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Unidade II
5 CRIATIVIDADE ESTRUTURAL
O ambiente pode ajudar no processo criativo. No entanto, a comunicação visual necessita seguir
parâmetros e referências específicos a fim de não exceder a subjetividade das ideias, seja do indivíduo,
seja do grupo. Essa metodologia é denominada “criatividade estrutural”.
A) B)
Figura 30 – Um ambiente criativo pode ajudar na produção de campanhas publicitárias; a KesselsKrammer (A) foi montada
em uma igreja desativada em Amsterdã, onde eles criaram anúncios de sucesso como a série “Action!”, para a Diesel (B)
O processo interno parte do exercício emanado dos dois hemisférios do cérebro: o esquerdo,
analítico, e o direito, emotivo. Entre eles há um diálogo; enquanto a ideia surge de um lado, o
outro discute, pondera, avalia, e os dois lados concordam ou discordam. Nos estudos sobre a
criatividade, aquele que gera a ideia é chamado de self, enquanto aquele que a recebe é o “eu”,
como destaca o autor:
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Criatividade e Tecnologia Oficina
• Insight
O processo de criação externa começa com uma ideia (problema) que deve ter uma nova solução.
O insight será o problema resolvido, em tese.
Lembrete
• Objetivo
O objetivo deve ser claro para toda a equipe de criação. Defini‑lo é resolver como alcançar a
solução do problema, utilizando diretrizes como tempo e orçamento.
• Situação
• Preparação
A fase de preparação reúne o material, perguntas e respostas, além de sugestões ainda não
anunciadas que, mesmo imprecisas, devem ser sanadas. Fatos e impressões, discordantes ou
harmônicos, devem permanecer dentro de um sistema ou uma ordem lógica, uma estratégia
criativa de organização.
• Abertura
Aceitar diferenças e não ter medo de diferentes pontos de vista envolve a fase de abertura, por
isso o trabalho, mesmo estafante, deve contornar certas dificuldades decorrentes do trabalho
em grupo. Dessa forma, é essencial criar um clima aberto e informal. Pessoas criativas muitas
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Unidade II
vezes são introvertidas, e qualquer um pode se sentir inseguro em exprimir ideias impensáveis
ou rascunhadas. As fases seguintes são cruciais para contra‑atacar as objeções que forem
levantadas nesse estágio.
• Prioridades
Deve haver uma homogeneidade no grupo, em que todos devem ser iguais e investir a
mesma energia no processo criativo. Concentração e entusiasmo também devem manter o
mesmo nível entre os envolvidos para que o resultado seja atingido. Críticas são necessárias,
porém devem ser honestas, construtivas e, durante a reunião, servindo de diretriz para o
relacionamento do grupo.
• Intervalos
O processo deve ter intervalos ocasionais a fim de avaliar o percurso até o momento, além das
conclusões obtidas e as que faltam concluir. No processo criativo, muitas pausas são necessárias
para tomar certa distância; além disso, momentos de lazer podem trazer algum insight. Entender
essa necessidade, mesmo que não seja de todo o grupo, é essencial.
• Truques de ofício
Existem alguns truques de ofício no momento em que a equipe fica debatendo as ideias. A
dramatização pode ser uma forma excelente de ilustrar um problema e os critérios que a
rodeiam. Cada um do grupo pode desenvolver um papel e representar cenas que envolvam
o problema e a solução como, por exemplo, um consumidor e um empresário dentro de um
determinado conflito.
• Censura
A censura, no processo de criação, pode ser interna ou externa. Interna é a autocensura, que trai
a autoconfiança. A censura externa envolve o ambiente social e moral que os criadores devem
respeitar e aos quais devem adaptar‑se.
Dentro do grupo, cada um desenvolve um papel: o redator, por exemplo, é responsável pelo
aspecto verbal, e o especialista em imagens, pelo visual. O respeito é natural, mas desrespeitar
– como o redator invadindo o especialista em imagens – também pode ser produtivo, além de
libertador. Essa forma de produção fomenta um trabalho continuado e criativo.
