrían
desaparecido. C o n s e r v a d o s p o r juglares, los t i p o s más a n t i -
g u o s de c a n t o s , danzas y j u e g o s , h e r e d a d o s de la pagania
o p r o c e d e n t e s d e Oriente p r ó x i m o , c o n o c e n i n f i n i d a d de
t r a n s f o r m a c i o n e s , algunas de las cuales llegan hasta
n u e s t r o s días. S o l i d a r i a m e n t e , p e r v i v e n en su repertorio
ciertas inflexiones melódicas y la vitalidad r í t m i c a q u e la
d a n z a trae a las n u e v a s f o r m a s vocales de la baja Edad
M e d i a . C u a n d o e s t o o c u r r e , se p r o d u c e en la masa del arte

- 128 -
a n t i g u o u n a f e r m e n t a c i ó n q u e dará p o r resultado m o d i f i c a -
c i o n e s p r o f u n d a s e n la materia musical m i s m a y en su
o r g a n i z a c i ó n . A l lograrse esta o r g a n i z a c i ó n , ya en el perío-
d o b a r r o c o , la m ú s i c a q u e n o s o t r o s e n t e n d e m o s p o r tal, y
la única c o m p r e n s i b l e para la m a y o r í a de la s o c i e d a d
a c t u a l , c o m e n z a r á su c u r s o .

En m u y viejos t i e m p o s m e d i e v a l e s , alrededor del siglo

vni d o s h e c h o s c o i n c i d e n t e s c o m i e n z a n a lanzarse en la
c u l t u r a r o m a n o - e u r o p e a . U n o de esos h e c h o s es la e x t e n -
sión de las lenguas vulgares, t a m b i é n llamadas lenguas
r o m a n c e s , en Italia, Francia y España, p r i n c i p a l m e n t e . El
o t r o h e c h o c o n s i s t e en la a d m i s i ó n , d e n t r o de las c o s t u m -
bres musicales de la Iglesia, de cierta c o l a b o r a c i ó n o in-
v e n c i ó n p e r s o n a l , necesaria para satisfacer a t i p o s n u e v o s
de m ú s i c a q u e a p a r e c e n p o r ese t i e m p o , e n t e r a m e n t e s u -
b o r d i n a d o s e n su c o m i e n z o a las e s t r u c t u r a s t r a d i c i o n a l e s
del c a n t o eclesiástico; p e r o éstas, bajo su i n f l u j o , c o m e n z a -
rán a t r a n s f o r m a r s e c o n u n a rapidez s o r p r e n d e n t e . El espí-
ritu d e i n v e n c i ó n c o m i e n z a a o p o n e r s e d e s d e ese m o m e n t o
al espíritu de t r a d i c i ó n , q u e había d o m i n a d o d u r a n t e diez
siglos. C o m o t o d o lo q u e es h u m a n o , a m b o s p r i n c i p i o s
existieron s i e m p r e ; pero su equilibrio varía t o t a l m e n t e en la
h u e v a é p o c a r e s p e c t o a la a n t i g u a . Por aferrada q u e e s t u -
viera la Iglesia d u r a n t e el p r i m e r milenio a sus t r a d i c i o n e s ,
partes t a n i m p o r t a n t e s de su liturgia c o m o el sacrificio de
la Misa c a m b i a r o n c o n s i d e r a b l e m e n t e en el t r a n s c u r s o de
esos siglos. S i n d u d a , o c u r r i e r o n c a m b i o s desde m u y a n t a -
ño bajo el i n f l u j o del espíritu de i n v e n c i ó n , y el lector ha
p o d i d o seguirlos en lo q u e se ha i n s i n u a d o a n t e r i o r m e n t e ;
pero en t a n m i n ú s c u l a s p r o p o r c i o n e s este e s p í r i t u , y t a n
i d e n t i f i c a d o al s e n t i m i e n t o c o l e c t i v o , q u e la i n n o v a c i ó n
apenas era n o t a d a , salvo casos s i g n i f i c a t i v o s de grandes
r e f o r m a d o r e s en la política de la Iglesia, e s p e c i a l m e n t e en
sus n o r m a s musicales, q u e sirvieron en parte c o m o agentes

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políticos señalados, s e g ú n o c u r r i ó al i m p o n e r su h e g e m o n í a
el c a n t o r o m a n o sobre los nacionales, de S a n G r e g o r i o . A
aquellas leves, lentas m o d i f i c a c i o n e s , apenas p u e d e asig-
nárselas u n carácter de i n v e n c i ó n personal: el i n d i v i d u o
i n v e n t o r n o era sino el a g e n t e de la v o l u n t a d colectiva.
Basta señalar el caso n o t o r i o en las t r a n s f o r m a c i o n e s del
latín popular hasta la aparición de un n u e v o i d i o m a c o n
particularidades propias. A l g u i e n h u b o , cierto día, q u e a t i n ó
a p r o n u n c i a r la palabra " c a v a l l u s " , por d i s t i n c i ó n del
" e q u u s " anterior. Pero este i n d i v i d u o ¿era p r o p i a m e n t e un
i n v e n t o r c o n i n d e p e n d e n c i a personal? S i n d u d a n o ; su indi-
vidualidad no era sino a r i t m é t i c a : la individualidad del g r a n o
de t r i g o en el c e l e m í n . C u a n d o al a n o c h e c e r , en los meses
del v e r a n o , giran v e l o z m e n t e los e s t o r n i n o s en t o r n o de la
t o r r e de la iglesia, u n o hay q u e abre la m a r c h a del t r i á n g u l o
f o r m a d o p o r t o d o s ellos. El p r i m e r o no capitanea al g r u p o ,
ni le sugiere u n a d e c i s i ó n : es s i m p l e m e n t e el p r i m e r o arit-
m é t i c a m e n t e , p o r q u e en t o d o tiene q u e haber u n " p r i m e -
r o " , c o m o s i e m p r e habrá u n " ú l t i m o " ; la v o l u n t a d q u e le
m u e v e es la m i s m a q u e d e t e r m i n a a los d e m á s c o m p a ñ e r o s
q u e , al parecer v a n s i g u i é n d o l o ; v o l u n t a d plural, a la c u a l ,
trasladada al c o m p l e j o social h u m a n o , se ha d a d o el n o m b r e
de " p u e b l o " .

En este s e n t i d o se habla de lenguas vulgares, c r e a c i ó n

popular; lenta labor de erosión en la c o m p a c t a u n i d a d de
lo tradicional q u e , al f i n , p u e d e llegar a destruirla. Pero esa
fuerza de t r a n s f o r m a c i ó n se m u e v e d e n t r o del c o m p l e j o
tradicional y su e s t r u c t u r a no es personal, sino c o l e c t i v a .
Para q u e el espíritu de i n v e n c i ó n sea capaz de enfrentarse
c o n el espíritu de t r a d i c i ó n , c o m o en la c u l t u r a e u r o p e a
desde el c r e p ú s c u l o del primer milenio, es m e n e s t e r q u e
f a c t o r e s p o d e r o s o s e n t r e n en j u e g o . Factores c o l e c t i v o s
indiscernibles en sus inicios; más señalados después. Sin
d u d a p r o c e d e n del área popular, f r e n t e a la j e r á r q u i c a ; pero

- 130 -
esta diferencia n o es la q u e establece el c a m b i o p o r q u e el
espíritu de t r a d i c i ó n es t a m b i é n p o p u l a r y se extiende
a r r a i g a d a m e n t e en esta área. La diferencia esencial radica
en un c a m b i o de c o n c i e n c i a p a u l a t i n a m e n t e d e f i n i d o tras
los orígenes r e m o t o s , de una fuerza casi insignificante en
sus primeras m a n i f e s t a c i o n e s : es el p r o c e s o de t o d o s los
grandes m o v i m i e n t o s sociales. C u a n d o los clérigos de los
m o n a s t e r i o s de Saint Gall y J u m i e g e s , de S a n Marcial de
L i m o g e s , c o m i e n z a n a inventar palabras latinas para relle-
nar los largos melismas de los Alleluias litúrgicos, o t r o z o s
de la M i s a , en los q u e se llamaron " s e c u e n c i a s " y " t r o -
p o s " , un n u e v o s e n t i m i e n t o aparece d e n t r o de la t r a d i -
ción litúrgica más estricta. M u y p o c o t i e m p o después
habrán n a c i d o f o r m a s poéticas c o n las q u e aparece, a su
vez la lengua vulgar. Por la m i s m a é p o c a c o m i e n z a a
sentirse d e n t r o del á m b i t o de los t e m p l o s la necesidad de
mezclar diferentes v o c e s para o b t e n e r u n más rico c o m p l e -
j o s o n o r o f r e n t e a la línea i n m u t a b l e de " c a n t u s p l a n u s " .
U n n u e v o espíritu m o s t r a r á así su presencia y c o n d u c i r á la
música e u r o p e a a u n t i p o de arte q u e n o c o n c i b i e r o n
n u n c a las d e m á s culturas. A p e n a s e n t r a d o el siglo xiv u n o s
t e ó r i c o s f l a m e n c o s d e n o m i n a r o n " A r s N o v a " al arte de su
t i e m p o : la t r a n s f o r m a c i ó n de la m ú s i c a e u r o p e a será e n -
t o n c e s un h e c h o c o n s u m a d o y, e n ella, el primer espíritu
de i n v e n c i ó n c o l e c t i v a aparecerá, en c o n s t a n t e a f i r m a c i ó n ,
c o m o espíritu de i n v e n c i ó n p e r s o n a l : éstos s o n ya los
tiempos modernos.

El n u e v o o r d e n de cosas en la c u l t u r a e u r o p e a desde
los ú l t i m o s t i e m p o s del primer milenio está e n c e r r a d o en
tres p u n t o s característicos: I. Extensión de las lenguas v u l -
gares. II. I n v e n c i ó n nueva d e n t r o de la m ú s i c a religiosa. III.
C o m p o s i c i o n e s poéticas, épicas, y líricas. Tres siglos a p r o -
x i m a d a m e n t e , q u e v a n desde f i n e s del viii hasta e n t r a d o el

- 131 -
siglo xi. En c o m p a r a c i ó n c o n la l e n t i t u d de los siglos m e -
dievales, el m u n d o c o m i e n z a a h o r a a m a r c h a r de prisa.

L o s p r i m e r o s indicios de u n a l e n g u a f r a n c a q u e se pro-
d u c e d e n t r o del latín general a p a r e c e n en d o c u m e n t o s ofi-
ciales q u e d e b e n t r a d u c i r o auxiliar u n a lengua c o n la o t r a ,
por lo cual recibe el n o m b r e " g l o s a r i o s " . A s í , el de Rei-
c h e n a u , en el a ñ o 768, c o n v o c a b l o s en r o m á n , lengua
v u l g a r del país de Francia, en c u y o idioma p r o n u n c i a Luis
el Piadoso nieto de C a r l o m a g n o , sus " S e r m e n t s de Stras-
b o u r g " , en el a ñ o 842 j u n t o a su h e r m a n o Carlos el Calvo,
q u i e n responde en lengua v u l g a r g e r m á n i c a , q u e era la del
e m p e r a d o r . Los Glosarios Emilianense y Silense, de la se-
g u n d a m i t a d del siglo x, aquel quizá del siglo ix, s o n los
p r i m e r o s d o c u m e n t o s d o n d e a p a r e c e n v o c a b l o s en r o m a n -
ce castellano, escritos por los m o n j e s de S a n Millán y de
Silos, a f i n de aclarar el s i g n i f i c a d o del t e x t o latino, solo
e n t e n d i d o ya p o r los letrados.

Espíritu de invención

La i n v e n c i ó n es g u s t o s a y cae en seguida en el t e r r e n o
popular.

Por el c a m i n o de la i n v e n c i ó n , abierta la p u e r t a a la
c o l a b o r a c i ó n popular, se irá lejos en m u y p o c o t i e m p o . N o
hay, c o m o n u e v o paso q u e se d a en este s e n t i d o , más que
prescindir de la m e l o d í a obligatoria del " j u b i l u s " e inventar
otras. Si p r i m e r o se i n v e n t a n t e x t o s c o m o la m ú s i c a , ahora
se i n v e n t a r á n m ú s i c a s para los t e x t o s : el n u e v o i n v e n t o
llevará el n o m b r e de " t r o p o s " , de añeja t r a d i c i ó n bizantina. La
f r a g m e n t a c i ó n regular de las frases, f r e c u e n t e m e n t e c o n
finales c o n s o n a n t e s , i n d u c e a la regularidad m é t r i c a prosó-
dica q u e caracterizará a los t r o p o s . A h í está ya el principio
de la poesía r i m a d a en la lengua vulgar. N o se hará esperar

- 132 -
m u c h o la regularidad musical q u e , en ella, es u n a c o n s e -
c u e n c i a directa de la danza, de la " c h a n s o n b a l l a d é e " .
( " c a n c i ó n para ser b a i l a d a " ) . T o d o el paisaje de la música
p r o f a n a está a la vista.

El p u e n t e de c o m u n i c a c i ó n entre el arte de la Iglesia

medieval y el arte p o p u l a r lo e s t a b l e c e n los clericivagantes,
j ó v e n e s , o n o t a n j ó v e n e s , en ó r d e n e s m e n o r e s , itinerantes
por t o d o el O c c i d e n t e . A p a r e c e n en t i e m p o s de C a r l o m a g -
n o ; eran p r i n c i p a l m e n t e t u d e s c o s y a l g u n o s ingleses, pero
los había de t o d a s las nacionalidades, e n t e n d i é n d o s e entre
sí en latín más o m e n o s a v u l g a r a d o . Procedían de la prácti-
ca eclesiástica de los t r o p o s ; quizá los c o m p o n í a n t a m -
b i é n , sabían leer y escribir y aplicaban aquellos c a n t o s a
poesías burlescas, irreverentes, a veces escandalosas, de
t o d o lo cual hay ejemplos en la c o l e c c i ó n m e n c i o n a d a .
El m a n u s c r i t o de la Carmina B u r a n a se sitúa hacia 1225,
pero se refiere a prácticas m u y anteriores. Hay allí c a n -
c i o n e s al v i n o , a las mujeres, sátiras c o n t r a los eclesiás-
t i c o s y m u l t i t u d de cosas curiosas. Se e n t i e n d e q u e debie-
ron desaparecer p o r esos a ñ o s , c o i n c i d i e n d o c o n la sis-
t e m a t i z a c i ó n de los e s t u d i o s universitarios, q u e los ab-
s o r b i e r o n . En parte, J u a n Ruiz, el A r c i p r e s t e de H i t a ,
es u n e c o s u y o en España. Pudiera ser q u e la v a g a n c i a
goliardesca se prolongase p o r b a s t a n t e t i e m p o t o d a v í a en
España c o n los peregrinos p e d i g ü e ñ o s de q u e habla Cer-
v a n t e s en D o n Q u i j o t e (I, c a p . L I V ) . S a n c h o los llama
f r a n c h o t e s , pero ellos v a n p i d i e n d o dinero en a l e m á n , " G e l -
t e " , por " g e l d " o "geldes".

Los clérigos v a g a n t e s o g o l i a r d o s d e c í a n recibir este

n o m b r e del o b i s p o Golias, personaje f a b u l o s o q u e habría
i n v e n t a d o la o r d e n . J u n t o a ellos existía u n c u e r p o de
g e n t e de misteriosa c o h e s i ó n , herederos quizá de los rap-
s o d a s griegos, llamados " b a r d o s " en las Galias, " s c a l d a s "

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en Escandinavia, " c a l i e c h e s " en Rusia y " h o b z a r e s " ; " g i u -
b i l a r i " , " j o n g l e u r s " , " j u g l e o r s " o " j u g l a r e s " en países lati-
nos; más tarde l l a m a d o s t a m b i é n en ellos " m e n e t r i e r s , m e -
nestrers, m i n i s t r i l e s " . S u d e s c e n d e n c i a a l g o m e j o r c o n o c i d a ,
p r o c e d e : a) de los m i s m o s /histriones q u e c a n t a b a n , t o c a -
ban i n s t r u m e n t o s y representaban piezas de t e a t r o p o p u l a r
en los ú l t i m o s t i e m p o s de la paganía, c u y a b o g a f u e enor-
me. T o d a v í a en el siglo ni, el m i s m o Filemón abrazó el
cristianismo e n t r a n d o en el S a n t o r a l . S a n J u a n C r i s ó s t o m o
(345-407) se queja a ú n de su b o g a . Epifanio, o b i s p o de
C o n s t a n c i a , en Chipre ( + 403) f u l m i n a c o n t r a el uso de los
i n s t r u m e n t o s musicales, e x t e n d i d a p o r los m i s m o s , de ori-
g e n clásico: aulos, siringa, lira, citara y salterio, q u e Cle-
m e n t e de A l e j a n d r í a permitía en las r e u n i o n e s privadas. La
i d e n t i f i c a c i ó n o e n t r o n q u e de los m i m o s de la paganía c o n
los " j o c u l a t o r e s " aparece en G r e g o r i o T u r o n e n s i s , en el
siglo vi. T a m b i é n los b a r d o s , celtas y t e u t ó n i c o s (scopas),
quienes c a n t a b a n las gestas de sus héroes a c o m p a ñ á n d o s e
c o n el arpa (cithara t e u t ó n i c a , t e s t u d o gallo - g e r m á n i c a ,
ésta c o n c u e r p o resonante h e c h o c o n u n c a p a r a z ó n de u n a
t o r t u g a ) . A s i m i s m o , los Gaukler o f a h r e n d e S a e n g e r , c a n t o -
res viajeros alemanes. Los " g l e o m e n " ingleses se e n c u e n t r a n
c o n los " s c u r r a e " r o m a n o s o sus d e s c e n d i e n t e s , así c o m o los
poetas árabes itinerantes desde el siglo ix al XII. S u necesi-
d a d d e a m b u l a t o r i a p r o v i e n e , en t o d o s ellos, de las persecu-
c i o n e s de q u e f u e r o n o b j e t o en t o d o t i e m p o y , t a m b i é n a
causa de lo r e d u c i d o de su r e p e r t o r i o , q u e los obliga a
buscar n u e v o s p ú b l i c o s , asistir a las b o d a s , fiestas de
varias índoles, allá d o n d e las e n c o n t r a b a n . Rara vez eran
compositores, sino q u e a p l i c a b a n , c o m o los goliardos,
c a n t o s c o n o c i d o s a c o m p o s i c i o n e s p o é t i c a s en lengua
vulgar. En sus casos más simples eran f o r m a s s a l m ó d i -
cas o recitadas derivadas de la letanía, q u e aplicaban a
narraciones en tiradas de versos m á s o m e n o s regulares.

- 134 -
entre las más antiguas d e las cuales se e n c u e n t r a n las
c a n c i o n e s de gesta. Las melodías r i t m a d a s en la nueva
poesía cristiana parece q u e procediesen de Bizancio, sir-
v i e n d o los m i m o s de v e h í c u l o para ellas. L o s couplets
r i m a d o s , q u e se c a n t a b a n c o n un t i m b r e popular, se d e n o -
m i n a b a n c o m o " h i m n o s , r i s - q o l o " , lo q u e a c r e d i t a b a aquella
procedencia.

Los juglares de m a y o r notabilidad t e n í a n e n t r a d a en los

t e m p l o s y en las m a n s i o n e s reales. En l u c h a centenaria por
su estabilidad y d e f e n s a , se les ve organizarse en Francia
en c o n f r a t e r n i d a d e s , una de las cuales, de juglares, aparece
ya en F é c a m p a fines del siglo x o c o m i e n z o s del x i .
S i d o n i o A p o l i n a r las m e n c i o n a al referirse a los juglares q u e
a m e n i z a b a n las c o m i d a s de T e o d o r i c o II. La a c t i v i d a d de
los juglares c o n t a g i a al s e ñ o r í o de las c o r t e s del m e d i o día
de Francia. Estos señores, letrados, c o m p o n í a n poesías de
índole p r i n c i p a l m e n t e a m o r o s a , lo q u e llegó a c o n s t i t u i r su
principal o c u p a c i ó n en t i e m p o s de paz. Los juglares las
a c o m o d a b a n , las escribían a veces y las c a n t a b a n al s o n de
i n s t r u m e n t o s , no p r e c i s a m e n t e lo q u e n o s o t r o s e n t e n d e -
m o s p o r " a c o m p a ñ a m i e n t o " , sino en u n a especie de alter-
n a c i ó n entre la v o z y el i n s t r u m e n t o . L o s señores p o e t a s
m e n c i o n a d o s f u e r o n los " t r o u b a d o u r s " del sur, o " t r o u v è r e s "
del n o r t e de Francia. Ilustre d e n o m i n a c i ó n q u e , a veces, se
e x t i e n d e a los juglares q u e c o m p o n í a n versos. De este
p u n t o parte la poesía c a n t a d a c o r t e s a n a , e n un g r a n senti-
do de p r o g r e s o y p e r f e c c i ó n r e s p e c t o de las f o r m a s p o p u -
lares anteriores. Por su s e n t i d o p o é t i c o y el r e f i n a m i e n t o de
la f o r m a , la poesía t r o v a d o r e s c a está ya a las puertas del
Renacimiento.

La Edad M e d i a es u n a é p o c a de g r a n d e s c o n t r a s t r e s . Lo
q u e da carácter a las cosas y a las p e r s o n a s se c o n c e n t r a
p o d e r o s a m e n t e en a s p e c t o s c u y a s particularidades se e n -

- 135 -
frentan con fuerza, a veces c o n violencia. Sin comprender-
lo n o es fácil e n t e n d e r a a l g u n o s personajes s u y o s como
los clérigos v a g a n t e s * , c u y o g o l i a r d i s m o , valga el c a s o del
A r c i p r e s t e , esta m a t i z a d o c o n las suaves líneas d e u n liris-
m o lleno de delicadezas. La Edad M e d i a es s e d e n t a r i a e n
su aspiración d e c o n s t r u i r o b r a s d u r a d e r a s , catedrales, casti-
llos, los " p a l a c i o s - f u e r t e s " d o n d e radican las c o r t e s d e sus
personajes. Y , a la par, la Edad M e d i a es la é p o c a de las
Cruzadas, d e los c o n s t a n t e s viajes, de sus juglares itineran-
tes, d e los b u h o n e r o s q u e t r a n s p o r t a b a n c o n s i g o materias
preciosas de lugares lejanos y, t a n t o c o m o los juglares
m i s m o s , las consejas de o t r o s t i e m p o s , las leyendas añejas,
las noticias recientes, las n o v e d a d e s del d í a . La poesía de
los juglares es, sátira p o l í t i c a , p r o p a g a n d a e información
periodística. C o r t e y juglaría m a r c a n u n o d e esos c o n t r a s t e s
p o d e r o s o s q u e , e n la Edad M e d i a , se b u s c a n , se necesitan
y se c o m p l e t a n m u t u a m e n t e .

Los Trovadores y los Troveros

Los t r o v a d o r e s y los t r o v e r o s e r a n p o e t a s - m ú s i c o s c u y o
arte se m a n i f e s t ó , e s p e c i a l m e n t e , desde los siglos xi al XVII
c i t á n d o s e c o m o u n o de los p r i m e r o s a G u i l l e r m o IX, c o n d e
de Poitiers.

En general, e r a n h o m b r e s de alta c u l t u r a y la m a y o r
parte i n s t r u i d o s e n las escuelas m o n á s t i c a s o episcopales.

T r o v a d o r e s y t r o v e r o s s o n d o s palabras q u e d e s i g n a n la
m i s m a c o s a : " e l q u e t r o v a " (trovar o t r a b a r ; hallar, e n c o n -
trar, inventar) p e r o se d i f e r e n c i a n p o r la r e g i ó n y el i d i o m a .

Los t r o v a d o r e s v i v í a n e n el sur d e Francia (Provenza) y

usaban la l e n g u a p r o v e n z a l .

Los t r o v a d o r e s e s t a b a n e n el c e n t r o y e n el n o r t e de
Francia y h a b l a b a n la lengua f r a n c e s a .

- 136 -
 Los t r o v a d o r e s aparecieron p r i m e r o y su a c t i v i d a d se
ejerce desde fines del siglo xi hasta c o m i e n z o s del xm.

En c a m b i o los t r o v e r o s p u e d e decirse q u e en t é r m i n o s
generales su a c t i v i d a d e m p e z ó y t e r m i n ó , m e d i o siglo más
tarde q u e la de los t r o v a d o r e s .

El arte de los trovadores

El arte de los t r o v a d o r e s e s t u v o c o n f i n a d o al sur de

Francia, irradiando su influencia al n o r t e de España, de
Italia y d o n d e quiera q u e se hablara la lengua provenzal.

El t r o v a d o r más a n t i g u o f u e G u i l l e r m o de Poitiers (1087-

1127) el m á s ilustre Beltrán de B o r n , q u e c a n t ó desde 1180
hasta cerca de 1195 y m u r i ó antes de 1215.

Se p u e d e n citar t a m b i é n los n o m b r e s de M a r c a b r ú (po-

s i b l e m e n t e origen del M a m b r ú q u e f u é a la guerra) Bernar-
do de V e n t a d o u r (1145-195) R a m b a u t de Vaqueiras (1207),
etc.

La c o r t e de Francia t u v o su mejor m o m e n t o en t i e m p o s
de Luis V I I , gracias a la culta reina L e o n o r de A q u i t a n i a ,
q u e f u e la m a d r e de Ricardo C o r a z ó n de L e ó n .

Entre los t r o v e r o s , c a n t o r e s del norte destaca al p r o p i o

rey Ricardo Corazón de León ( + 1 1 9 9 ) y o t r o rey T e o b a l d o
I de Navarra (1201-1253).

Quizá los más interesantes en su obra f u e r o n Raúl de

C o u c i ( + 1203) y, s o b r e t o d o , A d a m de la Halle ( + 1287) el
cual c o n s i g u i ó gran f a m a c o n sus j u e g o s c a n t a d o s , parti-
c i p a n d o ya del estilo de la p o l i f o n í a en sus m o t e t e s y
rondós.

Las c o r t e s , en las q u e se h o n r a b a la belleza y exaltaban

los s e n t i m i e n t o s caballerescos, f u e r o n o t r o s t a n t o s c e n t r o s

- 137 -
i m p o r t a n t e s del arte t r o v a d o r e s c o . D e s t a c a n e n t r e o t r o s ,
las c o r t e s de los c o n d e s de P r o v e n z a , de P o i t o u , de Flan-
des; de los D u q u e s de B r a b a n t e ; de los reyes de A r a g ó n y
de Castilla, de Francia y de Inglaterra.

El arte de los t r o v a d o r e s y t r o v e r o s representa u n o de

los m a y o r e s r e f i n a m i e n t o s q u e se hayan p r o d u c i d o en el
desarrollo de las f o r m a s poéticas.

En lo q u e q u e d a de sus obras p u e d e n estudiarse n o v e -

c i e n t o s m e t r o s y f o r m a s estróficas diferentes.

C u l t i v a r o n e s p e c i a l m e n t e la lírica y el resultado de sus

esfuerzos en este c a m p o han i n f l u i d o en la literatura de
casi t o d o s los países de Europa.

S u t e m a principal era el e l o g i o de la mujer. Cada t r o v a -

d o r tenía su p r o p i o ideal f e m e n i n o , al cual d e d i c a b a su
a d m i r a c i ó n en t é r m i n o s de a m p u l o s a retórica.

Pero t a m b i é n celebraba el h e r o í s m o , la grandeza de los

príncipes y el o r g u l l o n a c i o n a l , asi c o m o t o m a b a parte en
disputas políticas e iniciaba en verso a las Cruzadas.

Cualesquiera q u e fuese el a s u n t o de la poesía del t r o v a -

d o , esta c o n t e n í a siempre e l e m e n t o s de a r r e b a t o y de pa
sión.

En los q u e se refiere a la m ú s i c a , d e b e recordarse, q u e

t o d a poesía en esta é p o c a , estaba d e s t i n a d a a ser c a n t a d a ,
p o r lo cual el a u t o r de u n p o e m a sólo había realizado la
m i t a d de la carrera, hasta q u e lo hubiera d o t a d o de una
melodía a d e c u a d a .

Si en la m ú s i c a g r e g o r i a n a la influencia se recibe de la
bella prosa latina, en las melodías t r o v a d o r e s c a s el r i t m o
viene d a d o p o r el v e r s o y p o r el i d i o m a peculiar de cada
región.

- 138 -
 En a m b o s estilos la influencia de la palabra sobre la
música es e v i d e n t e , p e r o t o m a un carácter d e f i n i t i v o m u y
distinto.

En a l g u n o s casos las c a n c i o n e s se a c o m p a ñ a b a n c o n
i n s t r u m e n t o s , f r e c u e n t e m e n t e p o r la v i o l a , antepasada del
violín; es la primera vez q u e aparecen los i n s t r u m e n t o s de
c u e r d a , sin d u d a i n v e n t a d o s p o c o t i e m p o atrás. Los t r o v e -
ros parece q u e preferían para sus a c o m p a ñ a m i e n t o s el
arpa, i n s t r u m e n t o q u e ha sido el p r e f e r i d o t a m b i é n de los
m ú s i c o s errantes.

Los t r o v a d o r e s provenzales, t r o v e r o s de las tierras del

rey, c a n t o r e s alemanes de la M i n n e , n a c i d o s en las cortes,
entre los m u r o s de los castillos, e d u c a d o s en los claustros
de las abadías cercanas, se e s c a p a n en c u a n t o p u e d e n , de
su s e r v i d u m b r e , lírica y material, y se e c h a n a recorrer
países, c o n su hatillo de poesía y de m ú s i c a a la espalda,
l l a m a n d o a la p u e r t a de los m a g n a t e s , q u i e n a pie e n j u t o ,
q u i e n m o n t a n d o en su caballo. C e r c a m ó n , u n o de los m á s
a n t i g u o s , en q u i e n la d e l i m i t a c i ó n e n t r e el j u g l a r y el t r o v a -
d o r n o está e n t e r a m e n t e d e f i n i d a , es, p o r su n o m b r e , el
caso ejemplar de esa p r o f e s i ó n d e a m b u l a n t e . C e r c a m ó n ,
que, " c e r c a " " c h e r c h e " , a n d a en busca del " m o n " , del
m u n d o e n t e r o . Los viajes de J u a n de Valladolid se hicieron
proverbiales. Peire Vidal se asienta en la c o r t e del rey de
H u n g r í a , llega hasta Chipre y se casa c o n u n a g r i e g a .
M a r c a b r ú y Bernard de V e n t a d o r n v a n a Inglaterra; la c o r t e
de A l f o n s o el S a b i o , la de los reyes de A r a g ó n y los c o n d e s
de Cataluña e s t a b a n llenas de los más n o t a b l e s de entre
ellos, hasta ú l t i m a h o r a , en q u e Giraut Riquier, c u a n d o la
profesión de t r o v a d o r era de t a n t a h o n r a para quienes la
p r a c t i c a b a n , f r e n t e a la vileza c o n q u e estaba m o t e j a d a la
juglaría, en u n a " s u p l i c a t i o " célebre, pide al rey en
cuya c o r t e h u b o de vivir p o r diez a ñ o s " q u e d i s t i n g a y

- 139 -
haga d i s t i n g u i r a los t r o v a d o r e s de los juglares y de los
baladines".

Entre los t i p o s de m ú s i c a eclesiástica q u e le sirvieron de

m o d e l o y las realizaciones de ios t r o v a d o r e s t u v o q u e haber
una z o n a en la q u e se verificase la t r a n s f o r m a c i ó n de los
t e m a s p o é t i c o s , el c a m b i o de e s p í r i t u , q u e se m u e s t r a t a n
libre en los t r o v a d o r e s , y u n p r o c e s o de experiencias q u e
dio p o r resultado la p e r f e c c i ó n q u e m u e s t r a n en sus crea-
c i o n e s los p r i m e r o s t r o v a d o r e s c o n o c i d o s

El q u e r o m p e la liza es G u i l l e r m o , n o v e n o d u q u e de
Poitiers, c o n d e de A q u i t a n i a , m u e r t o en los c o m i e n z o s del
siglo xn, en 1127. Pero o t r o s e n t r e los más n o t a b l e s , c o m o
M a r c a b r ú o B e r n a r d de V e n t a d o r n , p r o c e d í a n de h u m i l d e
o r i g e n . M a r c a b r ú era de padres d e s c o n o c i d o s ; sus m é r i t o s
lo llevaron a la c o r t e de A l f o n s o V I I .

La poesía c a n t a d a de los t r o v a d o r e s se dividía en m u l t i -

t u d de especies. El " v e r s " más a n t i g u o dio o r i g e n a la
" c a n s ó " , de índole a m a t o r i a f r e n t e al serventes o servente-
sio, q u e era una sátira política, en la q u e se hizo terrible
Beltrán de B o r n , v i z c o n d e de H a u l e f o r t . U n t i p o narrativo
lo f o r m a b a n las " c a n c i o n e s de h i s t o r i a " c u y o o r i g e n arran-
ca de la poesía épica e n t r e los siglos ix y x i , a la q u e
h e m o s a l u d i d o a n t e r i o r m e n t e . En c a m b i o , las mujeres, e n -
cerradas en las frías salas de los castillos, c a n t a b a n , m i e n -
tras tejian, e p i s o d i o s m e l a n c ó l i c o s de a m a n t e s q u e pacien-
t e m e n t e esperaban el regreso de sus caballeros, e m p e ñ a -
d o s en la larga ilusión de las Cruzadas. Se l l a m a b a n c a n -
c i o n e s de telar o de rueca y, a diferencia d e las q u e
p r o c e d í a n de los juglares, carecían de estribillos. Es natural
q u e e p i s o d i o s t a n tristes c o m o el de la mal m a r i d a d a in-
teresen a estas d a m a s , y q u e p r o n t o surja u n t i p o de
" C h a n s o n d r a m a t i q u e " . La m o n o t o n í a de la vida castellana
se alegra en las danzas. C a n c i o n e s destinadas a ser baila-

- 140 -
das t i e n e n una i m p o r t a n c i a especial en este arte y habrá
m u c h a s v a r i e d a d e s , entre las cuales la m á s señalada es la
" e s t a m p i d a " , e n la cual la p r i m i t i v a viola intervenía c o n sus
estribillos i n s t r u m e n t a l e s . A v e c e s se c a n t a b a n " e n r e d o n -
d o " o sea, s u c e s i v a m e n t e , p o r las d a m a s sentadas en c o -
rro; o se bailaba, en c o r r o t a m b i é n , p o r u n a s , m i e n t r a s
o t r a s c a n t a b a n . La " c h a n s o n b a l l a d é e " , y la " b a l l a d e "
s i m p l e m e n t e , v a n a distinguirse p o r su regularidad de f o r -
ma.

Los e s t u d i o s más serios llevados r e c i e n t e m e n t e a c a b o

sobre las f o r m a s t r o v a d o r e s c a s a c u s a n su o r i g e n m o n á s t i c o
inicial de u n a m a n e r a q u e , e s t r i c t a m e n t e h a b l a n d o , p u e d e
establecerse asi: a) t i p o s d e r i v a d o s de la letanía: la c h a n s o n
de geste, la " l a i s s e " e s t r ó f i c a , q u e c o n estribillos e n g e n d r a
la " r o t r u e n g e " y la " c h a n s o n a r e f r a i n " ; b) esta ú l t i m a
e n g e n d r a los r o n d ó s o rondeles ( t o r n e l , e n A l f o n s o el S a -
bio), virelais (de vir-, dar v u e l t a , o girar, y lai), a l g u n o s
c o n a p l i c a c i ó n religioso-popular, en las peregrinaciones a
S a n t i a g o y , en general, baladas; c) d e r i v a n del p r o c e d i -
m i e n t o de la s e c u e n c i a eclesiástica, los lais (layes), t a n t o
el e s t r ó f i c o c o m o el r e d u c i d o , la e s t a m p i d a y la n o t a o
n o t u l a , en t o d o s los cuales se hace gala de la i n v e n c i ó n
m e l ó d i c a y en c i e r t o s casos se ve la a c o m o d a c i ó n de la
música a la e x t e n s i ó n de un t e x t o p o é t i c o q u e había n a c i d o
a su vez de la a p l i c a c i ó n de un t e x t o a melodías anteriores;
d) derivan de los h i m n o s el " v e r s " p r i m i t i v o , al q u e sigue la
" c a n s ó " , los cuales e n g e n d r a n u n t i p o de c a n c i ó n regular,
y, p o r e x t e n s i ó n de éste, o t r o t i p o de c a n c i ó n libre d o n d e
la i n v e n c i ó n apenas tiene ya a l g u n a t r a b a , y en cada u n o
de c u y o s versos se aplica una m e l o d í a n u e v a , de fresca
i n v e n c i ó n . A este s e c t o r p e r t e n e c e n las c a n c i o n e s de la-
m e n t a c i ó n o " c o m p l a i n t e s " , " p l a n y " o p l a n t o s en el m á s
viejo castellano, en d o n d e hay ya e j e m p l o s de los cuales se
ha c o n s e r v a d o p o r lo m e n o s la parte literal. Los serventesios

- 141 -
se incluyen en esta clasificación, p r o b a b l e m e n t e p o r q u e ,
antes de atacar, hacían p ú b l i c a l a m e n t a c i ó n de los males
del t r o v a d o r , o s i m p l e m e n t e sus " e n u i g s " , sus enojos y
a b u r r i m i e n t o s . Bertrán de B o r n f u é f a m o s o en a m b o s as-
p e c t o s : atizaba f u r i o s o s serventesios a Enrique III de Ingla-
terra el e s p o s o de L e o n o r de A q u i t a n i a , y a su hijo Ricardo
C o r a z ó n de L e ó n , m i e n t r a s q u e e n t e r n e c í a los corazones
llorando en su " c o m p l a i n t e " a o t r o Enrique, hijo del a n t e -
rior. Ricardo n o t u v o plañidero m e n o s inspirado, y f u é
Guillaume Faidit, c u y a e n d e c h a al c o r a z ó n leonino q u e
Bertrán había m o t e j a d o de c o r a z ó n de liebre, es una de las
páginas más f o r m i d a b l e s de la inspiración t r o v a d o r e s c a .

Original o n o , existe en A l e m a n i a , p o c o después del

arte de t r o v a d o r e s y t r o v e r o s , u n a poesía c a n t a d a , análoga
en su f u n c i ó n a la de t o d o s ellos, c u y a influencia sobre los
alemanes es i n d u d a b l e . Esta se había e x t e n d i d o p o r el Rihn
a la A l e m a n i a del sur y luego a la del norte. El arte de los
M i n n e s a e n g e r la recoge, pero sin q u e deje de acusar su
p r o c e d e n c i a del c a n t o eclesiástico, c u y a s huellas se perci-
ben en los alemanes más c l a r a m e n t e t o d a v í a q u e en los
franceses, lo cual d a a d i c h o arte u n a rudeza peculiar, en la
q u e entra en c u e n t a el t e m p e r a m e n t o y carácter de sus
poetas. La flexibilidad rítmica c o n q u e los t r o v a d o r e s ha-
bían utilizado la teoría de los pies clásicos en la versifica-
c i ó n se ajusta mal á los a l e m a n e s , lo cual no es m u y difícil
de c o m p r e n d e r , p o r q u e el a l e m á n es u n i d i o m a m e n o s
regular en la e s c a n d a c i ó n silábica y p o r q u e esta f u é c o n c e -
bida en idiomas latinos. La sede principal de los M i n n e -
saenger e s t u v o en Eisenach, en el castillo de la W a r t b u r g
(todavía existente hoy) d o n d e m a n t e n í a su c o r t e H e r m a n n
de T u r i n g i a . El n o m b r e de M i n n e s a e n g e r p r o c e d e de q u e la
tradicional d a m a de los p e n s a m i e n t o s , q u e reinaba en t o d a
poesía t r o v a d o r e s c a , llevaba en los países g e r m á n i c o s el
n o m b r e de " M i n n e " , c o n lo q u e aquellos p o e t a s f u e r o n

- 142 -
los c a n t o r e s de Frau M i n n e . Entre t o d o s ellos destaca
finalizando el siglo xn, p o r el a ñ o de 1187, W a l t e r de la
V o g e l w e i d e , g r a n viajero, y q u e , c o m o a l g u n o s colegas
provenzales, había e x t e n d i d o sus paseos hasta Tierra
S a n t a . W o l f r a m de E s c h e m b a c h es el a u t o r del largo
p o e m a sobre Perzival; F r a u e n l o b , H e i n r i c h v o n V e l d e k e ,
Friedrich v o n H a u s e n , Reinmar der A l t e e x t i e n d e n su ins-
piración a lo largo del D a n u b i o , l l e v a n d o a aquellos para-
jes, e n t o n c e s lejanos de los f o c o s v i v o s del lirismo, un
p o c o de calor provenzal.

