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A Reconquista das Filipinas

Luta encarniçada na capital filipina

Conquista de Luzon
Conquista de Manila

Os efetivos americanos que se lançaram, em janeiro de 1945, ao assalto das Filipinas conseguiram afirmar-se
no setor de Lingayen, na costa oeste de Luzon, e, apesar das dificuldades logísticas e da resistência inimiga,
conseguiram estabelecer uma cabeça-de-ponte de uns 30 km de profundidade por quase 50 de largura. A
frente determinada por essa cabeça-de-ponte configurava um arco de uns 100 km. Entretanto, a 25 a Divisão,
que constituía a reserva do 6 o Exército, havia desembarcado, no dia 11, no setor de Mabilao, no flanco
esquerdo da praia de desembarque.

O General Walter Krueger, referindo-se ao episódio Lingayen, disse: "Tornara-se evidente que o inimigo fôra
completamente surpreendido por nosso desembarque na zona Lingayen-Mabilao. Possivelmente supôs que
os rios, estuários, pântanos e lagoas pesqueiras existentes na zona, para não falar das fortes ressacas,
tornariam impossível um desembarque ali, ou, pelo menos, muito pouco provável. Este descrédito parecia
confirmar-se devido à ausência de defesas organizados que se opusessem ao avanço para o sul do 14 o Corpo,
assim como a falta de resistência em Puerto Sual e a inesperada ausência de oposição ao avanço da 6 a
Divisão (1o Corpo). De qualquer forma, a falta de defesa propiciou às demais unidades o cumprimento de
suas instruções de avançar diretamente até a linha fixada como limite para a cabeça-de-praia do exército com
tonta rapidez quanto o permitisse o respectivo apoio logístico. O flanco esquerdo do exército inimigo
ofereceu tenaz resistência, combatendo desesperadamente para manter sua posição e impedir nosso avanço
sobre Rosário. Sem dúvida, o inimigo sabia que, ao perder Rosário, suas forças ficariam isolados nas
montanhas, a nordeste de nossa cabeça-de-praia, o que reduziria suas possibilidades de lançar um contra-
ataque e também não poderia destruir a cabeça-de-praia com fogo de artilharia de longo alcance. O tipo e a
violência da resistência japonesa ao avanço da ala esquerda do 1 o Corpo confirmavam nossa suspeita,
anterior ao Dia D, de que eles haviam organizado sua defesa baseando-se em que nosso desembarque se
efetuaria na zona Damortis-San Fernando (La Unión), onde, a 11 de dezembro de 1941, eles mesmos haviam
desembarcado. Um documento, mais tarde, por nós interceptado continha um parecer do General Yamashita.
Depois de uma descrição da zona de San Fernando (La Unión), o documento dizia, entre outras coisas: "Os
americanos desembarcarão aqui"... "

Posteriormente, em 16 de janeiro, o aeroporto de Lingayen foi terminado e liberado ao tráfego aéreo. No dia
seguinte, o comandante das forças aéreas aliadas delegou ao comandante das forças navais a
responsabilidade de um apoio direto às unidades do 6 o Exército e proteção aérea às forças navais aliadas no
golfo de Lingayen. Pouco depois, a maior parte da Força de Porta-Aviões de Escolta partiu do golfo de
Lingayen. O Grupamento de Bombardeio e Fogo de Apoio, ao contrário, permaneceu junto ao 6 o Exército até
22 de janeiro, data em que partiu a maior parte da frota. Quatro encouraçados ali ficaram até o dia 10 de
fevereiro, quando, finalmente, também partiram.

Todavia, a 12 de janeiro de 1945, o General MacArthur convocou seus principais comandantes para uma
conferência a bordo do cruzador americano Boise. Tomaram parte na mesma o General Walter Krueger, o
General-de-Brigada Eddleman, chefe de operações do 6 o Exército, e o Tenente-General Sutherland, chefe do
Estado-Maior de MacArthur. Na reunião, o General MacArthur fez referência ao avanço do 6 o Exército sobre
Manila, manifestando seu desejo de que a marcha fosse feita mais rapidamente. Afirmou que as perdas
americanas foram sumamente reduzidas e expressou seu ponto de vista de que o avanço não encontraria
resistência e que os japoneses não defenderiam Manila, mas sim empreenderiam a retirada.

O General Krueger, de sua parte, declarou que um avanço acelerado sobre Manila não seria viável até que
chegassem os efetivos da 32a e da 1a Divisões de Cavalaria. "MacArthur - como disse mais tarde o General
Krueger - apesar de não compartilhar da minha opinião, não me ordenou que mudasse minhas disposições ou
meus planos."
A 13 de janeiro, o General Krueger assumiu o comando de suas forças em terra, estabelecendo um posto de
comando de combate nas proximidades da praia, exatamente no ponto onde havia começado a invasão.
Krueger, nos dias 14 e 15, visitou diversos comandos e unidades; nesta visita, Krueger comprovou que
"todas elas haviam-se comportado muito bem, superando as dificuldades que se apresentaram".

No dia 17, o General Krueger recebeu instruções do Comando Supremo para continuar seu avanço até o sul,
conquistando, com a maior brevidade possível, o aeroporto Clark. Este campo de pouso, de importância vital
para o futuro avanço até o interior das Filipinas, encontrava-se a aproximadamente 50 km da costa do golfo
de Lingayen.

