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ABEH e a construção de um campo de Pesquisa e Conhecimento:

desafios e potencialidades de nos re-inventarmos

OS DITOS E NÃO DITOS: POLÍTICA EDUCACIONAL


E IDEOLOGIA DE GÊNERO NO PLANO MUNICIPAL
DE EDUCAÇÃO

Terezinha Richartz
Doutora em Ciências Sociais pela PUC/SP
Professora do Programa de Mestrado em Letras –Linguagem, Cultura e
Discurso da Universidade Vale do Rio Verde (UNINCOR)
terezinha@unincor.edu.br

GT 21 - Políticas públicas, processos educativos e subjetividades: reinvenções,


potencialidades e tensões na temática da diversidade sexual

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os entraves acerca da ideologia de gênero


presentes nas propostas dos agentes públicos e privados para a elaboração do
Plano Municipal de Educação da cidade de Varginha (MG). O Plano Nacional
de Educação (PNE) aprovado recentemente delineia objetivos, diretrizes, metas
e estratégias que serão implementados até 2024 em todos os níveis da edu-
cação brasileira. Em consonância com o que foi decidido no âmbito federal,
estados e municípios elaboraram planejamentos que garantam a conformidade
com o PNE. O resultado do debate público desenvolvido na cidade em questão
foi a proibição de implantar, lecionar e aplicar direta e indiretamente a ideologia
de gênero nas instituições educacionais do município.
Palavras-chave: Plano Municipal de Educação; políticas públicas; diversidade;
ideologia de gênero; patriarcado.

VIII Congresso Internacional


ISBN 978-85-61702-44-1 613 de Estudos sobre a Diversidade
Sexual e de gênero
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Introdução

A elaboração dos currículos e as ações das escolas dentro do município


devem estar em conformidade com as normas educacionais vigentes. Assim,
no Plano Municipal de Educação, são encontrados parâmetros em consonância
com a legislação nacional que norteia as políticas educacionais.
Tendo-se em vista que a heteronormatividade compulsória é apresentada
em uma sociedade fortemente gendrada, surgem propostas educacionais que
expressam os papéis predeterminados por uma cultura dualista e heterocên-
trica, comprometendo o nascimento de novas subjetividades. Nesse sentido, no
presente trabalho, as reflexões sobre as incongruências da política educacional
do município de Varginha (MG) foram realizadas a partir das gravações (dis-
ponibilizadas no Youtube1) da audiência pública e das sessões na Câmara dos
Vereadores que debateram e aprovaram o Plano Municipal de Educação.

O papel das instituições sociais

As instituições sociais exercem papel de vigilantes sobre os comporta-


mentos socialmente aceitos. Em sua obra “História da sexualidade”, Foucault
(2010) aborda o controle feito ao corpo, sobretudo pela Igreja, que estabelece
restrições religiosas e morais introjetando nos indivíduos a noção de pecado.
Para o filósofo, a sexualidade sempre foi considerada pelas instituições norma-
tizadoras como perigosa e, portanto, é controlada e regulamentada por elas. A
escola é uma das instituições em que o poder disciplinar ganha vida. Ela coloca
em prática as políticas públicas determinadas pelas esferas governamentais e,
assim, normas que interferem na sexualidade e nos “bons costumes” são sem-
pre vigiadas pela família e pela sociedade.
Segundo Foucault (1992, p. 244), os dispositivos de poder são “um
conjunto decididamente heterogêneo que engloba discursos, instituições,
organizações arquitetônicas, decisões regulamentares, leis, medidas adminis-
trativas, enunciados científicos, proposições filosóficas. Em suma, o dito e o
não dito são os elementos do dispositivo”. Como o poder é uma prática social

1 Quando citadas as falas dos atores, são incluídos hora e minuto ou minuto e segundo das gravações
das sessões disponibilizadas no Youtube.