Los M i n n e s a e n g e r d e c a e n en los Meistersinger, maes-

tros de o f i c i o , mientras q u e aquellos habían sido caballeros.
Frauenlob f u n d a la primera escuela de m a e s t r o s c a n t o r e s ,
c o n lo q u e no quería decirse s o l a m e n t e q u e eran c a n t o r e s
de g r a n m a e s t r í a , sino m a e s t r o s en su o f i c i o de zapateros,
plateros, o de otra suerte. El a p o g e o de la m a e s t r o cantoria
e s t u v o entre los siglos xv y xvi c u a n d o ya los t r o v a d o r e s y
t r o v e r o s habían desaparecido p o r q u e la Iglesia los persi-
g u i ó , e n c o n t r a n d o en ellos reminiscencias paganas, a ú n
c u a n d o a l g u n o s p o e t a s españoles se siguieran d e n o m i n a n -
do a sí m i s m o de aquella m a n e r a prestigiosa en España
desde a n t a ñ o . Hans S a c h s el m á s f a m o s o de t o d o s ellos,
zapatero y p o e t a , es de 1540. Procedían i n v e n t a n d o t e x t o s
n u e v o s s o b r e melodías c o n o c i d a s o " t o n o s " , es decir, el
sistema de las secuencias, a ú n más e s t r i c t a m e n t e q u e los
provenzales. L u e g o , c u a n d o la poesía e x t e n d i ó sus necesi-
dades, v i n o la n u e v a i n v e n c i ó n m e l ó d i c a , c o m o en los
" t r o p o s " . A l llegar a este p u n t o d e b í a n c o n f o r m a r s e estric-
t a m e n t e c o n las reglas modales y las prácticas de la i n v e n -
ción musical clerical: s o l a m e n t e d e s p u é s de haber m o s t r a -
do su estricta a d h e s i ó n a ellas, recibían su t í t u l o de " m a e s -
t r o s " . Las f o r m a s preferidas eran las q u e p r o c e d í a n de los
provenzales: pastorelas, c a n c i o n e s de alba, c a n c i o n e s de
cruzada o narrativas, c a n c i o n e s de t i p o burlesco. S u " l i e d "

- 143 -
es lo q u e equivale a la " c a n s ó " p r o v e n z a l . Las alboradas
llevan el n o m b r e alemán de Tagelieder, no sin c o n t a c t o
t o d o ello c o n el arte de los g o l i a r d o s .

La m o n o d i a c a n t a d a s o b r e versos más o m e n o s e n t r o n -
c a d o s en el arte t r o v a d o r e s c o se d e r r a m a c o n caracteres
p i a d o s o s p o r t o d a s partes.

La Polifonía

M i e n t r a s la c a p a c i d a d de i n v e n c i ó n literaria y musical se
desarrolla en los países e u r o p e o s de O c c i d e n t e , de A l e m a -
nia a Inglaterra y a los países latinos c o n u n n ú c l e o g e r m i -
n a t i v o e s e n c i a l m e n t e f r a n c é s , o t r a gran n o v e d a d d e n t r o de
lo p r o p i a m e n t e musical a p u n t a en el sur de Inglaterra para
extenderse i n m e d i a t a m e n t e p o r t o d a Europa de la c u l t u r a .

Esa g r a n n o v e d a d , de e n o r m e t r a n s c e n d e n c i a , es la
p o l i f o n í a , la s i m u l t a n e i d a d de varios c a n t o s u n i d o s entre sí
por la c o n s o n a n c i a a r m ó n i c a . En p r i n c i p i o , el f e n ó m e n o era
n u e v o d e n t r o de lo p u r a m e n t e a c ú s t i c o , p o r q u e la busca
intuitiva de la c o n s o n a n c i a es u n o de los f e n ó m e n o s h u -
m a n o s m á s a n t i g u o s en t o d a la f o r m a de c u l t u r a ; pero
mientras q u e c o n t i n e n t e s e n t e r o s se c o n t e n t a r o n c o n prac-
ticar la c o n s o n a n c i a c o m o base f u n d a m e n t a l y estática de
su m ú s i c a , f u e p r o p i o de la c u l t u r a e u r o p e a desarrollar
v e l o z m e n t e ese i n s t i n t o t a n p r o n t o se vio en libertad, no
aprisionada ya p o r el i m p e r i o de la m o n o d i a eclesiástica,
a u n q u e estuviese largo t i e m p o s u p e d i t a d a a sus prácticas,
ya q u e ellas eran el p u n t o más elevado de la c u l t u r a m u s i -
cal e u r o p e a . La aparición de los p r i m e r o s c o n a t o s polifó-
nicos en el c a n t o eclesiástico s u p o n e el d e s c u b r i m i e n t o de
un m u n d o n u e v o . U n a n u e v a é p o c a en la c u l t u r a del
m u n d o , por m á s q u e las bases del m u n d o f u e r a n t a n viejas
c o m o él m i s m o . N o es el f e n ó m e n o físico lo q u e viene a

- 144 -
traer la r e n o v a c i ó n de la música e u r o p e a : es el " a r t e " que
d e s c u b r e , y q u e va a c i m e n t a r s e sobre el: n u e v a s t é c n i c a s ,
nuevas i n v e n c i o n e s , n u e v o s e s t a d o s de e s p í r i t u , u n a sensi-
bilidad musical e n t e r a m e n t e n u e v a . U n " n u e v o m u n d o " ,
p u e d e decirse, realmente, sin q u e su d e s c u b r i m i e n t o p u e d a
asignarse a o t r o n a v e g a n t e a u d a z , si no al i n s t i n t o m u l t á -
nime, al i m p u l s o a n ó n i m o y plural de u n a c u l t u r a ; en este
caso, la c u l t u r a de O c c i d e n t e .

La a p a r i c i ó n de las primeras m u e s t r a s de s i m u l t a n e i d a d
polifónica es un h e c h o s e m e j a n t e a y c o i n c i d e n t e c o n el de
la aparición, por el siglo ix, d e Glosarios, en los cuales la
inserción de v o c a b l o s en lenguas vulgares significa q u e la
t r a n s f o r m a c i ó n del latín venía g e s t á n d o s e d e s d e t i e m p o s
lejanos en la o s c u r i d a d del p u e b l o a n ó n i m o . Escritos d o n d e
se c o n s i g n a t e x t u a l m e n t e la práctica del c a n t o eclesiástico
a varias v o c e s : M ú s i c a Enchiriadis, e n t r e el siglo ix y el x,
De O r g a n o , en los c o m i e n z o s del x, no s i g n i f i c a n sino el
ascenso, en t é r m i n o s de una práctica regular, de ciertos
m o d o s de c a n t o q u e venían p r a c t i c á n d o s e desde m u c h o
t i e m p o atrás en la m i s m a R o m a .

Estudiar los orígenes de la Polifonía es c o m p r o b a r una

vez más, el l e n t o , pero c o n s t a n t e p r o g r e s o de la raza
humana.

Los p r i m e r o s ensayos de Polifonía se r e m o n t a n al siglo

ix, a finales de la é p o c a carolingia, m o m e n t o en q u e la
música religiosa está d e s b o r d a n t e de fuerza c r e a d o r a , de
este m o m e n t o s o n las " s e c u e n c i a s " los " t r o p o s " , se esbo-
za el d r a m a litúrgico y c o n la aparición del " o r g a n u m " se
inicia c a u t a m e n t e el primer i n t e n t o de p o l i f o n í a .
C o n el n o m b r e " o r g a n u m " la iglesia cristiana designaba
el c a n t o de las fiestas grandes, de lo cual se d e d u c e , q u e el
c a n t o a varias v o c e s ha t e n i d o , desde el p r i n c i p i o , carácter
solemne.

- 145 -
 En los escritos de H u b a l d o (840-930) m o n j e b e n e d i c t i n o
de S . A m a n d , e n Flandeé y más t a r d e en los de G u i d o
d ' A r e z z o (995-1050) b e n e d i c t i n o de A r e z z o , en Italia, e n -
c o n t r a m o s e x p u e s t o s d o s principios del " o r g a n u m " .

El o r g a n u m era u n a i m p r o v i s a c i ó n . A u n a melodía gre-

goriana se añadía un c o n t r a c a n t o , q u e en los t i e m p o s más
a n t i g u o s se m a n t e n í a debajo del c a n t o d a d o ; más t a r d e la
m e l o d í a principal recibió el n o m b r e de " C a n t u s f i r m u s " o
" t e n o r " (del f r a n c é s : sostener) la s e g u n d a v o z se m o v í a
paralelamente a la principal a distancia de 4 . o de 5 . a s a s

El o r g a n u m t i e n e la i m p o r t a n c i a histórica de haber in-

t r o d u c i d o la idea de hacer cantar d o s voces simultáneas,
pero n o tenía en sí, posibilidades de desarrollo ulterior y se
hizo necesario la aparición de un n u e v o m é t o d o . Este f u e
el " d i s c a n t u s " .

Discantus

La f o r m a de polifonía así llamada hace su aparición en

el siglo xn ( c o m o se ve, m u c h o d e s p u é s q u e el o r g a n u m ) y
se desarrolla a lo largo del xn, é p o c a t a m b i é n en q u e la
vida y el arte de la Iglesia, se llenan de savia n u e v a .

Los p r o g r e s o s logrados en o t r o s d o m i n i o s parece q u e

e s t i m u l a r o n p o d e r o s a m e n t e a los t e ó r i c o s de la música y a
los c o m p o s i t o r e s y estos c o m e n z a r o n a cultivar c o n ardor,
el c a n t o de la p o l i f o n í a .

La patria del d i s c a n t u s f u e Francia. T a m b i é n en u n p r i n -

cipio era i m p r o v i s a d o y n o se escribía; al revés q u e e n el
o r g a n u m , la v o z secundaria se s i t u a b a p o r e n c i m a de la
principal.

Pero la g r a n i n n o v a c i ó n del d i s c a n t u s f u e a b a n d o n a r el
m o v i m i e n t o paralelo y s u s t i t u i r l o p o r el m o v i m i e n t o c o n t r a -

- 146 -
rio, q u e es el ú n i c o principio válido para t o d a la música
polifónica.

U n a v a r i e d a d especial de d i s c a n t u s es el " f a l s o b o r d ó n "

llamado así p o r q u e se escribía, es decir, se pensaba (pues
t a m b i é n era i m p r o v i s a d o ) , en una altura y s o n a b a en o t r a .
Lo describen los t r a t a d o s ingleses del s. x v , pero su prácti-
ca debía de r e m o n t a r s e a u n a é p o c a m u c h o más a n t i g u a .

La n o v e d a d q u e a p o r t a el falso b o r d ó n es la m a r c h a de
las v o c e s a la distancia de terceras paralelas.

Este c a n t o a la t e r c e r a , que h o y n o s parece sencillo y

q u e los n i ñ o s a p r e n d e n sin d i f i c u l t a d , en aquel t i e m p o
h u b o q u e luchar para i n t r o d u c i r l o .

Si r e f l e x i o n a m o s q u e la polifonía primitiva en u n país se

ejercitó en distancias de 4 s . , en o t r o en las de 3? y en
a

o t r o s p o r m o v i m i e n t o s c o n t r a r i o s , es fácil ver, q u e el día

q u e cada país t u v o c o n o c i m i e n t o de lo q u e los o t r o s prac-
t i c a b a n y q u e t a m b i é n era c o r r e c t o y bello m u s i c a l m e n t e ,
f u e u n g r a n d e s c u b r i m i e n t o ; se abrió u n m u n d o de posibili-
dades sin límite. Las piezas sueltas del " p u z z l e " musical al
unirse, a m p l i a r o n hasta el i n f i n i t o a c a d a c o m p o s i t o r su
c a p a c i d a d de i n v e n t i v a y de v a r i a c i ó n .

Ars nova

S u r g i ó e n t o n c e s u n arte n u e v o q u e se llamó así: A r s

nova (arte n u e v o ) .

El valiente t í t u l o se debe al o b i s p o Felipe V i t r y , q u e así

lo designa en u n o de sus escritos a la música de su t i e m p o .

Esta é p o c a era el siglo xiv, e n t r e 1330 y 1340, a p r o x i -

m a d a m e n t e . En Francia es c o n s i d e r a d o m a e s t r o de maes-
t r o s G u i l l e r m o de M a c h a u t , p o e t a e m i n e n t e y g r a n m ú s i c o .

- 147 -
 T a m b i é n en Italia aparece u n m o v i m i e n t o de A r s N o v a
q u e desde el m i s m o p ó r t i c o del siglo xiv protejen los poe-
tas, Dante (1265-1321), Petrarca (1304-1374) y B o c c a c i o
(1313-1375). D a n t e en su p u r g a t o r i o levanta un m o n u m e n t o
a su a m i g o Pedro Casella, q u e está c o n s i d e r a d o el más
a n t i g u o c o m p o s i t o r de madrigales.

H a y d o s grandes b l o q u e s q u e s o n : A r s a n t i q u a y A r s
Nova.

El p r i m e r o , c o n t e m p o r á n e o del m o m e n t o más esplendo-

roso de la c a n c i ó n t r o v a d o r e s c a , q u e d a l i m i t a d o a ensayos
privados en el interior de los m o n a s t e r i o s y es el s e g u n d o ,
A r s N o v a , el q u e aparece c o n i m p u l s o r e n o v a d o r , es acep-
t a d o en Europa entera y d e t e r m i n a algo m u y i m p o r t a n t e : el
i n v e n t o de la a r m o n í a .

En sus ú l t i m o s t i e m p o s , los t r o v a d o r e s m i s m o s habían

c o m e n z a d o a aplicar la t é c n i c a p o l i f ó n i c a a sus c a n c i o n e s
armonizados o " m o t e t e s " , género polifónico menor que
procedía de la iglesia y, q u e , en esta é p o c a , adquiere u n a
b o g a extraordinaria fuera de ella, c o n s t i t u y e n d o u n t i p o de
obra musical c u y a f u n c i ó n en la s o c i e d a d c o e t á n e a se
anticipa a lo q u e la s o n a t a v e n d r á a ser en t i e m p o s del
B a r r o c o . Los p r i m e r o s m o t e t e s , m o n ó d i c o s , derivaban de
las melodías de las a n t í f o n a s y de los alleluias t r o p a d o s ,
s e g ú n la p r á c t i c a de las secuencias, después t r a t a d a a
varias voces. Entre los siglos xn al xiv el m o t e t e se convier-
te en la f o r m a p o l i f ó n i c a más generalizada, p o r q u e a su
carácter p o l i f ó n i c o se u n e u n s e n t i d o f r e c u e n t e m e n t e
popular, a causa de las melodías de esta p r o c e d e n c i a q u e
admitirá g u s t o s a m e n t e en t e x t u r a , y p o r q u e la naturaleza
de ellas posee una regularidad m é t r i c a n o t o r i a , u n o r d e n
r í t m i c o estructural q u e le s o n sustanciales, c o n m a r c a d a
inclinación cadencial. El m o t e t e se c o n v i e r t e así en u n
p e q u e ñ o p o e m a p o l i f ó n i c o d o n d e c a b e n t o d o s los matices

- 148 -
del arte t r o v a d o r e s c o . La i m a g i n a c i ó n t é c n i c a de los m ú s i -
cos t o m a un v u e l o m a g n í f i c o y el m o t e t e , a la par q u e u n a
música de claro c o n t e n i d o e x p r e s i v o , t e n d r á gran riqueza
o r n a m e n t a l y c o m b i n a t o r i a , en polifonías cada vez más
ingeniosas. U n rasgo peculiar del m o t e t e , q u e se nos hace
difícil de c o m p r e n d e r h o y , consistía en q u e c a d a una de
sus v o c e s p o d í a a d m i t i r un t e x t o d i f e r e n t e , c a n t á n d o s e
s i m u l t á n e a m e n t e t o d a s esas melodías c o n sus t e x t o s c o -
rrespondientes. Procedían éstas, en la v o z grave, de los
t e x t o s litúrgicos, mientras q u e otras llegaban d i r e c t a m e n t e
del repertorio popular. Así, p o r e j e m p l o p o d í a n e n c o n t r a r s e
m o t e t e s en los cuales la v o z grave c a n t a b a el t e x t o litúr-
g i c o " E t g a u b i e t " , mientras q u e o t r a c a n t a b a una m e l o d í a ,
" N o n o r p h a n u m d e s e r a m " , q u e en o t r o s casos estaba susti-
t u i d a por la c a n c i ó n f r a n c e s a " „ E I mois de m a i q u e f l o r i s e n t
rosier et g l a i " , declara inspiración t r o v a d o r e s c a . Por- e n c i m a
de ellas c a n t a otra c a n c i ó n del m i s m o g é n e r o : " Q u a n t
florist la v i o l e t t e , la rose et la f l o u r de g l a i " . Tal s u p e r p o -
sición de t e x t o s era e m p í r i c a . Los c h a n t r e s habían d e s c u -
bierto q u e p o d í a n cantarse a la vez y lo hacían sin i m -
portárseles n a d a q u e c a d a u n o de ellos se expresase
en u n t e x t o diferente. S e m e j a n t e s i m u l t a n e i d a d parece
absurda en nuestra é p o c a , pero la razón d e b e estar en un
f e n ó m e n o exterior al s e n t i d o literal y q u e c o n d u j o , i n t u i t i -
v a m e n t e , a la s i m u l t a n e i d a d s o n o r a , h e t e r e o f ó n i c a en los
pueblos orientales, pero a r m ó n i c a en los e u r o p e o s : es el
s e n t i d o de p e n i t u d , la necesidad de o b t e n e r g r a n d e s masas
sonoras, d e n s a m e n t e t r a b a d a s , en las cuales no se p o d í a
distinguir el s e n t i d o del t e x t o en n i n g u n a voz, sino sola-
m e n t e la m i s m a desinencia en la c o n s o n a n c i a final de cada
p e r í o d o musical literario. Los m o t e t e s , en varios t e x t o s
s i m u l t á n e o s o en el m i s m o t e x t o , t r a t a d o s e g ú n el creciente
artificio del c o n t r a p u n t o , d o m i n a n sobre las f o r m a s análo-
gas q u e c o n s t i t u í a n el arte m e n o r de la Iglesia, c o m o los

- 149 -
l l a m a d o s " c o n d u c t i " , que t a n i n t e r e s a n t e s s o n desde el
p u n t o de vista d e la letra y de su m ú s i c a . En los años del
papado de J u a n X X I I , el m o t e t e había p e r d i d o t o d o el
s e n t i d o religioso y era la pieza m á s celebrada en la m ú s i c a
p r o f a n a , hasta el p u n t o d e q u e el papa se v e o b l i g a d o a
c o r t a r s u b o g a excesiva c o n u n a bula célebre e n el primer
t e r c i o del siglo xiv (1324). En estas f o r m a s m e n o r e s j u e g a
g r a n papel el sistema p r o c e d e n t e de la c o s t u m b r e de c a n -
tar a l t e r n a t i v a m e n t e o en r e d o n d o . U n a v o z c a n t a la m i s m a
m e l o d í a q u e o t r a voz acaba de cantar, s e g ú n lo q u e m á s
t a r d e se e n t e n d e r á c o m o " c a n o n " .

El c a n o n , e n t o n c e s c o n o c i d o p o r los n o m b r e s de r o t a ,
readel o f u g a , y las i m i t a c i o n e s d e m o t i v o s o f r a g m e n t o s
m e l ó d i c o s e n u n a v o z , y l u e g o e n o t r a s , c o n s t i t u i r í a n los
p r o c e d i m i e n t o s m á s f a v o r e c i d o s e n el a l b o r de la p o l i f o n í a .
E n t r a d o el siglo x i v , la p o l i f o n í a p u e s t a al servicio de las
g r a n d e s f o r m a s en la M i s a , va a alcanzar su m a y o r í a de
e d a d ; t a n s a t i s f a c t o r i a m e n t e para q u i e n e s las c o m p o n e n y
para el p ú b l i c o q u e las e s c u c h a , q u e u n o s y o t r o s n o v a n a
d u d a r en c o n s i d e r a r esos p r o g r e s o s c o m o c u e r p o de un
" A r s N o v a " al lado de c u y a n o v e d a d d e s e n v u e l t a , t o d o lo
a n t e r i o r apenas será u n " A r s A n t i q u a " . C u a n d o el arte
m u s i c a l d e s c u b r e una nueva f u e r z a es q u e , e n e f e c t o , u n a
n u e v a é p o c a ha e n t r a d o . A h o r a parece q u e v a a estable-
cerse u n a especie d e p u l s a c i ó n q u e renovará el arte de la
m ú s i c a de t r e s e n tres siglos: el siglo x i , c o n los p r i m e r o s
e n s a y o s p o l i f ó n i c o s , al xiv, q u e es el del " A r s N o v a " ; de este
al XVII, q u e es el de las " N u o v e M u s i c h e " de los operistas
f l o r e n t i n o s . En seguida cada siglo t e n d r á carácter propio,
c o n ese siglo " b a r r o c o " ; el x v m , q u e es el siglo " c l á s i c o " ;
el x i x , q u e es el siglo " r o m á n t i c o " , y el x x , en el q u e cada
década muestra una inquietud nueva.

H a y una c o r r e l a c i ó n b a s t a n t e e s t r e c h a e n t r e el arte de
la a r q u i t e c t u r a r o m á n i c a , c o n sus líneas severas e i m p o r -

- 150 -
t a n t e s , su a s p e c t o macizo y g r a v e , y la m o n o d i a católica
del p r i m e r milenio. La aparición de la polifonía en Europa
viene a c o i n c i d i r c o n la e l e v a c i ó n . y desarrollo del arte
g ó t i c o , e n cuyas naves airosas, t a n r i c a m e n t e d e c o r a d a s ,
iba a resonar el n u e v o arte de la M ú s i c a . Incluso las suce-
sivas etapas del g ó t i c o c o i n c i d e n c o n los a s p e c t o s q u e v a n
e n r i q u e c i e n d o i n c e s a n t e m e n t e a la p o l i f o n í a , sagrada o pro-
f a n a , hasta a b o c a r , en el siglo x v n , a u n a etapa de la
a r q u i t e c t u r a y de la m ú s i c a q u e se c o n o c e c o m o p e r í o d o
Barroco.

Sig/o xv

La realeza musical q u e a través de los siglos, se traslada

de u n a n a c i ó n a o t r a , en el siglo x v está en m a n o s de los
f l a m e n c o s , e n t e n d i e n d o por Flandes, lo q u e era en aquella
é p o c a , es decir, el n o m b r e c o l e c t i v o de Bélgica, H o l a n d a y
los franceses del norte.

La p r i m e r a idea a considerar es q u e , referente a su valor

e i m p o r t a n c i a , la música f l a m e n c a n o es inferior a la p i n t u -
ra f l a m e n c a .

N o es raro q u e así fuese, p o r q u e u n a gran c u l t u r a era el

resultado de varios siglos de i n t e r c a m b i o s comerciales y los
f l a m e n c o s eran un p u e b l o capaz de valorar el b u e n arte,
bajo la e x p r e s i ó n de p i n t u r a , de m ú s i c a o de cualquier otra
manifestación.

Era s o b r e t o d o , la m ú s i c a , el arte predilecto e n las

grandes c i u d a d e s , d o n d e existía u n a intensa vida social.
Hay q u e darse c u e n t a de q u e la m ú s i c a es u n arte e m i n e n -
t e m e n t e social; u n arte de c o n j u n t o , de e q u i p o . A s í se
percibe c l a r a m e n t e en las a g r u p a c i o n e s corales, i n s t r u m e n -
tales, etc. Pero a ú n para u n solista, la a g r u p a c i ó n le es

- 151 -
necesaria desde el p u n t o de vista de p ú b l i c o . U n artista
intérprete, p r o d u c e su arte para ser e s c u c h a d o , para u n
p ú b l i c o . Necesita p o r lo t a n t o del g r u p o , del a m b i e n t e , de
la s o c i e d a d , t a n t o c o m o el q u e participa en la o r q u e s t a o
en un c o r o .

H i s t ó r i c a m e n t e la m ú s i c a n u n c a ha p r o s p e r a d o en las
llanuras, d o n d e los h a b i t á c u l o s están d i s e m i n a d o s .

Las g r a n d e s ciudades neerlandesas, f u e r o n el n ú c l e o

creador de g r a n d e s m a n i f e s t a c i o n e s religiosas y p r o f a n a s ,
d ó n d e la m ú s i c a era e l e m e n t o principal y f u n d a m e n t a l .

Las " c a p i l l a s " o escuelas de c a n t o de las iglesias, f u e -

ron las a g r u p a c i o n e s clave para el b u e n desarrollo del arte
musical. Pero no eran s o l a m e n t e las iglesias las q u e m a n -
t e n í a n dichas a g r u p a c i o n e s , sino t a m b i é n los príncipes y
nobles los q u e rivalizaban para tenerlas de p r i m e r í s i m o
nivel aspirando igualar a su m o d e l o , la capilla del Papa de
Roma.

U n i n t e r c a m b i o p o c o c o n o c i d o , a u n q u e sin d u d a f e c u n -
d o , se lleva a c a b o entre B o r g o ñ a , Francia, Italia y España,
lo cual da por resultado cierta semejanza en los t i p o s de
f o r m a y en el s e n t i m i e n t o del estilo, no t a n u n i t a r i a m e n t e
q u e no p u e d a discernirse lo q u e es i n v e n c i ó n de cada
parte.

Esos caracteres se a c e n t ú a n a lo largo del sigio xv, q u e

es el g r a n siglo de la p o l i f o n í a . S u s d o s m i t a d e s se d i s t i n -
g u e n , en el área q u e se e x t i e n d e entre Francia del N o r t e ,
Flandes y el d u c a d o de B o r g o ñ a , por u n a a b u n d a n c i a de
artistas de soberbia t é c n i c a y de una inspiración a c u s a d a ,
la cual se explaya t a n t o en las g r a n d e s f o r m a s c o m o en la
misa o en las p e q u e ñ a s danzas de sociedad entre las q u e el
rondel p r e d o m i n a . De los i n s t r u m e n t o s musicales, el laúd ha
alcanzado la primacía. C o n ello la música q u e se ejecuta en

- 152 -
los salones t i e n d e a destacar la v o z c a n t a n t e , r e d u c i e n d o
las v o c e s de la p o l i f o n í a a las cuerdas del l a ú d , q u e , p o r
consecuencia, tienden a una simplificación entendida c o m o
" a c o r d e " . El s e n t i d o a r m ó n i c o , e n creciente desarrollo, in-
tensifica las f u n c i o n e s a r m ó n i c a s . La escritura busca una
s i m p l i c i d a d m a y o r , y el o í d o se c o m p l a c e en la cadencia
a r m ó n i c a de t ó n i c a y d o m i n a n t e .

La escuela Franco^Flamenca del siglo xv

D u r a n t e el p e r í o d o F r a n c o - F l a m e n c o los c o m p o s i t o r e s ,
f u e r o n casi t o d o s m a e s t r o s de capilla o c a n t o r e s . Se p u e d e
i m a g i n a r f á c i l m e n t e el e s p l e n d o r de aquellas i n t e r p r e t a c i o -
nes e n las q u e c o l a b o r a b a n g e n i o y t a l e n t o musical, e x c l u -
y e n d o las i n t e r p r e t a c i o n e s m e d i o c r e s .

Los c o r o s , en general, no eran de g r a n n ú m e r o de

participantes; entre 12 y 24, p e r o t o d o s m ú s i c o s de* p r o -
fesión.

Las sutilezas del arte de la c o m p o s i c i ó n f l a m e n c a , ha

sido m u y d i s c u t i d o , p o r q u e se les acusa de haber utilizado
más el intelecto q u e la inspiración, c r e a n d o obras q u e eran
un ejercicio de a r i t m é t i c a en lugar de v e r d a d e r a m ú s i c a .

J u s t i f i c a n este m o d o de pensar el uso e x a g e r a d o del

C a n o n , otra f o r m a llamada de " c a n g r e j o " en q u e la s e g u n -
da v o z c o m i e n z a el t e m a al revés, p a r t i e n d o de la ú l t i m a
n o t a , o t a m b i é n " e l c a n o n en e s p e j o " en q u e las distancias
entre las notas están invertidas, c o m o s u c e d e en los obje-
t o s reflejados en u n espejo, etc. etc. Estos j u e g o s t e n t a r o n
incluso a los g r a n d e s maestros, ya q u e existe un " D e o
g r a c i a s " a t r i b u i d o a O c k e g h e m , para 36 v o c e s , d o n d e el
t e m a se desarrolla en nueve partes diferentes, c o m e n z a n d o
cada parte a un c o m p á s de distancia del p r e c e d e n t e , sin
alejarse para nada de una sola y c o n s t a n t e m e l o d í a .

- 153 -
 Si bien es cierto q u e c o n estos ejercicios la expresión
artística n o gana g r a n c o s a , t a m p o c o es malo q u e los
m a e s t r o s de la é p o c a llevasen hasta su ú l t i m o e x t r e m o las
n o v e d a d e s q u e habían d e s c u b i e r t o .

Los f l a m e n c o s trabajaron para los siglos f u t u r o s : una

vez c o n c e b i d a la idea del desarrollo t e m á t i c o , b u s c a r o n su
p e r f e c c i ó n a través de t o d o s los m e d i o s , en f o r m a escolás-
tica o en f o r m a libre y t r a n s m i t i e r o n sus d e s c u b r i m i e n t o s a
las é p o c a s posteriores, incluso a n o s o t r o s m i s m o s .

La polifonía de B a c h , t a n t o c o m o el desarrollo de m o t i -
v o s en H a y d n y B e e t h o v e n , así c o m o el c o m p l e j o arte de la
variación en un Liszt o en u n B r a h m s , encierran d e n t r o de sí
el lejano g e r m e n q u e en su día a p o r t a r o n en sus trabajos
los F l a m e n c o s .

Primera escuela Franco-Flamenca

El J e f e d e la más a n t i g u a escuela f l a m e n c a f u e Guiller-

m o D u f a y (1400-1474). C o n t e m p o r á n e o de los p i n t o r e s H u -
b e r t o y J u a n v a n Eyck. Es posible q u e c o m o c o m p o s i t o r
recibiese la influencia de su a n t e c e s o r inglés J o h n D u n s t a -
ble ( m u e r t o en 1453) el cual c o n o t r o s m a e s t r o s ingleses
había desarrollado m u c h o el c o n t r a p u n t o en las islas. Des-
pués de la batalla de A z i n c o u r t (1415) se establecieron
c o n t a c t o s i n t e n s o s a través del Canal de la M a n c h a y se
abrió u n a f e c u n d a é p o c a para la música d u r a n t e los reina-
d o s de Felipe V de Inglaterra y de Carlos VII de Francia.

C o n D u f a y brilla en la c o m p o s i c i ó n Gil B i n c h o i s
( + 1 4 6 0 ) . A este ú l t i m o se le d e d i c ó d e s p u é s de su m u e r t e
u n m o t e t e a tres v o c e s en la q u e , d o s de ellas le llamaban
" p a d r e de la a l e g r í a " y " p a t r ó n de b o n d a d " m i e n t r a s la
tercera c a n t a b a el " r e q u i e m " latino, s e g ú n la c o s t u m b r e
de la é p o c a .

- 154 -
Segunda escuela Franco-Flamenca

Tres n o m b r e s sobresalen en la s e g u n d a escuela Franco-

F l a m e n c a : J u a n O c k e g h e m ' (1430-1495), J a c o b o O b r e c h t
(1450-1505) y J o a q u í n de Pres.

C o n la n u e v a escuela se a f i r m a la escritura p o l i f ó n i c a a
c u a t r o v o c e s , q u e ya preconizaba D u f a y , a pesar de q u e en
su é p o c a era f r e c u e n t e la escritura a tres v o c e s .

Las c u a t r o v o c e s suelen dividirse en d o s g r u p o s de d o s ,

q u e se c o n t e s t a n . El interés musical no lo retiene exclusi-
v a m e n t e la v o z superior, sino q u e se reparte entre las
c u a t r o c o n iguales d e r e c h o s : es el estilo llamado de i m i t a -
ción.

Se s u p o n e q u e J a c o b o O b r e c h t e n s e ñ ó m ú s i c a a Eras-
m o de R o t t e r d a m .

El siglo t o c a a su fin c u a n d o se eleva la a d m i r a b l e figura

de J o a q u í n des Pres. C u a n d o se halla al servicio de A s c a -
dio S f o r z a , c a m b i a su n o m b r e p o r el de J u s q u i n d ' A s c a d i o ,
lo cual no se c o n o c i ó hasta una é p o c a reciente, de manera
q u e no se i d e n t i f i c a r o n c o m o suyas las c o m p o s i c i o n e s q u e
se incluyen c o n este n o m b r e , en el C a n c i o n e r o de Palacio,
transcrito p o r Barbieri; n a c i d o en C o n d e , Villa de Hainault,
allí se retiró para morir, pasados lo o c h e n t a años. El arte de
J o s q u i n sigue el proceso de t o d o el arte c o n t r a p u n t a l f l a -
m e n c o : p r i m e r o , la v i r t u o s i d a d de escritura, el a m o r por la
riqueza o r n a m e n t a l del g ó t i c o m á s e x u b e r a n t e ; después,
una expresión q u e es la herencia de Italia y q u e busca la
línea fácil en su elegancia, u n a línea v o c a l . S u s e n t i m i e n t o
de la a r m o n í a se refina y sabe q u e en el e m p l e o hábil de la
disonancia cabe u n a gran posibilidad de la e x p r e s i ó n , q u e
no desdeña. El es quien escribe el p l a n t o o l a m e n t a c i ó n a
la m u e r t e de O c k e g h e m , s i g u i e n d o a la " D e p l o r a t i o n " q u e
sobre " s o n t r e p a s " había escrito Guillaume C r e t i n , f a m o s o

- 155 -
p o e t a , pieza f ú n e b r e q u e se hizo f a m o s a t a m b i é n , y q u e
c o m o era de rigor, c o n t i e n e u n repaso a los n o m b r e s
célebres e n t r e los de sus c o n t e m p o r á n e o s :

A g r í c o l a , V e r b o n n e t , Prioris, J o s q u í n Desprez, Gaspar,

B r u m e l , C o m p e r e , a los q u e a ñ a d e , c o m o glorias de o t r o
t i e m p o , los n o m b r e de " D u f a y , Fede, B i n c h o i s , B a r b i n g a n t
et D u n s t a b l e ; Pasquín, L a n n o y , B a r i z o n , C o p i n , Regis,
Gilíes, J o y e et C o n s t a n t " . De esas glorias no nos t o c a a
n o s o t r o s r e c o r d a r sino a A l e j a n d r o A g r í c o l a , m ú s i c o de
Felipe el H e r m o s o , c o n c u y a capilla pasa a España en 1505
para morir allí, en V a l l a d o l i d , p o c o después. A g r í c o l a , q u e
había n a c i d o hacia 1446, había e s t a d o ya en M i l á n y en
M a n t u a . C o n Felipe c o m i e n z a a trabajar en 1491 en los
m o m e n t o s en q u e se prepara en Castilla el g r a n viaje ultra-
m a r i n o . A g r í c o l a , q u e dejó u n v o l u m e n de misas impresas y
c o l e c c i o n e s de c a n c i o n e s y m o t e t e s , tiene la i m p o r t a n c i a
principal de haber c o n s o l i d a d o el estilo de la polifonía de su
escuela f l a m e n c a , en la música i n s t r u m e n t a l .

A g r í c o l a había escrito c a n c i o n e s para las fiestas c a r n a -

valescas, sus " c a n t i c a r n a s c i a l e s c h i " , q u e s u p o n e n un re-
n u e v o de v i d a en la poesía en lengua t o s c a n a , en u n
espíritu galante a la par q u e p o p u l a r , heredero no lejano
del arte t r o v a d o r e s c o . Lo q u e A g r í c o l a p u d o traer de ello a
España es cosa q u e p u e d e colegirse c u a n d o se e x a m i n a la
polifonía p o p u l a r q u e llena el m e n c i o n a d o C a n c i o n e r o de
Palacio. Este siglo, el x v , es, en España, el siglo de los
" C a n c i o n e r o s " , q u e antes habían sido franceses. El de
J u a n A l f o n s o de Baena r o m p e la m a r c h a en 1445, más o
m e n o s , y v a n a seguir el de H e r b e r a y des Essarts, q u e
c o n t i e n e t a n t a s m u e s t r a s de la lírica p o p u l a r española, el de
S t u ñ i g a , o t r o de L o n d r e s , el de Fray Iñigo de M e n d o z a , el
de J u a n del Encina, en 1496; l u e g o , los musicales c o m o el
de Palacio, q u e c o n t i e n e c e n t e n a r e s de obras preciosas en

- 156 -
polifonía d e a l t o arte o de u n arte c e r c a n o a lo popular, y el
de " C a n t i n e l a s V u l g a r e s " de la Biblioteca C o l o m b i a n a o, un
p o c o después, el q u e se c o n s e r v a en la Universidad de
Upsala. De este arte m e n o r se habla a c o n t i n u a c i ó n , j u n -
t a m e n t e c o n el italiano. Es u n m o m e n t o crucial para la
m ú s i c a e s p a ñ o l a , a causa de las c o n s t a n t e s a p o r t a c i o n e s
q u e llegan desde el norte y desde Italia; pero los españoles,
sin e m b a r g o , saben c o n s e r v a r un estilo p r o p i o , q u e p a r e -
cerá r u d i m e n t a r i o al lado del lujo de las t é c n i c a s f r a n c o f l a -
m e n c a s , pero q u e tiene la v i r t u d de u n a c e n t o p r o p i o . U n
arte n e t a m e n t e español se está p r e p a r a n d o en las grandes
f o r m a s , tras de las p e q u e ñ a s t a n sabrosas, y hay q u e
esperarle hasta el siglo s i g u i e n t e .

