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03/10/10 Jesus e o Sermão da Montanha - artig…

Jesus e o Sermão da Montanha


(artigo de Moacir Sader)
(A versão integral deste artigo está publicada no livro:
"Viagem à cidade espiritual de Necanerom" de Moacir Sader)
<<clique no título do livro para recebê-lo em sua residência ou
preencha o formulário abaixo>>

Em estado extra-sensorial, sinto a cortina branca da janela de meu quarto


se debater intensamente, fruto de fortíssima ventania. Levanto-me com o
meu corpo astral e olho pela janela, procurando entender o que está
acontecendo. Para o meu espanto, o oceano havia secado e transformado
em imenso deserto. Sobre a areia estão milhares de pessoas sentadas
olhando para um mesmo lugar, como que esperando algo acontecer.

Essa experiência, acontecida em março/06, vinha me intrigando por demais,


sem que atinasse por seu real significado, até que um dia, estando em
outra dimensão em viagem astral, encontro-me escrevendo um texto, já
quase no final. Acordei convicto de que deveria escrever um novo artigo,
mas qual o tema naquele texto escrito em outra esfera? Por mais que
tentasse, não estava conseguindo recordar.

No mesmo dia em que vivenciei a experiência da viagem astral, já desperto,


deparei-me, casualmente, com um livro que andava desaparecido e sobre o
qual há muito eu gostaria de escrever: “O Sermão da Montanha, segundo o
Vedanta”. Percebi, então, a conexão entre as duas experiências extra-
sensoriais e me pus a escrever o artigo, que a rigor já existia praticamente
concluído por mim em outra dimensão.

Do que está na Bíblia Sagrada, sempre me senti mais atraído para as


passagens que envolviam Jesus, Suas atitudes, Suas palavras. Entre todas
as situações envolvendo o grande Mestre, há uma particularmente querida
por mim: O Sermão da Montanha. Os ensinamentos ditos no sermão
possuem profundidade pouco conhecida de modo pleno pela maioria, como
veremos em muitos pensamentos encontrados no livro, que está me
inspirando a escrever este artigo.

Em 1963, foi publicado, originalmente, o livro, já referenciado, do autor


Swami Prabhavananda, cuja leitura indico. Este escritor, adepto do Vedanta
e do Evangelho de Sri Ramakrishna, surpreendeu por encontrar no Sermão da
Montanha um caminho claro para se praticar a verdadeira espiritualidade.

O Vedanta ensina que a verdadeira natureza do homem é a divina. O mais


importante objetivo a ser alcançado pelo homem aqui na Terra é conseguir
revelar essa divindade. Os adeptos do Vedanta procuram seguir o caminho
da perfeição a cada dia e, diariamente, meditam para superar o egoísmo (o
sentido do ego).

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Surgido de Vedas, uma das mais antigas escrituras hindus, o Vedanta
ensina que todas as religiões são verdadeiras e levam a um mesmo
objetivo, a manifestação de Deus. Portanto, os seguidores do Vedanta
reverenciam todos os grandes profetas, os mestres espirituais e as
expressões de divindade das diversas crenças.

O autor do livro nos conta que foi por volta de 1874 que Sri RamaKrishna
iniciou o interesse especial pelo Cristianismo. Certo dia, RamaKrishna,
próximo a um quadro de Nossa Senhora com o menino Jesus, ficou absorvido
em contemplação e viu o quadro, repentinamente, tornar-se vivo e
resplendente. Sente, então, um amor ardente de Cristo invadir o seu
coração. Durante três dias, ele viveu sob a influência deste intenso amor.
No quarto dia, enquanto caminhava, aproximou-se um homem de semblante
sereno, com olhar fixo nele. Teve plena certeza de estar diante de Jesus,
que o abraçou se fundindo nele, levando Ramakrishna a um estado de
consciência transcendental. Essa experiência o levou a se convencer da
divindade de Jesus.

Desde então, os seguidores de Ramakrishna e do Vedanta honram não


somente Krishna e Buda, mas reverenciam igualmente Jesus, por ver Nele o
mestre de ensinamentos não apenas de âmbito ético ou social, mas,
principalmente, de ensinamentos incondicionalmente espirituais.

Jesus pregou na Galiléia, atingindo, inclusive, toda a Síria, acompanhado,


constantemente, de multidões. O Sermão da Montanha, no entanto, foi
reservado aos seus discípulos, por conter ensinamentos espirituais
avançados, além da compreensão pelas demais pessoas daquela época.

