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Direito Administrativo
Atos Administrativos
Professor Fabiano Pereira
1
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Gabaritando as provas de Direito Administrativo – 2017!
Aula 03 – Atos Administrativos
Prof. Fabiano Pereira
Olá!
Bons estudos!
Fabiano Pereira
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br
"Direcione sua visão para o alto, quanto mais alto, melhor. Espere que as mais
maravilhosas coisas aconteçam, não no futuro, mas imediatamente. Perceba
que nada é bom demais para você. Não permita que absolutamente nada te
impeça ou te atrase, de modo algum."
(Eileen Caddy)
SUMÁRIO
ATOS ADMINISTRATIVOS
1. Considerações iniciais
3. Conceito
São vários os conceitos de ato administrativo formulados pelos
doutrinadores brasileiros, cada um com as suas peculiaridades. Entretanto,
percebe-se nas provas de concursos públicos uma maior inclinação pelo clássico
conceito elaborado pelo professor Hely Lopes Meirelles, que assim declara:
“Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim
imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.”
Analisando-se o conceito do saudoso professor, podemos concluir que o
ato administrativo possui características bastante peculiares e,
consequentemente, muito exigidas em provas:
1ª) É uma manifestação unilateral de vontade da Administração
Pública: nesse caso, é suficiente esclarecer que a Administração não está
obrigada a consultar o particular antes de editar um ato administrativo, ou
seja, a edição do ato depende, em regra, somente da vontade da Administração
(pense no caso da aplicação de uma multa de trânsito, por exemplo).
2ª) É necessário que o ato administrativo tenha sido editado por
quem esteja na condição de Administração Pública: é importante destacar
que, além dos órgãos e entidades que integram a Administração Pública direta
e indireta, também podem editar atos administrativos entidades que estão fora
da Administração, como acontece com as concessionárias e permissionárias de
serviços públicos, desde que investidos em prerrogativas estatais.
3ª) O ato administrativo visa sempre produzir efeitos no mundo
jurídico: segundo o professor, ao editar um ato administrativo, a
Administração visa adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou, ainda, impor obrigações aos administrados ou a si própria.
4.2. Finalidade
Trata-se de requisito sempre vinculado (previsto em lei) que impõe a
necessidade de respeito ao interesse público no momento da edição do ato
administrativo.
Tenho certeza de que você se recorda de que a finalidade do ato
administrativo deve ser atingida tanto em sentido amplo quanto em sentido
estrito para que este seja considerado válido.
Em sentido amplo, significa que todos os atos praticados pela
Administração devem atender ao interesse público. Em sentido estrito,
significa que todo ato praticado pela Administração possui uma finalidade
específica, prevista em lei.
Apesar de a Administração ter por objetivo a satisfação do interesse
público, é válido ressaltar que, em alguns casos, poderão ser editados atos com
o objetivo de satisfazer o interesse particular, como acontece, por exemplo,
na permissão de uso de certo bem público (quando o Município, por exemplo,
permite ao particular a possibilidade de utilizar uma loja do Mercado municipal
para montar o seu estabelecimento comercial).
Nesse caso, o interesse público também será atendido, mesmo que
secundariamente. O que não se admite é que um ato administrativo seja
editado exclusivamente para satisfazer o interesse particular.
4.3. Forma
A forma, que também é um requisito vinculado do ato administrativo, a
exemplo dos requisitos da competência e finalidade, também pode ser
compreendida em sentido estrito e em sentido amplo.
Em sentido estrito, a forma pode ser entendida como a exteriorização
do ato administrativo, o “modelo” do ato, o modo pelo qual ele se apresenta ao
mundo jurídico.
4.4. Motivo
O motivo, que também é chamado de “causa”, é o pressuposto de fato
e de direito que serve de fundamento para a edição do ato administrativo.
O motivo se manifesta através de ações ou omissões dos agentes
públicos, dos administrados ou, ainda, de necessidades da própria
Administração, que justificam ou impõem a edição de um ato administrativo.
Para que um ato administrativo seja validamente editado, faz-se
necessário que esteja presente o pressuposto de fato e de direito que
autoriza ou determina a sua edição.
a) Pressuposto de fato: É o acontecimento real, uma circunstância
fática concreta, externa ao agente público e que ensejou a edição do ato.
Exemplos: a circunstância fática concreta que enseja a edição de um
ato administrativo de desapropriação para fins de reforma agrária é a
improdutividade de um latifúndio rural; a circunstância fática concreta que
5.2. Imperatividade
A imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se
impõem a terceiros, independentemente de sua concordância ou
aquiescência.
Ao contrário do que ocorre na presunção de legitimidade, que não
necessita de expressa previsão em lei, a imperatividade exige autorização legal
e, portanto, não incide em relação a todos os atos administrativos.
5.3. Autoexecutoriedade
A autoexecutoriedade é o atributo que garante ao Poder Público a
possibilidade de obrigar terceiros ao cumprimento dos atos administrativos
editados, sem a necessidade de recorrer ao Poder Judiciário.
O referido atributo garante à Administração Pública a possibilidade de ir
além do que simplesmente impor um dever ao particular (consequência da
imperatividade), mas também utilizar força direta e material no sentido de
garantir que o ato administrativo seja executado.
5.4. Tipicidade
Não existe consenso doutrinário sobre a possibilidade de incluir a
tipicidade como um dos atributos do ato administrativo. Todavia, como as
bancas eventualmente utilizam o livro da professora Maria Sylvia Zanella di
Pietro como base para a elaboração de questões, é bom que o conheçamos.
Segundo a ilustre professora, podemos entender a tipicidade como “o
atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas
previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados”.
Como é possível observar, o princípio da tipicidade decorre da aplicação
do princípio da legalidade. Segundo o entendimento da professora di Pietro,
para cada finalidade que a administração pretende alcançar existe um ato
definido em lei, logo, o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas
previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados.
A tipicidade só existe com relação aos atos unilaterais; não existe nos contratos
porque, com relação a eles, não há imposição de vontade da Administração, que
depende sempre da aceitação do particular; nada impede que as partes convencionem
um contrato inominado, desde que atenda melhor ao interesse público e particular
(Maria Sylvia Zanella di Pietro).
Sendo assim, caso o ato individual tenha gerado direito adquirido para o
seu destinatário, torna-se irrevogável.
Atos de gestão são aqueles editados pela Administração sem fazer uso
de sua supremacia sobre o administrado, estabelecendo-se uma relação
horizontal (igualdade) e assemelhando-se aos atos de Direito privado, sendo
possível citar como exemplo a aquisição de bens pela Administração, o aluguel
de equipamentos etc.
