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Objetivos do Manual
- O presente Manual visa o alcance dos seguintes objetivos:
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• Conteúdos apresentados em suporte papel para possibilitar ao formando a
sua consulta quer em sala, quer em casa, quer como guia no trabalho de
forma a nele coligir anotações;
• Os conteúdos estão organizados na mesma sequência que figura no
Referencial de Formação, para facilitar a sua consulta e exploração à medida
que as temáticas vão sendo abordadas.
• Os conteúdos integram notas explicativas e glossário de termos técnicos para
uma melhor aquisição e compreensão de conhecimentos.
• O manual será entregue na sessão nº 1 apelando para a sua lógica de
sistematização e localização de informação no final de cada sessão,
promovendo assim o seu manuseamento orientado pelo formador.
• O Manual integra um conjunto de questões de avaliação e algumas
aplicações práticas, fundamentais no apoio à preparação da Avaliação da
Mobilização de Competências no final da UFCD.
Objetivos
Recursos Didáticos
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Conteúdos
Referenciais de Formação
Insolvência
o Processos de recuperação
o Processos de insolvência
A insolvência
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O ponto número um do artigo nº 3 do CIRE explica que uma pessoa é
considerada insolvente quando se encontra impossibilitada de cumprir com as
suas obrigações vencidas. Ou seja, quando os seus ativos são inferiores aos
seus passivos. Para uma pessoa ser considerada insolvente tem que existir
uma sentença do tribunal a declará-la como tal. Com a sentença e o pedido de
exoneração do passivo restante, todos os bens da pessoa insolvente são
apreendidos e vendidos com o objetivo de amortizar as dívidas contraídas
junto dos credores.
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toda a família. Pode referir-se apenas a uma pessoa. Tudo depende do regime
de casamento que vigorar”. Assim, o pedido de insolvência conjugal (que
abrange os dois membros do casal), só pode ser requerido quando estão em
causa casais unidos em regime de comunhão geral de bens ou em regime de
adquiridos. No caso de duas pessoas que estejam casadas em regime de
separação de bens só pode ser requerida a insolvência pessoal. “Nesta
situação cada membro do casal é visto à luz da lei de forma independente,
com património autónomo e, como tal, a sua liquidação também tem de ser
gerida de forma autónoma”.
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Todas as dívidas ficam extintas após o prazo de cinco anos?
Insolvência Procedimento
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A sentença de declaração de insolvência é publicada para que todos os
credores que tenham créditos sobre essa pessoa possam reclamá-los. É ainda
comunicada a declaração de insolvência ao Banco de Portugal e o nome do
insolvente é inscrito na central de riscos de crédito.
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passivo que não foi pago no processo de insolvência. Com este despacho as
dívidas ficam perdoadas. “Embora o seu nome esteja inscrito no registo civil
em como esteve insolvente, a partir de agora a pessoa pode voltar a fazer a
sua vida normalmente e a receber o seu salário a 100%. “É uma oportunidade
para as pessoas fazerem um ‘reset’ nas suas vidas”. No entanto, é importante
que saiba que nem todas as dívidas são perdoadas com a insolvência.
O saldo da conta bancária que logo no início do mês fica a zeros; os envelopes
com avisos e alertas que não param de chegar lembrando as contas que estão
por pagar há meses; os telefonemas constantes das entidades credoras a
fazerem pressão para que as prestações em falta sejam pagas. As noites mal
dormidas. Estas são algumas das situações mais comuns que os consumidores
sobre-endividados enfrentam. Quando as dívidas se avolumam e os
rendimentos não são suficientes honrar os compromissos, a última solução
para muitas famílias passa por pedir a insolvência, junto do tribunal.
Os rostos que estão por trás destas estatísticas e refere que a generalidade
das pessoas que pedem insolvência não tem um perfil de “caloteiro”. São
pessoas que sempre foram cumpridoras, mas que por questões pontuais
viram-se numa situação de sobre-endividamento. “É frequente um casal em
que o marido tem uma empresa que acabou por correr mal, acabou por fazer
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encaixes financeiros pessoais e arrastou toda a família também para uma
situação de insolvência”.
De referir ainda que para apurar o valor que o executado recebe mensalmente
tudo conta: salário, comissões, prémios, subsídio de almoço, de férias e de
Natal.
Saldo bancário, salário, bens móveis ou imóveis: Tudo pode ser penhorável e
é o agente de execução que decide o que vai apreender. “A ordem é
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relativamente ambígua, mas determina que o agente deve penhorar o que
melhor se adequa à dívida. Um caso simples: Se há uma dívida de 500 euros
não vamos penhorar um imóvel de 100 mil euros”. Assim, em primeiro lugar
penhora-se o que é mais fácil realizar e que não se vai deteriorar na venda, ou
seja, dinheiro. “Primeiro os saldos bancários seguem-se os salários, créditos e
só depois passamos aos bens, porque há uma desvalorização inerente”. “O
automóvel do devedor pode ser fraco, mas é o que lhe serve, e para o credor
vale muito pouco. Mesmo os imóveis têm de ser muito bem ponderados: Até
que ponto compensa penhorar quando não se consegue colocar esse imóvel no
mercado.
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Para apurar o valor que o executado recebe mensalmente tudo conta: Salário,
comissões, prémios, subsídio de almoço, de férias e de Natal. Neste caso,
quem recebe o salário mínimo nacional e recebe os subsídios em duodécimos é
penalizado, porque o agente só tem que lhe deixar 485 euros por mês. Quem
não receber em duodécimos só é penhorado em Julho e Dezembro.
