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Anderson Silva

ATUALIDADES
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INTRODUÇÃO
Vive-se hoje sob o paradigma da globalização, em que, teoricamente, a oferta e a demanda são
orquestradas e regidas por um mercado único, que atende ás bem diferentes nações. Porém a realidade mostra-
se bem diferente para milhões e milhões de habitantes do planeta: grande parte da população mundial que vive
nos países pobres está excluída desse processo. A globalização é voltada para os paises ricos, que com ela se
beneficiam e querem dar a imprenssão de que esta é a grande oportunidade para os pobres CPF: alcançarem
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ricos.
O processo de globalização trouxe diversas mudanças, de paradigmas, para as sociedades contemporâneas,
como também provocou transformações nos diversos segmentos da vida humana e na economia mundial,
intensificando o processo de terceirização. Os novos paradigmas estão ligados ao conhecimento (e como ele é
apropriado), à tecnologia e a informação, vários são os avanços nestes setores, ocorre revoluções tecnológicas
a todo instante (satélites, computadores, telefones
CPF:fixos e moveis, fax, boings, supernavios, etc).
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Mesmo com esses avanços tecnológicos, o que se percebe é que nunca os países ricos concentraram tanta
riqueza e nunca o fosso entre eles e os países pobres foram tão grandes e profundo quanto nos últimos tempos,
a globalização só aumentou a distancia entre eles, acirrou assimetrias e aprofundou desigualdades ela não
satisfaz aos interesses da maioria, simplesmente é usada para manter cada vez mais o poderio das nações mais
fortes sobre as mais fracas.
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CAPITALISMO NEOLIBERAL E O PROBLEMA DA EXCLUSÃO
Com o fim do socialismo o capitalismo tornou-se o sistema econômico dominante no mundo todo.
Caracterizado pelas práticas neoliberais. O neoliberalismo é um modelo econômico e político que tem como
característica principal a retomada dos princípios do liberalismo clássico, dando-lhes uma roupagem nova e
incluindo sobretudo medidas econômicas contemporâneas como, por exemplo, o processo de privatizações
(Fernando Henrique Cardoso – Brasil).
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As idéias neoliberais surgiram no final da 2ª Guerra Mundial, sua pratica é norteada, fundamentalmente
pelo estado mínimo que significa intervenção estatal mínima sobre a atividade econômica. Trata-se de um
ataque contra qualquer limitação dos mecanismos de mercado por parte do Estado, denunciadas como uma
ameaça letal a liberdade, não somente econômica, mas também política.
A doutrina político-economica neoliberal foi elaborada para adaptar o modelo liberal às condições do
sistema capitalista do século XX. Os teóricos neoliberais acreditam que a peça fundamental da economia é o
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controle dos preços. É necessário que o estado mantenha o equilíbrio dos preços por meio da estabilização
financeira e monetária, com a adoção de políticas econômicas antiinflacionárias e cambiais. A liberdade
econômica continua a existir, porem o governo tem a função de combater os excessos da livre concorrência e
o controle dos mercados pelos grandes monopólios econômicos.
Uma outra questão é fundamental no neoliberalismo; a de que a sociedade civil deve buscar soluções para
os seus problemas, e não o Estado. A ele cabe apenas a tarefa de garantir o bem comum e o equilíbrio social e
não o assistencialismo público. CPF: 06502699693
Dos paises desenvolvidos que implementaram as praticas neoliberais, a Inglaterra foi quem seguiu com
maior fidelidade os seus preceitos, seguida por alguns países europeus, onde dominava o estado do bem-estar-
social. Por outro lado, nos Estados Unidos a ideologia neoliberal se notabilizou pela política estratégica e
militar anticomunista, para derrubar a economia soviética, como exemplo podemos citar o projeto Guerra nas
Estrelas, que fez com que a ex-União Soviética canalizasse uma soma expressiva da sua receita para a
competição militar com os E.U.A, fato que evidenciou sua fragilidade no campo econômico, sobretudo no
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setor civil, contrastando com o seu poderio bélico. Esta situação contribuiu para o desmonte do regime
soviético.