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• A ideia
A ideia é como um recém‑nascido que necessita ser desenvolvido e testado e, só depois que for
aceita por todo o grupo e pelo cliente, é que se torna uma ideia criativa, como explica o autor:
Costuma‑se dizer que uma ideia precisa ter asas, mas também precisa de
um trem de pouso. Uma ideia é definida como uma solução não verificada
para um problema, e só se torna significativa quando colocada em prática
(BERGSTRÖM, 2009. p. 92).
Dessa forma, uma ideia precisa mais do que criatividade para poder “voar”: requer profundidade,
amplitude e intensidade. Ser aceita significa ser incorporada à empresa sob todos os níveis, e pela
sociedade de modo transversal e contínuo.
Vimos até aqui que boas ideias não surgem “do nada”. Apesar de técnicas estruturais de comunicação
visual, bloqueios mentais são mais comuns do que imaginamos. A fim de contornar dificuldades como
essas, além da pressão cronológica, criaram‑se técnicas de “enganar o cérebro” quanto à produção de
ideias. Veremos brevemente algumas delas descritas a seguir.
• Associação
Conhecida como o brainstorming, essa técnica tem como estratégia conceber o maior número
possível de ideias instantâneas dentro do grupo. Cada uma delas deve ser aceita, independentemente
de sua empregabilidade, testando o uso da imaginação e dos próprios limites.
O importante nesse eficaz e divertido processo é o fluxo, o pensamento solto, a tentativa e o erro.
Trata‑se, portanto, de uma técnica intuitiva de alcançar uma solução.
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Unidade II
Lembrete
Saiba mais
• Leiaute
O processo de gerar ideias do leiaute é ativado pela caneta. Um esboço feito no papel desencadeia
a opinião da equipe em relação ao próximo esboço, que se torna a cada etapa mais fácil, que,
por sua vez, produzirá novas ideias. O leiaute gera um ciclo responsável pela repetição e pelo
seguimento do caminho que se percorre.
Observação>
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• Opostos
Esse método busca a perspectiva diferente de um problema através dos conflitos e oposições,
modificando o enfoque das oportunidades. “Tirar o texto e preencher o espaço com imagens?
Devemos começar pelo fim? Onde está o ponto dramático de menor efeito? Muitas pessoas
gostam do nosso produto, então, vamos pensar nas pessoas que o detestam” (BERGSTRÖM,
2009. p. 93) são alguns exemplos do trabalho constante dos opostos.
A retórica contra ou a favor também auxilia nesse processo, como argumentar a favor de
um determinado produto e outros argumentam contra, envolvendo relações e soluções
como estratégia.
Essa técnica é de oposição também, mas se baseia na ideia de que existem dois caminhos para
a inovação. Um caminho é através de soluções possíveis para os problemas e necessidades, e
outro através da invenção de novas técnicas e modelos de ação, definindo possíveis lugares
de empregabilidade.
6 O DESIGN
Quando vamos desenvolver uma arte, um design, temos de ter em mente o que desejamos ou o que
o cliente quer. Ter uma ideia do tipo de negócio em que ele trabalha e, a partir do briefing (explicar),
confirmar se realmente a mídia que ele deseja atende às suas expectativas. O cliente pode vir pensando
num folheto simples, quando um fôlder com dobras pode ser uma opção melhor.
Calcular todas as etapas do processo é de suma importância para o sucesso do trabalho final. Verificar
qual a verba envolvida também é essencial. Se um logotipo, por exemplo, for criado apenas com o
intuito de ser usado digitalmente, ou seja, na web, ele não envolverá outros custos além da criação do
designer. Porém, se ele for impresso, deveremos saber o tipo de papel, a gramatura, as cores... Muitos
são os desdobramentos envolvidos. Por isso a importância do briefing e de deixar muito claro o que o
cliente quer e o que é possível fazer.