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e historicamente determinada, não é fixa. Apesar do controle exercido sobre


o corpo, as regras não são imutáveis, vão aos poucos sofrendo alterações. As
políticas educacionais fazem parte dessa “malha capilar” que penetra de forma
sutil, adestrando os corpos, mas, ao mesmo tempo, o discurso normativo da
escola, que implementa projetos pedagógicos, pode ajudar a manter ou inter-
ferir na heteronormatividade. A sexualidade é uma construção histórica e as
mudanças vão paulatinamente acontecendo. Vitórias e retrocessos são mescla-
dos, especialmente quando o assunto é a diversidade sexual, e é nesse embate
que emergem as novas subjetividades.

Política educacional e diversidade sexual

Na sessão de 1º de junho de 2015 da Câmara Municipal de Varginha,


foi apresentado o Plano Municipal de Educação em consonância com o que
está previsto no Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2014). As maiores con-
trovérsias, no entanto, surgiram na audiência pública convocada pela Câmara
Municipal para debater sobre o plano com a sociedade, valorizando a opinião
pública e levantando possíveis soluções, especialmente, para os temas mais
polêmicos.
As propostas apresentadas pela Secretaria Municipal de Educação
de Varginha no Plano Municipal de Educação foram disponibilizadas para a
consulta pública2 e depois expostas e discutidas na Tribuna Livre da Câmara
Municipal3 (1º de junho de 2015), em audiência pública4 (10 de junho de 2015) e
na sessão de votação do Plano Municipal de Educação5 (22 de junho de 2015).
Estiveram presentes nessas ocasiões representantes da Secretaria Municipal de
Educação, das escolas particulares e públicas da cidade, de setores ligados às
igrejas (como a Pastoral Familiar, a Pastoral da Comunicação da Igreja Católica
e a Associação dos Pastores) e representantes da comunidade, especialmente
pais preocupados com a educação moral dos seus filhos.

2 Disponível em: <http://www.seduc.varginha.mg.gov.br/admin/arquivo/PLANO%20MUNICIPAL%20


DE%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20DE%20VARGINHA.pdf> Acesso em: 20 jun. 2016.
3 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wIrOJ94T2SA> Acesso em: 20 jun. 2016.
4 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Mjo0DKgln4w> Acesso em: 20 jun. 2016.
5 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=F6pXx0oWxsY> Acesso em: 20 jun. 2016.

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O embate se deu, especialmente em torno da palavra “diversidade”. Setores


sociais, sobretudo aqueles vinculados à Igreja, pais e vereadores se pronuncia-
ram contra a incorporação do termo no PME. No entendimento da maioria, o
uso da palavra diversidade poderia dar margem à introdução da ideologia de
gênero nas escolas. A preocupação, portanto, foi restringir oportunidades que
pudessem ser utilizadas pelos setores sociais mais progressistas.
Os representantes da Secretaria Municipal de Educação de Varginha
esclareceram que, em nenhum momento, o plano incentivou a ideologia de
gênero e que o termo não estava presente na sua diretriz, mas foram muitos os
argumentos em favor da alteração do texto.
Por sua vez, os representantes da Igreja Católica6 e das Igrejas Evangélicas
assinalaram o perigo ao qual a sociedade se torna vulnerável. Segundo essas
instituições, as palavras são ambíguas e, depois de aprovada a lei, qualquer
pessoa mal-intencionada pode usá-la “contra a família”. Defenderam, assim,
que deve haver coerência entre o que a escola ensina e o que a família acredita.
Para tais entidades, a ideologia de gênero e a diversidade sexual são contra os
princípios familiares e cristãos, podendo “colocar em risco muita coisa para esta
geração que vai receber a orientação dentro das escolas”.7
A Pastoral Familiar solicitou que, na leitura do projeto, os vereadores tives-
sem cuidado com o texto “para que [...] não passasse alguma palavra que desse
abertura para este tipo de ofensa à família e à nossa crença cristã”.8
A Associação dos Pastores de Varginha reforçou sua preocupação com a
família.
“Os educadores contribuem também para a formação moral das
crianças. É franqueado aos educadores um tempo muito provei-
toso no crescimento, na formação do caráter das nossas crianças.
Estamos preocupados com as brechas da lei que possam violar

6 Nota da CNBB sobre a inclusão da ideologia de gênero nos Planos de Educação, datada de 19 de
junho de 2015: “A ideologia de gênero subverte o conceito de família, que tem seu fundamento
na união estável entre homem e mulher, ensinando que a união homossexual é igualmente núcleo
fundante da instituição familiar. ” (CNBB, 2015, p. 1).
7 (7min10s). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=F6pXx0oWxsY> Acesso em: 20 jun.
2016.
8 (28min27s). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=F6pXx0oWxsY> Acesso em: 20
jun. 2016.

