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AVALIAÇÃO GERAL GRUPO CRISTAL

“As melhores e mais lindas coisas do mundo


não se pode ver nem tocar. Elas devem ser sentidas com o
coração.” Charlie Chaplin

O grupo CRISTAL é constituído de 14 meninas e 9 meninos com idades entre 4 e 5


anos: Agatha, Amanda, Ana Jussara, Ana Luiza, Davi, Enayar, Enzo, Gabriely, Isabella,
Levi, Lilian, Livia, Lucca, Maria Alice, Nicolas, Nicolle, Pedro Henrique, Pedro
Miguel, Raphaella, Ryan, Thales, Joanna e Aurora, vindos de diferentes grupos do Nei
do ano passado e chegados recentemente.

Dada a multiplicidade de interesses demonstrados pelas crianças do grupo, optamos por


trabalhar com o “Plano Anual”, instrumento que possibilita a realização de diferentes
pesquisas que os contemplem, sem ter que necessariamente seguir um mesmo tema
durante todo o ano. Ressaltamos que a brincadeira e as relações sociais são nossos eixos
norteadores. Desenvolvemos atividades através de contação de histórias, dramatização,
teatro, saídas da unidade educativa, experiências na sala e em outros espaços do NEI,
com diversos materiais e com as diferentes linguagens abordadas nos Núcleos de Ação
Pedagógica – NAPs.

Desde os primeiros dias foi nossa intenção deixar o horário da chegada das crianças
para que elas possam optar com quem e o que querem brincar. Deixamos ao alcance
várias opções de brincadeiras. Assim podemos mediar quando necessário e ainda dar
atenção as famílias que estão chegando com suas crianças.

As fantasias e adereços tem feito muito sucesso: perucas, chapéus, vestidos, echarpes,
bolsas. Também legos, castelo, carrinhos, cavalo, bonecos, animais, bonecas bebê,
barbie e volantes foram os brinquedos mais requisitados. Todos os dias quando chegam,
as crianças já partem para suas brincadeiras. Também solicitam bastante a massinha de
modelar, que é muito apreciada por eles, que vivem inventando formas de brincar com
elas e criar enredos. Olham as ilustrações e solicitam a leitura de livros que temos na
sala e realizam desenhos livres.

No momento seguinte temos o pré-lanche, após a higienização das mãos. Neste


momento temos o cuidado de verificar se a criança que não deseja se alimentar já o fez
no seu lar. Após, realizamos roda de conversa proporcionando momentos de
socialização do grupo para trabalhar a oralidade, a escuta e a cidadania. Nestes
momentos tratamos de assuntos que surgirem necessidade, lançamos propostas,
ouvimos relatos, quereres das crianças, contamos histórias, cantamos, dançamos,
dramatizamos entre outros.

Nas manhãs de quarta e sexta temos aulas de educação física, estas são muito
aguardadas pelas crianças que extravasam muita energia, desenvolvem habilidades
motoras e aprendem a trabalhar em grupo.
Sempre que o clima nos permite, passamos parte da manhã no parque. Este sem dúvida
é o cenário perfeito para a imaginação e energia da criançada, pois quando
mencionamos o parque é uma festa só. Logo vão organizando todos os brinquedos,
tomando água e indo ao banheiro para desfrutarem deste contato com a natureza e a
liberdade de sentir o sol, areia, subir nas árvores, brincar no balanço, andar pelos pneus,
girar no gira-gira, subir e descer nos escorregadores e correr inventando e reinventando
mil e um enredos para suas brincadeiras.

Na volta do parque vamos direto lavar as mãos e seguimos para o refeitório. As crianças
são chamadas aos poucos e seguem para o bufê, onde podem compor seu prato de
acordo com sua preferência, porém, sempre incentivamos que introduzam alimentos
diversificados, ressaltando a importância destes nutrientes para o seu desenvolvimento.
Algumas crianças aceitam provar e passam a consumir novos alimentos, outros
mostram-se resistentes e às vezes comentam que comerão em casa. Também orientamos
que sirvam-se aos poucos para evitar o desperdício, podendo repetir o quanto for
necessário.

De volta à sala, pegam seu material de higiene e seguem para a escovação. Após
orientamos para guardarem suas agendas e o restante de seus pertences. Com o tempo
restante realizamos brincadeiras na sala ou no parque até o momento de seguirem para
suas casas.

Este grupo desde o início mostrou-se muito empolgado com canções, danças e
dramatizações. Assim, utilizamos destas linguagens para trabalharmos concentração,
nomes dos colegas, quantidades, partes do corpo, aspectos de animais como sons que
emitem ou como se movimentam. Uma brincadeira que demonstraram muito prazer
foram as mímicas e as imitações que realizamos bastante após trabalharmos estes dois
conceitos.

