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Livro Eletrônico

Resumo Reta Final II

Contabilidade Geral p/ CFC 2018.1 (Bacharel em Ciências Contábeis)

Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

80961657200 - Allan Diego Pinheiro de Oliveira


RESUMO RETA FINAL – EXAME CFC – PARTE II
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO

RESUMO RETA FINAL – PARTE II

1 PASSIVO

Dissemos que o passivo representa nada mais do que as obrigações que


a sociedade tem perante terceiros.

1.1 PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE

O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo


circulante e não circulante.

Passivo circulante Passivo não circulante


Exercício de X2 X3 em diante
31.12.X1 31.12.X2

Como exemplo de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para


contingências, salários a pagar, ICMS a recolher, provisão para IR,
FGTS a recolher, duplicatas a pagar, fornecedores, entre outros.

(CONSULPLAN/CESAN/Adjunto Administrativo/2011) Marque a


alternativa onde estão descritas somente obrigações que compõem o
balanço patrimonial de uma entidade:

a) Fornecedores, Estoque de Materiais, Impostos e Contribuições a


Recolher.
b) Financiamentos, Provisão para Férias e Encargos, Duplicatas a Pagar.
c) Créditos de Acionistas, Participação de Empregados, Caixa.
d) Impostos a Recuperar, Investimentos, Provisão para Contingências.
e) Aplicações Financeiras, Créditos a Receber, Adiantamento a
Empregados.

Comentários:

Vamos classificar cada uma das contas apresentadas nas alternativas:

a) Fornecedores (Passivo), Estoque de Materiais (Ativo), Impostos


(Despesas) e Contribuições a Recolher (Passivo).

b) Financiamentos (Passivo), Provisão para Férias e Encargos (Passivo),


Duplicatas a Pagar (Passivo). É o nosso gabarito.

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c) Créditos de Acionistas (Passivo), Participação de Empregados (Passivo),


Caixa (Ativo).

d) Impostos a Recuperar (Ativo), Investimentos (Ativo), Provisão para


Contingências (Passivo).

e) Aplicações Financeiras (Ativo), Créditos a Receber (Ativo),


Adiantamento a Empregados (Ativo).

Gabarito B

(CONSULPLAN/CESAN/Administrativo/2011) Uma certa companhia


de capital aberto contratou empréstimo bancário para formação de capital
de giro, no valor de R$150.000,00. O empréstimo realizado em dezembro
de 2010 será pago em 5 parcelas semestrais fixas de R$30.000,00
vincendas em: Junho de 2011; Dezembro de 2011; Junho de 2012,
Dezembro de 2012 e Junho de 2013.

Assim, o valor a ser contabilizado no Passivo Não Circulante do Balanço


Patrimonial em 31 de dezembro de 2010 será de:

a) R$90.000,00
b) R$60.000,00
c) R$30.000,00
d) R$120.000,00
e) R$150.000,00

Comentários:

Na contabilização do empréstimo na questão apresentada, tendo com


referência Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2010, podemos
fazer a seguinte divisão, de acordo com o vencimento de cada prestação:

Passivo Circulante Passivo Não Circulante


jun-11 R$ 30.000,00 jun-12 R$ 30.000,00
dez-11 R$ 30.000,00 dez-12 R$ 30.000,00
jun-13 R$ 30.000,00
Total R$ 60.000,00 Total R$ 90.000,00

Gabarito A

1.2 RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS


DIFERIDAS

O grupo resultado de exercícios futuros – REF foi extinto com a


edição da MP 449 e Lei 11.941/2009.

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Em seu lugar, deve ser usada a conta receitas diferidas, que fica no
passivo não circulante. O saldo que porventura existente no REF deve
ser reclassificado para receita diferida.

Muitos alunos perguntam se “todas as receitas diferidas são


classificadas no passivo não circulante, independente do prazo”.
Entendam! A receita diferida é uma receita que a empresa já "ganhou"
(não precisa devolver), mas ainda não pode ir para o resultado por causa
do regime de competência. Assim, não há sentido colocá-la no passivo
circulante, pois a receita diferida não será paga a ninguém. E passivo
implica em um pagamento a terceiro. Tudo bem?

2 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL

Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: Na companhia


em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o
exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá
por base o prazo desse ciclo.

3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

3.1 CONCEITO E ESTRUTURA

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ANTES LEI 11.638/07 APÓS LEI 11.638/07 E LEI
11.941/09
Capital Social Capital Social
(-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro Reserva de Lucro
Reserva de Capital Reserva de Capital
Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial
+ - Lucro ou Prejuízo Acumulado (-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria (-) Ações em Tesouraria

(CONSULPLAN/Pref Sertaneja/Tec.Contabilidade/2010) O
patrimônio líquido contém um subgrupo de contas que integra o grupo do
passivo que pertence ao balanço patrimonial das companhias ou
sociedades anônimas por ações.

Assinale, entre as opções a seguir, a que representa de forma INCORRETA


uma das contas integrantes do patrimônio líquido do passivo do balanço
das companhias supracitadas.

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a) Capital social.
b) Fornecedores.
c) Ajustes de avaliação patrimonial.
d) Ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

Comentários:

Das contas relacionadas, a única que não representa uma conta de


Patrimônio Líquido é alternativa “B”, pois a conta Fornecedores é uma
conta de Passivo.

Gabarito B

4 CAPITAL SOCIAL

O capital social é a conta do PL composta pelas ações subscritas na


constituição da sociedade ou com o aumento de capital. É dividido em
capital social e capital social a realizar. A lei das SA dispõe que:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e,


por dedução, a parcela ainda não realizada.

No balanço fica assim:

Patrimônio Líquido
Capital social 10.000,00
(-) Capital social a realizar -4.000,00
Capital social realizado 6.000,00

A subscrição é quando o acionista/sócio assume o compromisso de


ingressar na sociedade, formalizando através dos instrumentos
jurídicos pertinentes. Ainda não houve entrega dos recursos.

A realização ou integralização do capital social é a entrega efetiva


dos recursos pelo sócio.

4.1 GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES

Gastos com emissão de ações:

Despesas do período
Redução do valor obtido do capital social

5 RESERVAS DE CAPITAL

As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos


sócios ou de terceiros) que não se configuram como receita, isto é,

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não transitam pelo resultado do exercício, sendo contabilizadas


diretamente à conta de Patrimônio Líquido.

Reservas de capital Não são mais reservas de capital


Ágio na emissão de ações Doações e Sub. Para Invest.
Alienação de PBs Prêmio Emissão de Debêntures
Alienação de BS

5.1 UTILIZAÇÃO DAS RESERVAS DE CAPITAL

Utilização das reservas de capital


Absorção de prejuízos (não suportados por reservas de lucros e lucros
acumulados)
Resgate, reembolso, compra de ações
Resgate de partes beneficiárias
Incorporação ao capital social
Pagamento de dividendos a ações preferenciais, se for assegurado

Vê-se, assim, que as reservas de capital somente podem ser


utilizadas para pagamento de dividendos de ações preferenciais.
Não podem ser utilizadas para pagamento de dividendos de ações
ordinárias.

Observação: as ações ordinárias são aquelas que dão direito a


voto. As preferenciais são aquelas que não dão, em regra, direito a
voto, mas possuem outras vantagens, geralmente relacionadas ao
pagamento de maiores dividendos.

5.2 RESERVA DE ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES

Suponha-se que a empresa X possua um capital social de R$ 100.000,00,


configurando 100.000,00 ações a R$ 1,00 cada. Mostrando-se uma
empresa extremamente lucrativa, decide expandir o seu negócio
oferecendo ao mercado mais 100.000,00 ações. Todavia, cobra dos novos
sócios não mais o aporte de R$ 1,00, mas, sim, de R$ 1,50. Mesmo assim,
as ações foram rapidamente vendidas e mais R$ 150.000,00 ingressaram
aos cofres da empresa. O lançamento é o seguinte:

D – Caixa 150.000,00 (Ativo)


C – Capital Social 100.000,00 (PL)
C – Reserva de capital – Ágio na emissão de ações 50.000,00 (PL)

Caixa (Ativo) Capital social (PL) Ágio Emissão Ações


150.000,00 100.000,00 50.000,00

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5.3 ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS DE


SUBSCRIÇÃO

Reserva de capital - Partes beneficiárias


Exclusiva para companhias fechadas
Estranhas ao capital social
Lucro eventual contra a companhia (menor que 10%)
Gera lançamento somente a alienação onerosa

5.4 DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS


GOVERNAMENTAIS

As doações e subvenções para investimentos governamentais


(tão-somente, excluem-se as privadas) eram contabilizadas como
reserva de capital.

Contudo, com as alterações da Lei das S/A, são agora consideradas


receitas, que transitam pelo resultado, podendo ser registradas (depois da
apuração do resultado) em uma reserva de lucros (de incentivos fiscais).

Resumindo o tratamento da subvenção que esteja sujeita à condição.


Como resolvemos questões.

Vai para o Cumpre a


Recebe o terreno
passivo condição

Vai para receita


Regime de Vai para receita
(proporção das
competência diferida
despesas)

Pode constituir
reserva de
incentivos fiscais

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5.5 PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES

Pessoal, quando a empresa quer captar empréstimos junto ao público, ela


pode optar pela emissão de debêntures. Debênture é uma maneira de
captar empréstimos sem recorrer às instituições financeiras.