Se o devedor tiver várias dívidas também pode ter várias penhoras, porém
ficam em lista de espera. “É por ordem de chegada. Posso ter um processo de
2010, mas se a notificação é depois de 2013, o que conta é a data de
notificação. A única exceção são as dívidas relacionadas com pensões de
alimentos, que passam sempre à frente das outras. Mas nem as dívidas fiscais
têm esse privilégio”.
Isto não implica que, mais tarde, o credor não possa reabrir o processo para
averiguar se aquela pessoa já tem rendimentos.
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Nos casos em que o executado emigra o processo também ‘morre’. “Pese
embora tenhamos uma união económica, não há união na justiça e é
extremamente difícil recuperar uma dívida fora do país onde foi constituída”,
explica. O processo também se extingue em caso de desemprego, pois deixa
de haver rendimentos. “Se entretanto ficar desempregado é provável que o
exequente volte à procura de bens para penhorar”.
Os agentes de execução apenas cobram dívidas aos privados e nada têm a ver
com as dívidas do Estado. “A Segurança Social e a Autoridade Tributária (AT)
têm mecanismos próprios”, . “A AT tem um sistema informático bastante
avançado, o da Segurança Social é menos avançado, mas têm regras
diferentes. Desde logo, a AT tem acesso a um manancial de informação .
As regras de penhora também são diferentes. Por exemplo, no que diz respeito
à penhora de saldos bancários, os agentes de execução apenas penhoram a
conta por um dia. Se não tiver dinheiro nesse dia, mas tiver no outro, já não
pode ser penhorado. As finanças penhoram a conta bancária no presente e
futuro. Sempre que cair dinheiro é penhorado. “Depois têm regras
simplificadas de tramitação, o processo é mais célere, desenhado para ser
tratado informaticamente”.
Situações impenhoráveis
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sempre que deixar uma televisão, mas se for um plasma de cinco mil euros, já
pode ser penhorável”.
Também não se penhora o que não tenha valor comercial. Aliás, segundo
Armando Oliveira a penhora de bens móveis nem sempre é rentável: “Se se
fizer uma análise puramente economicista dos resultados obtidos, acabava-se
com a penhora dos bens móveis, porque é muito difícil vender bens móveis
penhorados. Agora o medo que as pessoas têm que se leve os móveis de casa
faz com que paguem”.
Nota: Em 2016 o salário mínimo aumentou para 530 euros. Assim, o valor
mínimo impenhorável passou para 530 euros e o limite máximo com que pode
ficar passou para 1.590 euros.
Não é admissível que esta situação (nos moldes em que foi apresentada) se
verifique, mas, quando ocorra, o executado deve suscitar, em primeiro lugar, a
intervenção do agente de execução, no sentido de este impor, à entidade
patronal, a correção do comportamento, sem prejuízo de o poder fazer
também junto do juiz do processo. Segundo o novo Código de Processo Civil,
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deverá ser assegurado ao executado um valor líquido de 505,00 € (equivalente
ao salário mínimo nacional).
“Esta regra do devedor ter de ficar com o salário mínimo, aplica-se aos
trabalhadores a recibos verdes? É legal deixar o devedor sem rendimentos?
Por trabalhar a recibos verdes podem tirar-me todo o ordenado, deixando-me
sem nada, sendo esta a minha única fonte de rendimentos?”
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como é o caso do crédito à habitação, crédito ao consumo, descobertos
bancários ou montantes já utilizados e não regularizados no cartão de crédito.
Contudo, também informação relativa das responsabilidades de crédito
potenciais como montantes disponíveis mas não utilizados nos cartões de
crédito, garantias prestadas e não executadas, fianças e avales estão
presentes na lista centralizada do Banco de Portugal.
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– A obrigatoriedade de comunicação mensal ao Banco de Portugal por parte
das entidades participantes das responsabilidades de créditos dos seus
clientes;
A CRC serve para avaliar o risco de concessão de crédito por parte das
entidades bancárias e fornece informação positiva e negativa a estas
entidades. E mesmo que esteja numa situação de incumprimento isso não
significa obrigatoriamente que não possa aceder a um regime de crédito, já
que pode existir uma negociação entre o cliente e a entidade financeira para a
concessão de um empréstimo. No entanto, em termos práticos, a
probabilidade de conseguir aceder a um crédito estando numa situação de
incumprimento é muito reduzida.
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formação, estiverem associados a um financiamento através de uma instituição
bancária ou financeira, a comunicação ao Banco de Portugal pode acontecer.
Isto porque a instituição atua como intermediário neste negócio: primeiro paga
ao comerciante ou prestador de serviços e de seguida fica com um crédito
sobre quem adquiriu o bem ou serviço, o que é comunicado à CRC até o seu
pagamento total ser efetuado.
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entidades financeiras que existiu um atraso no pagamento. Quando o
pagamento é efetuado, a situação de incumprimento continua registada no
mês em que ocorreu mas deixa de estar presente no mapa de
responsabilidades a partir da centralização de informação no mês em que a
situação foi regularizada.
CONTRATOS COMERCIAIS
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CONTRATO DE AGÊNCIA
O direito privado tem sido desde as suas origens romanísticas confrontado com
a acelerada evolução económico-social, motivo pelo qual tem havido uma
adaptação jurídica contínua.
Essa adaptação, alicerçada pela liberdade contratual para as partes
estabelecerem contratos atípicos tendentes às relações comerciais/contratuais
necessárias a cada momento.
O contrato de agência/representação comercial, outrora atípico, com a ainda
recente integração de Portugal na Comunidade Europeia, impulsionou a poder
legiferante do legislador quanto à definição dos termos do contrato de agência.
Directriz 86/653/CEE
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Esta directriz tem um cuidado especial em subordinar as partes à Lealdade e à
Boa fé, cfr os artigos 3º/1 e 4º/1.