Ao mundo não desenvolvido coube ao FMI e ao Banco Mundial a propagação do neoliberalismo, com o
lema de reduzir déficit público, combater a inflação e possibilitar a volta do crescimento econômico e social, é
claro que através de empréstimos.
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Sendo assim o neoliberalismo corresponde a um importante agente da globalização, pois sua política
favorece a expansão e o domínio do capital financeiro internacional, legitimando o poder dos paises
desenvolvidos. CPF: 06502699693
O processo de globalização esta centrada nas nações ricas e em menor escala, nas economias emergentes,
mas grande parte dos países pobres não se encaixa nas novas exigências do capitalismo; não se
industrializaram, tem economias centradas no setor primário, população carente, com baixa escolaridade e
poder aquisitivo insignificante.
Estamos falando de paises da África de alguns países asiáticos e da América Central. Esses territórios
cristalizaram-se como nações sem importância estratégica dentro da lógica das relações internacionais e sem
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capacidade de ter um desenvolvimento econômico e social sustentável. Em poucas palavras, eles não
interessam mais ao sistema e encontram-se abandonadas a própria sortes, estão excluídos do sistema
globalizado.

O MUNDO GLOBALIZADO (PERDAS E GANHOS PARA A CIDADANIA)

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque CPF:
de Holanda Ferreira, “cidadania é a qualidade ou estado do
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cidadão”, entende-se por cidadão “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no
desempenho de seus deveres para com este”.
Pensarmos cidadania no mundo globalizado é abrir o leque do que é ser cidadão. Não podemos esquecer
que o mundo se encontra tecnologicamente modificado, os meios de comunicação são muito mais rápidos e
não existem fronteiras depois da Internet. Temos que pensar também que não são todas as pessoas que vão ter
acesso a estes meios tecnológicos, na verdade cria se outra questão que é a conquista da inclusão digital, como
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ficariam os países que dentro do processo de globalização não são bem vindos (Africanos)? Tudo bem que
com ciberespaço, não apenas temos acesso a conhecimento, mas também podemos produzir conhecimento, já
que a Internet descentralizou os meios de comunicação, e com esta ampliação a cidadania não se esgota
apenas no direito do voto, mas na concepção política do próprio estado. O que é preocupante é que sem uma
boa conscientização os meios de produção apenas fazem das pessoas robôs frente a maquinas (computadores),
sem objetivos. É como se fosse televisão só entretenimento.
Outro fator importante é analisar a própriaCPF: 06502699693
globalização, pois ela é uma dominação exercida por poucos, e
que para a mesma não existe fronteira. Os paises ricos dominam a tecnologia, e provavelmente aquilo que
rege a tecnologia. Pensar que as pessoas não precisam mais sair de casa para fazer tarefas tão simples pois a
informatização já dá conta do recado, é perder o principio da cidadania que é a de se encontra em coletivo,
comunidade, construir relação de reciprocidade.
Estamos vivendo a época do relativismo e do ecletismo, do divino do maravilhoso. Não existe um mundo
fundado em princípios opostos ou numa única proposta estética, pois tudo foi e é constantemente colocado em
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xeque. Parece que os homens estão transformando a realidade virtual numa imagem real, com transformações
tão rápidas e intensas que não se tem tempo de assimilá-las, este é o grande problema.
Ao mesmo tempo podemos perceber a eletrônica como um agente transformador da informação, da
comunicação e, por que não dizer, da própria educação. Entretanto, essa revolução tecnológica pode ser
percebida de duas maneiras diferentes. De um lado, ela se apresenta como um fator de desequilíbrio, uma vez
que pode contribuir para reforçar os grupos privilegiados que tem acesso a esse tipo de tecnologia. Por outro
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lado, pode se constituir numa poderosa alavanca capaz de auxiliar no resgate da cidadania, se for utilizada
para criar uma base ampla de conhecimento, um dos elementos fundamentais para uma revolução científica e
cultural.