"Vendo as multidões [Jesus]...subiu à montanha. Ao sentar-se,


aproximaram-se dele os seus discípulos. [E Jesus] "pôs-se a falar e os
ensinava, dizendo:" [verdades espirituais fabulosas].

“Bem-aventurados os pobres em espíritos, porque deles é o Reino dos


Céus”.

Neste primeiro ensinamento, Jesus explica que para o homem estar pronto
para ouvir e entender o que o Mestre Iluminado tem a dizer precisa ser
pobre em espírito, ou seja, precisa ser humilde, desapegar-se do orgulho do
saber, da riqueza, da beleza ou da linhagem, desprender-se de idéias
preconcebidas sobre a vida espiritual.

“Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados”.

A aflição aqui não é por razões terrenas, mundanas, mas por causa de nossa
desconexão com a verdadeira espiritualidade. O sofrimento a que se refere o
Mestre é aquele que ocorre por fruto de nossa solidão espiritual, apegados
que ficamos, muitas vezes, a crenças superficiais.

“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”.

Viver a mansidão é viver em ligação permanente com Deus, libertos dos


sentimentos relacionados ao “eu” e ao “meu”, pois nada nos pertence de
fato, tudo é de Deus. Quem conquista pela força e pelas armas, está fadado
ao sofrimento. Os avarentos apenas se acorrentam ao dinheiro, não são
felizes. Devemos abandonar o nosso ego a Deus, tornando-nos
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efetivamente mansos, herdando, por conseguinte, o verdadeiro paraíso
espiritual.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão


saciados”.

A justiça enfocada não está relacionada às virtudes morais ou às boas


qualidades humanas. Não tem a ver com o bem se opondo ao mal, nem com
a virtude em oposição ao vício (sentido estrito); mas, sim, com a justiça
absoluta, da bondade absoluta. Jesus quer dizer, no sentido lato, que o
faminto e sedento de justiça é aquele faminto e sedento do próprio Deus.

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”.

Ser misericordioso é condição necessária para que possamos nos colocar em


condições de receber e entender a verdade de Deus.

“Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus”.

Jesus, com essa frase, fala sobre a necessidade de sermos puros de coração
para podermos ver, encontrar com Deus. Ainda que possamos ter uma vida
pura, ética e de virtudes, muitas vezes, não estamos preparados para o
encontro com Deus, pois nossas mentes não se apresentam puras, repletas
que estão de impurezas (impressões acumuladas através das
reencarnações), levando-nos à ignorância, ao sentimento do eu exclusivista,
aos apegos mundanos, às aversões (somos atraídos por aquilo que
repelimos) e à ânsia de viver. As almas iluminadas, vivenciando amor em
seus corações e livres das impressões mentais de vidas passadas, estarão
prontas para a conexão com Deus.

“Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados


filhos de Deus”.

O Homem centrado no ego inevitavelmente se torna arrogante e se esquece


de Deus. Não podemos, desse modo, vivenciar a paz verdadeira enquanto
não completarmos a nossa união com Deus e com todo os seres. Isso
somente poderá acontecer quando alcançarmos uma consciência
transcendental. A alma iluminada não tem ego, está imersa na mente de
Deus, transformando-se em verdadeira paz, seres humanos pacíficos,
verdadeiros filhos de Deus.

“Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque


deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem
e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por
causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque é grande a vossa
recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que
vieram antes de vós”.

Muitas vezes os aspirantes à espiritualidade não são compreendidos pelas


pessoas apegadas a crenças ortodoxas. O espiritualista, no entanto, não
deve reagir, negativamente, pois, sua mente está ligada a Deus. Enxerga a
ignorância, mas age com misericórdia. Quando falam mal de nós, em
qualquer circunstância, nosso instinto nos leva a aplacar o nosso ego, a
revidar. Entregando a esse desejo do ego, estaremos nos fazem grande mal,
pois, irritados e ressentidos, interrompemos nossa comunhão com Deus.
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Jesus nos ensina a não revidar ao mal, mas a orar por quem agiu
negativamente conosco. Contudo, para estarmos prontos para dar a outra
face, necessário se torna estamos espiritualmente maduros. Somente uma
alma no verdadeiro caminho da iluminação vê Deus em todos os seres,
conservando a paciência em meios os obstáculos da vida terrena.
---//---
O Sermão da Montanha, visto pelo prisma de quem segue o Vedanta,
transparece uma outra forma de espiritualidade, aquela que enfatiza a
necessidade de o ser humano mudar interiormente, rompendo com o ego e
interligando-se efetivamente com Deus e com todos os semelhantes. E para
esse caminho, dois tipos de conhecimentos nos apresentam em auxílio: um
tido como inferior e, outro, superior. O conhecimento inferior é aquele de
origem acadêmica, oriundo das ciências, da filosofia e até das escrituras
religiosas. O conhecimento superior é a percepção imediata de Deus. A
pessoa que se ilumina espiritualmente não precisa de informações externas,
ela pode entender e até ensinar a partir de sua experiência interior.

