Vous êtes sur la page 1sur 22

O QUE SÃO METACONTINGÊNCIAS ?

E COMO ESTUDA-LAS ?

Christian Vichi
Professor Assistente
Laboratório de Análise Experimental do Comportamento
§  Comportamento  =  Relação  organismo/ambiente  (Todorov,  2007;  
Tourinho,  2006)  

§  Parte  significaEva  do  ambiente  é  Social  

“(...)  o  comportamento  de  duas  ou  mais  pessoas,  uma  em  relação  
a  outra  ou,  em  conjunto  em  relação  a  um  ambiente  
comum”  (Skinner,  1953,  p.  297,  ênfase  adicionada).  
§  Contingências comportamentais entrelaçadas
(CCEs).

Imitação Troca Recíproca


A: SD R SR A: SD R SR

B: SD R SR B: SD R SR

C: SD R SR Adaptado de Andery,
Micheletto & Sério (2005)

§  Contingências com duplo papel (Glenn, 2004)


§  Fenômenos culturais

§  “(...) quem estuda culturas não vê idéias nem valores;


vê sim, como as pessoas vivem, como criam os filhos,
como colhem ou cultivam os alimentos, como são seus
tipos de habitação e vestuário, como se divertem, como
agem entre si, quais são as suas formas de governo e
outros aspectos. Estuda, portanto os costumes, os
comportamentos usuais de um povo.” (Skinner, 1971, p.
125)
§  Prática cultural = “... padrão de comportamento
aprendido transmitido socialmente, assim
como os produtos desse comportamento” (Glenn,
2004, p. 139).

§  Práticas culturais e, portanto, fenômenos naturais


(Dennett, 2006; Wilson, 2003).
§  Seleção  por  consequências  (Skinner,  1953;  1981).  

§  Filogênese  

§  Ontogênese  

§  Cultura  

§  Filogênese  

Skinner, B. F. (1981). Selection by consequences. Science. 213, 501-514.


§  Ontogênese  

§  Cultura  (culturogênese?)  

Culturante X (Linhagem Cultural X)


Skinner (1953) e o modelo de seleção por consequências:

“Vimos que em certos aspectos o reforço operante se assemelha à


seleção natural da teoria da evolução. Assim como as características
genéticas que surgem como mutações são selecionadas ou rejeitadas
por suas consequências, também as novas formas de comportamento
são selecionadas ou rejeitadas pelo reforço. Há ainda uma terceira
espécie de seleção que se aplica às práticas culturais (...) Como
característica do ambiente social essa prática modifica o
comportamento dos membros do grupo cujo resultado pode afetar o
sucesso na competição com outros grupos ou com o ambiente não-
social” (Skinner, 1953 – pp. 430 – grifos meus)
O MATERIALISMO CULTURAL DE MARVIN HARRIS

Aproximações da AC com teorias antropológicas semelhantes:


materialismo cultural (Lloyd, 1985; Glenn, 1988; Andery &
Sério, 1999).

Segundo Andery & Sério, esta teoria se caracterizaria da


seguinte forma:

- Estrutura das culturas


-  Materialismo
- Determinismo infra-estrutural
-  Recusa dialética
- Ciclos de intensuficação e
-  Papel das consequências depleção (novas tecnologias)
Ainda Andery & Sério (1999) apontam semelhanças e
diferenças entre o Behaviorismo Radical e o Materialismo
Cultural.

SEMELHANÇAS DIFERENÇAS
Rejeição à explicações mentalistas Tratamento da linguagem com
base em parte formalista
(independe da infra-estrutura)

Recusa a uma visão tradicional da Crença no livre arbítrio


natureza humana.

Ênfase o papel do ambiente como


agente de seleção

Compromisso com a mudança


social
O CONCEITO DE METACONTINGÊNCIA

Metacontingência são

“relações contingentes entre contingências operantes entrelaçadas


(ou CCEs) tendo um produto agregado e consequências funcionais
baseadas na natureza desse produto. As repetições das
contingências operantes entrelaçadas de duas ou mais pessoas
constituem uma linhagem cultural que se sujeitam à
seleção” (Malott & Glenn, 2006, p. 38, parênteses adicionados).

“(...) metacontingências descrevem relações funcionais no nível


cultural. Essas relações envolvem práticas culturais e seus
produtos . As próprias práticas culturais são compostas de
contingências comportamentais entrelaçadas.” (Glenn, 1988 – pp.
171 - grifos meus)
O CONCEITO DE METACONTINGÊNCIA

Esquematicamente seria algo assim:

70% de alfabetização

Contingências Comportamentais Resultado


Entrelaçadas

A figura foi desenhada com base no modelo de Glenn (1988, p. 170)


O CONCEITO DE METACONTINGÊNCIA

Portanto temos:

FILOGENÉTICO ONTOGENÉTICO CULTURAL


Unidade de Estruturas morfo- Comportamento Práticas culturais
variação fisiológicas e operante (compostas de
comportamentos contingência
Inatos entrelaçadas)
Unidade de Ambiente Ambiente Ambiente
seleção
Relação Contingência de Contingência de Metacontingência
funcional sobrevivência reforço
ESTUDANDO METACONTINGÊNCIAS

ESTUDO HISTÓRICOS E DOCUMENTAIS

Desenvolvimento do conceito, influências, reformulações


e uso para interpretação.

