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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR BLAURO CARDOSO DE


MATTOS - FASERRA

WAGNER CONCEIÇÃO PEREIRA


EMIDIO PACIFICO SILVA

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: UM ESTUDO DE CASO NA


EMPRESA NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA - ME

SERRA - ES
2014
1

WAGNER CONCEIÇÃO PEREIRA


EMIDIO PACIFICO SILVA

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: UM ESTUDO DE CASO NA


EMPRESA NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA - ME

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso
de Mattos, do curso de Graduação em Ciências
Contábeis, como exigência parcial para
obtenção do título de Bacharel em Ciências
Contábeis.

Orientador: Prof. Ms. Marcelo Fardin Chaves

SERRA – ES
2014
2

WAGNER CONCEIÇÃO PEREIRA


EMIDIO PACIFICO SILVA

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: UM ESTUDO DE CASO NA


EMPRESA NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA - ME

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ensino Superior Blauro


Cardoso de Mattos, do curso de Graduação em Ciências Contábeis, como exigência
parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovado em 15 de julho de 2014.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________
Prof. MS. MARCELO FARDIN CHAVES
Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos
Orientador

______________________________________________
Prof. MS. ANGELO ROBERTO FIORIO CUSTODIO

______________________________________________
Prof(a). MÔNICA PORTO PIRES
3

AGRADECIMENTOS

Agradecemos em primeiro lugar ao nosso


bom Deus que nos deu força para chegarmos
até aqui, aos nossos familiares e amigos que
nos deram estimulo e muita compreensão
nos momentos em que estivemos ausentes.
Agradecemos a todos os Professores, em
especial ao nosso orientador Professor Ms.
Marcelo Fardin Chaves e ao nosso Professor
de Monografia Ms. Angelo Roberto Fiorio
Custodio, pelo apoio e encorajamento que nos
deram ao longo desta pesquisa.
4

RESUMO

Este trabalho tem por finalidade realizar uma análise sobre as vantagens de se optar
pela forma de tributação mais adequada ao ramo de atividade de uma determinada
empresa através de um bom planejamento tributário, com o objetivo de minimizar os
custos através da redução dos impostos, o que deverá refletir positivamente nos
resultados da mesma. Este estudo visa demonstrar os benefícios que um correto
enquadramento no regime tributário pode representar em uma gestão empresarial.
Observa-se um enorme desconhecimento por parte de empresários e até mesmo
dos próprios contadores diante da legislação tributária, o que acaba por causar erros
na definição da escolha tributária, gerando assim valores desnecessários
e estes por sua vez, podem colocar em risco a própria existência da empresa.
Para tanto, não existe fórmula, é necessária uma simulação de tributações para, só
então, analisar os resultados e fazer uma escolha consciente. Neste contexto,
trouxemos no trabalho uma pesquisa conceituando o tema planejamento tributário e
expondo suas vantagens, fazendo uma análise dos tributos e da legislação tributária
e um estudo de caso que fora realizado na empresa NEW DECOR ARTES E
DECORAÇÕES LTDA – ME, cujo ramo de atividade é o comércio varejista de
material de construção, a qual tem sua sede instalada no estado do Espírito Santo
no município de Vila Velha.

Palavras-chave: Carga Tributária; Lucro Presumido; Lucro Real; Planejamento;


Regime tributário; Simples Nacional; Tributação.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ART - Artigo
CF - Constituição Federal
CMV – Custo da Mercadoria Vendida
CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
CPP - Contribuição Patronal Previdenciária
CSLL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
CTN - Código Tributário Nacional
DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional
EPP - Empresa de Pequeno Porte
ES - Espírito Santo
FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço
INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
IR - Imposto de Renda
IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica 10
ISSQN - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real
LTDA - Limitada
ME - Micro Empresa
PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
PIB- Produto Interno Bruto
PIS - Programa de Integração Social
PJ - Pessoa Jurídica
RFB- Receita Federal do Brasil
RIR - Regulamento do Imposto de Renda
SRF - Secretaria da Receita Federal
ST – Substituição Tributária
STN - Sistema Tributário Nacional
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LISTA DE TABELAS

TABELA 01 – Principais tributos antes e após a reforma de 1965/1967 ................... 28


TABELA 02- Evolução da carga tributária nos últimos anos...................................... 30
TABELA 03 – Tabela para cálculo e recolhimento do Simples Nacional – Comércio 45
TABELA 04 - Determinação do lucro presumido de acordo com a atividade geradora.
............................................................................................................................... 48
TABELA 05 - Cálculo e recolhimento do Lucro Presumido........................................ 49
TABELA 06 - Cálculo e recolhimento do Lucro Real ................................................. 52
TABELA 07 – Movimentação da empresa no ano de 2013. ...................................... 54
TABELA 08 – Cálculo do Simples Nacional............................................................... 55
TABELA 09 – Cálculo do Lucro Presumido ............................................................... 57
TABELA 10 – Apuração do Lucro .............................................................................. 58
TABELA 11 – Cálculo do Lucro Real ......................................................................... 58
TABELA 12 – Comparação dos Regimes de Tributação ........................................... 59
7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
1.1 PROBLEMA ....................................................................................................... 9
1.2 OBJETIVOS..................................................................................................... 10
1.2.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 10
1.2.2 Objetivos Específicos ............................................................................. 10
1.3 HIPÓTESE....................................................................................................... 10
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 11
1.5 METODOLOGIA ............................................................................................ 111
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 13
2.1 CONTABILIDADE ............................................................................................ 13
2.1.1 Contabilidade Tributaria..........................................................................................13
2.1.2 Contabilidade Financeira ........................................................................ 14
2.1.3 Contabilidade Gerencial.......................................................................... 14
2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ..................................................................... 15
2.2.1 Conceito ................................................................................................... 15
2.2.2 Processo de Elaboração do Planejamento Tributário.......................... 17
2.2.3 Finalidades do Planejamento Tributário ............................................... 18
2.2.4 Importância do Planejamento Tributário ............................................... 20
2.3 ELISÃO E EVASÃO FISCAL ........................................................................... 21
2.3.1 Elisão Fiscal ............................................................................................ 21
2.3.2 Evasão Fiscal .......................................................................................... 22
2.4 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ............................................................... 23
2.4.1 Conceito ................................................................................................... 24
2.4.2 Competência Tributária .......................................................................... 24
2.4.3 Legislação Tributária .............................................................................. 25
2.4.4 Princípios Constitucionais Tributários.................................................. 25
2.5 EVOLUÇÃO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO ................................. 27
2.6 DEFINIÇÃO DE TRIBUTOS ............................................................................ 29
2.7 ESPÉCIES DE TRIBUTOS .............................................................................. 30
2.7.1 Impostos .................................................................................................. 31
2.7.2 Taxas ........................................................................................................ 32
2.7.3 Contribuições de Melhorias ................................................................... 32
2.7.4 Empréstimos Compulsórios .................................................................. 33
2.7.5 Contribuições Especiais ou Sociais ...................................................... 34
2.8 NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO .............................................................. 34
2.9 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO TRIBUTO ............................................... 35
2.9.1 Fato Gerador ............................................................................................ 35
2.9.2 Contribuinte ou Responsável................................................................. 35
2.9.3 Base de Cálculo....................................................................................... 36
2.9.4 Alíquota .................................................................................................... 36
2.9.5 Adicional .................................................................................................. 36
2.10 APURAÇÃO DOS TRIBUTOS, IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS . 37
2.10.1 Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ ......................................... 37
2.10.2 Contribuição Social Sobre o Lucro das Pessoas Jurídicas – CSLL . 38
2.10.3 Programa de Integração Social – PIS/PASEP ..................................... 38
2.10.4 Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS
........................................................................................................................... 39
2.10.5 Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI .................................. 39
8