A seguir, podemos observar três marcos no desenvolvimento do design gráfico: o primeiro pôster de
Henri de Toulouse‑Lautrec, La Goulue (1891), criado para o Moulin Rouge, em Paris; um pôster de Saul
Bass para o filme O Homem do Braço de Ouro, de 1955; e uma capa da revista Harper’s Bazaar, de 1939,
feita por Alexey Brodovitch.
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Criatividade e Tecnologia Oficina
Para se falar em fonte, vamos antes falar em tipo. Um designer precisa entender da mecânica do
tipo, ou seja, da sua estrutura, e pensá‑la como pode funcionar melhor esteticamente. As letras são nada
mais do que composições com linhas curvas e retas que ao fazer combinações dão a elas características
únicas e individuais.
Podemos considerar tipo como o desenho de uma família de letras, por exemplo: Arial,
Calibri, Futura, Times New Roman, Verdana etc. Às variações de cada uma chamamos de
“itálico” ou “negrito”, por exemplo, e ainda “caixa alta” ou “caixa baixa”, respectivamente,
maiúscula ou minúscula.
a itálico
a negrito
A caixa alta – maiúscula
a caixa baixa – minúscula
Figura 35
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Unidade II
Quando o designer está fazendo uma diagramação, a escolha das fontes é tão importante como a
escolha das cores e das imagens que serão usadas no layout. Não se deve de maneira alguma subestimar
o uso de outros elementos como principais e deixar a escolha das fontes em segundo plano.
Para deixar mais claro, entendemos tipologia como o estudo da formação dos tipos e tipografia como
a impressão dos tipos, sendo a tipografia um dos pilares do design gráfico. As fontes são classificadas
em quatro categorias: com serifas, sem serifas, cursivas e fontes dingbats.
Com serifa
serif
serifada_______________
Sem serifa
sans‑serif
não serifada_______________
Cursiva
handwritten
letra de mão_______________
Cursiva
(Wingdings)
handwritten
letra de mão________
Figura 36
As fontes tipográficas são compostas por elementos distintos, tais como: Linha de Base (baseline) /
Linha Central (meanline ou midline) / Ascendente (ascender) Descendente (descender) Letra Caixa Alta
(upper‑case) / Letra Caixa‑baixa (lower‑case) / Altura de x (x‑height) / Cabeça ou Ápice (apex) / Serifa
(serif) / Barriga ou Pança (bowl) / Haste ou Fuste / (stem) / Montante ou Trave (diagonal stroke) / Base
ou Pé (foot) / Barra (bar) / Bojo (counter) / etc.
Todas as letras têm, em sua aparência física, um estilo ou dimensão particular, ou seja, pontos
comuns de referências. Esses pontos são a base em que se ajustam todas as letras utilizadas em
uma composição.
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Criatividade e Tecnologia Oficina
Os termos usados para identificar as diferentes partes e estruturas das formas das letras ajudam a
assegurar o reconhecimento e a referências exatas, como apresentamos nas figuras a seguir:
O que distingue uma fonte de outra são as características gráficas do conjunto de glifos de cada uma,
por exemplo: a curvatura do seu bojo, o tamanho relativo de sua altura x, a forma de suas descendentes
e a altura de suas ascendentes, todos são cuidadosamente projetados para causar a impressão específica.
Mesmo quando estamos elaborando um simples documento num software de edição como o
Word, fazemos escolhas na diagramação: para escolher a fonte que iremos usar em uma carta e o
tamanho das letras para que fique legível e, dependendo do destino do objeto, até dar ênfase a uma
palavra ou outra.
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Unidade II
Nas figuras a seguir, são escolhidos o tipo e o tamanho da fonte que iremos utilizar em nossa carta:
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Criatividade e Tecnologia Oficina
A fonte tem um papel bem importante no design e na criação de diferentes mídias. Ela não se limita
apenas à criação de logotipos, logomarcas e textos. Dependendo do segmento em que a fonte será
abordada, deverá ser escolhida determinada fonte e com suas peculiaridades.