Martone (1999) investiga quais artigos usam o conceito


de metacontingência, assim como quais são os anos de
publicação e os principais periódicos.

Glenn (1988) relaciona o conceito com a abordagem


antropológica de Marvin Harris (o materialismo cultural).
ESTUDO QUASE EXPERIMENTAIS E INTERPRETATIVOS

Kunkel (1970), modelo de desenvolvimento socioeconômico


baseado na análise de redes de contingências sociais
(contingências entrelaçadas ?)

Glenn (1986) analisa as principais metacontingências


operando em Walden II.

Todorov (1987) utiliza o conceito para explicar o processo


social que levou à transição da ditadura militar para a
democracia e à constituição brasileira de 1988.
ESTUDO QUASE EXPERIMENTAIS E INTERPRETATIVOS

Kunkel (1970), modelo de desenvolvimento socioeconômico


baseado na análise de redes de contingências sociais
(contingências entrelaçadas ?)
Glenn (1986) analisa as principais metacontingências operando em
Walden II.

Todorov (1987) utiliza o conceito para explicar o processo social que


levou à transição da ditadura militar para a democracia e à
constituição brasileira de 1988.

Ellis (1991) Estuda as relações entre metacontingências


econômicas e comportamentos cerimoniais no sistema prisional
americano.

Lamal (1991) aponta três metacontingências como sendo


responsáveis pelo colapso do regime socialista na ex-URSS.
ESTUDO EXPERIMENTAIS

Jacobs e Campbell (1969) já haviam apresentado a idéia de se


estudar “microculturas” em laboratório.

Propostas metodológicas encontradas em outras áreas de fora


da AC (Wiggins, 1969; Griffith & Gray, 1978; Judson & Gray,
1990; Gray, Judson & Duran-Aydintug, 1993)

Baum, Richerson, Efferson & Paciotti (2004) estudam a


transmissão e evolução de práticas culturais (na forma de
regras) em várias gerações de microsociedades em
laboratório.
Vichi, Andery e Glenn (2009) estabeleceram uma prática
cultural arbitrária e artificialmente mantida, em laboratório,
manipulando a efetividade de um pequeno grupo (4
indivíduos) em produzirem determinado PA e uma CC.
ACERTOS AC UMU LADOS
REFERÊNCIAS

Andery, M. A. P. A. & Sérior, T. M. A. P. (1999) O conceito de metacontingências: Afinal a velha


contingência de reforçamento é o bastante ? Em R. A. Banaco (org.) Sobre Comportamento e Cognição:
Aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista.
Santo André: ARBytes. 106-116

Baum, W. M.,Richerson, P. J., Efferson, C. M. & Paciotti, B. M. (2004) Cultural evolution in laboratory
microsocieties including traditions of rule giving and rule following. Evolution and Human Behavior, 25,
305-326.

Jacobs, R. C. & Campbell, D. T. (1961) The perpetuation of na arbitrary tradition through several
generation of a laboratory microculture. Journal of Abnormal and Social Psychology, 62, 649-658.

Judson, D. H. e Gray, L. N. (1990). Modifying power asymmetry in dyads via environmental


reinforcement contingencies. Small Group Research, 21:4, 492-506.

Glenn, S. S. (1986) Metacontingencies in Walden Two. Behavior Analysis & Social Action, 1 & 2 (5), 2-8.

Glenn, S. S. (1988) Contingencies and metacontingencies: Toward a synthesis of behavior analysis and
cultural materialism. The Behavior Analyst, 11, 161-179.

Gray, L. N., Judson, D. H. e Duran-Aydintug, C. (1993) Altering the interaction structure of extant
couples: Structural implications of varying external reinforcement and punishment probabilities. Small
Group Research, 64:1, 44-59.
Kunkel, J. H. (1970). Society and economic growth: A behavioral perspective of social change. New
York: Oxford University Press.

Kunkel, J. H. (1985) Vivaldi in Venice: An historical test of psychological propositions. The


Psychological Record, 35, 445-457.

Lloyd, K. (1985) Behavioral Anthropology: A review of Marvin Harris´ Cultural Materialism. Journal of
the Experimental Analysis of Behavior, 43, 279-285.

Griffith, W. L. e Gray, L. N. (1978) The effects of external reinforcement on power structure in task
oriented groups. Social Forces, 57:1, 222 – 235.

Malott, M., & Glenn, S. S. (2006). Targets of intervention on cultural and behavioral change. Behavior
and Social Issues, 15, 31-56.

Martone, R. (1999). Análise de Práticas Culturais: um estudo sobre as possibilidades do conceito de


metacontngências. Trabalho de Conclusão de Curso. PUC-SP.

Skinner, B. F. (1953) Science and human behavior. New York, NY: Free Press.

Skinner, B. F. (1981) Selection by consequences. Science, 213, 501-514.

Todorov, J.C. (1985) A constituição como metacontingência. Psicologia Ciência e Profissão, 1 (7),
9-13.

Vichi, C. (2004) Igualdade ou desigualdade em pequeno grupo: Um análogo experimental de


manipulação de uma prática cultural. Dissertação de mestrado. São Paulo: PUC-SP.
Wiggins, J. A. (1969). Status differentiation, external consequences and alternative reward distributions.
Em R. L Burgess e D. Bussell Jr., Behavioral Sociology (pp. 109-126). New York: Columbia University
Press.

Vous aimerez peut-être aussi