2.10.6 Contribuição Para a Seguridade Social – INSS .................................. 39


2.10.7 Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN .................. 40
2.10.8 Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
e de Comunicação – ICMS............................................................................... 41
2.10.9 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS .............................. 41
2.11 PRINCIPAIS REGIMES TRIBUTÁRIOS BRASILEIROS ................................ 42
2.11.1 Simples Nacional ................................................................................... 42
2.11.2 Lucro Presumido ................................................................................... 46
2.11.3 Lucro Real .............................................................................................. 49
3. ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 53
3.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA OBJETO DE ESTUDO DA PESQUISA ...... 53
3.2 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS .................................................. 54
3.3 CÁLCULO DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES .......................................... 54
3.3.1 Cálculo do Simples Nacional ................................................................. 55
3.3.2 Cálculo do Lucro Presumido ................................................................. 56
3.3.3 Cálculo do Lucro Real ............................................................................ 57
3.4 COMPARAÇÃO ENTRE OS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO: SIMPLES
NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL ............................................ 59
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................61
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 62
ANEXO 01: Termo de Autorização da Empresa...............................................................66
9

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho é um estudo de caso em uma empresa comercial, que tem


como objetivo principal o comércio varejista de materiais de construção. O estudo
será um instrumento para a tomada de decisão quanto ao melhor regime de
tributação a ser utilizado pela mesma a fim de minimizar os gastos com tributos e
consequentemente aumentar seus lucros.

O atual sistema tributário brasileiro traz um alto custo financeiro devido às inúmeras
obrigações para com o fisco que as empresas têm que cumprir, estes impostos e
contribuições representa uma grande parcela dos custos, aumentando o preço final
das mercadorias e dos serviços. Muitas empresas não conseguem permanecer no
mercado, devido principalmente, a esta alta carga tributária do nosso país, uma das
maiores do mundo, além disso, a legislação pertinente é muito complexa e com
constantes alterações dificulta a interpretação dos empresários e contadores.

Neste cenário o Planejamento Tributário surge como uma ferramenta lícita,


auxiliando na diminuição dos gastos com tributos e por consequência influenciando
positivamente nos lucros da empresa NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES
LTDA - ME, ou seja, o planejamento tributário consiste num conjunto de técnicas,
estudos e estratégias organizadas a fim de encontrar a forma menos onerosa de
tributar, visa à economia de tributos. O fator primordial no planejamento é a correta
escolha do regime de tributação e muitos empresários seguem modelos e muitas
vezes, pagam tributos a mais por não fazerem um estudo preventivo da legislação à
qual está obrigado e acaba por escolher um regime menos favorável à sua empresa.

1.1 PROBLEMA

Diante da importância do Planejamento Tributário, acreditando-se que ele é capaz


de amenizar a carga tributária através da escolha da melhor modalidade de
tributação, pergunta-se: Qual será o melhor Regime de Tributação para a
empresa NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA – ME?
10

1.2 OBJETIVOS

Os objetivos desta pesquisa foram de identificar qual o regime de tributação que é


mais indicado para a empresa NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA – ME,
visando à economia de tributos. Foram coletados os dados na empresa, calculados
os valores dos tributos, no Lucro Presumido e no Lucro Real e comparados com os
tributos pagos no Simples Nacional, que é o atual regime de tributação adotado pela
empresa em questão. E com isso foi verificado se o enquadramento da Empresa no
atual regime de tributação é ou não o menos oneroso.

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar a importância do planejamento tributário na empresa NEW DECOR ARTES


E DECORAÇÕES LTDA – ME por meio de uma análise comparativa entre os três
regimes de tributação, seja o Simples Nacional, o Lucro Presumido ou o Lucro Real.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Identificar os impactos dos custos na empresa objeto do estudo, com o


pagamento de tributos;

• Avaliar a efetividade do planejamento tributário para continuidade da empresa


em estudo.

• Analisar, através do estudo de caso, os benefícios que o planejamento


tributário pode representar para a gestão empresarial da empresa estudada.

1.3 HIPÓTESE

Em relação ao tema proposto, acredita-se que o regime de tributação mais


adequado a ser utilizado na empresa NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES
LTDA – ME, é o Simples Nacional, forma de tributação já adotada, proporcionando-
lhe maior economia fiscal.
11

Segundo Gil (2010, p. 56), “hipótese é uma suposta resposta ao problema a ser
investigado. É uma proposição que se forma e que será aceita ou rejeitada somente
depois de devidamente testada”.