Géneros menores de la polifonía

Las f o r m a s de polifonía m e n o r q u e se e n c u e n t r a n en el
C a n c i o n e r o de Palacio eran c o e t á n e a s de otras f o r m a s
m e n o r e s de o r i g e n popular, e x t e n d i d a s p o r Italia, antes de
llegar allí la polifonía f r a n c o - f l a m e n c a . S i n d u d a , las italia-
nas, c o m o las españolas, f u e r o n p r i m e r a m e n t e m o n ó d i c a s .
M á s tarde, c u a n d o la p o l i f o n í a se c o n v i r t i ó en el t r a t a m i e n -
t o universal de t o d a m ú s i c a , o c u r r i ó lo m i s m o q u e c o n los
m o t e t e s t r o v a d o r e s c o s , q u e se t r a n s f o r m a r o n en p e q u e ñ a s
f o r m a s p o l i f ó n i c a s . A l ocurrir eso, d e b i ó ocurrir t a m b i é n
una m o d i f i c a c i ó n m á s o m e n o s sensible en la c o n s t i t u c i ó n
m i s m a s de la m e l o d í a , c o n lo q u e p u d o perder originalidad,
s e n t i d o expresivo p r o p i o , ya q u e , a pesar de ilustres ante-
cedentes, el p o l i f o n i s m o era una m o d a q u e venía desde
f u e r a . Lo q u e , en c a m b i o , resulta peligroso decir, es, q u e
ese t i p o de c a n c i o n e s q u e en castellano se d e n o m i n a b a n
" v i l l a n c i c o s " y en italiano " f r o t t o l e " y " b a r c e l l e t t e " , f u e r a n
de inspiración popular si, p o r este v o c a b l o , se e n t i e n d e un
sesgo de espíritu d i f e r e n t e , a veces o p u e s t o en sus cali-

- 157 -
dades, a lo q u e p u e d e e n t e n d e r s e c o m o c o r t e s a n o , letrado,
intelectual. Estas c o n s i d e r a c i o n e s se aplicaban m á s a de-
t e r m i n a d o s m o d o s de t r a t a m i e n t o t é c n i c o q u e a la s u s t a n -
cia intrínseca de las piezas. Ya e n el R e n a c i m i e n t o , lo
c o r t e s a n o a f e c t a f o r m a s exteriores n o t o r i a m e n t e alejadas
de la s i m p l i c i d a d popular, p e r o el espíritu es el m i s m o . Los
r o m a n c e s se c a n t a b a n en el p u e b l o , a u n a v o z sola o c o n
la c o m p a ñ í a (no c o n el a c o m p a ñ a m i e n t o , en u n s e n t i d o
específico) de un i n s t r u m e n t o de c u e r d a s , l a ú d , cítaras o
guitarras; m i e n t r a s q u e , c u a n d o pasa a los salones señoria-
les el m i s m o r o m a n c e , va a rodeársele de más elegantes
c o m p a ñ í a s . A n t e s del R e n a c i m i e n t o , q u e es un m o v i m i e n t o
intelectual y r e f i n a d o e x t e n d i d o p o r las p e q u e ñ a s c o r t e s
italianas, p e r o c u y o o r i g e n estaba, c o m o las~gent.es de esas
cortes, en el p u e b l o llano, lo p o p u l a r y lo c o r t e s a n o t i e n e n
f r o n t e r a s difíciles de limitar. Hasta q u e p u n t o el arte t r o v a -
d o r e s c o reunía a m b a s categorías sociales, se ve en la ex-
t r a c c i ó n de sus propios a u t o r e s , q u e eran c o n d e s y baro-
nes, o menestrales y vasallos. El h e c h o de q u e en esa
é p o c a y, en s e g u i d a , en los c o n f i n e s del M e d i t e r r á n e o
o c c i d e n t a l se p r o d u j e s e n m o v i m i e n t o s sociales y artísticos
de gran elegancia y r e f i n a m i e n t o , n o autoriza para c o r t a r l o s
a b r u p t a m e n t e de lo q u e se e n t i e n d e c o r r i e n t e m e n t e c o m o
" p u e b l o " . Las z o n a s más h u m i l d e s p a r t i c i p a n en el arte
c o n el m i s m o g r a d o de f r u i c i ó n q u e las m á s elevadas, y,
c o m o ha p o d i d o verse, c o l a b o r a b a n , t a n t o c o m o ellas, en
la creación del g é n e r o , d e n t r o de unas líneas q u e se i m p o -
nían por la fuerza de las circunstancias t a n t o a los u n o s
c o m o a los o t r o s , y q u e eran las q u e p r o c e d í a n de la
universal g r a m á t i c a c a n t o l l a n i s t a ; pero t a m b i é n se ha v i s t o
q u e el á n i m o , el g u s t o , la p r o p e n s i ó n p o p u l a r ejercía un
influjo decisivo, s e l e c c i o n a n d o u n o s m o d o s y p r e s c i n d i e n d o
de o t r o s , y n o p o r c a p r i c h o , sino p o r q u e o b e d e c í a , i n c o n s -
c i e n t e m e n t e , a la e v o l u c i ó n del s e n t i m i e n t o a r m ó n i c o , q u e

- 158 -
 c o n d u j o a u n o s m o d o s d o n d e la p u l s a c i ó n a r m ó n i c a t o n a l
se ejercía más c a t e g ó r i c a m e n t e q u e en los restantes. Que
la inspiración de las f o r m a s m e n o r e s p r o c e d e n del p u e b l o
se c o n f i e s a en el n o m b r e de " v i l l a n c i c o s " q u e llevan sus
c a n c i o n e s ; m ú s i c a de los villanos, de los " v i l l a n i t o s " , c o n -
f o r m e en Italia t e n í a n sus " v i l l a n e l l e " . F o r m a , la del villan-
cico, nada p r i m a r i a , ni rústica sino d i r e c t a m e n t e e m p a r e n -
t a d a p o r su c o n f e c c i ó n y s e c c i o n e s , c o n el arte t r o v a d o r e s -
c o , el cual habría e c h a d o raíces en suelo castellano, sin
q u e ese o r i g e n sea e s t r i c t a m e n t e necesario, p o r q u e p u d o
haber o c u r r i d o t a m b i é n en España, a u n q u e no s e p a m o s
m u y bien c o m o , esa especie de d e r r a m e del arte eclesiásti-
c o m e n o r hacia las zonas populares. El v a i v é n del espíritu
de i n v e n c i ó n desde el p u e b l o a la iglesia y de la iglesia al
p u e b l o ha s i d o , d u r a n t e siglos, la causa c o n s t a n t e de las
t r a n s f o r m a c i o n e s de un arte q u e , en la iglesia, resumía
t o d a s las t r a d i c i o n e s culturales e u r o p e a s y q u e en el terre-
no popular, g u a r d a b a reminiscencias de cosas q u e proce-
dían de otras c u l t u r a s cercanas. De cualquier m a n e r a , si el
C ó d i c e del M o n a s t e r i o de las Huelgas es el m o n u m e n t o
s o b e r a n o de la p o l i f o n í a en España, hasta casi llegar a las
f r o n t e r a s del " A r s N o v a " , el C a n c i o n e r o de Palacio lo es
para la c a n c i ó n popular, t r a n s f o r m a d a en u n arte p o l i f ó n i c o
a la par de lo q u e hicieron sus insignes parientes, f l a m e n -
cos o italianos, de quienes h a y t e s t i m o n i o en el rico m a -
nuscrito madrileño.

A l g u n o s m u s i c ó l o g o s italianos llegan a pensar incluso,

en u n a influencia española sobre los g é n e r o s italianos m e -
nores, llegada allí p r o b a b l e m e n t e c o n la h e g e m o n í a , la
d o m i n a c i ó n p o l í t i c a , de la c o r o n a española q u e , en este
t i e m p o , tenía t a n f u e r t e p r o p o r c i ó n de sangre g e r m a n a . Los
" f r o t t o l e " y las " b a r c e l l e t t e " eran s e m e j a n t e s , incluso en la
d i s t r i b u c i ó n de sus versos, al villancico castellano, y c o n su
m i s m o s e n t i d o . P o s i b l e m e n t e , en el o r i g e n de la " f r o t t o l a "

- 159 -
había un s e n t i d o b u r l e s c o , n e t a m e n t e m e d i e v a l , c o m o en
las c o l e c c i o n e s de Carmina B u r a n a o del R o m á n de Fauvel,
p u e s t o q u e " f r o t t o l a r " es cosa c o m o " s c h e r z a r e " , t o m a r l o
a b r o m a , c h a n c e a r o cantar en c h a c o t a , c o m o se decía en
España. La f o r m a es vieja: estribillo-copla-estribillo, y su
c o n t e x t u r a r í t m i c a , en pies t r o c a i c o s , d e n u n c i a su proce-
dencia t r o v a d o r e s c a . La " v i l l a n e l l a " , a n á l o g a en su f u n c i ó n ,
tiene rasgos del más f i n o lirismo, q u e en la " f r o t t o l a " tiende
a ajuglararse; c o n la posibilidad de e n c o n t r a r en ellas m a t i -
ces regionales c l a r a m e n t e señalados. A s í se d e c í a : " v i l l o t t e
alia n a p o l e t a n a " , " v i l l o t e alia p a d o v a n a " . C u a n d o la villa-
nesca entra en España es por el c a m i n o de r e t o r n o , y a
causa ya de o t r o sesgo d i s t i n t o al villancico castellano
original, p u e s q u e ahora es de i m p o r t a c i ó n italiana. Formas
coetáneas m e n o s populares, c o m o la o d a y el s o n e t o , se
e x t i e n d e n p o r t o d a s partes c o n m a t i c e s n e t a m e n t e italia-
nos, q u e acusa en España sobre t o d o , la poesía.

El arte madrigalesco

El arte del m a d r i g a l es una de las glorias del Renaci-

m i e n t o , sus c o n a t o s se r e m o n t a n al siglo xiv, p e r o la gran
é p o c a del m a d r i g a l p o l i f ó n i c o c o m i e n z a d u r a n t e el primer
tercio del siglo x v . El origen del n o m b r e es u n misterio. La
tesis italiana s e g u i d a p o r ciertos m u s i c ó l o g o s , de que el
v o c a b l o p r o c e d e del b u c o l i s m o p e t r a r q u i s t a y de las c a n -
ciones pastoriles de la " m a n d r i a " , del a g r o , de d o n d e se
habría f o r m a d o mandriale, cae, desde el m o m e n t o en q u e
en España existían las villas n o m b r a d a s " M a d r i g a l de las
A l t a s T o r r e s " y " M a d r i g a l de C a m p o s " . ¿Qué significaba
" m a d r i g a l " en ellas? ¿ A c a s o " m a d r i g u e r a l " ? Pero no hay
que olvidar los c a n t o s de m a d r u g a d a , q u e en Castilla equi-
valían a las c a n c i o n e s de alba t r o v a d o r e s c a s ; y, de h e c h o ,

- 160 -
se llamaba allí " m a d r i g a d a s " a las casadas en s e g u n d a s
nupcias.

El arte del madrigal se multiplica p o r t o d a s partes, en

Italia. En M ó d e n a , Orazio V e e c h i d a a sus madrigales una
aplicación n u e v a , proveyéndoles d e un a r g u m e n t o d r a m á t i -
co que se desarrolla entre varios personajes, cada u n o de
los cuales se expresa a varias v o c e s reales en una escri-
tura p o l i f ó n i c a .

Esta f o r m a inspira a la m a y o r parte de los m ú s i c o s

italianos renacentistas y a los de las latitudes d ó n d e llegan
sus efluvios. El M a d r i g a l está ya en a u g e c u a n d o Botticelli,
c u y o arte tiene t a n sensibles semejanzas c o n a q u é l , va a
morir, p o c o después de e n t r a d o el siglo, en el a ñ o 1510.

El arte del madrigal p o l i f ó n i c o se inicia c o n las lecciones

de un p o l i f o n i s t a f l a m e n c o , n a c i d o en Brujas, m u y t a r d e en
el s. xv y q u e llega a V e n e c i a m á s q u e m e d i a d o el x v i , en
1562: A d r i a n o W i l l a e r t , a q u i e n la escuela v e n e c i a n a debe
su esplendor. T o d a u n a legión de d i s c í p u l o s s u y o s c o l a b o -
raron en el t r a b a j o de esta llamada " e s c u e l a v e n e c i a n a " .

Lo q u e más i m p r e s i o n a en este m o m e n t o del m a d r i g a l

italiano es su m a g n í f i c a libertad de estilo y de f o r m a , la
riqueza de e x p r e s i ó n q u e c o n s i g u e c o n los viejos p r o c e d i -
m i e n t o s del c o n t r a p u n t o g ó t i c o , la escritura en i m i t a c i o n e s
y los j u e g o s c o n los m o t i v o s q u e se persiguen p o r t o d a s las
voces. A s e g u r a n c o n ello la solidez en el t e j i d o s o n o r o , cual
si se tratase de u n o de ellos e s p l é n d i d o s t a p i c e s de A r r a s ,
t a n c o m p l i c a d o s c o m o la polifonía q u e les es c o e t á n e a .

La Pléyade. Salinas

Estamos a c e r c á n d o n o s a un n u e v o país en la m ú s i c a .
Los p o e t a s y m ú s i c o s de la pléyade i n t e n t a r o n restituir a la

- 161 -
poesía f r a n c e s a los pies m é t r i c o s latinos, c o n u n a trasposi-
ción en la m ú s i c a . Era un e m p e ñ o u n t a n t o ilusorio, p o r q u e
la prosodia de los idiomas vulgares n o se deja s o m e t e r a
p r e c e p t o s retóricos; pero, en España, el gran Francisco
Salinas había i n t e n t a d o algo s e m e j a n t e , p o r lo m e n o s p o r
la vía crítica y analítica de la v e r s i f i c a c i ó n española, en su
f a m o s o t r a t a d o " D e M ú s i c a libri s e p t e m " , q u e se i m p r i m i ó
en S a l a m a n c a en 1577: t o d o ello en h o n o r de una decla-
m a c i ó n más a p r o x i m a d a al m o d e l o n a t u r a l , c o n lo cual se
a n t i c i p a b a n unas décadas al p r o p ó s i t o principal de los m ú -
sicos y c a n t o r e s de la " c a m e r a t a f l o r e n t i n a " y su anhelo de
" i n armonía favellare".

V a m o s a dedicar unas líneas a lo q u e en España f u e

reflejo del arte italiano del m a d r i g a l , en o t r o t o n o m u y
alejado del villancico v e r n á c u l o , a u n q u e J u a n V á z q u e z si-
guiese d a n d o ese n o m b r e a sus piezas, q u e unía a los
s o n e t o s a c u a t r o y c i n c o v o c e s , e n t r e 1551 y 1560.

Las Ensaladas de M a t e o Flecha, transcritas y editadas

p o r su s o b r i n o , en Praga en 1581 p e r t e n e c e n a un g é n e r o
que se dice p r ó x i m o a los e s t r a m b o t e s italianos, c o n mez-
colanza burlesca de varios i d i o m a s y u n f u e r t e s e n t i m i e n t o
c ó m i c o . Flecha el j o v e n , t a m b i é n l l a m a d o M a t e o , c o m o su
t í o , t i t u l a a sus piezas s i m p l e m e n t e M a d r i g a l e s , al igual del
" m u y R e v e r e n d o J u a n B r a d í e u " , m a e s t r o de capilla de S e o
de U r g e l , c u y o s madrigales se i m p r i m i e r o n en Barcelona en
1585. Pedro A l b e r t o Vila los llama " O d a s " en t o n o e l e v a d o ,
p o r q u e " q u a s v u l g o madrigales a p e l l a n t u r " (Barcelona
1561), m i e n t r a s q u e Francisco Guerrero mezcla sus c a n c i o -
nes a las villanescas, a veces c o n aire a lo d i v i n o (que
quiere decir q u e el t e x t o se refiere a materias de d e v o c i ó n ) ,
o sea, " V i l l a n e s c a s E s p i r i t u a l e s " : t o d o s ellos, se v e , g e n t e s
de la z o n a levantina de España, o bien españoles q u e
t r a b a j a n en Italia, c o m o Pedro Valenzola y Sebastián Raval.
O t r o s prefieren las d e n o m i n a c i o n e s m á s castizas de " t o n o s

- 162 -
humanos", "letras", " t o n a d a s " y "sonadas", "letrillas",
" c a n t a r e s de s a l a " y, si se t r a t a d e los p e q u e ñ o s t r o z o s
p o l i f ó n i c o s (a c u a t r o voces) c o n q u e se abrían las obras
teatrales, se les d e n o m i n a b a s i m p l e m e n t e " c u a t r o s de e m -
pezar".

El madrigal t u v o su resonancia en Inglaterra, s u m a m e n -

te d i s t i n g u i d a , en t i e m p o s de la reina Isabel, c u a n d o t o d o
caballero debía saber leer la parte q u e le c o r r e s p o n d í a en
una c a n c i ó n de esta clase y cantarla " a l l ' i m p r o v i s o " ; de las
varias etapas por q u e pasó el m a d r i g a l inglés, W i l l i a m Byrd
es q u i e n inicia la primera ( L o n d r e s 1543-1623). Su discípulo
T h o m a s M o r l e y le supera, e n un m o d o de canciones " a
b a i l o " q u e recuerdan a las del italiano G i o v a n n i G i a c o m o
Gastoldi, q u i e n t i t u l a b a las suyas " B a l l e t t i di c a n t a r e " (in-
virtiendo los t é r m i n o s ) " s o n a r e e b a l l a r e " , a l g u n o s de los
cuales f i g u r a r o n en el s e g u n d o i n t e r m e d i o de la ópera
f a m o s a de M o n t e v e r d e , A r i a n a .

Nueva polifonía

La gran p o l i f o n í a f r a n c o f l a m e n c a cede el paso, en el

siglo x v i , a la italiana, hija suya legítima, inmediata heredera
de su arte, pero rutilante h e c h u r a del r e n a c i m i e n t o italiano
en su m a y o r esplendor. Si la polifonía m e n o r italiana había
sido f l o r e n t i n a p r i n c i p a l m e n t e , la g r a n p o l i f o n í a c i n c o c e n t i s -
t a es, sobre t o d o , r o m a n a y v e n e c i a n a .

La gran é p o c a viene p o r V e n e c i a , c o n W i l l a e r t , de q u i é n
ya h e m o s h a b l a d o , c u y o p u e s t o c o m o m a e s t r o de capilla
en la basílica de S a n M a r c o s d u r a m á s de t r e i n t a a ñ o s ,
desde 1527 a 1562. De él parte la idea de los " c o r i spezza-
t t i " , o d o s c o r o s a l t e r n a t i v o s , c o n sus ó r g a n o s e n c a d a
t r i b u n a , ( p r i n c i p i o de la m ú s i c a e s t e r e o f ó n i c a ) c u y a dispo-
sición t e n d r á p o c o d e s p u é s t a n t a i m p o r t a n c i a en el desa-

- 163 -
rrollo de la m ú s i c a q u e se llamara " c o n c e r t a d a " , v o c a l o
i n s t r u m e n t a l . Cipriano de Rore, en q u i e n la d i s o n a n c i a tiene
un valor t a n e x p r e s i v o , v a a seguirle; pero el gran arte
v e n e c i a n o se eleva c o n los d o s Gabrieli, A n d r e a y Giovanni,
tío y s o b r i n o , en quienes la m ú s i c a para el ó r g a n o y los
c o r o s alcanza un esplendor q u e casi p o d r í a decirse bizan-
t i n o y c u y o más i m p o n e n t e m o n u m e n t o está en las " S a -
crae S y m p h o n i e de G i o v a n n i . A n d r e a f u e organista de
S a n M a r c o s d u r a n t e t r e i n t a a ñ o s : c o n dinastías de tal
l o n g e v i d a d , las artes logran un p u n t o de m a d u r e z , en s e n t i -
do de p l e n i t u d , q u e es imposible alcanzar c o n etapas efí-
meras. G i o v a n n i f u e discípulo de su tío y, c o m o condiscí-
p u l o s u y o se e n c o n t r a b a en V e n e c i a un a l e m á n , Hans
Leo Hassler, q u e es el primer g r a n m ú s i c o de los países
g e r m á n i c o s . A su vez, Gabrieli f o r m a a o t r o alemán de
pro, a Heinrich S c h ü t z , q u e va a llevar a A l e m a n i a u n a
poderosa t r a n s f o r m a c i ó n de la m ú s i c a religiosa, detenida
por las luchas políticas.

S c h ü t z , q u e había italianizado su n o m b r e en S a g g i t t a -
rius, lleva a S a j o n i a , su país, las auras del primer o p e r i s m o
italiano; t a m b i é n los ú l t i m o s resplandores de su polifonía
p r o f a n a y religiosa, de m a n e r a q u e el arte entero de
S c h ü t z , a u n q u e c o n un carácter un p o c o retrasado, se
incluye, í n t e g r a m e n t e , d e n t r o del p e r í o d o b a r r o c o . U n
a s p e c t o singular de la escuela v e n e c i a n a consistía en sus
t e ó r i c o s , de los cuales G i o s e f f o Zarlino, el sucesor de Ci-
priano de Rore sienta las bases de la teoría m o d e r n a en sus
" I n s t i t u z i o n í h a r m o n í c h e " , q u e aparecen a la luz de V e n e -
cia, en 1558. Zarlino sigue en ellas las teorías del andaluz
B a r t o l o m é R a m o s de Pareja (Ramís en italiano), c u y a
" M ú s i c a P r á c t i c a " , impresa en 1482, c o n t i e n e p u n t o s de
vista acerca de los principios a r m ó n i c o s f u n d a m e n t a l e s ,
sobre las relaciones m a t e m á t i c a s de los s o n i d o s , que Ra-
m o s fija de allí en adelante, y s u s t e n t a t a n avanzados

- 164 -
criterios q u e t o d o el siglo q u e le sigue (él m u r i ó por los
años del d e s c u b r i m i e n t o de A m é r i c a ) está pendiente de
ello, los a c e p t e o los d i s c u t a . Zarlino, discípulo de W i l l a e r t ,
es el m a e s t r o de Peter S w e e l i n c k , una de las más grandes
figuras en la música i n s t r u m e n t a l de la A l e m a n i a del norte.

H e m o s v i s t o antes la i m p o r t a n c i a q u e t u v i e r o n en la
creciente r o b u s t e z de la capilla r o m a n a las c o n s t a n t e s visi-
tas de los polifonistas f l a m e n c o s . U n a n u e v a g e n e r a c i ó n va
a salir de ella q u e es, p r i n c i p a l m e n t e de italianos y espa-
ñoles.

Palestrina y Victoria

Palestrina es el n o m b r e del arrabal r o m a n o d o n d e el

m ú s i c o n a c i ó , en f e c h a no precisa, e n t r e 1524 o 1525, o los
p r i m e r o s días de 1526. S u s m a e s t r o s n o s o n m e j o r c o n o -
c i d o s ; p e r o en la basílica de S a n t a M a r í a M a g g i o r e , d o n d e
G i o v a n n i era " p u t t o c a n t o r e " , d e b i ó de pasar bajo la férula
de m a e s t r o s del n o r t e , f u e s e n R u b i n o Mallapert o u n Ro-
b e r t o o F i r m i n o Lebel, de N o y o n . S u s p r i m e r o s m o d e l o s ,
sin e m b a r g o , e n t r e 1540 y 1544, en q u e G i a n n e t t o se vuel-
ve a su localidad natal, f u e r o n al parecer, el f l a m e n c o
A r c a d e l t y el español M o r a l e s , q u e en ese ú l t i m o a ñ o se
d e c i d e a p u b l i c a r sus misas, saqueadas hasta e n t o n c e s p o r
los i m p r e s o r e s , industria n u e v a en el m o m e n t o y p o c o
r e g l a m e n t a d a a ú n . Palestrina no c o m e n z ó a i m p r i m i r las
suyas hasta diez a ñ o s después y, c o n ellas, sus libros de
madrigales, m o t e t e s , h i m n o s y l a m e n t a c i o n e s para la
S e m a n a S a n t a ; páginas, éstas, q u e c o n v i e n e c o m p a r a r c o n
las del abulense T o m á s de V i c t o r i a , p o r q u e e n t r e a m b o s
paréntesis se encierra la g r a n p o l i f o n í a de f i n e s del Rena-
c i m i e n t o y de los p r i m e r o s t i e m p o s del B a r r o c o . Las c o m -
posiciones p r o f a n a s de Palestrina t i e n e n una i m p o r t a n c i a

- 165 -
secundaria al lado de sus g r a n d e s a r q u i t e c t u r a s sagradas, y
m e r e c e decirse q u e V i c t o r i a , su g r a n c o l e g a , n o escribió
n i n g u n a c o m p o s i c i ó n de carácter p r o f a n o : los d o s e x t r e m o s
del R e n a c i m i e n t o , entre Florencia y R o m a , p u e d e n obser-
varse, t a m b i é n , c o n estos h o m b r e s de g e n i o p o d e r o s o ,
g e n i o q u e necesitaban explayar en c u a d r o s r o b u s t o s . Pales-
t r i n a , a diferencia de los madrigalistas, rechaza t o d o c r o m a -
t i s m o . S u d i a t o n i s m o es a b s o l u t o , así c o m o la s i m p l i c i d a d
de su sistema a r m ó n i c o , al q u e n u n c a e n t i e n d e c o m o vehí-
c u l o para e x p r e s i ó n q u e en él, n o p r o c e d e del s e n t i d o
p a t é t i c o del t e x t o ni de las a r m o n í a s , sino q u e es u n a
c o n s t r u c c i ó n clara, d i á f a n a , c o m o las naves italianas de sus
iglesias, en g r a n diferencia c o n los sobrios t e m p l o s e s p a ñ o -
les para los q u e escribió V i c t o r i a , d e s p u é s de su e t a p a
romana.

Camerata florentina. Nacimiento de la Opera

La expresividad creciente del m a d r i g a l , e s t i m u l a d a p o r

el s e n t i d o literario, d r a m á t i c o y p o é t i c o del R e n a c i m i e n t o ,
sugería la necesidad de q u e se percibiesen bien las pala-
bras, a lo cual f a v o r e c í a la t e n d e n c i a m o n ó d i c a de la m ú s i -
ca. Si en u n m a d r i g a l intervenían varias v o c e s , c o m o en el
" A m f i p a r n a s s o " , se e n c o n t r a r í a preferible q u e cada v o z
respondiese a u n s e n t i m i e n t o particular, estableciéndose el
d i á l o g o y c o n él, el a r g u m e n t o . Cabría situar d e n t r o los
t r o z o s a l t e r n a d o s a solo, los de varias v o c e s y los p u r a m e n -
t e i n s t r u m e n t a l e s . S i t u a n d o la a c c i ó n en u n a t r i b u n a o
p a l c o , podría o b t e n e r s e u n e s p e c t á c u l o e s c é n i c o , literario,
musical y en ocasiones, danzable, t o d o lo cual es la ó p e r a .
La expresividad creciente del c a n t o a c o m p a ñ a d o en u n o o
varios i n s t r u m e n t o s recibirá el n o m b r e de recitar c a n t a n d o
y se e x t e n d e r á p r i n c i p a l m e n t e en Florencia. La escuela
veneciana había m o s t r a d o g r a n interés p b r el t e a t r o clásico;

- 166 -
al inaugurarse en Vicenza en 1585 u n t e a t r o c o n d e c o r a d o ,
d e s t i n a d o a la representación de las o b r a s clásicas de la
A n t i g ü e d a d , A n d r e a Grabieli escribió los c o r o s y los solos,
c e ñ i d o s a la prosodia italiana del Edipo rey. Varios c o m p o -
sitores f a m o s o s escriben obras para la escena. V i n c e n z o
Galilei (padre del f a m o s o a s t r ó n o m o ) , q u e f u e u n o de los
primeros m u s i c ó l o g o s , al descubrir a l g u n o de los p o c o s
trozos de m ú s i c a helénica q u e c o n o c e m o s , ideó p o r el
m i s m o t i e m p o u n m o d o de " e s t i l o r e c i t a t i v o " c o n el cual
se c a n t a b a el c o n o c i d o pasaje de la Divina C o m e d i a d o n d e
el C o n d e U g o l i n o se l a m e n t a de lo fatal de su suerte: esta
" l a m e n t a z i o n e " se desarrollaba c o n a c e n t o s t a n patéticos
c o m o la realidad de la d i c c i ó n lo p e r m i t í a , sobre un f o n d o
de música e n c o m e n d a d o a u n g r u p o de violas. T o d o s estos
pasajes p u e d e n considerarse c o m o precursores i n m e d i a t o s
de la " o p e r a in m u s i c a " .
V i n c e n z o Galilei c o n a l g u n o s m ú s i c o s y c a n t a n t e s , J a -
c o p o Peri, Giulio Caccini, G i r o l a m o M e i , J a c o p o Corsi y
o t r o s , se reunían en la casa q u e tenía en Florencia (y q u e
a ú n se conserva) G i o v a n n i Bardi, c o n d e del V e r n i o . A esta
reunión se le dio el n o m b r e de " c a m e r a t a f i o r e n t i n a " . S u s
integrantes, e s t i m u l a d o s p o r Galilei y p o r Bardi e n c a m i n a -
ron sus esfuerzos hacia la i n v e n c i ó n de u n a m ú s i c a " i n
stilo r e c i t a t i v o " o " i n a r m o n í a f a v e l l a n d o " , destinada a
llevarse a u n escenario, lo cual habían i n t e n t a d o antes, a su
m a n e r a , aquellos m ú s i c o s y p o e t a s f r a n c e s e s de la Pléyade,
bien q u e la t é c n i c a del t i e m p o f u e s e t o d a v í a la p o l i f ó n i c a .

R e f o r m a m e l o d r a m á t i c a se llamó a la n o v e d a d de estilo
de los c a m e r a t i s t a s y a los q u e la s i g u i e r o n m á s adelante,
p u e s t o q u e el n u e v o g é n e r o lírico-escénico, estaba c o n s i d e -
rado c o m o u n d r a m a musical, u n m e l o d r a m a .

Esta r e f o r m a q u e d a c o n s o l i d a d a p o r la a p a r i c i ó n de un
m ú s i c o v e r d a d e r o , excelente t é c n i c o a la m a n e r a a n t i g u a .

- 167 -
notable t a ñ e d o r a d e m á s , de ó r g a n o y viola. Era Claudio
M o n t e v e r d i , c r e m o n é s de o r i g e n , n a c i d o en 1567, corista
en la catedral desde n i ñ o y después a l u m n o de M a r c o
A n t o n i o Ingegnieri. Inicialmente c o m p o s i t o r de madrigales
a los q u e llegará a dar u n s e n t i d o p r o f u n d o y d r a m á t i c o ,
incluso p o r la a c c i ó n de la m ú s i c a i n s t r u m e n t a l a c o m p a -
ñante. Para la c o r t e de V i n z e n z o G o n z a g a c o m p o n e M o n -
t e v e r d i su primera " o p e r a in m ú s i c a " , O r f e o y al a ñ o si-
g u i e n t e estrena A r i a n n a , cuya " l a m e n t a c i o n e " , sigue pro-
d u c i e n d o h o y día el e f e c t o p a s m o s o q u e p r o d u j o a sus
p r i m e r o s a u d i t o r e s , quienes en n ú m e r o de varios millares,
p r o r r u m p i e r o n en sollozos. De g r a n fuerza y naturalidad
expresiva en su recitado, t i e n d e a una f o r m a c i ó n melódica
regular, basada en el s e n t i m i e n t o a r m ó n i c o , lo cual la hace
c o h e r e n t e c o n el a c o m p a ñ a m i e n t o o r q u e s t a l , q u e p o r su
parte t i e n d e a organizarse de una manera regular t a m b i é n ,
c o n m u l t i t u d de rasgos q u e h o y se d e n o m i n a r í a n c o m o de
color orquestal.

La música instrumental

La Polifonía v o c a l había llegado a u n p u n t o t a n alto de

p e r f e c c i ó n t é c n i c a y de grandeza d u r a n t e t o d o el siglo xvi
q u e apenas p u e d e c o m p r e n d e r s e c o m o hubiera p o d i d o
proseguir su e v o l u c i ó n en u n s e n t i d o lineal, sin c a m b i o s
sustanciales en el arte s o n o r o . Pero la m ú s i c a para los
i n s t r u m e n t o s , q u e d u r a n t e t o d a la Edad M e d i a había
v i v i d o en u n a c o n d i c i ó n s u b a l t e r n a , va t o m a n d o i m p o r t a n -
cia d e s d e la é p o c a t r o v a d o r e s c a , y a la altura del siglo xm,
los i n s t r u m e n t o s de arco e s t a b a n s u f i c i e n t e m e n t e c a p a c i t a -
das para s u p l a n t a r c o n ellos a las v o c e s en los m o t e t e s .

La m ú s i c a i n s t r u m e n t a l , r e s p o n d e a t o d o u n ciclo de i n -
v e n c i ó n d i f e r e n t e de la i n v e n c i ó n v o c a l . S u f u e n t e p r i m i g e -

- 168 -
nia está en la danza y así p u e d e decirse q u e t o d a obra ins-
t r u m e n t a l es u n a d a n z a , g r a n d e o p e q u e ñ a .

C u a n d o los i n s t r u m e n t o s sean capaces de c o m p e t i r en

belleza de c a n t o c o n las v o c e s , p o d r á n trasladarse a ellos
melodías c o n c e b i d a s o r i g i n a l m e n t e para la v o z ; " a i r e s " ,
" a r i a s " , c o m o se llamarán m á s t a r d e , c u y a melodía p o d r á
extenderse i n s t r u m e n t a l m e n t e en " g l o s a s " ; o bien, la poli-
f o n í a , r e d u c i d a a su m a y o r s i m p l i c i d a d en el i n s t r u m e n t o
a c o m p a ñ a n t e , p o d r á utilizar v a r i a d o s a s p e c t o s de o r n a m e n -
t a c i ó n q u e en el v o c a b u l a r i o español se e n t e n d e r á n c o m o
"diferencias".

De u n a m a n e r a un t a n t o s i m p l i s t a , pero cierta, p u e d e
decirse q u e los i n s t r u m e n t o s a s c i e n d e n c u a n d o el arte reli-
gioso decae. D u r a n t e a l g ú n t i e m p o h a n m a r c h a d o j u n t o s ,
en la etapa del " A r s N o v a " . A h o r a la n o v e d a d la recaban
para sí los i n s t r u m e n t o s , bien para lucirse c o m o solistas,
bien para hacer m ú s i c a p o l i f ó n i c a c o n c e r t a d a m e n t e .

Esa d o b l e c u a l i d a d de la m ú s i c a i n s t r u m e n t a l llegará a
definirse e n t r a d o el siglo xvn en i n s t r u m e n t o s " c o n c e r t a n -
t e s " o i n s t r u m e n t o s " c o n c e r t a d o s " . Los p r i m e r o s ejemplos
s o n , al parecer, los i n s t r u m e n t o s del t i p o del laúd q u e
llegaron de Oriente a la España árabe, d o n d e se e x h i b i e r o n
t a ñ e d o r e s de laúd de alta n o t a b i l i d a d . Los i n s t r u m e n t o s
p u e d e n considerarse c o m p r e n d i d o s en d o s grandes s e c t o -
res: a) i n s t r u m e n t o s capaces de ejecutar m ú s i c a polifónica
y b) i n s t r u m e n t o s q u e para poderla ejecutar necesitan
reunir un g r u p o de ellos, bien de la m i s m a clase ( c o m o las
violas), bien de diferente clase ( c o m o los de a r c o y v i e n t o ) .
A su vez, los i n s t r u m e n t o s c a p a c e s de ejecutar " a s o l o " ,
(dicho de o t r a m a n e r a , i n s t r u m e n t o s solistas) se p u e d e n
dividir en d o s g r a n d e s g r u p o s : " d e t e c l a " y los " d e cuerdas
p u l s a d a s " (laúd, guitarra, vihuela).

- 169 -
 Por o t r o l a d o , los i n s t r u m e n t o s capaces de unirse " c o n -
certadamente" son instrumentos fundamentalmente monó-
dicos. De v i e n t o : los de m a d e r a , c o m o s o n la f l a u t a y el
o b o e ( e n t o n c e s llamado c h i r i m í a ) , y los clarinetes, un p o c o
posteriores, a los q u e s i g u e n en n o t a b i l i d a d los de m e t a l ,
t r o m p e t a s y t r o m b o n e s , a t o d o s los cuales superan los de
una m i s m a especie o familia de c u e r d a , c o m o las violas.

La v i r t u o s i d a d i n s t r u m e n t a l se desarrolla parejamente en
los i n s t r u m e n t o s de t e c l a , t a n t o en el ó r g a n o c o m o en los
claves y en el c l a v i c o r d i o , c o m o en los de cuerda pulsadas
(laúd y vihuela) o bien en los i n s t r u m e n t o s m o n ó d i c o s
(violas). En t o d o s los casos la v i r t u o s i d a d de desarrolla en
el s e n t i d o de la o r n a m e n t a c i ó n , q u e p u e d e ser i m p r o v i s a d a
o producirse c o m o j u e g o de los m o t i v o s y extensiones
o r n a m e n t a l e s de ellos; esta m ú s i c a a d o p t a r á diferentes
m o d e l o s d e f o r m a . El desarrollo de las f o r m a s i n s t r u m e n -
tales c o i n c i d e c o n el de la t é c n i c a i n s t r u m e n t a l y a m b a s
cosas son solidarias una de o t r a . De manera q u e u n a
historia de la m ú s i c a i n s t r u m e n t a l d e s d e el R e n a c i m i e n t o
debe atender a tres planos: 1) el de los i n s t r u m e n t o s ; 2) las
f o r m a s de la m ú s i c a t o c a d a en ellos; 3) los m o d o s de
o r n a m e n t a c i ó n , sin los cuales a p e n a s se c o n c i b e u n a e x t e n -
sión o a r q u i t e c t u r a de las f o r m a s de este t i e m p o .

D i c h o de o t r o m o d o . Para la historia de la m ú s i c a es
i m p o r t a n t í s i m a la a c c i ó n del artesano q u e c o n s t r u y e los
i n s t r u m e n t o s y los p e r f e c c i o n a . Estos i n s t r u m e n t o s d a n
ideas nuevas a los c o m p o s i t o r e s y estos c o m p o n e n obras
cada vez más difíciles, q u e hacen q u e los intérpretes d e b a n
revisar y mejorar su t é c n i c a . Los intérpretes exigen instru-
m e n t o s mejores a los artesanos... y se cierra este círculo
infinito.

»**

- 170 -
 C o m o h e m o s d i c h o más atrás, d u r a n t e las é p o c a s
a n t i g u a s , el desarrollo musical es lento y parece q u e las
n o v e d a d e s a p a r e c e n de tres en tres siglos: xi, primeros
ensayos p o l i f ó n i c o s , siglo xiv, A r s N o v a y siglo xvn N u o v e
M u s i c h e de los operistas f l o r e n t i n o s . En seguida cada siglo
t e n d r á carácter p r o p i o . El x v n , el siglo b a r r o c o , el xvm
clásico y el xix r o m á n t i c o .

Precisamente e s t o s tres siglos ú l t i m o s , s o n los más

estudiados en t o d o s los libros de Historia de la M ú s i c a .
S i e n d o así, he p r e f e r i d o traer a este c a p í t u l o , largas expli-
c a c i o n e s de los p r i m e r o s t i e m p o s de la música o c c i d e n t a l ,
m u c h o m e n o s c o n o c i d o s y d e s d e el p u n t o de vista del
j o v e n de h o y , m u c h o más aclaratorios en c u a n t o a las
f o r m a s originales de nuestra m ú s i c a , q u e más tarde, al
e v o l u c i o n a r h a n d a d o n a c i m i e n t o a las f ó r m u l a s caracterís-
ticas de nuestra m ú s i c a peculiar.

Q u i e n quiera c o n o c e r p r o f u n d a m e n t e a los c o m p o s i t o -
res de los siglos x v n , xvm y xix, les r e m i t o a t a n t o s y
t a n t o s libros q u e e s t á n en el m e r c a d o . A q u í me limitaré a
dar u n a breve i n f o r m a c i ó n de c a d a estilo y los n o m b r e s de
los c o m p o s i t o r e s más d e s t a c a d o s .

Barroco. Siglo xvn

Se aplica a la m ú s i c a el t é r m i n o de " b a r r o c o " para

definir la q u e se escribe d u r a n t e la é p o c a en q u e este
t é r m i n o t i e n e v i g e n c i a aplicado a la a r q u i t e c t u r a y a las
d e m á s artes. Pero lo q u e el t é r m i n o b a r r o c o aplicado al
arte significa de ideal o p u e s t o al r e n a c i m i e n t o y su i n f l u e n -
cia clásica, en m ú s i c a no es e q u i v a l e n t e , p u e s el estilo del
b a r r o c o musical del siglo xvn representa, n o la o p o s i c i ó n al
estilo del siglo anterior, sino al c o n t r a r i o , la herencia de la

- 171 -
t é c n i c a p o l i f ó n i c a y c o n t r a p u n t í s t i c a v o c a l y su t o t a l apli-
cación y desarrollo a r m ó n i c o v e r t i d o hacia la c o m p o s i c i ó n
instrumental.

Lejos de ser u n a crítica o u n a r e f o r m a de los ideales

musicales del R e n a c i m i e n t o , s o n su m á x i m a a c e p t a c i ó n en
c u a n t o a c a m i n o a seguir y r e p r e s e n t a n u n a realización
más perfecta y más a b s t r a c t a de las f o r m a s musicales
iniciadas en el siglo anterior.