Atos de expediente são os atos rotineiros praticados pelos agentes
administrativos no interior da Administração, sem caráter vinculante e sem
forma especial, que têm por objetivo organizar e operacionalizar as
atividades exercidas pelos órgãos e pelas entidades públicas. Para exemplificar,
podemos citar o preenchimento de um documento, a expedição de um ofício a
um particular, a rubrica nas páginas de um processo administrativo etc.
Todo ato administrativo, após ter sido editado, deve necessariamente ser
respeitado e cumprido, pois goza do atributo da presunção de legitimidade,
que lhe assegura a produção de efeitos jurídicos até posterior manifestação da
Administração Pública ou do Poder Judiciário em sentido contrário.
Apesar disso, deve ficar claro que os atos administrativos não são
eternos, já que podem ser extintos após a sua edição em virtude da
constatação de ilegalidade (anulação), em razão de conveniência ou
oportunidade da Administração (revogação) ou, simplesmente, em virtude de
seu destinatário ter deixado de cumprir os requisitos previstos em lei
(cassação).
Professor, as hipóteses citadas são as únicas que podem ensejar a
extinção do ato administrativo?
Não. Cassação, revogação e anulação são as principais para fins de
concursos públicos, mas existem várias outras, conforme estudaremos na
sequência.
8.2. Revogação
A revogação ocorre sempre que a Administração Pública decide
retirar, parcial ou integramente do ordenamento jurídico, um ato administrativo
válido, mas que deixou de atender ao interesse público em razão de não ser
mais conveniente ou oportuno.
Ao revogar um ato administrativo a Administração Pública está
declarando que uma situação, até então oportuna e conveniente ao interesse
público, não mais existe, o que justifica a extinção do ato.
Um ato ilegal jamais será revogado, mas sim anulado. Da mesma forma, se a
questão de prova afirmar que um ato inconveniente ou inoportuno deve ser anulado,
certamente estará incorreta, pois conveniência e oportunidade estão intimamente
relacionadas com a revogação.
8.3. Cassação
A cassação é o desfazimento de um ato válido em virtude do seu
destinatário ter descumprido os requisitos necessários para a sua
manutenção em vigor. Nesse caso, deve ficar bem claro que o particular,
destinatário do ato, é o único responsável pela sua extinção.
Exemplo: se a Administração concedeu uma licença para o particular
construir um prédio de 03 (três) andares, mas este construiu um prédio com 05
(cinco) andares, desrespeitou os requisitos inicialmente estabelecidos e,
portanto, o ato será cassado.
1. A Administração Pública edita dois tipos de atos jurídicos: a) atos que são
regidos pelo Direito Público e, consequentemente, denominados de atos
administrativos e b) atos regidos pelo Direito Privado;
2. Maria Sylvia Zanella di Pietro conceitua como fato administrativo o “fato”
ocorrido no âmbito da Administração Pública e que gera efeitos jurídicos no
âmbito do Direito Administrativo;
3. Fique atento ao conceito de ato administrativo formulado pelo professor
Hely Lopes Meirelles, pois ele é muito cobrado em questões de concursos:
“ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração
Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir,
resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor
obrigações aos administrados ou a si própria.”
4. São elementos ou requisitos do ato administrativo a competência, a
finalidade, a forma, o motivo e o objeto. Os três primeiros são sempre
vinculados e os dois últimos podem ser vinculados ou discricionários;
5. O ato administrativo não “cai do céu”. É necessário que alguém o edite para
que possa produzir efeitos jurídicos. Esse alguém é o agente público (também
chamado por alguns autores de “sujeito”), que recebe essa competência
expressamente do texto constitucional, através de lei (que é a regra geral)
ou, ainda, segundo o professor José dos Santos Carvalho Filho, através de
normas administrativas.
6. A finalidade é requisito sempre vinculado (previsto em lei) que impõe a
necessidade de respeito ao interesse público no momento da edição do ato
administrativo.
7. A forma pode ser compreendida em sentido estrito e em sentido amplo.
Em sentido estrito, pode ser entendida como a exteriorização do ato
administrativo, o “modelo” do ato, o modo pelo qual ele se apresenta ao mundo
jurídico. Em sentido amplo, pode ser entendida como a formalidade ou
procedimento a ser observado para a produção do ato administrativo.
que não existe para o direito administrativo, pois não foi editado por um agente
público, mas por alguém que se fez passar por tal condição.
25. Ato administrativo perfeito é aquele que já completou todo o seu ciclo
de formação, superando todas as fases necessárias para a sua produção. Em
contrapartida, ato administrativo imperfeito é aquele que ainda não
ultrapassou todas suas fases de produção e que, portanto, não pode produzir
efeitos.
26. Os atos normativos são aqueles editados com o objetivo de facilitar a fiel
execução das leis, possuindo comandos gerais e abstratos, tais como os
decretos regulamentares, as instruções normativas, os regimentos, entre
outros.
27. Os atos ordinatórios decorrem do poder hierárquico e têm o objetivo de
disciplinar o funcionamento da Administração, orientando os agentes públicos
subordinados no exercício das funções que desempenham.
28. Atos administrativos negociais são aqueles pelos quais a Administração
faculta aos particulares o exercício de determinada atividade, desde que
atendidas as condições estabelecidas pelo próprio Poder Público.
29. Segundo o professor Hely Lopes Meirelles, atos administrativos
enunciativos “são todos aqueles em que a Administração se limita a certificar
ou atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, sem se
vincular ao seu enunciado. Dentre os atos mais comuns dessa espécie,
merecem atenção as certidões, os atestados e os pareceres administrativos”.
30. Os atos punitivos são aqueles que contêm uma sanção imposta pela
Administração aos seus agentes públicos ou particulares que praticarem
atos ou condutas irregulares, violando os preceitos administrativos.
31. Para que você possa responder às questões de concursos públicos sem
medo de ser feliz, lembre-se sempre de que um ato ilegal (contrário ao
ordenamento jurídico) deve ser sempre anulado, nunca revogado. Além
disso, lembre-se ainda de que a anulação desse ato ilegal pode ser efetuada
pelo Poder Judiciário (quando provocado) ou pela própria Administração (de
ofício ou mediante provocação);
32. A anulação de um ato administrativo opera-se com efeitos retroativos (ex
tunc), ou seja, o ato perde os seus efeitos desde o momento de sua edição
(como se nunca tivesse existido), pois não origina direitos;
e legal, mas que deixou de atender ao interesse público em razão de não ser
mais conveniente ou oportuno.
34. O Poder Judiciário, no exercício de suas funções atípicas, também pode
editar atos administrativos (publicação de um edital de licitação, por exemplo).