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As características de autonomia e estabilidade são as que permitem distinguir
o contrato de agência do contrato de trabalho.
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- A declaração de resolução – art. 31º.
As cobranças não autorizadas são reguladas pelo artigo 770º do Código Civil,
nas quais:
- ou o agente contrato em nome próprio devendo depois retransmitir para o
principal a posição adquirida;
- ou é celebrado, pelo cuidado do agente, directamente entre o principal e o
terceiro.
A agência pode ser celebrada com vista à celebração de contratos num círculo
pré-determinado, seja circunscrição geográfica ou delimitação pessoal, ou
ambos.
Num paralelo com o disposto para o mandato – art. 1165.º Cód. Civil - o
agente pode recorrer a auxiliares e substitutos, designadamente sub-agentes,
aplicando-se a estes, com as necessárias adaptações, as normas aplicadas ao
agente.
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plena do fim contratual. Estando obrigado a respeitar as clausulas previstas
nos art. 7º a 11º, nos quais, numa enumeração meramente exemplificativa,
temos o dever:
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não existindo nenhum obstáculo em que a retribuição consista simplesmente
em comissões pelos contratos celebrados.
Além das retribuições e das comissões, acima referidas, o agente tem ainda o
direito a uma comissão especial pelo encargo de cobranças ou pela convenção
del credere – art. 269.º, 2º parágrafo do Cod. Comercial.
PROTECÇÃO DE TERCEIROS
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O contrato de agência visa celebrar negócios entre o principal e terceiros. Dado
o especial interesse que o principal retira da actuação dos agentes e visto o
valor geral que a confiança nos negócios representa, dentro da sociedade, a lei
estabeleceu diversos mecanismos para a protecção de terceiros, presentes nos
art. 21º a 23º do DL 178/86.
Art. 21º - Dever de informação
Seguindo o princípio geral da Liberdade de Forma, o contrato
de agencia, fica sujeito a registo na exacta medida da vontade
das partes. A razão de ser deste instituto, reside
na maior ameaça ao consumidor, neste tipo de negócios jurídicos,
que é a celebração de contratos sem que o agente tenha
poderes para tal. Assim a norma protege o consumidor, obrigando o agente a
fazer transparecer o conteúdo da relação interna que o liga ao principal. No
fundo trata-se de assegurar os direitos do consumidor.
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tal, sendo facto que não os tinha, sem que esse conhecimento seja imputável
ao terceiro. È ao nível do direito privado civilista que nos aparece a solução,
cfr. artigos 268º/1 e 770º do Código Civil por remissão do art. 22º/1 e art.
3º/3 do Decreto-Lei 178/86.
Desde logo, o agente deve informar quais os poderes que possui, através de
letreiros afixados nos locais de trabalho e em todos os documentos em que se
identifica como agente de outrem, devendo sempre constar se tem ou não
poderes representativos e se pode ou não efectuar cobrança de créditos.
O art. 23º estabelece por fim uma hipótese muito particular de representação
aparente, havendo representação sem poderes e o agente contratar em nome
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do principal, acreditando o terceiro de boa fé na existência deles, desde que
essa confiança seja objectivamente justificada devido a contribuição do
principal nesse sentido, o negócio é eficaz, é a hipótese do agente, com
conhecimento e sem reacção do principal, se proclamar publicamente seu
representante. Este dispositivo é aplicável à cobrança de créditos para agente
não autorizado.
O mútuo acordo corresponde ao acordo pelo qual as partes decidem por termo
à relação contratual, devendo constar de documento escrito.
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Deve ser comunicada à outra parte com determinada antecedência, sendo os
prazos crescentes em consonância com a duração do contrato. Assim:
- Se o contrato durar há menos de 1 ano – aviso prévio de 1 mês
- Se já tiver iniciado o segundo ano de vigência - 2 meses
- Nos restantes casos – 3 meses
As partes podem ainda fixar prazos de pré-aviso mais longos, contudo o prazo
a observar terá de ser igual para ambas as partes.
- se uma parte faltar ao cumprimento das suas obrigações, previstas nos art.
6º e seguintes para o agente e 12º e seguinte para o principal, quando, pela
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sua gravidade ou reiteração, não seja exigível a subsistência do vinculo
contratual. Temos aqui a hipótese de incumprimento culposo, que por ter a ver
com o sujeito diz-se subjectiva.
Ou então,
Trata-se, em suma, de uma situação de justa causa, não por força de qualquer
violação dos deveres contratuais, mas por força de circunstâncias não
imputáveis a qualquer das partes, que impossibilitem ou comprometam
gravemente a realização do fim visado.
A resolução deve ser comunicada por escrito, com indicação das razões e no
prazo de um mês após o seu conhecimento, ultrapassado esse prazo caduca o
direito à resolução, restando a denúncia para cessar o contrato.
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Sem prejuízo de qualquer outra indemnização a que haja lugar, nos termos
anteriormente expostos, o agente pode ter o direito, após a cessação do
contrato, a uma indemnização de clientela, com o intuito de o compensar pelo
enriquecimento que proporcionou à outra parte com a angariação de novos
clientes que se manterão após o termo do contrato de agência.
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A indemnização será calculada nos termos previstos no art. 34º, ou seja, a
partir da média anual das remunerações recebidas pelo agente durante a
duração do contrato.
Noção de concessão:
É um contrato quadro que faz surgir entre as partes uma relação obrigacional
complexa, por força do qual uma delas, o concedente,se obriga a vender à
outra, o concessionário, e esta a comprar-lhe, para revenda, determinada
quota de bens, aceitando certas obrigações (normalmente no que diz respeito
à sua organização, à política comercial e a assistência a prestar aos clientes) e
sujeitando-se a um certo controlo e fiscalização do concedente.
