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Trabalho de Geografia

Tema:

Agentes internos de relevo

11ª Classe Turma 1 A2

Discentes: Professor
Adelaide Gafur ------------- 01 António
Isabel Vasco -----------------43
Magda Suzana ---------------60 Classificação
Matilde Carlos ……………62 ___________________Valores
Noémia Filipe ----------------68 Assinatura ___________
Safira Américo ……………76

Maputo, Junho de 2018

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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................... 1

2. Agente de Formação de Relevo .................................................................................................. 2

2.1 Agentes Internos de Formação de Relevo ................................................................................ 2

2.1.1 Placas tectónicas e Tectonismo .............................................................................................. 2

2.1.1.1 Dobras ou Movimentos Orogenéticos ................................................................................ 3

2.1.1.2 Falhas ou Movimentos Epirogenéticos ............................................................................... 5

2.1.2. Vulcões e vulcanismo ........................................................................................................... 9

2.1.3. Abalos Sísmicos .................................................................................................................. 11

3. Conclusão.................................................................................................................................. 15

4. Bibliografia ............................................................................................................................... 16

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1. Introdução

A actual configuração dos continentes na superfície terrestre originou-se de um processo que


resultou na fragmentação e no afastamento das terras emersas, a partir de um bloco único
denominado Pangeia. Duas teorias, que se completam, procuram explicar as etapas desse processo,
responsável também pela formação do relevo terrestre e pelas transformações que ocorrem na
crosta que são: a Teoria da Deriva dos Continentes e a Teoria das Placas Tectónicas.

Defendida pelo geofísico alemão Alfred Wegener, em 1912, não definiu muito bem as causas do
"passeio" dos "pedaços" da crosta pelo magma pastoso que estava sob eles. Sugeriu que poderia
ter sido ocasionado pelas marés ou pelo movimento de rotação da Terra.

Apesar de Wegener ter prosseguido em seus estudos, ele não conseguiu provar todas as suas ideias.
As maiores evidências eram as identidades geológicas e de vida animal e vegetal entre os
continentes. As coincidências apareciam entre a América do Sul e a África, entre a América do
Sul e Austrália, entre a Europa e América do Norte e entre Austrália, África e Índia.

Na comunidade científica da época, poucos davam crédito às idéias de Wegener. Muitos as


consideravam fantasiosas e a deriva dos continentes acabou esquecida durante anos.

A possibilidade de ter acontecido uma "deriva dos continentes", na história da Terra, voltou a ser
considerada quando novas técnicas foram desenvolvidas e utilizadas na fabricação de novos
aparelhos e instrumentos que permitiram conhecer melhor o fundo dos oceanos.

Na década de 1960, os geólogos americanos Harry e Robert Dietz conseguiram a explicação para
o que tanto intrigava Wegener. A resposta estava no fundo dos oceanos.

Depois da descoberta de que as rochas situadas no centro do assoalho submarino são mais recentes
do que as que se encontram nas bordas continentais, chegou-se à conclusão de que verdadeiras
"esteiras rolantes" submarinas são responsáveis pela movimentação das placas tectônicas.

Ao longo das grandes cordilheiras submarinas (dorsais oceânicas), abrem-se fendas por onde passa
o material magmático que, após resfriar-se, forma uma nova crosta, causando a expansão do fundo
do mar.

No presente trabalho, pretende-se arrolar os principais agentes de formação e relevos e suas


consequências no planeta

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2. Agente de Formação de Relevo

O relevo pode ser definido como as diferentes formas da superfície de um planeta. O relevo
corresponde às diversas configurações da crosta terrestre (montanhas, planaltos, planícies,
depressões, etc.) (COELHO & TERRA, 2011).