Para c o m p r e n d e r el desarrollo de la historia de la m ú s i -

ca, es indispensable estudiarla al t i e m p o q u e la política, las
ciencias y las artes de c a d a é p o c a , pero e n t o n c e s se verá
c o n claridad q u e el desarrollo de los m o v i m i e n t o s m u s i c a -
les, en o c a s i o n e s s o n paralelos a los m o v i m i e n t o s p i c t ó r i -
cos y artísticos, pero m u c h a s veces s i g u e n más de cerca la
e v o l u c i ó n de las ciencias, e s p e c i a l m e n t e las m a t e m á t i c a s ,
q u e cualquier o t r o t i p o de a c t i v i d a d .

Principales artistas del B a r r o c o .

Corelli, Tartiní, Vivaldí (Italia).

Familia C o u p e r i n , Lully (Francia).
B a c h y Haendel (Alemania)
V i c t o r i a , Guerrero y M o r a l e s (España)

Clasicismo

La palabra clásico no tiene d e n t r o de la historia de la

m ú s i c a , c o r r e s p o n d e n c i a en el t i e m p o c o n la m i s m a palabra
aplicada a o t r o t i p o de arte. Clasicismo en escultura t o m a
por m o d e l o y define las obras de los griegos, c u a n d o en
música no se r e m o n t a antes del siglo x v m .

Se e m p l e a d e n t r o del lenguaje musical para definir un

t i p o de c o m p o s i c i ó n en la q u e es e v i d e n t e un e s q u e m a

- 172 -
f o r m a l y c u y a i n t e n c i ó n principal es a c e n t u a r los e l e m e n t o s
de p r o p o r c i ó n y belleza q u e la obra c o n t i e n e .

El Diccionario Ideológico de J . Casares d a a clásico el

significado siguiente: Dícese del a u t o r o de la obra que se
consideran d i g n o s de ser i m i t a d o s , en cualquier literatura o
arte.

Este habrá sido t a m b i é n el s e n t i d o original de la palabra

aplicado al arte musical y se han c o n s i d e r a d o sobre t o d o
d i g n o s de ser i m i t a d o s los a u t o r e s q u e han dejado unas
f o r m a s , de p e r f e c c i ó n tal y de t a n t a belleza, q u e sirven de
m o d e l o en su t i e m p o y en los t i e m p o s f u t u r o s .

Para la m ú s i c a i n s t r u m e n t a l estas f o r m a s son la S u i t e ,

el C o n c i e r t o , La S i n f o n í a y la S o n a t a .

Los principales c o m p o s i t o r e s clásicos s o n :

A l e j a n d r o Scarlatti (Italia)
J o s e p h H a y d n (Austria)
W o l f g a n g A m a d e o M o z a r t (Austria)
L u d w i g v a n B e e t h o v e n ( ú l t i m o clásico y primer r o m á n -
tico). (Alemania).

Romanticismo

En m ú s i c a r o m a n t i c i s m o significa la c o n t r a p o s i c i ó n al
estilo clásico. Se s u b o r d i n a la f o r m a al t e m a . Se advierte
q u e en este p e r í o d o las artes literarias y pictóricas, espe-
c i a l m e n t e las. primeras, c o m e n z a r o n a ejercer u n a directa
i n f u e n c i a s o b r e la m ú s i c a .

Se p u e d e considerar q u e la m ú s i c a f u e r e n o v a d a p o r la
i n f l u e n c i a fértil d e la p o e s í a , la n o v e l a y la f i l o s o f í a , a ñ a -
d i e n d o a t o d o ello el espíritu nacionalista q u e l o g r ó i n t r o -

- 173 -
d u c i r los ritmos p r o p i o s de d i f e r e n t e s danzas y cantos
f o l k l ó r i c o s , en la música de c o n c i e r t o .

El c o m p o s i t o r r o m á n t i c o es un artista s u b j e t i v o q u e en
sus obras n o s c u e n t a u n p r o b l e m a o un e s t a d o de á n i m o
personal. N o observa desde lejos el paisaje q u e le r o d e a ,
sino q u e él m i s m o es parte del paisaje, de la m i s m a manera
q u e el paisaje participa de su d r a m a interior.

Los ingredientes q u e f o r m a n la sustancia de la música

r o m á n t i c a s o n los q u e t o d a p e r s o n a , p o r alejada q u e esté
del m u n d o m u s i c a l , siente en su interior. E m o t i v i d a d , liber-
t a d de f o r m a q u e no obliga a reflexionar para ser e n t e n d i d a
y el p i a n o para expresarlo, i n s t r u m e n t o de s o n o r i d a d m u y
c o m p l e t a q u e p o r su a f i n a c i ó n estable, p r e d i s p o n e al o y e n -
te a escuchar c o n t r a n q u i l i d a d .

P o d e m o s r e c o n o c e r f á c i l m e n t e las obras de la época

r o m á n t i c a p o r tres m o t i v o s principales:

1? Estar escritas para el p i a n o en su m a y o r í a .

2? T e n e r influencia literaria. ( D e b i d o a ello nacerá una

n u e v a f o r m a : el Lied).

3? Despertar el s e n t i d o nacionalista de cada p u e b l o .

El estilo r o m á n t i c o p e r t e n e c e al siglo xix.

Principales artistas r o m á n t i c o s :

W e b e r , M e n d e l s s h o n , S c h u m a n n (Alemania)
C h o p í n (Polonia)
Liszt (Hungría)
S c h u b e r t (Austria)

* **

- 174 -
 Quizá el f u t u r o de la historia de la m ú s i c a , sea e s t u -
diarla c o m p a r a d a bajo los d o s a s p e c t o s generales:

MUSICA VOCAL MUSICA INSTRUMENTAL

En esta d i c o t o m í a está presente s i e m p e el e s q u e m a

corporal del h o m b r e . C u a n d o el " e s " m ú s i c a , c a n t a .
C u a n d o el " h a c e " música c o g e un o b j e t o c o n el cual
p r o d u c i r ruidos v o l u n t a r i o s , es decir, s o n i d o s . En la e v o l u -
ción del o b j e t o c o g i d o , está t o d a la historia de la m ú s i c a :
desde los c r ó t a l o s hasta el a p a r a t o e l e c t r o - a c ú s t i c o .

BREVE D I C C I O N A R I O DE L A S F O R M A S N O M B R A D A S
EN EL PRECEDENTE C A P I T U L O

A N T I F O N A : A s í se llamaba a n t i g u a m e n t e el c a n t o al-
t e r n a d o de d o s c o r o s ; p r o b a b l e m e n t e u n o de ellos era de
h o m b r e s , el o t r o de niños. La e s t r u c t u r a de los S a l m o s
hace s u p o n e r q u e los hebreos la c u l t i v a r o n y q u e luego se
i n t r o d u j o en la tragedia g r i e g a , a u n q u e de esto no haya
t e s t i m o n i o histórico. Lo q u e sí es cierto es q u e ya en el
primer siglo del cristianismo, la a n t í f o n a era usada en la
liturgia c o n t e x t o s sacados de los s a l m o s u o t r o s libros
sagrados. C u a n d o S a n A m b r o s i o la i n t r o d u j o en Italia (siglo
iv) s a c á n d o l a del ritual de la Iglesia g r i e g a , a ésta le era ya
c o n o c i d a hacía más de tres siglos. A c t u a l m e n t e , la a n t í f o n a
tiene en los d i v i n o s oficios u n a g r a n i m p o r t a n c i a , en laudes,
maitines y vísperas.

B A L A D A : A n t i g u a m e n t e se e m p l e a b a c o m o s i n ó n i m o
de " a i r e de d a n z a " , s i e n d o de f o r m a p o p u l a r m u y simple,
c o n c o r t o s estribillos r e p e t i d o s p o r el c o r o . S u origen se
r e m o n t a p r o b a b l e m e n t e a la é p o c a de los t r o v a d o r e s .

- 175 -
 C A N O N : Es la f o r m a m á s estricta de la l i m i t a c i ó n . Existe
C a n o n c u a n d o , en u n a c o m p o s i c i ó n a varias partes, cada
una de ellas repite e x a c t a m e n t e la m e l o d í a , después de un
c o r t o espacio de t i e m p o y las v o c e s c o m b i n a n perfecta y
a r m ó n i c a m e n t e entre sí.

C O N D U C T O : N o m b r e q u e se d a b a a u n a f o r m a primitiva
de c o m p o s i c i ó n p e r t e n e c i e n t e a los siglos xu y xin, sobre la
cual no a c o s t u m b r a n a estar de a c u e r d o los t e ó r i c o s ni
a n t i g u o s ni m o d e r n o s .

Se llama t a m b i é n c o n d u c t o las partes de la Fuga q u e

separan las e x p o s i c i o n e s sucesivas del m o t i v o y la res-
puesta.

F U G A : F o r m a de c o m p o s i c i ó n v o c a l o i n s t r u m e n t a l ,
e n t e r a m e n t e basada en el principio de la i m i t a c i ó n . La Fuga
tiene un n ú m e r o fijo de líneas m e l ó d i c a s , llamadas v o c e s ,
pues la f o r m a era en su origen coral. Estas v o c e s al c o -
m i e n z o e n t r a n p o r t u r n o , e n u n c i a n d o u n f r a g m e n t o de
melodía llamado " s u j e t o " o " t e m a " , hasta q u e al f i n t o d a s
las v o c e s c a n t a n . La Fuga tiene su o r i g e n en el " c a n o n " ,
q u e en sus primeras m a n i f e s t a c i o n e s llevaba el t í t u l o de
f u g a (siglo xiv a xvi). La Fuga p r o p i a m e n t e d i c h a n o se
e m p l e ó hasta fines del siglo xvn.

M A D R I G A L : Forma de poesía lírica peculiar de los

poetas clásicos italianos ( D a n t e , Petrarca, B o c a c c i o ) . S u
o r i g e n se r e m o n t a a las f a m o s a s pastorales de los t r o v a -
dores provenzales. Desde un p r i n c i p i o la poesía del m a d r i -
gal f u e a c o m p a ñ a d a de m ú s i c a .

M I S A : El o f i c i o de la misa o c e l e b r a c i ó n déla Eucaristía

en la Iglesia c a t ó l i c a r o m a n a ha ejercido una e n o r m e in-
fluencia s o b r e el desarrollo de la m ú s i c a , d e b i d o a la i m p o r -
t a n c i a q u e t i e n e para los fieles y a las o p o r t u n i d a d e s q u e

- 176 -
brinda para la p a r t i c i p a c i ó n m u s i c a l . El Propio de la Misa
p e r m a n e c e casi siempre c o n su c a n t o llano t r a d i c i o n a l ; el
Ordinario de la Misa es invariable, cualquiera sea la é p o c a
del a ñ o litúrgico. Los c i n c o pasajes f r e c u e n t e m e n t e c o m -
p u e s t o s para c o r o (o para c o r o y solistas) y q u e c o n s t i -
t u y e n lo q u e un m ú s i c o e n t i e n d e p o r la Misa de un deter-
m i n a d o a u t o r , s o n los siguientes: Kyrie, Gloria, S a n c t u s
(con el Benedictus) y A g n u s Dei. Los g é n e r o s de c o m p o -
sición establecidos s o n t r e s : c a n t o litúrgico o g r e g o r i a n o ; la
p o l i f o n í a v o c a l ; y la c o m p o s i c i ó n a c o r o c o n a c o m p a ñ a -
m i e n t o d e ó r g a n o o de i n s t r u m e n t o s , c o n o sin solos de
c a n t o . D u r a n t e más de un siglo y m e d i o , el g é n e r o de Misa
f u e c u l t i v a d o a p r o f u s i ó n p o r c o m p o s i t o r e s de t o d a s las
nacionalidades. U n a vez a d m i t i d a en la Misa la participa-
c i ó n de los i n s t r u m e n t o s , la o r i e n t a c i ó n de este g é n e r o
litúrgico c a m b i ó b r u s c a m e n t e , c o n f u d i é n d o s e c o n la pro-
d u c c i ó n artística en general.

M O T E T E : En la Edad M e d i a era u n o de los géneros de

d i s c a n t o , era a la vez el t í t u l o de u n a c o m p o s i c i ó n y de una
voz del d i s c a n t o . La v o z t e n o r f o r m a b a la parte grave del
d i s c a n t o , m o t e t e la s e g u n d a , t r i p l u m la tercera y q u a d r y -
p l ü m la c u a r t a . La palabra m o t e t e tenía n u m e r o s a s acep-
ciones q u e p o c o a p o c o se h a n f u n d i d o en u n a sola.
M o t e t e en el significado q u e h o y se da a esta palabra, es
una c o m p o s i c i ó n breve sobre palabras religiosas latinas,
q u e versan sobre f r a g m e n t o s o clausulas de la liturgia
a d a p t a d a s a una f e s t i v i d a d o a una c e r e m o n i a d e t e r m i n a d a .

O R G A N U M : Desígnase c o n este n o m b r e la f o r m a
más a n t i g u a y m á s primitiva de hacer música a varias
v o c e s . El v e r d a d e r o carácter del O r g a n u m f u e i g n o r a d o
hasta q u e H u g o R i e m a n n , d e m o s t r ó q u e no era más q u e la
m a r c h a s i m u l t á n e a de d o s v o c e s , alejándose del u n í s o n o
hasta la cuarta y regresando al u n í s o n o a cada inciso de la

- 177 -
frase. Puede ser d e f i n i d o c o m o la f o r m a más a n t i g u a de
c o n t r a p u n t o i m p r o v i s a d o sobre u n t e m a de c a n t o llano.

P O L I F O N I A : U n i ó n de varias melodías c o m p l e t a s p o r
sí mismas, q u e se j u n t a n en acordes. La polifonía de los
maestros a n t i g u o s p u s o en j u e g o t o d o s los recursos del
c o n t r a p u n t o simple, d o b l e , a varias partes e i m i t a t i v o .

R E S P O N S O R I O S : Preces o versículos que se rezan o

c a n t a n d e s p u é s de las secciones de maitines y de los
capítulos de otras horas c a n ó n i c a s .

R O N D O : Pieza musical en la q u e se repite a intervalos

regulares la primera frase o refrán. Las d e m á s frases se
llaman " c u p l e t s " .

S E C U E N C I A ( O P r o s a ) : P o e m a religioso semejante a
un h i m n o . Las secuencias aparecieron en el siglo vm. Las
melodías p r o c e d í a n del a n t i g u o c a n t o g r e g o r i a n o y de las
largas vocalizaciones del Alleluia, c o n s t i t u y e n d o u n a espe-
cie de paráfrasis.

T R O P O : N o m b r e de un versículo q u e se c a n t a b a a n t e s
del I n t r o i t o en las fiestas principales de la liturgia.

- 178 -
 CAPITULO V

L A M U S I C A D E S D E EL INICIO DEL S I G L O X X H A S T A
NUESTROS DIAS

«Pululen las aguas inquietos seres vivientes...»

Jazz. El "Hot" no es el arte por el arte; es una nueva razón

de vivir. (Blaise Cendrars).

El s u r g i m i e n t o del " j a z z " , c o n su a m p l i o bagaje de

recursos t é c n i c o s t o t a l m e n t e originales, trajo aparejada
una serie de controversias relacionadas c o n sus a s p e c t o s
m u s i c o l ó g i c o s estéticos, s o c i o l ó g i c o s , e históricos, m u c h o s
de los cuales t o d a v í a h o y n o han sido aclarados por c o m -
pleto, a pesar de la extensa y e r u d i t a bibliografía q u e se ha
o r i g i n a d o en t o r n o al t e m a . Pero c r e e m o s q u e , de t o d o s
ellos el lugar d o n d e vio la luz p ú b l i c a c o n s t i t u y ó , d u r a n t e
un dilatado lapso y hasta m u y r e c i e n t e m e n t e , u n a de las
c u e s t i o n e s abiertas a las m á s o p u e s t a s y férvidas p o l é m i c a s
suscitadas e n el á m b i t o de la m u s i c o l o g í a a f r o e s t a d o u n i -
dense.

Distintas c i u d a d e s n o r t e a m e r i c a n a s de densa p o b l a c i ó n
negra y a g i t a d a v i d a n o c t u r n a , c o n g r a n d e s barrios c o n s a -
g r a d o s a sitios de d i v e r s i ó n de la m á s diversa laya, h a b í a n
sido i n d i c a d a s c o m o posibles lugares de o r i g e n : C h i c a g o ,
N u e v a Orleans, S t . Louis, M e m p h i s , S a n F r a n c i s c o y m u -
chísimas o t r a s . N o o b s t a n t e , h o y se ha a c e p t a d o de m a n e -

- 181 -
ra u n á n i m e que en N u e v a Orleans abrió los ojos al m u n d o
esta original d i m e n s i ó n artística.

A l respecto el c r í t i c o David E w e n llego a sostener q u e

el " j a z z " n o p o d í a haber n a c i d o en n i n g u n a otra c i u d a d de
la U n i ó n , sino en N u e v a Orleans. A f i r m a el a n t r o p ó l o g o y
m u s i c ó g r a f o Ernest B o r n e m a n q u e la m ú s i c a s i n c o p a d a
cristalizó alrededor de d i c h a c i u d a d p o r definidas razones
sociales y e c o n ó m i c a s . Y el d o c t o r Richard A . W a t e r m a n
escribió q u e n o c o n s t i t u y e un a c c i d e n t e el h e c h o de q u e el
arte " H o t " haya n a c i d o en Luisiana, z o n a e s t a d o u n i d e n s e
q u e posee un p a s a d o colonial latino.

Porque s a b i d o es q u e entre los latinos, q u e n o se preo-

c u p a b a n eñ influir c u l t u r a l m e n t e sobre los esclavos, los
negros g o z a r o n de ciertas libertades q u e les estaban v e d a -
das bajo los r e g í m e n e s i m p u e s t o s p o r los anglosajones, p o r
lo cual las t r a d i c i o n e s c u l t u r a l e s , las f o r m a s de vida y las
creencias religiosas africanas se c o n s e r v a r o n c o n m a y o r
i n t e g r i d a d , t a n t o en ese e s t a d o n o r t e a m e r i c a n o , c o m o en
Haiti, C u b a , Brasil y M a r t i n i c a — e f e c t u á n d o s e u n a curiosa
sinéresis entre los dioses a f r i c a n o s y los s a n t o s c a t ó l i c o s , lo
cual p e r m i t i ó la s u p e r v i v e n c i a d e la m ú s i c a religiosa, q u e
t a n t o g r a v i t ó s o b r e la s e c u l a r — , a tal p u n t o q u e t o d a v í a
h o y p u e d e n observarse características africanas q u e , en
d i c h o s países, h a n persistido v i g o r o s a m e n t e en la organiza-
c i ó n casi tribal q u e se advierte e n c o m u n i d a d e s apartadas.
En C u b a y Brasil, p o r e j e m p l o , a la g e n t e de color se le
permitía realizar c e r e m o n i a s y c e l e b r a c i o n e s públicas en
ciertos días de f i e s t a , d u r a n t e los cuales e f e c t u a b a n desfiles
callejeros, c o n c a n t o s y música i n s t r u m e n t a l e s , s e g ú n sus
tradiciones africanas y sus p r á c t i c a s tribales. Y u n a cos-
t u m b r e similar existió en Luisiana, m i e n t r a s se m a n t u v o el
d o m i n i o español y f r a n c é s , e x t e n d i é n d o s e luego a la é p o c a
en q u e d i c h o e s t a d o f u e v e n d i d o a la U n i ó n , tal c o m o lo

- 182 -
señalan diversos a u t o r e s , incluso el p o l í g r a f o a r g e n t i n o
Carlos O c t a v i o B u n g e , en su e s t u d i o sobre la s o c i o l o g í a y
la psicología de los l a t i n o a m e r i c a n o s .

A c o m i e n z o s del siglo xvm se inició la i n t r o d u c c i ó n de

esclavos en Luisiana. Luis X I V a c o r d ó a A n t o i n e Crozat, en
1712 los d e r e c h o s exclusivos para ejercer el i n f a m e c o m e r -
cio e n este territorio,, q u e a la sazón pertenecía a Francia.
A l a ñ o siguiente se i m p o r t a r o n v e i n t e siervos a la p e q u e ñ a
c o l o n i a , en la cual vivían por e n t o n c e s v e i n t i o c h o familias
francesas.

La t r a t a de negros c o b r ó p r o n t o i n c r e m e n t o . A p e n a s
trascurridos u n par de a ñ o s , los n e g r o s se habían t o r n a d o
t a n n u m e r o s o s y c o n s t i t u í a n u n a fuerza de tal i m p o r t a n c i a
d e n t r o de la p o b l a c i ó n , q u e Bienville j u z g ó c o n v e n i e n t e
s o m e t e r l o s a u n a legislación especial.

A la s a z ó n , la p o b l a c i ó n de Luisiana estaba integrada

por a l g u n o s f u n c i o n a r i o s y sus familias, s o l d a d o s , m i n e r o s ,
indios, n e g r o s esclavos de p r o c e d e n c i a " e w e " (pueblo s u -
d a n é s del oeste de A f r i c a , q u e h a b i t a b a en D a h o m e y y
parte de Nigeria), y a v e n t u r e r o s presidiarios llegados de
Europa. La p o b l a c i ó n f e m e n i n a la f o r m a b a n , en su t o t a l i -
d a d , presas t r a s p o r t a d a s de las cárceles de Francia.

Eran t a n p o c a s las mujeres blancas q u e e n t o n c e s resi-

dían en el t e r r i t o r i o de Luisiana, q u e los c o l o n o s se veían
o b l i g a d o s a unirse c o n las esclavas. Así, pues, n o t a r d ó en
f o r m a r s e allí u n a clase social aparte de los blancos y de los
negros, i n t e g r a d a p o r m u l a t o s y c u a r t e r o n e s .

En el desarrollo artístico y literario de la c o l o n i a , los

" c r e ó l e s de c o u l e u r " d e s e m p e ñ a r o n u n papel de s u b i d a
t r a s c e n d e n c i a , pues m u c h o s de ellos c u r s a b a n e s t u d i o s en
París y a d q u i r í a n u n a elevada c u l t u r a e u r o p e a . Varios

- 183 -
n o m b r e s c o b r a r o n relieve m u n d i a l , e n t r e ellos el violinista
E d m u n d D é d é , el e s c u l t o r Eugene W a r b u r g y el d r a m a t u r -
go y poeta V í c t o r Sejour. H a c e m á s de un siglo, en 1845,
p u b l i c a r o n la p r i m e r a a n t o l o g í a de la p o é t i c a a f r o a m e r i c a n a
de q u e se t i e n e n o t i c i a , t i t u l a d a " L e s c e n e l l e s " , libro q u e , a
lo largo de d o s c i e n t a s q u i n c e páginas, p r e s e n t a b a el f r u t o
lírico de diecisiete p o e t a s , reunidos y p r o l o n g a d o s p o r u n o
de ellos: A r m a n d Lanusse.

En el m u n d o del " j a z z " ha d e s c o l l a d o m u c h o s artistas

d e s c e n d i e n t e s de esos " c r e ó l e s de c o u l e u r " : Lorenzo T i o ,
A l p h o n s e J . P i c o u , George y A c h u l e s B a q u e t , S i d n e y
Bechet, E d w a r d Ory, M a n u e l Pérez, A r m a n d J . Pirón, Jelly
Roll M o r t o n , B u d d y St. Cyr, Peter B o c a g e , J o s e p h Robe-
c h a u x , Oscar Celestin, W e l l m a n B r a u d , S a m y H o n o r é
D u t r a y , Louis D u m a i n e y m u c h í s i m o s o t r o s .

En los dilatados predios de N u e v a Orleans la vida se

desarrollaba d e n t r o de las características i m p u e s t a s por un
régimen patriarcal. Los m i e m b r o s de esa c o m u n i d a d f e u d a l
estaban separados en tres clases: la familia del plantador,
los siervos d o m é s t i c o s y los esclavos q u e laboraban en los
campos.

C o n u n c e n t e n a r de esclavos c o n t a b a n los plantíos típi-

cos. S o b r e los negros, el p a t r ó n ejercía la a u t o r i d a d de un
p e q u e ñ o s e ñ o r f e u d a l . S i n e m b a r g o , la g e n t e de color logró
conservar bastante la integridad de sus tradiciones ances-
trales, de sus ritos y de sus expresiones artísticas, a causa
de q u e el t r a t o q u e recibía era m e n o s r i g u r o s o q u e el régi-
m e n i m p u e s t o p o r los ingleses, q u e m a n e j a b a n sus colonias
americanas c o n d u r a m a n o y ojo avizor.

En Luisiana, p o r e j e m p l o , se c o n s e r v a r o n , y a ú n h o y
existen, tal c o m o lo . d o c u m e n t ó el d o c t o r A r t h u r R a m o s
hace p o c o , los rituales del " V o o d o o " o " V o d o u n " , s e g ú n
se lo llama en el " p a t o i s " a f r o f r a n c é s . Este c u l t o de la

- 184 -
diosa serpiente, de incuestionable o r i g e n d a h o m e y a n o — e n
D a h o m e y , " v o d ú " es una d e i d a d — , c o b r ó h o n d o arraigo
en Haiti. En u n p r i n c i p i o , se j u z g ó q u e el t é r m i n o provenía
de los valdeses o " v a u d o i s " , s e g u i d o r e s de Pierre V a l d o , de
Francia. Pero h o y se ha llegado a la definitiva c o n c l u s i ó n
de q u e deriva el v o c a b l o " v o " , de los " e w e s " , p u e b l o
sudanés de A f r i c a O c c i d e n t a l .

A c o m p a ñ a d a s de danzas, c a n t o s y e j e c u c i ó n de instru-
m e n t o s , estas prácticas se realizaban en C o n g o Plains.
Pero, c u a n d o los t e r r e n o s f u e r o n d i v i d i d o s en calles, se
llevaron a c a b o en u n a ladrillería a b a n d o n a d a , situada en la
calle D u m a i n e , y , p o r f i n , en g r a n d e s barracas ubicadas a
orillas del lago P o n t c h a r t r a i n . En estos ritos se advierte u n
c u r i o s o s i n c r e t i s m o religioso, o b s e r v a d o p o r Price-Mars y
Dorsainvil en H a i t i , p o r Fernando Ortiz en C u b a y Nina
R o d r i g u e s , A r t h u r R a m o s y Edison Carneiro en el Brasil.

C u e n t a el " v o o d o o " c o n c a n c i o n e s peculiares, c o n c e b i -

das en u n j u g o s o " p a t o i s " , salpicado g e n e r o s a m e n t e de
v o c a b l o s n a c i d o s en el boscaje a f r i c a n o .

Los c a n t o s del " v o o d o o " , q u e s e g ú n se dice, atrajeron

la a t e n c i ó n de C h o p i n , f u e r o n c o m p i l a d o s por Lafcadio
Hearn, q u i e n residió diez a ñ o s en los Estados U n i d o s ; p o r
el novelista George W a s h i n g t o n Cable, y p o r el pianista y
c o m p o s i t o r Louis M o r e a u G o t t s c h a l k , q u i e n se inspiró en
ellos para c o m p o n e r algunas de sus obras.

C u a n d o los n o r t e a m e r i c a n o s t o m a r o n p o s e s i ó n de Lui-
siana se les p e r m i t i ó a los negros danzar en cualquier sitio,
los s á b a d o s y d o m i n g o s . Pero resulta q u e su m ú s i c a y sus
bailes no a g r a d a b a n m u c h o a los v e c i n o s , q u i e n e s no tar-
d a r o n en quejarse. E n t o n c e s , el 15 de o c t u b r e de 1817, el
c o n c e j o m u n i c i p a l d i c t ó u n a o r d e n a n z a p o r la cual las r e u -
n i o n e s de los esclavos d e b í a n e f e c t u a r s e solo los d o m i n -

- 185 -
g o s , en sitios abiertos y b a j o la fiscalización policial. Des-
pués de m á s de veinte a ñ o s , d u r a n t e los cuales e s t u v i e r o n
en v i g e n c i a la m e n c i o n a d a r e g l a m e n t a c i ó n y otras similares,
las danzas p e r m a n e c i e r o n p r o h i b i d a s . En 1845, los negros
v o l v i e r o n a su a c t i v i d a d c o r e o g r á f i c a p ú b l i c a , llevándola a
cabo los d o m i n g o s , de 16 a 18,30.

Los negros asistían al baile ataviados c o n sus mejores

v e s t i m e n t a s : los trajes viejos de e t i q u e t a de sus a m o s — l o
m i s m o q u e en los c a n d o m b e s del Río de la Plata, p i n t a d o s
c o n m a n o maestra por Pablo F i g a r i — . Las mujeres usaban
v e s t i d o s de percal de v i v o s colores y p a ñ u e l o s de m a d r a s
en la c a b e z a , los t í p i c o s " t i g n o n s " , pues a las negras les
estaba p r o h i b i d o usar s o m b r e r o . . .

H a b l a n d o de las prácticas a f r o a m e r i c a n a s e n S a n t o
D o m i n g o el P. J e a n B a u t i s t e L a b a t asevera q u e la danza
más p o p u l a r era la " c a l e n d a " , originada en la c o s t a de
G u i n e a , y q u e no solo c o n s t i t u í a la diversión más i m p o r t a n -
t e , sino q u e t a m b i é n f o r m a b a parte de los servicios re-
ligiosos.

L a f c a d i o H e a r n , q u i e n e s t u v o varios a ñ o s en M a r t i n i c a y
le f u e posible observar esta d a n z a , la describe e n u n a de
sus obras y nos i n f o r m a q u e se d a n z a b a t o d o s los d o m i n -
g o s al s o n de t a m t a m e s . Y a g r e g a : " L o s h o m b r e s p r o v i s t o s
de palos y c o n el c u e r p o d e s n u d o hasta la c i n t u r a , simula-
ban c o m b a t i r " .

C o m o t a n t a s otras d a n z a s y c a n c i o n e s a f r o a m e r i c a -
nas, c u y a t r a n s c u l t u r a c i ó n se ha o p e r a d o a la m ú s i c a " c u l -
t a " , la " c a l e n d a " ha sido g l o s a d a p o r c o m p o s i t o r e s " s e -
r i o s " . Tal es el caso del inglés Frederick Delius, q u i e n
e s t u v o en la península de Florida en 1884 y c u y a ópera
K o a n g a registra una " c a l i n d a " , en la cual utiliza los r i t m o s
a f r i c a n o s de esta danza.

- 186 -
 Del p r o c e s o de t r a n s c u l t u r a c i ó n de los e l e m e n t o s afri-
c a n o s en el m e d i o a m b i e n t e f r a n c é s y e s p a ñ o l de Luisiana
se desarrolló un c a n c i o n e r o de rasgos m u y singulares. S u
carácter peculiar lo d i s t i n g u e de las expresiones creadas
p o r los n e g r o s de habla inglesa. En sus versos se m a n c o -
m u n a n el h u m o r más irresistible c o n la m á s h o n d a c o n g o j a .
P u e d e n dividirse en tres g r u p o s f u n d a m e n t a l e s : C a n t o s de
d a n z a , de a m o r y satíricos. Los t e m a s m á s t r a t a d o s en ellos
a b a r c a n una a m p l i a esfera y van d e s d e el a s u n t o a m o r o s o
hasta la sátira política. S u música es a n i m a d a y a u n q u e
a f e c t a u n carácter m e l ó d i c o , a b u n d a n en ellas la s í n c o p a y
la polirritmia.

El novelista George W a s h i n g t o n Cable, p o r su parte nos

describe la o r q u e s t a q u e intervenía en las c e r e m o n i a s de
C o n g o S q u a r e , en una p á g i n a por d e m á s ilustrativa:

" L o s t a m b o r e s eran m u y largos, a h u e c a d o s , a m e n u d o

f a b r i c a d o s c o n una sola pieza de m a d e r a , abierta en un
e x t r e m o y c o n c u e r o de oveja o cabra ajustado en el o t r o .
U n o era g r a n d e y el o t r o más p e q u e ñ o . . . Los t a m b o r e s
eran a c o s t a d o s s o b r e el c é s p e d y los ejecutantes se m o n -
t a b a n sobre ellos y los p e r c u t í a n l o c a l m e n t e c o n los d e d o s ,
los p u ñ o s y los pies; lo hacían c o n lenta v e h e m e n c i a en el
t a m b o r grandes, y furiosa y r á p i d a m e n t e en el p e q u e ñ o " .

" A veces, o t r o e j e c u t a n t e sentábase en el suelo detrás

del t a m b o r de m a y o r t a m a ñ o , del lado o p u e s t o al parche, y
g o l p e a b a los c o s t a d o s del i n s t r u m e n t o c o n d o s palos. El
t a m b o r más c h i c o era a m e n u d o c o n s t r u i d o en las Indias
Occidentales, c o n un t r o z o de b a m b ú cerrado p o r sus
n u d o s , y se a f i r m a q u e de él p r o c e d e el origen del n o m b r e
de d i c h o i n s t r u m e n t o , pues se d e n o m i n a " b a m b o u l a " . . .

" U n i n s t r u m e n t o i m p o r t a n t e era la calabaza p a r c i a l m e n -

te llena de guijas o granos de maíz, c o l o c a d a en el e x t r e m o

- 187 -
de u n palo, la cual se sacudía v i o l e n t a m e n t e c o n una m a n o
y se g o l p e a b a c o n t r a la palma de la o t r a " .

" O t r o s e j e c u t a n t e s tañían t r i á n g u l o s y arracaban a los

birimbaos sonidos sorprendentemente voluminosos. Otro
i n s t r u m e n t o lo c o n s t i t u í a la q u i j a d a de u n a s n o , de u n
caballo o d e una m u í a , y una llave r í t m i c a m e n t e batida a lo
largo de sus dientes. A veces los t a m b o r e s eran reforzados
por u n o o más barriles o c u b a s vacíos, g o l p e a d o s en la
t a p a c o n el h u e s o de la canilla de u n a o v e j a " .

M á s el g r a n i n s t r u m e n t o , el p r i m e r violín c o m o podría
decirse, era el banjo. S ó l o c o n t a b a c u a t r o c u e r d a s no seis:
(tenga c u i d a d o c o n el d i c c i o n a r i o ) . . . N o es el " i n s t r u m e n t o
f a v o r i t o d e los negros de los e s t a d o s del sur de la U n i ó n " . . . ,
sino el q u e a c o m p a ñ a a la g e n u i n a danza africana, u n a
danza n o t a n t o de las piernas y los pies c o m o de la m i t a d
superior de c u e r p o , algo sensual, d i a b ó l i c o , sólo t o l e r a d a
por los a m o s latinoamericanos...

" Y l u e g o se p r o d u j o u n largo y p r o l o n g a d o g r i t o de
t r e m e n d o v o l u m e n , riqueza y r e s o n a n c i a , al cual n i n g ú n
i n s t r u m e n t o p o d í a acercársele ni r e m o t a m e n t e .

' " T o d o s los i n s t r u m e n t o s g u a r d a r o n silencio, m i e n t r a s

la v o z se elevó y creció c o n p o d e r o s a energía, y, desvane-
ciéndose s u a v e m e n t e : " Y e a - a - a - a ! " . Después se o y ó el
e s t a m p i d o de los t a m b o r e s salvajes, de los c u e r n o s y m a -
tracas".

" A t o d o e s t o se agrega a veces u n a f l a u t a del dios Pan,

hecha c o n tres cañas c o m u n e s y llamada " q u i l l s " p o r los
n e g r o s de habla inglesa...

" ¡ T a l era la b a n d a c o m p l e t a ! T o d o s los valores de c o n -

traste q u e la disonancia p u e d e s u m i n i s t r a r , d e b e n de haber
e s t a d o presentes, j u n t o c o n lo q u e p u e d e haber de éxtasis

- 188 -
en la repetición e n l o q u e c e d o r a , p o r q u e de ella los africanos
no llegan a hartarse n u n c a " .

T e s t i m o n i o s c o m o los g l o s a d o s , q u e a b u n d a n en la
amplia bibliografía del t e m a , c e r t i f i c a n c o n claridad meri-
diana el h e c h o de que las expresiones musicales africanas
f u e r o n revividas en A m é r i c a c o n t o d a su g e n u i n a pureza. Y
la insistencia de los distintos autores en la faz rítmica de la
música n e g r a , n o s da la p a u t a de p o r q u é el " j a z z " posee
un r i t m o t a n desarrollado. A d e m á s , en ellas hallamos, sin
d u d a , una de las t a n t a s corrientes melódicas q u e g r a v i t a r o n
en la música s i n c o p a d a .

En el arte " h o t " , la sinéresis de los e l e m e n t o s franceses,

españoles, anglosajones y a f r i c a n o s se advierte p e r f e c t a -
m e n t e en registros f o n o g r á f i c o s c o m o " E g y p t i a n f a n t a s y " y
" D e a r o í d S o u t h l a n d " , del s a x o f o n i s t a S i d n e y B e c h e t ;
" C r e ó l e s o n g " y " B l a n c h e t o u q u o t o u x " , de Kid Ory, y
" T h e c r a v e " y N e w Orleáns j o y s , del pianista J e l l y M o r t o n ,
artistas estos de ascedencia " c r e ó l e " .

El t í p i c o e j e m p l o de esa i n f l u e n c i a , así c o m o de la
t r a u m a t i z a c i ó n q u e en m a n o s de los e j e c u t a n t e s negros
sufre la m ú s i c a q u e no les p e r t e n e c e , lo hallamos en el
f r a g m e n t o t i t u l a d o La Marseillaise, vieja cuadrilla francesa
q u e se i n t e r p r e t a b a en los " q u a d r o o n b a l l s " , c o n v e r t i d a
p r i m e r o en un " r a g " p o r el v e t e r a n o m ú s i c o b l a n c o de
N u e v a Orleáns, J a c k " P a p a " Laine, c o n el n o m b r e de
Praline; luego t r a n s f o r m a d a en " n u m b e r t w o r a g " , e m a n o s
del m a l o g r a d o c o r n e t i s t a " P a p a " M u t t Carey; d e s p u é s J e l l y
Roll M o r t o n la t r o c ó en u n " s t o m p " , c o n el t i t u l a d o de
" G e t o u t of here a n d g o h o m e " , i n t r o d u c i é n d o l e su célebre
" S p a n í s h b a s s " , así c o m o o t r o s d e los c o n o c i d o s " t r i c k s " ,
y, p o r f i n , a d o p t a d a p o r la " O r i g i n a l Dixieland J a z z B a n d "
c o m o u n a de las p á g i n a s preferidas, se t r a n s f o r m ó e n
" T i g e r r a g " , la f a m o s a o b r a q u e f u e lanzada a las c u a t r o

- 189 -
esquinas del m u n d o c o n la f i r m a del d i r e c t o r de la citada
a g r u p a c i ó n , el cornetista Nick La R o c c a .

La esencia de varias c u l t u r a s ha destilado el " j a z z " ,

f u s i o n á n d o l a s en u n a mezcla original, c u y o s d i s t i n t o s c o m -
p o n e n t e s h o y es posible rastrear c o n b a s t a n t e c l a r i d a d , a
pesar de la c o h e s i ó n y la h o m o g e n e i d a d q u e , tras u n p r o -
ceso e v o l u t i v o q u e abarca u n dilatado lapso, a c u s a n en la
actualidad sus expresiones.

C o m o a c e r t a d a m e n t e ha d i c h o el folklorista A l a n
L o m a x , el " j a z z " en un " g u m b o " musical. Y no se e q u i v o -
c a , p u e s , r e a l m e n t e , c o n s t i t u y e el r e p r e s e n t a n t e t í p i c o de
crisol de razas, del " m e l t i n g p o t " , q u e s o n los Estados
U n i d o s . P o r q u e , en la hora p r e s e n t e , está a m p l i a m e n t e
d e m o s t r a d o el h e c h o de q u e e n el seno de la m ú s i c a
s i n c o p a d a c o n f l u y e n las c o r r i e n t e s m e l ó d i c a s , a r m ó n i c a s ,
rítmicas y t í m b r i c a s de las diversas ramas q u e i n t e g r a n el
rico c a n c i o n e r o secular y litúrgico de los n e g r o s e s t a d o u n i -
ses, así c o m o otras que m e n c i o n a r e m o s en s e g u i d a , e n f o -
cadas a la luz de las tradiciones artísticas africanas. Recor-
d e m o s q u e W i l l i a m C. H a n d y ha d i c h o : " E l " r a g " no es
más q u e u n a versión p r o f a n a secular de los viejos " n e g r o
s p i r i t u a l s " , sólo q u e sazonada, c o d i m e n t a d a " .