As forças de que o General Krueger dispunha, equivalentes a cinco divisões, estendiam-se num arco de uns
120 km. Indubitavelmente, eram insuficientes paro lançar uma ofensiva até o sul. Convém destacar que o
base americana no golfo de Lingayen era de importância vital e essa importância teria que ser mantida até
que Manila fosse conquistada pelos americanos. Esta base estava ameaçada por duas divisões e uma brigada
japonesas, e um maior alargamento das linhas do 1 o Corpo aumentaria esse perigo. Este alargamento
aumentaria, também, a vulnerabilidade do 1o Carpo no caso de um possível contra-ataque japonês ao
triângulo San Manuel-Tayung-San Nicolás, onde, segundo os informes em poder dos americanos,
encontrava-se a maior parte da 2 a Divisão Blindada japonesa; o restante dessa divisão blindada e a 10 a
Divisão pareciam estar em San José. Krueger, depois de minucioso exame da situação, decidiu avançar os
efetivos de sua ala direita (14o Corpo) até o sul, com a missão de ocupar o aeroporto Clark. A ala esquerda do
1o Corpo atacaria as forças japonesas, evitando, assim, um perigoso contra-ataque sobre as linhas do 14 o
Corpo, que se alargariam consideravelmente.

O ritmo do avanço dependeria, necessariamente, da rapidez das construções, que compreendiam a reparação
de muitas estradas e construção de outras, bem como o conserto de um sem-número de pontes, muitas delas
de grande porte. O avanço também estava estreitamente ligado com a reparação das linhas ferroviárias. Deve
destacar-se que, com referência à via férrea que ia da costa ao interior, os americanos depararam com um
grande obstáculo - a falta de locomotivas. Mas a inteligência superou o irremediável: as locomotivas foram
substituídos por jipes, aplicando-se a estes rodas de trem de acordo com a bitola existente. Foi mais um dos
inestimáveis serviços prestados por estes versáteis veículos...

A reparação das linhas ferroviárias era de suma importância, pois as operações de abastecimento eram muito
prejudicados, pois as tropas viam-se obrigados a abandonar grande quantidade de caminhões por não terem
como transportá-los até a costa.

Finalmente, a 18 de janeiro, a Ordem de Operações n° 43 determinou ao 14 o Corpo que iniciasse o avanço


até o sudeste e conquistasse o aeroporto Clark, mantendo contato com o 1 o Corpo.

Conseqüentemente, decidiu-se iniciar o avanço das 37 a e 40a Divisões, do 14o Corpo (ala direita da cabeça-
de-ponte), e da 6a Divisão (flanco direito da ala esquerda). O avanço seria feito pela 40 a, enquanto a 37a e a 6a
marchariam à sua esquerda, para fazer frente a qualquer ataque que os japoneses desencadeassem contra o
flanco dos posições americanas em movimento. Convém lembrar que isto representava risco considerável
para os americanos, pois os reforços necessários só chegariam à zona de combate no dia 27 de janeiro.

Dando cumprimento à ordem de 18 de janeiro, os americanos avançaram na direção sudeste, ocupando


Camiling e Paniqui, duas localidades situadas na linha férrea que ia direto a Manila. Em seguida, as unidades
seguiram sua marcha até Tarloc, metade do caminho entre Lingayen e Manila.

Até este momento, a resistência japonesa era irrisória. Algumas unidades japonesas, integradas por escassos
efetivos, depois de esporádicos choques de patrulhas, entregaram-se sem oferecer combate. Finalmente, os
soldados da 40a Divisão chegaram a Tarlac, no dia 21, sem maiores dificuldades. Nesse mesmo dia, sem
parar, seguiram adiante e chegaram a San Miguel, 7 km ao sul.

Os contatos com os japoneses, até então, tinham caráter isolado e de pouca importância, pois os japoneses
recuavam sempre, deixando atrás de si apenas destacamentos isolados com a missão de dificultar o avanço
inimigo e, através do rádio, informar ao Comando Supremo as proporções do avanço.

Os efetivos da 37a chegaram a Tarlac, também no dia 21, após a 40 a Divisão, sem que houvesse contato com
o inimigo.
Até o dia 21, somente 100 km separavam as linhas avançadas americanas de Manila.

Porém, enquanto no setor direito das posições americanas os planos desenrolavam-se a contento e o avanço
era bem sucedido, a ala esquerda da 43 a Divisão estava em sérias dificuldades. Efetivamente, as posições
japonesas no setor Pozorrubio, a 15 km da costa, ferreamente defendidas, detiveram o avanço americano. A
situação era extremamente delicada, pois os japoneses, além de resistirem ferozmente, realizaram repetidos
contra-ataques, apoiados por tanques e pela artilharia. Os americanos, porém, rechaçaram, um a um, todos
estes contra-ataques, causando grandes baixas entre os japoneses.

Finalmente, no dia 21 de janeiro, o comando americano emitiu a Ordem de Operações n° 44, que
determinava ao 14o Corpo que seguisse avançando até o sul e capturasse o aeroporto Clark. Em relação ao 1 o
Corpo, esta ordem limitava seus movimentos, à espera de reforços. Acertadamente, o comando considerou
muito perigosa uma ação ofensiva do 1 o Corpo contra forças inimigas que demonstravam estar em ótimas
condições de combate.

Os comandos do 14o Corpo informaram, no dia 22, que, ao atacarem o aeroporto Clark, dando cumprimento
à Ordem de Operações do dia anterior, seus efetivos ficaram inferiorizados numericamente.

Em seu avanço, as tropas americanas seriam dispostas da seguinte maneira: à frente, suportando o peso da
ofensiva, marchariam as unidades da 40 a Divisão; a 37a, por sua vez, marcharia à esquerda, atrás das
unidades da 40a, cobrindo seu flanco.