O relevo se origina e se transforma sob a interferência de dois tipos de agentes: endógenos


(internos) e exógenos (externos).

a) Os agentes ou factores Internos ou endógenos – são processos estruturais que actuam do


interior para o exterior: tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos.

b) Os agentes ou factores Externos ou exógenos – são processos esculturais que actuam


externamente, modificando as paisagens, como o intemperismo, a acção das águas, do vento, do
mar, do gelo e dos seres vivos entre outros (POOP, 1998).

2.1 Agentes Internos de Formação de Relevo

As forças endógenas são forças geradas pelas correntes de convecção no interior do manto
terrestre. São elas as responsáveis pela movimentação das placas tectónicas.

O intenso calor existente no núcleo da Terra faz o magma presente no manto fluir em grandes
correntes denominadas correntes de convecção. As forças endógenas causam a movimentação das
placas tectónicas, dobramentos, falhamentos, vulcanismo e abalos sísmicos como terremotos e
maremotos.

2.1.1 Placas tectónicas e Tectonismo

a) Teoria das placas tectónicas

A teoria de Wegener sobre a deriva continental e as descobertas sobre a expansão do fundo dos
oceanos permitiram a elaboração da Teoria das Placas Tectônicas.

Segundo essa teoria, a crosta terrestre está dividida em placas, de espessura média de 150 km, que
flutuam sobre um substrato pastoso - a astenosfera.

As seis maiores placas tectônicas são: Americana; do Pacífico; Antártica; Indo-Australiana, Euro-
Asiática e Africana. Existem outras menores, como a Nazca, a do Caribe, a de Cocos, a da Grécia,
a Arábica, a da Anatólia, a Iraniana, a das Filipinas e outras.

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Os continentes movem-se mais ou menos um centímetro por ano e, no fundo dos oceanos, novas
"crostas" se formam. É justamente na região de encontro entre uma placa e outra que ocorrem
esses fenómenos e as consequentes modificações na crosta terrestre. Por isso é que as regiões mais
sujeitas a fenómenos como vulcanismo e terremotos, como o Japão, a Califórnia, o México, entre
outras, estão situadas no limite das placas tectónicas.

As áreas mais estáveis, como, por exemplo, o território brasileiro, localizam-se no interior das
placas. Os limites das placas tectónicas, ou seja, os pontos de encontro entre as placas, estão em
movimento. Esses movimentos, entretanto, não acontecem da mesma forma. Por isso, podemos
considerar três tipos principais de limites entre as placas tectónicas. Cada um deles dá origem a
um tipo de actividade geológica.

b) Definição

As placas tectónicas são pedaços da crosta terrestre que flutuam sobre o magma do manto na
astenosfera. Esses movimentos são extremamente lentos, a uma velocidade média de 2 a 3 cm por
ano. Esses movimentos podem ser convergentes quando as placas se encontram e uma delas
“mergulha” no manto, sendo fundida novamente no magma por causa das altas temperaturas

Tectonismo por sua vez, são os deslocamentos lentos das imensas placas que compõem a crosta
terrestre. Esses movimentos das placas tectónicas pode ser vertical ou horizontal (PINHO, 2017).

Quando é vertical (epirogénese), levanta ou abaixa a crosta durante um prolongado espaço de


tempo. É o que ocorre, por exemplo, na península Escandinava, no norte da Europa, que se eleva
alguns centímetros todo ano. Quando o movimento de uma placa em relação a outra é horizontal
(orogénese), uma caba entrando embaixo da outra (a chamada subducção). É o processo que resulta
na formação das imensas cadeias de montanhas e de fossas, as áreas mais profundas do planeta.

O tectonismo provoca fenómenos como: Dobras e Falhas.

2.1.1.1 Dobras ou Movimentos Orogenéticos

Dobra é uma deformação que ocorre nas rochas e que resulta do arqueamento de camadas rochosas,
inicialmente planas, com comportamento dúctil, pela acção de tensões compressivas. Estas
deformações podem ser macro ou microscópicas.