(contrato-quadro – é um contrato de concessão comercial que funda uma
relação de colaboração estável, de conteúdo múltiplo, cuja execução implica,
designadamente, a celebração de futuros contratos entre as partes, pelos
quais o concedente vende ao concessionário, para revenda, nos termos
previamente fixados, os bens que este se obrigou a distribuir).
• Concessão: é um contrato de distribuição com um perfil característico.
Geralmente, opera em áreas que exigem investimentos significativos e que o
produtor dos bens ou serviços a distribuir não queira ou não possa ele próprio
efectuar. Corresponde a esquemas destinados a distribuir produtos de elevado
valor. Aqui, um produtor fixa com um distribuidor mediante um quadro de
distribuição que se baseia pelas seguintes características:
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- Um comerciante insere-se na rede de distribuição de um produtor;
-Adquire o produto em jogo, junto do produtor e obriga-se a vendê-lo, em seu
próprio nome, na área do contrato.
É frequente o contrato de concessão implicar uma distribuição a nível
internacional. Se tal se verificar, ele é ainda complementado com elementos
internacionais privados.
Um exemplo clássico deste tipo de contratos, é o ramo dos veículos
automóveis.
Pelo prisma do Professor M. Januário C. Gomes “através do contrato de
concessão, que o concessionário se obriga a adquirir mercadorias a um
concedente, industrial ou produtor, pelas quais pagam preço e que venderá em
nome próprio, por ser mercadoria sua, assumindo por inteiro os riscos da
operação”.
Elementos caracterizadores:
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função das finalidades do contrato e do concedente fornecer ao concessionário
os meios necessários ao exercício da sua actividade,
8 exclusividade (na maioria dos casos).
Daqui resulta a constatação de que a concessão distancia o produtor da
comercialização dos seus produtos. O concedente vende os produtos por si
fabricados ao concessionário para este os revender no mercado. O
concessionário é o intermediário na cadeia produção – consumo. No entanto,
ao adquirir os bens do concedente para os revender em seu nome e por sua
conta, o concessionário liberta o concedente do risco da comercialização. Será
ele a actuar no mercado, sujeitando-se aos seus ditames, bem como a toda a
gama de vicissitudes provenientes da contratação com terceiros consumidores,
segundo o prof. José Alberto Vieira.
• Regime da concessão
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A doutrina: a analogia com a agência é um instrumento fundamental para
acudir a lacunas que surjam em concretos contratos de concessão.
As mais relevantes são as regras relativas à cessação do contrato. A norma
relativa à indemnização de clientela – art.33º do D.L. 178/76 – tem aplicação
certa no contrato de concessão. Contudo, deve-se verificar caso a caso, para
ver se existe analogia ou não.
No regime deste contrato de distribuição, devemos ainda atender às regras
sobre cláusulas contratuais gerais (CCG). Muitas vezes os grandes produtores
ou fabricantes recorrem a CCG, para uniformizar os diversos contratos de
distribuição que celebrem. As CCG daí derivadas sujeitam-se às regras
jurídicas gerais e em particular ao regime específico que para elas exista.
• Especificidades
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é suficiente para provar a concessão;
- Ela pode envolver a formação profissional do pessoal do concessionário.
Elementos:
quanto á sua duração:
- não havendo prazo, ela só pode ser denunciada com um pré-aviso, sob pena
de dar azo a um dever de indemnizar;
• Jurisprudência:
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se justifiquem. Além da indemnização de clientela, a interrupção abrupta de
uma concessão pode obrigar à retoma dos stocks, como já vimos; pode haver
danos não patrimoniais; pode impor-se uma indemnização por investimentos
feitos pelo concessionário, incluindo em formação profissional e que se venham
a perder; finalmente, caberá indemnizar pelas maiores despesas:
despedimentos colectivos, restituição de subsídios ao Estado e incumprimentos
ocasionados junto dos fornecedores. O direito tem de reagir aos problemas do
nosso tempo.
Figuras Afins:
Contrato de Agência - Pelo qual “ uma das partes se obriga a promover por
conta da outra a celebração de contratos em certa zona ou determinado círculo
de clientes, de modo autónomo
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propriamente, uma actividade comum, antes se verificando que os
beneficiários agem por si.
Logo, está claro que em linguagem corrente, um leasing não é nada mais
senão um contrato de arrendamento com opção de compra no final, onde
estão estipuladas as rendas e o valor da venda, com a particularidade de
durante a vigência do contrato de leasing as viaturas são propriedade da
entidade financeira.
Assim sendo, uma vez terminado o contrato, o leasing permite uma de duas
opções:
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A QUEM SE DESTINA
Empresas;
Empresários em nome individual;
Profissionais liberais;
Particulares.
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O contrato de locação financeira é, portanto, actualmente, objecto de uma
específica regulamentação, aplicando-se-lhe o regime previsto no Decreto-Lei
n.º 149/95, de 24 de Junho, tendo alguns dos artigos deste diploma sofrido
alterações com a entrada em vigor do Decretos-Lei n.º 265/97, de 2 de
Outubro e, mais recentemente, do Decreto-Lei n.º 285/2001, de 3 de
Novembro e do Decreto-Lei n.º 30/2008, de 25 de Fevereiro.
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Na verdade, com frequência, os locadores financeiros elaboram prévia e
unilateralmente cláusulas contratuais gerais que se destinam a ser incluídas
em todos os futuros contratos de locação financeira que vierem a celebrar,
com vista a que, em cada caso concreto, apenas se negocie o tipo de bem
locado, as rendas a pagar e o prazo do contrato.
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• O locador financeiro assume a obrigação de conceder o gozo do bem ao
outro contraente (cf. o artigo 9°, n.º 1, alínea b) do Decreto-Lei 149/95).