Rumo ao aeroporto Clark

Afinal, a 23 de janeiro, a 40a Divisão pôs-se em marcha, para o sul. Partindo de Tarlac, ao longo da estrada
n° 3 e da via férrea, suas unidades adiantadas alcançaram, finalmente, Bamban, nas proximidades do rio de
mesmo nome, que cortava a estrada e a via férrea. O rio e a localidade, situados a 25 km do ponto de partida,
foram cruzados pelos destacamentos avançados sem que houvesse incidentes. Mas quando, mais tarde, o
160° Regimento, da 40a Divisão, atingiu este setor, foi castigado por intenso fogo de artilharia, que o obrigou
a retirar-se e entrincheirar-se. O combate tornou-se, rapidamente, intenso, e os japoneses, que até este
momento retiravam-se sem oferecer combate, enfrentaram decididamente o inimigo. Por fim, depois de dois
dias de encarniçada luta, a 40 a Divisão conseguiu quebrar a resistência japonesa, ocupando Bamban no dia
25. Em seguida, sem dar trégua ao inimigo, atacou os posições japonesas localizadas nas colinas ao sudeste
de Bamban. Ali, os japoneses haviam se fortificado e ofereciam, como em Bamban, tenaz resistência. As
posições japonesas, que então dominavam a estrada n° 3, passagem obrigatório dos efetivos americanos,
guardavam também a passagem do rio Bamban, exatamente ao sul da cidade de mesmo nome.

Os japoneses, entrincheirados nas colinas e distribuídos numa infinidade de trincheiras individuais, eram
apoiados pelo fogo de sua artilharia antiaérea, que disparava tiros rasantes contra os americanos.

A fanática resistência japonesa só terminou quando os japoneses esgotaram sua munição. De acordo com sua
tradição, os japoneses lutaram encarniçadamente até o último homem. Finalmente, destruídas suas baterias e
exterminados pelo fogo dos lança-chamas, cessou a resistência japonesa. Ao cair da noite do dia 26, os
últimos redutos foram dominados e estava aberto o caminho até o sul. Imediatamente foi restabelecido o
tráfego na estrada n° 3 e as unidades da 40a Divisão seguiram adiante.

Paralelamente ao avanço da 40a Divisão, a 40 km mais a leste, avançava também a 37 a Divisão, protegendo o
flanco esquerdo do grosso da 40a. Até Cabanatuan, próxima o Tarlac, os soldados da 37 a não haviam
encontrado resistência; somente grupos isolados de japoneses tentavam esporádicos ataques para deter o
avanço inimigo. Porém, os soldados da 37a conseguiram, até o dia 24, subjugar estes ataques.

A 37a Divisão chegou, finalmente, ao rio Bamban no dia 24, transpondo-o, com grande parte de seus
efetivos, no dia 26, avançando, sem interrupção, até o setor leste do aeroporto Clark. Com efeito, as unidades
da 37a girariam até o oeste, convergindo do leste sobre Clark, enquanto as da 40 a o fariam pelo norte.
Com relação a estes movimentos, disse, posteriormente, o General Krueger: "O fato de não ter havido
resistência ao avanço da 37a Divisão parecia indicar que o Centro Aéreo Clark cairia facilmente em nossas
mãos e que atingiríamos o rio Pompanga em curto prazo. Mas era impossível prever que resistência
encontraríamos na linha do Pampanga e no chamado desfiladeiro Plaridel-Calumpit, que constituía um
grande obstáculo ao nosso avanço até Manila...".

Aeroporto Clark

O Centro Aéreo Clark situava-se na metade do caminho entre Bamban e Angeles, no oeste da estrada n° 3.
Setenta quilômetros o separavam de Manila. O aeroporto contava com seis grandes pistas de aterrissagem,
separadas entre si e escalonados de norte a sul. As dimensões totais do aeroporto Clark eram as seguintes: de
oeste a leste, estendia-se por 8 km; de norte a sul, media, aproximadamente, 5 km. No ângulo sudoeste do
campo encontravam-se as instalações do denominado Forte Stotsenburg, que nos anos que antecederam a
guerra abrigavam as unidades do exército filipino.

A 23 de janeiro, os serviços de informação americanos estimaram que os efetivos japoneses na região do


aeroporto Clark oscilavam entre 4.000 e 8.000 homens. Isto, no entanto, estava muito longe da verdade.
Neste setor, porém, encontrava-se o Grupo Kembu, sob os ordens do General Tsukado, com,
aproximadamente, 30.000 homens de várias armas.

Tsukada - sob cujas ordens encontrava-se uma indescritível variedade de unidades de todos os tipos e armas -
reorganizou suas forças, dividindo-as em nove grandes grupos. Muitos de suas tropas, porém, pertenciam a
vários serviços burocráticos e careciam de experiência e treinamento de combate. Depois dessa
reorganização, o Grupo Kembu pôde contar com um total de tropas experimentadas que atingia a 8.500
homens, dos quais somente a metade era de primeira qualidade.

O principal grupo de combate era constituído pelo Exército Eguchi, que tinha 3.900 homens sob as ordens do
Tenente-Coronel Seizuke Eguchi. Suas tropas incluíam cinco batalhões de construções, armados como
infantaria ligeira, um batalhão de infantaria formado com reforços e feridos procedentes de Manila e um
batalhão de artilharia antiaérea pesada (120 mm). Em segundo plano encontrava-se o Destacamento
Takayama, sob as ordens do Tenente-Coronel Koshin Takayama, que comandava 2.800 homens. A força de
Takayama consistia do 2o de Infantaria Móvel, dois batalhões de construções, um batalhão de artilharia
antitanque e uma bateria de 75 mm. O Destacamento Takoya constituía a terceira força de combate, com 750
homens, sob as ordens do Major Saburu Takaya.

A Marinha estava sob as ordens do Almirante Sugimoto, que dividiu seu destacamento em cinco setores de
combate. A 37a Unidade de Fuzileiros Navais era a sua principal força de choque. O restante das tropas era
integrado por pilotos, pessoal naval e aeronáutico auxiliar, algumas unidades antiaéreas e pessoal de vários
serviços.