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São em essência, movimentos rápidos, presentes nas áreas de contacto entre placas tectónicas e
originam os grandes conjuntos montanhosos do globo.

a) Características das Dobras

As dobras formam-se no interior da crusta ou do manto de forma lenta e gradual, emergindo à


superfície devido aos movimentos tectónicos e à erosão. Os elementos de dobra, que caracterizam
a geometria das dobras, são:

 Os flancos, ou vertentes da dobra, porções de menor curvatura;


 A charneira, que corresponde à zona de convergência das camadas de cada flanco, ou seja,
a linha que une os pontos de máxima curvatura de uma dobra;
 O núcleo, formado pelas camadas mais internas da dobra;
 O plano ou superfície axial, plano que contém as charneiras dos diferentes estratos
dobrados, dividindo a dobra em dois flancos sensivelmente iguais: o eixo da dobra, que
corresponde ao ponto de intersecção do plano axial com a charneira.

Figura 1: Elementos que caracterizam uma dobra

b) Classificação das dobras


I. Quanto a disposição básica ou espacial

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(a) Sinclinal: dobra com convexidade para baixo, quando conhecidas suas relações estratigráficas,
ou seja, rochas mais novas encontram-se no seu núcleo.

(b) Anticlinal: dobra com convexidade para cima, quando conhecidas suas relações estratigráficas,
ou seja, rochas mais antigas encontram-se no seu núcleo.

II. Quanto a idade das rochas que as constituem

(a) Sinformas: dobra que converge ou se fecha para baixo.

(b) Antiformas: dobra que converge ou que se fecha para cima. Obs: quando há inversão de
camadas (sequência estratigráfica invertida) os termos anticlinal sinfórmico e sinclinal antifórmico
podem ser empregados.

III. Quanto ao ângulo de fechamento

a) Dobras suaves ângulo entre 120º e 180º


b) Dobra abertas ângulo entre 70º e 120º
c) Dobra fechadas ângulo entre 30º e 70º
d) Dobra cerradas ângulo entre 0º e 30º
e) Dobra isoclinal ângulo de 0º
f) Dobra elástica ângulos negativos

2.1.1.2 Falhas ou Movimentos Epirogenéticos

São movimentos lentos, gerando soerguimento ou rebaixamento amplo.

Pode se considerar falha a uma deformação descontínua que ocorre quando o limite de plasticidade
do material rochoso é ultrapassado, verificando-se a fractura das rochas, acompanhada pelo
deslocamento dos blocos fracturados um em relação ao outro.

Resultam de tensões compressivas, distensivas ou de cisalhamento quando as rochas manifestam


um comportamento frágil.

São fracturas mediante as quais as rochas se deslocam, de forma que perdem a sua continuidade
original. Existe um movimento relativo, em qualquer direcção, dos blocos de rochas, ao longo do

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plano de falha (a superfície de fractura ao longo da qual teve lugar o movimento relativo). Existem
várias classificações para as falhas. Por exemplo, numa classificação segundo os movimentos
relativos dos blocos, vamos considerar dois tipos de falhas, sabendo que existem muitas mais:
falha normal é aquela em que os blocos rochosos se deslocaram, um em relação ao outro, segundo
a inclinação do plano de falha; falha inversa é aquela em que um bloco (chamado teto) se desloca
em sentido ascendente sobre o plano de falha, relativamente ao bloco rochoso chamado muro.

a) Características ou Elementos de uma falha

Numa falha há a considerar os seguintes elementos:

 Plano de falha, que é uma superfície não necessariamente plana, definida pela fractura e
pelo movimento dos blocos. A sua inclinação pode variar entre 0o e 90o. Quando o plano,
devido à deslocação dos blocos, se apresenta polido, denomina-se espelho de falha.
 Lábios de falha, que são os dois blocos deslocados. Os lábios de falha diferenciam-se,
segundo o seu movimento relativo, em lábio superior ou levantado (fica a um nível
superior) e lábio inferior ou descaído (fica a um nível inferior).
 Tecto, corresponde ao bloco que se situa acima do plano de falha.
 Muro, corresponde ao bloco que se situa abaixo do plano de falha.
 Rejecto ou rejeição da falha, que é a menor distância entre dois pontos que estavam juntos
antes da fractura e do deslocamento.
 Linha de falha, que é a interacção do plano de falha com a superfície do terreno ou com
qualquer um dos estratos.
 Escarpa de falha, corresponde ao ressalto topográfico produzido pela falha, ou seja, é a
superfície elevada produzida pela ruptura e deslocação dos blocos de falha.