O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva


de capital. Com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser
apropriado ao resultado como receita, conforme o regime de
competência.

Prêmio na emissão de debêntures

Reservas de capital
Receita no resultado: regime de competência

6 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

O ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como


para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto que a
reavaliação servia apenas para o aumento de bens do permanente.
A nova redação prescreve o seguinte:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial,


enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao
regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de
valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua
avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência
conferida pelo § 3o do art. 177.

Ajuste de avaliação patrimonial


Enquanto não computado no resultado do exercício
Contrapartida de aumento ou redução do ativo ou
passivo
Em decorrência da avaliação a valor justo

7 AÇÕES EM TESOURARIA

As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela


própria empresa e mantidas na tesouraria. A aquisição de ações de
emissão própria e sua alienação são também transações de capital da
entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado
da entidade.

A conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido


(PL).

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(CONSULPLAN/Pref Sertaneja/Técnico/2014) Uma certa empresa


publicou em seu Balanço Patrimonial, a conta Ações em Tesouraria. Essa
conta deverá ser classificada no seguinte grupo ou subgrupo:

a) Ativo Circulante.
b) Patrimônio Líquido, como conta retificadora.
c) Investimentos.
d) Intangível.
e) Passivo Circulante.

Comentários:

A conta ações em tesouraria é redutora do PL.

Gabarito B

8 RESERVAS DE LUCROS

As reservas de lucros hoje existentes são as seguintes:

Reservas de lucros
Reserva legal
Reservas estatutárias
Reservas para contingências
Reservas de incentivos fiscais
Reservas de retenção de lucros
Reserva de lucros a realizar
Reserva especial para dividendos obrigatórios não
distribuídos
Reserva de prêmio na emissão de debêntures

Existe um limite máximo para essas reservas, a saber:

Reserva de lucros < Capital social


Exceções: reserva de incentivos fiscais, reserva de contingência, lucros a realizar, prêmio
na emissão de debêntures.

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Para a sua prova, grave que os LEÕES têm que ser MENOR DO QUE
O CAPITAL SOCIAL!

L egal
E statutária
O rçamentária
Es pecial para dividendos não distribuídos

8.1 RESERVA LEGAL

Segundo a lei das S/A´s:

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão


aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva
legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício


em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de
capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por
cento) do capital social.

§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social


e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o
capital.

Esquematizemos:

Reserva legal  5% do LLE  Limitado a 20% do capital social.

Atenção! Para o cálculo da reserva legal, as bancas consideram o


capital realizado, isto é capital social – capital social a integralizar.

Reserva legal  Base de cálculo:

Capital social
(-) Capital a integralizar
Capital integralizado  Usar este valor!

Utilizar este valor para ambos os limites (obrigatório e


facultativo).

Se há prejuízo acumulado, não há sentido em constituir a reserva


legal.

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Portanto, se há prejuízos acumulados, o lucro do exercício deve ser


destinado a cobrir o prejuízo, sem qualquer participação ou destinação.

Antes de qualquer
5% do lucro líquido
destinação

Obrig.: 20% do capital


social realizado
Limites
Reserva legal
Facult.: Res. Leg. + Res.
Cap. = 30% Cap. Soc.
Integridade do capital
social
Aumentar capital

Utilização

Compensar prejuízos

8.2 RESERVAS ESTATUTÁRIAS

Reservas estatutárias. Podem ser previstas no estatuto, se:


Indicar a sua finalidade
Fixar os critérios
Fixar a parcela a ser destinada
Estabelecer o limite máximo

(CONSULPLAN/Analista/TRF 2/2017) A empresa Nossa Ltda.


encerrou o exercício de 2016 com um lucro significante e destinará parte
do lucro para a reserva estatutária. Sobre esta reserva, a Lei nº 6.404/76
diz que o estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:

I. Indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade.


II. Fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos
que serão destinados à sua constituição.
III. Estabeleça o limite máximo da reserva, que deve respeitar 1% do
lucro líquido apurado.

Considerando a Lei nº 6.404/76, estão corretas as afirmativas

a) I, II e III.

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b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.

Comentários:

Não há esse limite de 1%, dito no item III. Portanto, apenas I e II estão
corretas.

Gabarito  B.

8.3 RESERVA DE CONTINGÊNCIAS

A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração,


destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de
compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de
perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado (LSA, art. 195).

A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões


que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda (LSA, art.
195, §2º).

As reservas de contingências, especificamente, objetivam salvaguardar o


capital social, de modo que se posteriormente algo acontecer, decorrente
de perda julgada provável cujo valor possa ser estimado, a companhia
esteja preparada.

Podem ser constituídas reservas de contingências para:

- Geadas ou secas, que podem atingir empresas com plantações, criações


ou estoques nessas áreas, ou ainda as que dependem desses produtos
para suas operações, como no caso de empresas comerciais ou industriais
que utilizem tais produtos como matérias-primas em seu processo
produtivo.
- Cheias, inundações e outros fenômenos naturais que podem ocorrer
ciclicamente nas áreas onde se localizam estoques ou instalações da
empresa, gerando prejuízos efetivos por perdas de bens, por paralisação
temporária das operações.

Reserva para contingência Provisões para contingências

Compensação de perda em exercício futuro Cobertura de perda em que já houve fato gerador

Segrega no PL parcela de lucros que poderia ir para Constituída independente do lucro ou prejuízo do
dividendos exercício
É revertida para lucros acumulados (ocorrendo ou
Não há reversão de valores, em regra.
não o evento), integrando BC dos dividendos
Conta do passivo e contrapartida em despesa no
Conta do PL, reserva de lucros. Não afeta resultado
resultado.
Exemplos: geadas, inundações, secas, empresas
Exemplos: indenizações contratuais,
que operam com períodos altamente lucrativos e
contingências fiscais, trabalhistas
depois com baixa lucratividade

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(CONSULPLAN/Pref. São Leopoldo/Contabilidade/2010) A provisão


para contingências e a reserva para contingências devem ser registradas,
respectivamente:

a) No Patrimônio Líquido e no Passivo Circulante.


b) Como Realizável a Longo Prazo e como Exigível a Longo Prazo.
c) Como Passivo Circulante ou Não Circulante e no Patrimônio Líquido.
d) Em resultado de exercícios futuros e no Patrimônio Líquido.
e) Em despesas do período seguinte e em resultados de exercícios
futuros.

Gabarito C

8.4 RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS

Falemos um pouco sobre esta nova reserva...

Dissemos anteriormente que as doações e subvenções


governamentais, antes do advento das mudanças contábeis, eram
registradas à conta de reserva de capital. Pois bem, agora essas
doações são registradas como receita (lembrem-se de que as
receitas são contas de resultado).

Inobstante o valor do lucro líquido recebido com doações e subvenções


governamentais tenha deixado de figurar como reserva de capital, a
companhia poderá deliberar por formar com esse montante uma reserva
de lucro, chamada reserva de incentivos fiscais.

8.5 RESERVA DE LUCROS A REALIZAR

No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos


termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela
realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral poderá, por
proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à constituição
de reserva de lucros a realizar.

Valor descoberto (sem recursos


para pagar dividendos)
Dividendos obrigatórios
Receitas que ingressaram em
caixa

Então, se ela tem dividendos a pagar superiores às receitas que


ingressaram, significa que os valores em verde estarão, em tese,
descobertos. Não haverá recursos para pagamento deste montante.
Dizemos em tese, pois a empresa pode ter recurso suficiente em caixa.

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Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de


lucros a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo
objetivo é evidenciar a parcela de lucros ainda não realizada
financeiramente, apesar de reconhecida contabilmente, pela empresa.

Um aspecto deveras importante é anotar que a constituição desta reserva


é facultativa.

São considerados lucros não realizados:

- Resultado positivo com equivalência patrimonial: a receita de


equivalência patrimonial não ingressa no caixa. Portanto, a sua
receita é considerada ganha, mas não realizada. Realização está
ligado à entrada de dinheiro em caixa.
- Lucro, rendimento, ganhos cuja realização financeira se dê no
longo prazo. Aqui é o caso das vendas de longo prazo.

8.6 RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO


DISTRIBUÍDOS

Segundo a Lei das Sociedades por Ações:

Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo


obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no
estatuto (...)

Portanto, a regra é a distribuição de dividendos ao final de cada exercício


social. Contudo, como todo negócio está sujeito a risco, pode acontecer de
a empresa possuir lucro, mas não possuir situação financeira ou
patrimonial que permita o pagamento de dividendos, como, por exemplo,
quando a empresa tem um volume extraordinário de empréstimos a
serem quitados, ou quando está em recuperação judicial ou extrajudicial.
Tal situação está prevista na Lei da SAs da seguinte forma:

§ 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício


social em que os órgãos da administração informarem à assembleia-geral
ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da companhia. O
conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa
informação e, na companhia aberta, seus administradores encaminharão à
Comissão de Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da
assembleia-geral, exposição justificativa da informação transmitida à
assembleia.

§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão


registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em
exercícios subsequentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o
permitir a situação financeira da companhia.

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8.7 RESERVA DE PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES

O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de


capital. Com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser
apropriado ao resultado como receita, conforme o regime de competência.

Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à


visão da legislação antiga, uma reserva de capital a ser registrada,
chamada Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures. Isso ocorre
quando as condições como juros, garantias e outras vantagens forem
atraentes para os investidores.

O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de


reserva específica de prêmios de debêntures, para evitar a tributação pelo
Imposto de Renda (Lei 11.941/09).

Ressaltamos que é uma faculdade da empresa. Ela pode ou não constituir


tal reserva. Se não constituir, será tributada pelo IR.

8.8 RESERVA DE RETENÇÃO DE LUCRO OU RESERVA


ORÇAMENTÁRIA OU RESERVA DE INVESTIMENTOS

Conforme a Lei 6.404/76:

Retenção de Lucros

Art. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da


administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista
em orçamento de capital por ela previamente aprovado.

§ 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a


justificação da retenção de lucros proposta, deverá compreender todas as
fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e poderá ter
a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por
prazo maior, de projeto de investimento.
§ 2o O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia-geral ordinária
que deliberar sobre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando
tiver duração superior a um exercício social.

9 DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS

O estatuto é livre para fixar o percentual que pagará a título de


dividendos obrigatórios. Vejam! Se o estatuto falar que temos que
aplicar 40% do lucro líquido, então temos de tirar 40% do lucro líquido.
Não fazemos qualquer ajuste. Se o estatuto falar que é 80% do lucro
ajustado, conforme a determinação lá constante, então procederemos
deste modo. O estatuto, desde que esteja nos ditames legais, é soberano
para fixar o quanto quiser.

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Apenas nas hipóteses explicadas a seguir é que utilizamos o lucro


ajustado.

Se o estatuto for omisso sobre o valor a ser pago a título de dividendos,


aplicamos a regra prevista no inciso I do artigo 202, que propõe:

Base de cálculo ajustada: 50% x [Lucro líquido – Reserva legal –


Reserva para contingências + Reversão de reserva para contingências –
Reserva de incentivos fiscais (facultativo) – Reserva de prêmio na
emissão de debêntures (facultativo)].

Contudo, caso venha a fixar depois, não poderá fazê-lo em menos


de 25% do percentual do lucro líquido ajustado, mostrado acima.

Fica assim:

Dividendos
Estatuto expresso Fixa o quanto quiser
Lucro líquido do exercício
Estatuto omisso (base de - Reserva legal
cálculo): 50% do lucro
- Reserva para contingências
líquido ajustado, que é
+ Reversão de reserva para contingências
encontrado da seguinte
maneira - Reserva de incentivos fiscais (facultativo)
- Reserva emissão de debent. (facultativo)
Se fixar depois Mínimo 25% do valor do lucro ajustado acima

(CONSULPLAN/TSE/Contabilidade/2012) Uma empresa apresentava


em 31 de dezembro de 2009 os seguintes saldos em seu Patrimônio
Líquido:

No ano de 2010, a empresa obteve um lucro líquido de R$ 2.000,00. A


empresa determina, em seu estatuto social, distribuição do dividendo
mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido ajustado. Qual será o valor do
dividendo distribuído por esta empresa em 2010?

a) R$ 500,00.
b) R$ 490,00.
c) R$ 475,00.

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d) R$ 450,00.

Comentários:

A questão fala que temos que utilizar o lucro líquido ajustado, conforme
determina a LSA:

Base de cálculo ajustada: 25% x [Lucro líquido – Reserva legal –


Reserva para contingências + Reversão de reserva para contingências –
Reserva de incentivos fiscais (facultativo) – Reserva de prêmio na
emissão de debêntures (facultativo)].

Portanto, temos que calcular a reserva legal, que é de 5% do Lucro


Líquido, limitada à 20% (vinte por cento) do capital social:

Reserva Legal: R$ 2.000,00 x 0,05 = 100


20% do Capital Social = 1.200 x 0,20 = 240.

Percebam que não podemos destinar 100 para a Reserva Legal, pois ela
irá ultrapassar o limite de 20% do Capital Social. Só podemos destinar
240 – 200 = R$ 40,00

Agora podemos encontrar o valor destinado para dividendos com o lucro


ajustado:

Lucro Líquido 2.000


(-) Reserva Legal (40)
= Lucro Ajustado 1960
Dividendos (25%) 490,00

GabaritoB

10 ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL

É o recurso recebido pela empresa de seus sócios/acionistas para ser


utilizado no aumento do capital social.

ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL

Regra  passivo exigível


Exceção  quando não houver hipótese de restituição = PL

11 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

A conta lucros ou prejuízos acumulados é uma conta do PL.

A conta lucros acumulados não pode mais constar no Balanço


Patrimonial, quando do fechamento da demonstração. Não é mais
possível, com as mudanças recentes advindas na contabilidade, que a

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empresa retenha lucros injustificadamente. Alguns autores afirmam,


erroneamente, que esta conta deixou de existir. Tal afirmação está
inconsistente, posto que a conta lucros acumulados pode ser utilizada
temporariamente (antes do fechamento do balanço), sendo que a partir
dela distribuímos os lucros do exercício as mais diversas finalidades.
Sendo uma conta de PL, o seu saldo é credor.

Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados diminui o PL,


tendo, assim, saldo devedor.

Portanto, gravem:

- A conta lucros acumulados é uma conta temporária do patrimônio


líquido. Ela recebe o resultado do exercício que não mais pode ficar ali
retiro injustificadamente.
- A conta prejuízos acumulados pode continuar a existir normalmente.

12 CUSTO DAS TRANSAÇÕES

Aqui é crucial entender que o custo de transação deve ser


contabilizado ao longo do tempo. Antigamente, o custo de
transação ia diretamente para o resultado.

Assim, se uma empresa captasse 10.000 com custo de transação de 800


para pagar em 2 meses, com juros de 10% ao mês, a contabilização
inicial ficava assim:

(Observação: vamos usar juros simples, nesse exemplo, mas o correto é


usar juros compostos – método exponencial).

D – Caixa (ativo) 9200


D – Custos de transação (resultado) 800
C – Empréstimo a pagar 10.000

Essa é a contabilização anterior, que foi mudada.

Atualmente, os custos de transação devem ser apropriados pelo


tempo do empréstimo.

Dessa forma, ao invés de contabilizar 800 no resultado, vamos


contabilizar 400 no primeiro mês e 400 no segundo mês.

Assim:

D – Caixa (ativo) 9200


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) 800
C – Empréstimo a pagar 10.000

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Depois de um mês, a empresa contabiliza metade dos custos para o


resultado:

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

No segundo mês, a empresa contabiliza o restante:

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

13 NOTAS EXPLICATIVAS

13.1 NOTAS EXPLICATIVAS SEGUNDO A LEI 6.404/76

Os atos relevantes que façam parte das atividades da empresa devem ser
apresentados em notas explicativas, como ordena a Lei 6.404/76:

Art. 176. (...) § 4º As demonstrações serão complementadas por notas


explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis
necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados
do exercício.

Art. 176. (...) § 5o As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei
nº 11.941, de 2009)

I – apresentar informações sobre a base de preparação das


demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas
selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009)
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no
Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das
demonstrações financeiras; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma
apresentação adequada; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
IV – indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,
especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e
exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos
ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do
ativo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247,
parágrafo único); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas
avaliações (art. 182, § 3o ); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias
prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou
contingentes; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

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e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações


a longo prazo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela
Lei nº 11.941, de 2009)
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no
exercício; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e (Incluído pela Lei
nº 11.941, de 2009)
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e
os resultados futuros da companhia. (Incluído pela Lei nº 11.941, de
2009)

Além das demonstrações financeiras (Balanço Patrimonial, DRE, DMPL,


DFC, DVA), são necessárias outras informações complementares para
enriquecer os relatórios e evitar que6 os mesmos se tornem enganosos.
Essas informações são veiculadas para auxiliar o usuário das
Demonstrações Financeiras a entendê-las melhor. Visam apresentar
esclarecimentos aos usuários externos.

As explicações devem ser relevantes quantitativa e qualitativamente, e


podem estar na forma descritiva, na forma de quadros analíticos
suplementares ou em outras formas.

Normalmente, tais explicações são feitas através das Notas Explicativas,


que acompanham as Demonstrações Financeiras.

(CONSULPLAN/TSE/Contabilidade/2012) A Lei nº 6.404/76 e suas


alterações posteriores (Lei das Sociedades por Ações) estabelece que as
Demonstrações Contábeis devem ser complementadas por Notas
Explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis
necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados
do exercício.

São informações exigidas por lei como notas explicativas, EXCETO:

a) Os investimentos em outras sociedades, quando relevantes.


b) Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais.
c) A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações
a longo prazo.
d) O número, as espécies, as classes e o nome dos detentores das ações
do capital social.

Comentários:

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Das opções apresentadas, a única que não está de acordo com a


literalidade da LSA é a alternativa, “D”:

O número, as espécies, as classes e o nome dos detentores das ações


do capital social. Aqui está o erro, pois não é necessário evidenciar em
notas explicativas os nomes dos detentores da ações do capital social,
visto que, dependendo do tamanho da entidade, ela pode possuir milhares
de acionistas e não faria sentido evidenciar o nome de cada um deles.