Sendo assim, posteriormente, caso interesse público superveniente justifique a
revogação do edital licitatório, o próprio Poder Judiciário poderá fazê-lo;
35. Ao contrário do que ocorre na anulação, que produz efeitos “ex tunc”, na
revogação os efeitos serão sempre “ex nunc” (proativos). Isso significa dizer
que a revogação somente produz efeitos prospectivos, ou seja, para frente,
conservando-se todos os efeitos que já haviam sido produzidos;
36. Não podem ser revogados os atos já consumados, que exauriram seus
efeitos; os atos vinculados; os atos que já geraram direitos adquiridos
para os particulares; os atos que integram um procedimento e os
denominados meros atos administrativos;
37. A cassação é o desfazimento de um ato válido em virtude do seu
destinatário ter descumprido os requisitos necessários para a sua
manutenção em vigor. Sendo assim, deve ficar bem claro que o particular,
destinatário do ato, é o único responsável pela sua extinção;
38. A convalidação (correção) de um ato administrativo somente pode ocorrer
em relação aos vícios sanáveis, pois, caso o ato apresente vícios insanáveis,
deverá ser necessariamente anulado.
39. O vício de incompetência admite convalidação, que nesse caso recebe o
nome de ratificação, desde que não se trate de competência outorgada com
exclusividade;
40. Em relação ao requisito “forma”, a convalidação é possível se ela não for
essencial à validade do ato administrativo;
41. O prazo que a Administração possui para anular os atos ilegais é de 05
(cinco) anos. Ultrapassado esse prazo, considera-se que o ato foi tacitamente
(automaticamente) convalidado, salvo comprovada má-fé do beneficiário.
MAPA MENTAL
Comentários
a) O cumprimento de ato administrativo consistente em apreensão e destruição
de mercadoria imprópria para o consumo não está sujeito à revogação, por se
tratar de ato consumado (isto é, que já produziu os seus respectivos efeitos).
A propósito, lembre-se de que também não podem ser revogados os atos
vinculados, que geraram direitos adquiridos para os destinatários, que integram
um procedimento administrativo e os denominados meros atos administrativos.
Assertiva incorreta.
b) Ato administrativo complexo é aquele que depende da manifestação de
vontade autônoma de dois ou mais órgãos para que seja editado. Apesar
de ser um único ato, é necessário que exista consenso entre diferentes
órgãos para que possa produzir os efeitos desejados. É o caso do ato de
concessão de aposentadoria a servidor público, que somente produz todos os
seus efeitos após análise da legalidade pelo Tribunal de Contas. Assertiva
incorreta.
c) A exigibilidade assegura à Administração a prerrogativa de valer-se de
meios indiretos de coerção para obrigar o particular a cumprir uma
determinada obrigação, a exemplo do que ocorre na aplicação de uma multa.
Existindo a possibilidade de aplicação de multa pelo não cumprimento de uma
obrigação o particular irá “pensar duas vezes” antes de descumpri-la. Por isso
trata-se de um meio indireto de coerção. Nesse caso, o administrado não está
sendo obrigado (compelido) a cumprir a obrigação, mas apenas “pressionado”.
O atributo que impõe a observância obrigatória dos atos administrativos,
independentemente de concordância ou aquiescência, denomina-se
imperatividade. Assertiva incorreta.
d) A anulação de um ato administrativo opera-se com efeitos retroativos (ex
tunc), isto é, o ato perde os seus efeitos desde o momento de sua edição
(como se nunca tivesse existido), pois não origina direitos. Assertiva correta.
e) A extinção natural do ato ocorre após o transcurso normal do prazo
inicialmente fixado para a produção de seus efeitos. Exemplo: se foi concedida
licença paternidade a servidor, o ato será extinto naturalmente depois de 05
(cinco) dias (que é o prazo legal de gozo da licença). Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra d.
Comentários
a) O prazo que a Administração possui para anular os atos ilegais é de 05
(cinco) anos. Ultrapassado esse prazo, considera-se que o ato foi tacitamente
(automaticamente) convalidado, salvo comprovada má-fé do beneficiário.
Assertiva incorreta.
b) O entendimento majoritário é no sentido de que a concessão da
aposentadoria somente se aperfeiçoa com o seu registro no respectivo
Tribunal de Contas. A partir de tal registro é que, em tese, decorre o prazo
decadencial para a Administração Pública promover a sua anulação, se for o
caso.
Todavia, em observância aos princípios da razoabilidade e da segurança
jurídica, firmou-se entendimento de que não é possível a anulação da
concessão da aposentadoria quando estiverem presentes os seguintes
requisitos, de maneira cumulada: (a) transcurso do prazo de 5 (cinco) anos a
partir do pagamento do primeiro benefício; (b) ausência do contraditório e da
ampla defesa no processo administrativo; e (c) não-comprovação da má-fé do
servidor.
Em sentido contrário pode-se concluir, portanto, que se o servidor agiu de má-
fé e foram assegurados o contraditório e ampla defesa no respectivo processo
administrativo, torna-se possível anular o ato de concessão de aposentadoria
mesmo depois de decorridos mais de 5 (cinco) anos. Assertiva correta.
c) Para que um determinado ato seja imputado ao Estado, torna-se
imprescindível que se revista, no mínimo, de aparência de ato jurídico legítimo
e seja praticado por alguém que se deva presumir um agente público (teoria
da aparência). Fora desses casos, o ato não será considerado ato do Estado.
Ademais, exige-se que o terceiro beneficiado pelo ato esteja atuando de boa-fé,
pois, caso contrário, o ato não produzirá os seus efeitos.
Maria Sylvia Zanella di Pietro afirma que a teoria da aparência “é utilizada por
muitos autores para justificar a validade dos atos praticados por funcionário de
Comentários
Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que “’funcionário de fato’ é aquele
cuja investidura foi irregular, mas cuja situação tem a aparência de legalidade”.
Se o indivíduo foi regularmente investido em cargo público, respeitando-
se todos os trâmites legais, será considerado agente (ou funcionário)
público de direito. Todavia, se ocorreu alguma irregularidade durante o seu
provimento ou, ainda, continua praticando atos em nome da Administração
Pública depois de aposentado será denominado agente público (ou
funcionário) de fato.
Analisando-se o exemplo apresentado pela questão, constata-se que no
dia 28∕12∕12 João não podia mais ser considerado servidor público, já que havia
se aposentado no dia anterior. Todavia, como os atos praticados pelos agentes
públicos (ou quem “parece” ter essa condição, como é o caso de João) devem
ser imputados à pessoa jurídica a qual estão vinculados (consequência do
princípio da impessoalidade), não faz sentido anulá-los, ainda que provenientes
de funcionário de fato, pois, juridicamente, quem os praticou foi a própria
União e não o servidor aposentado em si.
Nesse caso, para que o ato praticado por João continue produzindo os
seus efeitos normalmente, basta que fique configurada a boa-fé do beneficiário
e que ocorra a convalidação posterior, mediante a prática de outro ato, pela
autoridade competente, confirmando o anterior.
Gabarito: Letra c.
Gabarito: Letra b.