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Figura 2: Elementos de uma falha

b) Classificação das falhas

Conforme a classificação baseada no comportamento e especificação dos falhamentos, existem


três tipos de falhas geológicas: a normal, a inversa e a transcorrente.

A falha normal – também chamada de falha distensiva – ocorre quando o bloco deslocado
posiciona-se abaixo do plano da falha. Conforme podemos observar no esquema a seguir, o bloco
deslocado “desce” em relação ao plano original, o que é causado pela tensão negativa provocada
pelas forças internas de transformação do relevo (PENA, 2018).

A falha inversa – também chamada de falha compressiva – manifesta-se de forma oposta ao tipo
de falha normal, com o bloco deslocado movimentando-se acima do plano original. Ela ocorre
quando o tectonismo exerce pressões positivas sobre o bloco rochoso em questão.

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Falha transcorrente – também chamada de falha horizontal – acontece quando há deslocamento
no plano horizontal entre os dois blocos, sendo mais comum em zonas de encontro entre duas
placas tectônicas, quando essas também se movimentam horizontalmente. Assim, cada bloco sofre
com um tipo de força diferente e apresenta deslocamentos distintos.

Um dos principais efeitos das falhas geológicas são os terremotos, que são mais comuns e intensos
em zonas de encontro entre duas placas tectónicas. A longo prazo, as falhas também modelam o
relevo e formam áreas de vales e depressões relativas, além de produzirem escarpas, serras e outras
formas de relevo (PENA, 2018).

Um exemplo de falha geológica é a de San Andreas, que eventualmente provoca tremores de terra.
Portanto, compreender a dinâmica desse tipo de processo geomorfológico é também uma maneira
de melhor entender os processos de formação e transformação das feições na superfície terrestre.

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2.1.2. Vulcões e vulcanismo

De acordo com (LEINZ, 1963), “o termo vulcanismo aborda todos os processos e eventos que
permitam, e provoquem, a ascensão de material magmático juvenil do interior da terra à
superfície”.

Localizados, sobretudo, nas áreas de encontro das placas tectónicas, os vulcões são fendas na
crosta terrestre por meio das quais o magma, o material em estado líquido-pastoso vindo do manto,
atinge a superfície. Eles podem ser submarinos ou atingir grandes altitudes, como o Lascar, no
Chile, com mais de 5 mil metros de altura.

Vulcanismo é um fenómeno geológico que ocorre do interior da Terra para a superfície, quando há
o extravasamento do magma em forma de lava, além de gases e fumaça. O termo vulcanismo é
utilizado para designar uma série de fenómenos e elementos vulcânicos. A ciência que tem como
objectivo estudar o fenómeno e também o comportamento dos vulcões é a vulcanologia, sendo que
o profissional que a executa é chamado de vulcanólogo

O processo de vulcanismo é resultado das características de pressão e temperatura contidas no


subsolo. Além disso, os vulcões se estabelecem, em geral, em regiões que limitam placas
tectônicas, salvo o vulcanismo ligado ao ponto quente, neste caso esse processo pode ocorrer no
interior de uma placa.

Nas profundezas da Terra, entre o centro de ferro fundido e a fina camada na superfície, há uma
parte de pedra sólida chamada de manto, ainda quente por causa da formação do nosso planeta há
cerca de 4.6 bilhões de anos. Como as pedras são grandes isolantes, o calor demora para se dissipar.