As demais alternativas estão corretas.

Gabarito D

(CONSULPLAN/TSE/Contabilidade/2012) As demonstrações
2
contábeis serão complementadas por notas explicativas e outros quadros
analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da
situação patrimonial e dos resultados do exercício. A Lei das Sociedades
por Ações estabelece que as notas explicativas devam indicar as seguintes
informações, EXCETO:

a) Os ajustes de exercícios anteriores.


b) Os investimentos em outras sociedades, quando não relevantes.
c) O aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas
avaliações.
d) Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,
especialmente estoques dos cálculos de depreciação, amortização e
exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos
ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do
ativo.

Comentários:

Vamos comentar cada uma das alternativas:

a) Os ajustes de exercícios anteriores. Correto, de acordo com o art. 176,


§ 5º, IV, h, da Lei das S.As.

b) Os investimentos em outras sociedades, quando não relevantes.


Errado, os investimentos que serão evidenciados são investimentos
relevantes.

c) O aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas


avaliações. Correto, de acordo com o art. 176, § 5º, IV, c, da Lei das
S.As.

d) Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,


especialmente estoques dos cálculos de depreciação, amortização e
exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos

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ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do


ativo. Correto, de acordo com o art. 176, § 5º, IV, a, da Lei das S.As.

Gabarito B

13.2 NOTAS EXPLICATIVAS SEGUNDO O CPC 26 – APRESENTAÇÃO


DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

112. As notas explicativas devem:

(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das


demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas de
acordo com os itens 117 a 124;
(b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos, Orientações e
Interpretações que não tenha sido apresentada nas demonstrações
contábeis; e 3
(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.

As notas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, de forma


sistemática. Cada item das demonstrações contábeis deve ter referência
cruzada com a respectiva informação apresentada nas notas explicativas.

117. A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis


significativas:

(a) a base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na elaboração das


demonstrações contábeis; e
(b) outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a
compreensão das demonstrações contábeis.

É importante que os usuários estejam informados sobre a base ou bases


de mensuração utilizada(s) nas demonstrações contábeis (por exemplo,
custo histórico, custo corrente, valor realizável líquido, valor justo ou valor
recuperável) porque a base sobre a qual as demonstrações contábeis são
elaboradas afeta significativamente a análise dos usuários. Quando mais
de uma base de mensuração for utilizada nas demonstrações contábeis,
por exemplo, quando determinadas classes de ativos são reavaliadas (se
permitido legalmente), é suficiente divulgar uma indicação das categorias
de ativos e de passivos à qual cada base de mensuração foi aplicada.

Ao decidir se determinada política contábil deve ou não ser divulgada, a


administração deve considerar se sua divulgação proporcionará aos
usuários melhor compreensão da forma em que as transações, outros
eventos e condições estão refletidos no desempenho e na posição
financeira relatadas.

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As entidades devem divulgar informações que permitam aos usuários das


demonstrações contábeis avaliar seus objetivos, políticas e processos de
gestão de capital.

A entidade deve divulgar nas notas explicativas informação acerca dos


principais pressupostos relativos ao futuro, e outras fontes principais da
incerteza das estimativas à data do balanço, que tenham risco
significativo de provocar modificação material nos valores contábeis de
ativos e passivos durante o próximo.

Com respeito a esses ativos e passivos, as notas explicativas devem


incluir detalhes informativos acerca:

(a) da sua natureza; e


(b) do seu valor contábil à data do balanço.
9
137. A entidade deve divulgar nas notas explicativas:

(a) o montante de dividendos propostos ou declarados antes da data em


que as demonstrações contábeis foram autorizadas para serem emitidas e
não reconhecido como uma distribuição aos proprietários durante o
período abrangido pelas demonstrações contábeis, bem como o respectivo
valor por ação ou equivalente;
(b) a quantia de qualquer dividendo preferencial cumulativo não
reconhecido.

138. A entidade deve divulgar, caso não for divulgado em outro local
entre as informações publicadas com as demonstrações contábeis, as
seguintes informações:
(a) o domicílio e a forma jurídica da entidade, o seu país de registro e o
endereço da sede registrada (ou o local principal dos negócios, se
diferente da sede registrada);
(b) a descrição da natureza das operações da entidade e das suas
principais atividades; e
(c) o nome da entidade controladora e a entidade controladora do grupo
em última instância.
(d) se uma entidade constituída por tempo determinado, informação a
respeito do tempo de duração.

(CONSULPLAN/Pref. Patos de Minas/Contabilidade/2012) As notas


explicativas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, de
forma sistemática. Cada item das demonstrações contábeis deve ter

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referência cruzada com a respectiva informação apresentada nas notas


explicativas. As notas explicativas devem:

I. Apresentar informação acerca da base para a elaboração das


demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas.
II. Divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos,
Orientações e Interpretações do CPC que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis.
III. Corrigir distorções encontradas na mensuração dos componentes da
demonstração contábil a que se refere.
IV. Prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.

Segundo o CPC 26, estão corretas as afirmativas

a) I, II, III e IV. 4


b) I, II e III, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.

Comentários:

O CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis também fornece


informações sobre as Notas Explicativas.

112. As notas explicativas devem:

(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das


demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas de
acordo com os itens 117 a 124;
(b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos, Orientações e
Interpretações que não tenha sido apresentada nas demonstrações
contábeis; e
(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.

Percebemos que os itens I, II e IV estão de acordo com a literalidade do


CPC – 26.

A única alternativa que está incorreta é a III, porque não é função das
Notas Explicativas corrigir distorções encontradas na mensuração dos
componentes da demonstração contábil.

Gabarito C

(CONSULPLAN/TRF-2/Contadoria/2017) “O contador da empresa


Mas Ltda. elaborou as demonstrações contábeis da empresa, com data de
31 de dezembro de 2016. Após o fechamento das demonstrações, ele

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percebeu que cometeu um erro pela falta de reconhecimento de uma


despesa que cumpria todos os critérios exigidos e deveria ter sido
reconhecida na demonstração do resultado deste exercício. O contador,
refletindo sobre uma solução, resolveu corrigir o erro publicando-o nas
notas explicativas. ” Neste caso o contador:

a) errou, ele deveria incluir um anexo com um material elucidativo


corrigindo o erro.
b) acertou, pois divulgando nas notas explicativas as políticas contábeis
utilizadas ele poderia corrigir o erro.
c) acertou, se ele colocou nas notas explicativas o resultado que deveria
acontecer se reconhecesse a despesa.
d) errou, pois a falta de reconhecimento de tais itens não é corrigida pela
divulgação das práticas contábeis adotadas nem tampouco pelas notas
explicativas ou material elucidativo.

Comentários:

A nossa questão fala que o contador percebeu que cometeu um erro pela
falta de reconhecimento de uma despesa que cumpria todos os critérios
exigidos e deveria ter sido reconhecida na demonstração do resultado
deste exercício e resolveu corrigir o erro publicando-o nas notas
explicativas.

Agora vamos pensar juntos? Apenas publicar o erro em notas explicativas


é procedimento correto nesse caso? Vamos usar um pouco de bom sendo
também! A resposta é não e justificativa está no CPC 00 – Estrutura
Conceitual Básica:

4.37. Reconhecimento é o processo que consiste na incorporação ao


balanço patrimonial ou à demonstração do resultado de item que se
enquadre na definição de elemento e que satisfaça os critérios de
reconhecimento mencionados no item 4.38. [...]

A falta de reconhecimento de tais itens não é corrigida pela


divulgação das práticas contábeis adotadas nem tampouco pelas
notas explicativas ou material elucidativo.

Assim sendo, o contador errou, pois a falta de reconhecimento de uma


despesa não é corrigida pela divulgação das práticas contábeis adotadas
nem tampouco pelas notas explicativas ou material elucidativo

GabaritoD

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(CONSULPLAN/TRF-2/Contadoria/2017) Sobre o Patrimônio Líquido


das entidades, segundo a Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores,
marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por


dedução, a parcela ainda não realizada.
( ) Devem ser classificadas como reservas de lucros, entre outras, as
contas que registrarem a contribuição do subscritor de ações que
ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem
valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures
ou partes beneficiárias.
( ) Também será ainda registrado como reserva de capital o resultado da
correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizado.
( ) Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas
pela apropriação de lucros da companhia.
( ) As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como
dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos
recursos aplicados na sua aquisição.

A sequência está correta em

a) V, V, V, V, V.
b) V, F, V, V, V.
c) F, V, V, V, F.
d) V, F, V, F, V.

Comentários:

Vamos analisar cada alternativa:

( ) A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por


dedução, a parcela ainda não realizada.

Correto, a lei das SA dispõe que:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e,


por dedução, a parcela ainda não realizada.

No balanço fica assim:

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Patrimônio Líquido
Capital social 10.000,00
(-) Capital social a realizar -4.000,00
Capital social realizado 6.000,00

( ) Devem ser classificadas como reservas de lucros, entre outras, as


contas que registrarem a contribuição do subscritor de ações que
ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem
valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures
ou partes beneficiárias.

Errado, as reservas de capital são valores recebidos pela empresa


(dos sócios ou de terceiros) que não se configuram como receita,
isto é, não transitam pelo resultado do exercício, sendo contabilizadas
diretamente à conta de Patrimônio Líquido.