• O locatário financeiro obriga-se a pagar uma renda (cf. o artigo 10°,
n.º 1, alínea a) do Decreto-Lei 149/95).
• A cedência do gozo e o pagamento da renda, e, portanto, o contrato de
locação financeira, têm um prazo (cf. o artigo 6º do Decreto – Lei
149/95).
• O contrato deve prever a opção de compra pelo locatário financeiro, no
final do contrato, por um determinado preço.
• O locador financeiro fica com a propriedade do bem, a qual vai
desempenhar uma função de garantia do seu investimento
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para uma classe etária mais jovem, com rendimentos um pouco acima da
média; os efeitos fiscais da locação financeira são em tudo idênticos aos
efeitos do financiamento bancário, por força do princípio contabilístico da
prevalência da substância sobre a forma, de acordo com o qual as operações
devem ser contabilizadas atendendo à sua substância e à realidade financeira
e não apenas à sua forma legal.
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resolução do contrato de locação financeira não está sujeita ao formalismo a
que está a do contrato de locação simples (cf. os artigos 1047º e 1048º do
Código Civil com o artigo 17º do Decreto-Lei n.º 149/95) – caracterizam a
locação financeira como nova modalidade contratual, designadamente face à
locação simples.
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Aceite a proposta, a SLF ou o banco e o futuro utilizador celebram o contrato
de locação financeira, precisando nas respectivas cláusulas as obrigações de
um e de outro.
Perante este quadro – é o locatário financeiro que, na maior parte das vezes,
negoceia e adquire o bem locado, ainda que em nome do banco ou da SLF,
estabelecendo uma relação directa com o fornecedor, também depois da
compra, caso venha a fazer uso da respectiva opção –, o nosso legislador
contemplou, no artigo 13º do Decreto-Lei n.º 149/95, as relações entre o
locatário financeiro e o fornecedor, atribuindo àquele o direito de “exercer,
contra o vendedor ou o empreiteiro, quando disso seja caso, todos os direitos
relativos ao bem locado ou resultantes do contrato de compra e venda ou de
empreitada”, possibilidade que, na falta desta norma, competiria ao locador
financeiro/proprietário.
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No que concerne aos direitos do locador financeiro, cumpre referir o de
defender a integridade do bem, nos termos gerais de direito; o de examinar o
bem, sem prejuízo da actividade normal do locatário financeiro; e o de fazer
suas, sem compensações, as peças ou outros elementos acessórios
incorporados no bem pelo locatário financeiro (artigo 9º, n.º 2, alíneas a), b) e
c) do Decreto-Lei n.º 149/95).
Do artigo 11°, n.º 4 do Decreto-Lei n.º 149/95 resulta também que o locador
financeiro pode transmitir a sua posição contratual sem dependência de
autorização do locatário financeiro, regime fundado na mera função de
financiador que o locador financeiro desempenha e na consequente sua
relativa despersonalização.
São, por seu turno, obrigações do locatário financeiro, entre outras, a de pagar
as rendas; a de facultar ao locador financeiro o exame do bem locado; a de
não aplicar o bem a fim diverso daquele a que ele se destina ou movê-lo para
local diferente do contratualmente previsto, salvo autorização do locador
financeiro; a de assegurar a conservação do bem e não fazer dele uma
utilização imprudente; a de realizar reparações, urgentes ou necessárias, bem
como quaisquer obras ordenadas pela autoridade pública; a de não
proporcionar a outrem o gozo total ou parcial do bem por meio da cessão
onerosa ou gratuita da sua posição jurídica, sublocação ou comodato, excepto
se a lei o permitir ou o locador financeiro autorizar; a de comunicar ao locador
financeiro, dentro de quinze dias, a cedência do gozo do bem, quando
permitida ou autorizada; a de avisar imediatamente o locador financeiro,
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sempre que tenha conhecimento de vícios no bem ou saiba que o ameaça
algum perigo ou que terceiros se arrogam direitos em relação a ele, desde que
o facto seja ignorado pelo locador financeiro; a de efectuar o seguro do bem
locado, contra o risco da sua perda ou deterioração e dos danos por ela
provocados; e a de restituir o bem locado, findo o contrato, em bom estado,
salvo as deteriorações inerentes a uma utilização normal, quando não opte
pela sua aquisição (artigo 10º, n.º 1, alíneas a), c) e d), e), f), g), h), i), j) e
k) do Decreto-Lei n.º 149/95).
O artigo 11°, n.º 1 do Decreto-Lei n.º 149/95 estabelece ainda que o direito do
locatário financeiro pode ser transmitido se o contrato de locação financeira
incidir sobre bens de equipamento e houver trespasse de estabelecimento, nos
termos do artigo 115º do Regime do
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Quanto aos restantes bens (que não sejam bens de equipamento), o artigo
11º, n.º 2 remete para o artigo 1059º do Código Civil, cujo n.º 2 remete, por
sua vez, para os artigos 424º e seguintes do mesmo Código, dos quais resulta
que a transmissão da posição contratual do locatário financeiro carece, nestes
casos, de consentimento do locador financeiro (cf. o artigo 424º, n.º 1 in fine
do Código Civil).
O PRAZO DO CONTRATO
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investimento feito, juro calculado sobre o capital investido, custo de
amortização dos bens adquiridos e margem de lucro da operação incluídos.
Por ser com o investimento feito pelo locador financeiro que se estabelece, em
rigor, a correspectividade, enquanto na locação simples as rendas são
prestações periódicas, correspondentes a períodos sucessivos, dependentes da
duração do contrato, na locação financeira há uma obrigação única do locatário
financeiro que existe desde a celebração do contrato, embora o seu
cumprimento seja fraccionado. Trata-se, assim, de uma obrigação dividida,
fraccionada ou repartida quanto ao cumprimento, mas unitária em si mesma,
pois que a renda se encontra fixada desde o momento da celebração do
contrato em função do preço de aquisição, dos encargos e da margem de lucro
FRANCHISING.