Quando as pedras do manto se derretem, elas se transformam em magma, que chega à superfície
através da crosta externa da terra, e libera os gases contidos. Quando a pressão é muito forte,
vulcões entram em erupção. A pressão aumenta se a quantidade de magma que vai do manto da
terra até o vulcão é alta. Por outro lado, a pressão pode aumentar dentro do cone de magma do
vulcão. Isso acontece porque quando o magma no cone começa a esfriar, ele libera gases que se
expandem, aumentando a pressão. Quando a pressão é muito forte, as rochas que formam o vulcão
racham, e o magma escapa pela superfície — é a erupção. Em alguns vulcões, a quantidade de
magma que sai da terra é relativamente constante, então as erupções são frequentes. Em outros
casos, o magma sobe em bolhas a cada 100 ou até mesmo 1000 anos, por isso as erupções são

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raras.
Quando ainda é subterrâneo, este manto rochoso é chamado de magma. Assim que atinge a
superfície e se derrama pelos lados de um vulcão, passa a se chamar lava. Geralmente, quanto mais
quente a lava, mais fluida ela é, e mais rapidamente ela escorre. As lavas havaianas tendem a ser
as mais quentes da escala. Quando entram em erupção, elas chegam a 1.175º C.

Os vulcões são responsáveis pela liberação de magmas acima da superfície terrestre e funcionam
como válvula de escape para magmas e gases existentes nas camadas inferiores da litosfera.
Magmas primários provêm de câmaras magmáticas posicionadas a profundidades da fonte que
normalmente oscilam entre os 50 a 100 km, onde ocorrem concentrações de calor, fusões e fluxo
de voláteis, condições estas que levam ao aumento da pressão necessária à subida do magma
através de condutos, que por sua vez levam à formação dos vulcões.

A lava é um material geológico em fusão, com temperatura em geral entre os 3 600 °C e os 1.250
°C, que um vulcão expele durante uma erupção. A lava deriva diretamente do magma, o material
em fusão que se encontra sob a superfície da Terra. Magma é o nome dado a rocha fundida debaixo
da superfície da Terra que, quando expelida por um vulcão, dá origem à lava. Localiza-se
normalmente dentro de câmaras magmáticas, entre os 15 e os 150 km de profundidade. É composto
por uma massa de silicatos isso e de muita alta temperatura e pressão, acompanhada por um
conjunto variável, em proporção e tipos, de vulcões metálicos e compostos voláteis, ricos em
enxofre.

a) Tipo de lavas

-Lavas básicas: São compostas á base de basalto daí a sua semelhança com o mesmo, são pouco
viscosas, atingem temperaturas entre 1100ºC a 1200ºC. Cerca de 80% das lavas expelidas por
vulcões são básicas, percorrem grandes distâncias movendo-se lentamente. A fração volátil, além
de ser relativamente reduzida, liberta-se facilmente. É nas erupções efusivas que, de moda geral,
se liberta este tipo de lava.

-Lavas ácidas: Apresentam temperaturas compreendidas entre 800ºC e 1000ºC, possuem alta
viscosidade, fluem mais lentamente e solidificam dentro da própria cratera ou muito perto da
mesma.

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Devido à sua viscosidade os gases têm dificuldade em libertar-se originando grandes tensões e
consequentes explosões extremamente violentas. A violência dessas explosões pode originar a
destruição parcial ou total do aparelho vulcânico e pulverizar a lava, solidificada ou ainda pastosa,
que se acumula na cratera.

Os fragmentos são projectados, solidificando os que ainda estão pastosos, no seu trajecto pelo ar e
acabando por cair devido ao próprio peso. Estes fragmentos sólidos são designados por piroclastos
e entre eles podem estar presentes fragmentos da rocha encaixante da chaminé. Quanto mais
violenta for a explosão, menores são as dimensões dos piroclastos.

Estes podem classificar-se de acordo com as dimensões dos fragmentos.

-Lava encordoada: Quando a superfície externa da lava é relativamente lisa mas contorcida em
pregas ou dobras lembrando cordas.