Comentários
Comentários
também pode ser considerada improrrogável, pois o agente público não pode
praticar atos que estejam fora do âmbito de sua competência. Assertiva
correta.
d) Eis aqui mais uma assertiva que gerou muito discussão entre os candidatos,
e com razão!
O art. 13 da Lei 9.784/1999 é expresso ao afirmar que “será permitida, em
caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a
avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior”. Diante do que foi exposto, não há dúvidas de que a avocação
realmente deve ocorrer em caráter excepcional.
Todavia, essa “excepcionalidade” não se aplica à delegação. A professora Maria
Sylvia Zanella di Pietro, por exemplo, afirma que “a regra é a possibilidade de
delegação; a exceção é a impossibilidade, que só ocorre quando se trate de
competência outorgada com exclusividade a determinado órgão”. Contudo,
mesmo diante dos argumentos da professora Maria Sylvia Zanella di Pietro, a
ESAF decidiu considerar a assertiva correta, indeferindo todos os recursos que
foram apresentados.
e) O texto da assertiva simplesmente reproduziu o entendimento do professor
José dos Santos Carvalho Filho, quando afirma que “a norma que define a
competência recebe o influxo de diversos fatores: são os critérios definidores da
competência. Tais critérios constituem fatores necessários à consecução do fim
último do instituto - a organização e a distribuição de tarefas. A definição da
competência, assim, decorre dos critérios em razão da matéria, da
hierarquia, do lugar e do tempo”. Assertiva correta.
GABARITO: LETRA B.
GABARITO: LETRA B.
Comentários
Comentários
Item I – O texto da assertiva está correto, pois o atributo da
imperatividade somente está presente nos atos administrativos que impõem
obrigações aos particulares, a exemplo de um decreto de desapropriação. Nos
atos enunciativos, que são aqueles pelos quais a Administração simplesmente
atesta ou reconhece determinada situação de fato ou de direito, esse atributo
não existe.
Item II – Enquanto o objeto apresenta-se como o efeito jurídico
imediato (primário) que o ato produz, a finalidade pode ser entendida como o
efeito jurídico mediato (secundário) que o ato visa alcançar, portanto, está
correta a assertiva.
Item III – Mais uma assertiva da ESAF que simplesmente reproduziu as
palavras da professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ao afirmar que “a fonte
da discricionariedade é a própria lei; aquela só existe nos espaços deixados por
esta. Nesses espaços a atuação livre da Administração é previamente
legitimada pelo legislador.
Ao ser obrigado a escolher a conduta mais satisfatória ao interesse
público, dentre as várias opções existentes, o administrador público atuará
discricionariamente, porém, nos limites e “espaços” permitidos pela lei.
Assertiva correta.
Item IV – O professor Hely Lopes Meirelles afirma que “atos
administrativos negociais são todos aqueles que contêm uma declaração de
vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a
deferir certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas
pelo Poder Público”, portanto, correta a assertiva.
Item V – A revogação restringe-se à análise dos critérios de
conveniência e oportunidade e somente pode ser realizada pelo responsável
pela edição do ato administrativo, no caso, a Administração.
O Poder Judiciário apenas poderá revogar um ato administrativo se tiver
sido o responsável pela sua edição, como acontece, por exemplo, quando um
Comentários
c) Atos consumados.
d) Atos administrativos praticados pelo Poder Judiciário.
e) Atos, já preclusos, que integrem procedimento.
Comentários
Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que alguns
atos administrativos não podem ser revogados, a saber:
1º) os atos já consumados, que exauriram seus efeitos:
suponhamos que tenha sido editado um ato concessivo de férias a um
servidor e que todo o período já tenha sido gozado. Ora, neste caso, não
há como revogar o ato que concedeu férias ao servidor, pois todos os
efeitos do ato já foram produzidos;
2º) os atos vinculados: se a lei é responsável pela definição de todos os
requisitos do ato administrativo, não é possível que a Administração
efetue a sua revogação com base na conveniência e oportunidade
(condição necessária para a revogação);
3º) os atos que já geraram direitos adquiridos para os
particulares: trata-se de garantia constitucional assegurada
expressamente no inciso XXXVI do artigo 5º da CF/88;
4º) os atos que integram um procedimento, pois, neste caso, a cada
ato praticado surge uma nova etapa, ocorrendo a preclusão de revogação
da anterior.
5º) os denominados meros atos administrativos, pois, neste caso,
os efeitos são estabelecidos diretamente na lei.
Entretanto, o simples fato de um ato administrativo ter sido editado pelo
Poder Judiciário, no exercício atípico de função administrativa, não o torna
insuscetível de revogação, já que possui as mesmas características dos atos
editados pelos demais poderes.
Gabarito: Letra d.
Comentários
a) Apesar de a Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal assegurar à
Administração a prerrogativa de revogar os seus próprios atos, por motivo de
conveniência ou oportunidade (discricionariedade administrativa), impõe a
necessidade de respeito aos direitos adquiridos, o que torna correta a
assertiva.
b) Em regra, todos os atos administrativos precisam ser motivados (pelo
menos esse é o entendimento da doutrina majoritária e que deve ser assimilado
para concursos públicos), assim como acontece na revogação, o que torna a
assertiva incorreta.
São raros os atos administrativos que prescindem (dispensam) de motivação.
Nas provas da ESAF, o exemplo mais utilizado de ato administrativo cuja
motivação não é obrigatória é o de exoneração e nomeação para cargos em
comissão (também chamados de cargos em confiança).
c) O art. 54 da Lei 9.784/1999 preceitua que “o direito da Administração de
anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé”. Assertiva incorreta.
d) O art. 50 da Lei 9.784/1999 prevê que, dentre outras hipóteses, deverão
ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, os atos
administrativos que importem anulação, revogação, suspensão ou
convalidação de ato administrativo. Assertiva incorreta.
e) O texto da assertiva contraria expressamente o teor do art. 53 da Lei
9.784/1999, que é expresso ao afirmar que “a Administração deve anular seus
próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos”. Assertiva incorreta.
GABARITO: LETRA A.
a) Competência.
b) Forma.
c) Motivo.
d) Objetivo.
e) Finalidade.
Comentários
É necessário que alguém edite o ato administrativo para que possa produzir
efeitos jurídicos. Esse alguém é o agente público (também chamado por alguns
autores de “sujeito”), que recebe essa competência expressamente do texto
constitucional, através de lei (que é a regra geral) ou, ainda, segundo o
professor José dos Santos Carvalho Filho, através de normas administrativas.
Assertiva correta.
GABARITO: LETRA A
a) Finalidade / motivo.
b) Forma /objeto.
c) Competência / finalidade.
d) Motivo / objeto.
e) Finalidade / forma.