1.4 JUSTIFICATIVA

Justifica-se que com as mudanças que o cenário econômico mundial vem passando,
torna-se incontestável que o planejamento tributário seja uma das ferramentas mais
importante para garantir a sobrevivência de uma empresa, pois o excesso de tributos
pagos no país é um dos principais fatores da mortalidade precoce das empresas no
Brasil. Sob o ponto de vista prático, acredita-se que esta pesquisa ajudará futuros
gestores de empresas similares a New Decor a tomarem melhores decisões sobre
qual seria o regime de tributação mais adequado a ser adotado por sua empresa.

1.5 METODOLOGIA

Para atender aos objetivos deste trabalho e melhor responder o problema levantado,
foi utilizada a pesquisa exploratória e a pesquisa descritiva.

Segundo Gil (2002, p.42), as pesquisas exploratórias são:

Pesquisas que tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o


problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses.
Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal
aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições.

Utilizamos a linha de pesquisa exploratória com o objetivo de obter informações


sobre o planejamento tributário e conhecer melhor a realidade da empresa NEW
DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA - ME. Em seguida uma pesquisa descritiva,
que nos possibilitou a coleta de dados para descrever as características da mesma.
Desenvolvemos o trabalho através das técnicas de pesquisas bibliográfica,
documental e estudo de caso, onde foram utilizados os dados coletados na empresa
estudada referente ao ano de 2013, artigos científicos, revistas, livros e legislação
específica sobre o tema, de modo a possibilitar o aprofundamento sobre esta
matéria em questão, neste caso, o Planejamento tributário.
12

A pesquisa documental foi importante para analisarmos se a empresa utiliza algum


sistema de planejamento tributário.
O estudo de caso foi necessário para fazermos uma análise profunda junto à
empresa estudada, mediante o problema levantado nesta pesquisa.

Na análise de Gil (2002, p. 54):

Estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo de uns poucos


objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento,
tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já
considerados.

A pesquisa foi realizada com dados referentes ao ano de 2013 da empresa NEW
DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA – ME, com o auxílio da Sócia
Administradora, a Sr.ª Nara Lorencini Ferraço, já qualificada no termo de autorização
da empresa, anexado a este trabalho, que disponibilizou os documentos necessários
para a geração da pesquisa. Após a coleta de dados, os mesmos foram
interpretados e posteriormente submetidos à análise de cálculos de tributos nos três
Regimes de Tributação, o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real para
que seja possível constatar qual o melhor regime de tributação para esta empresa.

Ferrão (2003, p.107) diz que:

A coleta de dados é realizada pelas técnicas de pesquisa, cujo(s) tipo(s)


depende do objeto de trabalho. [...] Realizada a coleta dos dados, com
todos os critérios, os mesmos devem ser preparados para digitação e para
posterior análise estatística. Antes da análise e da interpretação, os dados
devem ser submetidos aos seguintes trabalhos: seleção, codificação e
tabulação.

Após a coleta de dados, os mesmos foram submetidos à análise documental,


buscando assim à exatidão das informações obtidas, com vistas à verificação das
vantagens trazidas pelo planejamento tributário à empresa em estudo. Estes dados
foram ferramentas utilizadas para a verificação e comprovação da hipótese
levantada.
13

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONTABILIDADE

A Contabilidade é tão antiga quanto à própria história da civilização, existem


registros de que a contabilidade surgiu por volta de 4.000 anos antes de Cristo
devido à necessidade de o homem inventariar seus rebanhos. Por aí se percebe que
o homem sempre se preocupou com seu patrimônio. Com a evolução das
organizações, surgiram também as variações da contabilidade, tais como a
contabilidade tributária, a financeira, a gerencial, entre outras.

Alguns pesquisadores afirmam que o início das práticas relacionadas com o


controle das contas data mais de mil anos antes de Cristo. Para outros, tais
preocupações são tão velhas quanto a humanidade. Para mensurar, avaliar,
e controlar seus bens pessoais desde os tempos remotos, os reis, faraós,
comerciantes, agricultores, etc, utilizavam técnicas de registros, o que pode
ser entendido como o início da contabilidade como hoje é conhecida.
(OLIVEIRA E NAGATSUKA, 2000, p. 19).

A contabilidade tem como objetivo principal o patrimônio das entidades, com a


função de estudar, analisar e controlar, através das demonstrações contábeis, todas
as ocorrências patrimoniais.

A contabilidade para a vida de uma instituição é tão importante que Franco (1992,
p. 22) a comparou com a história na vida da humanidade, ele afirmou que:

A contabilidade desempenha, em qualquer organismo econômico, o mesmo


papel que a História na vida da humanidade. Sem ela não seria possível
conhecer o passado nem o presente da vida econômica da entidade, não
sendo também possível fazer previsões para o futuro nem elaborar planos
para as orientações administrativas.

2.1.1 Contabilidade Tributaria

A contabilidade tributária está ligada diretamente aos tributos e a legislação fiscal.


Segundo Fabretti (2009, p. 25), “é o ramo da contabilidade que tem por objetivo
aplicar na prática os conceitos, princípios e normas básicas da contabilidade e da
legislação tributária, de forma simultânea e adequada”.
14

A legislação fiscal é muito complexa e algumas vezes contemplam informações que


vão ao encontro ao interesse do fisco em arrecadar mais, colocando assim as
demonstrações contábeis fora da realidade da empresa. Dessa forma, a
organização tem que se adequar ao máximo à legislação, priorizando a extração de
informações relevantes para o fisco em detrimento de informações à tomada de
decisão, principal objetivo da contabilidade, que acaba ficando em segundo plano.

2.1.2 Contabilidade Financeira

Contabilidade Financeira é a contabilidade geral, sendo necessária a todas as


empresas, pois fornece informações básicas aos seus usuários. De acordo com a
Lei nº 10.406/02:

Art. 1.179 – O empresário a sociedade empresário são obrigados a seguir


um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base da escrituração
uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação
respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o resultado
econômico.

A Contabilidade Financeira tem quatro demonstrações financeiras: Balanço


Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstrações das
Mutações do Patrimônio Líquido e de Lucros ou Prejuízos Acumulados e
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

2.1.3 Contabilidade Gerencial

A Contabilidade Gerencial tem um papel de fundamental importância para a tomada


de decisão dos administradores de uma organização, porque pode levar a empresa
a investir em produtos que não estão dando resultando.

