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RESUMO DE: COMO VENCER UM DEBATE SEM

PRECISAR TER RAZÃO


Ed. Topbooks 2003

Arthur Schopenhauer (1788-1860) é um dos raros casos de precocidade filosófica que a


História registra. Aos 31 anos publica “O Mundo como Vontade e Representação”.

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Para Aristóteles, só havia 4 ciências do discurso: a poética, a retórica, a dialética e a
analítica (hoje denominada lógica). Dessas, 2 lidam com a arte da discussão: a retórica e
a dialética.

Para Aristóteles, a retórica é a arte da persuasão e esta tem 3 fatores: a pessoa do orador,
os fatos de que ele fala e o teor dos argumentos. Para ele, a retórica se concentra nos
argumentos. E a dialética é uma técnica de confrontar os argumentos contraditórios
oferecidos em resposta a uma questão, para encontrar, por baixo deles, os princípios de
base que permitam dar à questão uma resposta mais racional.

Aristóteles admitia a existência de 2 tecnicas secundárias: a erística e a sofística.

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A erística é uma arte da discussão contenciosa, que, utilizando os instrumentos da
dialética, da sofistica, da erística e da retórica aristotélicas, abrange também os aspectos
psicológicos do duelo argumentativo, ao mesmo tempo que deixa de lado as regras de
ordem ética que faziam da dialética aristotélica um instrumento confiável de
investigação.

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Para se compreender um filósofo – dizia Benedetto Croce – é preciso saber contra quem
ele se levantou polemicamente. É uma regra dialética.

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DIALÉTICA ERÍSTICA – TEXTO E COMENTÁRIOS

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Nota: Schopenhauer faz sempre um contraste entre ter razão realmente, estar com a
verdade, e aferrar-se à razão, insistir teimosamente em ter razão quando não se tem.

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Nossa vaidade congênita, especialmente suscetível em tudo o que diz respeito à
capacidade intelectual, não quer aceitar que aquilo que num primeiro momento
sustentávamos como verdadeiro se mostre falso, e verdadeiro aquilo que o adversário
sustentava. (...) Daí vem que, em regra geral, aquele que entabula uma discussão não se
bate pela verdade mas por sua própria tese (...).

Topos – do grego “lugar”.

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A BASE DE TODA DIALÉTICA
O adversário expôs uma tese. Para refutá-la, há dois modos e dois métodos. Os modos:
a) ad rem (não está de acordo com a natureza das coisas, com a verdade objetivo, ou b)
ad hominem, que não concorda com outras afirmações ou apartes do adversário, isto é,
com a verdade subjetiva, relativa. Os métodos são a) refutação direta, ataca a tese em
seu fundamento ou b) indireta, ataca em suas conseqüências.

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Apagoe – significa a ação de levar, conduzir, arrastar, arrebatar

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ESTRATAGEMAS DIALÉTICOS

1 - Ampliação indevida – Levar a afirmação do adversário para além de seus limites


naturais, interpretá-lo do modo mais geral possível, tomá-la no sentido mais amplo
possível e exagerá-la.

2 – Homonímia sutil

3 – Mudança de modo

4 - Pré-silogismos – Se queremos chegar a uma certa conclusão, devemos evitar que


esta seja prevista, e atuar de modo que o adversário, sem percebê-lo, admita as
premissas uma de cada vez e dispersas sem ordem na conversação.

Nota:
Se a conclusão não for declarada explicitamente em parte alguma, ela terá ainda mais
força pedrsuasiva, porque a v´´itima, ao tirá-la, acreditará estar raciocionando
livremente e assumirá responsabilidade pela crença que lhe foi incutida, passando
mesmo a defendê-la como expressão pura de sua opinião expontânea.

5 - Uso intencional de premissas falsas – O verdadeiro também pode seguir-se de


premissas falsas, mas não o falso de premissas verdadeiras. Deste modo, podemos
também refutar teses falsas do adversário por meio de outra tese falsa que ele aceite
como verdadeira. Devemos adaptar-nos a ele e usar o seu modo de pensar.

6 - Petição de princípio oculta

7 – Perguntas em desordem

Erotemático – do grego – perguntar, interrogar – é o método de perguntas e respostas.

8 – Encolerizar o adversário – impedi-lo de raciocinar

9 – Perguntas em ordem alterada

10 – Pista falsa

11 – Salto indutivo
12 – Manipulação semântica

13 – Alternativa forçada
“Deve-se obedecer ou desobedecer os pais em todas as coisas.”

14 – Falsa proclamação de vitória


Tratar como prova o que não é prova.

15 - Anulação do paradoxo.

16 – Várias modalidades do argumentum ad hominem

17 Distinção de emergência

18 – Uso intencional da mutatio controversie

19 – Fuga do específico para o geral

20 – Uso da premissa falsa previamente aceita pelo adversário

21 – Preferir o arbumento sofistico

22 – Falsa alegação de petitio principii

23 – Impelir o adversário ao exagero

24 – Falsa reductio ad absurdum

25 – Falsa instância

Epagoge – indução – É raciocínio probabilístico, fundado na premissa de que aquilo que


se dá num grande número de casos pode ser tomado como regra geral para todos os
casos possíveis.

