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CATEQUESE 31/08/2018

Daniel Carlos Ferreira Silva.

A Revelação é a manifestação que Deus faz aos homens, de forma extraordinária, de algumas verdades religiosas,
impondo-lhes a obrigação de nelas acreditar. Devemos acreditar nas verdades reveladas por Deus, pois, sendo Ele quem é,
não pode mentir. Em termos gerais, podemos distinguir duas espécies de revelações: 1) a Revelação pública; 2) a revelação
privada. Revelação pública é a que Deus fez diretamente para utilidade de todo o gênero humano. Revelações privadas são as
que Deus tem feito a algumas pessoas para sua utilidade particular. As revelações privadas não fazem parte da fé, nem
ensinam verdades novas: foram feitas para esclarecer as verdades já reveladas e para nos levar a avançar na perfeição cristã.
A revelação pública terminou com os Apóstolos: depois deles, Deus não revelou novas verdades que sejam objeto de fé.

O conteúdo da Revelação é o próprio Deus e os seus eternos decretos de salvação. Dentre estas verdades: algumas
nossa razão não as podia conhecer; outras podia conhece-las, mas com muita dificuldade e incerteza. A revelação é
absolutamente necessária, num sentido, e moralmente necessária noutro sentido: a revelação é absolutamente necessária
para conhecermos a ordem sobrenatural, a que Deus Se dignou elevar-nos; a revelação é moralmente necessária para que as
verdades religiosas de ordem natural possam ser conhecidas por todos com facilidade, com firme certeza e sem mistura de
qualquer erro.

O mistério é uma verdade que não podemos compreender, por ultrapassar o nosso entendimento. A natureza está
cheia de mistérios, e vivemos rodeados de realidades que não podemos compreender. Mistério em sentido estrito é uma
verdade que não podemos compreender, mas que conhecemos e cremos porque Deus no-la revelou. Não devemos estranhar
que na Religião haja mistérios, porque, se a cada passo os achamos nos seres limitados da Natureza, com maior razão em
Deus, Ser Infinito, que ultrapassa imensamente a capacidade do nosso entendimento. Não pode haver contradição entre a
razão e os mistérios revelados, porque, sendo Deus ao mesmo tempo autor da razão e da Revelação, qualquer contradição
entre razão e mistérios revelados implicaria contradição no próprio Deus, o que não se pode pensar.

Em sentido amplo, dogma é uma verdade contida na Revelação divina. Em sentido estrito, dogmas são as verdades
reveladas por Deus e propostas como tais aos fiéis pelo Magistério da Igreja, com a obrigação de acreditarem nelas. Em
sentido estrito, o dogma é objeto de fé divina e católica. É de fé divina, por proceder de uma revelação divina; e é objeto de fé
católica, por ser uma verdade proposta pelo Magistério Infalível da Igreja. Quem nega ou põe em dúvida de modo pertinaz as
verdades que devem ser acreditadas, comete o pecado de heresia. Quem incorre no pecado de heresia é automaticamente
excomungado e deixa de fazer parte da Igreja.

O conjunto de verdades reveladas por Deus, que foram entregues à Igreja e que o Magistério eclesiástico conserva é
o depósito da Revelação. A Revelação está contida na Sagrada Escritura e na Tradição: 1) uma parte das verdades reveladas
foi escrita por aqueles a quem Deus as revelou e é chamada a Sagrada Escritura; 2) a outra parte não foi escrita, mas sim
transmitida oralmente, e chama-se Tradição. A Sagrada Escritura e a Tradição contém, pois, toda a doutrina revelada; o
Magistério da Igreja conserva e interpreta essa doutrina. O conjunto das verdades da Escritura e da tradição chama-se
Depósito da Fé, ou Depósito da Revelação.

A Sagrada Escritura é a palavra de Deus posta por escrito sob a inspiração do Espírito Santo, por aqueles a quem Deus
a revelou. A inspiração divina consiste em três coisas: 1) Deus induziu os autores a escreverem os livros santos; 2) sugeriu-lhes
o que deviam dizer; 3) preservou-os do erro. A sagrada escritura é, a um tempo, obra de Deus e do homem; de Deus como
causa principal; do homem, como causa instrumental. A Sagrada Escritura divide-se em Antigo e Novo Testamento.
Testamento significa pacto ou aliança. A Revelação, pelas promessas que nela Deus faz e palas obrigações que impõe, é um
verdadeiro pacto entre Deus e os homens. Os quatro Evangelhos no Novo Testamento devem ser para os católicos os livros
de maior estimação e de maior estudo, porque contém o exemplo do divino modelo e os ensinamentos do Divino Mestre.

Dá-se o nome de tradição à doutrina revelada por Deus que não está contida na Escritura, tendo-se conservado por
diversos meios. A Tradição chegou até nós por meio da pregação, da própria vida da Igreja, dos escritos dos Padres da Igreja,
da Liturgia e de outras formas. A Tradição inicial, ou seja, a pregação dos Apóstolos, é anterior à Sagrada Escritura, e durante
muitos anos foi a única regra de fé. Não se pode saber com certeza que livros contêm na realidade a doutrina de Cristo, nem
qual o seu verdadeiro sentido, a não ser pelo ensino da Igreja. Logo, esse ensino é norma ou regra importantíssima da nossa
fé. A tradição está contida, principalmente: nos símbolos da fé; na Liturgia e na vida da Igreja; nos escritos dos Padres e
doutores da Igreja. Em conclusão: somente à Igreja Católica compete julgar da legitimidade e valor das diversas fontes da
Tradição.

BIBLIOGRAFIA

ARCE, Pablo; SADA, Ricardo. Curso de teologia dogmática. Lisboa: Rei dos Livros, 1992.

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