Falar das perdas e ganhos se torna complexo na medida em que vai se definhando os aspectos gerais, mas
na atual situação devemos sim pensar nas possibilidades de mudança que visem de fato uma cidadania, dentro
do contexto atual.
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O IMPACTO DA GLOBALIZAÇÃO SOBRE OS PAÍSES DE CAPITALISMO PERIFÉRICO
A história dos países latino-americanos sempre foi marcada pela exclusão social e pobreza, isto vem deste
a colonização feita pelos paises europeus. Atualmente o que vem ocorrendo é um aumento das desigualdades
sociais, políticas, econômicas e culturais nos paises latino-americanos. Isto devido a política neoliberal
implantada nestes paises, o que foram agravadas com a concentração de renda pela classe mais rica.
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O aumento da exclusão social e da pobreza no final do século XX, esta relacionada diretamente as políticas
neoliberais, aos novos paradigmas de emprego e da revolução tecnológica no setor da informação. Aliado a
isto, cresce o sentimento de insegurança e injustiça as massas que produzem, já que com a nova dinâmica
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estão desprovidas de garantias e estabilidades sócias.
Há um sentimento de impotência, devido a imposição de se alcançar certos padrões impostos, na sociedade
de consumo e propaladas pela globalização, não há como o Estado garantir os processos de legitimação,
assegurando limites toleráveis de desigualdades. Há perda de eficácia na capacidade de gerenciamento
político, social, econômico, jurídico e cultural em virtude do processo de mundialização, ou seja, globalização.
O controle político do Estado esta nas mãos dos grandes grupos transnacionais, assim como as políticas
econômicas e o próprio espaço econômico nacional. CPF: 06502699693
As medidas adotadas pelo FMI enxugaram os cofres públicos destes países, levando cortes de investimento
nas principais áreas; educação, saúde e desenvolvimento regional. Além do FMI os governos neoliberais que
se implantaram nestas localidades fizeram a privatização das suas principais empresas públicas, como
exemplo citemos o Brasil de FHC. As reformas necessárias não foram feitas devido ao neoliberalismo, o que
se vê é uma gradual extinção da Previdência Social acompanhando os achatamentos dos salários reais, e uma
drástica redução dos gastos sociais em nome CPF: 06502699693
do combate ao déficit público e a inflação, mas ao mesmo tempo
ocorre a explosão da dívida pública, relacionada em grande medida a sustentação e especulação financeira dos
grandes conglomerados econômicos.
Aos países de capitalismo periférico, foi delegado este papel, pois é através desta desigualdade da exclusão
social e da pobreza presente, eles compõem a cadeia produtiva dos paises desenvolvidos movidos pelo
capitalismo global, sob regência do FMI e do Banco Mundial e das empresas transnacionais.
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CONCLUSÃO
A globalização nos leva ao individualismo total, as imagens se tornam mais importantes do que os
conteúdos, as pessoas são cada vez mais colocadas no ritmo da concorrência, o contato com o ser humano vai
sendo substituído pelo da tecnologia, a própria noção de tempo se transforma, e o mais interessante é que
normalmente as pessoas nem percebem. A loucura do dia-dia toma conta das nossas vidas, ate a relação
familiar é afetada se é que ainda existe. CPF: 06502699693
Enquanto sociedade devemos moldar o nosso Estado para que de fato ela venha a nos servir e não a nos
dominar com esta sendo proposto. Para a partir de então superarmos o processo de exclusão social, pobreza e
desigualdade.

BIBLIOGRAFIA
 SEVCENKO, Nicolau. A corrida para o século XXI: no loop da montanha russa/CPF: 06502699693
Nicolau Sevcenko;
coordenação Laura de Mello e Souza, Lilia Moritz Schwarcz. – São Paulo0: Companhia das Letras,2001.
(Virando séculos;7)
 BECK, Ulrich. O que é globalização. São Paulo, Ed. Paz e Terra, 1999.
 DOLLFUS, Olivier. A globalização. Portugal: Publicações Europa-América, 1999.
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