Es necesario citar, entre las vetas musicales q u e m a y o r

g r a v i t a c i ó n ejercieron en la f o r m a c i ó n en el desarrollo del
" j a z z " , las siguientes:

a) La m ú s i c a vocal e i n s t r u m e n t a l del A f r i c a O c c i d e n t a l .

b) Las c a n c i o n e s a f r o a m e r i c a n a s seculares: c a n t o s de
t r a b a j o , c a n c i o n e s criollas de Luisiana, baladas, c a n t o s de
danzas, " h o l l e r s " , c a n c i o n e s infantiles, " b l u e s " , etcétera.

c) C á n t i c o s religiosos a f r o e s t a d o u n i d e n s e s : "shout",
s e r m o n e s , " n e g r o s p i r i t u a l s " , c a n t o s f ú n e b r e s , h i m n o s litúr-
gicos de los b l a n c o s , etcétera.

- 190 -
 d) C a n t o s relacionados c o n los c u l t o s del " v o o d o o " .

e) M ú s i c a de las b a n d a s d e N u e v a Orleans.

f ) C a n t o s menestrales, " r a g t i m e s " , " c o o n s o n g s " , e t c é -

tera.

g) M ú s i c a f o l k l ó r i c a de las Indias O c c i d e n t a l e s .

h) M ú s i c a p o p u l a r de o r i g e n e x t r a n j e r o : cuadrillas, c o n -
t r a d a n z a s , c a n c i o n e s f r a n c e s a s , e s p a ñ o l a s , italianas, ingle-
sas, irlandesas, e t c é t e r a .

Por c o n s i g u i e n t e , p o d e m o s a f i r m a r , sin t e m o r a incurrir

en e q u i v o c a c i o n e s , q u e el arte " h o t " n o es sino un resu-
m e n , una cristalización y u n a c u l m i n a c i ó n de las diversas
f a c e t a s del c a n t o f o l k l ó r i c o a f r o e s t a d o u n i d e n s e , a las
cuales se s u m a n los a m p l i o s recursos q u e brinda el e m p l e o
de i n s t r u m e n t o s r í t m i c o s y m e l ó d i c o s , desde luego m u c h o
m á s a m p l i o s q u e los que p e r m i t e la voz h u m a n a .

En c u a n t o al instante e n q u e la música n u e v a abrió los

ojos al m u n d o , a través de r e d u c i d o s c o n j u n t o s i n s t r u m e n -
tales f o r m a d o s p o r media d o c e n a de ejecutantes negros
q u e se e n t r e g a b a n a la creación musical e s p o n t á n e a , i m -
p r o v i s a n d o variaciones " h o t " s o b r e t e m a s tradicionales del
c a n c i o n e r o a f r o e s t a d o u n i d e n s e , m u c h a s son las teorías
caprichosas q u e a ú n h o y circulan, a pesar de la amplia
bibliografía q u e en t o r n o del " j a z z " se ha originado en los
ú l t i m o s t i e m p o s . T o d a v í a existen quienes s u p o n e n q u e la
música s i n c o p a d a nació d u r a n t e la primera c o n t i e n d a m u n -
dial o la j u z g a n hija del t o r b e l l i n o de la p o s g u e r r a anterior.

Este h e c h o , q u e retrasó no p o c o la a u t é n t i c a valoración

del g é n e r o en t o d a su e n o r m e d i m e n s i ó n artística, llevó, asi-
m i s m o , a m u c h í s i m o s errores de a p r e c i a c i ó n . Del d e s c o n o c i -
m i e n t o de la e v o l u c i ó n sufrida p o r las f o r m a s primarías de

- 191 -
c a n t o de m a t r i z a f r o n o r t e a m e r i c a n a (las c a n c i o n e s de labor,
entre otras) primera expresión musical del h o m b r e de tez
m o r e n a en A m é r i c a , antecesora de los c a n t o s litúrgicos y
piedra angular de t o d a una t r a d i c i ó n m e l ó d i c a y p o é t i c a de
incuestionable e n j u n d i a , s u r g i e r o n estos falsos c o n c e p t o s .

N o cabe la m e n o r d u d a de q u e el e s t a d o espiritual q u e
vivió el m u n d o en la p o s g u e r r a anterior c o n t r i b u y ó a la
a c e p t a c i ó n y al é x i t o de la m ú s i c a " h o t " a n t e el p ú b l i c o de
las grades urbes de los Estados U n i d o s y de t o d o el o r b e .
Pero no se relaciona de manera directa c o n el n a c i m i e n t o
del " j a z z " , el cual se p r o d u j o c o n bastante antelación a la
c o n t i e n d a m u n d i a l n ú m e r o u n o . El p r o c e s o de m a d u r a c i ó n
q u e t u v o su s i m i e n t e en el c a n c i o n e r o tradicional a f r o -
n o r t e a m e r i c a n o y floreció en el " j a z z " , no se llevó a
c a b o c o n p r e c i p i t a c i ó n , ni se o p e r ó ayer, sino q u e sus
orígenes n o s llevan m u y lejos en el t i e m p o , t o d a vez q u e
sus raíces se e x t i e n d e n hasta el siglo anterior. Y , si se
a h o n d a un p o c o m á s en el análisis, se llega, sin esfuerzo, a
sus f u e n t e s últimas: la música v o c a l y percusiva del A f r i c a
O c c i d e n t a l , área g e o g r á f i c a y cultural de d o n d e los n e g r o s
f u e r o n llevados, en gran m a y o r í a a los Estados U n i d o s , ya
sea d i r e c t a m e n t e a p u e r t o s n o r t e a m e r i c a n o s c o m o N u e v a
Orleáns, C h a r l e s t o n , S a v a n n a h y o t r o s , o a través de las
Indias O c c i d e n t a l e s .

Imposible resulta, p o r lo t a n t o , señalar c o n e x a c t i t u d tal

o cual f e c h a y aseverar q u e las expresiones musicales
a f r o e s t a d o u n i d e n s e s anteriores a ellas no eran " j a z z " . Por-
q u e su g e r m e n se ha v e n i d o desarrollando tras u n p a u s a d o
y c o m p l e j o p r o c e s o m a d u r a t i v o , a través de otras ramas de
la m ú s i c a f o l k l ó r i c a del h o m b r e de color, e s p e c i a l m e n t e los
" b l u e s " , a tal p u n t o q u e no es arbitrario sostener q u e el
instante en q u e estos c a n t o s p a s a r o n del d o m i n i o vocal al
c a m p o i n s t r u m e n t a l , el arte s i n c o p a d o v i o la luz p ú b l i c a .

- 192 -
H a r t o difícil es la c u e s t i ó n de fijar f e c h a s . Pero esta t r a n -
sición debe d e haberse o p e r a d o e n t r e 1880 y 1890, y tal vez
antes.

El " j a z z " es quizá una de las primera m a n i f e s t a c i o n e s

de u n a c u l t u r a regional, q u e ha a l c a n z a d o v i b r a c i ó n univer-
sal y se ha i m p u e s t o en el g u s t o de t o d o s los p ú b l i c o s , no
c o m o una s i m p l e m ú s i c a de baile, sino c o m o u n a e x p r e -
sión artística c o n v e r t i d a h o y en serio t e m a de e s p e c u l a c i ó n
estética; p r u e b a irrefutable de su fuerza espiritual, de su
rica originalidad y de los valores de largo alcance q u e lo
a d o r n a n . Es i n c u e s t i o n a b l e q u e el n e g r o , al crear el " j a z z " ,
no sólo b r i n d ó m ú s i c a a su país, los Estados U n i d o s y a
A m é r i c a , sino t a m b i é n al m u n d o e n t e r o .

El "Cante Jondo"(Factores históricos)

En la historia española h a y tres h e c h o s , de m u y distinta

t r a s c e n d e n c i a para la vida general de nuestra c u l t u r a , pero
de manifiesta relevancia en la historia m u s i c a l , q u e debe-
m o s hacer n o t a r ; s o n ellos:

a) La a d o p c i ó n p o r Ja Iglesia española del c a n t o bizan-

t i n o ; b) la invasión árabe y c) la i n m i g r a c i ó n y estableci-
m i e n t o en España de n u m e r o s a s b a n d a s de g i t a n o s .

El gran m a e s t r o Felipe Pedrell, en su a d m i r a b l e Cancio-

nero M u s i c a l Español, escribe: " e l h e c h o de persistir en
España en varios c a n t o s populares el orientalismo m u s i c a l ,
tiene h o n d a s raíces en nuestra n a c i ó n p o r influencia de la
civilización bizantina a n t i q u í s i m a , q u e se t r a d u j o en las f ó r -
mulas propias de los r i t m o s usados en la Iglesia de España
desde la c o n v e r s i ó n de nuestro país al cristianismo hasta el
siglo xi, é p o c a en q u e f u e i n t r o d u c i d a la liturgia r o m a n a
propiamente d i c h a " .

- 193 -
 Y a ello q u e r r í a m o s añadir n o s o t r o s q u e en u n o de los
c a n t o s a n d a l u c e s , en el q u e h o y , a n u e s t r o j u i c i o , se m a n -
tiene más vivaz el viejo e s p í r i t u , en la " s i g u i r i y a " , hallamos
los siguientes e l e m e n t o s del c a m p o l i t ú r g i c o b i z a n t i n o : los
m o d o s t o n a l e s de los sistemas p r i m i t i v o s (que n o hay q u e
c o n f u n d i r c o n los m o d o s q u e ahora l l a m a m o s griegos) el
e n a r m o n i s m o i n h e r e n t e a los m o d o s p r i m i g é n i c o s , y, por
ú l t i m o , la ausencia de r i t m o m é t r i c o en la línea m e l ó d i c a y
la riqueza de inflexiones m o d u l a r e s en ésta. Tales p r o p i e -
dades v a l o r a n , a s i m i s m o , el c a n t o m o r o andaluz, c u y o ori-
g e n es m u y posterior a la a d o p c i ó n de la m ú s i c a litúrgica
bizantina p o r la Iglesia e s p a ñ o l a , lo q u e hace afirmar a
Pedrell q u e " n u e s t r a m ú s i c a n o d e b e nada esencial a los
árabes ni a los m o r o s , quienes quizá no hicieran más q u e
r e f o r m a r a l g u n o s rasgos o r n a m e n t a l e s c o m u n e s al sistema
oriental y al persa, de d o n d e p r o v i e n e el s u y o árabe. Los
m o r o s p o r c o n s i g u i e n t e , f u e r o n los i n f l u i d o s " .

Q u e r e m o s s u p o n e r q u e el m a e s t r o , al hacer tal a f i r m a -
c i ó n , se ha q u e r i d o referir s o l a m e n t e a la m ú s i c a p u r a m e n -
t e m e l ó d i c a de los m o r o s a n d a l u c e s , p o r q u e , ¿ c ó m o d u d a r
de q u e en otras f o r m a s de esa m ú s i c a , e s p e c i a l m e n t e en la
d a n z a , existen e l e m e n t o s , t a n t o r í t m i c o s c o m o m e l ó d i c o s ,
c u y a p r o c e d e n c i a b u s c a r í a m o s en v a n o en el p r i m i t i v o c a n -
t o litúrgico español?

Lo q u e n o deja lugar a d u d a s es q u e la m ú s i c a que a ú n

se c o n o c e en M a r r u e c o s , A r g e l y T ú n e z c o n el n o m b r e de
" m ú s i c a andaluza de los m o r o s de G r a n a d a " , no sólo
g u a r d a u n peculiar carácter q u e las d i s t i n g u e de otras de
o r i g e n árabe, sino q u e en sus f o r m a s rítmicas de danza
r e c o n o c e m o s f á c i l m e n t e el o r i g e n de m u c h a s de nuestras
andaluzas: sevillanas, z a p a t e a d o s , seguidillas, etc.

Pero, a más del e l e m e n t o l i t ú r g i c o bizantino y del ele-

m e n t o árabe, hay en el c a n t o de la " s e g u i r i l l a " f o r m a s y

- 194 -
caracteres i n d e p e n d i e n t e s , en cierto m o d o , de los primiti-
v o s c a n t o s s a g r a d o s cristianos y de la música de los m o r o s
de G r a n a d a . ¿De d ó n d e p r o v i e n e n ? P r o b a b l e m e n t e de las
t r i b u s gitanas q u e en el siglo x v se establecen e n España,
vienen a G r a n a d a , d o n d e v i v e n p o r lo c o m ú n a e x t r a m u r o s
de la c i u d a d , se acercan e s p i r i t u a l m e n t e al p u e b l o , d a n d o
origen a q u e se les designe c o n u n n o m b r e q u e delata
c ó m o se los i n c o r p o r a a la vida civil, " c a s t e l l a n o s n u e v o s " ,
y así q u e d a n diferenciados de aquellos o t r o s de su raza en
quienes p e r d u r a el espíritu n ó m a d a y s o n l l a m a d o s " g i t a -
nos b r a v i o s " .

Y estas t r i b u s venidas — s e g ú n la hipótesis h i s t ó r i c a —

del Oriente s o n las q u e d a n al c a n t e andaluz la nueva
m o d a l i d a d en q u e consiste el c a n t e j o n d o ; es éste el resul-
t a d o de los f a c t o r e s señalados; no es la obra exclusiva de
n i n g u n o de los p u e b l o s q u e c o l a b o r a n a su f o r m a c i ó n ; es el
f o n d o p r i m i g é n i c o andaluz el q u e f u n d e y f o r m a u n a nueva
m o d a l i d a d musical c o n las a p o r t a c i o n e s q u e ha recibido.

M a s el valor de lo antes d i c h o se establecerá si anali-

z a m o s los rasgos musicales q u e d i s t i n g u e n al c a n t e j o n d o .

Se da el n o m b r e de cante j o n d o a un g r u p o de cancio-
nes andaluzas c u y o t i p o g e n u i n o c r e e m o s r e c o n o c e r en la
llamada " s e g u i r i y a g i t a n a " , de la q u e p r o c e d e n otras, a ú n
c o n s e r v a d a s p o r el p u e b l o y q u e , c o m o los p o l o s , martine-
tes y soleares, g u a r d a n altísimas cualidades q u e las hacen
distinguir d e n t r o del gran g r u p o f o r m a d o p o r los c a n t o s
q u e el v u l g o llama f l a m e n c o s .

Esta ú l t i m a d e n o m i n a c i ó n , sin e m b a r g o , sólo debiera en

rigor aplicarse al g r u p o m o d e r n o q u e i n t e g r a n las c a n c i o n e s
llamadas m a l a g u e ñ a s , granadinas, r o n d e ñ a s , ( t r o n c o ésta
de las primeras), sevillanas, peteneras, etc., las cuales no

- 195 -
p u e d e n considerarse más q u e c o m o c o n s e c u e n c i a de las
antes citadas.

A d m i t i d a la " s i g u i r i y a g i t a n a " c o m o c a n c i ó n t i p o del

g r u p o de las de c a n t e j o n d o , y a n t e s de subrayar su valor
desde un p u n t o de vista p u r a m e n t e m u s i c a l , d e c l a r a m o s
q u e este c a n t o andaluz es acaso el ú n i c o e u r o p e o q u e
conserva en t o d a su pureza, t a n t o p o r su e s t r u c t u r a c o m o
por su estilo, las más altas cualidades inherentes al c a n t o
p r i m i t i v o de los p u e b l o s orientales.

Los e l e m e n t o s esenciales del c a n t e j o n d o presentan las

siguiente analogías c o n a l g u n o s c a n t o s de la India y o t r o s
pueblos de O r i e n t e :

Primero: " E l e n a r m o n i s m o c o m o m e d i o m o d u l a n t e " .

N o s o t r o s l l a m a m o s m o d u l a c i ó n al s i m p l e paso de u n a t o n a -
lidad a o t r a q u e le es s e m e j a n t e y q u e o c u p a u n plano
d i s t i n t o , c o n la e x c e p c i ó n del c a m b i o de m o d o ( m a y o r o
m e n o r ) , única d i s t i n c i ó n establecida p o r la música e u r o p e a ,
d u r a n t e el p e r í o d o t r a n s c u r r i d o d e s d e el siglo xvn hasta el
ú l t i m o tercio del siglo xix. Pero los s i s t e m a s indios p r i m i t i -
v o s y sus d e r i v a d o s no c o n s i d e r a n invariables los lugares
q u e o c u p a n en las series m e l ó d i c a s los intervalos más
p e q u e ñ o s , sino q u e la p r o d u c c i ó n de estos intervalos o b e -
dece en ellos a elevaciones o d e p r e s i o n e s de la v o z , o r i g i -
nadas por las e x p r e s i ó n de la palabra c a n t a d a . De ahí q u e
los m o d o s p r i m i t i v o s de la India f u e r a n t a n n u m e r o s o s , ya
q u e c a d a u n o de los t e ó r i c a m e n t e d e t e r m i n a d o s e n g e n d r a n
nuevas series melódicas p o r m e d i o de la libre alteración de
c u a t r o de sus siete s o n i d o s .

A ñ á d a s e a e s t o la práctica f r e c u e n t e — t a n t o en aque-
llos c a n t o s c o m o en el n u e s t r o — del " p o r t a m e n t o " v o c a l ,
o sea el m o d o de c o n d u c i r la v o z p r o d u c i e n d o los infinitos
matices del s o n i d o existentes entre d o s n o t a s c o n j u n t a s o
disjuntas.

- 196 -
 A s í p u e s , la aplicación real q u e se hace del v o c a b l o
" m o d u l a r " , es m u c h o m á s exacta en el caso q u e estudia-
m o s que en aquel o t r o a q u e se refieren los t r a t a d o s de
t é c n i c a musical e u r o p e a .

R e s u m i e n d o lo d i c h o , p o d e m o s afirmar, p r i m e r o q u e en
el c a n t e j o n d o , de igual suerte q u e en los c a n t o s p r i m i t i v o s
de Oriente, la g a m a musical es c o n s e c u e n c i a directa de la
q u e p o d r í a m o s llamar g a m a oral. A l g u n o s llegan a s u p o n e r
q u e palabra y c a n t o f u e r o n en su o r i g e n una m i s m a c o s a ; y
Louis L u c a , e n su " A c o u s t i q u e n o u v e l l e " , al tratar de las
excelencias del g é n e r o e n a r m ó n i c o , dice " q u e es el p r i m e r o
q u e aparece e n el o r d e n natural p o r i m i t a c i ó n del c a n t o de
las aves, del g r i t o de los animales y de los infinitos ruidos
de la m a t e r i a " .

S e g u n d o : R e c o n o c e m o s c o m o peculiar del c a n t e j o n d o
el e m p l e o de u n á m b i t o m e l ó d i c o q u e rara vez traspasa los
límites de una s e x t a .

T e r c e r o : El uso reiterado y hasta o b s e s i o n a d o de una

m i s m a n o t a , f r e c u e n t e m e n t e a c o m p a ñ a d a de a p o y a t u r a
superior o inferior. — E s t e p r o c e d i m i e n t o es p r o p i o de cier-
tas f ó r m u l a s d e e n c a n t a m i e n t o y hasta de aquellos recita-
d o s q u e p u d i é r a m o s llamar p r e h i s t ó r i c o s y q u e h a c e n
s u p o n e r a a l g u n o s , c o m o ya h e m o s i n d i c a d o , q u e el c a n t o
es anterior a las d e m á s f o r m a s de lenguaje.

C u a r t o : A u n q u e la m e l o d í a g i t a n a es rica en giros or-

n a m e n t a l e s , é s t o s , lo m i s m o q u e en los c a n t o s p r i m i t i v o s
orientales, sólo se e m p l e a n en d e t e r m i n a d o s m o m e n t o s
c o m o e x p a n s i o n e s o arrebatos s u g e r i d o s p o r la fuerza e m o -
t i v a del t e x t o . — H a y q u e c o n s i d e r a r l o s , p o r lo t a n t o , m á s
c o m o amplias inflexiones vocales q u e c o m o giros o r n a m e n -
tales, si bien t o m a n este ú l t i m o a s p e c t o al ser t r a d u c i d o s
p o r los intervalos g e o m é t r i c o s de la escala t e m p e r a d a .

- 197 -
 Q u i n t o : Las v o c e s y gritos c o n q u e nuestro p u e b l o
a n i m a y excita a los " c a n t a o r e s " y " t o c a o r e s " t i e n e n t a m -
bién origen en la c o s t u m b r e q u e a ú n se observa para casos
a n á l o g o s en las razas de o r i g e n oriental.

Que nadie piense, sin e m b a r g o , q u e la " s i g u i r i y a " y sus

derivados sean s i m p l e m e n t e c a n t o s t r a s p l a n t a d o s de Orien-
t e a O c c i d e n t e . Se t r a t a , c u a n d o m á s , de un injerto, o
mejor d i c h o , de una c o i n c i d e n c i a de orígenes q u e cierta-
m e n t e no se ha revelado en u n solo y d e t e r m i n a d o m o -
m e n t o , sino q u e o b e d e c e , c o m o ya d i j i m o s , a la a c u m u l a -
ción de los h e c h o s históricos seculares desarrollados en
nuestra península. Y ésta es la razón p o r la cual el c a n t o
peculiar de A n d a l u c í a , a u n q u e p o r sus e l e m e n t o s esencia-
les c o i n c i d e c o n el de p u e b l o s t a n a p a r t a d o s g e o g r á f i c a -
m e n t e del n u e s t r o , acusa un carácter í n t i m o , t a n p r o p i o ,
t a n n a c i o n a l , q u e lo hace i n c o n f u n d i b l e .

Influencia de estos cantos en la música moderna europea

La excelencia de la música natural andaluza q u e d a reve-

lada p o r el h e c h o de ser la ú n i c a utilizada por los c o m p o s i -
t o r e s extranjeros de m a n e r a c o n t i n u a y a b u n d a n t e , pues si
bien los c a n t o s y danzas de otras naciones h a n sido igual-
m e n t e utilizados en la m ú s i c a universal, ese e m p l e o se ve
casi s i e m p r e r e d u c i d o a la s i m p l e a p l i c a c i ó n de los r i t m o s
q u e los caracterizan.

Es cierto q u e m u c h a s de estas f o r m a s rítmicas han

o r i g i n a d o obras de elevadisimo valor artístico, c o m o igual-
m e n t e o c u r r e c o n a l g u n a s viejas danzas europeas (giga,
zarabanda, g a v o t a , m i n u é . . . ) , pero s o b r e ser r e d u c i d o su
n ú m e r o , cada n a c i ó n a i s l a d a m e n t e sólo está a lo s u m o
representada p o r u n par de ejemplares de esos valores

- 198 -
p u r a m e n t e r í t m i c o s , c o n exclusión en la m a y o r í a de los
casos del resto de sus e l e m e n t o s c o n s t i t u t i v o s .

Nuestra m ú s i c a n a t u r a l , en c a m b i o , no sólo ha sido

g e r m e n de inspiración en m u c h o s de los más ilustres c o m -
positores m o d e r n o s extranjeros, sino q u e les ha servido para
enriquecer sus m e d i o s musicales de e x p r e s i ó n , ya q u e p o r
ellos les f u e r o n revelados ciertos altísimos valores m u s i c a -
les, s i s t e m á t i c a m e n t e preteridos p o r los c o m p o s i t o r e s del
período llamado clásico. Y ésta es la razón por la q u e no se
limitaron los a u t o r e s q u e d a t a n de m e d i a d o s del p a s a d o
siglo a t o m a r de nuestra música un solo e l e m e n t o deter-
m i n a d o , sino t o d o s , a b s o l u t a m e n t e t o d o s los q u e la f o r -
m a n , siempre q u e f u e s e n adaptables a la escala t e m p e r a d a
y a la n o t a c i ó n usual.

Este influjo a q u e n o s r e f e r i m o s es el ejercido d i r e c t a -

m e n t e por el c a n t e p o p u l a r andaluz, c u y o t r o n c o está re-
p r e s e n t a d o p o r el l l a m a d o c a n t e j o n d o . He a q u í a l g u n o s
h e c h o s q u e c o n f i r m a n nuestra tesis.

En el ya c i t a d o C a n c i o n e r o M u s i c a l Español dice su
e m i n e n t e a u t o r d o n Felipe Pedrell, refiriéndose a M i g u e l
I v a n o v í c h Glinka y a su larga estancia en España:

" . . . D e s p u é s p e r m a n e c e d o s a ñ o s en M a d r i d , Granada
y Sevilla. ¿Qué busca allí, d e a m b u l a n d o solitario p o r el
barrio de Lavapiés o por la calle de las Sierpes? Lo m i s m o
q u e busca en El A l b a i c í n de Granada s i g u i e n d o extasiado los
t a ñ i d o s q u e arranca de la guitarra Francisco Rodríguez
M u r c i a n o , f a m o s o guitarrista, artista p o p u l a r i n d e p e n d i e n t e ,
de i m a g i n a c i ó n musical t a n llena de f u e g o c o m o de v e n a
i n a g o t a b l e , s i e m p r e viva y fresca. Glinka le asediaba y
s i m p a t i z a r o n p r o n t o . U n o de los e n c a n t o s del gran c o m -
positor ruso era estarse horas enteras o y e n d o a Rodríguez
M u r c i a n o i m p r o v i s a r variantes a los a c o m p a ñ a m i e n t o s de
rondeñas, f a n d a n g o s , j o t a s aragonesas, etc., q u e a n o t a b a

- 199 -
c o n c u i d a d o s a persistencia, e m p e ñ a d o en t r a d u c i r l o s al
p i a n o o a la o r q u e s t a .
" L o s e m p e ñ o s de Glinka resultaban imposibles; sojuz-
g a d o , m a g n e t i z a d o se volvía hacia su c o m p a ñ e r o , o y e n d o
lo q u e arrancaba de sus cuerdas: u n a lluvia de r i t m o s , de
m o d a l i d a d e s , de floreos rebeldes y reñidos a t o d a g r á f i c a . . . "

Dichas a n o t a c i o n e s y e s t u d i o s d e t e r m i n a r o n la creación
de ciertos p r o c e d i m i e n t o s orquestales q u e se e n c u e n t r a n en
" S o u v e n i r d ' u n e n u i t d ' é t é a M a d r i d " y " C a p r i c e brillant sur
la j o t a a r a g o n e s a " , obras escritas p o r Glinka d u r a n t e su
p e r m a n e n c i a en España.
Pero e s t o , c o n ser m u c h o , no bastaría para d e m o s t r a r
t o d a la i m p o r t a n c i a de la indicada i n f l u e n c i a sobre la m a y o -
ría de los c o m p o s i t o r e s rusos q u e f o r m a r o n el g r u p o llamado
de los " c i n c o " . O t r o s a s p e c t o s de nuestra m ú s i c a y espe-
c i a l m e n t e de la vieja m ú s i c a a n d a l u z a , habían de despertar
el interés de Glinka d u r a n t e los d o s a ñ o s q u e pasó en
España.

Las c a n c i o n e s del c a n t e j o n d o , por ser las m á s c u l t i v a -

das en aquella é p o c a (1849), f u e r o n las q u e t a n gran in-
f l u e n c i a h a b í a n de ejercer sobre los c o m p o s i t o r e s rusos a
q u e antes n o s referimos. Dada la a f i n i d a d existente entre
el g r u p o c i t a d o de nuestro c a n c i o n e r o y o t r o no m e n o s i m -
p o r t a n t e del ruso la c o m p r e n s i ó n y asimilación de nues-
t r o s c a n t o s p o r aquellos c o m p o s i t o r e s d e b i ó de efectuarse
del m o d o m á s natural y e s p o n t á n e o . U n v i v o interés se
d e s p e r t ó en ellos p o r sus e n c a n t o s y r i t m o s t a n estrecha-
m e n t e e m p a r e n t a d o s c o n los n u e s t r o s y a ese interés unie-
ron el p r o p ó s i t o de i n c o r p o r a r l o s a la m ú s i c a artística, mez-
c l a n d o los e l e m e n t o s característicos de u n o s y o t r o s c a n t o s
y r i t m o s , y f o r m a n d o ese estilo i n c o n f u n d i b l e q u e repre-
s e n t a u n o de los más altos valores de la m ú s i c a rusa de
f i n e s del p a s a d o siglo.

- 200 -
 ¿Quién q u e c o n o z c a la obra de R i m s k y - K o r s a k o v , B o r o -
din y Balakirev — p o r n o citar sino a l g u n o s entre los más
preclaros de aquel p e r í o d o — p o d r á d u d a r de c u a n t o aca-
b a m o s de decir?.

N o f u e sólo Rusia la influida p o r la m ú s i c a de n u e s t r o

p u e b l o : otra g r a n n a c i ó n siguió su e j e m p l o , y esa n a c i ó n
f u e Francia, p e r s o n i f i c a d a por Claude D e b u s s y ; pues a u n -
a u n q u e o t r o s c o m p o s i t o r e s franceses le h a b í a n p r e c e d i d o
en ese c a m i n o , sus i n t e n c i o n e s se r e d u j e r o n a hacer m ú s i c a
" a la e s p a ñ o l a " y el m i s m o Bizet en su admirable C a r m e n
no parece haberse p r o p u e s t o o t r a c o s a .

A Claude D e b u s s y , no p o d í a satisfacer s e m e j a n t e p r o -
c e d i m i e n t o ; p o r eso, su m ú s i c a n o está h e c h a " a la espa-
ñ o l a " , sino " e n e s p a ñ o l " , o m e j o r d i c h o , " e n a n d a l u z " ,
p u e s t o q u e el c a n t e j o n d o es, en su f o r m a más a u t é n t i c a ,
el q u e ha d a d o o r i g e n , no sólo a las obras v o l u n t a r i a m e n t e
escritas por él c o n carácter e s p a ñ o l , sino t a m b i é n a deter-
m i n a d o s valores musicales q u e p u e d e n apreciarse en otras
obras suyas q u e no f u e r o n c o m p u e s t a s c o n aquella i n t e n -
c i ó n . N o s r e f e r i m o s a su f r e c u e n t e e m p l e o de ciertos
m o d o s , cadencias, enlaces de a c o r d e s , r i t m o s y a ú n giros
m e l ó d i c o s q u e revelan evidente p a r e n t e s c o c o n nuestra
música natural.

El caso de D e b u s s y c o n relación a nuestra m ú s i c a no

representa u n h e c h o aislado d e n t r o de la m o d e r n a p r o d u c -
ción f r a n c e s a ; o t r o s c o m p o s i t o r e s y e s p e c i a l m e n t e M a u r i c e
Ravel, se h a n servido en sus obras de no p o c o s e l e m e n t o s
esenciales de la lírica popular a n d a l u z a .

La parte de su o b r a en q u e , bien de u n m o d o e x p r e s o ,
ya de m a n e r a i n c o n s c i e n t e , se revela el i d i o m a musical
andaluz, p r u e b a de un m o d o i n e q u í v o c o hasta q u e p u n t o
Ravel se ha asimilado la más pura esencia de este i d i o m a .

- 201 -
 Parte ¡ r h p o r t a n t í s i m a c o r r e s p o n d e a la guitarra española
en las influencias o s u g e s t i o n e s q u e v e n i m o s t r a t a n d o .

El e m p l e o p o p u l a r de la guitarra presenta d o s valores

musicales bien d e t e r m i n a d o s : el r í t m i c o exterior o i n m e -
d i a t a m e n t e perceptible, y el valor p u r a m e n t e t o n a l - a r m ó -
nico.

El t o q u e j o n d o no tiene rival en E u r o p a . Los e f e c t o s

armónicos que inconscientemente producen nuestros gui-
tarristas, representan una de las maravillas del arte natural.
Es m á s : c r e e m o s q u e n u e s t r o s i n s t r u m e n t i s t a s del siglo x v
f u e r o n p r o b a b l e m e n t e los p r i m e r o s q u e acompañaron
a r m ó n i c a m e n t e ( c o n acordes) la m e l o d í a v o c a l o instru-
m e n t a l . Y c o n s t e q u e no n o s r e f e r i m o s a la m ú s i c a m o r a -
andaluza, sino a la castellana, p u e s t o q u e no h a y q u e
c o n f u n d i r la guitarra m o r i s c a c o n la guitarra latina. A las
d o s se refieren n u e s t r o s autores de los siglos x v y x v i , y
lo q u e n o s dicen prueba el d i s t i n t o e m p l e o musical de cada
instrumento.

De J u a n Ruiz:

A l l í sale g r i t a n d o la guitarra m o r i s c a
de las v o c e s a g u d a , de los p u n t o s arisca,
el c o r p u d o l a ú d , q u e tiene p u n t o a la T r i s c a ,
la guitarra latina c o n esto se aprisca.

De Pérez de H i t a :
Tenía b u e n a v o z ; tañía a la m o r i s c a y a la castellana.

El m a e s t r o Pedrell, en su " O r g a n o g r a f í a musical a n t i g u a

e s p a ñ o l a " , afirma q u e la guitarra m o r i s c a se usa a ú n en
A r g e l i a y en M a r r u e c o s c o n el n o m b r e de kitra (¿kitara-gui-
tarra?) y q u e la t a ñ e n p u n t e a n d o las cuerdas. En c a m b i o , el
p r i m i t i v o t a ñ i d o de la guitarra castellana f u e el rasgueado
c o m o a ú n h o y lo sigue s i e n d o f r e c u e n t e m e n t e en el pue-

- 202 -
blo. De ahí q u e el uso del i n s t r u m e n t o m o r i s c o f u e s e y a ú n
sea m e l ó d i c o ( c o m o en nuestros actuales laúd y b a n d u r r i a ) ,
y a r m ó n i c o el del e s p a ñ o l - l a t i n o , p u e s t o q u e r a s g u e a n d o
las cuerdas sólo acordes p u e d e n p r o d u c i r s e .

Por ú l t i m o , n o h a y q u e olvidar q u e es c o n d i c i ó n esen-

cial del c a n t e andaluz p u r o , evitar t o d a i m i t a c i ó n del estilo
q u e p o d r í a m o s llamar teatral o de c o n c i e r t o , pues siempre
debe t e n e r presente el intérprete, de q u e es un " c a n t a o r " ,
ho u n c a n t a n t e

*•*

H e m o s i n t r o d u c i d o los estilos musicales del Jazz y del

Cante J o n d o al principio del i n q u i e t o siglo xx, p o r q u e a u n
s i e n d o anteriores a d i c h o siglo, es p r e c i s a m e n t e en el xx
c u a n d o c o m p o s i t o r e s llamados clásicos ( t o d o lo clásicos
q u e p u e d e n ser S t r a w i n s k y o Falla) valorizan este t i p o de
m ú s i c a y la lanzan hacia la p o p u l a r i d a d .

S t r a w i n s k y y antes Debussy, utilizando r i t m o s de jazz

en varias de sus obras; y Falla, p o r q u e a d e m á s de inspi-
rarse en el c a n t e j o n d o para c o m p o n e r la m a y o r parte de
las suyas, o r g a n i z ó , j u n t o al p o e t a García L o r c a , en Gra-
nada el Primer C o n c u r s o de Cante J o n d o , q u e pervive a ú n
h o y en día.

N o s ha p a r e c i d o u n a f o r m a a d e c u a d a de c o m e n z a r el
c a p í t u l o V , q u e lleva p o r t í t u l o :

p u l u l e n las a g u a s inquietas seres vivientes...

- 203 -
Panorama fin de siglo

Finalizando el p e r í o d o brillante d e la é p o c a r o m á n t i c a la
m ú s i c a estaba llegando a u n callejón sin salida. La expresi-
v i d a d , base f u n d a m e n t a l de este estilo m u s i c a l , había llega-
do a las m á x i m a s posibilidades y las obras q u e se p r o d u c e n
a finales del siglo xix s o n d e c a d e n t e s , faltas de o r i g i n a -
lidad y u n a exagerada sensibilidad las c o n v i e r t e en p r o d u c -
ciones lastimeras y melancólicas sin v e r d a d e r a categoría
artística.

Los c o m p o s i t o r e s s e n t í a n necesidad de renovar la m ú -

sica, llevarla p o r c a m i n o s n u e v o s , pero n o sabían cual
elegir, ni q u é o r i e n t a c i ó n llevar. U n o s se r e f u g i a b a n o t r a
vez e n los orígenes de la m ú s i c a , i n t e n t a n d o u n neoclasi-
c i s m o altivo y grave. O t r o s n o q u e r í a n m á s g u í a q u e su
i n s t i n t o y a d m i r a b a n p o r igual a los rusos, t a n d e s p r e o c u -
p a d o s p o r la f o r m a , c o m o a C h o p i n y Liszt, creadores de
una t é c n i c a pianística n u e v a . Estos p r o b l e m a s de n u e v a
o r i e n t a c i ó n para el arte m u s i c a l , se p r e s e n t a b a n t a m b i é n
para las otras artes y en m u c h a s ocasiones las s o l u c i o n e s
que se t o m a r o n f u e r o n paralelas entre m ú s i c o s y pintores.

Expresionismo

El B r o c k h a u s L e x i c ó n a l e m á n , e d i t a d o en 1926 dice: El
Expresionismo es la d i r e c c i ó n q u e t o m a el arte c o n t e m p o -
ráneo, al tratar d e expresar la experiencia i n t e r n a , en lugar
de las experiencias del m u n d o exterior.... Está siempre in-
f l u i d o p o r los materiales del arte (color, línea, superficies,
s o n i d o s , ritmos,) y trabaja sobre ellos d e s p e r t a n d o s e n t i -
m i e n t o s o a u m e n t a n d o los ya existentes.

A j u z g a r p o r sus f r u t o s , el e x p r e s i o n i s m o musical viene

a ser u n a fase avanzada del r o m a n t i c i s m o m u s i c a l ; se p o -

- 204 -
dría definir c o m o música " u l t r a e m o c i o n a l " . T e n i e n d o en
c u e n t a t o d o lo e x p u e s t o los c o m p o s i t o r e s q u e t o m a n d o u n
p u n t o de partida desde el r o m a n t i c i s m o , siguieran u n i d o s
por un hilo invisible expresionista, p o d r í a n ser: Liszt y Ber-
lioz q u e al crear la música de p r o g r a m a , s i t ú a n d i c h o p u n t o
de p a r t i d a . W a g n e r , q u e a pesar de c o m p o n e r s o l a m e n t e
opera, es decir música para la e s c e n a , c o m p o n e d a n d o
t a n t a i m p o r t a n c i a a la o r q u e s t a c i ó n , q u e sus obras p u e d e n
considerarse i n s t r u m e n t a l e s más q u e v o c a l e s . Y s i g u i e n d o
las n o v e d a d e s de W a g n e r e influidos por él, d e b e m o s situar
a los c o m p o s i t o r e s vieneses B r u c k n e r , M a h l e r , Ricardo
S t r a u s s e incluso a S c h o n b e r g , el cual encabezará más
tarde el m o v i m i e n t o d o d e c a f ó n i c o .