O que é o franchising ?
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mercado.
Vantagens e Desvantagens para o Futuro Franchisado:
Inicia um negócio com menos risco Deve seguir as regras Recebe apoio
operacional O seu sucesso depende também de terceiros Usufrui de uma
marca conhecida Paga taxas e outras contrapartidas financeiras Está mais
protegido da concorrência
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Royalties/Taxa Administrativa.
Taxa de Publicidade/Promoção.
É uma contribuição que todas as lojas fazem para um fundo comum a ser
aplicado na promoção da marca e produtos da cadeia. Não deve ser visto como
uma fonte de lucro pelo franchisador que deve gerí-lo e justificar sempre a sua
correcta utilização.
Serviços.
Uma das principais vantagens que justificam o sucesso internacional do
franchising é a possibilidade de obter todo o know-how e apoio de empresas
experientes e com sucesso no mercado.
É justamente através dos diversos serviços que o franchisador passa ao
franchisado todo o conhecimento acumulado. Este é um factor fundamental a
ser analisado, tão importante ou mais do que os aspectos financeiros.
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de financiamento, ou mesmo um projecto completo tipo "chave na mão" no
qual o franchisador entrega ao franchisado a loja pronta a operar.
todo negócio envolve riscos que podem pôr em jogo as suas economias.
como empresário terá que trabalhar muito, em geral vários horas a mais
do que num emprego e muitas vezes durante sábados, domingos e
feriados.
é fundamental ter o apoio da família.
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em muitas situações será preciso pedir autorização ao franchisador - a
sua autonomia será limitada em favor da coesão da rede.
mesmo depois de estabilizada, a sua loja/unidade deverá continuar a
pagar as taxas devidas ao franchisador.
Apesar de esta ser a etapa mais difícil e mais importante vamos limitar-nos a
destacar alguns pontos fundamentais.
Mod.036
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Naturalmente os tópicos abaixo servem apenas de check-list. É preciso ter
sensibilidade para saber a altura certa de fazer as perguntas. O processo de
selecção é uma espécie de namoro, onde tanto franchisador como franchisado
terão oportunidade de se conhecerem melhor.
Serviços
Mod.036
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de importância fundamental é a formação inicial, apoio na instalação da
loja, manuais e o acompanhamento empresarial.
não se esqueça de perguntar quais os serviços incluídos no direito de
entrada e nos royalties/taxa administrativa e quais devem ser pagos à
parte.
conheça as pessoas que estão directamente ligadas ao apoio a rede
franchisada.
Aspectos Financeiros.
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Aspectos Operacionais.
O Contrato.
Mod.036
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desconfie de empresas cujo contrato não contempla uma parte
substancial do que o franchisador prometeu como serviços.
nunca assine um contrato sob pressão sem que tenha sido dado tempo
para uma analise cuidadosa e assessoria de um advogado.
Financiamento.
O Local.
Caso ainda não tenha o local para exercer a actividade aconselhamos procurá-
lo antes da assinatura de qualquer contrato. Excepção feita no caso de redes
que tratam da escolha e indicação do local.
Mod.036
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Propriedade Industrial
Missão
Assegurar a proteção e promoção da Propriedade Industrial, quer a nível
nacional, quer internacional, de acordo com a política de modernização e
fortalecimento da estrutura empresarial do país, nomeadamente em
colaboração com as organizações internacionais de que Portugal é membro.
Visão
Ser reconhecido como modelo de boas práticas, em especial pela excelência do
serviço prestado, tanto pelos parceiros do Sistema Científico e Tecnológico
Nacional como pelos Organismos congéneres e Organizações Internacionais
relevantes.
Valores
Isenção, imparcialidade e legalidade no tratamento dos intervenientes do
Sistema de Propriedade Industrial;
Preocupação com o utente, quer a nível da qualidade do serviço prestado, quer
nas condições de acolhimento e relacionamento com o INPI;
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Criado no âmbito do Ministério do Comércio Externo em 28 de Julho de 1976,
através do Decreto-Lei nº 632, por reforma da antiga Repartição da
Propriedade Industrial, o INPI assume atualmente a forma de Instituto Público
Autónomo, dotado de personalidade jurídica com autonomia administrativa,
financeira e património próprio, executando a sua atividade sob a
superintendência e tutela do Ministro da Justiça, no que se refere à definição
das políticas específicas da propriedade industrial bem como do
acompanhamento da sua execução (Decreto-Lei n.º 123/2011, de 29 de
Dezembro de 2011).
O CPI foi ainda alterado pela Lei nº 52/2008, de 28 de Agosto e pela Lei nº
46/2011, de 24 de Junho de modo a prever a criação do Tribunal da
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Propriedade Intelectual que, entre outras matérias, é competente para julgar
os litígios que envolvam direitos de propriedade industrial.
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Este monopólio permite impedir que alguém utilize, sem consentimento, uma
marca, uma patente ou um desenho ou modelo (ou outras modalidades),
habilitando o titular a acionar todos os mecanismos legais para fazer cessar ou
punir qualquer conduta usurpadora.