As cantigas foram um ponto alto nas nossas rodas. As crianças envolveram-se com
muito entusiasmo nestes momentos, solicitavam as que já faziam parte dos seus
repertórios e tivemos novidades. Trabalhamos escrita e vocabulário de algumas canções.

Dado o interesse pela linguagem musical partimos do silêncio para prestarem atenção a
infinidade de sons ao nosso redor, ou melhor, à partir de barulhos do nosso próprio
corpo: a respiração, a digestão, o ronco do estômago, o choro, o espirro, a gargalhada,
as palmas, sons feitos com mãos, pés... Passamos a imitar sons vindos da natureza,
como vento, cachoeiras, chuva... Imitamos sons emitidos por máquinas como:
liquidificados, batedeira, despertador, carros, máquina de cortar grama...

Dando prosseguimento, levamos audiovisuais com várias brincadeiras de adivinhar os


sons: do corpo, de animais e de instrumentos musicais. Assim as crianças puderam
nomear os instrumentos. Alguns já pareciam conhecidos. Também puderam fazer
aquele barulho com os instrumentos musicais que temos no Nei e alguns levados pela
professora. Fizemos um rodízio e todos puderam experimentar cada um. Apresentamos
ainda alguns musicais contendo os instrumentos para apreciação. Demonstraram muita
empolgação ao verem e interagir nestas propostas.

Avaliamos com as crianças a necessidade de criarmos combinados com grupo para que
houvesse mais aproveitamento no nosso dia a dia. Estes se tornaram regrinhas simples
que vamos incorporando para dar autonomia e organização. Combinados simples, desde
como proceder ao tomar água e organizar seus objetos até atitudes que devemos ou não
ter com os colegas. Ao reavaliarmos elas pontuaram muito bem, embora algumas vezes
não estejam incorporados nas atitudes.

Apresentamos o livro “se Liga em Você”, este traz a metáfora que existe uma luzinha
no nosso peito, que os olhos não vêm quando ela está acesa, mas que podemos sentir
quando temos sentimento bons e que esta se apaga diante do medo e sentimentos maus.
Assim pudemos ajudar as crianças a reconhecerem alguns sentimentos que sentem em
determinadas situações e estimular o controle de suas ações nas suas interações no
espaço do NEIM e em outros, como com seus familiares.

Lemos a história do “Por Favor” para incentivá-los a usar esta expressão no seu dia a
dia. Pedimos para fazerem este exercício em casa, alguns relataram que já faziam.
Quando nos solicitam coisas sempre pedimos que incluam esta expressão. Também
apresentamos um livro muito especial “O mundinho de boas atitudes” que incentiva a
elogiar, agradecer, pedir desculpas, com licença. Demos exemplos de quando utilizar
estas palavras e o que é mais importante é que nós adultos tenhamos este hábito ao tratar
com elas para servir de exemplo.

Ampliando o tema diversidade, com o objetivo de levá-los a entender, aceitar e


valorizar o outro, apresentamos o livro “Um mundinho para todos” que trás para além
da diversidade de cores, o jeito de ser de cada um: desde costumes locais a pessoas com
deficiência. Acharam interessante quando viram a ilustração do cão guia auxiliando uma
menina cega caminhando pela cidade. Pudemos falar desta limitação em outros
momentos e relatamos o quanto estas pessoas desenvolvem outras habilidades como o
tato e a audição. Este livro possui também a escrita em braile e viram um trechinho do
filme “A cor do Paraíso”, em que meninos cegos escrevem e após leem o que a
professora dita. Viram neste filme também um menino cego salvando um passarinho
que havia caído do ninho e assim constataram algumas habilidades desenvolvidas.

Observaram ainda nas ilustrações crianças surdas e mudas comunicando-se por gestos,
crianças em cadeiras de roda, crianças com dificuldades de aprendizados e que existem
várias formas de agradecer e que devemos respeitar a religião de cada um e levar uma
palavra amiga de força e coragem quando percebemos algum amigo triste. Relatamos
ainda que nossa sociedade precisa preparar melhor os espaços para que traga
acessibilidade a todas as pessoas portadoras de deficiência.

A escolha do nome do grupo ocorreu da seguinte forma: pedimos que cada criança
falasse o nome que desejasse. Falamos das características destes e relacionamos com o
grupo. Deixamos espaço de tempo para escolherem novamente, assim íamos eliminando
alguns. Após, pedimos que as crianças ficassem em locais diferentes para observarem as
quantidades formadas. Pudemos ver que realmente foram para o canto do nome
escolhido. Solicitamos que as crianças escolhessem entre os dois nomes mais votados,
realizando uma votação secreta. Chegamos ao escolhido Cristal. Houve muita
comemoração. As crianças pularam bastante quando souberam do resultado, fazendo
um grande auê.

