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Quarta-feira, 15 de Setembro de 2004 1 SERIE — Numero 37 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICACAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE SUMARIO Primeiro-Ministro: Bespacto: Determina a cessagio de fungdes de secretirio permanente do Ministério dos Negdcios Estrangeiro © Cooperagio a Isalas Diploma Ministerial n* 180/2004: Aprova o Regulamento sobre a Qualidade da Agua para o ‘Consume Humana, PRIMEIRO-MINISTRO Despacho Nos termas do disposto no n.°2 do artigo 2.do Decreto n° 46! 12000, de 28 de Novembro, determino, com efeitos imedia- tos, que Isafas Elisio Mondlane cesse as fungies de secretirio permanente do Ministério dos Negécios Estrangeiros Cooperagio. Publique-se. Maputo, 16 de Fevereiro de 2004. — O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. MINISTERIO DA SAUDE Diploma Ministerial n.° 180/2004 0 15 de Setembro No Ambito das politcas do Governo em curso visando aumentar 0 abastecimento de gua nas zonas rurais € urbanas pra a satisfagio das necessidades bisicas da_populacio, impoe-se a tomada de medidas para que a gua dispo- nibilizada, tenha uma qualidade aceitével para 0 consumo humano, © que iré contribuir para a redugio das doengas associadas. A Lei n* 16/91, de 3 de Agosto, Lei de Aguas, atribui 20 Ministro da Sade competéncias para estabelecer os parimetros. através dos quais se deverd reger controlo da qualidade da gua para que seja considerada potivel e propria, para o consumo humano. Para-a efectivagio do que vem preconizado na Lei n= 16! 191, de 3 de Agosto, Lei de Aguas e no Decreto Presiden- cial n?” 11/95, de 29 de Dezembro. Eno usando as competéncias atribuidas pelo n 2 do artigo 56 da referida [el determin: _ Atgo I.E aprovado 0 Regulamento sobre a Qualiade da ‘Aqua para o Consumo Humano em anexo, que faz pare ite- grante do presente diploma ministerial, fixa os parimetros de qualidade da agua destinada ao consumo humano e as moda- lidades de tealizagio do seu controlo, visando proteges a snide humana dos efeitos nocivos resultantes de qualquer conta- ‘minagdo que possa ocorrer nas diferentes etapas do sistema de abastecimento de gua desde a captagio até & dispon'- bilizagio a0 consumidor. Ant. 2. O presente diploma iministerial entra imediatamente em vigor, aps a publicagio no Bolerim da Repiblica Ministério da Saide, em Maputo, 9 de Margo de 2008— (© Ministro da Saide, Francisco Ferreira Songane. Regulamento sobre a Qualidade da Agua para o Consumo Humano Anrico 1 (Definigdes) Para efeitos do presente Regulamento entende-se por: 1. Autoridade Competente — aquela que por lei tem a responsabilidade de velar pela observancia dos requi sitos de qualidade de égua que € abastecida 20 piiblico através das inspecgies. sanitérias, diagnés- ticos laboratoriais e monitorizagio de riscos 2. Agua destinada 20 consumo humano: 4) Toda a gua no seu estado original ou apés tra- tamento, destinada a ser bebida, a cozinhar, a preparar alimentos ou para outros fins do- mésticos, independentemente da sua origem de ser fornecida a partir de um sistema de abastecimento de agua com ou sem fins co- ) Toda a gua utilizada numa empresa da indis- tria alimentar para o fabrico, transformagao, conservagio ou comercializagio de produtos destinados a0 consumo humano. 3. Agua Potivel — aquela que & pripria para o consumo hhumano, pelas suas qualidades orsanolépticas, fisicas, quimicas © bioligicas. 4, Entidade Gestora do Sistema de Abastecimento de ‘Agua —entidade que por lei € responsivel pela explorasio, gestioe fornecimento de égua destinada 0 consumo humano, 5.CHAEM—Centro de Higiene Ambiental e Exames Médicos. 6. Controlo de Qualidade — conjunto de acgbes realiza- 368, das pela Autoridade Competente Entidade Gestora dos sistemas de abastecimento de gua com vista 8 ‘manutengio permanente da sua qualidade, em con- formidade com as normas legalmente estabelecidas. 7. DNA — Direcgdio Nacional de Aguas. 