Jesus é tido pelos cristãos como a encarnação divina, acontecido somente


uma vez na Terra, segundo eles. Esse pensamento cristão advém, em
grande parte, porque Jesus, quando esteve entre nós, disse: “Sou o
caminho, a verdade e a vida: ninguém chega ao pai, a não ser por mim”.
Entretanto, ao se estudar outros grandes mestres espirituais, podemos ver
que eles falaram algo similar a Jesus. Sri Krishna assim se manifestou certa
feita: “Sou a meta do homem sábio e sou o caminho, sou o fim da
estrada, a testemunha, o Senhor, o Sustentáculo. Sou o lugar de
residência, o começo, o amigo e o refúgio”. De modo semelhante, Buda
nos revelou o caminho, ao dizer: “Sois o meu filho, sou vosso pai; através
de mim vós vos libertastes de vossos sofrimentos”.

Então, a quem seguir, a quem aceitar suas palavras como verdadeiras? De


Jesus, de Krishna ou de Buda? Em primeiro lugar, é preciso ter em mente
que o “Eu” dito por estes três grandes mestres não tem origem nos seus
egos, no eu inferior de cada um. Eles, em verdade, estão afirmando as suas
divindades, suas identidades com o Eu Universal.

Se por um lado, transparecem inegavelmente as características divinas dos


três mestres espirituais, tornando-se, cada um, há seu tempo terreno, o
caminho para trilharmos na espiritualidade, em face de seus ensinamentos e
exemplos deixados; por outro, podemos deduzir que esta divindade e essa
conexão com o divino estão ao alcance de todos, desde que nos
propusermos a proceder a escalada do espírito, seguindo os passos
marcantes deixados por esses grandes avatares.

Uma idéia encontrada fortemente nos ensinamentos de Jesus, de Buda e


Krishna, diz respeito ao amor que devemos sentir por nossos inimigos.
Tenho pensado sobre esta postura que devemos ter. Ultimamente tem me
ocorrido que, mesmo sem estarmos preparados para efetivamente sentir
amor pelos nossos inimigos, temos que agir, ter atitude de amor para com
eles, no sentido de não prejudicá-los, buscando tratá-los com respeito. Daí,
estaremos praticando atitudes de amor; quiçá, por conseqüência, surgirá,
em nossos corações, o amor por eles.

Jesus, certa vez, disse uma frase, que resume, em importância, o tema
central de todo o Sermão da Montanha: “Sede, pois, perfeitos, como é
perfeito o vosso Pai que está no céu”. A palavra perfeição transmite idéia
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de subjetividade, sobretudo, no que concerne à perfeição divina. Onde, pois,
achar a perfeição? Em que local encontrar Deus?

Essa procura não está distante de nós, a rigor, muito perto, em nosso
interior, em nosso Eu Superior. Quando a pessoa estiver purificada através
de sua evolução espiritual, descobrirá o verdadeiro ser divino em seu
interior. Revelar este ser espiritual interior, essa divindade guardada no
íntimo, é efetivamente tornar-se perfeito. Essa tese não é tão absurda como
muitos querem crer, pois foi o próprio Jesus, que, segundo o Evangelho de
Lucas, disse: “O reino de Deus não tem aparência ostensiva; nem se
poderá dizer: hei-lo aqui ou hei-lo ali! Porque o reino de Deus está
dentro de vós”.

Verdadeiramente, o que impede de vermos essa verdade, que Deus está


dentro de nós é nossa ignorância, a falta de foco em nosso real estado, que
é o espiritual, ainda que dotados de corpo, mente e sentidos temporários
aqui na Terra. Estamos atuando em muitos papéis terrenos, mas somos
unicamente seres espirituais.