Comentários
José dos Santos Carvalho Filho explica que “se a situação de fato já está
delineada na norma legal, ao agente nada mais cabe senão praticar o ato tão
logo seja ela configurada. Atua ele como executor da lei em virtude do princípio
da legalidade que norteia a Administração. Caracterizar-se-á, desse modo, a
produção de ato vinculado por haver estrita vinculação do agente à lei.
GABARITO: LETRA D
a) 2, 1, 3, 1, 1, 2
b) 3, 2, 3, 2, 2, 1
c) 3, 2, 3, 1, 1, 2
d) 1, 2, 1, 1, 1, 3
e) 2, 2, 3, 1, 1, 3
Comentários
Atos de gestão são aqueles editados pela Administração sem fazer uso de
sua supremacia sobre o administrado, estabelecendo-se uma relação
horizontal (igualdade) e assemelhando-se aos atos de Direito privado, sendo
possível citar como exemplo a aquisição de bens pela Administração, o aluguel
de equipamentos, a autorização ou permissão de uso.
GABARITO: LETRA C
a) Contraposição.
b) Convalidação.
c) Revogação.
d) Cassação.
e) Anulação.
a) Competência.
b) Forma.
c) Motivo.
d) Objetivo.
e) Finalidade.
a) Finalidade / motivo.
b) Forma /objeto.
c) Competência / finalidade.
d) Motivo / objeto.
e) Finalidade / forma.
a) 2, 1, 3, 1, 1, 2
b) 3, 2, 3, 2, 2, 1
c) 3, 2, 3, 1, 1, 2
d) 1, 2, 1, 1, 1, 3
e) 2, 2, 3, 1, 1, 3
GABARITO
O poder discricionário deve ser exercido nos estritos termos da lei, pois, caso
contrário, o agente público competente poderá ser responsabilizado nas esferas
penal, administrativa e civil. Assertiva incorreta.
Analisando-se o texto da questão, não restam dúvidas de que o ato anterior foi
convalidado por meio do instituto da reforma. Assertiva incorreta.
prejudicado pode provar a ilegalidade do ato para que não seja obrigado a
cumpri-lo. Desse modo, deve ficar claro que a presunção de legitimidade e
veracidade será sempre juris tantum (relativa), pois é assegurado ao
interessado recorrer à Administração, ou mesmo ao Poder Judiciário, para
que não seja obrigado a submeter-se aos efeitos do ato (que considera ilegítimo
ou ilegal). Assertiva incorreta.
O professor Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que de acordo com a teoria
dos motivos determinantes, “os motivos que determinam a vontade do agente,
Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que “até mesmo o silêncio pode significar
forma de manifestação da vontade, quando a lei assim o prevê; normalmente
ocorre quando a lei fixa um prazo, findo o qual o silêncio da Administração
significa concordância ou discordância.” Assertiva correta.
A repristinação, que nada mais é do que a restauração dos efeitos de lei que se
encontrava revogada, também é possível no âmbito dos atos administrativos,
desde que também venha expressa no ato revogador.
Se o ato B revoga o ato A, por exemplo, este deixa de produzir efeitos. Todavia,
se o ato C posteriormente revoga o ato B, o ato A não será repristinado
automaticamente, salvo se assim dispuser o conteúdo do ato revogador (ato C).
Assertiva correta.
A propósito, destaca-se que a Lei 9.784/1999, em seu artigo 50, § 1º, dispõe
que a motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir
em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres,
informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do
ato, o que a doutrina convencionou chamar de motivação aliunde. Assertiva
incorreta.
fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução”. Assertiva incorreta.
Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que, de acordo com a teoria dos
motivos determinantes, os motivos que determinam a vontade do agente,
isto é, os fatos que serviram de suporte à sua decisão, integram a validade do
ato. Sendo assim, a invocação de “motivos de fato” falsos, inexistentes ou
incorretamente qualificados vicia o ato mesmo quando, conforme já se disse, a
lei não haja estabelecido, antecipadamente, os motivos que ensejariam a
prática do ato. Uma vez enunciados pelo agente os motivos em que se calçou,
ainda quando a lei não haja expressamente imposto a obrigação de enunciá-los,
o ato só será válido se estes realmente ocorreram e o justificavam. Assertiva
correta.
Diante do exposto, não restam dúvidas de que a assertiva deve ser considerada
incorreta.
O art. 2º, “e”, da Lei 4.717/1965 (que regular a ação popular), afirma que “o
desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim
diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência”.
Assertiva correta.
Comentários
GABARITO: LETRA E
O ato administrativo declaratório não implanta uma nova situação jurídica, nem
modifica ou extingue uma situação existente, ele apenas certifica a existência
de uma situação anterior, como esclarece Marcelo Alexandrino e Vicente
Paulo:
O decreto só pode ser editado pelo chefe do executivo, como expõe Hely
Lopes Meirelles: “Decretos, em sentido próprio e restrito, são atos
administrativos da competência exclusiva dos Chefes do Executivo,
destinados a prover situações gerais ou individuais, abstratamente previstas de
modo expresso, explícito ou implícito, pela legislação.”.
Para Hely Lopes Meirelles, “atos vinculados ou regrados são aqueles para os
quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização”, ao passo
que “discricionários são os que a Administração pode praticar com liberdade
de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de sua
oportunidade e de seu modo de realização”.
GABARITO
Comentários
O motivo utilizado por Rodrigo para indeferir as férias pleiteadas por José foi
falso, com isso o ato administrativo apresenta vício de motivo.
GABARITO: LETRA A
Comentários
Como não houve ilegalidade do ato no caso mostrado, mas houve posterior
ofensa ao interesse público, cabe possível aplicação por parte da
Administração da revogação.
GABARITO: LETRA E
Comentários
GABARITO: LETRA C
a) não podem ser objeto de controle pelo judiciário, tendo em vista que
podem ser executados diretamente pela própria Administração pública.
Comentários
d) A análise feita pelo controle judicial não abrange todos os aspectos do ato
administrativo, apenas o aspecto da legalidade. Assertiva incorreta.
GABARITO: LETRA E
Comentários
Se agente público produz ato administrativo com vício de legalidade, o ato deve
ser anulado, com efeitos retroativos à data na qual foi publicado.
GABARITO: LETRA D
Comentários
GABARITO: LETRA C
Gabarito: Letra d.
Comentários
Gabarito: Letra a.
Comentários
a) Para Maria Sylvia Zanella di Pietro, o objeto ou conteúdo ilegal não pode
ser objeto de convalidação. Com relação a esse elemento do ato
administrativo, é possível a conversão, que alguns dizem ser espécie do gênero
convalidação e outros afirmam ser instituto diverso, posição que nos parece
mais correta, porque a conversão implica a substituição de um ato por outro.