O Grupo Kembu, em sua totalidade, era equipado com armamento ligeiro. Contava com duas ou três baterias
de 75 mm, um batalhão de artilharia, com peças de 100 e 150 mm e o equivalente a dois batalhões de
canhões antiaéreos de 120 mm. Tsukada dispôs suas forças em três linhas de defesa, paralelas entre si e
separadas por uns 4 km. As posições iam de norte a sul por 12 km.

A primeira linha era defendida pelos efetivos de Takayama, ao norte, e de Eguchi, ao sul. A segunda contava,
para sua defesa, com os efetivos de Takayama, ao norte, de Takaya, no centro, e de Eguchi, ao sul. A terceira
e última linha era constituída pelos efetivos navais, agrupados em cinco setores de norte a sul. Em linhas
gerais, os japoneses contavam, a seu favor, com armas automáticas relativamente importantes. Careciam,
porém, de abastecimentos e munições; o estado das defesas era péssimo e os serviços sanitários não estavam
em condições de atender à tarefa que sobreviria. Por outro lado, o moral das tropas era precário.

No setor americano, as ações se desenrolariam pelas seguintes unidades espalhadas de norte a sul: 108°,
185°, 160°, 145° e 129° Regimentos de Infantaria.

A primeira investida dos americanos foi lançada em 24 de janeiro de 1945. A primeira unidade que se pôs em
marcha foi o 160° Regimento, que atacou o centro do dispositivo japonês. A 31 do mesmo mês, as investidas
americanas conseguiram perfurar a primeira e segunda linhas da defesa japonesa. No dia 25, o 108°
Regimento atacou o extremo norte da linha. No dia 31, suas forças envolveram a resistência da primeira
linha inimiga. No dia 26 de janeiro, o 145° Regimento avançou, pelo sul, detendo sua marcha ante a primeira
linha inimiga. No entanto, os efetivos do 129° lançaram-se ao assalto no dia 28. Três dias mais tarde, suas
investidas haviam rompido a primeira e segunda linhas inimigas. Finalmente, a 31 de janeiro, todas as pistas
de aterrissagem do aeroporto Clark encontravam-se em poder dos americanos e somente as unidades da
Marinha inimiga, situadas nos cinco setores da terceira linha, faziam frente aos americanos. O objetivo havia
sido alcançado. O aeroporto Clark encontrava-se em poder dos americanos.

As baixas, de ambos os lados, foram consideráveis. Elas seriam suficientemente ilustrativas, com efeito de
valorizar a luta suicida em que estavam empenhados os japoneses. O total das baixas japonesas atingiu
2.500, contrastando de forma surpreendente com as perdas americanas, que damos a seguir:
Reg.
Mortos
Feridos
Total
129o
50
230
280
145o
5
10
15
108o
30
125
155
160o
45
215
260

No total, a quantidade de mortos e feridos americanos foi de 130 e 580, respectivamente. Por outro lado,
desde o começo da luta no aeroporto Clark, no dia 24, até o dia 31, os americanos aprisionaram apenas dez
soldados japoneses...

A captura do aeroporto Clark, com suas instalações em boas condições, significava para os americanos um
importante passo na sua marcha para Manila.

Com relação ao restante das unidades de Tsukada, é necessário destacar que a maioria de suas unidades ainda
conservavam poder combativo; quanto aos americanos, decidiram seguir adiante, até o sul, rumo a Manila,
deixando às suas costas uma força que, embora importante, logo se veria neutralizada pela falta absoluta de
munições e abastecimentos.

Rumo a Manila

Durante 29 e 30 de janeiro, o 14 o Corpo intensificou seus esforços para dominar a resistência a oeste e
sudoeste de Bamban e para apoderar-se do Forte Stotsenburg, preparando-se, ao mesmo tempo, para marchar
sobre Manila.

Os destacamentos suicidas japoneses ainda resistiam desesperadamente, mas, afinal, foram desalojados com
a emprego de lança-chamas.

O avanço da 37a Divisão havia sido atrasado, consideravelmente, pelo fogo da artilharia japonesa e pelas
inumeráveis minas colocados em seu caminho. Porém, ao término do dia 30 de janeiro, a divisão havia
conquistado a maior parte do Forte Stotsenburg, obrigando o inimigo a retirar-se para o oeste do Forte.

Enquanto isso, as patrulhas da 37a Divisão chegavam às margens do rio Pampanga, a 40 km ao norte de
Manila. A marcha não havia sido detida em nenhum momento, nem neutralizada pela inimigo, cujas forças
pareciam fugir ao choque. Porém, as patrulhas americanas da 37 a depararam com o primeiro obstáculo: as
pontes sobre o rio Pampanga haviam sido destruídas pelos bombardeios da sua própria força aérea, efetuados
antes do Dia D.

Entretanto, o comando americano havia arquitetado um plano que materializaria o avanço final sobre Manila.
Neste plano, o 14o Corpo marcharia em duas colunas. A da esquerda seria integrada pela 1 a Divisão de
Cavalaria; a da direita, por uma divisão de infantaria. O avanço das duas colunas seria apoiado pelo 1 o
Corpo, no norte, pelo 11o Corpo, no leste, e também por um desembarque, a 31 de janeiro, em Nasugbu, a
uns 60 km ao sudoeste de Manila. Nesta operação, comandada pelo 8 o Exército, interviriam os efetivos da 2 a
Divisão Aerotransportada, que avançariam até o norte, em direção a Manila.