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conquistas da cidadania e da sociedade. A diversidade parece ser


uma brecha na lei. Como a militância federal, estadual e municipal
quer se aproveitar das brechas para colocar suas ideologias e diver-
sas interpretações, solicito que retire o termo diversidade.”9

A entidade solicitou que fossem deixados mais explícitos os termos na lei.


A palavra diversidade, se mantida, deveria ser muito bem definida.
Os pais da cidade de Varginha, preocupados com o futuro dos filhos,
destacaram que
“a ideologia de gênero é o esvaziamento do conceito jurídico de homem
e mulher. Ele vai destruir as bases do direito. [...] Nós temos o direito de ser dife-
rentes. Ser diferente é ser livre também”.10 E reforçaram: “a ideologia de gênero
é uma ameaça porque vem comendo pelas beiradas. [...] Essas aberturas podem
trazer consequências dramáticas”.11
A maioria dos vereadores concorda que a palavra diversidade deve ser
retirada da proposta. Outra sugestão “é usar a palavra exceto, já que a diversi-
dade é mais ampla do que apenas a sexual. Se tirar a palavra diversidade, vai
atingir outras categorias sociais como o negro e o deficiente”.12 Segundo os
legisladores, uma das funções da escola é ensinar o respeito. A abordagem da
ideologia de gênero é função da família, não da escola.
Os vereadores também sinalizaram para as dificuldades de gerenciar a
política de gênero nas escolas, em razão da precariedade das condições das
estruturas físicas. De acordo com eles, os banheiros não atendem às novas
demandas. É necessário mexer na infraestrutura, construindo banheiros
individuais.
No final da sessão de 10 de junho de 2015, o presidente da Câmara
de Vereadores de Varginha leu a seguinte frase: “aluno não pode confundir

9 (35min43s). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=F6pXx0oWxsY> Acesso em: 20


jun. 2016.

10 (1h36min). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=F6pXx0oWxsY> Acesso em: 20


jun. 2016.

11 (27min13s). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=F6pXx0oWxsY> Acesso em: 20


jun. 2016.

12 (55min56s). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=F6pXx0oWxsY> Acesso em: 20


jun. 2016.

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liberdade com libertinagem”13, apontando para os equívocos presentes na inter-


pretação de uma política pública que é tão cara na formação dos alunos. Nesse
sentido, a ideologia de gênero é confundida com depravação.
Depois da audiência pública, os vereadores alteraram a redação da lei
que desencadeou toda a discussão na cidade de Varginha. A redação original
da proposição previa: “Art. 2º São diretrizes do PME: [...] III − superação das
desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erra-
dicação de todas [grifo nosso] as formas de discriminação”. A redação aprovada
reza: “III − superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promo-
ção da cidadania”.
A justificativa da emenda supressiva que adequou o texto do PME destaca
que “a erradicação de todas as formas de discriminação no nosso entendimento
possa estar estimulando a implantação da ideologia de gênero no âmbito do
município”.14
A redação original da proposição estabelece: “X − promoção dos princípios
do respeito aos direitos humanos, à diversidade [grifo nosso] e à sustentabili-
dade socioambiental”. A redação do texto aprovado, por sua vez, determina:
“X – promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos e à sustentabi-
lidade socioambiental”.
Para que não pairasse nenhuma dúvida sobre o texto, foi acrescentado à
lei um parágrafo único: “Não será permitida direta ou indiretamente implan-
tar, lecionar e aplicar a ideologia de gênero no âmbito do município de
Varginha [grifo nosso]”.15
A justificativa da emenda complementa:
“[...] suprimiram a palavra diversidade, considerando que está em
jogo a preservação da família, célula-mãe da sociedade, proibindo
de vez tais palavras e as supostas ideologias, evitando interpretações

13 (1h42min). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Mjo0DKgln4w> Acesso em: 20


jun. 2016.