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O que pode ser protegido ou registado
As Invenções
Patentes
Modelos de Utilidade
Certificados Complementares de Proteção (CCP)
Topografias de Produtos Semicondutores
Os Sinais
Um elemento gráfico, como uma figura ou uma palavra, que sirva para
identificar no mercado produtos ou serviços, estabelecimentos ou entidades
pode ser protegido através de:
Marcas
Logótipos
Recompensas
Denominações de Origem
Indicações Geográficas
O Design
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A aparência ou o design de um objeto (a configuração estética resultante da
atividade criativa das empresas e dos designers) pode ser protegido através
de:
Desenhos ou Modelos
Reivindicação de prioridade
Caso pretenda optar por qualquer uma das vias de proteção no estrangeiro,
saiba que o pedido de registo ou de proteção efetuado em Portugal permite-lhe
beneficiar, num prazo de 6 ou 12 meses, de um direito de prioridade para
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apresentar o pedido noutro território: em qualquer Estado Membro da
Organização Mundial do Comércio (O.M.C.) ou da Convenção da União de Paris
para a Proteção da Propriedade Industrial (C.U.P).
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Economia) e PRIME (Programa de Incentivos à Modernização da Economia) do
III Quadro Comunitário de Apoio.
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Numa lógica de competências específicas, os gabinetes, de acordo com a sua
tipologia, têm como áreas privilegiadas de intervenção as seguintes:
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GAPI Inovação (COTEC)
Estreitar os laços de cooperação com as grandes empresas
nacionais e com a rede de PME´s Inovadoras, contribuindo para o
reforço do Sistema da Propriedade Industrial;
Promover a utilização e valorização da PI de cariz tecnológico,
fomentar o seu registo por parte das grandes empresas e das
PME´s Inovadoras e definir um conjunto de boas-práticas neste
domínio;
Contribuir para o desenvolvimento de competências profissionais
na área da PI, em recursos humanos altamente qualificados da
área da investigação, melhorando as qualificações existentes;
Definir estratégias de avaliação de tecnologias e ativos intangíveis
e de gestão de portfolios de PI.
Marca
Se a marca for registada, passa o seu titular a deter um exclusivo que lhe
confere o direito de impedir que terceiros utilizem, sem o seu consentimento,
sinal igual ou semelhante, em produtos ou serviços idênticos ou afins (ou seja,
o registo permite, nomeadamente, reagir contra imitações).
Atenção! Em princípio, o registo apenas protege a marca relativamente aos
produtos e aos serviços especificados no pedido de registo (ou a produtos ou
serviços afins).
Isto significa, por exemplo, que uma empresa que detenha um registo de
marca para assinalar computadores pode reagir contra o uso de uma marca
igual ou semelhante por uma empresa que preste serviços de reparação de
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computadores, mas já não o poderá fazer, em princípio, contra a utilização
dessa marca por outra empresa que fabrique aspiradores.
Tipos de Marca
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Marcas tridimensionais: compostas pela forma do produto ou da respetiva
embalagem
As Marcas coletivas
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Uma marca de associação é um sinal pertencente a uma associação de pessoas
singulares ou coletivas, cujos membros o usam, ou têm intenção de usar, para
produtos ou serviços relacionados com o objeto da associação.
Exemplos:
Mod.036
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Atenção! Uma marca composta exclusiva ou essencialmente por estes
elementos (com exceção das cores) apenas pode ser registada se tiver
adquirido, na prática comercial, eficácia distintiva.
Exemplos:
Exemplos:
Exemplo:
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As marcas que contenham símbolos de Estado, emblemas de entidades
públicas ou estrangeiras, brasões, medalhas, nomes ou retratos de pessoas,
sinais com elevado valor simbólico, nomeadamente símbolos religiosos, entre
outros (salvo autorização das entidades competentes).
Exemplos:
Não podem ser registadas as marcas constituídas por sinais que representem
uma reprodução ou imitação de outros já existentes (salvo consentimento do
titular destes últimos).
Exemplos:
Mod.036
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Permite valorizar o esforço financeiro e intelectual utilizado na conceção
de novas marcas;
Confere um direito exclusivo que permite impedir que terceiros, sem o
consentimento do titular, produzam, fabriquem, vendam ou explorem
economicamente a marca registada;
Atenção! O uso destes símbolos por quem não tenha efetivamente promovido
o registo da sua marca é proibido, constituindo um ilícito contraordenacional.
No entanto, enquanto o registo não tiver sido concedido e o requerente
pretender de alguma forma divulgar a marca, pode sempre indicar que se
encontra pendente o respetivo registo.
Mod.036
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Pedido de registo
1.º PASSO - Procurar saber o tipo de marcas que não podem ser
registadas
Sendo certo que nem todos os sinais podem ser registados como marca,
deve ter em atenção as regras que regem a sua constituição.
2.º PASSO - Averiguar se existem sinais iguais ou semelhantes àquele
que pretende registar
É importante que verifique se existem sinais anteriores que sejam iguais
ou semelhantes àquele que pretende registar, quer se trate de uma
marca, de um nome ou de uma insígnia de estabelecimento, ou de um
logótipo.
Deve, para isso, realizar pesquisas de anterioridade nas bases de dados
que se encontram disponíveis, gratuitamente, neste Portal.
Concluídos estes passos, deve formalizar o seu pedido.
Como pedir
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Os pedidos podem também ser entregues diretamente nos Serviços do INPI ou
enviados por correio. Junto dos Centros de Formalidades de Empresas (CFE),
de algumas Conservatórias do Registo Comercial e do Registo Nacional de
Pessoas Coletivas (RNPC) existem balcões onde pode igualmente apresentar os
seus pedidos.
Exame do pedido
O registo de uma marca não é um ato automático. Implica um processo
que se inicia após a apresentação do pedido e que envolve a realização
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de um exame do sinal à luz das regras que regem a constituição das
marcas.
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Marca na Hora - O que é?
Duração e Manutenção
Inalterabilidade da marca
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Durante a vigência, a marca não pode ser alterada nos seus elementos
essenciais. Qualquer mudança destes elementos fica sujeita a um novo registo.