Finalmente, a 30 de janeiro, surgiu a Ordem de Operações n° 46, que colocava em ação o plano do avanço
sobre a capital das Filipinas. Ela também especificava que o 14 o Corpo devia avançar agressivamente até o
sul, pondo-se em marcha a 1° de fevereiro, com a missão de conquistar cabeças-de-ponte sobre o rio
Pampanga. Além disso, a ordem estabelecia que o 11 o Corpo avançaria até o leste e manteria contato com o
14o Corpo. O 1o Corpo deveria impedir o avanço das unidades inimigas que pretendessem dirigir-se até o sul.

As unidades de reserva do exército permaneceriam à espera de ordens, prontas para lutar. Estas unidades
eram as seguintes: 13o Grupamento Blindado (com exceção do 44° Batalhão de Tanques), 125° Regimento
(da 32a Divisão) e o 112o Grupamento de Combate Regimental de Cavalaria.

Além disso, os aviões P-40 deveriam estar permanentemente no ar, com o objetivo de desbaratar qualquer
manobra inimiga que tentasse neutralizar a avanço americano sobre Manila. Aos P-40 uniram-se 9 Douglas
Dauntless, do Corpo de Infantaria da Marinha, como apoio imediato, enquanto uma esquadrilha de aviões A-
20 permaneceria em terra em estado de alerta.

O comando americano previa que o avanço do 11 o Corpo isolaria a península de Bataan, impedindo que as
forças japonesas ali situadas pudessem empreender a retirada.

A 40a Divisão, por seu turno, permaneceria na região do Forte Stotsenburg (aeroporto Clark), protegendo o
flanco direito e a retaguarda do 14o Corpo.

Os movimentos desse Corpo, porém, seriam detidos até que as unidades do 1 o Corpo neutralizassem o
poderio japonês no leste da região, impedindo, assim, ataques de surpresa pela retaguarda e pelo flanco.

A 31 de janeiro, os efetivos da 37 a Divisão completaram a ocupação do Forte Stotsenburg, e no mesmo dia a


bandeira dos Estados Unidos foi içada no local, apesar de a zona encontrar-se, ainda, sob o fogo dos
morteiros japoneses. Cumprindo as ordens, o General Griswold, comandante do 14 o Corpo, ultimou os
preparativos para a marcha final sobre Manila, de acordo com as instruções recebidas do 6 o Exército.

Griswold deixou a 40a Divisão e um grupamento de combate da 37 a com a missão de continuar as operações
na zona do Forte Stotsenburg. Ordenou que a 37a Divisão avançasse até o sul, ao longo da estrada n° 3, e que
se apoderasse das cabeças-de-ponte sobre o rio Pampanga, conquistando também Malolos, a 25 km ao
noroeste de Manila. Determinou que a 1a Divisão de Cavalaria avançasse até o sul pela estrada n° 5, em
direção a Manila.

Nas últimas horas da noite de 31 de janeiro, algumas unidades conquistaram e mantinham em seu poder a
cabeça-de-ponte sobre o rio Pampanga.

O avanço propriamente dito sobre Manila começou em 1° de fevereiro de 1945. Nesse dia, a 37 a cruzou o
Pamponga, sem encontrar resistência, e continuou avançando rumo a Malolos. Depois de vencer a resistência
japonesa, à meia-noite do dia 2, uma coluna motorizada da 37 a ocupou Malolos e seguiu adiante, chegando a
estabelecer posições a 8 km ao norte de Manila.

Enquanto o 14o Corpo iniciava seu avanço sobre Manila, o 1 o Corpo tentava conquistar San José. A 6a
Divisão, por sua vez, atacou Muñoz, no sudoeste de San José. No decorrer da operação, os efetivos do 20°
Regimento, da citada divisão, lançaram-se ao assalto das posições japonesas. Em Muñoz, a defesa japonesa
estava a cargo de tanques, apoiados por unidades de fuzileiros e metralhadoras; a artilharia japonesa, coesa,
fazia fogo com pontaria direta, castigando as posições americanas. Os japoneses, resistindo ferozmente,
impediram que os americanos entrassem em Muñoz. Até as últimas horas do dia 2 de fevereiro, a luta
continuava e, apesar das baixas sofridas pelos japoneses, estes continuavam resistindo.

O 1o Regimento da 6a Divisão seguiu adiante e deteve-se a quase 2 km de Muñoz, neutralizando assim o


reduto japonês.

A 2 de fevereiro, finalmente, as operações realizadas pelo 1 o Corpo arrebataram aos japoneses a


possibilidade de lançar uma forte ofensiva, partindo de San José, contra o flanco esquerdo e a retaguarda do
14o Corpo. Devido a isso, o 14o Corpo já podia, com a 37a e a 1a de Cavalaria do outro lado do rio Pampanga,
lançar-se rapidamente até Manila sem seu flanco esquerdo corresse perigo.

No dia 2 de fevereiro foi emitida a Ordem de Operações n° 47, que dispunha que o 14 o Corpo mantivesse seu
avanço para o sul e conquistasse Manila.

Cumprindo a ordem de 2 de fevereiro, o General Griswold lançou seus efetivos sobre Manila.

A 1a Divisão de Cavalaria passou com seus veículos por Santa Maria, atacou e venceu o resistência inimiga
que encontrou em seu caminho e, por último, a 3 de fevereiro, alcançou Grace Park, subúrbio do norte da
cidade de Manila. Em seguida, apesar de ter que guardar e reforçar seu extenso flanco, a 1 a de Cavalaria
seguiu adiante, tendo suas unidades alcançado a margem do rio Pasig, que atravessava o centro de Manila. A
resistência japonesa, contudo, era mais intensa.

No dia 3, ante as informações que indicavam que a ponte Quezon, sobre o Pasig, havia sido destruída pelos
japoneses, a divisão lançou um ataque com a única unidade disponível. O objetivo era apoderar-se da cabeça-
de-ponte. Todavia, depois de encarniçado combate, que se prolongou durante todo o dia, os japoneses
rechaçaram a investida.