Impresionismo

C o m o es s a b i d o , c o n la palabra I m p r e s i o n i s m o , antes
q u e n a d a se definía u n m o v i m i e n t o p i c t ó r i c o . En París,
alrededor de 1874 u n g r u p o de pintores de v a n g u a r d i a
v i e n d o sus obras rechazadas p o r los organizadores del
Salón t r a d i c i o n a l , hicieron u n a e x p o s i c i ó n privada q u e lla-
m a r o n d e " l o s r e c h a z a d o s " . Entre o t r o s m u c h o s c u a d r o s
p r e s e n t a d o s por el g r u p o , f i g u r a b a u n o de M o n e t , llamado
" A m a n e c e r . I m p r e s i ó n " . U n c r í t i c o , j u g a n d o c o n el n o m b r e
de la o b r a , aludía a la i m p r e s i ó n recibida ( i m p r e s i ó n desa-
gradable) en d i c h a e x p o s i c i ó n , d e n o m i n a n d o p o r ello a los
autores en c o n j u n t o " i m p r e s i o n i s t a s " . De m o m e n t o el n o m -
bre o f e n d i ó y desagradó a los p i n t o r e s , pero más adelante,
no e n c o n t r a n d o o t r o q u e pudiese definirles mejor, aca-
baron p o r a c e p t a r l o . Bajo este n o m b r e se c o n o c e la o b r a
realizada p o r los pintores M a n e t M o n e t , Degas Renoír,
Pisarro, Sisley, etc. etc. Paralelo al de la p i n t u r a existe un
m o v i m i e n t o de r e n o v a c i ó n de la poesía f r a n c e s a , capita-
n e a d o p o r Verlaine y M a l l a r m é , l l a m a d o s i m b o l i s m o . El

- 205 -
i m p r e s i o n i s m o en m ú s i c a aparece a l g o m á s t a r d e , pero
i n c o r p o r a y a i n m e d i a t a m e n t e , p r o c e d i m i e n t o s u s a d o s en la
p i n t u r a y en la poesia de d i c h o estilo.

Tendencias musicales del siglo xx

En el siglo xx existen m ú s i c o s q u e y a no s o n r o m á n t i -
c o s , pero q u e t a m p o c o s o n i m p r e s i o n i s t a s ; las t e n d e n c i a s
estilísticas s o n m ú l t i p l e s y a u n q u e entre los m ú s i c o s no
existe la c o n f u s i ó n , pues c a d a u n o de ellos, sin d u d a sabe
m u v bien lo q u e quiere y en general se a g r u p a n por ideas
afines, esta claridad no aparece igual desde el p u n t o de
v i s t a del a f i c i o n a d o q u e se a s o m a al c o m p l e j o m u n d o m u -
sical de principios del siglo xx.

Por otra parte esta variedad y m u l t i p l i c i d a d de estilos es

c o m ú n a las otras artes y así en p i n t u r a , se está h a b i t u a n d o
a c o n o c e r las variadas corrientes q u e h a n aparecido bajo
los n o m b r e s d e : I m p r e s i o n i s m o , E x p r e s i o n i s m o , Puntillismo,
S i m b o l i s m o , F a u v i s m o , C u b i s m o , F u t u r i s m o , A r t e abstrac-
t o . D a d a í s m o , S u r r e a l i s m o y a ú n a l g u n o s más. T a m b i é n ha
sido corriente observar q u e los creadores del c u b i s m o no
h a n t e n i d o i n c o n v e n i e n t e en p e r t e n e c e r a las corrientes
abstractas y el trasiego de artistas de un estilo p i c t ó r i c o de
v a n g u a r d i a a o t r o , ha sido f r e c u e n t e .

Lo m i s m o sucede en los estilos musicales de principios

de este siglo, pero la diferencia entre el arte musical y el
p i c t ó r i c o ha sido q u e , en p i n t u r a , a pesar de no haber sido
bien c o m p r e n d i d o s s i e m p r e , sus ensayos h a n llegado al
g r a n p ú b l i c o , en c a m b i o en m ú s i c a u n a vez más, d i c h o s
e n s a y o s han p e r m a n e c i d o d e n t r o del p e q u e ñ o m u n d o de
los a f i c i o n a d o s , c o m p o s i t o r e s y simpatizantes. Los c o m p o -
sitores más d e s t a c a d o s de principios del siglo xx s o n :
Debussy, Ravel, S t r a w i n s k y , Bela B a r t o k y S c h ó n b e r g ; c a -

- 206 -
da u n o de ellos c o r r e s p o n d e a estilos musicales diferentes.
Debussy, i m p r e s i o n i s t a , Ravel i m p r e s i o n i s t a - n e o c l á s i c o ,
S t r a w i n s k y nacionalista-neoclásico y Bela B a r t o k , naciona-
lista. S c h o n b e r g es el c r e a d o r del D o d e c a f o n i s m o y le
siguen entre o t r o s , sus a l u m n o s W e b e r n y B e r g .

Dodecafonismo

T é c n i c a de la a r m o n í a y de la c o m p o s i c i ó n , c o n o c i d a
c o m o " d e los d o c e s o n i d o s " . Procede d i r e c t a m e n t e del
período a t o n a l o r g a n i z a d o (1923-1924) en el q u e A r n o l d
S c h o n b e r g b u s c a y logra o b t e n e r u n a c o n d u c t a f o r m a l q u e
sirva de c o n t e n c i ó n a la e x u b e r a n c i a y al d e s b o r d a m i e n t o
de a r m o n í a s de d i c h o período. La base del d o d e c a f o n i s m o
consiste en una n u e v a o r g a n i z a c i ó n de las 12 n o t a s de la
escala c r o m á t i c a ; proviene de u n p r o c e s o d e r i v a d o t a m b i é n
del a t o n a l i s m o , c o m o es el p l a n t e o apríorístico de un ele-
m e n t o g e n e r a d o r d i s p u e s t o c o n criterio selectivo.En el a t o -
nalismo, ese " a p r i o r i " se m a n i f e s t a b a , p o r lo general, en
un principio a r m ó n i c o , s e g ú n p u e d e verse ya en las obras
de S c h o n b e r g Drei K a v i e r s t u c k e o p . 11 y a ú n en la
K a m m e r s y m p h o n i e , o p . 9; en el d o d e c a f o n i s m o el " a prio-
r i " es de carácter m e l ó d i c o y consiste en una serie de d o c e
s o n i d o s d i f e r e n t e s y s i t u a d o s en un o r d e n e s c o g i d o p o r el
c o m p o s i t o r , t e n i e n d o para ello en c u e n t a los intervalos q u e
de ellos se derivan y q u e a su vez g e n e r a n las a r m o n í a s
consiguientes.

En la s u c e s i ó n de los g r a d o s de u n a serie g e n e r a d o r a
— s u c e s i ó n q u e d e b e m a n t e n e r s e e s t r i c t a m e n t e — d e b e evi-
tarse, en lo posible, el o r d e n c o n s o n a n t e , p o r c u a n t o el
origen de la serie es atonal y n o está p o r lo t a n t o sujeto a
d e t e r m i n a d o s g r a d o s , a c o r d e s o zonas de p o l a r i d a d q u e
f o r m a n la realidad básica del o r d e n t o n a l . Esta serie d o d e -
c a f ó n i c a o f r e c e c o m o p r i m e r recurso c u a t r o disposiciones

- 207 -
elementales: la original, en o r d e n d i r e c t o y r e t r ó g r a d o , y la
inversión de la original a su vez en o r d e n d i r e c t o y retró-
g r a d o ; t r a n s p o r t a d o s a los restantes o n c e g r a d o s de la
escala c r o m á t i c a , aparecen en t o t a l c u a r e n t a y c u a t r o
c o m b i n a c i o n e s básicas en el o r d e n m e l ó d i c o . En el o r d e n
a r m ó n i c o , esta serie ofrece alternativas m u c h o más intere-
santes: d i s p o n i é n d o l a s a d o s v o c e s , nos da seis c o m b i n a -
ciones; c u a t r o a tres v o c e s ; tres a c u a t r o v o c e s ; d o s a seis;
y p o r ú l t i m o nos da el a c o r d e integral de d o c e g r a d o s , o
sea la serie generadora en p o s i c i ó n vertical. Si a estos
dieciseis acordes los i n v e r t i m o s t a n t a s veces c o m o su c a n -
t i d a d de g r a d o s lo p e r m i t a , o b t e n e m o s u n t o t a l de sesenta
acordes, q u e t r a n s p o r t a d o s a los restantes o n c e g r a d o s de
la escala c r o m á t i c a d a n seiscientos sesenta a c o r d e s : tal es
el p r o d u c t o a r m ó n i c o elemental de u n a serie de d o c e sonidos.

Estas s o n en r e s u m e n , las características de la o r t o d o x i a

d o d e c a f ó n i c a , q u e se desarrolla en el p l a n o m e l ó d i c o p o r el
c a m i n o de la " v a r i a c i ó n al i n f i n i t o " : y esta v a r i a c i ó n a t e n -
d i e n d o a p r o b l e m a s de f o r m a y de e s t r u c t u r a i n t e r n a , a d o p t a
d o s a c t i t u d e s q u e se c o m p l e m e n t a n : el a b a n d o n o del de-
s e n v o l v i m i e n t o m e l ó d i c o sobre la base de repeticiones, se-
c u e n c i a s (y hasta c o r r e s p o n d e n c i a s ) típicas d e un o r d e n
m o d u l a n t e — b a s a d o en el p r e c e d e n t e o r d e n t o n a l — y el
c u l t i v o intensivo de las f o r m a s impersonales de la suite, de
la i n v e n c i ó n , la pasacalle, así c o m o de p o l i a r m o n i a s , del
c o n t r a p u n t o de a r m o n í a s , de los p r o c e d i m i e n t o s del c a n o n ,
de la p o l i m e l o d i a . De manera q u e t o d o s los e l e m e n t o s
a b s t r a c t o s de la música q u e d a n i n c o r p o r a d o s y elevados a
una categoría de privilegio en el n u e v o o r d e n d o d e c a f ó n i c o .
En c u a n t o a la ' m e l o d í a , p u e d e afirmarse q u e las deriva-
ciones seriales s o n p o c o m e n o s q u e inagotables.

Estas series, a d e m á s , c o n c e d e n carácter a r m ó n i c o indi-

vidual a c a d a c o m p o s i c i ó n , c u y a personalidad será i n c o n -
f u n d i b l e , p o r c u a n t o la serie q u e establece u n a sucesión de

- 208 -
s o n i d o s a la vez q u e sus p r o p i o s c a m p o s de g r a v i t a c i ó n
derivados de ella, y q u e p o r esta razón no p u e d e n serlo de
o t r a , será l ó g i c a m e n t e distinta de las q u e e m p l e a el a u t o r
en otras c o m p o s i c i o n e s .

Futuro del arte musical

C o m o ya h e m o s d i c h o a n t e r i o r m e n t e , si q u e r e m o s aso-
m a r n o s al p a n o r a m a m u l t i c o l o r q u e nos depara la música
de principios del s. xx nos e n c o n t r a r e m o s c o n c o m p o s i t o r e s
q u e s o n neoclásicos, n e o r o m á n t i c o s , neonacionalistas, e
incluso ya neoimpresionistas.

La diferencia c o n los m o v i m i e n t o s p i c t ó r i c o s de los q u e

s o n g e m e l o s está, entre otras cosas, en q u e los m ú s i c o s no
s a b e n e n c o n t r a r n o m b r e s llamativos y originales q u e d e f i -
nan sus piruetas estilísticas. La única t e n d e n c i a musical
q u e aparece c o n n o m b r e p r o p i o es el D o d e c a f o n i s m o . (Pe-
ro incluso éste, al principio recibe el n o m b r e de A t o n a l i s -
m o , c o n g r a n e n f a d o por parte de su creador S c h o n b e r g ,
q u e lucha hasta c o n s e g u i r borrarlo, p u e s atonal en música
es sin t o n o , sin s o n i d o y decir a t o n a l , sería decir a m u s i c a l ;
por lo t a n t o no existiría).

Pocas é p o c a s han p l a n t e a d o t a n t o s p r o b l e m a s de f o r m a
y t é c n i c a artísticas c o m o el siglo xx. El m u n d o de s o n i d o s
d e s c o n o c i d o s q u e ha d e s c u b i e r t o la s u p e r a c i ó n de la t o n a -
lidad y la e m a n c i p a c i ó n de la d i s o n a n c i a en el c a m p o de la
música a r m ó n i c a y p o l i f ó n i c a es, incluso h o y en día, casi
incalculable y se ha v i s t o a m p l i a d o p o r t o d o un n u e v o
m u n d o d a f e n ó m e n o s a u d i t i v o s , u n m u n d o de ruidos y
s o n i d o s p r o d u c i d o s e l e c t r ó n i c a m e n t e en lucha por u n a
igualdad de d e r e c h o s

Las i n n o v a c i o n e s se h a n p r e c i p i t a d o gracias a las nue-

vas perspectivas y a los n u e v o s m é t o d o s de o r g a n i z a c i ó n .

- 209 -
A s i m i s m o h a n s u r g i d o c o n s o r p r e n d e n t e regularidad nue-
vas escuelas y n u e v o s g r u p o s , c a d a u n o de ellos c o n
nuevas p r e t e n s i o n e s de e x c l u s i v i d a d .

Intelectualización f r e n t e a s e n s u a l i s m o , precisión f r e n t e
a i n d e t e r m i n a c i ó n , h u i d a del p a s a d o f r e n t e a r e n a c i m i e n t o
de t r a d i c i o n e s — s o n posiciones a d o p t a d a s y vueltas a
a d o p t a r d a n d o lugar a nuevas t e n d e n c i a s y n u e v a s d i c o t o -
mías. Y es a h o r a c u a n d o O c c i d e n t e ha e m p e z a d o a f a m i -
liarizarse, p o r primera vez, c o n la m ú s i c a de A s i a , A f r i c a y
América antigua.

En esta s i t u a c i ó n de e x t r e m o p l u r a l i s m o , de c o n t r a d i c -
ciones a p a r e n t e m e n t e sin s o l u c i ó n , la b ú s q u e d a de un c a -
m i n o c o m ú n se ha c o n v e r t i d o en u n p r o b l e m a vital para la
supervivencia de la m ú s i c a . Pero la f o r m a de alcanzar este
c a m i n o c o m ú n d e n t r o del lenguaje musical y de las t é c n i -
cas de c o m p o s i c i ó n , e incluso en el t e r r e n o a m p l i o de la
n o t a c i ó n de n u e v o s e inimaginables s o n i d o s , no p u e d e
predecirse. Será necesario el t r a b a j o de varias generaciones
para p o d e r dar u n a s o l u c i ó n a estos p r o b l e m a s . S i n embar-
g o , incluso ahora existe u n t e r r e n o , el de las creencias e
ideales — q u e está p o r e n c i m a del p u r a m e n t e a r t í s t i c o — en
el cual e n c o n t r a r e m o s una c o m u n i d a d de intereses e i n t e n -
ciones. En e s t o , la m ú s i c a del siglo xx ya ha c o n s e g u i d o
a l g u n o s resultados, q u e p o d r á n servir c o m o m o d e l o s para
el f u t u r o . Ejemplo de lo q u e d e s e a m o s decir s o n las pala-
bras del c o m p o s i t o r a c t u a l S t o c k h a u s e n : " L o s orígenes del
h o m b r e h a n sido descritos en n u m e r o s o s m i t o s . Desde
hace a l g u n o s a ñ o s ha e m p e z a d o u n a n u e v a era en el
m u n d o y la historia del h o m b r e empieza a adquirir s e n t i d o .
Estoy persuadido de q u e la sustancia b r u t a de q u e el h o m -
bre está h e c h o proviene de la tierra, de los reinos mineral,
vegetal y a n i m a l . Pero al m i s m o t i e m p o e s t o y c o n v e n c i d o
de q u e hace 400.000 o 450.000 millones de años, u n o s

- 210 -
seres v e n i d o s de o t r o p u n t o del Universo han t r a í d o al
h o m b r e la Cultura y t a m b i é n la M ú s i c a . Desde mi infancia
he t e n i d o la i n t u i c i ó n de q u e no s o y de aquí, de este
planeta y de que lo esencial de m i m i s i ó n en la Tierra
consiste en establecer, a través de la m ú s i c a , u n o s lazos
entre los terrestres y los e x t r a t e r r e s t r e s " .

" E x i s t e n descripciones más e x a c t a s de los orígenes de

la h u m a n i d a d y de la m ú s i c a . M e he e n t e r a d o de ellas sólo
en el t r a n s c u r s o de estos ú l t i m o s años. Hazrat Inayat K h a n ,
q u e en los a ñ o s v e i n t e enseñó el c a n t o y la música de la
vina en O c c i d e n t e , describió en u n libro t i t u l a d o " M u s i c "
los orígenes de la m ú s i c a de u n a manera m á s inteligente de
lo q u e y o p u e d o hacer aquí. Es u n libro de apenas cien
páginas q u e t o d o el m u n d o debería leer. Creo q u e es lo
más h e r m o s o q u e se ha descrito sobre m ú s i c a . Por o t r a
parte, he d e s c u b i e r t o en estos ú l t i m o s t i e m p o s un libro q u e
deberían leer t o d o s los q u e quieran c o m p r e n d e r lo q u e v o y
a decir. Se titula U r a n t i a (este es el n o m b r e d a d o a la
tierra) y está e d i t a d o p o r la F u n d a c i ó n U r a n t i a de C h i c a g o .
Describe r i g u r o s a m e n t e la historia de n u e s t r o planeta y la
instauración de la c u l t u r a en él p o r los extraterrestres.
Habla incluso de la caída de e s t o s seres, de su d e c a d e n c i a
respecto al espíritu central del Universo y t a m b i é n del papel
e x a c t o de la música y de los m ú s i c o s " .

" C o n f r e c u e n c i a he d i c h o q u e , en t a n t o q u e c o m p o s i -
tor, t e n g o la i m p r e s i ó n de ser u n mensajero q u e lleva las
noticias sin saber q u é c o n t i e n e n en realidad: c a p t o la m ú -
sica c o m o u n r e c e p t o r de radio y la t r a n s m i t o " .

" C o n s e g u r i d a d h a y t a n t a s clases de m ú s i c a c o m o de
h o m b r e s d i s t i n t o s . H a y u n a m ú s i c a q u e a n t e t o d o hace
vibrar el c u e r p o , ciertas partes y ciertos c e n t r o s corporales.
Pero hay u n a m ú s i c a q u e p o n e al h o m b r e e n relación c o n
el ser s u p r e m o del U n i v e r s o , c o n el espíritu s u p r e m o , c o n

- 211 -
el espíritu d i v i n o . Existe t o d a una serie de variantes que
van desde u n a música c o m p l e t a m e n t e elemental, q u e t o d a -
vía hallamos en ciertas t r i b u s , en las q u e el c u e r p o llega al
éxtasis, a u n a música en q u e el h o m b r e el liberado de su
c u e r p o y establece c o n t a c t o , gracias a las v i b r a c i o n e s m u -
sicales, c o n sus orígenes y c o n su d e s t i n o f i n a l " .

**#

Para escribir este libro-ensayo sobre la música y la

c u l t u r a , he leído o p i n i o n e s y juicios de m ú s i c o s de t o d a s
las é p o c a s y latitudes. Lo q u e más m e h a c h o c a d o , mi
sorpresa m á s g r a n d e ha sido la reverencia general q u e
m a n i f i e s t a n hacia el arte musical y la creencia expresada
por casi t o d o s , de q u e éste n o s lleva hacia u n Ser superior:
Música-Divinidad.

Si los g r a n d e s c o m p o s i t o r e s lo s i e n t e n así ¿por q u é d u -

darlo n o s o t r o s ?

- 212 -
 CAPITULO VI

EL P U B L I C O . - L A EDUCACION M U S I C A L

«... Y creó Dios al hombre.»

Este es en definitiva el d e s t i n o de t o d a creación sobre la

tierra: el H o m b r e . Y sucede igual c o n la m ú s i c a . Si n o
p r o d u c e u n a sensación s o b r e el h o m b r e q u e la o y e , la
m ú s i c a n o t e n d r á s e n t i d o . Por e s t o ahora h a y t a n t a s
d u d a s s o b r e el particular, t a n t o s libros y t a n t a s enseñanzas
especiales ( m é t o d o s ) para volver a recuperar el s e n t i d o pri-
m a r i o de la m ú s i c a : la e m o c i ó n q u e ella p r o d u c e . Ha sido
necesario buscar m é t o d o s n u e v o s , p o r q u e se ha p e r d i d o la
realidad de la m ú s i c a . S e n c i l l a m e n t e , un artista e n a m o r a d o
de su arte q u e lo m u e s t r a en p ú b l i c o , q u e lo practica en
p ú b l i c o y q u e lo enseña a los j ó v e n e s . C u a n d o u n artista
v e r d a d e r o se manifiesta p ú b l i c a m e n t e nadie p r e g u n t a ¿Cuál
es la razón de la música? Está ahí y la e m o c i ó n sentida es
e v i d e n t e para t o d o s los presentes.

Nuestra é p o c a , más q u e n i n g u n a é p o c a en la historia de

la m ú s i c a , es la era del A F I C I O N A D O .

N o sólo del m ú s i c o a f i c i o n a d o , sino t a m b i é n én n ú m e r o

ilimitado, del o y e n t e a f i c i o n a d o . Y e s t o ha i n d u c i d o a u n
craso error, p o r lo m e n o s en nuestro país. Se ha creído q u e
la música debía de enseñarse a través de m a e s t r o s " a f i c i o -
n a d o s " . Por u n a serie de necesidades e c o n ó m i c a s del M ¡ -

- 215 -
nisterio de E d u c a c i ó n q u e no c o r r e s p o n d e analizar aquí, se
han h e c h o cursillos de lo q u e p o d r í a m o s llamar " f o r m a c i ó n
acelerada del profesor de m ú s i c a " y a h o r a , q u i n c e a ñ o s
después, e s t a m o s p a g a n d o las c o n s e c u e n c i a s . N o se prac-
tica la m ú s i c a en las escuelas y n o p u e d e practicarse en
t a n t o no existan profesores d e b i d a m e n t e preparados. El
profesor de m ú s i c a debe saber M ú s i c a .

Y si f u e s e posible, debería ser u n artista a m a n t e de su

especialidad y c o n m a r c a d a v o c a c i ó n .

U n a e d u c a c i ó n musical a c t u a l d e b e estar basada en la

idiosincrasia y en el nivel musical real del país q u e desea
hacerla. Esta e d u c a c i ó n debería edificarse sobre lo q u e
p o d r í a m o s llamar " e n t o n a c i ó n n a c i o n a l " . C o n v e n d r í a a p o -
yarse en u n a p r o g r a m a c i ó n m u y amplia basada sobre el
p r o p i o f o l k l o r e ; la tarea de una e d u c a c i ó n musical eficaz
sería, no la de i m p o n e r el f o l k o r e , sino saber desvelar c o n
t a l e n t o y de f o r m a interesante, su belleza a n t e el n i ñ o ,
hasta c o n s e g u i r q u e é s t e lo a m e , lo aprecie y sienta el
o r g u l l o de su música nacional. (En c a p í t u l o s anteriores he-
m o s t r a t a d o el t e m a , siendo e v i d e n t e q u e nadie nace
a m a n d o algo de f o r m a d e t e r m i n a d a . T o d o s d e b e m o s
aprender a a m a r a nuestra m ú s i c a y después, si n o s sen-
t i m o s atraídos por otras culturas, d e b e m o s aprender a des-
cifrar y a amar su m ú s i c a , c o m o si de u n i d i o m a d i s t i n t o se
tratase).

S i n d u d a la verdadera riqueza musical de un país está

en la calidad de sus profesores de m ú s i c a . S u preparación
es, por lo t a n t o lo más i m p o r t a n t e . El p r o f e s o r de música
c u a n d o se e n c u e n t r a solo a n t e sus a l u m n o s , debe de p o d e r
e n c o n t r a r en sí m i s m o t o d o s los recursos necesarios para
dar u n a b u e n a clase de m ú s i c a , interesante, eficaz y diver-
t i d a . S ó l o e s t a n d o s e g u r o de sí m i s m o , (cosa q u e se c o n s i -
g u e c u a n d o se tiene u n a sólida f o r m a c i ó n ) se p u e d e lograr

- 216 -
u n a clase de calidad, q u e i n c o r p o r e y e d u q u e a t o d o s los
a l u m n o s presentes.

U n a enseñanza a p o y a d a en el p r o p i o f o l k l o r e t e n d r í a
q u e utilizar a d e m á s de los c a n t o s , los i n s t r u m e n t o s p o p u -
lares.

Los n i ñ o s deberían acercarse al f o l k l o r e en los p r i m e r o s

a ñ o s infantiles, es decir, en los p r i m e r o s a ñ o s escolares.
C o m o a p o y o lógico a la m ú s i c a f o l k l ó r i c a , estaría la utili-
zación de i n s t r u m e n t o s populares. Habría q u e p r o c u r a r a
estos n i ñ o s , i n s t r u m e n t o s a p r o p i a d o s a su talla y e d a d ;
c o n v e n d r í a t e n e r en c u e n t a su d i m e n s i ó n , peso, a f i n a c i ó n
y su d u r a c i ó n . Los profesores de m ú s i c a en la escuela
harían bien en invitar a participar en sus clases de m ú s i c o
p o p u l a r de su r e g i ó n , para q u e m o s t r a s e a los n i ñ o s el
s o n i d o peculiar, el m a n e j o y las características de la música
para d i c h o i n s t r u m e n t o , q u e en definitiva sería la m ú s i c a
propia de su r e g i ó n . Cada país debería plantearse el e s t u d i o
p r o f u n d o de los i n s t r u m e n t o s f o l k l ó r i c o s , su f a b r i c a c i ó n ,
d i s t r i b u c i ó n y aprendizaje en las escuelas elementales, m e -
dia y superior.

Si la riqueza musical de un país está en su p r o f e s o r de

m ú s i c a , no h a y q u e e s c a t i m a r m e d i o s para prepararle y hay
q u e elegir la mejor p r e p a r a c i ó n . ¿Cuál será ésta? En la
m e n t e de t o d o s están los diferentes y más prestigiosos
m é t o d o s de enseñanza musical a c t u a l , pero d i f í c i l m e n t e un
país e n t e r o , d e b i d o , c o m o ya h e m o s d i c h o , a su idiosincra-
sia p o d r á a d o p t a r u n o de estos m é t o d o s por c o m p l e t o . Lo
v e r d a d e r a m e n t e eficaz sería q u e c a d a p r o f e s o r c o n o c i e r a
todos los m é t o d o s actuales; para c o n s e g u i r l o , q u e o b t e n g a
becas para salir al extranjero o q u e las a u t o r i d a d e s c o m p e -
t e n t e s t r a i g a n profesores d e s t a c a d o s para dar cursillos en
el país y se actualice al p r o f e s o r a d o .

- 217 -
 Desde l u e g o , la e d u c a c i ó n masiva de u n país, ha de ser
responsabilidad del Estado. A l p r o g r a m a r la e d u c a c i ó n m u -
sical sería c o n v e n i e n t e p r o g r a m a r la e d u c a c i ó n estética t o -
tal del p u e b l o (cultura) r e s e r v a n d o d e n t r o de este p r o g r a m a
un lugar privilegiado para la e d u c a c i ó n m u s i c a l . Esta e d u -
c a c i ó n en los niños y a d o l e s c e n t e s debería dirigirse a desa-
rrollar sus c a p a c i d a d e s y a la f o r m a c i ó n de u n g u s t o m u s i -
cal j u s t o . N o se p u e d e olvidar el m e d i o s o n o r o q u e n o s
r o d e a , las e n o r m e s influencias de los m e d i o s d e c o m u n i c a -
c i ó n social, así c o m o el interés c a d a día creciente q u e el
j o v e n siente hacia la m ú s i c a de d i s t r a c c i ó n ; h a y q u e c o n s e -
guir q u e e n t r e t a n t a s influencias distintas, el j o v e n sepa
elegir bien y para ello no h a y o t r o c a m i n o q u e f o r m a r l e el
g u s t o , para q u e p u e d a orientarse p o r sí m i s m o d e n t r o de
esta esfera e n o r m e q u e es la realidad s o n o r a q u e le e n -
vuelve.

C u a n d o u n país tiene c o n c i e n c i a de q u e la m ú s i c a le
sirve para a l g o , desea adquirir este c o n o c i m i e n t o . Si d i c h o
c o n o c i m i e n t o se adquiere en el seno de la propia f a m i l i a , el
aprendizaje es fácil y se llega a altísimos niveles. Revisando
las biografías de M o z a r t , C h o p i n , Liszt, M o u s s o r g s k y ,
S t r a w i n s k y , etc., s i e m p r e e n c o n t r a r e m o s a u n a m a d r e , un
padre o a u n familiar c e r c a n o , q u e iniciaron al p e q u ñ o en el
arte musical. Si l o g r a m o s q u e en n u e s t r o país se practique
la m ú s i c a de g e n e r a c i ó n e n g e n e r a c i ó n , q u e la m a d r e o el
padre inicien al hijo en el arte m u s i c a l , lograríamos sin d u d a
los niveles q u e nos a s o m b r a n en paises c o n s i d e r a d o s de
primera línea en cultura m u s i c a l , c u y o s resultados n o s o n
más q u e la c o n s e c u e n c i a de u n a a f i c i ó n , practicada c o n
regularidad a ñ o tras a ñ o .

En España la primera labor a realizar para c o m e n z a r

una e d u c a c i ó n musical eficaz, es mentalizar a los padres de
los c h i c o s q u e van a recibirla. H a y q u e mentalizar a los

- 218 -
padres (y en m u c h a s ocasiones, a los e d u c a d o r e s y a los
directores de c e n t r o s ) , de q u e la enseñanza musical es
a b s o l u t a m e n t e necesaria para la f o r m a c i ó n t o t a l del h o m b r e .

La enseñanza musical no d e b e ser e n t e n d i d a s o l a m e n t e

c o m o algo preliminar, c o m o p r e p a r a c i ó n del c i u d a d a n o en
g e r m e n , para su f u t u r a p a r t i c i p a c i ó n en la vida musical. La
enseñanza musical se e n c u e n t r a en el c e n t r o de la vida
cultural y no p u e d e sustraerse ni sustraer a los a l u m n o s a
las influencias de la vida cultural o preparar a los a l u m n o s
i n d e p e n d i e n t e m e n t e de ella, para u n a a c t i v i d a d musical q u e
c o m e n z a r á al final de la escolaridad.

Los a l u m n o s d e b e n participar en la o r g a n i z a c i ó n de la
vida musical p o r sus actividades en los c o r o s , g r u p o s v o -
cales o i n s t r u m e n t a l e s . Estos a l u m n o s tienen acceso, a
través de los m e d i o s de r e p r o d u c c i ó n del s o n i d o (discos,
cintas) a músicas de géneros m u y diversos y a los c a m i n o s
q u e llevan hacia ellas. Por t o d o ello los c a m i n o s de la
enseñanza musical s o n m u y variados.

S e debe edificar y desarrollar s i s t e m á t i c a m e n t e en los

a l u m n o s los c o n o c i m i e n t o s y c a p a c i d a d e s musicales y a y u -
darles a orientarse d e n t r o de la m ú s i c a ; a hacer suyas las
obras maestras así c o m o a asimilar la experiencia a d q u i r i d a
a partir del a c o n t e c i m i e n t o musical c o t i d i a n o y a utilizarlo
para el desarrollo de su p e r s o n a l i d a d .

En definitiva a b o g a m o s p o r u n a e d u c a c i ó n m u s i c a l q u e
haga sentirse al h o m b r e más libre y d u e ñ o de sus c a p a c i -
dades y albedrío.

Programas de estudio

U n a de las razones del papel s e c u n d a r i o q u e j u e g a n las

artes en la e d u c a c i ó n general, se d e b e al h e c h o de q u e , los
profesionales, p o r u n a parte c o n s i d e r a m o s a las artes c o m o

- 219 -
c o m p a r t i m i e n t o s s e p a r a d o s de u n m i s m o s u j e t o , y a b a n -
d o n a m o s la relación i n t e r n a q u e existe e n t r e las actividades
y las experiencias artísticas, y p o r otra parte p o r q u e no
s a b e m o s m o s t r a r de q u é m a n e r a y hasta q u e p u n t o , las
artes c o n t r i b u y e n a la f o r m a c i ó n de u n a e d u c a c i ó n de
calidad.

U n a de las principales h e r r a m i e n t a s de la e d u c a c i ó n
general es el desarrollo de las c a p a c i d a d e s perceptivas y las
artes p u e d e n e s p e c i a l m e n t e iluminar el r e f i n a m i e n t o de di-
chas capacidades.

Las artes en t a n t o q u e f ó r m u l a s y m e d i o s de trabajo

creador entre g r u p o s y entre i n d i v i d u o s , d e b e n ser r e c o n -
siderados en vista de su aplicación para la enseñanza c o m o
i n s t r u m e n t o de " h u m a n i z a c i ó n " . Si los fines de la e d u c a -
ción artística se i n c l u y e n en la e d u c a c i ó n general, nos
e n c o n t r a r e m o s en u n a s i t u a c i ó n aventajada q u e n o s p e r m i -
tirá insistir sobre la i m p o r t a n c i a de la e d u c a c i ó n artística
c o m o m e d i o p r e c i o s o , sino indispensable, para alcanzar
estos fines. Esto no es posible más q u e si los profesores de
arte salen de los límites i m p u e s t o s p o r su propia disciplina
artística y se d e c i d e n a tener relaciones q u e les enriquezcan
m u t u a m e n t e . Hace falta q u e esto s u c e d a , no sólo a nivel
de las artes en sus diferentes f o r m a s de creatividad artís-
t i c a , lo cual es un e l e m e n t o esencial en las experiencias
e d u c a t i v a s , sino t a m b i é n entre las artes y las otras disci-
plinas del p r o g r a m a d e estudios.

Que d i c h a s c u e s t i o n e s se s i t ú e n bajo el t í t u l o de " E d u -

c a c i ó n E s t é t i c a " , o incluidas en un " P r o g r a m a de las artes
a s o c i a d a s " , o de " M é t o d o para artes c o m b i n a d a s " o in-
cluso de u n a m a n e r a más amplia bajo la rúbrica de " E d u -
c a c i ó n de H u m a n i d a d e s " no t i e n e v e r d a d e r a m e n t e n i n g u n a
i m p o r t a n c i a . Lo q u e hay de más i m p o r t a n t e es, q u e estos

- 220 -
m é t o d o s q u e se i n t e r p e n e t r a n , e s t é n basados s o b r e el n u e -
v o p r i n c i p i o de u n p r o g r a m a de e s t u d i o s interdisciplinario.
El p o r v e n i r de la e d u c a c i ó n musical p e r t e n e c e a estos m é -
t o d o s de enseñanza. Estos m é t o d o s n o t e n d r á n é x i t o más
q u e si los m a e s t r o s de escuela, los p r o f e s o r e s de arte, los
artistas de paso o residentes y los e x p e r t o s de las univer-
sidades q u e representan a la m ú s i c a y a las disciplinas
c o r r e s p o n d i e n t e s , trabajan en c o o p e r a c i ó n .

S o l a m e n t e el trabajo de c o o p e r a c i ó n p u e d e dar al
m a e s t r o una s e g u r i d a d artística y p u e d e desarrollar a c t i t u -
des positivas en el e m p l e o de las artes c o m o e l e m e n t o
integral de los p r o g r a m a s escolares. Si un p r o y e c t o de
e s t u d i o s crea u n a a t m ó s f e r a f r a n c a y abierta y c o n d u c e a
relaciones positivas entre los i n d i v i d u o s , los diversos
g r u p o s de u n e q u i p o serán la h e r r a m i e n t a q u e llevará a un
c a m b i o . Será necesario q u e los m a e s t r o s de escuela acep-
t e n q u e los e x p e r t o s los dirijan en el desarrollo de p r o g r a -
mas de e s t u d i o y q u e aprecien las c o n t r i b u c i o n e s q u e apor-
t a n los artistas establecidos en el lugar o por los q u e están
de p a s o , los cuales crean un halo de profesionalidad y un
s e n t i m i e n t o de e x c i t a c i ó n y de inspiración en las escuelas
q u e a n i m a n a la c o m u n i d a d a t o m a r parte en los programas
artísticos escolares y en las artes en general.

Aspectos interdisciplinarios.

En u n r e s u m e n acerca de los " P r o g r a m a s Interdisciplina-

rios M o d e l o s de las A r t e s " , para n i ñ o s y m a e s t r o s , el g r u p o
de e v a l u a c i ó n sacó las c o n c l u s i o n e s siguientes.

Programas interdisciplinarios.

— d e m u e s t r a n q u e las artes s o n el m e d i o ideal e indispen-

- 221 -
 sable para h u m a n i z a r la e d u c a c i ó n de los n i ñ o s , adoles-
centes y a d u l t o s .

— m a n t i e n e n la tesis i n c o n t e s t a b l e de q u e la e d u c a c i ó n es
más eficaz t a n t o para los m a e s t r o s c o m o para los a l u m -
nos, c u a n d o las artes bajo t o d o s los a s p e c t o s están in-
cluidas.

— t r a n s f o r m a n el p r o g r a m a de e s t u d i o s tradicional en un
p r o g r a m a q u e insiste sobre la i n t e g r a c i ó n de las artes
d e n t r o del gran g r u p o de experiencias h u m a n a s .

— d e s a r r o l l a n los m e d i o s para infiltrar las artes d e n t r o de

t o d o s los a s p e c t o s de los p r o g r a m a s escolares a f i n de
realzar y de mejorar la calidad y la c a n t i d a d de la e d u -
cación estética o f r e c i d a d e n t r o de las escuelas, y para
reforzar la base de u n a enseñanza eficaz d e n t r o de la
t o t a l i d a d de los p r o g r a m a s escolares.

— crean el f o n d o y el clima necesario para la realización

de la igualdad entré las artes y las otras asignaturas
académicas.

— c o n t i e n e n la i n s t r u c c i ó n de las actividades artísticas

integradas y de las artes orientadas hacia u n t e m a deter-
m i n a d o para t o d o s los e s t u d i a n t e s , a f i n de desarrollar
sus cualidades creativas, perceptivas, de apreciación y
expresivas.

— a y u d a n a los maestros a enseñar las artes de u n a manera

creativa y c o n f i a d a , preparándoles a incluir d e n t r o de su
p r o g r a m a , música creativa, danza y t e a t r o y d á n d o l e s
una base q u e les p e r m i t e a d o p t a r t o d a la enseñanza a las
necesidades de los e s t u d i a n t e s .

— permite u n a enseñanza y u n a p l a n i f i c a c i ó n de c o o p e r a -
ción entre los m i e m b r o s del p e r s o n a l , los m a e s t r o s , los
e x p e r t o s y los artistas de paso o establecidos e n el lugar.

- 222 -
— p e r m i t e n la c r e a c i ó n de u n servicio c o m u n i t a r i o v o l u n t a -
rio y c o o r d i n a d o para las artes, q u e tiene c o m o f i n el
c o m p r o m i s o de la c o m u n i d a d hacia las artes y la e d u c a -
c i ó n artística y u n a m a y o r utilización de los recursos
culturales disponibles.

— d e m u e s t r a n q u e las artes s o n el m e d i o ideal e indispen-

sable para h u m a n i z a r la e d u c a c i ó n de los niños, adoles-
centes y adultos.

— m a n t i e n e n la tesis i n c o n t e s t a b l e de q u e la e d u c a c i ó n es
más eficaz t a n t o para los maestros c o m o para los a l u m -
nos, c u a n d o las artes bajo t o d o s los a s p e c t o s están
incluidas.

Implicaciones en la educación de los músicos y de los

maestros de escuela

Varias escuelas n o r m a l e s en diferentes países, empiezan

a acentuar su interés p o r los m é t o d o s indisciplinarios d e n -
t r o de los p r o g r a m a s de sus enseñanzas. Se ha i n t e n t a d o ,
de h e c h o , i n t r o d u c i r hace más de 50 a ñ o s un principio de
m é t o d o s interdisciplinarios d e n t r o de la e d u c a c i ó n musical,
d e s g r a c i a d a m e n t e sin m u c h o é x i t o . El principal o b s t á c u l o
se derivaba de la especialización de las diversas p r o f e s i o n e s
musicales (ejecutantes, e d u c a d o r e s y m u s i c ó l o g o s ) y del
aislamiento c o m p l e t o de las instituciones q u e o f r e c e n una
e d u c a c i ó n musical superior (universidades, a c a d e m i a s ,
escuelas normales, etc.) A d e m á s de e s t o , la c o o p e r a c i ó n
interdisciplínaria f u e o b s t r u i d a p o r los representantes de
otras disciplinas q u e no c o n s i d e r a b a n a la música a s i g n a t u -
ra a c a d é m i c a y t a m b i é n d e b i d o a la m u s i c o l o g í a t r a d i c i o n a l ,
que estaba o r i e n t a d a de m a n e r a cerrada hacia las h u m a n i -
dades. Incluso en nuestra é p o c a de c o o p e r a c i ó n p e d a g ó -
gica, cultural y c i e n t í f i c a , la c r e a c i ó n interdisciplinaria de los

- 223 -
e s t u d i o s musicales, está s e v e r a m e n t e t r a b a d a p o r el aisla-
m i e n t o y la " c o m p a r t i m e n t a c i ó n " .