O registo fica sujeito à caducidade se a marca não for objeto de uso sério
durante cinco anos consecutivos (salvo justo motivo).
O uso da marca tal como se encontra registada (ou que dela não difira
senão em elementos que não alterem o seu carácter distintivo);
O uso da marca para produtos destinados apenas a exportação;
A utilização da marca por um terceiro, desde que sob o controlo do
titular e para efeitos da manutenção do registo.
Mod.036
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Fim de Vigência
Por ausência de uso sério durante cinco anos consecutivos, salvo justo
motivo;
Se a marca se tiver transformado na designação usual do produto ou do
serviço para que foi registada;
Se a marca se tornar suscetível de induzir o público em erro,
nomeadamente acerca da natureza, qualidade e origem geográfica dos
produtos ou serviços.
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As invenções podem proteger-se através de duas modalidades de propriedade
industrial:
Patentes;
Modelos de Utilidade.
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A invenção tem que ser nova, neste âmbito, a expressão “ser novo” significa
não fazer parte do estado da técnica.
O estado da técnica inclui tudo o que, dentro ou fora do País, foi divulgado ou
tornado acessível ao público por qualquer meio, antes da data do pedido ou da
sua data de prioridade.
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primeira vez exposta ou divulgada nessa exposição, bem como a identificação
da invenção em causa.
Deste modo, invenções que não podem ser protegidas por patente, por se
apresentarem como evidentes para um perito, poderão, eventualmente, ser
protegidas por modelo de utilidade, caso descrevam a referida vantagem
prática ou técnica.
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O que não pode ser protegido
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homem ou para o animal, bem como os animais obtidos por esses
processos;
O corpo humano, nos vários estádios da sua constituição e do seu
desenvolvimento, bem como a simples descoberta de um dos seus
elementos, incluindo a sequência ou a sequência parcial de um gene,
sem prejuízo dos casos especiais de patenteabilidade;
As variedades vegetais ou as raças animais, assim como os processos
essencialmente biológicos de obtenção de vegetais ou animais.
Direito ao Registo
Regras especiais
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utilidade for solicitado no ano seguinte à saída do trabalhador, a
invenção considera-se efetuada durante o contrato de trabalho ou da
prestação de serviços.
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dissuadir potenciais infrações (através das expressões “patenteado” ou
“patente nº” ou das iniciais “Pat n.º”; “Modelo de utilidade n.º” ou “M.U.
n.º”).
Mod.036
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As embalagens;
Os elementos de apresentação (ex.: grafismo de painéis de publicidade,
layouts de apresentações de computador);
Os símbolos gráficos (ex.: ícones de computador, elementos de
sinalética, sinais identificativos, simbologia diversa);
Os caracteres tipográficos (ex.: fontes de letra ou lettering).
Mod.036
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Para que um desenho ou modelo possa ser registado não pode ser confundível
com qualquer outro produto anterior.
Programas de computador;
Produtos ditados exclusivamente pela sua função técnica;
Produtos de interconexões;
Produtos com um design contrário à ordem pública ou aos bons
costumes;
Design que não respeite as condições de protecção, que são a novidade
e o carácter singular.
Direito ao registo
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Regras especiais
Se o design for criado durante a execução de um contrato de trabalho e
essa actividade estiver nele prevista, o direito ao registo pertence, em
princípio, à entidade patronal. Se o registo for solicitado no ano seguinte
à saída do trabalhador, o design considera-se criado durante o contrato
de trabalho ou da prestação de serviços.
Se se tratar de um encomenda, o direito pertence a quem encomenda,
salvo acordo em contrário.
Mod.036
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Atenção! O uso destes símbolos por quem não tenha efectivamente
promovido o registo do seu desenho ou modelo é proibido,
constituindo um ilícito contra-ordenacional. No entanto, enquanto o
registo não tiver sido concedido e o requerente pretender de alguma
forma divulgar o produto, pode sempre indicar que se encontra
pendente o respectivo registo.
Pedido de registo
1.º PASSO - Deve procurar saber que tipo de design está vedado a registo.
Sendo certo que nem todos os produtos podem ser registados como Desenho
ou Modelo, deve ter em atenção as regras que regem a sua constituição .
Mod.036
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É importante que identifique se existem desenhos ou modelos anteriores que
sejam iguais ou semelhantes ao que pretende registar.
Deve, para isso, realizar pesquisas de anterioridade nas bases de dados que se
encontram disponíveis, gratuitamente, neste Portal.
Tipos de pedido
Um pedido múltiplo pode incluir até 100 produtos, desde que pertençam todos
à mesma classe da Classificação Internacional de Locarno.
Num registo múltiplo cada um dos produtos nele incluídos tem que respeitar os
requisitos de concessão. Os vários produtos são independentes entre si,
Mod.036
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podendo transmitir-se ou renunciar-se apenas a alguns dos produtos que
compõem um pedido múltiplo.
Como pedir
Atenção! Para beneficiar de uma eventual divulgação que tenha ocorrido antes
da apresentação do pedido, tem de o mencionar no formulário de pedido
DesMod2, referindo a data e o local onde tal situação decorreu e juntando
documento comprovativo dessa divulgação. Se não puder ou não dispuser
ainda desse documento, dispõe de um prazo de 1 mês para o juntar ao
processo.
Mod.036
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ou número de fax, para efeitos de envio de notificações. No caso de se fazer
representar por advogado ou solicitador é necessário anexar procuração.
Exame do pedido
Mod.036
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nacional, ou seja, a protecção de um desenho ou modelo (design) para o
território português.
Bibliografia
Catalogo.anqep.gov.pt
Mod.036
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