Com base no artigo 182 da Lei das SA:

Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas


que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e


a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar
a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos
de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

Portanto, trata-se de reservas de capital e não de lucros.

( ) Também será ainda registrado como reserva de capital o resultado da


correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizado.

Correto, conforme art.182, § 2º,

Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção


monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

( ) Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas


pela apropriação de lucros da companhia.

Correto, as reservas de lucros são retenções de parcelas provenientes de


ganhos do período, com o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido
de uma sociedade, e posterior destinação. São, em suma, lucros que a
empresa não entrega aos acionistas, mas guarda para si, seja para
investir em projetos, seja para resguardar o capital social.

Segundo a Lei das SA:

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Artigo 182, §4º Serão classificados como reservas de lucros as contas


constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

( ) As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como


dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos
recursos aplicados na sua aquisição.

Correto, Lei 6404/76:

Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço


como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos
recursos aplicados na sua aquisição.

GabaritoB

(CONSULPLAN/TRE-MG/Contabilidade/2015) O lançamento contábil


refere-se ao registro dos fatos contábeis nos livros Diário e Razão.

De acordo com os procedimentos contábeis básicos, após a realização dos


lançamentos e escrituração nos referidos livros, o Balancete de Verificação
é elaborado com base nos saldos de todas as contas do Razão.
A empresa JMM, após todos os ajustes, apresentou os seguintes dados no
Balancete de Verificação de 31/12/20x2.

No Balanço de encerramento, o Patrimônio Líquido totaliza

a) R$ 500.000,00.
b) R$ 520.000,00.
c) R$ 680.000,00.
d) R$ 700.000,00.

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e) R$ 720.000,00

Comentários:

Vamos classificar cada conta de acordo com a sua natureza, e,


posteriormente, iremos obter o Patrimônio Líquido pela Equação
Patrimonial:

SALDOS – R$
CONTAS CLASSIFICAÇÃO

DEVEDORES CREDORES
Bancos conta Movimento ATIVO 510.000,00
Caixa ATIVO 30.000,00
Depreciação Acumulada ATIVO 20.000,00
Duplicatas a Receber ATIVO 100.000,00
Equipamentos ATIVO 80.000
Mercadorias ATIVO 80.000,00
TOTAL DO GRUPO 780.000,00
Duplicatas a Pagar PASSIVO 60.000,00
Salários a Pagar PASSIVO 40.000,00
TOTAL DO GRUPO 100.000,00

Patrimônio Líquido= Ativo – Passivo: 780.000 – 100.000 = R$ 680.000

Como o balancete está fechado, isto é, todas as contas e seus respectivos


saldos foram apresentados, podemos obter o Patrimônio Líquido Final
através da seguinte expressão:

Patrimônio Líquido Final = Patrimônio Líquido Inicial +/- Lucro ou


Prejuízo do exercício – Dividendos distribuídos.

Apurando o resultado do período, temos:

RESULTADO DO EXERCÍCIO
Receitas de Vendas RECEITAS 1.380.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas DESPESAS 800.000,00
Despesas Gerais DESPESAS 350.000,00
Lucro do Exercício 230.000,00

O Patrimônio Líquido inicial é igual a 500.000 – 50.000 = R$ 450.000. O


lucro do exercício foi de 230.000 e não temos a distribuição de
dividendos. Portanto, o valor final do PL será de 450.000+ 230.000=
680.000.

A configuração final do PL será:

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Capital 500.000,00
Lucros Acumulados 180.000
TOTAL DO GRUPO 680.000,00

Gabarito C

14 ATIVO IMOBILIZADO

Segundo o CPC 27:

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou


serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período.

(CONSULPLAN/Pref.Ibiraçu/Contabilidade/2015) Na elaboração do
balanço patrimonial, entre outros, tem se o ativo imobilizado que é
formado pelo conjunto de bens necessários à manutenção das atividades
da empresa, caracterizados por apresentar se na forma tangível.

Assinale a alternativa que apresenta apenas contas do ativo imobilizado.

A) Imóveis, máquinas, terrenos e ferramentas.


B) Imóveis, direitos autorais, estoques e veículos.
C) Imóveis, veículos, aeronaves, terrenos e marcas e patentes.
D) Imóveis, veículos, aeronaves, terrenos e estoque de mercadorias.

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Comentários:

Classificam-se no Ativo Imobilizado direitos que tenham por objeto bens


corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia como,
por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas e equipamentos, móveis
e utensílios, veículos.

Marcas e Patentes e Direitos Autorais são classificados no Ativo Intangível


e os estoques de mercadorias no Ativo Circulante.

Gabarito A

(CONSULPLAN/Pref. Barra Velha/Contabilidade/2012) Em relação


ao Grupo do Ativo Imobilizado NÃO é correto afirmar que

a) é formado por ativo tangível, que é mantido para uso na produção ou


fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para
fins administrativos.
b) espera utilizar o ativo tangível por mais de um ano.
c) o ativo não precisa necessariamente pertencer à entidade do ponto de
vista jurídico para ser reconhecido.
d) a entidade deverá reconhecer o ativo no seu balanço, se for provável
que futuros benefícios econômicos sejam produzidos por esse ativo.
e) o ativo incorpóreo é também reconhecido nesse grupo.

Comentários:

Vamos analisar cada uma das alternativas:

a) é formado por ativo tangível, que é mantido para uso na produção ou


fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para
fins administrativos.

Correto, segundo o CPC 27:

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou


serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

b) espera utilizar o ativo tangível por mais de um ano.

Correto, conforme preconiza o CPC 27:

Ativo imobilizado é o item tangível que: [...].

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(b) se espera utilizar por mais de um período.

c) o ativo não precisa necessariamente pertencer à entidade do ponto de


vista jurídico para ser reconhecido.

Correto, vejamos o que reza a Lei 6404/76:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens


corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007).

Esta última parte trata de bens que não são de propriedade da


empresa juridicamente, como os bens objetos de arrendamento
mercantil (leasing).

d) a entidade deverá reconhecer o ativo no seu balanço, se for provável


que futuros benefícios econômicos sejam produzidos por esse ativo.

Correto, o CPC 00 define Ativo como um recurso controlado pela


entidade, resultado de eventos passados e dos quais esperam-se
benefícios econômicos futuros.

e) o ativo incorpóreo é também reconhecido nesse grupo.

Errado, os ativos incorpóreo, desde que atendam critérios de


reconhecimentos, são classificados no Ativo Intangível e não no Ativo
Imobilizado.

Gabarito E

O imobilizado é avaliado inicialmente ao custo!

Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo


seu custo, o qual inclui todos os custos necessários para colocá-lo em
condições de uso.

Custo do ativo imobilizado (CPC 27)


Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação +
Impostos não recuperáveis Descontos comerciais e abatimentos
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação

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Custo do ativo imobilizado (CPC 27)


Inclui Não inclui
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais (engenheiros,
arquitetos, por exemplo) Transferência posterior (novo local)
Custos de desmontagem (futuro, traz a valor
presente) Custos administrativos
Custo de remoção (futuro, traz a valor presente) Outros custos indiretos
Remoção, desmontagem de máquinas
Outros custos diretamente atribuíveis antigas

(CONSULPLAN/TSE/Contabilidade/2012) Um veículo foi adquirido no


dia 1º de julho de 2010 pelo valor de R$ 65.000,00. O veículo terá vida
útil estimada em mais 5 anos e valor residual de R$ 14.000,00.
No momento da compra, a empresa adquirente incorreu em gastos de R$
3.200,00 com frete e R$ 1.600,00 para transporte do veículo até o seu
estabelecimento.
Além disso, a empresa irá quitar o IPVA atrasado de R$ 6.000,00, que não
havia sido pago pelo antigo dono no ano anterior. De acordo com as
informações, o valor de depreciação do veículo no ano de 2010,
corresponde a

a) R$ 5.100,00.
b) R$ 5.580,00.
c) R$ 6.180,00.
d) R$ 7.580,00.

Comentários:

Na questão apresentada temos:

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Custo do Ativo Imobilizado


Valor de Aquisição R$ 65.000,00
Frete sobre compras R$ 3.200,00
Transporte do veículo R$ 1.600,00
IPVA-atrasado R$ 6.000,00
Total R$ 75.800,00
Valor Residual R$ 14.000,00
Valor Depreciavel R$ 61.800,00
Vida Útil(meses) R$ 60,00
Depreciação Mensal 61800/60= R$ 1030
Depreciação em 2010(5 meses) R$ 5.150,00

O pagamento do tributo em atraso também deve ser considerado como


custo do Imobilizado, pois é um elemento necessário para colocá-lo em
condições de uso.

GabaritoC

Depois de integrado, ele fica sujeito à depreciação, amortização e


exaustão e ao teste de recuperabilidade.

Aval. do imobilizado: Custo - depreciação/amort./exaustão - red. val.


rec.
Diminuição Perda do valor aplicado:
Por desgaste
Por uso
Depreciação
Por ação da natureza
Por obsolescência
Por aquisição de direitos de propriedade industrial ou
comercial com existência ou exercício de duração limitada
Amortização
Por aquisição de direitos cujo objeto sejam bens de
utilização por prazo legal ou contratualmente limitado
Recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa
Exaustão
exploração.