Os três grandes avatares, Jesus, Buda e Ramakrishna não somente


manifestaram Deus, enquanto viveram seus dias terrenos, mas também
insistiram para fazermos o mesmo. No entanto, os religiosos, na sua
maioria, procuram freqüentar suas igrejas e ter comportamentos éticos em
suas vidas, na esperança de serem recompensados após a morte em face de
suas boas ações. Contudo, o ideal mais profundo de Cristo não tem sido
seguido, por estar esquecido ou até mal compreendido, qual seja,
ascendermos espiritualmente aqui na Terra.

Neste sentido, muitos leitores do Sermão da Montanha acabam por não


vivenciá-lo em sua plenitude, pois Jesus, como os seus ensinamentos, quis
concretamente dizer que Deus pode ser visto na presente existência,
podemos conhecê-lo e ser perfeitos enquanto vivemos na Terra como Deus é
perfeito no céu.

Importante ensinamento de Jesus foi a devoção, quando ele disse:


“Amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração, e com todo a sua
alma e com toda a sua mente.” Não quer dizer, com isso, que não
devemos amar o nosso semelhante ou que não devemos vivenciar o amor
humano, pois o primeiro dos dez mandamentos diz também que devemos
amar o nosso próximo como a nós mesmos. Esse amor deve, no entanto, ser
dado com generosidade, de forma incondicional, sem esperar reciprocidade.

Enfatizando o efeito de causa e efeito, Jesus nos ensina que, ao darmos


esmolas, a mão esquerda não deve saber o que faz a direita: “Que a tua
esmola seja dada em segredo: e o teu Pai, que vê em segredo, te
recompensará publicamente”. Com isso, Jesus está destacando o efeito
da recompensa por boas ações, assim como acontece com as más ações,
pois ele também disse: “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”.
Vemos então que tanto as boas ações quanto às ações negativas geram
retornos futuros, o que está popularizado em nossos dias como a lei do
Karma (positivo e negativo).

Confirmando a existência do karma, inclusive de vidas passadas, observei


que todas as vezes que Jesus curou alguém, mesmo com problemas de
nascença, ele dizia: “Os seus pecados estão perdoados”. Em seguida
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mandava os paralíticos andarem, os cegos verem, etc. Com isso, fica
evidente que as doenças, os problemas físicos e os psíquicos são
conseqüência de falhas pregressas, surgem em face da lei de causa e
efeito.

O importante é rompermos todos os vínculos kármicos, dedicando todo o


fruto de nosso trabalho, de nossa vida terrena, em adoração a Deus,
vivendo sem apegos. Isso não quer dizer que devemos viver com preguiça,
indiferença pelo que fazemos. O desapego aqui está no sentido oposto,
pois, se constitui, em contra-partida, no apego a Deus, na entrega de tudo
a Deus. Em sendo assim, devemos realizar nossas tarefas terrenas,
buscando sempre a perfeição, uma vez que elas serão oferecidas a Deus em
adoração. Por essa prática de entrega a Deus tudo o que fazemos, livramo-
nos da roda da karma (causa e efeito) e ganhamos de presente o paraíso.

Sobre a oração, Jesus nos ensina que esta deve ser feita em lugar discreto,
ao dizer: “E quando orares, não sejas como os hipócritas; porque eles
gostam de orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para
serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam sua
recompensa. Mas tu, quando orares, entra no tem aposento e,
fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê
ocultamente, te recompensará abertamente”.

A verdadeira espiritualidade não é exibicionista, é sagrada, secreta. Por isso


Jesus nos falou que não devemos fazer aparado de nossa adoração.
Devemos nos retirar para um lugar afastado, fazer nossos pedidos em
oração, na certeza que seremos atendidos. Lembremos que Jesus gostava
de orar sozinho nas montanhas.

E como especial presente, Jesus nos ensinou uma das mais belas orações:
O Pai Nosso, contemplando os princípios fundamentais para uma vida
santificada:

Pai Nosso... (para fazemos conexão com Deus em adoração) que estais no
céu (o céu está para além de um lugar físico “estar no céu” é perceber Deus
em nossas consciências). Santificado seja o vosso nome (quando mais
repetirmos o nome de Deus, atrairemos a força espiritual que o seu nome
carrega em si). Venha a nós o vosso reino (com visão espiritual aberta,
veremos o reino de Deus em nós, aqui e agora). Seja feita a vossa
vontade, assim na terra como no céu (a vontade de Deus é tudo que nos
conduz a Ele). O pão nosso de cada dia nos dai hoje (esse pão é a graça
divina, que nos seja revelada agora, neste tempo de nossa vida terrena).
Perdoai as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos
devedores (todas as dívidas kármicas nos serão perdoadas, quando
perdoarmos os nossos inimigos, rompermos com o nosso ego e religarmos a
Deus em adoração). E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do
mal: porque vosso é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
(precisamos refrear nossos sentidos e voltarmos para dentro de nós, onde
Deus se encontra, e orar sempre pedindo a graça divina).