26 – Retorsio argumenti

27 – Provocar a raiva

28 – Argumento ad auditores
As pessoas são inclinadas ao riso fácil, e os que riem estão do lado daquele que fala.

29 – Desvio

30 – Argumentum ad verecundiam (dirigido ao sentimento de honra)

Nota – Daí também que seja quase impossível, num ambiente dominado por jovens, um
debate honesto e sem preconceitos.

Em contrapartida, as pessoas comuns têm profundo respeito ante os especialistas de


todo gênero. Ignoram que quem faz de um assunto sua profissão não ama o assunto em
si, e sim o lucro que ele lhe dá; e que aquele que ensina um assunto raras vezes o
conhece a fundo, porque àquele que o estuda a fundo não resta, em geral, tempo para
dedicar-se ao ensino.

Nota: Definição de “homem comum” de Ludwig von Mises – “O homem comum não
especula sobre os grandes problemas. Ampara-se na autoridade de outras pessoas,
comporta-se como um sujeito decente deve comportar-se, como um cordeiro no
rebanho. É precisamente esta inércia intelectual que caracteriza um homem como um
homem comum. Entretanto, apesar disso, o homem comum efetivamente escolhe.
Prefere adotar padrões tradicionais ou padrões adotados por outras pessoas porque está
convencido de que esse procedimento é o mais adequado para atingir o seu próprio
bem-estar. E está apto a mudar sua ideologia e consequentemente, o seu modo de ação,
sempre que estiver convencido de que a mudança servirá melhor a seus interesses.”

Nota: O homem não se liberta do “espírito de rebanho”, de que falava Nietzshe,


simplesmente por passar de um rebanho mais velho a um mais novo.

De fato, uma vez que a opinião tinha um bom número de vozes que a aceitavam, os que
vieram depois supuseeram que só podia ter tantos seguidores pelo peso concludente de
seus argumentos. Os demais, para não passar por espíritos inquietos que se rebelam
contra opiniões universalmente admitidas e por sabichões que quisessem ser mais
espertos que o mundo inteiro, foram obrigados a admitir o que todo mundo já aceitava.
Neste pornto a concordância torna-se uma obrigação. E, de agora em diante, os poucos
que forem capazes de julgar por si mesmos se calarão, e só poderão falar aqueles que,
totalmente incapazes de teer uma opinião e juízo próprios, sejam o eco das opiniões
alheias. E estes, ademais, são os mais apaixonados e intransigentes defensores dessas
opiniões. Pois estes, na verdade, odeiam aquele que pensa de modo diferente, não tanto
por terem opinião diversa daquela que ele afirma, quanto pela sua audácia de querer
julgar por si mesmo, coisa que eles nunca poderão fazer, sendo por dentro conscientes
disto.

“Eu digo, tudizes e, no fim, o diz também ele; depois de dar-lhe tantas voltas, ninguém
mais vê aquilo que se disse.” - Bayle

31 – Incompetência irônica

32 – Rótulo odioso

33 – Negação da teoria na prática

34 – Resposta ao meneio de esquiva

35 – Persuasão pela vontade


Fazemos o adversário perceber que sua opinião, desde o momento em que seja aceita,
fariam um dano notável a seus prórpios interesses e ele a deixará cair com a mesma
rapidez com que soltaria um ferro candente que inadvertidamente tivesse agarrado.

36 – Discurso incompreensível

37 – Tomar a prova pela tese


38 – Último estratagema

“Todo prazer do espírito e todo contentamento consistem em termos alguém em


comparação com o qual possamos ter alta estima de nõs mesmos.” - Hobbes

NOTAS FINAIS

Temístocles dirigindo-se a Eurípedes: “Bate, mas escuta.”

Deixemos que digam o que querem porque ser idiota é um dos direitos do homem.

“A paz vale ainda mais que a verdade.” – Voltaire.

Dialética Erística: a doutrina do procedimento que é inato no homem para pensar que
tem razão.

A dialética parte de premissas que são prováveis ou admitidas como tal; a erística, de
premissas que não são realmente prováveis nem admitidas como tal, mas que apenas o
parecem aos olhos de um determinado público.

Maquiavel prescreve ao príncipe que aproveite em cada momento a debilidade de seu


vizinho, para atacá-lo; do contrário, este pode, em qualquer ocasião, tirar partido da
debilidade do príncipe.

A dialética de schopenhauer se distancia da de Aristóteles: de um me´todo de busca da


cerdade, apto a encontrar os princípios de base das várias ciências, até uma arte do
maquiavelismo psicológico, h a um longo caminho a percorrer – para baixo.

Ad rem = à coisa, refutação ao assunto

Ad hominem = ao homem, refutação às idéias e convicções do interlocutor

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