(CONSULPLAN/Pref.São. Leopoldo/Tec. Contabilidade/2010) O art.


183, da Lei nº. 6404/1976, refere-se à exaustão, que é mencionada como
corresponder a perda de valor decorrente da sua exploração, de direitos,
cujo objeto seja recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados na sua
exploração.

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Dessa forma, quando a citada lei refere-se à exaustão, o(s) grupo(s) do


ativo mencionado é(são):

a) Ativo circulante.
b) Ativo realizável a longo prazo.
c) Ativo imobilizado.
d) Ativo investimentos e ativo imobilizado.
e) Ativo investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.

Comentários:

De acordo com a Lei 6404/76 (Lei das S.A.s.):

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua


exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou
florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

A exaustão é utilizada para recursos minerais ou florestais, ou bens


aplicados nessa exploração. Normalmente, a exaustão é calculada com
base na possança do recurso mineral ou florestal. Mas, se o prazo de
exploração for insuficiente para esgotar os recursos, a exaustão deve ser
calculada em função do prazo de concessão.

Gabarito C

Ativo Imobilizado

Custo de aquisição
(-) Depreciação, amortização, exaustão
(-) Ajuste ao valor recuperável

Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica


(que vai para despesa) e as paradas programadas (que são gastos de
capital e são ativadas, isto é, o valor gasto é contabilizado no custo do
ativo, e passa a ser depreciado).

Manutenção Só beneficiam um
Gastos do período Despesa na DRE
periódica exercício social

Paradas Beneficiam mais de


Gastos de capital Ativo Imobilizado
programadas um exercício social

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14.1 ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO X DEPRECIAÇÃO ACUMULADA!

Pessoal, é muito importante que tenhamos em mente a diferença entre


encargos de depreciação e depreciação acumulada.

Por exemplo, móvel adquirido em 01.01.X1, por R$ 1.000,00 que deprecia


10% ao ano, sem valor residual.

Qual o encargo de depreciação e qual a depreciação acumulada no


encerramento do exercício em 31.12.X2?

Bom, nesta hipótese, a depreciação anual é de R$ 100,00 (10% de


1.000,00).

O encargo de depreciação representa a conta do exercício, refere-


se à depreciação deste período, conta esta que é zerada no
encerramento do exercício social. Portanto, no exercício de X2 será R$
100,00. É uma conta de despesa, fica no resultado do exercício.

A depreciação acumulada, por sua vez, é uma conta retificadora do


ativo. Como o próprio nome sugere, ela computa a soma da
depreciação acumulada. Esta conta só é baixada, zerada, com o fim da
vida útil do bem, e sua baixa ou alienação.

Então, a depreciação acumulada em 31.12.X2 será 200,00 (100,00 de X1


+ 100,00 de X2).

Agora, vamos falar um pouco sobre os métodos de depreciação.

14.2 INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO

A depreciação se inicia quando o ativo está pronto para uso. Então, em


regra, o mês de aquisição vai entrar no cálculo. Você deve procurar, nas
questões, a data em que o ativo está pronto para ser utilizado.

14.3 MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO.

Há vários métodos para se calcular a depreciação. Apresentaremos, a


seguir, os principais abordados em prova. Os mais usados são:

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14.4 MÉTODO DA LINHA RETA OU LINEAR OU MÉTODO DAS


QUOTAS CONSTANTES:

Disparadamente o método mais cobrado em provas!

Este é o método tradicional e o mais recorrente em provas.


Dividimos o valor depreciável pelo tempo de vida útil estimada. Se nada
disser a questão sobre um método específico, devemos utilizar o da linha
reta.

Ex: Máquina com vida útil de 10 anos e valor depreciável de 100.000.


Depreciação anual = $ 100.000 / 10 anos = $ 10.000/ano.

Como calcular a depreciação pelo método da linha reta?

1) Pegue o valor de aquisição.


2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a zero.
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e
encontraremos o chamado valor depreciável.
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente).
5) Divida o valor depreciável pela vida útil
6) Você encontrará o valor da depreciação.

Atenção! Se a questão der no enunciado uma vida útil e disser o


prazo que é aceito pelo fisco, utilize o prazo contábil. É este que
vale, já que a legislação fiscal, segundo a Lei 6.404/76, não tem o
condão de alterar os dispositivos da legislação contábil!

(CONSULPLAN/Pref.São. Leopoldo/Tec. Contabilidade/2010) O


método de depreciação em que o valor desta é diretamente proporcional
ao tempo decorrido na utilização do bem depreciado é:

a) Método de Cole.
b) Método da Soma dos Dígitos.
c) Método da Quantidade Produzida.
d) Método das Quotas Constantes.
e) Método Exponencial

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Comentários:

A depreciação assim está prevista na Lei 6.404/76:

Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos


imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de:
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que


têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por
uso, ação da natureza ou obsolescência;

O método da linha reta ou linear ou método das quotas constantes é


o método tradicional e o mais recorrente em provas.

Para encontrarmos os encargos de depreciação do período dividimos o


valor depreciável pelo tempo de vida útil estimada. Por consequência, o
valor da depreciação acumulada aumenta proporcionalmente ao tempo
decorrido na utilização do bem depreciado.

No Método de Cole ou Método da Soma dos Dígitos a despesa de


depreciação será decrescente. Começará maior e terminará menor.

Por sua vez, o Método de Unidades Produzidas, estima-se a


quantidade total de unidades que será produzida. A depreciação é feita
dividindo-se o total efetivamente produzido pela capacidade total de
produção, portanto, ela não é diretamente proporcional ao tempo.

O Método Exponencial de depreciação não é cobrado em provas de


concursos e também apresenta uma taxa decrescente de depreciação ao
longo do tempo.

Gabarito D

(CONSULPLAN/Pref.Cascavel/Analista.Trib/2014) Uma empresa


adquiriu um equipamento por R$ 660.000,00, cuja vida útil é estimada em
10 anos. Considerando que o valor residual do equipamento é R$
60.000,00, qual será o valor mensal da depreciação utilizando se o
Método da Depreciação Linear ou das Quotas Constantes?

a) R$ 5.000,00.
b) R$ 5.500,00.
c) R$ 6.000,00.
d) R$ 60.000,00.
e) R$ 66.000,00.

Comentários:

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Como calcular a depreciação pelo método da linha reta?

1) Pegue o valor de aquisição.


2) Encontre o valor residual. Se não falar nada, é igual a zero.
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e
encontraremos o chamado valor depreciável.
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente).
5) Divida o valor depreciável pela vida útil
6) Você encontrará o valor da depreciação anual.

Atenção! Se a questão der no enunciado uma vida útil e disser o prazo


que é aceito pelo fisco, utilize o prazo contábil. É este que vale, já que a
legislação fiscal, segundo a Lei 6.404/76, não tem o condão de alterar os
dispositivos da legislação contábil!

Seguindo o nosso passo a passo temos:

1) Pegue o valor de aquisição: R$ 660.000


2) Encontre o valor residual: R$ 60.000
3) Faça a diferença entre o valor de aquisição e o valor residual e
encontraremos o chamado valor depreciável: R$ 600.000.
4) Encontre a vida útil (em meses ou anos, geralmente): 10 anos ou 120
meses.
5) Divida o valor depreciável pela vida útil: 600.000/120= R$ 5000/mês

Gabarito A

14.5 MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS OU MÉTODO DE COLE OU


MÉTODO DAS QUOTAS DECRESCENTES:

Através deste método, somamos os dígitos da vida útil e dividimos


cada algarismo pela soma.

Por exemplo: Se temos em nossa empresa uma máquina cuja vida útil é
de 5 anos, tomaremos os seguintes procedimentos:

Somamos: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15.

Depreciação: Ano 1 = 5 / 15; ano 2 = 4/15; ano 3 = 3/15; ano 4 = 2/15


e ano 5 = 1/15.

Mas por que, professor?! Por que isso? Há uma justificativa técnica para
tal método: a de que a despesa de depreciação menor nos últimos anos é
compensada pelo aumento das despesas de manutenção. Ademais, o
declínio do valor do ativo é mais acentuado nos primeiros anos.

Vejam que a despesa de depreciação será decrescente. Começará


maior e terminará menor.

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Supondo um bem cujo valor depreciável é R$ 90.000,00.

Ano 1: 5/15 x 90.000 = 30.000,00


Ano 2: 4/15 x 90.000 = 24.000,00
Ano 3: 3/15 x 90.000 = 18.000,00
Ano 4: 2/15 x 90.000 = 12.000,00
Ano 5: 1/5 x 90.000 = 6.000,00
Total da depreciação = 90.000,00

15 ESTIMATIVA CONTÁBIL VERSUS CRITÉRIO FISCAL

Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor


estimativa técnica disponível.

Exemplificando. Se a Empresa ALFA adquire dois veículos idênticos e


estima que um terá vida útil de 10 anos e o outro terá vida útil de 7 anos,
deve depreciá-los conforme esta estimativa.

Ocorre que a RFB aceita apenas determinados prazos para cálculo da


depreciação. As diferenças deveriam ser ajustadas, para efeito de Imposto
de Renda. Com isso, as empresas passaram a usar o critério fiscal.