Ao falarmos sobre pesquisa, a palavra em si não parecia fazer muito sentido para as
crianças. Ao explicar que seria procurar conhecer o que precisamos ou queremos saber e
ao falar de exemplos, elas passaram a compreender. Porém, ao questionar ainda depois
das pesquisas que realizamos, elas passaram a usar a própria palavra pesquisa para
conceituá-la. Ex. Pesquisar sobre alguma coisa que queremos e citaram os exemplos da
nossa pesquisa sobre lagartos.

O grupo Cristal demonstrou muito interesse em realizar pesquisa sobre o lagarto, talvez
pelo fato de no início do ano haver um rondando nosso parque e o grupo que está a
tarde na mesma sala ter este nome. Ficaram muito atentos aos audiovisuais sobre
lagartos. Foi um momento de muito interesse, pediram para repetir no mesmo dia e em
outros. Viram os dez lagartos mais exóticos do mundo. Admiraram-se com a beleza e
características inéditas como tamanho, formas e cores.

Viram lagartos vivendo nas condições do deserto, muito quente com pouca vegetação e
a busca pela alimentação e sobrevivência. Assistiram o curta “Calango”, um lagarto
brasileiro que passa fome (relacionamos este tema em nossas conversas sobre
alimentação). Ao ler o livro de pesquisas e apresentar as imagens e escrita, as crianças
iam acompanhando fazendo perguntas e respondendo questões que surgiam.
Relacionaram com as cenas nos vídeos e tiveram contato com novo vocabulário como,
presa, predador, camuflagem, escalar, ameaçado, carnívoro, aquático, marítimo entre
outros.

As crianças estão inseridas desde o nascimento no processo de alfabetização, por


estarem sempre em contato com um mundo letrado. A leitura de um livro ou outro
suporte de escrita são parte importante deste processo. Porém, nesta fase não
trabalhamos com a parte mecânica de decifrar códigos, mas com a função social da
escrita. Neste caso o mais importante é o sentido dos textos. Assim falamos do autor,
das ilustrações, do vocabulário. Podemos observar a interpretação das crianças ao
responderem questões sobre as histórias. Assim embora não decodifiquem as letras elas
demonstram que intelectualmente conseguem interpretar e imaginar uma infinidade de
situações.

Nas sextas-feiras as crianças tem escolhido livros para levarem para casa,
proporcionando um estimulo para as famílias terem estas vivências nos seus lares, pois
estas experiências são muito positivas neste processo.

Também estamos estimulando o desenvolvimento de suas garatujas ou rabiscos ao


propor desenhos de determinados temas trabalhados, assim como estimulamos que
escrevam seus nomes ao olharem em fichas ou ao brincarem com letrinhas de madeira e
plástico que temos em sala. Mas tudo é processo e não estamos procurando resultados
imediatos, pois cada criança tem seu tempo e interesse que devemos respeitar.

Quando questionamos sobre suas experiências com a horta, algumas crianças


demonstraram conhecer como plantar e como cuidar das plantas, relataram as
necessidades básicas, tais como: água, sol, carinho, adubos das cascas, que temos que
cuidá-las, não arrancá-las e muitas falaram de suas experiências com familiares.
Fizemos passeios pelos espaços externos do Nei, na horta apreciaram o cheiro dos
temperos e chás e conheceram alguns nomes das plantas. Conheceram da história do pé
de urucum, plantado por outro grupo de anos passados que pesquisavam sobre a cultura
indígena. Contemplaram os hibiscos e as flores dos canteiros da entrada, observaram as
árvores frutíferas com maior apego as amoreiras e plantaram salcinha.

Os diferentes tamanhos e formatos das folhas serviram de inspiração para propostas de


desenhos e para uma conversa sobre cuidados com a natureza.

Realizamos o passeio na trilha do Parque Estadual do Rio Vermelho. Passamos a trilha


observando alguns animais como macaco bugio, macaco prego, macaco sagui,
papagaios, corujas e araras. Tivemos que interromper a trilha, pois apareceu um
macaco bugio que havia fugido e colaria as crianças em risco. Fomos para o museu de
animais marinhos, onde estão expostos réplicas e ossos de animais. Neste local um
biólogo conversou com as crianças sobre a importância do trabalho de proteção dos
animais e mostrou quanto lixo existe nos oceanos que degradam várias espécies. As
crianças retornaram para o NEIM com muitos elogios ao passeio.

Agradecemos a todos os familiares pelo carinho, participação e principalmente pelo


apoio que demonstraram com relação ao período de greve.

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