-Lava escoriácera: A superfície externa da lava rompe-se durante o arrefecimento, tornando-se


extremamente rugosa, irregular e formada por fragmentos porosos.

-Lava em almofada (pilo lavas): Formam-se nas erupções subaquáticas marinhas. A lava
solidifica em contacto com a água adquirindo um aspecto característico em forma de massas
arredondadas revestidas por uma película de vidro vulcânico devido ao rápido arrefecimento.

Durante o arrefecimento, a contracção da lava basáltica pode ocasionar o aparecimento de fendas


de retracção designadas por diaclases. Em certas condições, essas diaclasses dispõem-se de tal
forma que determinam um conjunto de estruturas prismáticas regulares conhecidas por tubos de
órgão.

2.1.3. Abalos Sísmicos

Terremotos, também chamados de abalos sísmicos, são tremores passageiros que ocorrem na
superfície terrestre. Esse fenómeno natural pode ser desencadeado por factores como actividade
vulcânica, falhas geológicas e, principalmente, pelo encontro de diferentes placas tectónicas.

Conforme a teoria da Deriva Continental, a crosta terrestre é uma camada rochosa fragmentada,
ou seja, ela é formada por vários blocos, denominados placas litosferas ou placas tectónicas. Esses

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gigantescos blocos estão em constante movimento, podendo se afastar (zona de divergência) ou se
aproximar (originando uma zona de convergência).

Nas zonas de convergência pode ocorrer o encontro (colisão) entre diferentes placas tectónicas ou
a subducção (uma placa mais densa “mergulha” sob uma menos densa). Esses fatos produzem
acúmulo de pressão e descarga de energia, que se propaga em forma de ondas sísmicas,
caracterizando o terremoto.

Abalo sísmico ou terremoto é um tremor da superfície terrestre produzido por forças naturais
situadas no interior da crosta terrestre e a profundidades variáveis. Os abalos são causados pelo
choque de placas rochosas situadas a profundidades que vão desde 50 até 900 km abaixo do solo.
Outros factores considerados são deslocamentos de gases como o metano e as actividades
vulcânicas. Existem dois tipos de sismos: Os de origem natural e os induzidos.

A maioria dos abalos sísmicos é de origem natural da Terra, são chamados de sismos tectônicos. A
força das placas tectónicas desliza sobre a astenosfera podendo colidir, afastar-se ou deslizar-se
uma pela outra. Através dessas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de tensão,
posteriormente as rochas começam a se romper e liberam uma energia acumulada durante o
processo de deslocamento. A energia então é liberada através de ondas sísmicas pela superfície e
interior da Terra.

Os sismos induzidos são basicamente resultado da acção do homem. Originam-se de explosões,


extracção de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo por queda de edifícios; entretanto a
intensidade apresentada é bastante inferior a dos terremotos tectónicos.

a) Consequências do abalo sísmico

Entre as consequências de um abalo sísmico citamos:

 Vibração do solo com intensidades variada;


 Abertura de falhas;
 Deslizamento de terra;
 Tsunamis;
 Mudanças na rotação da Terra.

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As consequências de um abalo sísmico normalmente acarretam em efeitos nocivos ao homem
como ferimentos, mortes, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções, destruição
entre outros.

As regiões mais susceptíveis a abalos sísmicos são as regiões próximas às placas tectónicas como
o oeste da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas
regiões em que se formam novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de
Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a
quilómetros.