Caso a questão seja silente! Depreciação: Taxas permitidas pelo


fisco para efeito de IR:

Veículos: 5 anos ou 20% ao ano


Máquinas e equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano
Móveis e utensílios: 10 anos ou 10 % ao ano
Imóveis: 25 anos ou 4 % ao ano.
Tratores: 4 anos ou 25%.

16 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

As questões de operações com mercadorias envolvem basicamente


conhecimento da avaliação dos estoques, operações que envolvem a parte
inicial da DRE (da receita bruta até o lucro bruto e apuração do CMV),
tributação sobre as mercadorias e inventário periódico e permanente.

16.1 RESULTADO BRUTO COM MERCADORIAS

O resultado bruto com mercadorias, ou resultado com mercadorias


equivale ao lucro bruto na Demonstração do Resultado.

Receita Bruta
(-) Deduções da Receita
- Devoluções de Vendas
- Cancelamento de Vendas

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- Descontos incondicionais concedidos


- Abatimentos concedidos
- Impostos sobre vendas (ICMS, PIS e COFINS)
- Ajuste a Valor Presente de Clientes
(=) Receita Líquida
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(=) Lucro Bruto OU Resultado com Mercadorias.

(CONSULPLAN/TSE/Analista Judiciário/Contabilidade/2012) Em
==62394==

1º de dezembro de 2010, uma empresa apresentava os seguintes saldos


em suas contas:

Estoque Inicial de Mercadorias R$ 14.000,00


Vendas Brutas R$ 300.000,00
Compras de Mercadorias R$ 200.000,00
Estoque Final de Mercadorias R$ 24.000,00
Descontos Financeiros Obtidos R$ 12.000,00
Descontos Financeiros Concedidos R$ 16.000,00
Abatimentos Concedidos R$ 18.000,00
Despesas Comerciais R$ 22.000,00
Devolução de Vendas R$ 10.000,00
Devolução de Compras R$ 8.000,00

Considerando apenas as informações anteriores e desconsiderando a


incidência de impostos, qual é o valor do lucro bruto desta empresa em 31
de dezembro de 2010?

a) R$ 108.000,00
b) R$ 90.000,00
c) R$ 86.000,00
d) R$ 68.000,00

Comentários:

Antes de montarmos a DRE, iremos calcular o Custo das Mercadorias


Vendidas (CMV) usando a seguinte fórmula:

CMV = Estoque inicial + Compras – Estoque final.

Estoque Inicial R$ 14.000,00


(+) Compras R$ 200.000,00
(-) Devolução de Compras R$ 8.000,00

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(-) Estoque Final R$ 24.000,00


CMV R$ 182.000,00

Agora, elaboramos a DRE com os dados fornecidos:

Receita Bruta R$ 300.000,00


(-) Deduções da Receita R$ 28.000,00
- Devoluções de Vendas R$ 10.000,00
- Abatimentos concedidos R$ 18.000,00
(=) Receita Líquida R$ 272.000,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas R$ 182.000,00
(=) Lucro Bruto OU Resultado com
Mercadorias. R$ 90.000,00

Observações:

- Os descontos financeiros obtidos representam receitas financeiras e não


integram o custo dos estoques;
- Os descontos financeiros concedidos representam despesas financeiras e
não integram o resultado com mercadorias;
- As despesas comerciais são despesas operacionais e não afetam o Lucro
Bruto.

Gabarito B

(CONSULPLAN/Pref.Sertaneja)/Contabilidade) Analisando as
informações de uma determinada empresa, encontre o valor das vendas
do período:

Estoque inicial R$ 10.000


Compras de Mercadorias R$ 40.000
Estoque final R$ 20.000
Outras Receitas R$ 2.000
Outras Despesas R$ 5.000
Lucro Líquido R$ 17.000

a) R$60.000
b) R$40.000
c) R$65.000
d) R$50.000
e) R$57.000

Comentários:

Antes de montarmos a DRE, iremos calcular o Custo das Mercadorias


Vendidas (CMV) usando a seguinte fórmula:

CMV = Estoque inicial + Compras – Estoque final.

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Estoque Inicial R$ 10.000,00


(+) Compras R$ 40.000,00
(-) Estoque Final R$ 20.000,00
CMV R$ 30.000,00

Agora, usaremos a estrutura da DRE, partindo das vendas (x) e


resolveremos uma equação do primeiro grau:

Vendas X
(-) CMV 30000
Lucro Bruto X - 30.000
(-) Outras Despesas 5000
(+) Outras Receitas 2000
Lucro Líquido X - 30.000 - 5.000+2.000
Lucro Líquido X - 33.000

A questão nos forneceu o valor do Lucro Líquido, com isso, temos a


seguinte equação:

X – 33.000 = 17.000 X=50.000

Gabarito C

(CONSULPLAN/COFEN/Contabilidade/2011) Considere as seguintes


contas e saldos extraídos do Livro Razão de uma determinada empresa,
em 31/12/2009:

Estoque de Mercadorias (EI) R$1.500


Vendas de Mercadorias R$7.000
Compras de Mercadorias R$5.000
Estoque Final R$2.000

Qual é o resultado da Conta Mercadorias (RCM)?

a) R$4.500
b) R$2.500
c) R$7.000
d) R$500
e) R$2.000

Comentários:

CMV = Estoque inicial + Compras – Estoque final.

Estoque Inicial R$ 1.500,00


(+) Compras R$ 5.000,00
(-) Estoque Final R$ 2.000,00

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CMV R$ 4.500,00

Agora, podemos encontrar o Resultado com Mercadorias:

Receita Bruta R$ 7.000,00


(-) Custo das Mercadorias Vendidas R$ 4.500,00
(=) Lucro Bruto OU Resultado com
Mercadorias. R$ 2.500,00

Gabarito B

17 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

Vamos começar falando sobre o custo da mercadoria vendida e do critério


de avaliação do ativo.

17.1 AVALIAÇÃO DO ESTOQUE

Custos do estoque

10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição


e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.

Custos de aquisição

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova
Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Custo do estoque inclui:


Preço de compra
Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis)
Custo de transportes
Seguro
Manuseio
Custos diretamente atribuíveis
Não inclui
Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos.
Revenda: ICMS, PIS, COFINS não cumulativos)
Descontos comerciais
Abatimentos

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18 CONTROLE DE ESTOQUE

O controle pode ser feito através do inventário permanente ou do


inventário periódico.

18.1 INVENTÁRIO PERIÓDICO:

Os estoques são avaliados na data do balanço, através do inventário


físico. Vejam. Não há lançamento operação por operação. Apenas na data
de encerramento é que apuramos o estoque para ver o saldo.

Para calcular o valor do Custo das Mercadorias Vendidas, usamos a


fórmula:

CMV = Estoque inicial + Compras – Estoque final.

No sistema de inventário periódico, usamos a Conta Mista Mercadorias.


Nessa conta, lançamos o estoque inicial e as compras a débito; e
lançamos as vendas a crédito. No final do período, ao apurar o
estoque final, podemos calcular o Resultado com Mercadorias.

Conta Mista Mercadorias


Estoque Inicial Vendas
Compras
Estoque final

A conta mista tem esse nome, pois possui características de conta


patrimonial (ao registrar o estoque inicial e final) e de conta de resultado
(ao registrar as vendas).

18.2 INVENTÁRIO PERMANENTE

Nesse caso, a empresa controla o estoque de forma contínua, dando


baixa em cada operação de venda. A contabilização é a seguinte:

1.1 PEPS, UEPS E PREÇO MÉDIO

Dificilmente as mercadorias são compradas pelo mesmo preço. Surge,


assim, a necessidade de atribuir preço ao estoque que está sendo
vendido.

Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque
zero, efetuou duas compras do produto X: a primeira de 10 unidades, com
custo unitário de $10, e a segunda de 20 unidades, com custo unitário de
$12.

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Em seguida, a empresa efetuou a venda de 15 unidades do produto X, por


20 reais a unidade. Vamos ver como fica o resultado e o estoque final,
usando cada um dos métodos acima.

18.3 PEPS – PRIMEIRO QUE ENTRA PRIMEIRO QUE SAI

Significa Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela
sigla em inglês FIFO (First in first out).

No nosso exemplo, ficaria assim:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100


2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Usando o PEPS, valorizamos as unidades vendidas usando o custo das


unidades que entraram primeiro no estoque.

Assim:

Custo das 15 unidades:

10 unidades a 10 reais = $ 100


5 unidades a 12 reais = $ 60

15 unidades que custaram, no total, 160 reais.

Resultado:
Receita vendas 300
(-) CMV (160)
Lucro Bruto 140

Estoque final: 15 unidades a 12 reais = 180

18.4 UEPS – ÚLTIMO QUE ENTRA PRIMEIRO QUE SAI

Significa Último que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela
sigla em inglês LIFO (Last In First Out). Usando os mesmos dados do
exemplo acima, fica assim:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100


2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Custo das 15 unidades vendidas:

15 unidades a 12 reais = R$ 180

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Resultado:

Receita vendas 300


(-) CMV (180)
Lucro Bruto 120

Estoque final:

10 unidades a 10 reais = 100


5 unidades a 12 reais = 60

Estoque final: 15 unidades com custo total de 160.

18.5 CUSTO MÉDIO

Usamos o custo médio do estoque, para calcular o custo das vendas.