E quando Jesus diz que a porta que leva ao céu é estreita. O que ele quis
dizer com isso? É claro que Ele usou mais uma vez de metáfora para uma
questão bem complexa. O sentido de “porta estreita” pode ser interpretado
através dos ensinamentos da ioga. Os indianos identificaram três passagens
formadas de nervos que percorrem toda a espinha, chamados: ida, pingala e
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sushumna. Destas, a sushumna é uma passagem central que não apresenta
utilidade alguma, segundo a medicina tradicional. No entanto, para a ioga,
existem sete centros de consciência espiritual localizados em toda a
extensão da espinha do corpo humano, hoje conhecidos com os sete
principais chakras tão utilizados pelos tratamentos alternativos, entre eles o
Reiki. Na base da espinha, encontra-se uma grande reserva de energia
espiritual latente. Quando despertada por práticas espirituais e pela
devoção a Deus, esta energia espiritual se eleva pelo canal estreito da
sushumna. Alcançando os chakras mais elevados, gera vários graus de
iluminação. Ao atingir o chakra do coração, podemos enxergar a luz divina e
experimentar o êxtase, vivenciar o amor incondicional. Ao atingir o chakra
Laríngeo (da garganta), sentimos vontade de pensar e falar somente de
Deus. Ao alcançar o chakra frontal (testa), podemos ver Deus. E por fim,
quando a energia espiritual chega ao sétimo chakra, o coronário, surge em
nós a percepção da unidade nossa com Deus, a união divina perfeita. Assim
a sushumna seria a porta estreita que nos leva à vida eterna, ao
conhecimento do próprio Deus, e, por isso, a evolução espiritual não está
fora de nós, mas em nosso íntimo.

Como vimos, Jesus nos ensinou uma espiritualidade muito mais profunda do
que a que vemos nas religiões tradicionais. Ele nos mostrou o amor
generoso e a compaixão por todos e o caminho para a iluminação, o interior.
“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as põe em
prática, assemelhá-lo-ei ao homem sensato que edificou a sua casa
sobre a rocha”. A experiência espiritual, com base nos ensinamentos
profundos de Jesus, é a rocha sobre a qual devemos construir as nossas
casas (os nossos espíritos).

Voltando à experiência em que vi o oceano se transformar inteiramente em


areia, longo deserto repleto de pessoas, sinto que pode significar a
existência de milhares de pessoas, em nosso tempo, preparadas e ávidas
por ensinamentos espirituais que efetivamente levem à verdadeira conexão
com Deus, que propiciem à iluminação espiritual aqui na Terra. Cada uma
dessas pessoas está pronta para ouvir novamente o Sermão da Montanha do
Mestre Jesus, para entender o seu intrínseco e verdadeiro significado e
passar, então, a se dedicar à viagem através da estreita porta, localizada
no interior, à caminho definitivo do absoluto encontro com Deus.

Temas constantes do livro "Viagem à cidade espiritual de Necanerom" (204


páginas):
Experiências astrais e Necanerom / Premonições / Transformação quântica do pensamento / Nova
era sendo implantada / Almas gêmeas na nova era / Eu Sou presença Divina / Jesus e o Sermão da
Montanha / Maria Madalena, outra história / Evangelhos apócrifos / As mensagens de Jesus para a
nova era / O poder da fé na cura cármica / O trabalho e a espiritualidade / Reiki, processo de cura /
Lei da atração / Como implantar na Terra a era de luz? / Chegada da nova era.

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É tempo de conhecer e saber como influir, ser participante pró-ativo na
implantação da Nova Era, evoluindo junto com a nova dimensão planetária.
Abraços fraternos, Moacir Sader

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m oacirsader@ m oacirsader.com

Referência Bibliográfica:

1- Bíblia de Jerusalém.Nova edição, revista. Paulus.2001

2- Prabhavananda, Swami. O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta.


Editora: Pensamento. São Paulo. 1987 (edição original: 1963).

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