Crepaldi (1998, p.18) define Contabilidade Gerencial como:

Um ramo da Contabilidade quem tem por objetivo fornecer instrumentos aos


administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais.
É voltado para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa,
através de um adequado controle dos insumos efetuados por um sistema de
informação gerencial.
15

2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O planejamento tributário é uma das principais ferramentas lícitas das empresas


para se desviar da atual política tributaria do país, pois reduzir custos com tributos
significa melhores resultados e mais investimentos.

De acordo com Borges (2011, p.71), o processo de elaboração de um planejamento


tributário se compreende em cinco fases, são elas:

1) a pesquisa do fato objeto do planejamento tributário; 2) a articulação das


questões fiscais oriundas do fato pesquisado;3) estudo dos aspectos
jurídico-fiscais relacionados com as questões decorrentes do fato
pesquisado; 4) conclusão; 5) formalização do planejamento elaborado num
expediente técnico funcional.

2.2.1 Conceito

O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o


pagamento de tributos. Entende-se ainda por este, a escolha da melhor alternativa
de tributação, com o objetivo de minimizar o impacto dos tributos sobre a situação
financeira, econômica e patrimonial de uma empresa.

Borges (2011, p. 65) conceitua o Planejamento Tributário como sendo uma:

Técnica gerencial que visa projetar as operações industriais, os negócios


mercantis e as prestações de serviços, visando conhecer as obrigações e
os encargos fiscais inseridos em cada uma das respectivas alternativas
legais pertinentes para, mediante meios e instrumentos legítimos adotar
aquela que possibilita a anulação, redução, ou adiamento do ônus fiscal.

Um planejamento tributário elaborado indevidamente pode gerar uma evasão fiscal,


em vez da elisão fiscal. A evasão fiscal também reduz a carga tributária, mas por
meios ilegais, e é classificada como crime de sonegação fiscal. A distinção entre
elisão fiscal (lícita) e a evasão fiscal (ilícita) reside no fato que, na evasão ocorre à
ocultação e o disfarce o profissional evita que o fisco tome conhecimento da
ocorrência do fato gerador. Na elisão, o profissional busca meios legais para evitar
que o fato gerador da obrigação tributária aconteça.
16

O planejamento tributário é o planejamento empresarial que tem como objetivo obter


economia de impostos, adotando procedimentos estritamente dentro dos ditames
legais, com foco principal na prevenção, onde será analisado o tributo a fim de
identificar seus efeitos e escolher a melhor opção, ou seja, a menos onerosa.

Para Fabretti (2009, p. 08):

O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato


administrativo, pesquisando seus efeitos jurídicos e econômicos e as
alternativas legais onerosas denomina-se Planejamento Tributário. Assim
sendo, o planejamento tributário é um recurso disponível para as empresas
que procuram reduzir a carga fiscal de forma licita. A maneira legal chama-
se elisão fiscal e a forma ilegal denomina-se evasão ilícita ou sonegação
fiscal, trata-se, portanto, do estudo prévio à concretização dos fatos
administrativos, dos efeitos jurídicos e econômicos de determinada decisão
gerencial, com o objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa
para o contribuinte.

Em pleno acordo com Chieregato e Oliveira (2009) o planejamento tributário é um


estudo destinado a fazer com que as entidades reduzam suas cargas tributárias de
maneira lícita, e, para isso, é necessário ter um aprofundamento na legislação
tributária pertinente a cada cultura empresarial e, principalmente, dos sistemas de
tributação existentes.

Planejamento tributário é o processo de escolha de ação ou omissão lícita, anterior à


ocorrência do fato gerador, que vise, direta ou indiretamente, economia de tributos.

De acordo com Borges (2011, p. 65), Planejamento Tributário é a:

[...] técnica gerencial que visa projetar as operações industriais, os negócios


mercantis e as prestações de serviços, visando conhecer as obrigações e
os encargos fiscais inseridos em cada uma das respectivas alternativas
legais pertinentes para, mediante meios e instrumentos legítimos, adotar
aquela que possibilita a anulação, redução ou adiantamento do ônus fiscal.

Pêgas (2009), diz que o planejamento tributário é a utilização de alternativas mais


vantajosas econômica e financeiramente, amparada na legislação vigente, em
comparação com alternativa que represente mais desembolso de tributos para o
contribuinte.
17

Para atingir bons resultados com o planejamento tributário é necessário analisar


todas as particularidades de cada caso e implanta-lo com o máximo de cuidado,
onde as declarações feitas sejam de forma direta e os fatos relatados às claras, e
com transparência.

2.2.2 Processo de elaboração do Planejamento Tributário

Um bom planejamento inicia-se na escolha do regime tributário que melhor se


enquadra na empresa. Os mais utilizados no Brasil são: o Simples Nacional, o Lucro
Presumido e o Lucro Real, que deverão ser escolhidos de acordo com as atividades
desenvolvidas. Cada regime tributário possui uma legislação própria que define
todos os procedimentos a serem seguidos a fim de definir um enquadramento mais
adequado.

Para Borges (2011, p.71) existem três tipos de planejamento tributário, classificados
de acordo seus objetivos:

A) Planejamento que tem por objetivo a anulação do ônus fiscal – para


alcançar este objetivo, o planejamento tributário deve articular o
empreendimento ou atividade econômico-mercantil, mediante o emprego de
estrutura e forma-jurídica – que sejam capazes de impedir a concretização
das hipóteses legais de incidências tributárias.
B) Planejamento que tem por objetivo a redução do ônus fiscal – para atingir
este objetivo, o planejamento tributário deve organizar o empreendimento
ou atividade econômico-mercantil, mediante a utilização de estrutura e
formas-jurídicas – que venha a possibilitar a concretização de hipóteses
legais de incidências tributárias, cujas consequências resultem num ônus
fiscal menor.
C) Planejamento que tem por objetivo o adiamento do ônus fiscal – para
alcançar este objetivo, o planejamento tributário deve arquitetar o
empreendimento ou a atividade econômico-mercantil, mediante a adoção de
estrutura e formas-jurídicas – que venha a possibilitar uma das seguintes
situações: deslocamento da ocorrência do fato gerador; procrastinação do
lançamento ou pagamento do imposto.