Retomando o exemplo acima, temos:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100


2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240
Custo médio: R$ 340 / 30 unidades = R$ 11,3333 por unidade.

Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Custo das vendas:

15 unidades x $ 11,33 = 170 (OBS: arredondando centavos)

Resultado:

Receita vendas 300


(-) CMV (170)
Lucro Bruto 130

Estoque final:
Estoque final: 15 unidades x R$ 11,3333 = R$ 170

Para calcular o custo médio, podemos usar a média ponderada fixa ou a


média ponderada móvel.

No primeiro caso, calculamos a média de todas as entradas do mês e


usamos esse valor para todas as saídas do mês. Assim:

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total


1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00
4 Compras 150 12,00 1.800,00
6 Compras 200 13,00 2.600,00

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10 Vendas -100
15 Compras 200 15,00 3.000,00
20 Vendas -250

Vamos calcular o custo das vendas dos dias 10 e 20, usando as duas
médias ponderadas (fixa e móvel).

Média Ponderada Fixa

A partir do estoque inicial e das entradas, calculamos o custo médio que


será usado para todas as saídas do mês.

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total


1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00
4 Compras 150 12,00 1.800,00
6 Compras 200 13,00 2.600,00
15 Compras 200 15,00 3.000,00
Total 650 12,92 8.400,00

Atenção: Para chegar aos R$ 12,92, pegamos o valor total dos estoques
e dividimos pelo total de unidades: 8.400/650 = 12,92.

O Custo Médio Fixo é de $ 12,92. O custo das vendas será:

Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,92 = $ 1.292,00


Dia 20: venda de 250 unidades x $ 12,92 = $ 3.230,00

Custo total do mês: $ 1.292,00 + $ 3.230,00 = $ 4.522,00

Média Ponderada Móvel

Nesse caso, calculamos o custo médio vigente na data de cada venda. A


venda do dia 10 fica com o seguinte custo médio ponderado móvel:

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total

1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00

4 Compras 150 12,00 1.800,00

6 compras 200 13,00 2.600,00

Total 450 12,00 5.400,00

Assim, a venda do dia 10 terá custo médio de R$ 12,00. Do total de 450


unidades, sobram 350, após a venda.

Podemos agora calcular o custo médio móvel para a venda do dia 12:

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Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total

11 estoque inicial 350 12,00 4.200,00

15 compras 200 15,00 3.000,00

Total 550 13,09 7.200,00

A venda do dia 20 terá custo médio de R$ 13,09. Agora podemos calcular


o total do custo das vendas do mês:

Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,00 = $ 1.200,00


Dia 20: venda de 250 unidades x $ 13,09 = $ 3.272,50

Custo total do mês: $ 1.200,00 + $ 3.272,50 = $ 4.472,50

Atenção: Para chegar aos R$ 13,09, pegamos o valor total dos estoques
e dividimos pelo total de unidades: 7.200/550 = 13,09.

18.6 CUSTO ESPECÍFICO

Outra forma de atribuir custos às vendas é através do custo específico.


Podemos exemplificar da seguinte forma:

Suponha que uma agência de automóveis possua 10 unidades de um


determinado modelo em estoque. Três foram comprados há 6 meses, por
R$ 20.000,00. Seis foram comprados na última semana, por R$
22.000,00. O último é um carro usado, que foi aceito como parte de
pagamento de um veículo novo, pelo custo de R$ 12.000,00.

A empresa realiza a venda de quatro veículos: um que foi comprado há 6


meses, dois comprados na última semana e o veículo usado.

Nesse caso, a empresa pode atribuir o custo específico de cada item


vendido.

19 TABELA DE CONTROLE DE ESTOQUE

No inventário permanente podemos utilizar também a tabela de


controle de estoque.

E como fazer a tabela? Você irá montar a tabela seguinte:

PEPS/UEPS/Média
Entrada Venda Saldo
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total

CMV Estoque final

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Imagine a seguinte operação.

Saldo inicial 10 unidades a R$ 100,00 R$ 1.000,00


Compra de 10 unidades a R$ 120,00 R$ 1.200,00
Venda de 7 unidades a R$ 200,00 R$ 1.400,00
Compra de 2 unidades a R$ 150,00 R$ 300,00

Vamos utilizar cada um dos métodos. É simples! Fica assim.

PEPS
Entrada Venda Saldo
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX 10,00 100,00 1.000,00
10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 10,00 120,00 1.200,00
10,00 120,00 1.200,00
3,00 100,00 300,00
XX.XX 7,00 100,00 700,00
10,00 120,00 1.200,00
CMV 700,00 Estoque final 1.500,00

Observações:

- Vejam que as vendas ficam registradas pelo preço de custo. Não importa
o preço de venda para o cálculo da planilha de estoques.
- O CMV é a soma do total das saídas.
- O estoque final é a soma do total da coluna saldo.
- As devoluções de compras são registradas na planilha entradas, com
sinal negativo.
- As devoluções de vendas são registradas na planilha saídas, com sinal
negativo.

UEPS
Entrada Venda Saldo
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX 10,00 100,00 1.000,00
10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 10,00 120,00 1.200,00
10,00 120,00 1.200,00
10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 7,00 120,00 840,00
3,00 120,00 360,00
CMV 840,00 Estoque final 1.360,00

Vejam que no UEPS o CMV é maior. Por isso, de modo geral, a


tributação acaba sendo reduzida. Assim, o UEPS é proibido pela
legislação brasileira.

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MÉDIA PONDERADA
Entrada Venda Saldo
Data Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX 10,00 100,00 1.000,00
XX.XX 10,00 120,00 1.200,00 20,00 110,00 2.200,00
XX.XX 7,00 110,00 770,00 13,00 110,00 1.430,00
CMV 770,00 Estoque final 1.430,00

(CONSULPLAN/Pref São Leopoldo/Contabilidade/2010) “Método de


controle de estoques que apresenta o maior lucro num regime
inflacionário.” A afirmativa trata­se de:

a) PEPS.
b) UEPS.
c) Preço Específico.
d) Custo Médio Móvel.
e) Custo Médio Fixo

Comentários:

O critério UEPS (último que entra é o primeiro que sai) significa que será
atribuído ao custo das unidades vendidas o preço das unidades mais
recentes.

Há também o PEPS (Primeiro que entra é o primeiro a sair) e o Custo


Médio Ponderado, que pode ser Móvel (calculamos o custo médio
ponderado a cada saída) ou fixo (calculamos o custo médio ponderado
para o mês e usamos esse valor para todas as saídas).

Normalmente, o Custo Médio Ponderado resulta num valor intermediário,


entre o PEPS e o UEPS.

Mas, quando a questão se refere uma economia inflacionária (em que os


preços aumentam) ou deflacionária (em que os preços diminuem), o custo
médio ponderado irá sempre resultar num valor intermediário entre o
PEPS e o UEPS.

A questão analisada menciona que os preços são sempre crescentes, pois


a economia é inflacionária. Ao invés de tentar memorizar qual método
produz o maior custo, é melhor fazer um exemplo extremamente simples.
Assim:

Primeira compra: 1 unidade a 10 reais

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Segunda compra: 1 unidade a 20 reais

No caso de venda de uma unidade, usando o PEPS teremos custo = R$


10,00 e estoque final de R$20,00; usando o UEPS, custo de R$ 20,00 e
estoque final de R$10,00.

Naturalmente, nesse exemplo, o custo médio ponderado irá ficar no meio


dos outros dois métodos.

Como o Peps apresenta o menor custo, é o método que produz o maior


resultado bruto.

Gabarito A

(CONSULPLAN/TSE/Analista/Contabilidade/2012) Em 31 e
dezembro de 2011, uma empresa apresentou os seguintes produtos em
estoque:

Produto Unidade Valor Unitário


A 50 R$ 70,00
B 50 R$ 90,00

Sabendo-se que nesta data, o valor realizável líquido de cada produto é


de R$ 80,00, qual deve ser o procedimento da empresa quanto ao valor
do estoque?
a) A empresa deve ajustar apenas o custo do produto A em seu Balanço
Patrimonial.
b) A empresa deve ajustar apenas o custo do produto B em seu Balanço
Patrimonial.
c) A empresa não deve efetuar nenhum tipo de modificação nos valores
dos produtos.
d) A empresa deve trazer os valores dos produtos A e B ao valor ajustado
em seu Balanço Patrimonial.

Comentários:

O CPC 16, que trata sobre estoques, prescreve:

9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo


valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável:

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos


negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos
estimados necessários para se concretizar a venda.

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Vamos analisar cada produto:

Produto A

- Valor de Custo: R$ 70
- Valor Realizável Líquido: R$ 80.

Nesse caso, a empresa não necessita efetuar nenhum ajuste, porque o


valor de custo é menor do que o valor realizável.

Produto B

- Valor de Custo: R$ 70
- Valor Realizável Líquido: R$ 80.

A situação aqui é distinta. O valor realizável líquido é menor do que o


valor de custo, então, faz-se necessário ajustar o estoque ao valor de
mercado, reconhecendo uma perda no resultado.

Lançamento:

D – Despesas com ajuste de estoques a valor de mercado


C – Ajuste a valor de mercado (Ativo Circulante – retificadora da conta
Estoques) R$ 10,00.

Gabarito B

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