Por exemplo, se a fonte for utilizada dentro de um hospital, será uma fonte específica; se for para uma
festa, outra; em uma sinalização de estrada, a leitura deve ser rápida, instantânea, e a fonte escolhida
não poderá ser uma que dificulte a leitura ou seja algo ornamental e/ou fantasiosa.
Dessa maneira, entendemos que uma família tipográfica não pode ser considerada simplesmente
como um conjunto de letras, pois cada fonte transmite de acordo com suas características subjetivas um
conceito diferente. Assim, uma fonte não pode ser escolhida sem critérios e de forma aleatória. A escolha
tem de ser muito bem‑pensada, tanto no quesito estético como no conceitual. É imprescindível que seja
harmônica a relação da fonte com os outros elementos gráficos que compõem uma diagramação.
A seguir, alguns exemplos de sinalização de trânsito utilizando fontes claras e de fácil leitura:
PARE
20 km/h
10m
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Diariamente designers tipográficos de todo o mundo criam novas fontes para inovar, e cada vez mais
são tipos/modelos mais interessantes para causar a força de impacto desejada.
Saiba mais
Você sabia que a fonte “Comic Sans” é considerada por muitos a fonte
mais odiada do mundo? Confira no site Tec Mundo no link a seguir:
Podemos dizer que três modalidades contemplam o que designamos como design publicitário:
publicidade, branding e identidade corporativa.
Vamos tentar definir aqui em poucas palavras o que significa (ou o que contempla) cada um:
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Criatividade e Tecnologia Oficina
Figura 43
Observação
Segundo os editores do livro O Essencial do Design Gráfico (Gordon; Gordon, 2012), seguem definições
sobre publicidade, branding e identidade corporativa.
Com o passar dos anos, muitas áreas e setores vêm se modificando, submarcas vão surgindo e
tomando espaços. É necessário que sejam estabelecidas regras claras sobre os tipos de comunicações a
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Unidade II
que a identidade corporativa deva ser apresentada em diferentes mídias, que vão desde simples materiais
de correspondências a recursos digitais.
A propaganda a seguir é considerada a maior do mundo, tendo mais de 150 metros de altura; é uma
promoção da seleção holandesa de futebol e foi produzida pela gráfica VgL, com um tamanho total de
10 mil metros quadrados divididos em 4.500 painéis.
No branding, o papel do designer vai além da criação, pois envolve consultoria e gerenciamento da
marca, já que o contexto em que a marca é colocada tem de ser relevante e de fácil associação.
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Unidade II
Dessa maneira, numa campanha, é imprescindível que a associação entre essas três áreas –
publicidade‑branding‑identidade corporativa – seja perfeita e consiga transmitir com nitidez o
objetivo desejado.
Desenhar embalagens de sucesso não é uma tarefa fácil; todos os dias são criadas milhares de
embalagens, existe uma constante competição no mercado desse setor. A embalagem é um importante
componente na atividade econômica.
Apresentamos a seguir uma tabela com os principais tipos de embalagens e suas aplicações:
Quadro 3
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Criatividade e Tecnologia Oficina
Em geral (PINHO, 2001), a embalagem deve atender às solicitações necessárias para cumprir sua
função mercadológica: ser um anúncio, atrair a atenção do consumidor, destacar‑se no ponto de venda,
identificar rapidamente o produto, propagar eficientemente a marca, ter aspecto limpo e higiênico, ser
de fácil manuseio, gerar credibilidade e acrescer um novo valor ao produto.
A embalagem tem a função de distribuir produtos e proteger com o menor custo possível, assim o
objetivo é aumentar as vendas e o lucro.
Mestriner (2001) nos apresenta os dez pontos‑chave para obter um design de embalagem de sucesso;
são eles:
• Conhecer o produto.
• Conhecer o consumidor.
• Conhecer o mercado.
• Conhecer a concorrência.