Os elementos do Planejamento tributário são encontrados dentro da própria


legislação, através do sistema de tributação que a empresa esta inserida,
compreende os elementos do próprio tributo a ser cobrado, utilizando de técnicas
administrativas (planejamento) e contábeis (demonstrativos) para que possam ser
feitos orçamentos relativos à área fiscal da organização, com a finalidade de obter
através de meios legais ou incentivos fiscais a redução da carga tributária.
18

Chaves (2009, p. 03) destaca que o planejamento tributário deverá ser iniciado com
revisão fiscal, onde o profissional deve aplicar os seguintes procedimentos:

1. Fazer o levantamento histórico da empresa, identificando a origem de


todas as transações efetuadas, e escolher a ação menos onerosa para os
fatos futuros; 2. Verificar a ocorrência de todos os fatos geradores dos
tributos pagos e analisar se houver cobrança indevida ou recolhimento
maior; 3. Verificar se houver ação fiscal sobre fatos geradores decaídos,
pois os créditos constituídos após cinco anos são indevidos; 4. Analisar,
anualmente, qual a melhor forma de tributação do Imposto de Renda e da
contribuição sobre o lucro, calculando de que forma (simples, real ou
presumido) a empresa pagará menos tributo; 5. Levantar o montante dos
tributos pagos nos últimos dez anos, para identificar se existem créditos
fiscais não aproveitados pela empresa; 6. Analisar os casos de incentivos
fiscais existentes, tais como isenções, redução de alíquotas etc.; 7. Analisar
qual a melhor forma de aproveitamento dos créditos existentes
(compensação ou restituição).

Após todas estas etapas e análises será produzido o planejamento com


procedimentos a serem adotados para reduzir a carga tributária.

Os principais documentos necessários para o Planejamento Tributário são:


Legislação Tributária (Constituição, CTN etc.); Documentação contábil da empresa;
Livros Contábeis e Fiscais e Guias de Recolhimentos e Declarações de
Rendimentos.

2.2.3 Finalidades do Planejamento Tributário

Enquanto no Brasil não se implanta uma reforma tributária eficiente o mercado utiliza
o Planejamento Tributário para maximizar os lucros e reduzir a carga tributária.

De acordo com Amaral (2011), são três as finalidades do planejamento tributário,


sendo a primeira evitar a incidência do tributo, tomando-se providências com o fim
de desviar-se do seu fato gerador, reduzir o montante do tributo, buscando-se meio
de se reduzir a alíquota ou sua base de cálculo e retardar o pagamento do tributo,
adotando-se medidas que têm este fim, sem a ocorrência da multa.

A operacionalização da economia legal de tributos, ainda segundo Amaral (2011),


pode se dar em três esferas:
19

No âmbito da própria empresa, através de medidas gerenciais que


possibilitem a não ocorrência do fato gerador do tributo, que diminua o
montante devido ou que adie o seu vencimento; No âmbito da esfera
administrativa que arrecada o tributo, buscando a utilização dos meios
previstos em lei que lhe garantam uma diminuição legal do ônus tributário; e
No âmbito do Poder Judiciário, através da adoção de medidas judiciais, com
o fim de suspender o pagamento, diminuição da base de cálculo ou alíquota
e contestação quanto à legalidade da cobrança.

A finalidade do Planejamento Tributário é oferecer um conjunto de alternativas


viáveis para o pagamento de impostos, o que possibilita boa economia fiscal ou
mesmo a redução de tributos, utilizando métodos e procedimentos técnicos que
permitem o estudo personalizado e minucioso dos diversos setores e atividades
empresariais.

O planejamento tributário visa evitar a incidência de tributos fugindo da ocorrência do


fato gerador procurando meios para reduzir o montante dos impostos e as alíquotas
das quais se baseia o calculo tributário, variando algumas de acordo com estado e a
espécie de serviço.

Segundo o IBPT, no Brasil, em média, 33%4 do faturamento empresarial é dirigido


ao pagamento de tributos. Somente o ônus do Imposto de Renda e da Contribuição
Social sobre o Lucro das empresas pode corresponder a 51,51% do lucro líquido
apurado. Da somatória dos custos e despesas, mais da metade do valor é
representada pelos tributos. Com uma carga tributária elevada, se faz necessário o
planejamento tributário a fim de reduzir os custos com tributos.

Chiomento (2010) enfatiza a importância do Planejamento Tributário, de acordo com


o autor o planejamento tributário permite, por meio de cálculos baseados em
projeções de resultados, reduzirem o ônus tributário, dentro dos ditames legais. A
análise dos tributos, bem como seus reflexos na organização, é uma atitude
extremamente positiva e preventiva, na qual é possível analisar o melhor modelo de
tributação.

A organização deve ter uma visão holística do seu ambiente, identificando suas
atividades e os tributos pelos quais esta sujeita a pagar.

Na elaboração do planejamento tributário o profissional Contábil se torna essencial


20

na tomada de decisões referentes à situação tributária da organização, pelo fato de


poder fornecer uma visão real da empresa.

Zanluca (2010) expõe a importância do contabilista na elaboração do planejamento


fiscal:
O contabilista é peça fundamental na elaboração e execução do
planejamento tributário. Afinal, ele comanda uma série de operações
internas da empresa, normalmente sendo responsável por múltiplos
controles, conciliações e apurações de impostos. Além disto, ele coopera
ou coordena equipes internas, sabendo de deficiências e pontos críticos que
podem gerar falhas na execução do planejamento.

2.2.4 Importância do planejamento tributário

Com uma carga tributária elevada, se torna de extrema necessidade o planejamento


tributário a fim de reduzir os custos com tributos.

O alto índice de tributos é um dos fatores da mortalidade precoce das empresas no


Brasil, mas não somente a alta carga tributária contribui para isso, a falta de
planejamento tributário faz com que algumas empresas paguem mais tributos que o
necessário, diminuindo os lucros e a competitividade das mesmas.

Ao não implantar o planejamento tributário, o administrador procura meios para


omitir o fato gerador, evitando a concretização do ato ou incidência do tributo,
caracterizando os procedimentos ilícitos de evasão ou sonegação fiscal, com isso,
deixa de cumprir seus deveres como cidadão gerador de emprego e renda.