Dentrás de este p r o c e s o de c o m p a r t i m e n t o s e s t a n c o s ,
se entrevé u n a c o n c e p c i ó n t r a d i c i o n a l más bien estrecha de
la música y de su c o m p r e n s i ó n . La f o r m a c i ó n de a u d i t o r i o s ,
de p r o d u c t o r e s , de intérpretes y de m a e s t r o s de música
inteligentes para la m ú s i c a del p a s a d o , presente y f u t u r o ,
d e p e n d e a m p l i a m e n t e de nuestro p o d e r en lograr reducir
esta c o m p a r t i m e n t a c i ó n q u e existe t o d a v í a entre los
diferentes s e g m e n t o s de los e s t u d i o s musicales d e n t r o de
la e d u c a c i ó n general y q u e existe i g u a l m e n t e d e n t r o de la
f o r m a c i ó n de n u e s t r o s m ú s i c o s profesionales.

El análisis de la s i t u a c i ó n musical actual revela bien las

interdependencias q u e crean u n a necesidad de c o o p e r a c i ó n
y de interdisciplina d e n t r o del e s t u d i o de la m ú s i c a .

Estas i n t e r d e p e n d e n c i a s s o n :

— las relaciones musicales, es decir, las relaciones entre

p r o d u c c i ó n , r e p r o d u c c i ó n y la r e c e p c i ó n .

— las relaciones estéticas, es decir, las relaciones entre la

p e r c e p c i ó n auditiva y visual, y e n t r e la música y las
demás artes.
— las relaciones entre el m o d o de c o m u n i c a c i ó n social y la
teoría de la i n f o r m a c i ó n .

— las relaciones entre la m ú s i c a y la e d u c a c i ó n musical y

sus disciplinas c o r r e s p o n d i e n t e s , es decir la s o c i o l o g í a , la
sicología, etc. etc.

Quizá d e b e r í a m o s distinguir e n t r e :

1? El m é t o d o i n t e g r a d o q u e consiste en relacionar los dife-

rentes c a m p o s de la m ú s i c a (desarrollo de p r o g r a m a s
de e s t u d i o q u e c o m p r e n d e n la c r e a c i ó n , la ejecución y la

- 224 -
 a u d i c i ó n de la música i n c l u y e n d o u n a b a n i c o d e prácti-
cas musicales).

2? U n m é t o d o interdisciplinario c o n el f i n de relacionar las

diversas disciplinas i n t e r d e p e n d i e n t e s (la música f e n ó m e -
no social, e s t é t i c o y a c ú s t i c o y sus relaciones c o n las
otras disciplinas).

Otros p r o g r a m a s

S e g ú n J o h n A . Ritchie, de Nueva Zelanda (Secretario

General de I S M E ) varias " e x p l o s i o n e s " nos llevan a creer
q u e las escuelas y universidades estarán i m p l i c a d o s inevita-
b l e m e n t e d e n t r o de los c o n c e p t o s de la e d u c a c i ó n a lo
largo de t o d a la v i d a , t a n t o si q u e r e m o s c o m o si n o .

Se trata de las explosiones: d e m o g r á f i c a , m e d i o s de

c o m u n i c a c i ó n y del ocio.

T o d a s t i e n d e n a considerar q u e el h o m b r e p u e d e ser
e d u c a d o d e s d e la c u n a hasta la t u m b a . En o p o s i c i ó n c o n
una e d u c a c i ó n elitista, t e n e m o s a h o r a una i m p o r t a n t e
p o b l a c i ó n escolar m ó v i l , s o m e t i d a a un p r o g r a m a c o m p l e j o ,
d e n t r o del cual el f a c t o r recreativo es i m p o r t a n t e y sirve
más al interés de la c o m u n i d a d , q u e los intereses indivi-
duales.

Medios de preparación

1. — L a a p t i t u d para leer, escuchar y ejecutar m ú s i c a , q u e

ha sido la única f o r m a de enseñanza en el pasado,
sigue e s t a n d o en v i g e n c i a h o y en día, p o r q u e repre-
senta la a c c i ó n principal de la e d u c a c i ó n m u s i c a l .

2. — H a c e p o c o , u n a sana c u r i o s i d a d hacia la v e r d a d e r a
naturaleza de la m ú s i c a ha d a d o pie a u n t i p o de
enseñanza c o n c e p t u a l , q u e se caracteriza p o r u n a

- 225 -
 generalización capaz de ser c o n s e r v a d a y utilizada a lo
largo de t o d a la vida p o r el a f i c i o n a d o t a n t o c o m o p o r
el profesional. (Enseñanza musical a través de las
audiciones).

3. — L a necesidad de c o m u n i c a r s e c o n t o d o s (jóvenes y
viejos) es a h o r a una realidad ¿por q u é m e d i o s p u e d e
satisfacerse? M u c h o s países a d o p t a n u n a nueva a c t i -
t u d f r e n t e a la m ú s i c a .
M u c h o s a d o p t a n la e x p e r i m e n t a c i ó n y la i n n o v a c i ó n
bajo las f o r m a s siguientes:

a) diferentes f o r m a s de creatividad.
b) e s t u d i o del s o n i d o .
c) i m p r o v i s a c i ó n en g r u p o .
d) p r o g r a m a s de artes c o m b i n a d o s .
e) e n r i q u e c i m i e n t o a través de los ensayos (asistencia
a ensayos).

Estas diferentes f o r m a s i m p l i c a n m á s q u e otras, una

" e d u c a c i ó n c o n t i n u a " . Hay igualmente muchos pro-
y e c t o s de investigación r e u n i e n d o fuerzas alrededor
de la C o m i s i ó n de I n v e s t i g a c i ó n del I S M E ( I n t e r n a -
tional S o c i e t y f o r M u s i c E d u c a t i o n ) .

4. — E l p r o b l e m a de saber c ó m o integrar estas n u m e r o s a s

nuevas posibilidades d e b e resolverlo p o r c o m p l e t o el
profesor. El d e b e utilizarlas de m a n e r a q u e sean asimi-
lables p o r el c u r i o s o , el m o t i v a d o y el indiferente.
Debe enseñar a sus a l u m n o s e s f o r z á n d o s e en hacer
resonar " l o s s o n i d o s de la m ú s i c a " , hasta la e d a d
adulta.

- 226 -
Lugares de preparación

1. —En la escuela, los c o r o s , orquestas, g r u p o s y pequeñas

a g r u p a c i o n e s f a v o r e c e n la p a r t i c i p a c i ó n de a d u l t o s .
I g u a l m e n t e los clubs, c u r s o s n o c t u r n o s , asociaciones
de padres q u e p u e d a n utilizar las clases c o m o s a l ó n ,
los g i m n a s i o s y o t r o s lugares del c o l e g i o , para ejercer
sus actividades.

2. — En la universidad o Colegios universitarios (Colegios

M a y o r e s ) . Existen cursos para a d u l t o s q u e son u n
a b a n i c o c o m p l e t o q u e p e r m i t e la r e e d u c a c i ó n , c o n
posibilidades de t í t u l o ; el c o n c e p t o de la e x t e n s i ó n de
los e s t u d i o s , es u n a t e n t a t i v a de la U n i v e r s i d a d
A b i e r t a . L o s Cursos de A r t e interdisciplinarios y libera-
les, s o n t a m b i é n u n a posibilidad interesante.

N u e s t r o f i n principal es la e d u c a c i ó n a largo plazo. Las

personas q u e f o r m a m o s , d e b e n c o n v e r t i r s e en o r g a n i z a d o -
res c o n v e n c i d o s del h e c h o de q u e es maravilloso " v i v i r c o n
la m ú s i c a " desde los 18 hasta los 80 a ñ o s y estar deseosos
de t r a n s m i t i r d i c h o mensaje.

N u e s t r o s c o l e g i o s y universidades deberían estar abier-

tos a todos.

Un nuevo programa de educación musical en Rusia

Dimitri Kabalevsky, c o m p o s i t o r , m i e m b r o de la A c a d e -
mia de Ciencias Pedagógicas de la U n i ó n S o v i é t i c a y Presi-
d e n t e H o n o r a r i o de I S M E , ha e l a b o r a d o un n u e v o sistema
de e d u c a c i ó n musical en la escuela de e d u c a c i ó n general.

De a c u e r d o c o n este sistema q u e está e s t r e c h a m e n t e

ligado a la p e d a g o g í a clásica rusa, él m i s m o , c o n la partici-
p a c i ó n de p e d a g o g o s musicales, ha p r o y e c t a d o u n n u e v o
p r o g r a m a de e d u c a c i ó n . Este está d e d i c a d o , sobre t o d o , a

- 227 -
los colegios rusos, pero t a m b i é n ha d e s p e r t a d o interés en
otras repúblicas nacionales de la U n i ó n S o v i é t i c a . S o l a m e n -
t e en la Federación Rusa, más de 7.000 escuelas h a n a d o p -
t a d o este p r o g r a m a hasta a h o r a .

El p r o g r a m a es, por sus p r i n c i p o s esenciales, f u n d a m e n -

t a l m e n t e n u e v o . Pero en él, t a m b i é n j u e g a un gran papel el
principio de d e p e n d e n c i a de la c u l t u r a musical nacional.

Los p u n t o s más i m p o r t a n t e s q u e c o n t i e n e el p r o g r a m a
de las tres primeras clases de escuelas elementales s o n :

La música de mi p u e b l o .

No existen barreras insalvables entre la música de m i

p u e b l o y la de o t r o s p u e b l o s de m i país.

N o existen barreras insalvables entre la m ú s i c a de los

distintos países del m u n d o .

A p e n a s es necesario c o m e n t a r estos t e m a s , ellos hablan

p o r sí m i s m o s ; están d e d i c a d o s a niños de siete, o c h o y
nueve años.

En el p r o g r a m a de estas clases de escuelas elementales

hay c a n c i o n e s folklóricas, no sólo rusas, sino t a m b i é n de
o t r o s p u e b l o s soviéticos, unas de Byelorusia, otras de Ukra-
nia, de M o l d a v i a , Georgia, U z b e k y L e t o n i a ; j u n t o c o n
c a n c i o n e s de Polonia, C h e c o s l o v a q u i a , Francia, Italia, S u i -
za, J a p ó n , etc. Del m i s m o m o d o los n i ñ o s de las m e n c i o n a -
das escuelas elementales de 7, 8 y 9 a ñ o s de e d a d , pue-
d e n e s c u c h a r en sus clases obras, no sólo de los c o m p o s i -
t o r e s rusos y c o n t e m p o r á n e o s s o v i é t i c o s , d e s d e Glinka
hasta S h o s t a k o v i c h , sino t a m b i é n de B e e t h o v e n , C h o p i n ,
S c h u b e r t , Grieg, Bizet, Kodaly...

Los p r i n c i p i o s f u n d a m e n t a l e s del p r o g r a m a h a n e n c o n -
t r a d o e c o en otras repúblicas de la U n i ó n S o v i é t i c a y

- 228 -
t a m b i é n en o t r o s países extranjeros. Pero Kabalevsky a c o n -
seja no copiarle c i e g a m e n t e . En la c o n f e r e n c i a de U n i ó n
para T o d o s , d e d i c a d a a los representantes de la U n i ó n para
q u e se familiaricen c o n el m e n c i o n a d o p r o g r a m a , insistió
en la necesidad de un trabajo c o n c i e n z u d o y c r e a t i v o para
e m p l e a r l o c o n el c o n t e x t o de la c u l t u r a musical c o n c r e t a .
Hay p r o b l e m a s en los q u e los p u e b l o s y países separados,
deberían trabajar por sí m i s m o s , y hallar s o l u c i o n e s a p o y a -
d o s en la c o n d i c i ó n y t r a d i c i ó n n a c i o n a l . Estos p r o b l e m a s
p i d e n nuevas s o l u c i o n e s , f u n d a m e n t a l e s para u n a relevante
c u l t u r a musical.

U n c a m p o t a n creativo c o m o la e d u c a c i ó n musical,
necesita a d e m á s de un e s t r e c h o c o n t r o l , una a u t é n t i c a
inspiración creadora.

Nota del Autor

Este l i b r o , ha b e b i d o en f u e n t e s o r i g i n a l e s , presentadas en los
d i s t i n t o s C o n g r e s o s ISME, d e s d e 1974. Estos trabajos, p r o g r a m a s e
ideas p e d a g ó g i c a s n u e v a s , están respaldadas por m ú s i c o s y profeso-
res d e p r i m e r a línea i n t e r n a c i o n a l .
Si se planificase u n p r o g r a m a de educación m u s i c a l para las
escuelas españolas, coherente, se podría invitar (de hecho la U N E S C O
y el Presidente del C I M lo han p r o m e t i d o ) a personalidades musica-
les a p a r t i c i p a r , c o - d i r i g i r y supervisar d i c h o p r o g r a m a . Nuestro país
lo n e c e s i t a .

- 229 -
Relaciones con otras disciplinas

La relación e n t r e la música y la t e c n o l o g í a es de gran

i m p o r t a n c i a para la s i t u a c i ó n musical a c t u a l .

La posibilidad de grabar los s o n i d o s de u n a manera

e l e c t r o - a c ú s t i c a ha d a d o al g r a n p ú b l i c o u n n u e v o acceso a
la historia de la música y a las c u l t u r a s musicales de nues-
tra é p o c a . La t é c n i c a de la g r a b a c i ó n ha p r o v o c a d o conse-
c u e n c i a s q u e p u e d e n ser analizadas b a j o los diferentes
a s p e c t o s de la s o c i o l o g í a m u s i c a l . Se p u e d e n o m b r a r c o m o
signo característico de este desarrollo el g r a n e m p l e o q u e
los j ó v e n e s h a c e n de la m ú s i c a . D e n t r o de la música c o n -
creta y de la m ú s i c a electrónica la t é c n i c a de la g r a b a c i ó n
de s o n i d o s ha i n f l u e n c i a d o hasta al m i s m o p r o c e s o de la
c o m p o s i c i ó n . T o d o e s t o p r u e b a q u e la m ú s i c a y la t e c n o l o -
gía t i e n e n n u m e r o s o s p u n t o s en c o m ú n , p a r t i c u l a r m e n t e la
música y la física.

Pero antes q u e n a d a , lo q u e d e t e r m i n a el p r o c e s o m u s i -
cal a c t u a l es el p r o c e s o de c o m u n i c a c i ó n m u s i c a l , p a r t i c u -
larmente en lo q u e c o n c i e r n e a la m ú s i c a c o n c r e t a y a la
música e l e c t r ó n i c a . El análisis de esta m ú s i c a ya no es el
análisis de obras de arte m u s i c a l , sino el análisis de proce-
sos de c o m u n i c a c i ó n musical. El m ú s i c o y el p r o f e s o r de
música f u t u r o s t e n d r á n q u e a f r o n t a r p r o b l e m a s f i l o s ó f i c o s
tales c o m o la sicología y la s o c i o l o g í a , q u e han sido disci-
plinas olvidadas en el pasado.

La teoría del p r o c e s o de c o m u n i c a c i ó n musical está

e s t r e c h a m e n t e ligado a la teoría de la i n f o r m a c i ó n , a las
m a t e m á t i c a s y a la lingüística. La i n v e s t i g a c i ó n empírica del
p r o c e s o de c o m u n i c a c i ó n musical podría ser definida c o m o
investigación del comportamiento musical.

D e n t r o de las a c t i t u d e s del c o m p o r t a m i e n t o musical,

las más i m p o r t a n t e s son la p r o d u c c i ó n musical y la recepti-

- 230 -
vidad musical. La i n v e s t i g a c i ó n q u e se o c u p a de la recep-
tividad podría e x a m i n a r e m p í r i c a m e n t e en q u é c i r c u n s t a n -
cias los d i f e r e n t e s t i p o s de m ú s i c a son e s c u c h a d o s , q u é
efectos t i e n e n sobre el o y e n t e d e t e r m i n a d o s t i p o s de m ú s i -
ca, y de q u é f a c t o r e s d e p e n d e n estos e f e c t o s ( m a n i p u l a -
c i ó n , p r o p a g a n d a , c o n d i c i ó n social, técnicas de c o m p o s i -
ción y de g r a b a c i ó n , etc.). Bajo el t í t u l o de p r o d u c c i ó n
musical, se p o d r í a n incluir t o d a s las actividades musicales
que c o m p o r t a n las m a n i f e s t a c i o n e s y las organizaciones
posibles de los s o n i d o s musicales, tales c o m o la c o m p o s i -
c i ó n , la i m p r o v i s a c i ó n , la c r e a c i ó n en el sintetizador, la
actividad de los ejecutantes d u r a n t e los ensayos, los c o n -
ciertos, etc.

En última instancia d e b e r í a m o s examinar la i n t e r d e p e n -

dencia entre r e c e p c i ó n y r e p r o d u c c i ó n musical. Estas inves-
tigaciones harán surgir n u e v o s c o n t a c t o s entre la sociolo-
gía, la sicología, las ciencias políticas y la p e d a g o g í a
musical.

El m o d o de c o m u n i c a c i ó n musical no p u e d e ser
definido más q u e e x p o n i e n d o las relaciones c o n el m o d o
de c o m u n i c a c i ó n estética y lingüística. La estética d e n t r o
de esta n u e v a y más desarrollada d e f i n i c i ó n , es la ciencia
de la p e r c e p c i ó n sensorial. La c o m u n i c a c i ó n estética c o m -
prende t o d o s los f a c t o r e s q u e se u n e n a la p r o d u c c i ó n
y a la r e c e p t i v i d a d de las obras y de los procesos estéticos.
La música y las otras f o r m a s de arte t i e n e n u n a relación
más estrecha q u e n u n c a , ya q u e ellas no se o c u p a n sola-
m e n t e de las obras artísticas tradicionales, sino q u e abar-
can el d o m i n i o c o m p l e t o de la p e r c e p c i ó n audiovisual, así
c o m o los diversos procesos de c o m u n i c a c i ó n q u e c o n ella
están u n i d o s . P o d r í a m o s decir q u e la música y las artes s o n
medios de c o m u n i c a c i ó n , a u d i t i v o s y visuales.

Las relaciones entre el m o d o de c o m u n i c a c i ó n musical

- 231 -
y lingüístico s o n bastante más estrechas, pues las d o s
están basadas sobre p r o c e s o s de c o m u n i c a c i ó n a u d i t i v a .
N o s o l a m e n t e d e n t r o del d o m i n i o de la música v o c a l , sino
i g u a l m e n t e en su m e t o d o l o g í a , la m ú s i c a tiene c a n t i d a d de
p u n t o s c o m u n e s c o n la lingüística. Esto se n o t a , sobre
t o d o , en el ú l t i m o desarrollo de la teoría musical q u e se
acerca a las m a t e m á t i c a s y a la lógica f o r m a l (particular-
m e n t e e n las obras de Pierre Boulez, de Y a n n i s X e n a k i s y
de M i l t o n B a b i t t ) . La lingüística y la c o m u n i c a c i ó n musical
c o m o e l e m e n t o de c o m u n i c a c i ó n e s t é t i c a , se relacionan
c o n la f i l o s o f í a m o d e r n a bajo el n o m b r e de " e s t é t i c a de la
información".

D e n t r o de esta nueva ó p t i c a s u r g e n n u e v a s p r e g u n t a s y
n u e v o s p r o b l e m a s de s e m á n t i c a .

La teoría musical y la i n v e s t i g a c i ó n de la r e c e p t i v i d a d
musical, d e b e n e n c o n t r a r en sus e s t u d i o s musicales f u t u -
ros, la c o n s i d e r a c i ó n q u e se les d e b e y c o n d u c i r n o s a
c o n t a c t o s y a c o o p e r a c i ó n interdisciplinaria. Para o b t e n e r
estos c o n t a c t o s , no hay mejor p r e p a r a c i ó n para la investi-
g a c i ó n y la e n s e ñ a n z a , q u e a p r e n d e r a c o n o c e r la música
a c t u a l . Este p r o g r a m a debería t e n e r c o m o base la m ú s i c a
de é p o c a s , de f o r m a s y de c u l t u r a s diversas, así c o m o la
m ú s i c a bajo t o d a s sus f o r m a s estéticas (lenguaje, m o v i -
m i e n t o , p e r c e p c i ó n visual).

La e s t r u c t u r a actual del s i s t e m a p e d a g ó g i c o y sus

t e m a s tradicionales está c u e s t i o n á n d o s e . Se t r a t a de saber
si c o n v e n d r á u n a nueva e s t r u c t u r a o si un n u e v o sistema
de e s t u d i o s , tal c o m o la enseñanza e x p e r i m e n t a l de m a t e -
rias c o m p l e m e n t a r i a s , debería reemplazar al sistema tradi-
cional.

La e d u c a c i ó n musical o f r e c e g r a n d e s ventajas d e n t r o de
esta n u e v a o r i e n t a c i ó n gracias a la a f i n i d a d q u e tiene c o n

- 232 -
otras materias artísticas y a la posibilidad q u e tiene de
integrarse en un c o n j u n t o de e d u c a c i ó n estética.

Incluso u n e s t u d i o superficial de la p e d a g o g í a musical

revela su i m p l i c a c i ó n interdisciplinaria y sus i n t e r d e p e n -
dencias: p o r una parte la e d u c a c i ó n musical está estrecha-
m e n t e ligada a diferentes disciplinas de la m u s i c o l o g í a (his-
toria de la m ú s i c a , teoría y análisis de la m ú s i c a , e t n o m u -
sicología, etc.) p o r otra parte está en relación c o n d i f e r e n -
tes disciplinas de la sicología y de la a n t r o p o l o g í a , así c o m o
de la sociología y t a m b i é n c o n las ciencias p e d a g ó g i c a s
(desarrollo de p r o g r a m a s de e s t u d i o s , i n v e s t i g a c i ó n de
m o d o s de e x p r e s i ó n , análisis d i d á c t i c o , e t c . ) .

La psicología m u s i c a l , la sociología musical y la estética

musical se relacionan c o n la m u s i c o l o g í a si t i e n e n una
o r i e n t a c i ó n e s t r u c t u r a - o b j e t i v o y en c a m b i o se unifican c o n
las ciencias del c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o tales c o m o la
sociología y la sicología, si t i e n e n una o r i e n t a c i ó n f u n c i ó n -
sujeto.

El futuro

La e d u c a c i ó n artística de los p r ó x i m o s 25 a ñ o s estará

d o m i n a d a p o r la estrategia general de t r a b a j o c o m ú n c o n el
fin de integrar las diferentes f o r m a s de arte y de sus
disciplinas c o r r e s p o n d i e n t e s .

La esperanza de resolver los m a y o r e s p r o b l e m a s se

e n c o n t r a r á en el desarrollo f u t u r o q u e la e d u c a c i ó n musical
t e n d r á d e n t r o de los m é t o d o s interdisciplinarios q u e inves-
t i g u e n n u e v o s m e d i o s de i n t e g r a c i ó n y de c o o p e r a c i ó n
tales c o m o :

— la i n t e g r a c i ó n d e la e d u c a c i ó n p o r las diversas p r o f e s i o -
nes musicales.

- 233 -
— la i n t e g r a c i ó n de la teoría y de la p r á c t i c a .

— la i n t e g r a c i ó n de la enseñanza y la i n v e s t i g a c i ó n .

— la i n t e g r a c i ó n de la práctica m u s i c a l d e n t r o de la realidad
s o c i o c u l t u r a l , la realidad de la vida musical c o n sus
c o n d i c i o n e s extramusicales.

— la i n t e r d e p e n d e n c i a de la m ú s i c a , de la enseñanza de la
música y de la enseñanza en general.

— la i n t e g r a c i ó n y la c o o r d i n a c i ó n de las i n s t i t u c i o n e s musi-
cales ( c o o p e r a c i ó n de las academias de m ú s i c a , de los
i n s t i t u t o s de m u s i c o l o g í a , de las escuelas de m ú s i c a y de
los d e p a r t a m e n t o s de m ú s i c a de las universidades y de
las escuelas normales).

— la c o o p e r a c i ó n interdísciplinaria de las diversas disciplinas

musicales y extramusicales.

D e n t r o del presente i n m e d i a t o y f u t u r o hará falta consi-

derar las necesidades siguientes:

— la a p l i c a c i ó n de desarrollos n u e v o s e i m p o r t a n t e s d e n t r o
del e s t a b l e c i m i e n t o d e p r o g r a m a s de e s t u d i o musicales,
en las t é c n i c a s de enseñanzas, en la t e c n o l o g í a , en los
m o d o s de i n s t r u c c i ó n y en la e v a l u a c i ó n de la i n s t r u c c i ó n .

— e l desarrollo de p r o g r a m a s de e s t u d i o q u e c o m p r e n d a n la
c r e a c i ó n , la ejecución y la a u d i c i ó n de la m ú s i c a y que
c o m p r e n d a n i g u a l m e n t e , u n a diversidad de c o m p o r t a m i e n -
t o s musicales.

— e l desarrollo de p r o y e c t o s p i l o t o para los m e d i o s interdis-

ciplinarios y multidisciplinarios d e n t r o de la e d u c a c i ó n de
la m ú s i c a .

- 234 -
Consejos para ser un oyente receptivo

El t e m a del o y e n t e ha reaparecido a través de estas

páginas c o m o los reiterados r e t o r n o s del t e m a en una f u g a .
T o d o este c a p í t u l o va d e d i c a d o a él, al h o m b r e , al p ú b l i c o .

T e n e m o s u n a p r e g u n t a capital q u e hay q u e hacer a la

radio, a los editores de discos, a las escuelas, c o n s e r v a t o -
rios, c o m p o s i t o r e s , e r u d i t o s , críticos e intérpretes: ¿ c ó m o
habéis servido al oyente? ¿Quizá os habéis o l v i d a d o de él?

Pero t a m b i é n habría q u e p r e g u n t a r al o y e n t e ¿ C ó m o
participas e s c u c h a n d o música? ¿Pasivo o activo? ¿Indiferen-
t e o r e c e p t i v o a la belleza?

U n o de los m o t i v o s de la llamada crisis de la música en

nuestra g e n e r a c i ó n podría ser d e b i d a a que millones de
c i u d a d a n o s se han a c o s t u m b r a d o de tal f o r m a a un perpe-
t u o t e l ó n de f o n d o s o n o r o , q u e h a n p e r d i d o la f a c u l t a d o el
deseo de prestar a t e n c i ó n .

S t r a w i n s k y habla del " o y e n t e q u e se e n t r e g a p l e n a m e n t e

a la m ú s i c a , p a r t i c i p a n d o de ella y s i g u i é n d o l a paso a p a s o " .
Y a ñ a d e : " E s t a excepcional p a r t i c i p a c i ó n le brinda un placer
t a n v i v o al o y e n t e , q u e lo v i n c u l a en cierta m e d i d a a la
m e n t e q u e c o n c i b i ó y realizó la o b r a q u e e s c u c h a , d á n d o l e
la ilusión de estar i d e n t i f i c a d o c o n el c r e a d o r " . Tal es el
s e n t i d o de la f a m o s a frase de Rafael, " c o m p r e n d e r es
igualar".

Los m ú s i c o s p o d e m o s asegurar q u e los m o m e n t o s más

felices de nuestra vida se relacionan c o n la p r o d u c c i ó n y la
a u d i c i ó n de m ú s i c a . N o sólo los m ú s i c o s profesionales s o n
b u e n o s o y e n t e s . U n gran n ú m e r o de a f i c i o n a d o s son a
veces mejores o y e n t e s q u e los p r o f e s i o n a l e s : más a c t i v o s ,
más inteligentes, más perspicaces. La " r e c e p t i v i d a d a la
b e l l e z a " y la " a c t i v i d a d del p e n s a m i e n t o " n o s o n necesa-

- 235 -
riamente p r e r r o g a t i v a s del especialista, sino q u e t a m b i é n lo
s o n del o í d o alerta y de la m e n t e a c t i v a , d o n d e quiera q u e se
d e n tales cualidades.

La música requiere no sólo u n a a u d i c i ó n a c t i v a , sino

t a m b i é n una a u d i c i ó n reiterada. Lo cual se debe a q u e la
m ú s i c a está en c o n s t a n t e m o v i m i e n t o , s i e m p r e desvanecién-
d o s e , desapareciendo a la v u e l t a de la e s q u i n a , p o n i é n d o s e
fuera del alcance antes de q u e se la p u e d a asir. C o n
f r e c u e n c i a e n v i d i a m o s a n u e s t r o s c o l e g a s , profesores de
arte, q u e p o r m e d i o de diapositivas o del o b j e t o m i s m o
p u e d e n examinar c o n detalle una p i n t u r a , u n a talla o u n a
e s c u l t u r a . El o b j e t o de las artes plásticas se presta c o n t o d a
a m a b i l i d a d a nuestra i n s p e c c i ó n , m i e n t r a s q u e la música se
nos escapa a cada instante. R e c o r d a m o s u n a c o n f e r e n c i a en
q u e el disertante c o m p a r ó u n a e s t a t u a de la Edad M e d i a
c o n o t r a del B a r r o c o g e r m a n o m e d i a n t e d o s diapositivas
p r o y e c t a d a s s i m u l t á n e a m e n t e sobre la pantalla. Examinó en
detalle las m a n o s de c a d a una de las e s t a t u t a s , p a s a n d o de
la u n a a la o t r a , d e s p u é s las v e s t i m e n t a s , el r o s t r o , etc.,
al paso q u e nuestra a t e n c i ó n iba de acá para allá, de un
detalle a o t r o . I m a g i n e el lector u n a similar c o m p a r a c i ó n de
d o s piezas de m ú s i c a . Se p u e d e estar de pie a n t e u n c u a d r o
t o d o el t i e m p o q u e se desee; se p u e d e leer y volver a leer el
pasaje q u e interese de u n libro t o d a s las veces que sea
necesario para c o m p r e n d e r l o . Pero e s c u c h a r s o l a m e n t e una
vez u n a c o m p o s i c i ó n musical n u e v a o difícil es c o m o mirar
una galería de arte desde u n a u t o m ó v i l .

N o hay en la m ú s i c a n i n g ú n s u s t i t u t i v o de la r e p e t i c i ó n .
El o y e n t e d e b e ensayar m ú s i c a , c o m o lo h a c e n los intrépre-
t e s , repasando los pasajes difíciles, o interesantes o her-
mosos.

El o í d o y, si es posible, la vista, necesitan ejercitarse de

c o n t i n u o para el desarrollo del s e n t i d o musical. U n a parti-

- 236 -
tura será de gran utilidad. Y no vale decir q u e no se sabe
leer m ú s i c a ; a leer se a p r e n d e l e y e n d o . Basta seguir en la
partitura la f o r m a de las m e l o d í a s , los c a m b i o s en la d i n á m i -
ca, la s u c e s i ó n de f r a g m e n t o s orquestales y solos instru-
mentales, al m i s m o t i e m p o q u e se capta t o d o ello al v u e l o
por el o í d o , y se descubrirá q u e el m é t o d o resulta f a s c i n a n -
te. La a u d i c i ó n c o n t i n u a d a de discos lleva a una m a y o r
habilidad y a nuevas p e r c e p c i o n e s . C o n o sin p a r t i t u r a , la
música hay q u e escucharla c o n la m a y o r a t e n c i ó n y " a c t i v i -
dad del p e n s a m i e n t o " .

Fíjese, a n t e t o d o , en las repeticiones. La f o r m a y estruc-

tura de u n a o b r a d e p e n d e en g r a n m e d i d a de la repetición
de ideas musicales, q u e u n a s veces son reiteraciones idénti-
cas, otras repeticiones c o n c a m b i o s en la o r q u e s t a c i ó n o la
d i n á m i c a y otras en f i n , simples c a m b i o s de registro, una
o c t a v a más alta o m á s baja.

Póngase a t e n c i ó n a las partículas de m ú s i c a más breves

que una frase e n t e r a , a las sílabas, los á t o m o s , de las ideas
musicales, c o m o por e j e m p l o las c u a t r o primeras n o t a s de la
q u i n t a S i n f o n í a de B e e t h o v e n , las d o s primeras notas de la
Cuarta S i n f o n í a de B r a h m s , las primeras c u a t r o notas del
m o v i m i e n t o final de la S i n f o n í a J ú p i t e r de M o z a r t . L u e g o
atiéndase a la m a n i p u l a c i ó n de esos m o t i v o s f r a g m e n t a r i o s ,
tal c o m o se los desarrolla e hilvana hasta c o n v e r t i r l o s en
grandes t a p i c e s s o n o r o s .

Estése a t e n t o a los o b j e t i v o s o lugares de llegada. A l g u -

nos de esos o b j e t i v o s s o n a m p l i o s , o t r o s reducidos. La
palabra t é c n i c a q u e los designa es cadencia y la sensación
que se e x p e r i m e n t a de ir a p r o x i m á n d o s e a a l g u n o de esos
p u n t o s de llegada, es a m e n u d o el primer indicio de una
n o c i ó n de lo q u e es la a r q u i t e c t u r a musical.

Préstese a t e n c i ó n a la c o n c a t e n a c i ó n de períodos, al final

de una idea o pasaje y al c o m i e n z o de o t r o . Se t r a t a a veces

- 237 -
de p u n t o s de f r a c t u r a q u e separan o r a c i o n e s y párrafos
musicales; p e r o c o n más f r e c u e n c i a b r i n d a n la o p o r t u n i d a d
para una maravillosa f u s i ó n de ¡deas, p u n t o s de a r t i c u l a c i ó n ,
q u e sólo alcanza al o y e n t e , para ser lanzado irresistiblemen-
t e adelante, hacia el p e r í o d o siguiente. N o hay d o s q u e sean
idénticos; el arte del e n s a m b l a m i e n t o es i n f i n i t a m e n t e
variado.

Los i n d i c a d o s n o son m á s q u e u n o s p o c o s a s p e c t o s de
aquellos a los q u e hay q u e prestar a t e n c i ó n en la e s t r u c t u r a
y o r g a n i z a c i ó n de la m ú s i c a .

La m ú s i c a ofrece t o d o s los g r a d o s de c o m p l e j i d a d . Hay

cierta m ú s i c a q u e d e m a n d a i m p e r a t i v a m e n t e de n o s o t r o s
una a b s o l u t a c o n c e n t r a c i ó n , pues de lo c o n t r a r i o constituiría
p o c o m e n o s q u e un sacrilegio. Otra clase de m ú s i c a es
a m e n a o a b i e r t a m e n t e f u n c i o n a l : serenatas, d i v e r t i m e n t o s ,
música profesional y hasta las f a s c i n a n t e s m o d u l a c i o n e s de
las c a m p a n a s de las torres de Inglaterra, q u e t a ñ e n incesan-
t e m e n t e en las m a ñ a n a s d o m i n i c a l e s . El o y e n t e perspicaz
distinguirá c l a r a m e n t e entre la m ú s i c a q u e está c o m p u e s t a
para o c u p a r u n primer p l a n o de nuestra a t e n c i ó n y la q u e se
c o n c i b i ó para servir de a c o m p a ñ a m i e n t o , unida a los soni-
dos de la naturaleza, a las labores h u m a n a s .

La sensibilidad del o y e n t e será m a y o r a ú n si participa en

la ejecución de la m ú s i c a . Si es u s t e d u n i n s t r u m e n t i s t a
a p r o v e c h e t o d a o p o r t u n i d a d para t o c a r en un c u a r t e t o , en
un c o n j u n t o de c á m a r a , en u n a o r q u e s t a . Si es u s t e d
c a n t a n t e , no se prive del placer y la práctica q u e se adquiere
del c a n t o c o r a l , c o n preferencia en un c o r o o g r u p o m a d r i -
galesco q u e no lea a simple vista c o n d e m a s i a d a f a c i l i d a d ,
sino q u e se m u e v a c o n la l e n t i t u d necesaria para q u e los
e n c a n t o s de la m ú s i c a se v a y a n revelando g r a d u a l m e n t e a
través de reiterados ensayos. Y si u s t e d es un pianista de
a p t i t u d e s m o d e s t a s , reúna una c o l e c c i ó n de obras fáciles

- 238 -
que p u e d a ejecutar para su propia satisfacción y solaz:
música fácil de M o z a r t , B a c h , C h a m b o n i é r e s , S c h u m a n n ,
Bartok. La m ú s i c a para p i a n o a c u a t r o m a n o s es una f u e n t e
segura de placer; explore el r e p e r t o r i o original para d ú o s de
piano de M o z a r t , S c h u b e r t y o t r o s , así c o m o las transcrip-
ciones de partituras orquestales.

¿Qué cualidades intelectuales d e f i n e n al o y e n t e inteli-

gente? Y o d i s t i n g o seis, q u e están bastante alejadas del
c o m p e n d i o de h e c h o s , t ó p i c o s y c o n c e p t o s q u e f o r m a n el
meollo de los cursos ordinarios d e apreciación musical. En
primer lugar basta la presencia de la música para q u e la
m e n t e de esta clase de o y e n t e s entre en a c t i v i d a d . La
música t o m a posesión de su i n t e l e c t o de m o d o t a n i n m e d i a -
t o y d i r e c t o c o m o lo hace de sus s e n t i d o s y e m o c i o n e s . En
unas curiosas palabras de R o b e r t B u r t o n , la m ú s i c a " p o n e
sobre aviso a la m e n t e " . A l c o m e n z a r la m ú s i c a , el o y e n t e
no es o t r a cosa q u e a t e n c i ó n y espera. S a b e c ó m o escuchar
y hasta c i e r t o p u n t o , q u é va a escuchar. Sabe q u e no p u e d e
escuchar y recordar t o d o la primera vez, pero no le m o l e s t a n
las repeticiones.

En s e g u n d o lugar, sabe situar la música en su c o n t e x t o

histórico y tiene alguna n o c i ó n de la a m p l i t u d de la literatura
musical, desde el c a n t o g r e g o r i a n o hasta las c o m p o s i c i o n e s
d o d e c a f ó n i c a s y más allá t o d a v í a . T i e n e c o n c i e n c i a de las
grandes t r a d i c i o n e s , las corrientes artísticas y estéticas f u n -
damentales q u e recorren t o d a la historia y literatura m u s i c a -
les. Intuye las grandes polaridades de la m ú s i c a , el c o n f l i c t o
entre m ú s i c a clásica y r o m á n t i c a , entre música d e s c r i p t i v a ,
figurativa y la q u e no p r e t e n d e t r a n s m i t i r otra cosa q u e ideas
musicales.

C o m o tercer p u n t o , el o y e n t e inteligente sentirá una

p e r m a n e n t e curiosidad por t o d o lo c o n c e r n i e n t e a la m ú s i c a ,
especialmente la música n u e v a . Será t o l e r a n t e c o n la música

- 239 -
que no e n t i e n d a en u n c o m i e n z o ; no e m i t i r á juicio sobre ella,
ni la c o n d e n a r á a n t e sus a m i g o s y el p ú b l i c o , hasta haberla
e s c u c h a d o más de una vez. Los e x p e r i m e n t o s gozarán de su
a p r o b a c i ó n desde la C o n s a g r a c i ó n de la Primavera, hasta
Boulez, S t o c k h a u s e n y la música e l e c t r ó n i c a . ( A q u í v e n g a
p o s i b l e m e n t e a c u e n t o u n a historia e n q u e una d a m a al
mirar una puesta de sol p i n t a d a p o r T u r n e r dijo: " S e ñ o r
Turner, j a m á s he v i s t o y o u n a puesta de sol c o m o é s a " a lo
q u e T u r n e r replicó: ¿Y no lo lamenta?).