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Unidade II
A reciclagem ganha força a cada dia, tornando‑se um movimento mundial. Segundo Mestriner
(2001. p. 9), “A preocupação com o impacto da degradação da embalagem no meio ambiente levou a
indústria a estudar maneiras de reciclar os materiais da embalagem com o objetivo de reutilizá‑los”.
Cada vez mais cresce a preocupação das pessoas nesse setor.
Componente
importante
da atividade Ciência
Principal industrial Tecnologia
componente Índice de Conservação
do lixo urbano atividade de alimentos
Economia
componente
do custo dos
Viabilização da produtos
vida nas cidades Valor
Comércio
internacional
Logística
Transporte
Fonte de
matéria‑prima
Design
Reciclagem: Arte
nova atividade Expressão cultural
econômica
A embalagem não é o principal componente do lixo urbano, mas como se trata de um lixo com
marca e forma definida, ele é o que mais aparece.
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Unidade II
Mestriner (2001) nos dá seu parecer sobre o produto finalizado, juntamente com a estratégia de
marketing adotada:
O splash anuncia que “Já vem com ovo” para não confundir com tempero, por
isso se encaixa na palavra omelete compondo um único bloco informativo. A
variedade é expressa em um banner que sugere a bandeira do país citado ou o
próprio ovo no sabor caseiro. O garfo com design arrojado apresenta o produto
pronto para degustar. Em cada sabor, o omelete tem um formato significativo.
Completa o conjunto a informação legal: “contém 2 envelopes de duas porções
cada e peso líquido de 100 gramas” (Mestriner, 2001, p. 57).
O design de embalagem envolve várias etapas, dessa maneira entendemos que é uma atividade
intensa e envolvente. Precisamos no nosso dia a dia nos envolver com atividades como essas, pois
estamos tão envolvidos com nossas atividades diárias que corremos o risco de viver “afundados” em
nossos escritórios, fazendo job atrás de job, numa tarefa que nunca tem fim, e perdermos a oportunidade
de interagir com nossos pares, fazendo realmente parte de uma profissão e nos mantendo ao mesmo
tempo atualizados.
Saiba mais
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Criatividade e Tecnologia Oficina
Podemos dizer que essa modalidade de design não é muito conhecida ou muito falada, mas ela existe
e está presente em todo canto em que haja uma exposição. Ela opera muitas vezes uma metamorfose na
sala, pode às vezes apenas “informar”, como também “transformar” o ambiente, criando uma sintonia
harmônica entre espaço e conteúdo. Para Gordon e Gordon (2012): “Em trabalhos para exposições, os
designers gráficos enfrentam o desafio de criar um design temático para ser visualizado em grandes
espaços, em escala humana em várias dimensões”. O design de exposições enriquece o ambiente quando
realizado de forma criativa.
Quando visitamos um centro cultural, museu ou galeria de arte, estamos interagindo com o espaço
organizado; através dos aspectos comunicacionais da exposição, podemos perceber que um projeto de
uma exposição foi pensado e elaborado com minúcias, estabelecendo dessa forma uma interface entre
público e objeto exposto, resultando em uma ação de educar pelo design.
Assim, podemos afirmar que o designer está contribuindo para o contexto da museografia, destacando
a exposição como lugar social.
Segue gigantesco banner de exposição, na Times Square, Nova York. Hoje em dia, os banners podem
ser impressos em ampla variedade de materiais, em tamanhos enormes, às vezes, cobrindo laterais
inteiras de edifícios. Na Times Square, banners à prova d’água, como o do exemplo, são uma alternativa
ao neon, ao LCD e a displays lenticulares 3‑D.
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Unidade II
Exposições customizadas: são aquelas criadas para durar um tempo determinado, sejam longas ou
curtas. O responsável por seu design é um profissional especializado em exposições, tendo como papel
principal o projeto e a previsão da produção, tanto dos materiais publicitários quanto da identidade
da exposição. Dessa forma, fica a critério do designer escolher os materiais para a criação dos painéis,
o que é impactado diretamente pelo orçamento, que deve ser proporcional à duração da exposição,
de forma que esse material de exposição tenha uma durabilidade proporcional. Tais materiais são
normalmente banners impressos e letreiros de vinil. Essas exposições costumam ter um alto custo pela
complexidade e pelo grau de conhecimento de seus profissionais, uma vez que são especializados. Tais
exposições podem ocorrer em feiras comerciais, com curta duração (apenas algumas semanas), em
mostras temporárias, com média duração (até um ano), ou até mesmo em galerias de museus, com
longa duração (permanentemente).