Dentre os deveres fundamentais do cidadão-contribuinte o principal deles é


pagar o justo tributo. O entendimento adequado desta afirmação rejeita
simultaneamente os extremismos de um liberalismo que só reconhecem
direitos e esquece a responsabilidade comunitária dos indivíduos e de um
comunitarismo que dissolve a liberdade individual numa rede de deveres
tributários. (NOGUEIRA, 1999)

Por isso as empresas não devem adotar praticas de sonegação fiscal, que prejudica
a criação de planejamento tributário publico. Desta maneira é necessário fazer o
planejamento tributário com conhecimento especifico das leis de tributos, estudando
a viabilidade jurídica e econômica para criar procedimento que vise a diminuição da
incidência tributária.
21

2.3 ELISÃO E EVASÃO FISCAL

Elisão Fiscal e Evasão Fiscal são sinônimos de não pagamento dos tributos.
Analisando-as morfologicamente, percebe-se que são palavras de significado
semelhante, porém a doutrina do direito utiliza o termo Elisão Fiscal como a
economia do tributo de forma lícita, enquanto Evasão Fiscal como a fuga ilícita do
imposto. O que as diferencia é o fato gerador.

Em razão da elevada carga tributária incidente sobre os produtos e serviços, os


empresários mostram-se desestimulados a tocar seus empreendimentos.
Cotidianamente buscam meios para reduzir o impacto dos tributos sobre suas
atividades. Todavia, a questão é identificar se tais meios tomam por base a licitude
da conduta ou se configura numa prática ilícita e criminosa.

Diferente da elisão, a evasão é um procedimento contrário à lei (FABRETTI, 2009).

2.3.1 Elisão Fiscal

Elisão Fiscal é uma forma encontrada pelo contribuinte para a adoção de condutas
comissivas ou omissiva, lícitas, que tem como finalidade de evitar a realização do
fato gerador do imposto, objetivando redução da carga de tributos ou adiamento de
seus pagamentos. Diferente da Evasão fiscal, a elisão sempre ocorre antes do fato
gerador de forma planejada e buscando a forma menos onerosa para o contribuinte.

Fabretti (2009, p. 126), denomina elisão fiscal como “a economia tributária resultante
da adoção da alternativa legal menos onerosa ou de lacuna da lei”.

A elisão utiliza-se das brechas e das obscuridades da lei para encontrar vantagens
na forma de tributar. A expressão lacuna de lei fiscal diz respeito à inexistência de
uma ou mais disposições legais capazes de elucidar plenamente a intenção do
legislador, no que concerne às consequências tributárias em face da realização de
determinado fato, estado ou situação de fato.
22

Assim, Alexandre (2009, p. 275) afirma que, “quando o contribuinte usa de meios
lícitos para fugir da tributação ou torná-la menos onerosa, tem-se a chamada Elisão
Fiscal”.

Da mesma forma Fabretti (2009, p. 133) entende que, “elisão fiscal é legítima e
lícita, pois é alcançada por escolha feita de acordo com o ordenamento jurídico,
adotando-se a alternativa legal menos onerosa ou utilizando-se de lacunas da lei”.

A elisão fiscal classifica-se em duas espécies:

1. Decorrente da própria lei: neste caso o próprio dispositivo legal permite


ou até mesmo induz a economia de tributos. Existe uma vontade clara e
consciente do legislador de dar ao contribuinte determinados benefícios
fiscais. Os incentivos fiscais são exemplos típicos de elisão induzida por lei,
uma vez que o próprio texto legal dá aos seus destinatários determinados
benefícios.
2. Resultante de lacunas e brechas existentes na própria lei: neste caso,
contempla hipóteses em que o contribuinte opta por configurar seus
negócios de tal forma que se harmonizem com um menor ônus tributário,
utilizando-se de elementos que a lei não proíbe ou que possibilitem evitar o
fato gerador de determinado tributo com elementos da própria lei
(ZANLUCA, 2010).

Através da elisão fiscal a empresa se apoia na própria lei para encontrar saídas que
as conduz a minimizar os custos. Por outro lado, o governo apoia as empresas a se
estabelecerem em determinados polos dando-lhes incentivos fiscais com fins de
implantar a inovação tecnológica ou com formação de emprego e renda para
determinadas localidades, levando as empresas a analisarem e descobrirem as
vantagens fiscais em cada região do país antes de se estabelecerem.

2.3.2 Evasão Fiscal

Evasão Fiscal diferente da elisão fiscal é uma pratica de transgressão a lei, feita
após o fato gerador de o encargo tributário acontecer e com objetivo de reduzir ou
extinguir a obrigação tributária. Logo a evasão é a economia ilícita de tributos, pois a
sua utilização passa inevitavelmente a ser sonegação fiscal.
A Evasão fiscal é crime e está prevista na Lei dos Crimes contra a Ordem Tributária,
Econômica e contra as Relações de Consumo (Lei 8137/1990).
23

Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo,


ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes
condutas; I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades
fazendárias; II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos
inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou
livro exigido pela lei fiscal; III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura,
duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação
tributável; IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que
saiba ou deva saber falso ou inexato; V - negar ou deixar de fornecer,
quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda
de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-
la em desacordo com a legislação.

A sonegação fiscal não é garantia de sucesso para a empresa, pois a falta de


responsabilidade com a contribuição fiscal pode acarretar danos futuros para a
empresa e para o governo que conta com valores fiscais para desenvolver projetos
federais, estaduais e ou municipais.

O planejamento tributário é a atividade preventiva que estuda a priori os


atos e os negócios jurídicos que o agente econômico (empresa, instituição
financeira, cooperativa, associação, etc.) pretende realizar. Sua finalidade é
obter a maior economia fiscal possível, reduzindo a carga tributaria para o
valor realmente exigido por lei. (FABRETTI, 2009)

Numa visão mais completa, Alexandre (2009, p. 276) afirma que:

A evasão normalmente ocorre após a ocorrência do fato gerador, pratica


atos que visam a evitar o conhecimento do nascimento da obrigação
tributária pela autoridade fiscal. Aqui o fato gerador ocorre, mas o
contribuinte o esconde do Fisco, na ânsia de fugir à tributação.