Pode ser definida corno o ato administrativo pelo qual a Administração converte
um ato inválido em ato de outra categoria, com efeitos retroativos à data do ato
original. O objetivo é aproveitar os efeitos já produzidos. Um exemplo seria o
de urna concessão de uso feita sem licitação, quando a lei a exige; pode ser
convertida em permissão precária, em que não há a mesma exigência; com
isso, imprime-se validade ao uso do bem público, já consentido. Assertiva
incorreta.
d) cabível a anulação, que pode ser feita pelo Poder Judiciário, ou pela
própria Administração pública.
e) cabível a convalidação do ato, que pode ser feita apenas pela
Administração pública.
Comentários
a) Se o vício do ato encontra-se no elemento motivo, não se admite a
convalidação, portanto, o ato é nulo de pleno direito. Assertiva incorreta.
b) Os atos administrativos ilegais podem ser anulados pela própria
Administração Pública ou pelo Poder Judicial, no exercício de seu controle
externo. Assertiva incorreta.
c) Se o ato apresenta vício de motivo, conclui-se que é ilegal. Por sua vez, os
atos administrativos ilegais devem ser anulados e não revogados. Assertiva
incorreta.
d) Os atos administrativos ilegais podem ser anulados pela própria
Administração Pública ou pelo Poder Judicial, no exercício de seu controle
externo. Assertiva correta.
e) A convalidação do ato administrativo realmente só pode ser feita pela
Administração Pública. Todavia, não é cabível no caso em concreto. Assertiva
incorreta.
Gabarito: Letra d.
e) I, II e III.
Comentários
Item I - Segundo a professora Maria Sylvia Zanella di Pietro,
“convalidação é o ato administrativo através do qual é suprido o vício existente
em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado”.
Na verdade, a convalidação nada mais é que a “correção” do ato administrativo
portador de defeito sanável de legalidade, com efeitos retroativos (desde a
sua edição). Assertiva correta.
Item II – A convalidação é feita, em regra, pela Administração, mas
eventualmente poderá ser feita pelo administrado, quando a edição do ato
dependia da manifestação de sua vontade e a exigência não foi observada. Este
pode emiti-la posteriormente, convalidando o ato. Assertiva incorreta.
Item III – Em nenhuma hipótese admite-se a convalidação de ato
administrativo com vício de motivo. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra d.
Comentários
Ao responder às questões de prova, lembre-se sempre de que existem alguns
atos administrativos que não podem ser revogados, são eles:
1º) os atos já consumados, que exauriram seus efeitos: a exemplo do
que ocorreu no caso apresentado pelo enunciado. Ora, se já transcorreu o prazo
de 30 dias da licença não é possível revogá-la, pois os efeitos da revogação são
ex nunc. Perceba que de qualquer forma o servidor iria retornar ao trabalho,
com ou sem a revogação;
Comentários
a) A revogação somente incide sobre atos válidos. Por sua vez, a anulação recai
sobre atos ilegais, isto é, editados em desconformidade com a legislação
vigente. Assertiva correta.
b) Somente os atos discricionários podem ser revogados. Os atos
administrativos vinculados, cujos requisitos estão previstos expressamente no
texto legal, são insuscetíveis de revogação. Assertiva incorreta.
c) A revogação de ato administrativo somente pode ser feita pela própria
Administração Pública responsável pela edição. O Poder Judiciário só pode
revogar os seus próprios atos administrativos, jamais aqueles editados pela
Administração. Assertiva incorreta.
d) A revogação de ato administrativo é sempre discricionária, submetida aos
critérios de conveniência e oportunidade. Assertiva incorreta.
e) Ao contrário do que ocorre na anulação, cujos efeitos são “ex tunc”, na
revogação os efeitos serão sempre “ex nunc” (proativos). Isso significa dizer
Comentários
Segundo dispõe a teoria dos motivos determinantes, o motivo alegado pelo
agente público no momento da edição do ato deve corresponder à realidade,
tem que ser verdadeiro, pois, caso contrário, comprovando o interessado que o
motivo informado não guarda qualquer relação com a edição do ato ou que
simplesmente não existe, o ato deverá ser anulado pela própria
Administração ou pelo Poder Judiciário.
Comentários
a) O motivo é requisito indispensável à edição dos atos administrativos
vinculados e discricionários. Todavia, no primeiro caso é fixado pela própria lei,
enquanto no segundo ficará ao talante do administrador público. Assertiva
incorreta.
b) Nem todos os atos administrativos discricionários permitem convalidação. Se
o vício de ilegalidade estiver presente nos requisitos de finalidade ou motivo,
por exemplo, não será possível. Assertiva incorreta.
c) Se o ato administrativo é vinculado significa que a lei estabeleceu
previamente todos os requisitos necessários à sua edição, inclusive a
finalidade. Assertiva incorreta.
d) A autoexecutoriedade está presente tanto nos administrativos vinculados
quanto nos atos administrativos discricionários. Assertiva incorreta.
e) Os atos administrativos discricionários também estão sujeitos ao controle de
legalidade pelo Poder Judiciário, que ainda poderá verificar a respectiva
compatibilidade com os princípios da razoabilidade, proporcionalidade e
moralidade. O que se veda ao Poder Judiciário é a análise direta da
conveniência e oportunidade do mérito do ato discricionário. Assertiva correta.
Gabarito. Letra e.
Comentários
a) Nos termos da Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal, “a administração
pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. Não há necessidade de
submissão ao controle do Poder Judiciário antes de promover a anulação.
Assertiva incorreta.
b) O atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, conforme se constata
na decisão referente ao julgamento do Agravo Regimental em Agravo de
Instrumento nº 710.085/SP, publicado no DJE em 05/03/2009, é no sentido de
que a anulação de ato administrativo não dispensa a instauração de processo
administrativo prévio, com a observância dos princípios da ampla defesa e
contraditório, principalmente quando os efeitos da anulação repercutirem no
campo de interesses individuais (de particulares). Assertiva incorreta.
c) Não há necessidade de instauração de processo administrativo para a
reconstituição do status quo ante (situação anterior), pois se trata de efeito
automático do ato administrativo de anulação (ex tunc). Assertiva incorreta.
d) O atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, conforme se constata
na decisão referente ao julgamento do Agravo Regimental em Agravo de
Instrumento nº 710.085/SP, publicado no DJE em 05/03/2009, é no sentido de
que a anulação de ato administrativo não dispensa a instauração de processo
administrativo prévio, com a observância dos princípios da ampla defesa e
contraditório, principalmente quando os efeitos da anulação repercutirem no
campo de interesses individuais (de particulares). Assertiva correta.
e) Não há obrigatoriedade de submissão aos tribunais de contas dos processos
administrativos que envolvam a anulação de atos administrativos, pois essa
prerrogativa é assegurada com exclusividade à Administração Pública pelas
Súmulas 473 e 346 do Supremo Tribunal Federal. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra d.