Exposições permanentes: são aquelas que têm uma duração maior (dez anos ou mais), e, portanto,
seu planejamento também tem uma durabilidade maior, podendo estender‑se por anos. Podem fazer
parte de museus e galerias de arte e normalmente têm grandes orçamentos, uma vez que precisam de
manutenções periódicas para que permaneçam em boas condições. O papel do designer nessa exposição
é finalizado ao entregar o projeto ao cliente.
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Criatividade e Tecnologia Oficina
Exposições itinerantes: são aquelas que apresentam mais critérios, como embalagem, idioma (em
se tratando de exposições internacionais), peso e durabilidade. O principal objetivo do designer é projetar
manuais, de forma que oriente a instalação dos stands, que normalmente servem como embalagens de
transporte e explicam o trajeto pelo qual elas irão passar.
Exposições educativas: são aquelas que envolvem educadores e designers. Dessa forma, esse
trabalho conjunto pode proporcionar um grau de clareza maior para que haja aprendizado pelo público.
Essas exposições podem ser de curta ou longa duração, e o seu orçamento depende do tipo de trabalho
a ser exposto. Um exemplo claro são os dispositivos interativos, que são mais caros, mas geram maior
aprendizagem, uma vez que possibilitam ao público o experimento da atividade, o que acrescenta à
experiência um estímulo maior.
A figura a seguir trata da Exposição do Museu Guggenheim sobre o trabalho do arquiteto Frank Gehry
ampliado e fixado nas paredes; apresenta o sentido de movimento da obra do arquiteto. Para produzir
esse efeito, imprimiu‑se na máxima largura disponível do papel – teoricamente, qualquer comprimento
é possível, mas a largura depende da bobina de papel usada –, montado em MDF, termicamente colado
ou preso na instalação.
Para finalizar, apresentamos a seguir um tipo diferente de painel, chamado “trapezoides”; nesse caso,
temos um modelo com laminados foscos que foram afixados a varas de bambu.
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Unidade II
Fator de suma importância antes de montar e aderir uma arte ao seu suporte é planejar uma visita
à gráfica com o cliente, para que seja avaliada a qualidade dos materiais; assim como a resolução da
fotografia finalizada, para aprovação final. Feito isso, podem ser realizados a montagem e o deslocamento
das peças para o local da exposição, e ainda há um último item importante: quando as peças estiverem
montadas na exposição, dever‑se‑á verificar se nenhum material foi danificado no transporte.
Saiba mais
Para saber mais sobre essa área que não é tão conhecida e explorada no
meio do design, leia o artigo a seguir:
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Criatividade e Tecnologia Oficina
(provérbio popular).
Qualquer pessoa que em alguma circunstância tenha se visto perdida, em apuros, pois não sabia para
que lado seguir, pois tomou um caminho errado e necessita de informações e orientações de terceiros,
sabe como podem ser confusas as informações verbais.
Dessa maneira, em uma cidade ou local que tenha um bom projeto de sinalização, as pessoas vivem mais felizes
e menos estressadas, tanto os moradores como os turistas. Principalmente cidades turísticas necessitam de uma
boa sinalização. Ela não está só nas ruas, mas dentro de espaços públicos também, como órgãos públicos ou como
espaços de arte, fora a sinalização de trânsito. Seguem alguns exemplos de sinalizações que acabamos de comentar:
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Unidade II
Mesmo um pequeno letreiro que seja elaborado para um estabelecimento de pequeno porte requer
várias recomendações e itens a serem observados.