A 37a Divisão por seu turno, também encontrou dificuldades. Os destacamentos japoneses encarregadas de
retardar o avanço dos americanos combatiam duramente, obrigando os efetivos da 37 a a usar todos os seus
homens e elementos na luta. Além disso, as pontes que cruzavam os rios da região foram destruídas, uma
após outro. As unidades de engenheiros, trabalhando ao máximo de sua capacidade, não conseguiram,
porém, reparar as construções danificadas e reconstruir as totalmente destruídas no prazo previsto. Uma
ponte de pontões de 80 m de comprimento, sobre o rio Pampanga, não pôde ser reconstruída até 2 de
fevereiro; outra, de 130 m de comprimento, só foi liberada ao trânsito na dia 4.

Outro elemento que entravava consideravelmente o avanço americano eram os civis filipinos, que, a pé ou
arrastando carrêtas, dirigiam-se pelas estradas até o sul. Aquela multidão obrigava os comboios de
abastecimento a reduzir a velocidade e, até, a detê-la, transtornando assim os movimentos e planos previstos.
Por outra parte, os esforços realizados para fazer chegar, com a maior brevidade possível, o material
necessário para a conquista de Manila e sua posterior manutenção fizeram com que a estrada n° 3 ficasse
bloqueada por uma coluna de veículos carregados com material pesado do Corpo de Comunicações.

Todavia, a 4 de fevereiro, apesar de todos os contratempos, a 37 a entrou nos subúrbios de Manila, pelo norte,
e ocupou a prisão Bilibid, libertando 1.024 prisioneiros. A 5 do mesmo mês, os efetivos da 1 a de Cavalaria,
depois de dois dias de luta, ocupavam a Universidade de São Tomás e libertavam 3.521 prisioneiros.

A ocupação da parte norte de Manila, efetuada depois de encarniçada e sangrenta luta, não significava que a
cidade fôra totalmente tomada. Tornou-se evidente que os japoneses, até este momento, procuravam ganhar
tempo. Depreendeu-se que a ação dos pequenos grupos isolados - que resistiam ferozmente aos americanos,
dando lugar a dezenas de choques, freando seus movimentos e desorganizando seus planos - era
dissimulatória.

Por outro lodo, a tarefa de desalojar os citados grupos de seus refúgios tornava-se mais difícil devido à
existência de minas, bem como grande número de franco-atiradores. Além do mais, o incêndio de bairros
inteiros da zona norte de Manila envolvia a região numa confusa massa de fogo e fumaça, em meio aos
estampidos de armas de diversos calibres.
A luta pela capital das Filipinas converteu-se num infernal vaivém de unidades e destacamentos, que
procuravam ocupar os pontos-chaves da cidade. Porém, unidades, destacamentos e franco-atiradores
japoneses impediam, de todos os meios possíveis, que os americanos atingissem tal propósito.

O tumulto foi indescritível. Os japoneses, ao verem que a cidade estava definitivamente perdida, explodiam
suas próprias instalações, numa desesperada tentativa para conter o avanço americano. Estes, por sua vez,
freneticamente, tentavam impedir a destruição, enquanto, paralelamente, desalojavam os inimigos de seus
redutos. Assim, lenta mas firmemente, Manila converteu-se numa cidade em ruínas, envolta pela fumaça dos
incêndios.

Depois de quatro largos dias, durante os quais ambos os bandos lutaram sem descanso, a formosa capital
filipina viu seus edifícios totalmente destruídos e suas ruas semeadas de cadáveres.

Mas a batalha pela posse definitiva de Manila continuava com toda a intensidade...