Deste modo, faz-se necessário que os contadores, administradores e tributaristas


estejam cientes do que afirma Fabretti (2009) “o perigo do mau planejamento é
redundar em evasão fiscal, que é a redução da carga tributária descumprindo
determinações legais, classificadas como crime da sonegação fiscal”.

2.4 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

O Sistema Tributário Nacional foi sistematizado em 1966 com a lei 5.172/66. Desde
então o STN tem a finalidade de regulamentares princípios e normas da atividade
tributária, ou seja, estabelecer parâmetros, expondo limitações ao poder de tributar.

O Sistema Tributário é entendido como sendo o complexo orgânico formado


pelos tributos instituídos em um país ou região autônoma e os princípios e
normas que os regem. Por consequência, podemos concluir que o Sistema
Tributário Brasileiro é composto dos tributos instituídos no Brasil, dos
princípios e normas que regulam tais tributos (RIBEIRO, 2006).
24

2.4.1 Conceito

No Brasil adota-se o princípio da estruturalidade orgânica do tributo, pelo qual a


espécie tributária é determinada pelo seu fato gerador, pode-se afirmar as espécies
tributárias que compõem o sistema tributário brasileiro, cinco: impostos, taxas,
contribuições de melhoria, contribuições especiais e empréstimos compulsórios.

O Sistema Tributário Brasileiro é regido pela Emenda Constitucional nº 18, de 1º de


dezembro de 1965, sendo efetivamente regulamentado pela Lei nº 5.172, de outubro
de 1966 e foi denominado Código Tributário Nacional (CTN) pelo art. 7º do ato
complementar nº 36, de 13 de março de 1967.

O Sistema Tributário é entendido como sendo o complexo orgânico formado


pelos tributos instituídos em um país ou região autônoma e os princípios e
normas que os regem. Por consequência, podemos concluir que o Sistema
Tributário Brasileiro é composto dos tributos instituídos no Brasil, dos
princípios e normas que regulam tais tributos (RIBEIRO, 2006).

2.4.2 Competência Tributária

A Constituição Federal dispõe autonomia à União, aos Estados, ao Distrito Federal e


aos Municípios a instituírem os tributos, esta autonomia tem como nome
competência tributária.

A competência tributária possui as seguintes características:

Indegabilidade: O art. 7º do Código Tributário dispõe da seguinte forma a


indegabilidade na competência tributária:

A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de


arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou
decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa
jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da
Constituição.

Irrenunciabilidade: dispõe que a competência não poderá ser renunciada em parte


ou no todo pela pessoa política detentora.
25

2.4.3 Legislação Tributária

De acordo com o CTN, 1966:


Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e
as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares
que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles
pertinentes.

A legislação tributária refere-se ao conjunto de leis que definem os tributos, como a


responsabilidade do contribuinte, incluindo a fiscalização e as sanções para quem
não cumpre a lei. De acordo com o artigo 101 do Código Tributário Nacional, a
“vigência, no espaço e no tempo da legislação tributária, rege-se pelas disposições
legais aplicáveis às normas jurídicas em geral”.

A vigência constará na norma tributária, caso contrário, aplica-se então a regra geral:
iniciando 45 dias após a da publicação conforme a Lei de Introdução ao Código Civil.
No momento em que a lei tributária entra em vigor está apta a produzir seus efeitos.

Para aplicação das leis tributárias, parte da premissa do artigo 105 do CTN, onde
“aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim
entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja completa nos
termos do artigo 116”. Além disso, a aplicabilidade das leis deve respeitar os
princípios constitucionais tributários.

2.4.4 Princípios Constitucionais Tributários

Princípios é um conjunto de postura que, independente da situação, serão os


mesmos e dirigem as nossas ações, mostrando-nos o “certo” e o “errado”. Sendo
assim, os Princípios Constitucionais Tributários têm a finalidade de assegurar que o
cidadão não seja cobrado indevidamente pelo Estado. Na aplicação das leis
tributárias devem ser observados os princípios, desses serão citados alguns,
baseados na Constituição Federal de 1988:

Princípio da Legalidade (art. 5º, II, Constituição Federal, 1988): “Ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”.
26

Somente será exigido ou aumentado o tributo se a lei estabelecer, pois somente ela
obriga validamente às pessoas, caso contrário, é considerada forma ilícita.

Princípio da Irretroatividade (art. 150, III, Constituição Federal, 1988):

É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar


tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência
da lei que os houver instituído, aumento no mesmo exercício financeiro, ou
antes, decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei.

Este princípio tem a finalidade de ajudar o contribuinte a programar as suas contas.

Princípio da Anterioridade (art. 150, III, “b”, Constituição Federal, 1988): “No
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os institui ou
aumentou”.

A cobrança do tributo passará a ser feita quando a lei que o instituiu ou aumentou
tenha sido publicada no exercício financeiro anterior que, no Brasil, tem seu início e
fim coincidente com o ano civil.

Princípio da Noventena (art. 150, III, “c”, Constituição Federal, 1988): “Antes
decorridos noventas dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou”.

Principio da Igualdade ou Isonomia (art. 150, II, Constituição Federal, 1988):

Instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em


situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

Princípio do Não-Confisco (art. 150, IV, Constituição Federal, 1988): “Utilizar


tributo com efeito de confisco.” O Estado não pode utilizar o tributo com efeito
confiscatório.

Princípio da Liberdade de Tráfego (art. 150, V, Constituição Federal, 1988):


“Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais, ressalva a cobrança de pedágio pela utilização de
vias conservadas pelo poder público”.
27

Não serão aceitos tributos que vedam a circulação de bens ou pessoas no território
nacional, exceto a cobrança de pedágio pelo poder público.

Princípio da Uniformidade Geográfica (art. 151, I, Constituição Federal, 1988):

É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação ao Estado, ao
Distrito Federal ou ao Município, em detrimento de outro, admitida a
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.

O Estado deve instituir tributos que sejam uniformes em todo o território nacional,
mas observando os incentivos fiscais.

Princípio da Vedação as Isenções Heterônomas (art. 151, III, Constituição


Federal, 1988): “É vedado a União instituir isenções de tributos da competência dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios”.