Para medir a dimensão dos abalos sísmicos é utilizada uma escala. A mais usada é a do sismólogo
Charles Francis Richter. Sua escala varia de 0 a 9 graus e calcula a energia liberada pelos tremores.
Outra escala bastante utilizada é a Mercalli, que mede os terremotos pela extensão dos danos. Essa
escala se divide em 12 categorias de acordo com sua intensidade.

b) Escalas de medicação de abalos sísmicos mais usados


I. Descrição dos 12 graus da escala de Mercalli:

1) Não sentido;
2) Sentido por pessoas em repouso ou em andares superiores de prédios altos;
3) Há vibração leve, e objectos pendurados balançam;
4) Há vibração moderada, como a causada por máquinas fazendo terraplanagem, as
janelas e louças chacoalham, e os carros balançam;
5) Sentido fora de casa, capaz de acordar pessoas. Pequenos objectos e quadros caem;
6) Sentido por todos, provoca deslocamento de mobílias e danos como quebra de louças
e vidraças e rachaduras em rebocos;
7) Percebido por pessoas que estão dirigindo, quem sente tem dificuldade em permanecer
de pé. Chaminés, ornamentos arquitectónicos e mobílias se quebram. Sinos de igrejas
tocam. Há grandes rachaduras em rebocos e alvenarias, algumas casas desabam;
8) Galhos e troncos se quebram. Solos húmidos sofrem rachaduras. Torres de água
elevadas e monumentos, por exemplo, são destruídos. Estruturas de tijolo, casas de
madeira frágeis, obras de irrigação e diques sofrem graves danos;
9) Há rachaduras em solos, causando crateras de areia. Construções de alvenaria não
armada desabam e estruturas de concreto frágeis e tubulações subterrâneas sofrem
danos;
10) Desabamentos e rachaduras aparecem muito espalhadas no solo. Há destruição de
pontes, túneis e algumas estruturas de concreto armado. Há danos na maioria das
alvenarias, barragens e estradas de ferro;
11) Solos sofrem distúrbios permanentes;

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12) Dano quase total.
II. Escala de Richter

Richter escala teste magnitude (ou mais correctamente L escala de magnitude M local) atribui um
único número para quantificar o tamanho de um terremoto. É uma base 10 escala logarítmica
obtida calculando o logaritmo da horizontal combinado amplitude da maior deslocamento de zero
em um sismograma. Assim, por exemplo, um sismo de magnitude 5 é dez vezes maior do que uma
magnitude de 4 e um sismo de magnitude 8 é 10 (8-4) ou 10000 vezes maior do que uma magnitude
de 4.

No entanto, a energia de um sismo é proporcional à raiz quadrada do cubo da amplitude. Assim,


cada passo das escalas Richter tem uma energia de 10 3/2 (~ 31,6) vezes maior do que o passo
anterior. Assim, tem uma magnitude 9 10.000 vezes a amplitude de uma grandeza 5, mas um
milhão de vezes mais energia.

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3. Conclusão

Apesar de nem sempre percebemos directamente, o relevo terrestre é bastante dinâmico e está sempre
se transformando. Algumas dessas transformações podem ser mais facilmente visualizadas, como as
erosões; outras já são mais longas e demoram milhares de anos para acontecer, como a formação de
montanhas.

Essas transformações acontecem graças aos agentes de transformação do relevo, que são elementos
responsáveis pelas alterações e construções das formas que observamos na superfície terrestre. Assim,
para melhor compreender esses agentes, eles foram divididos em agentes internos ou endógenos e
agentes externos ou exógenos.

Os agentes internos ou endógenos de transformação do relevo são aqueles que surgem ou agem de
dentro da Terra, ou seja, abaixo da superfície. São os terremotos, os vulcanismos e o tectonismo.

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4. Bibliografia

COELHO & TERRA. (2011). Geografia geral: o espaço natural e socioeconômico. Rio de
Janeiro: Moderna.

LEINZ, V. (1963). Geologia geral. 2ª Edição. São Paulo: Nacional.

PENA, R. F. (2018, Junho 24). Falhas geológicas". Retrieved from Brasil Escola.:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/falhas-geologicas.htm

PINHO, H. (2017). Geografia 11ª Classe. Maputo: Plural Editores.

POOP, H. J. (1998). Geologia Geral. Livros Técnicos e Científicos. Sao Paulo: Editora S.A.

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