Comentários
Analisando-se o texto do enunciado, constata-se que não há qualquer
ilegalidade em ambos os processos administrativos (o que afasta qualquer
possibilidade de anulação). Todavia, em determinado momento o administrador
público teve que exercer o seu poder discricionário e optar pela “obra pública”
mais conveniente e oportuna para o interesse da coletividade (em virtude das
escassez de recursos), decidindo pela construção das unidades hospitalares.
Nesse caso, em relação ao processo de contratação da ciclovia, que foi
preterido, pode a Administração Pública revogá-lo, demonstradas as razões de
interesse público que nortearam o juízo discricionário, não havendo efeitos
retroativos, uma vez que não estavam presentes vícios de legalidade.
Gabarito: Letra c.
Comentários
Se não estavam presentes os requisitos legais para a concessão da licença, não
há que se falar em revogação, pois o ato é ilegal. A revogação somente incide
sobre atos legais, que não sejam mais oportunos e/ou convenientes ao
interesse público. Sendo assim, a licença deve ser anulada pela própria
Administração Pública, com base no princípio da autotutela ou pelo Poder
Judiciário mediante provocação.
Gabarito: Letra b.
Comentários
a) A revogação somente incide sobre atos legais, que não sejam mais
oportunos e/ou convenientes ao interesse público, jamais sobre atos ilegais.
Assertiva incorreta.
b) Não se pode afirmar que a competência para revogar ato administrativo é
sempre delegável, pois a lei pode estabelecê-la como exclusiva de determinado
órgão ou agente público. Assertiva incorreta.
c) Ato consumado ou exaurido é aquele que já produziu todos os seus
efeitos, tornando-se definitivo, imodificável e insuscetível de revogação, seja no
âmbito judicial ou perante a própria Administração Pública. Não se pode
revogar, por exemplo, as férias de um servidor que já foram integralmente
usufruídas. Assertiva incorreta.
d) Ato administrativo pendente ou ineficaz é aquele que, embora perfeito
(pois já cumpriu todas as etapas necessárias para a sua edição), ainda não
pode produzir todos os seus efeitos porque está aguardando a ocorrência de um
evento futuro e certo (termo) ou futuro e incerto (condição). Nesse caso,
apesar de os efeitos ainda não iniciados, pode ser revogado. Assertiva correta.
e) Os atos vinculados não podem ser revogados, pois, se a lei é responsável
pela definição de todos os requisitos do ato administrativo, não é possível que a
Administração efetue a sua revogação com base na conveniência e
oportunidade (condição necessária para a revogação). Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra d.
Comentários
Segundo o professor Hely Lopes Meirelles, atos administrativos enunciativos
“são todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou atestar um
fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, sem se vincular ao seu
enunciado. Dentre os atos mais comuns dessa espécie, merecem atenção as
certidões, os atestados e os pareceres administrativos”.
Os atos enunciativos são meros atos administrativos, portanto, não
produzem efeitos jurídicos. Alguns autores chegam a afirmam que os atos
enunciativos não seriam sequer atos administrativos, deixando de manifestar
alguns dos seus atributos, a exemplo da imperatividade (já que são editados
a pedido do administrado).
Gabarito: Letra a.
Comentários
Segundo a teoria dos motivos determinantes, o motivo alegado pelo agente
público no momento da edição do ato deve corresponder à realidade, tem que
Gabarito: Letra c.
Comentários
Um dos requisitos do ato administrativo, que pode ser discricionário ou
vinculado, é o objeto (também denominado de conteúdo por alguns
autores), entendido como a coisa ou a relação jurídica sobre a qual recai o
ato. Trata-se do efeito jurídico imediato (primário) que o ato administrativo
produz.
O efeito jurídico imediato do ato (objeto) seria a aplicação da penalidade de
suspensão, contudo, como foi aplicada a penalidade de advertência, constata-se
vício presente no próprio conteúdo do ato.
Gabarito: Letra b.
razões que o levaram a tal, ainda que não seja exatamente o caminho e
o resultado previstos na lei.
Comentários
a) Existem alguns atos administrativos que, em caráter excepcionalíssimo,
dispensam motivação. É o caso das nomeações e exonerações para cargos em
comissão (também chamados de cargos de confiança). Assertiva incorreta.
b) É necessário que você tenha muita atenção ao responder às questões de
prova para não confundir motivo e motivação, que possuem significados
diferentes. O motivo, conforme acabei de expor, pode ser entendido como o
pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento para a edição do
ato administrativo. Por outro lado, a motivação nada mais é que exposição dos
motivos, por escrito, no corpo do ato administrativo. Assertiva correta.
c) Em regra, todos os atos administrativos devem ser motivados. Essa é a
informação que deve ser levada para as provas de concursos públicos. Todavia,
conforme destaquei na primeira alternativa, a nomeação e exoneração para
cargos em comissão apresenta-se como exceção. Assertiva incorreta.
d) Se existe vício de legalidade em relação ao motivo, o ato deve ser
necessariamente anulado, ainda que possua motivação idônea. Assertiva
incorreta.
e) A motivação não é elemento ou requisito do ato administrativo e sim uma
característica e obrigatoriedade que se impõe à Administração Pública. Assertiva
incorreta.
Gabarito: Letra b.
Comentários
Perceba que a Fundação Carlos Chagas quer apenas que você responda à
seguinte pergunta: “A Administração pública municipal precisa ingressar em
juízo para que o proprietário seja notificado a demolir o que construiu”?
Ora, se o objetivo é apenas notificar o proprietário para que providencie a
demolição do imóvel que construiu, torna-se claro que não se exige a
intervenção do Poder Judiciário com essa finalidade, pois os atos da
Administração Pública gozam de legitimidade, imperatividade e exigibilidade
(característica do atributo da autoexecutoriedade).
Todavia, se o objetivo da Administração Pública fosse demolir o imóvel
construído sem a respectiva licença, aí sim o Poder Judiciário seria provocado
para intervir.
Gabarito: Letra b.
Comentários
Comentários
Segundo a teoria dos motivos determinantes, o motivo alegado pelo agente
público no momento da edição do ato deve corresponder à realidade, tem que
ser verdadeiro, pois, caso contrário, comprovando o interessado que o motivo
informado não guarda qualquer relação com a edição do ato ou que
simplesmente não existe, o ato deverá ser anulado (declarado nulo) pela
que, nos termos da lei, tenha transcorrido prazo razoável e dos atos
decorram efeitos favoráveis para destinatários de boa-fé.