14 (1h41min). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Mjo0DKgln4w> Acesso em: 20


jun. 2016.

15 Disponível em: <http://www.varginha.mg.gov.br/legislacao-municipal/leis/543-2015/14965-lei-no-


-6042-aprova-o-plano-municipal-de-educacao-pme-e-da-outras-providencias> Acesso em: 20 jun.
2016.

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dúbias, ambíguas e confusas, conforme recomenda a melhor téc-


nica legislativa. Ademais visa o presente parágrafo a paz social,
esclarecendo que, no sistema educacional de Varginha, não será
aplicada a ideologia de gênero.”16

Foucault (1980) entende, nesses intensos movimentos de disputa, uma


microfísica do poder. Pulverizados em todo o campo social, os micropoderes
promovem uma contínua luta pelo estabelecimento de verdades que – sendo
históricas – são relativas, instáveis e estão em permanente reconfiguração.
Eles sintetizam e põem em circulação as vontades de verdade de parcelas da
sociedade, em certo momento de sua história. As novas subjetividades são esta-
belecidas no jogo desses micropoderes.
A educação é um campo político no qual os objetivos dos diferentes ato-
res sociais, com frequência, são conflitantes. Interferem na educação os saberes
religiosos que transformam o amor em pecado e o respeito à diversidade em
uma afronta à moral da família patriarcal.
A ideologia patriarcal surgiu com muita força nas proposições aprova-
das. Os diversos setores sociais presentes na audiência pública da cidade de
Varginha foram unânimes em criticar a inserção, mesmo que indireta, da ideo-
logia de gênero, expressa na palavra diversidade utilizada no Plano Municipal
de Educação. Os atores envolvidos afirmaram que tal termo é dúbio e dá mar-
gem a múltiplas interpretações.

Considerações finais

Entendendo-se que as escolas precisam pautar a prática pedagógica a


partir das deliberações presentes no Plano Municipal de Educação, o próximo
decênio será marcado por dificuldades de criação de um ambiente favorável à
produção de novas subjetividades e identidades entre os discentes do município
de Varginha.
Palavras como risco, ofensa, violação e ameaça são proferidas para
demonstrar quanto a ideologia de gênero é considerada “perigosa”, pois coloca

16 (2h18min). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=F6pXx0oWxsY> Acesso em: 20


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em cheque a ideologia patriarcal que hierarquiza as relações, dando maior


poder aos homens e aos heterossexuais.
Por fim, há indícios de que a transformação será longa e lenta, mas progres-
siva. Apesar do Plano Municipal de Educação de Varginha proibir literalmente a
abordagem da diversidade sexual nas escolas, no Plano Nacional de Educação,
que é a lei maior, o combate a qualquer tipo de discriminação é garantido,
abrindo possibilidades de se sobrepor ao que foi decidido no município, uma
vez que a lei municipal pode ser considerada inconstitucional.

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Referências

BRASIL. Câmara dos Deputados. Plano Nacional de Educação 2014-2024: Lei nº


13.005, de 25 de junho de 2014. Brasília : Câmara dos Deputados, 2014. Disponível
em: < http://www.observatoriodopne.org.br/uploads/reference/file/439/documento-re-
ferencia.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2016.

CONFERENCIA NAIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Regional Sul 1 da CNBB divulga


nota sobre ideologia de gênero nos planos de educação. 2015. Disponível em: <http://
www.conselhonacional.com.br/2015/06/12/regional-sul-1-da-cnbb-divulga-nota-
sobre-ideologia-de-genero-nos-planos-de-educacao/>. Acesso em 20 jun. 2016.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1980.

_______. Microfísica do poder. Tradução Roberto Machado. 10. ed. Rio de Janeiro:
Edições Graal, 1992.

______. História da sexualidade I: vontade de saber. Tradução Maria Thereza da


Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2010.

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