Anexo
Libertação
27 de janeiro de 1945. O Quartel-General do 6 o Exército recebeu uma visita inesperada. Era um grupo de guerrilheiros
filipinos vestindo heterogêneos uniformes e empunhando armas reluzentes. Os combatentes nativos explicaram
rapidamente sua presença naquele lugar. Declararam que nas proximidades havia um campo de prisioneiros japonês,
com 300 a 500 prisioneiros americanos, e a guarnição japonesa que guardava este campo era muito reduzida. Um
ataque poderia ser realizado para libertá-los. Conduzidos à presença de seus superiores, os filipinos assinalaram nos
mapas, com exatidão, onde estava situado o campo, 40 km atrás das linhas inimigas. A informação chegou às mãos do
General Walter Krueger, que, sem demora, decidiu que os prisioneiros deveriam ser libertados.
Para que a tentativa obtivesse êxito, deveria ser mantida no mais absoluto segredo.
Selecionou-se, então, um grupo de combatentes para libertar os prisioneiros. Depois de cuidadoso exame, três oficiais e
dez soldados partiram nesse mesmo dia, ao anoitecer, sigilosamente. O Tenente Tom Rousaville era o chefe do grupo,
auxiliado pelos Segundos-Tenentes William Nellist e John Dove. Sua missão era o reconhecimento do terreno.
A libertação estaria a cargo do Tenente-Coronel Henry Mucci, comandante do 6 o Batalhão de Rangers, qu.e recebera
ordem de convocar uma companhia reforçada de seu batalhão para esta missão.
28 de janeiro de 1945. 14 horas. A Companhia C e um destacamento da Companhia F (do 6" Batalhão) vão ao encontro
do grupo de reconhecimento do Tenente Rousaville.
Ao amanhecer do dia 29, os grupamentos reúnem-se. Os batedores ainda não tinham obtido informações precisas acerca
do campo de prisioneiros. Sabiam, porém, que grande número de efetivos japoneses havia cruzado a região a poucas
horas. Devido a isso, o Tenente-Coronel Mucci resolveu adiar a operação até a noite do dia 30.
30 de janeiro de 1945. Ao amanhecer, os homens do Tenente Rousaville dispersaram-se, explorando a região e
localizando caminhos de fuga que lhes permitissem sair dali com os prisioneiros, prevendo-se que muitos deles, feridos
ou doentes, teriam que ser transportados em carrêtas. Nesse meio tempo, os americanos foram informados de que o
campo de prisioneiros era guardado por 73 homens, entre oficiais e soldados. Havia, nas proximidades do campo, 150
homens que partiriam de um momento para outro. Em Cabu, a poucos quilômetros dali, havia, ainda, 800 homens, com
tanques e caminhões. A informação, detalhada e minuciosa, especificava a extensão da paliçada ao longo do campo, sua
altura, a situação das sentinelas, as horas de mudança da guarda, o tipo e a localização das defesas japonesas. No
mesmo dia 30, à tarde, os americanos começaram a acercar-se do campo de prisioneiros. Ao anoitecer, estavam a menos
de um quilômetro da paliçada, prontos para o assalto.
Às 19h:45rn, os efetivos da 2a Seção da Companhia F lançaram-se ao ataque, abrindo fogo com todas as suas armas
portáteis. Enquanto os homens de Mucci forçavam a paliçada e obrigavam a reduzida guarnição japonesa a retroceder, o
grupo do Tenente Rousaville dirigia-se para o interior do campo, libertando os prisioneiros.
Tudo terminou às 20h:15m. Os prisioneiros foram então libertados e a guarnição japonesa, aniquilada. É chegada a hora
da segunda etapa da missão a mais difícil: a retirada. Aconteceu, porém, o esperado e temido. Os 800 homens que
estavam em Cabu dirigiram-se para o campo, atraídos pelo tiroteio. Grupos de guerrilheiros filipinos, porém,
entrincheirados, enfrentaram a coluna japonesa, detendo-a e permitindo, assim, a retirada dos americanos.
A força de libertação, conduzindo 512 prisioneiros, entre os quais encontravam-se 100 feridos, chegou finalmente às
linhas americanas.
A operação - planejada habilmente e realizada com audácia - obteve pleno êxito.

Artilharia em ação
O assalto final a Manila foi apoiado intensamente pela artilharia. As unidades que intervieram foram as seguintes:
136o Regimento de Artilharia de Campanha (Bateria B) - 4 obuses de 155 mm
6o Regimento de Artilharia de Campanha - 12 obuses de 105 mm
637o Batalhão de Artilharia (1o Pelotão) - 4 canhões de 76 mm
136o Regimento de Artilharia de Campanha (Bateria A) - 4 obuses de 155 mm
140o Regimento de Artilharia de Campanha (Bateria A) - 4 obuses de 105 mm
756o Regimento de Artilharia de Campanha (uma peça) - 1 obus de 155 mm
754o Regimento de Tanques (seis tanques) - 6 canhões de 75 mm
637o Batalhão Antitanque (dois pelotões) - 8 canhões de 76 mm
82o Batalhão de Morteiros (Companhias A e D) - 24 morteiros de 4,2 poleg.
135o Regimento de Artilharia de Campanha - 12 obuses de 105 mm
82o Regimento de Artilharia de Campanha - 12 obuses de 105 mm
140o Regimento de Artilharia de Campanha (Baterias B e C) - 8 obuses de 105 mm
136o Regimento de Artilharia de Campanha (Bateria C) - 4 obuses de 105 mm
756o Regimento de Artilharia de Campanha (menos 1 peça) - 11 obuses de 155 mm.
756o Regimento de Artilharia de Campanha (uma peça) - 1 obus de 155 mm
465o Regimento de Artilharia de Campanha (Bateria C) - 4 obuses de 8 poleg.
544o Regimento de Artilharia de Campanha (Bateria C) - 2 obuses de 240 mm

Grupamentos navais
A força naval empregada no ataque a Luzon compreendia, aproximadamente, uns 700 barcos, de todos os tipos. Foi
dividida em forças-tarefas, que encerravam os seguintes grupamentos:
Grupamento Insígnia (Capitão Alfred Granum)
Grupamento de Bombardeio e de Fogo de Apoio (Vice-Almirante Jesse Oldendorf)
Grupamento de Escolta de Proteção Imediata (Contra-Almirante Russell Berkey)
Grupamento de Porta-Aviões de Escolta (Contra-Almirante Calvin Durgin)
Grupamento de Caçadores-Matadores (Capitão Joseph Cronin)
Grupamento Varre-Minas Hidrográficas (Comandante Wayne Loud)
Grupamento de Barragem (Capitão John MacLean)
Grupamento de Salvamento e Recuperação (Comandante Byron Huie)
Grupamento de Reforço (Contra-Almirante Richard Conolly)
Grupamento de Serviços (Contra-Almirante Robert Glover)
Força de Ataque Lingayen (Vice-Almirante Theodore Wilkinson)
Força de Ataque San Fabián (Vice-Almirante Daniel Barbey)
O Grupamento de Bombardeio e o Grupamento de Porta-Aviões de Escolta deviam bombardear, com peças de artilharia
e aviões, a zona de defesas do golfo de Lingayen durante dois dias. Deveriam, depois, a partir do Dia D, inclusive,
apoiar o 6o Exército, com fogo de artilharia e aviação, durante seu desembarque. A Força de Ataque Lingayen devia
transportar o 14o Corpo, desembarcá-lo na zona de Lingayen e proporcionar-lhe apoio direto de artilharia.
A Força de Ataque San Fabián tinha missão similar, com respeito ao 1 o Corpo, que devia ser desembarcado na zona
Dagupan-Mabilao.
O Grupamento de Refôrço tinha a seu cargo o transporte da 25 a Divisão (reserva do 6o Exército), do 13o Grupamento
Blindado e da 158a ACR. Todas estas tropas desembarcariam na zona Dagupan-Mabilao, de acordo com o plano fixado.