8.DNS—Direcgo Nacional de Sade. 9.DSA— Departamento de Saide Ambiental 10. ETA—Estagio de Tratamento de Agua. 11. Fontes de Agua—parte do sistema de abastecimento de gua que serve de ponto de captagio de dgua ppara 0 consumo humano, podendo ser poco, furos, lagoas, nascentes, rios, cisternas ou outras. Inspecgio Sanitéria—acges permanentes e sistemé- ticas de fiscalizacto realizadas pelos servigos de saiide no sistema de abastecimento de gua com vista a certificar se a qualidade de égua preenche os requi- sitos indieados neste Regulamento. Instalagio Domiciliéria—rede interna de distribuigo de agua destinads a0 consumo humano, que abrange, canalizagdes, reservatdrios, torneiras © aparelhos sani- trios, desde que nio sejam da responsabilidade da Entidade Gestora. Limite Maximo Admissfvel — valor méximo admis- sivel para um determinado parimetro fisico, orga- noléptico, quimico ou microbiolégico em 4gua destinada ‘20 consumo humano. 15. LNHAA —Laboratério Nacional de Alimentos. 16. MISAU — Ministério da Saide. 17, Pardmetro Indicador —6 0 parimetro fisico, organo- Iéptico, quimico ou microbiolégico que deve ser uusado como um guia de qualidade, Plano Nacional de Controlo de. Qualidade — docu- ‘mento elaborado no ambito de um proceso que asse- gure a participagdo de organismos sociais,profissionais € econdmicos, directamente envolvidos no, abastec mento © garantia de qualidade de Agua destinada a0 consumo humano, que contém os objectivos a curto, médio © longo prazos, assim como, a descriclo das egies para a sua implementagio do ponto de vista dos recursos humanos, materiais, econémicos e finan- ceiros para o efeito. 19, Qualidade de Agua para o Consumo Humano—é a caracteristica dada pelo conjunto de valores de pard- metros microbiolbgicos, organolépticos ¢ fisico-qui ‘micos fixados que permitem avaliar se a gua & Potvel ou nfo. 20. Sistema de Abastecimento de Agua — sio todos os ‘componentes do processo de: captacio, tratamento distribuigio de égua destinada 80 consumo humano. 21. Sistema Convencional —6 todo o sistema de abaste- cimento de dgua para o consumo humano que con- templa todas as fases de tratamento de gua. 22 Sistema Nacional de Controlo de Qualidade — € cons- tituido pelo conjunto de infra-estruturas, capacidade técnica, equipamentos, técnicas e todo o material utilizado para avaliar 0s requisites de qualidade de gua para o consumo humano. 23, Substdncia Perigosa—substincia ou grupo de substin- cias t6xicas, persistentes e susceptiveis de bioacumu- lagio ¢ ainda outras substincias ou grupo desubstincias que suseitem preocupagses da mesma ordem. 1, 13. 4 igiene de Aguas 18, LSERIE ~NOMERO 37 ‘nnrico 2 (Qbjecto) © presente Regulamento tem como objecto fixar o§ pard- metros de qualidade’ da dgua destinada ao consumo hurnano € as modalidades de realizagio do seu controlo, visando proteger a saiide humana dos efeitos nocivos resultantes de qualquer contaminagdo que possa ocorrer nas diferentes etapas do sistema de abastecimento de égua desde a .captagio até 2 disponibilizago a0 consumidor. ‘Awnico 3 (Ambit de aplicagio) 1.0 presente Regulamento aplica-se a0s sistemas de abas- tecimento de dgua destinada a0 consumo humano que seja potvel. Podem ser: 4) Aguas doces superficiais destinadas ao consumo directo ou a produgfo de gua para o consumo humano; +) Aguas doces subterrineas, déstinadss 20 consumo directo ou A produgio de 4gua para o consumo humano; ) Agua distribuida por outras fontes alternativas desti- nnadas a0 consumo humano directo: 4) Agua distribuida para ser utilizada nas indéstrias ali- ‘mentares, no tratamento ou na conservagio de géneros alimenticios ou’ de substincias destinadas 4 serem consumidas pelo homem e que no podem afectar a salubridade dos géneros alimentares. 