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‘QUILOMBOLA _ Estudos em torno do conceito bas | Organizado por Bruno Cézar Cavalcanti UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS Reltora ‘Ana Dayse Rezendle Dorea Vice-reitor Eurico de Barros Labo Filho Diretora da Edufal Sheila Diab Maluf Consetho Editorial Sheila Dic Maluf (Presidente) Cicero Péricles de Oliveira Carvalho Elton Casado Fireman Roberto Sarmento Lima lrocilda Moria de Moura Lima Lindemberg Medeiros de Araujo Leonardo Bittencourt Eurico Eduardo Pinto de Lemos Antonio de Pédua Caveleante Cristiane Cyrino Estevéio Olivelra Capa e ilustras Imagens: Pegas em ceréimica de autoria de Dona Irinéla, arteséi da comunielade do Muquém, ‘em Unido dos Palmares, AL. Acervo dai KARANDASH Galeria de Arte ~Maceid, AL. Fotografias e arte: Juarez Cavalcanti | igramasiio: Edmilson Vasconcelos Supervisdo gréfies: Mércio Roberto Vieira de Melo Cotalogagéo na fonte Universidade Federal de Alagoas Biblioteca Central ~ Diviséio de Trotamento Técnico Bibliotecdria Responsével: Helena Cristina Pimentel clo Vale 1747, Undowo, Dircou, 1932 A razG0 quilombola : estudos em torno do concelto quilombola de nado ctnogréfiea / Dirceu Lindoso. — Macels « EDUFAL, 2011. 2 299 p. Na capa constr “Orgenizaclo por Bruno César Cavaleanti® Bibliogratic. p. (283-287. Anexos: p. [289]-299. 1. Razéo Quilombole. 2. Negros Brasil, 3. Excravidtia, 4. Quilombo dos Palmares ~ Alagoes. l. Titulo. ae cDU: 981 IS8N. 978-85-7177-573-2 Divetios closta ecigéo reservados & FEditora aflliada: felled «Euijoro oa Universidade Federal de Alagoas Comput: © Sides BR 104, Km, 97,6 -Fere/Fax (82) 321 4.1111 Mini losmrsnr- cs Sra72070- nats Ages fzev Friledilol@edufalufalbr - Ste: wewedvialufallor mentees. Todo este livro é dedicado aos negros alagoanos que guardam na meméria, como sagrado, © sonho da nagéo mocambeira do Quilombo dos Palmares. A meméria sagrada da negra Tia Marcelina, assassinada por uma liga civil miliciana diante do seu pégi, em defesa de seus orixés, no Quebra de 1912, Ela, que era a Coroa de Dada, a filha predileta de Xangé, tinha a coragem das rainhas negras, das grandes sacerdotisas dos sagrados orixés. Ela sabia que em seu terreiro pisava terra quilombola, sagrada com sangue de negros e negras que morreram em defesa dos quilombos mocambeiros dos Palmares. Sabia que, quando em seu terreiro soavam os tambores, renascia sob seus pés a nado de Zumbi, e com que todo negro quilombola até hoje sonha, e que é malor que a vido. A meméria da mée-de-santo Tia Mareelina, eternamente. Para os que mantiveram a sobrevivéncia da cultura negro-africana: Tia Creusa, Maria Locia e a extraordindria Maria Hilda do Coco, que néo sabia s6 tomar caldinho de sururu na beira da lagoa Mundas, mas conhecia todos os segredos do folclore das Alagoos. O objetivo da etnologia néo é buscar suas fronteiras, mas aplicar 4 compreensdo do homem todos os meios que se revelem como eficazes, seja justopond vinte disciplinas diferentes para firar delas uma imagem substancial do desenvolvimento da humanidade, seja buscando sistematicamente os vinculos que existem entre diferentes dominios de atividade do homem para tirar deles perspectivas novas. André Leroi-Gourhan, Le Fil du Temps. Paris, Fayard, 1983, p. 96. eu falo das classes. Somente elas devem ocupar a Histéria. Tocqueville, L’Ancien Régime et la Révolution, Paris, Gallimard, t. 1, 1952, p. 179. Arrevolugdo nédo depende, a despeito de um tempo que pode ser muito curto, do efémero e do transitério, pois ela & vivida como um corte, uma vontade de mudar a Histéria. Jacques Julliard, La Politique, in Jacques le Goff et Pierre Nora (sous la direction de) Faire de I'Histoire. Paris, Gallimard, deuxiéme partie, 1974, p. 239.

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