Logística
Um anexo denominado Disposições Especiais Para os Serviços de Abastecimento acompanhava a Ordem de Operações
que determinava o ataque a Luzon. Esta ordem especificava as missões táticas correspondentes aos comandantes das
forças de apoio, de acordo com as ordens do Comando Geral, bem como as que correspondiam aos comandantes das
grandes unidades do 6o Exército, inclusive o Serviço de Arsenais do Exército. As instruções compreendiam um sem-
número de quesitos necessários: manutenção dos abastecimentos, depósitos, retirada, baixas, inumações, recuperação de
materiais, material tomado ao inimigo, prisioneiros de guerra, internação de inimigos, construções de toda espécie,
tráfego, bivaques, pessoal, comunicações, informes de efetivos e perdas, soldo das tropas, aplicações de conceitos
sanitários, assuntos civis, dotações, conservação dos abastecimentos e muitos outros.
Ao aproximarem-se as unidades da zona do objetivo, deviam levar, nos navios que as transportavam; os seguintes
elementos:
Unidades que chegariam no Dia D:
Cinco cotas de munição para as tropas combatentes.
Três cotas de munição para as unidades não pertencentes às divisões.
Material de engenharia para construções.
Combustível para abastecer os veículos durante 15 dias.
Alimentos para 30 dias.
Unidades que chegariam entre o Dia D e o Dia D + 12:
Duas cotas de munição.
Material de construção.
Alimentos para 10 dias.
Unidades que chegariam após o Dia D +12:
Cinco cotas de munição
Três cotas de munição para as unidades não pertencentes às divisões.
Material de construção.
Alimentos para 10 dias.

A luta aérea
A oposição japonesa ao desembarque em Luzon foi, em linhas gerais, muito débil. Consistiu, simplesmente, de ataques
de destróieres e submarinos, em sua totalidade rechaçados. A reação aérea japonesa, porém, merece um parágrafo à
parte.
Embora as constantes incursões dos aviões americanos com base em terra e nos porta-aviões tivessem causado severos
danos à infra-estrutura japonesa nas Filipinas, destruindo muitos de seus aviões, ainda restavam umas 70 pistas em boas
condições. Além disso, os japoneses recebiam aviões através dos campos de Formosa, de Hainan, na costa da China, e
das Índias Orientais Holandesas, reparando assim suas perdas. Com estes reforços, a aviação japonesa nas Filipinas
poderia causar problemas à Força de Ataque Lingayen. Em sua marcha até a zona do objetivo, e depois de estar nela, as
forças americanas foram protegidas pelos aviões dos porta-aviões e das bases terrestres. Todavia, as formações foram
atingidas por sérios ataques aéreos, que, nos dias 3 e 8 de janeiro, afundaram três navios, infligiram danos consideráveis
a quatorze outros e danos menores a outros treze. Os Camicases foram responsáveis por vinte e sete destas baixas. Um
projétil de um Camicase, ao atingir a ponte de comando do couraçado Novo México, matou o Contra-Almirante
Theodore Chandler, o Tenente-General Herbert Lumsden, do exército britânico, e o correspondente de guerra William
Henry Chikering, ferindo muitos outros. As perdas, em conseqüência destes ataques, foram muito sérias e, se estes
tivessem continuado com a mesma intensidade, talvez os americanos fossem obrigados a suspender a operação.
Contrariando outras fontes americanas, a potencialidade aérea japonesa em Luzon não estava, no começo da campanha,
plenamente neutralizada, como se supunha. Em contrapartida, o Almirante Kinkaid ordenou à Terceira Frota que
bombardeasse intensamente a ilha de Luzon, com os aviões dos porta-aviões, e que atacasse, especialmente, os
aeroportos inimigos na região do golfo de Lingayen. O Almirante Halsey (comandante da Terceira Frota) atendeu
imediatamente à esta ordem, cancelando o ataque a Formosa e lançando uma série de bombardeios sobre as pistas de
aviação na parte norte de Luzon. Estes bombardeios destruíram poucos aviões inimigos no ar, mas danificaram uns
setenta e cinco em terra, diminuindo a capacidade ofensiva dos japoneses.

Guerrilheiros filipinos
"Com o objetivo de assegurar a coordenação entre as guerrilhas filipinas em Luzon e as unidades do 6 o Exército, a 2 de
fevereiro dirigi aos comandantes das guerrilhas - o Coronel George Merrell, o Tenente-Coronel Russell Volckmann, os
Majores Robert Lapham e Bernard Anderson e os Capitães George Miller e Alejo Santos - uma nota contendo
instruções. Esta nota ordenava-lhes que continuassem suas operações ofensivas, fustigando o inimigo por meio de
emboscadas contra suas tropas terrestres, apoderando-se de seus depósitos de munições e abastecimentos, destruindo-os
ou usufruindo deles, confundindo suas comunicações e bloqueando seus avanços ou retiradas. Ordenava-lhes ainda que
estabelecessem contato com os comandantes do corpo em cujas faixas de combate estivessem atuando, comunicando
toda informação que obtivessem sobre o inimigo e que cumprissem qualquer outra missão que lhes fosse designada, tal
como guarnecer pontes, localidades e construções da retaguarda das tropas. Os comandantes dos corpos receberam
ordens de armar e abastecer as guerrilhas que atuassem sob suas ordens; qualquer outra guerrilha seria armada e
abastecida pelo comando do 6o Exército."
General Walter Krueger.

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