2. Bxcluem-se do disposto no nimero anterior: a) As éguas minerais naturais e engarrafadas que dévem ser abrangidas por outras legislagdes em vigor sobre a matéri 5) As Aguas que sio produtos medicinsis; €) Todas as outras guas que embora utilizadas em inddstrias alimentares por determinagdo expressa requeiram uma maior exigéncia de qualidade. anmico 4 (Autoridade competonts) 1. Para efeitos de aplicagio das disposigbes do. presente Regulamento, a Ditecgio Nacional de Sadde ¢ designada por autoridade competente para garantir 0 controlo de qualidade de Agua destinada ao consumo himano, ‘bem como, para controlar a aplicacdo das suas disposicdes. 2. Para a prossecugdo dos objectivos deste Regulamento as competéncias da Direagio Nacional de Satide serio exer- cidas por diversas estruturas desta, desde 0 nivel central, provincial até ao local. 3.A nivel central, as competéncias da autoridade compe- tente serdo exercidas pelo Departamento de Satide Ambiental e pelo Laboratério Nacional de Higiene de Aguas e Alimentos, a nivel provincial pelos Centros de Higiene Ambiental e Exames Médicos e Laboratérios Provinciais de Agua ea nivel local, pelos Centros de Satie. Antigo 5 (Compoténcias da autoridade competonte) 1.No mbito do presente Regulamento, constituem com- peténcias da autoridade competente: 4) Inspeccionar e avaliar a qualidade da gua destinada 80 consumo humano em conformidade com os requisitos do presente Regulamento 15 DE SETEMBRO DE 2004 2) Verificar as condigdes higiénico-sanitérias e de garan- tia de qualidade dos sistemas de abastecimento de ‘égua destinada a0 consumo humano; ©) Emitir pareceres téenicos para o licenciamento sanitério dos sistemas de abastecimento de agua destinada ao consumo humano; ) Efectuar vistorias sanitérias e autorizar o seu funcio- amento através da emissdo das respectivas auto- rizagies sanitérias; e) Emitir pareceres sanitérios sobre as obras ¢ instala- ‘gOes de captacdo, tratamento, armazenamento,trans- porte € distribuigio de dgua destinada a0 consumo hhumano; J) Inspeccionar os sistemas de control ¢ garantia de ‘qualidade dos sistemas de abastecimento de égua destinada a0 consumo humano; 8)Prestar servigos de anélise laboratorial da agua desti- nada ao consumo humano e dos produtos usados no seu. tratamento;, 1h) Credenciar 0s laboratérios para andlise de gua desti- nada a0 consumo humano; ‘Capacitar, reinar e actuatizar 0 pessoal de inspec¢o € de anilises laboratoriais de Aguas; JD Definir as orientagdes priticas para o tratamento de ‘gua em situagbes particulares e de emergéncia; ky Definir os procedimentos adequados face a um resul- tado impréprio da qualidade de égua destinada a0 consumo humano; 1) Avaliar, monitorar e supervisionar as actividades de vigilancia sanitéria realizadas pelas estruturas de salide de nivel local; ‘m)Elaborar ov propor normas sanitérias sobre os pari- metros microbioligicos, fisicos e quimicos das guas destinadas a0 consumo humano; 1n)Colaborar com outras entidades na adopgio de espe- cificagdes citadas no presente Regulamento; 0) Divulgar a legislago em vigor sobre os critérios de qualidade aplicaveis aos sistemas de abastecimento de agua destinada a0 consumo humano; p)Exerder outrgs fungdes que venham a ser definidas no aimbito do controlo de qualidade de agua, 2.Com vista a executar as competéncias estabelecidas no Ambito do presente Regulamento, MISAU poders, sob pro- posta da DNS, delegar algumas’ das suas fungdes'inelusive por meio de acordos, para outros organismos publicos. ou privados. Arico 6 (Competéncias especificas das estruturas ‘da autoridade competente) |. Compete ao Departamento de Saide Ambiental (DSA) 4) Dirigir a administragzo do Sistema Nacional de Con- trolo de Qualidade de Agua para o consumo humano; 6) Tealizar as acgdes de planificagio, desenvolvimento, implementagdo e supervisto de todas as activide- des relacionadas com o Sistema Nacional de Con- trolo de Qualidade de Agua para o consumo humano; €) Promover,paricipar e realizar treinamento, pesquisa, divulgagto, actividades de inspeegao e conrolo de auilidade da agua a nivel nacional e internacional

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