A fuerza de escuchar, el o y e n t e adquirirá g r a d u a l m e n t e

la más preciosa de las cualidades: el g u s t o musical. Ese
g u s t o le p e r m i t i r á r e c o n o c e r las n o r m a s de valor y de
m a g n i t u d en la m ú s i c a , la c a t e g o r í a de u n B a c h , u n M o z a r t ,
un S t r a w i n s k y y a los genios de h o y . El g u s t o musical sólo
se adquiere c o n la " o r a c i ó n " y el " a y u n o " , es decir, escu-
chando. Es el d o n del f i l ó s o f o . S u s e n e m i g o s s o n , p o r un
lado la i g n o r a n c i a y p o r el o t r o el " s n o b i s m o " . S u mejor
a m i g o : un cabal c o n o c i m i e n t o de la historia y la literatura del
arte musical.

La q u i n t a característica q u e define al o y e n t e e x p e r i m e n -
t a d o es su c o n c i e n c i a de las infinitas variedades de la
belleza. La belleza en la m ú s i c a n o se reduce sólo a un
s o n i d o agradable y u n a a r m o n í a e u f ó n i c a . Se da t a m b i é n la
pura belleza de la f o r m a y de las f o r m a s abstractas del
s o n i d o . Existe la belleza de la artesanía: la f i r m e m a r c h a de
la f u g a , las maravillas de las inversiones c o n t r a p u n t í s t i c a s ,
las c o m p l e j i d a d e s de la m a n i p u l a c i ó n y t r a n s f o r m a c i ó n de
las ideas musicales en u n a S i n f o n í a de B e e t h o v e n . Hay
belleza de r i t m o y belleza de m o v i m i e n t o . H a y bellezas de
t e x t u r a , d i s o n a n c i a y t i m b r e . La paleta de colores o r q u e s t a -
les desarrollada e n el p e r í o d o q u e va de Berlioz a M a h l e r , es
de recursos al parecer inagotables. A u n el s o n i d o m o n o c r o -
m o , a p a r e n t e m e n t e l i m i t a d o , de un c o r o a capella, en m a n o s

- 240 -
de un d i r e c t o r capaz, posee u n a m u l t i t u d inenarrable de
efectos s o n o r o s .

Por ú l t i m o , el o y e n t e inteligente, t e n d r á p r o f u n d a c o n -
ciencia de los inagotables p o d e r e s de c o m u n i c a c i ó n y rege-
neración de la m ú s i c a . En ciertas obras estos poderes se
manifiestan c o n tal i n t e n s i d a d , q u e quienes las e s c u c h a n no
vuelven a ser los m i s m o s . Las ú l t i m a s p r o d u c c i o n e s de
B e e t h o v e n c o r r e s p o n d e n a ese t e r r i t o r i o particular de la
belleza: la N o v e n a S i n f o n í a , la Misa S o l e m n i s , las últimas
sonatas para p i a n o y los ú l t i m o s c u a r t e t o s para cuerdas. Las
sonoridades interiores de dichas obras, son más notables
a ú n q u e las exteriores. N o s e n c o n t r a m o s en estas obras c o n
una creciente i n s t r o s p e c c i ó n , una intensificación de la per-
c e p c i ó n , u n a p r e o c u p a c i ó n cada vez m á s obsesiva por lo
filosófico y espiritual. B e e t h o v e n desarrolla n o sólo nuevas
f o r m a s musicales, sino, t a m b i é n , n u e v a s ¡deas. S u música
se caracteriza p o r una básica a m b i g ü e d a d estética y espiri-
tual. N o se p u e d e explicar su s i g n i f i c a d o , c o m o se p u e d e
explicar el s i g n i f i c a d o de las palabras. Pero esa a m b i g ü e d a d
no ha sido óbice para q u e c i e n t o s y miles de seres, desde los
t i e m p o s de B e e t h o v e n hasta n u e s t r o s días, se h a y a n c o n -
v e n c i d o p l e n a m e n t e de q u e en las V a r i a c i o n e s de los o p . 97
y 111 y en los ú l t i m o s c u a r t e t o s , B e e t h o v e n estaba habién-
doles d i r e c t a m e n t e a ellos y q u e el t e m a de su c o n s e r v a c i ó n
era algo s u b l i m e , etéreo, celestial y p u r o de c o r a z ó n .

El gran arte es i n t e m p o r a l y su p o d e r de c o m u n i c a c i ó n y
regeneración es t a n real y c o n t e m p o r á n e o hoy, c o m o el día
m i s m o en -que f u e c r e a d o . Las tragedias griegas, S h a k e s -
peare, G o e t h e , y B a c h , B e e t h o v e n y B r a h m s , n o s hablan
inmediata, u r g e n t e e i n c o n f u n d i b l e m e n t e . E s c u c h a m o s y
q u e d a m o s t r a n s f o r m a d o s . D o n d e q u i e r a q u e t e n g a lugar esta
experiencia — e n u n a sala de c o n c i e r t o s o ante u n t o c a d i s -
c o s — hallamos en ella la m i s m a " v i s i ó n de g r a n d e z a " . Esa

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visión está al alcance de t o d o s , de los q u e c o m p o n e n
m ú s i c a y de los q u e la e s c u c h a n , profesionales y a f i c i o n a -
dos. El m u n d o de la m ú s i c a , para los v e r d a d e r a m e n t e recep-
t i v o s , es u n m u n d o i m p e r e c e d e r o de o r d e n y belleza.

Acceso y participación en la cultura

Se d i s c u t e m u c h o h o y en día, la m a n e r a de utilizar m e j o r
los crecientes m e d i o s de acceso a la c u l t u r a . D o s de los
c o n c e p t o s alrededor de los cuales gira el d e b a t e , d o s pala-
bras clave s o n " a c c e s o " y " p a r t i c i p a c i ó n " — a c c e s o de la
g r a n mayoría de la p o b l a c i ó n y la posibilidad para la m i s m a ,
de participar más a m p l i a m e n t e en las a c t i v i d a d e s artísticas
del m u n d o del arte. En lo q u e se refiere al acceso t o d a v í a
q u e d a m u c h o p o r hacer, incluso en los países industrializa-
d o s (el p r o b l e m a tiene o t r o s a s p e c t o s en los países en vía de
desarrollo, d o n d e perviven a ú n las t r a d i c i o n e s orales). La
principal d i f i c u l t a d al respecto en los países industrializados
proviene de u n a centralización excesiva. C o r r i e n t e m e n t e no
hay bastantes bibliotecas, t e a t r o s , m u s e o s o c e n t r o s artís-
t i c o s para t o d o s , fuera de la capital. Y en las m i s m a s
capitales u n o de los p r o b l e m a s esenciales es la f o r m a de
repartir las s u b v e n c i o n e s que p e r m i t i r á n a t o d o s los q u e lo
deseen y n o t i e n e n los m e d i o s , asistir a los e s p e c t á c u l o s
m á s caros (ballet, ó p e r a , gran repertorio de t e a t r o clásico).
Pero a pesar de t o d o , en c o n j u n t o , es m e n o s ardua la
cuestión del acceso q u e la de la p a r t i c i p a c i ó n , a u n q u e quizá
d e b a m o s considerar a una c o m o c o n s e c u e n c i a de la o t r a ,
p u e s t o q u e en la m a y o r í a de los países industrializados, casi
t o d o el m u n d o p u e d e aprovecharse h o y de ciertos t i p o s de
arte, gracias a los libros de valor, p u b l i c a d o s en ediciones
baratas, en los discos, en la radio y en la televisión. Existen
en d i c h o s a s p e c t o s estadísticas esperanzadoras. De t o d a s
maneras, de m o d o general, el nivel, la intensidad y la

- 242 -
extensión de la a t e n c i ó n llevada a las artes, no progresa
t a n t o en p r o p o r c i ó n , c o m o sus partidarios esperan.

Es a q u í d o n d e empiezan a aparecer de m a n e r a más

directa las relaciones entre t o d a s estas c u e s t i o n e s y ciertas
cualidades sociales y culturales, las cuales no siempre s o n
tenidas en c u e n t a p o r los q u e se o c u p a n de o b t e n e r a u m e n -
tos t a n considerables de los recursos d e d i c a d o s a la p r o m o -
ción de las artes. Y es a q u í d o n d e hace falta q u e e x a m i n e -
m o s los p o s t u l a d o s sobre los cuales n o s f u n d a m o s para
detectar c u a t r o p r o b l e m a s t í p i c o s :

a) En u n s e n t i d o la p a r t i c i p a c i ó n ya está m u y e x t e n d i d a
en a l g u n o s países. S a b e m o s q u e en el Reino U n i d o el t e a t r o
aficionado o c u p a el o c i o de millares de personas cada
s e m a n a . Este t i p o de p a r t i c i p a c i ó n ¿debe bastarnos? ¿ 0 bien
d e b e m o s dar o t r o s e n t i d o al t é r m i n o ? Fíjense en la s e g u n d a
hipótesis: las actividades de a f i c i o n a d o s de esta especie,
p u e d e n ser m u y agradables para ellos e incluso enriquece-
doras; pero t a m b i é n p u e d e n c o n s t i t u i r e s e n c i a l m e n t e una
f o r m a de e n t r e t e n i m i e n t o sin c o m p r o m e t e r s e a r t í s t i c a m e n t e .

b) Los partidarios de la p a r t i c i p a c i ó n , c o n c e b i d a impli-

c a n d o a u n a asociación a la t o m a de decisiones, no d e b e n
c o n t e n t a r s e c o n los poderes o f r e c i d o s a nivel local. Incluso
si la regionalización llega a ser m á s eficaz q u e h o y , las
decisiones nacionales serán necesarias (a t í t u l o p o r ej. del
sostén de f o r m a s de expresión artística c o m p l e j a s , q u e s o n
siempre m u y caras y p o c o s países, en el c u r s o de una
g e n e r a c i ó n , s o n capaces de hacer a c c e d e r en más de u n o o
dos d o m i n i o s al nivel r e q u e r i d o ) ; a t í t u l o t a m b i é n de la s u m a
total de las c a n t i d a d e s a recibir sobre el p r e s u p u e s t o nacio-
nal para s u b v e n c i o n a r las artes y a t í t u l o de t a n t o s o t r o s
n u m e r o s o s p r o b l e m a s generales t o d a v í a más a r d u o s , espe-
cialmente los q u e c o n c i e r n e n a la vigilancia y la libertad,
t a n t o en materia de arte o en la utilización de los m e d i o s de

- 243 -
c o m u n i c a c i ó n social. N o se debería considerar q u e reforzar
la a u t o n o m í a , r e g i o n a l s u s t i t u y e la p a r t i c i p a c i ó n en las deci-
siones nacionales; de t o d a s m a n e r a s organizar u n a partici-
p a c i ó n efectiva a nivel nacional es cosa arriesgada. Es más
fácil elegir — p a r a situarlos en a l g u n o de los c o m i t é s inevita-
bles, pero n o s i e m p r e d e c i s i v o s — a ciertos n o m b r e s de una
lista de n o t a b l e s p r o v i n c i a n o s , o designar a a l g u n o s repre-
s e n t a n t e s del g r a n p ú b l i c o q u e se s u p o n e n inofensivos.

c) ¿Qué relación h a y entre los esfuerzos q u e t i e n d e n a

a u m e n t a r la p a r t i c i p a c i ó n en las artes c o n s a g r a d a s y el
h e c h o de q u e m u y a m e n u d o t o d a la e v o l u c i ó n de una
sociedad — e n particular su o r i e n t a c i ó n c o m e r c i a l y t o d o s
los e f e c t o s de d i c h a o r i e n t a c i ó n c o m e r c i a l s o b r e la utiliza-
ción de los m e d i o s de c o m u n i c a c i ó n s o c i a l — t i e n d e n siste-
m á t i c a m e n t e a disminuir la i m p o r t a n c i a c o n c e d i d a a las
actividades q u e exigen una a t e n c i ó n asidua y desinteresada?
N o es difícil de sostener q u e el c r e c i m i e n t o de los recursos
relativos a la d i f u s i ó n de las artes c o n s a g r a d a s j u e g a el papel
de c o a r t a d a c ó m o d a y q u e no p r u e b a nada.

d) A v e c e s , incluso si el a c c e s o es f á c i l , la gente no
parece desear a p r o v e c h a r l o y rechazan la p a r t i c i p a c i ó n . Es
p o r q u e s o n i n g r a t o s o e s t ú p i d o s ¿ 0 m á s bien es p o r q u e
rechazan i m p l í c i t a m e n t e su o f r e c i m i e n t o , la manera en q u e
se les o f r e c e o el c o n j u n t o de valores y p o s t u l a d o s socio-
culturales en las q u e estos o f r e c i m i e n t o s se inspiran?

Y a pesar de t o d o , si el interés creciente q u e los poderes

p ú b l i c o s sienten hacia las artes, s u s c i t a n tales p r o b l e m a s ,
¿no habría q u e considerar este interés c o m o un f e n ó m e n o
a l t a m e n t e beneficioso? Sí, hasta cierto p u n t o . V o y a recor-
dar d o s frases q u e han sido a m e n u d o citadas. La p r i m e r a :
" C u a n d o o i g o hablar de c u l t u r a , saco m i r e v o l v e r " ; la se-
g u n d a ; (de u n p a n f l e t o de H e r b e r t Read) " A l diablo la

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c u l t u r a " . Pese a lo q u e p u e d a parecer, la primera de las
frases da a la c u l t u r a más i m p o r t a n c i a q u e m u c h o s de sus
aparentes partidarios, p u e s le r e c o n o c e su c a p a c i d a d para
desafiar o incluso h u n d i r a un r é g i m e n . La m a y o r parte de
las sociedades y de los g o b i e r n o s no desean unir las artes a
la libertad de crítica, a las experiencias, a la i n v e s t i g a c i ó n , a
lo inesperado y s o r p r e n d e n t e .

La s e g u n d a frase, " A l diablo la c u l t u r a " , sí al d i a b l o , si

sólo es una f a c h a d a , u n a especie de barniz, algo q u e será
tolerado t a n t o t i e m p o c o m o no p r o d u z c a p e r t u r b a c i ó n . A l
diablo este t i p o de c u l t u r a si los artistas m i m a d o s p o r ella se
c o n v i e r t e n en h o m b r e s sólo de d o s d i m e n s i o n e s , m a n t e n i -
dos d e n t r o del c u a d r o f i j a d o por los poderes incontestables
de este o aquel poder.

He aquí e x p u e s t a s , las m í n i m a s o b s e r v a c i o n e s generales

necesarias para servir de principio a t o d a reflexión acerca
del papel de las artes hoy. De t o d a s m a n e r a s , a ñ a d i r e m o s
aún algunas o b s e r v a c i o n e s acerca de la naturaleza m i s m a
del arte.

En primer lugar, el arte atrae a la naturaleza f u n d a m e n t a l

de nuestra existencia y a la e x p l o r a c i ó n de esta naturaleza
dentro de la libertad y la v e r d a d . Las artes no s o n nada si no
están o r g á n i c a m e n t e ligadas a la calidad de nuestra vida
cotidiana. Cualquiera q u e sea el m o n t a n t e de las s u m a s
consagradas a las actividades artísticas en u n n ú m e r o deter-
m i n a d o de países, e s t o no i m p o r t a nada si a l g u n o s de los
problemas m á s graves q u e se p l a n t e a n a d i c h o s países no
son seriamente a b o r d a d o s , si la miseria u r b a n a o rural, o si
los s e n t i m i e n t o s q u e los i n d i v i d u o s t i e n e n de ser desprecia-
dos o d e g r a d a d o s n o cesan de crecer, o t a m b i é n si la
libertad de expresión n o a u m e n t a (quizá d i s m i n u y e ) en el
m o m e n t o en q u e el g o b i e r n o manifiesta u n n u e v o interés
por el arte y p o r la calidad de la v i d a .

- 245 -
 De t o d a s maneras, podría objetarse, ¿es q u e lo d i c h o
a n t e r i o r m e n t e no se aplica e s e n c i a l m e n t e a la literatura, es
decir, a u n arte q u e se sirve de las palabras y m a n i p u l a
d i r e c t a m e n t e las ideas, de m a n e r a q u e t a r d e o t e m p r a n o se
t e n g a q u e admitir, reforzar, las c o n c e p c i o n e s tradicionales
en v i g o r d e n t r o de la s o c i e d a d q u e e s t a m o s c o n s i d e r a n d o ,
ya q u e se entrará en c o n f l i c t o c o n las autoridades? ¿La
m ú s i c a no es u n arte r e l a t i v a m e n t e p o c o peligroso, por q u e
es m e n o s fácil ver en ella la e x p r e s i ó n de o p i n i o n e s subver-
sivas? A l g u n a s f o r m a s de arte ¿ p u e d e n pervivir sin c o m p r o -
misos, incluso en países s o m e t i d o s a diversos g é n e r o s de
tiranía?

Es cierto q u e a l g u n a s artes, la m ú s i c a , n a t u r a l m e n t e , y
hasta cierto p u n t o el ballet — s e e n c u e n t r a n en u n a s i t u a c i ó n
más f a v o r a b l e q u e otras y no m o l e s t a n t a n m a n i f i e s t a m e n t e
a los poderes p ú b l i c o s . Pero se p u e d e n f o r m u l a r d o s obser-
v a c i o n e s acerca de este p u n t o de vista, un t a n t o simplista.
En p r i m e r lugar, varios g o b i e r n o s han r e c o n o c i d o (incluso
quizá i n c o n s c i e n t e m e n t e ) el p o d e r social por lo m e n o s d e un
t i p o de m ú s i c a : han p r o h i b i d o la m ú s i c a p o p y el g é n e r o de
danza q u e la a c o m p a ñ a , p r e t e x t a n d o n a t u r a l m e n t e q u e se
t r a t a de u n a reacción legítima c o n t r a la d e c a n d e n c i a . En
o t r o p l a n o , p o d í a n c o n t o d o d e r e c h o s u p o n e r q u e el carác-
ter ligero y relajado de este t i p o de m ú s i c a y d a n z a , haría
labor de zapa indirecta en la disciplina q u e sus m é t o d o s de
administración del país, e x i g e n .

La s e g u n d a o b s e r v a c i ó n es la siguiente: incluso los artis-

tas q u e creen p o d e r trabajar sin d i f i c u l t a d e s bajo un r é g i m e n
dictatorial, c o n s t a t a r á n q u e a largo plazo n o es así, p u e s t o
q u e el a m b i e n t e es c o n t r a r i o a la e x p e r i m e n t a c i ó n — s o b r e
t o d o i n c o m p r e n s i b l e para los representantes de los poderes
p ú b l i c o s , o para el " h o m b r e de la c a l l e " , en el n o m b r e del
cual t o d o s p r e t e n d e n h a b l a r — sin la cual el arte t e r m i n a

- 246 -
siempre, a n t e s o después, p o r n o hacer o t r a cosa q u e
repetirse. Cada s i s t e m a q u e , incluso p r e t e n d i e n d o f a v o r e c e r
a la artes, las obliga en c a m b i o a renunciar al ejercicio del
libre p e n s a m i e n t o o de la i m a g i n a c i ó n , y en c o n s e c u e n c i a , a
la c r e a t i v i d a d , deberían c o n v e n i r en una resistencia c o n j u n t a
de t o d a s las artes: lo mejor sería pasar a la c l a n d e s t i n i d a d .

Bien e n t e n d i d o q u e en el c o n j u n t o de esta disgresión

acerca del arte c o n s i d e r a d o c o m o i n s t r u m e n t o de análisis y
de crítica, e s t o y bajo el p u n t o de vista del m u n d o o c c i d e n t a l
e industrializado, d o n d e el arte es a m e n u d o u n a expresión
individualista y p l e n a m e n t e c o n s c i e n t e , antes q u e u n a a c t i -
vidad c o m u n i t a r i a y popular. ¿Qué p o d r í a m o s decir de los
países d ó n d e las artes — e n particular la m ú s i c a y la danza —
hacen parte t o d a v í a de u n a experiencia vivida c o l e c t i v a m e n -
t e p o r el c o n j u n t o de la población?

He v i s t o representaciones de este t i p o q u e m e h a n
llenado de a d m i r a c i ó n . N o p o d r í a m o s decir q u e se t r a t a de
un arte m u e r t o — p e r o e v o c a h o y a u n fósil c o n s e r v a d o
d e n t r o de un pedazo de á m b a r — y no p o d r á supervivir bajo
esta f o r m a . De h e c h o se c a m b i a c o n s t a n t e m e n t e y m u y
aprisa. La danza se c o n v i e r t e en u n e s p e c t á c u l o t u r í s t i c o , a
m e n u d o c o n u n a p e r f e c c i ó n t é c n i c a más a c a b a d a , más
p e r f e c c i o n a d a q u e antes y más profesional q u e antes, pero
más alejada cada vez de sus raíces. Es un error animar a
estos países a preservar así sus t r a d i c i o n e s , c o m o d e n t r o de
una v i t r i n a .

De t o d a s m a n e r a s estas experiencias artísticas, incluso

c u a n d o q u e d a n al a b r i g o de los t u r i s t a s , llegarán a m e n o s y
m e n o s g e n t e , a u n q u e sea en su país de o r i g e n . ¿Qué
pasará c o n las personas q u e se m e t e n p o r millones — e n
n ú m e r o c a d a día m a y o r — en estas g i g a n t e s c a s c i u d a d e s del
m u n d o en vía de desarrollo? En breve este m u n d o ha
c o m e n z a d o a perder, y está sin d u d a d e s t i n a d o a perder, sus

- 247 -
relaciones privilegiadas en lo q u e c o n c i e r n e al acceso de las
masas al arte. El n u e v o equilibrio e s t a b l e c i d o entre la p o b l a -
ción u r b a n a y rural, en estos países, las presiones de la
industrialización y de las e s t r u c t u r a s directrices q u e e n g e n -
dra — t o d o e s t o c o n t r i b u y e a reducir la f r e c u e n c i a y la perti-
nacia de las experiencias artísticas y culturales verbales y
directas, así c o m o a a u m e n t a r el " q u i n t o p o d e r " , el de una
crítica intelectual y artística, crítica y c o n s c i e n t e .

Se podría objetar, de t o d a m a n e r a , q u e en t o d a esta

exposición m e p r e o c u p o d e m a s i a d o de las artes considera-
das d e n t r o de sus relaciones sociales y no bastante de las
artes m i s m a s y p o r sí mismas. Las artes ¿no s o n , ellas
mismas, tal b i e n , q u e es preferible, (es decir, indispensable),
dejarles a c t u a r s e g ú n sus propias vías o c u l t a s . ¿No ejercerán
e n t o n c e s u n a a c c i ó n a más largo plazo, h a c i é n d o n o s entre-
ver las posibilidades de un porvenir mejor, existiendo incluso
bajo la tiranía y v o l v i é n d o n o s m á s a p t o s para trabajar, en
vista de tal porvenir? ¿Estaremos en c o n d i c i o n e s de apreciar
esta a c c i ó n si n o s e m p l e a m o s sin d e s c a n s o a o b t e n e r para
las artes c e r t i f i c a d o s explícitos de b u e n a c o n d u c t a ?

U n pasaje de W . H . A u d e n va m á s lejos t o d a v í a . A u d e n
nos asegura q u e es bueno t o c a r la lira mientras q u e se
q u e m a R o m a , q u e hay que resistir a la llamada de los q u e
nos e x h o r t a n a tirar la lira para c o g e r el e x t i n t o r ; añade q u e
esta llamada se hace oír en c a d a g e n e r a c i ó n y q u e si le
hiciésemos caso, t o d o s , en cada o c a s i ó n , nadie llegaría
n u n c a a c o m p o n e r , t o c a r o e s c u c h a r m ú s i c a . S e g ú n él, el
arte no tiene n i n g ú n p o d e r de persuasión, p r o p i a m e n t e
d i c h o ; existe, más bien que a f i r m a . S u s relaciones c o n el
espíritu h u m a n o se establecen por vías laberínticas; reflejan
un o r d e n y u n a belleza q u e t r a s c i e n d e n de las trivialidades
cotidianas; crea estructuras bellas en sí m i s m a s y para ellas
mismas, pero a d e m á s — s i se desea atribuirle un s i g n i f i c a d o

- 248 -
más p r o f u n d o — reflejan la p e r f e c t a a r m o n í a de la vida de
Dios.

C o m p a r t o en parte estos p u n t o s de vista. Se percibe

p e r f e c t a m e n t e lo que se pierde, si la a t e n c i ó n p r e d o m i n a n t e
c o n c e d i d a a las relaciones del arte c o n la s o c i e d a d , vuelve
insensible al p r o p i o arte; hace falta antes q u e nada t o m a r
posesión de la música y q u e ésta os posea. Y a pesar de
t o d o , y o n o sabría dar a esta d i s t i n c i ó n el carácter a b s o l u t o
que A u d e n le ha a t r i b u i d o en el t e x t o m e n c i o n a d o más
arriba. Si la libertad de e x p r e s i ó n , la posibilidad de decir
h o n r a d a m e n t e lo q u e u n o cree q u e es la v e r d a d , hubiese
desaparecido, y o preferiría pasarme de la música.

De t o d o lo d i c h o hasta a h o r a , sobresale lo siguiente: los

responsables de la enseñanza artística tienen una tarea
principal: a y u d a r a sus a l u m n o s a c o m p r e n d e r y a satisfacer
mejor las exigencias de las artes mismas, d e n t r o de su
propia naturaleza. Este t r a b a j o de catalizador es siempre
difícil. N o se trata esencialmente de " t r a n s m i t i r " ciertos
bienes de valor r e c o n o c i d o , sino de c o n t r i b u i r a q u e ciertos
p r o c e s o s se p r o d u z c a n . El d e f e c t o , por ej. de g r a n parte de
la enseñanza de la literatura en la escuela en ciertas é p o c a s
pasadas, no era q u e se propuiese c o m o f i n " e n s e ñ a r la
p o e s í a " sino q u e se elegían poesías m e d i o c r e s , s e n t i m e n t a -
les y elementales, o q u e se e s t u d i a b a n m a l , incuso la b u e n a
poesía, utilizando justificaciones afectivas i n t e m p e s t i v a s .

Estamos pues a b o c a d o s a a b o r d a r u n o de los p r o b l e m a s

más a r d u o s , al q u e casi siempre se elude en la é p o c a a c t u a l ,
c u a n d o t a n t o se habla de la " d e m o c r a t i z a c i ó n de las a r t e s " .
Este p r o b l e m a está ligado c o n la a f i r m a c i ó n s e g ú n la c u a l ,
h e m o s llegado f e l i z m e n t e , a ampliar la d e f i n i c i ó n del arte y
de la c u l t u r a hasta el p u n t o de p o d e r r e c o n o c e r a h o r a , q u e
t o d o s las artes t i e n e n u n valor igual; q u e e s t a n d o sus
diversas f o r m a s (hasta un p u n t o q u e no había sido a n t e s

- 249 -
s u f i c i e n t e m e n t e a d m i t i d o ) , d e t e r m i n a d a s p o r f a c t o r e s histó-
ricos y sociales, t o d a la referencia a diferentes niveles de
c r e a c i ó n artística, indica s i m p l e m e n t e q u e se t i e n e n c o n c e p -
t o s ya a c a b a d o s .

T o d o esto es aceptable hasta cierto p u n t o . M u c h a s

cosas s o n b u e n a s , cada u n a a su m a n e r a ; hace falta d i s t i n -
g u i r la a u t e n t i c i d a d y la o r i g i n a l i d a d , bajo sus m ú l t i p l e s
f o r m a s y evitar edificar falsas jerarquías. N o d e b e m o s juzgar
a la g e n t e ú n i c a m e n t e en f u n c i ó n de su p r o p e n s i ó n o ap-
t i t u d a p a r e n t e para apreciar las f o r m a s elevadas del arte.
T e n e m o s q u e empezar p o r a d m i t i r q u e u n a parte de lo q u e
se considera " a r t e e l e v a d o " no es más q u e una c u e s t i ó n de
clase social o de p r e t e n c i o n e s intelectuales, u n arte m u e r t o ;
q u e hay m u c h a s de las m a n i f e s t a c i o n e s de las artes q u e se
y a l o r a n c o m o " i n f e r i o r e s " q u e c o n t i e n e n más vitalidad q u e
en m u c h a s obras p e r t e n e c i e n t e s a los g é n e r o s c o n s i d e r a d o s
" n o b l e s " y en c o n s e n c u e n c i a , ciertos rechazos al " g r a n
a r t e " , p u e d e n resultar m u y s a n o s ; en f i n , y esto es m u c h o ,
m á s i m p o r t a n t e t o d a v í a , d e b e r í a m o s recordar mejor, q u e la
a p t i t u d inicial de la m a y o r parte de la g e n t e a a m a r el " g r a n
a r t e " d e p e n d e en parte de las posibilidades q u e han t e n i d o
d u r a n t e su e d u c a c i ó n . Para lo q u e c o n c i e r n e a estas cues-
t i o n e s , c o n v e n d r í a antes q u e n a d a , t e n e r presente las p o t e n -
cialidades existentes en la m a y o r parte de la g e n t e , pues
está bien p r o b a d o q u e p o d r í a n e n c o n t r a r s e allí d o n d e n o se
esperaba, s i e m p r e q u e supieran sacar p a r t i d o de ellas.

Hacer m ú s i c a s a nivel superior es a l g o d e m a s i a d o agra-

dable para dejarlo ú n i c a m e n t e a los profesionales. La f o r m a -
c i ó n del a f i c i o n a d o d o t a d o , debería ser a c c i ó n prioritaria en
la e d u c a c i ó n de nuestros c o n s e r v a t o r i o s , a u n q u e parezca
u n a idea revolucionaria; los q u e e n s e ñ a m o s en u n a escuela
oficial s a b e m o s q u e por c a d a p r o f e s i o n a l q u e f o r m a m o s ,
hemos preparado a m u c h o s aficionados, hombres y muje-

- 250 -
res, q u e han c a m b i a d o de carrera después, p o r presiones
económicas.

En la Universidad de Yale ha s u c e d i d o q u e t e n i e n d o u n
D e p a r t a m e n t o de M ú s i c a q u e d a una e d u c a c i ó n musical
general y una escuela S u p e r i o r Profesional de M ú s i c a , en los
ú l t i m o s a ñ o s los c o n c i e r t o s del g r u p o a f i c i o n a d o h a n atraído
más la a t e n c i ó n del p ú b l i c o q u e los de los profesionales.
¿Qué explicación p o d e m o s e n c o n t r a r ? En parte, a una cierta
repulsión de los a u d i t o r e s hacia la f o r m a l i d a d de la sala de
c o n c i e r t o s , ya q u e , la i d e n t i f i c a c i ó n c o n una c o m u n i d a d , es
t a m b i é n i m p o r t a n t e . Los e s t u d i a n t e s v a n a e s c u c h a r a o t r o s
estudiantes q u e c o n o c e n , antes q u e ir a un c o n c i e r t o de
profesionales, a u n q u e sea más p e r f e c t o . A d e m á s hay o t r o s
f a c t o r e s . N o siendo profesionales y no t e n i e n d o la o b l i g a -
ción de interpretar el repertorio h a b i t u a l , su p r o g r a m a está
lleno de obras q u e se oyen rara vez. A d e m á s esta orquesta
t o c a c o n t o d a la pasión q u e los a f i c i o n a d o s p o n e n en sus
a c t u a c i o n e s y este e n t u s i a s m o se c o m u n i c a a la audiencia.

Un acercamiento actual de la música hacia el niño

La investigación sobre las diversas manifestaciones del

s o n i d o podría ser el p u n t o de partida de la e d u c a c i ó n
musical m o d e r n a , del m i s m o m o d o q u e el color es el p u n t o
de partida para la e d u c a c i ó n artística m o d e r n a . Probar las
delicias del m u n d o s o n o r o t a n t o si son el c a n t o de los
pájaros, el r u i d o del v i e n t o en las hojas, el r u i d o de pasos
familiares o s o n i d o s q u e v i e n e n de i n s t r u m e n t o s e x ó t i c o s ;
p r o d u c i r s o n i d o s v o c a l m e n t e o de otra m a n e r a , capturarlos,
mezclarlos y m a n i p u l a r l o s gracias a los m é t o d o s electrónicos
m o d e r n o s , llevarían a una p e r c e p c i ó n más fina de la calidad
del s o n i d o . El mejor p e r í o d o para esta g é n e r o de experien-
cias es c u a n d o el o í d o es t a n r e c e p t i v o c o m o el cerebro. De
esta m a n e r a los chiquillos entrarían más f á c i l m e n t e en el

- 251 -
m u n d o de la música y serían más c o n s c i e n t e s , ya a d u l t o s ,
de la p o l u c i ó n de su e n t o r n o s o n o r o . A d e m á s los m é d i c o s
no cesan de repetir q u e los o í d o s de la j o v e n generación
están i r r e m e d i a b l e m e n t e perdidas por el e m p l e o i n a d e c u a d o
q u e h a c e n , del a m p l i f i c a d o r s o n o r o ; por t a n t o esta clase de
sensibilización y p e r c e p c i ó n musical, se hace t o d a v í a más
necesaria y u r g e n t e .

La e d u c a c i ó n musical tiene la posibilidad de permitir a

los niños de participar en esta f u n c i ó n extraordinaria q u e
consiste en fabricar m ú s i c a e x p e r i m e n t a l , a n i m á n d o l e s a
crear f r a g m e n t o s q u e p r o v i e n e n de infinidad de recursos
s o n o r o s . C o m o los j ó v e n e s artistas de las clases de escultura
y p i n t u r a ; p a r t i c i p a n d o en u n a s i t u a c i ó n c o n t e m p o r á n e a
sería lógico pensar q u e la m ú s i c a c o n la cual viven les
parecería c o m p l e t a m e n t e natural. H a b i e n d o h e c h o la expe-
riencia de m o d e l a r y de explorar p o r sí m i s m o s las s o n o r i -
dades musicales, p o d r í a n ver c ó m o generaciones de c o m p o -
sitores antes q u e ellos, h a n h e c h o lo m i s m o , en otras é p o c a s
y en otras culturas. La finalidad sería c o n s e g u i r desarrollar la
sensibilidad s o n o r a innata en el n i ñ o , o en el j o v e n , y de
preservar la intensidad natural del m o d o de p e r c e p c i ó n y de
sensación del n i ñ o , para q u e su espíritu y su o í d o se
abriesen n a t u r a l m e n t e a la m ú s i c a .

- 252 -
 RESUMEN

Este e n s a y o " L a m ú s i c a , v e h í c u l o de e x p r e s i ó n m u s i c a l "

quiere llamar la a t e n c i ó n hacia varias cosas.

La p r i m e r a , q u e e s t a m o s l l e g a n d o al a ñ o 2000 y no
p o d e m o s seguir e n q u i s t a d o s e n s e ñ a n d o la m ú s i c a c o m o en
p l e n o siglo xix, c o n los m é t o d o s del siglo xix y sin avanzar
en obras musicales más allá del siglo xix. N o s q u e j a m o s
después de q u e los j ó v e n e s no asisten a las m a n i f e s t a c i o -
nes musicales q u e les o r g a n i z a m o s , pero t i e n e n razón,
porque son anacrónicas y poco auténticas.

La s e g u n d a , q u e en esta é p o c a , abierta a la c o m u n i c a -
ción y a t o d a s las culturas, h e m o s d e s c u b i e r t o la maravilla
de expresión y r e f i n a m i e n t o q u e encierran la música de
países q u e antes c o n s i d e r á b a m o s bárbaros. S u s descubri-
m i e n t o s h a n ido por c a m i n o s distintos q u e los de nuestra
m ú s i c a a r m ó n i c a y p o l i f ó n i c a o c c i d e n t a l , pero ello no quiere
decir q u e n o hayan c o n s e g u i d o altas c o t a s de sensibilización
auditiva y e m o c i o n a l a través de la m ú s i c a . A h o r a que
e s t a m o s en c o n d i c i o n e s de p o d e r c o m p r e n d e r l e s , d e b e m o s
hacerlo y transmitir su mensaje a los j ó v e n e s de nuestra
generación y cultura.

La tercera. El Profesor de M ú s i c a . Este es el h o m b r e clave.

Nos e n c o n t r a m o s g e n e r a l m e n t e c o n u n Profesor que ha
recibido u n a enseñanza tradicional y q u e no sabe transmitir
otra cosa. Si q u e r e m o s de v e r d a d q u e el j o v e n de h o y no
h u y a de la clase de música y de d o n d e se celebren manifes-
t a c i o n e s musicales (no d i g o sala de c o n c i e r t o s ) , d e b e m o s
cambiar, c o m o a un calcetín, al p r o f e s o r de música
de hoy. T e n e m o s q u e llevar al j o v e n nuestros mejores
músicos y más entusiastas. Estos serán los maestros q u e
quieren oír. ¿Por q u é , si n o , asisten c o m o lo hacen a esas
manifestaciones multitudinarias de m ú s i c o s rock, en su día

- 253 -
los Beattles y v a n detrás del c a n t a n t e - í d o l o ? P o r q u e v a n
s i g u i e n d o la e m o c i ó n v e r d a d e r a , del artista q u e siente, se
e n t r e g a y a ellos los hace vibrar de e m o c i ó n .

Si fuese posible revivir a M o z a r t y a B a c h , i n t e r p r e t a n d o

sus propias obras, estos j ó v e n e s t a m b i é n sentirían la v e r d a d
de la m ú s i c a q u e ellos t r a n s m i t í a n ; pero en esta é p o c a de
f r i a l d a d , falsos ídolos y especialización, t i e n e n razón de huir
del m a u s o l e o de la sala de c o n c i e r t o s .

O c a m b i a m o s las f o r m a s de a c e r c a m i e n t o a la música y
las a d e c u a m o s a la c u l t u r a de h o y y al a ñ o 2000, o n o s
e n c o n t r a r e m o s solos, los viejos p r o f e s o r e s de m ú s i c a , repi-
t i e n d o viejos discos y viejos clichés, para n o s o t r o s m i s m o s .

- 254 -
 EPILOGO

Y EL SEPTIMO DIA DESCANSO'

Pero lo q u e no dicen las Escrituras es q u e descansó

mientras e s c u c h a b a la M U S I C A de las esferas.

- 257 -
 BIBLIOGRAFIA

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ADOLFO S A L A Z A R . — La música como proceso histórico de su invención.—

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Cap. IV

A D O L F O S A L A Z A R . — La música como proceso histórico de su invención.

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2. Los d e r e c h o s culturales c o m o d e r e c h o s h u m a n o s .
3. La d e s m i t i f i c a c i ó n de la C u l t u r a .
4. M é t o d o s y o b j e t i v o s de la p l a n i f i c a c i ó n c u l t u r a l .
5. A c c i ó n cultural de los O r g a n i s m o s internacionales
europeos.
6. Politicas culturales en Europa.
7. A n i m a c i ó n s o c i o - c u l t u r a l .
8. C u l t u r a española y a u t o n o m í a s .
9. M o d e l o de la c a m p a ñ a de p r o m o c i ó n cultural en
n ú c l e o s rurales.
10. F u n c i ó n p e d a g ó g i c a de los M u s e o s .
11. P r é s t a m o de libros a d o m i c i l i o p o r c o r r e o .
12. Cultura y C o m u n i d a d rural.
13. El M u s e o , c u l t u r a para t o d o s .
14. M a r í n , rey del T r o v o .
15. Bases para u n a c a m p a ñ a de p r o m o c i ó n cultural en
n ú c l e o s rurales.
16. C o r n u n i c a c í ó n , i n f o r m a c i ó n y c u l t u r a de masas.
17. A s p e c t o s J u r í d i c o s de la Defensa del P a t r i m o n i o Histó-
c o - A r t í s t í c o y Cultural.
18. La M ú s i c a , v e h í c u l o de e x p r e s i ó n c u l t u r a l .
19. A s p e c t o s j u r í d i c o s de la p r o t e c c i ó n del P a t r i m o n i o His-
t ó r i c o A r t í s t i c o y Cultural.

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