Pensando nos conceitos de sinalização no quesito “desenho”, podemos dizer que um designer
gráfico une soluções analíticas de problemas às expressões criativas. Para um design de sinalizações,
fator primordial é que a solução de problemas venha em primeiro lugar, para que possa assim informar
a expressão criativa de forma adequada.
área do design que também pode ser muito recompensadora para o designer
gráfico, por sua grande contribuição para a experiência positiva do visitante
de um edifício ou espaço (GORDON; GORDON, 2012, p. 136).
Na imagem a seguir, temos uma sinalização interna de um estabelecimento comercial; mesmo não
tendo sido escrita na nossa língua, podemos entender a mensagem.
A imagem anterior é uma sinalização promocional dentro de uma rede do McDonald’s; está em
inglês, mas deixa claro que você pode escolher entre três minirrefeições (combos) e pagar um preço
único de 3 dólares.
Observação
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Unidade II
Muitos softwares no decorrer do tempo foram sendo substituídos por outros mais
aperfeiçoados e com interface mais moderna, FreeHand para o Illustrator, para o InDesign,
e Photoshop continua imbatível. Mais adiante, na Galeria de Trabalhos, há alguns exemplos
desenvolvidos com esses programas.
Resumo
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Criatividade e Tecnologia Oficina
Exercícios
Com ou sem serifa? Todos os fatores que ajudem o olho humano a perceber uma palavra como um
bloco óptico melhoram a legibilidade. De maneira geral, as serifas facilitam a leitura, pois fazem o texto
parecer contínuo aos olhos do leitor; as palavras aparecem mais bem “aglutinadas”.
Com frequência se afirma que os caracteres com remate – serifados ou egípcios – são mais legíveis
dos que os não serifados.
Umas das razões que confere melhor legibilidade às serifas é o seu percurso histórico – fomos
habituados a elas.
Outra razão, esta mais técnica e menos discutida, tem a ver com a nossa percepção.
As serifas ajudam a agrupar as letras de uma palavra. As serifas levam a que as letras mostrem um
efeito de “coagulação óptica”.
Por meio de várias análises, ficamos a saber que um leitor experiente não lê um texto letra por letra.
Ele lê, sim, palavra por palavra, e muitas vezes, até várias palavras de uma só vez. (Só pessoas com pouca
alfabetização é que soletram, tateando o texto oralmente, e sílaba por sílaba).
Todos os fatores que ajudem o olho humano a perceber uma palavra como um bloco óptico melhoram
a legibilidade. De maneira geral, as serifas facilitam a leitura, pois fazem o texto parecer contínuo aos
olhos do leitor; as palavras aparecem mais bem “pegadas”.
Se, pelo contrário, o leitor começa a fixar as letras individualmente, uma por uma, já está
a perder demasiado tempo com a leitura. (Repito: só leitores com pouca experiência ou pouca
escolaridade é que soletram os textos durante a leitura; evidentemente, este processo atrasa
fortemente a leitura).
I – Com as serifas, remates, o texto parece contínuo para o leitor; visto que as palavras aparecem
mais bem “aglutinadas”.
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Unidade II
III – As serifas propiciam o efeito de coagulação óptica, auxiliando no agrupamento das letras de
uma palavra. A leitura proficiente é aquela em que se lê, sequencialmente, letra por letra.
A) I e III, apenas.
B) II e III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I, II e III.
E) I, apenas.
I – Afirmativa correta.
Justificativa: as serifas tornam o texto mais contínuo; pelo menos permite essa sensação para o
leitor.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: a sensação de um texto mais contínuo que as serifas propiciam está ligada também a
questões históricas e técnicas.
Justificativa: as serifas, de fato, propiciam o efeito de coagulação óptica, mas a leitura proficiente é
aquela que lê as palavras sequencialmente, não as letras.
84
Criatividade e Tecnologia Oficina
A) Design de impressos.
B) Design publicitário.
C) Design de exposições.
D) Design de sinalização.
E) Design de embalagens.
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