Comentários
a) A revogação de um ato administrativo é consequência direta do juízo de
valor (mérito administrativo) emitido pela Administração Pública, que é a
responsável por definir o que é bom ou ruim para coletividade, naquele
momento. Assim, é vedado ao Poder Judiciário revogar ato administrativo
editado pela Administração. Assertiva incorreta.
b) O princípio da autotutela assegura à Administração Pública a prerrogativa de
anular ou revogar os seus próprios atos administrativos sem necessidade de
autorização do Poder Judiciário. Assertiva incorreta.
c) A questão em epígrafe pode ser respondida após uma simples leitura da
Súmula 346 do Supremo Tribunal Federal, que assim dispõe: “a administração
pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. Assertiva incorreta.
d) O art. 54 da Lei 9.784/1999 preceitua que “o direito da Administração de
anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé”. Assertiva incorreta.
e) Diante de ato administrativo ilegal, a regra é a de que a Administração
Pública deve anulá-lo. Todavia, “o direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai
em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé”. Assertiva correta.
Gabarito: Letra e.
Comentários
a) Ato administrativo apócrifo é aquele que não possui identificação do agente
público competente para editá-lo. Nesse caso, deve ser considerado
inexistente e não inválido. Assertiva incorreta.
b) A eficácia é extremamente relevante para fins de análise da estrutura do ato
administrativo, pois, em alguns casos, será imprescindível para exame dos
direitos que decorrem para os administrados. Assertiva incorreta.
c) O ato válido é aquele editado em conformidade com a lei, respeitando-se
todos os requisitos necessários para a sua edição: competência, finalidade,
Comentários
Item I – Analisando-se o caso apresentado pelo enunciado, constata-se
que ocorreu um vício em relação ao objeto (efeito jurídico imediato) do ato
administrativo. O objeto do ato seria a suspensão, mas o ato recaiu sobre a
aplicação da advertência.
Item II – Ora, se Josefina editou ato administrativo com a motivação de
que a “Administração Pública necessitava daquele bem público” e,
posteriormente, permitiu que outra pessoa passasse a utilizá-lo, constata-se
que o motivo informado não existiu (era falso), o que enseja a nulidade do ato.
Gabarito: Letra b.
Comentários
Se foi constatado vício no motivo do ato administrativo não é cabível a
revogação, apenas a anulação, por se tratar de ato administrativo ilegal.
A anulação de ato administrativo pode ocorrer através de processo
administrativo instaurado no âmbito da Administração Pública ou por meio de
ação judicial proposta perante o Poder Judiciário, sempre com efeitos ex tunc
(retroativos).
Gabarito: Letra e.
Comentários
A Lei 9.784/1999, em seu artigo 50, § 1º, dispõe que a motivação deve
ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações,
decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato, o que a
doutrina convencionou chamar de motivação aliunde.
Nesses termos, nada impede que a autoridade competente para proferir a
decisão administrativa opte por fazer remissão aos fundamentos de parecer ou
relatório conclusivo elaborado por autoridade de igual, maior ou menor
hierarquia. O que interessa, no caso em concreto, é o que o ato administrativo
seja efetivamente motivado, permitindo eventuais e futuras impugnações.
Gabarito: Letra d.
Comentários
Apesar de ter sido editada autorização (ato administrativo) assegurando
ao particular a prerrogativa de comercializar bebida em estádio municipal,
posteriormente foi publicada lei estadual proibindo tal conduta.
Por ser ato de hierarquia inferior, a autorização deixará de produzir
efeitos em face da lei estadual, já que o conteúdo de ambos os atos normativos
são colidentes. Nesse caso, afirma-se que ocorreu a caducidade da
autorização, que se configura quando lei posterior apresenta conteúdo
conflitante com o de ato administrativo anterior.
Ademais, perceba que não há qualquer referência a uma possível
ilegalidade do ato (que ensejaria a anulação). Também não existe afirmação
de que não seria mais conveniente ou oportuno mantê-lo (fato que motivaria a
revogação). Por último, destaca-se que a cassação somente ocorre quando o
particular beneficiado diretamente pelo ato deixa de cumprir os requisitos
necessários à sua manutenção, o que não se configurou.
Gabarito: Letra d.
Comentários
a) Errado. Se o ato administrativo possui apenas uma pequena
irregularidade que não comprometa a sua compreensão e finalidade, a exemplo
de algumas palavras grafadas incorretamente, não existe obstáculo à sua
convalidação.
b) Errado. Em regra, a existência de vício no elemento “forma” do ato
administrativo não impede a sua respectiva convalidação. Todavia, se a lei
estabelecer expressamente que o respeito à forma prevista é essencial à
validade do ato administrativo não será possível a convalidação.
c) Errado. Somente a impugnação realizada pelo próprio interessado
atingido pelos efeitos do ato administrativo constitui barreira à sua
convalidação.
d) Correto. O art. 54 da Lei 9.784/1999 preceitua que “o direito da
Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em
que foram praticados, salvo comprovada má-fé”.
Sendo assim, após o prazo de cinco anos a Administração não tem mais
condições de convalidar o ato administrativo, pois os seus efeitos já se
estabilizaram em virtude do tempo. Ocorre o que a doutrina costuma
denominar de “convalidação tácita”.
e) Errado. Se o vício é considerado “sanável”, conforme afirmou o texto
da assertiva, significa que admite convalidação. Se ato foi editado por
autoridade incompetente, por exemplo, nada impede que a autoridade
competente o convalide posteriormente, desde que tal competência seja
delegável, pois, caso contrário, a convalidação não será possível.
GABARITO: LETRA D.
Comentários
Comentários
a) Errado. Somente os atos administrativos que possuem vício nos
elementos “competência” ou “forma” podem ser convalidados. Se o vício foi
detectado no requisito “finalidade” do ato administrativo, este deverá ser
necessariamente anulado.
b) Errado. A revogação de ato administrativo realmente se insere no
poder discricionário da Administração Pública. Todavia, deve ficar claro que
somente os atos legais podem ser revogados. Atos inválidos ou ilegais devem
ser anulados e não revogados.
Comentários
a) Correto. Tanto nos atos administrativos vinculados quanto nos atos
administrativos discricionários, a competência sempre estará prevista
expressamente no texto legal.
b) Errado. O agente público não pode “prorrogar” a sua competência
para praticar atos que, inicialmente, estavam fora da sua área de atuação. Se
isso ocorrer, ficará caracterizado abuso de poder.
c) Errado. O art. 15 da Lei 9.784/1999 dispõe que “será permitida, em
caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a
avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior”.
a) não podem ser objeto de controle pelo judiciário, tendo em vista que
podem ser executados diretamente pela própria Administração pública.
a) enunciativo.
b) normativo.
c) ordinatório.
d) negocial.
e) punitivo.
a) deve anular o ato, que também pode ser anulado pelo Poder
Judiciário.
b) deve revogar o ato.
c) deve manter o ato no mundo jurídico.
d) deve comunicar o ocorrido ao seu superior hierárquico e, apenas
este último, é que deverá revogar o ato.
e) pode optar por anular ou manter o ato administrativo no mundo
jurídico.
GABARITO