2.5 EVOLUÇÃO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO

O sistema tributário do Brasil está inserido num contexto mais amplo da economia e
reflete o papel desempenhado pelo Estado num determinado momento. Antes de ser
promulgada a Constituição de 1934, o sistema tributário estava no começo e
dependia, sobretudo, da atividade primário-exportadora. A competência de tributos
confundia-se entre as três esferas de governo, pois era cumulativa para tributar
importação, exportação, indústria e profissões, etc. As alterações iniciaram em 1934,
quando ocorreu a ampliação do sistema tributário. Esse contrato social surgiu após a
idade média.

Com a constituição de 1946 houve grandes mudanças no sistema tributário como


destaca Morrisy (2010) de acordo com a autora através da criação de impostos e de
um sistema de transferências, elevou-se a receita dos municípios. Até 1966
observou-se uma participação crescente dos impostos internos. A reforma tributária
da década de 60 tinha dois grandes objetivos: a elevação da receita para solucionar
o problema do déficit fiscal e a implementação de um sistema tributário que
estimulasse o investimento. Em 1966 foi criada a Lei nº 5.172 de 25 de outubro de
28

1966, mais tarde chamado de código tributário nacional pelo art. 7° do ato
complementar n° 36 de 13 de março de 1967, que dispõem sobre a regulamentação
do sistema tributário.

Durante a década de 1970 o Brasil atravessava um período de grande explosão


econômica, o governo optou por obter aumentos de arrecadação apenas com o
crescimento econômico do país. Em 1986, a carga tributária, situada em 26,2% do
PIB, encontrava-se praticamente no mesmo patamar de 1970. Em 1994 o PIB passa
para o patamar de 29,8%. Com o plano Real a estabilidade econômica foi mantida e,
junto com isso, o panorama favorável de crescimento de carga tributária brasileira,
que veio sendo gradativamente aumentada até alcançar em 2008 inacreditáveis
36,56% do PIB (FONSECA, 2009).

Em pouco mais de 60 anos a carga tributária brasileira quase triplicou, na tabela


abaixo os principais tributos antes e após a reforma de 1965/1967:

TABELA 01 – Principais tributos antes e após a reforma de 1965/1967


ANTES DA REFORMA APÓS A REFORMA
FEDERAIS FEDERAIS
Imposto de Importação Impostos sobre Comércio Exterior (II e IE)
Imposto de Consumo IPI
Impostos Únicos Impostos Únicos
Imposto de Renda Imposto de Renda
Imposto sobre Transferências para exterior IOF
Impostos sobre Negócios
Impostos Extraordinários Impostos Extraordinários
Impostos Especiais Outros (transporte, comunicações, etc.)
ESTADUAIS ESTADUAIS
Imposto sobre vendas a varejo ICM
Imposto sobre Transmissão (Causa-Mortis). Imposto sobre Transmissão (Causa-Mortis).
Imposto sobre Expedição
Imposto sobre Atos Regulados
Impostos Especiais
MUNICIPAIS MUNICIPAIS
Imposto Territorial Rural
Imposto sobre Transmissão (Inter-vivos)
IPTU IPTU
Imposto de Indústrias e Profissões ISS
Imposto de Licença
Imposto sobre diversões públicas
Imposto sobre atos de economia
Fonte: Alves, Petri e Petri, Sérgio Adaptado Navus - Revista de Gestão e Tecnologia (2012).
29

2.6 DEFINIÇÃO DE TRIBUTOS

Tributo do latim-tribuo, tributum, tribuere, repartir com os cidadãos a despesa


pública.

Conforme o art. 9 da Lei que Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal tributo pode ser definido como:

Art. 9 - Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito


público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições, nos termos
da Constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o
seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por
essas entidades (BRASIL, Lei nº 4.320, de 17 de Março de 1964).

Conforme o art. 3 da lei que dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui
normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios, tributo é
“toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujos dados nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrado mediante
atividade administrativa plenamente vinculada” (BRASIL, Lei Nº 5. 172, de 25 de
outubro de 1966).

O art.4º da Lei Nº 5. 172 destaca que a natureza jurídica do tributo é determinada


pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I – a
denominação e demais características formais adotadas pela lei; II – a destinação
legal do produto da sua arrecadação.

Sendo assim, o tributo é dividido em espécies, ou seja, a modalidade a qual


pertença, sendo os cincos principais: impostos, taxas, contribuições de melhorias
empréstimos compulsório e contribuições especiais ou sociais que serão explicados
posteriormente.

O tributo é regido por lei onde a contribuição dos indivíduos será determinada pelo
fato gerador.

Rezende (2010) denomina-se como fato gerador a concretização da hipótese de


30

incidência, ou seja, a materialização da situação descrita em lei. Além de determinar


a hipótese de incidência, a lei também deve descrever o momento em que se
considera que a hipótese de incidência ocorre.

Consiste em um conjunto de fatos a que a legislação vincula o nascimento da


obrigação jurídica de pagar um tributo determinado.

Segundo Torres (2011, p. 375).

Tributo é o dever fundamental, consistente em prestação pecuniária, que,


limitado pelas liberdades fundamentais, sob a diretiva dos princípios
constitucionais da capacidade contributiva, do custo/beneficio ou da
solidariedade do grupo e com a finalidade principal ou acessória de
obtenção de receita para as necessidades públicas ou para atividades
protegidas pelo Estado, exigido de quem tenha realizado o fato descrito em
lei elaborada de acordo com a competência especifica outorgada pela
Constituição.

Os tributos são cobranças realizadas pela atividade administrativa plenamente


vinculada por lei. Sendo obrigação dos indivíduos ou pessoas jurídicas de recolher
valores ao Estado.
Abaixo a tabela 2 destaca a evolução da carga tributária nos últimos anos:

TABELA 02- Evolução da carga tributária nos últimos anos


ANO CARGA TRIBUTÁRIA
1993 25,09%
1997 25,47%
2000 30,03%
2004 33,49%
2007 34,69%
2010 34,22%
2013 36,42%
Fonte: IBPT (2013)

2.7 ESPÉCIES DE TRIBUTOS

De acordo com o artigo 145 da Constituição Brasileira, há três espécies de tributos,


onde a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão estabelecer:
31

2.7.1 Impostos

Imposto é a quantia em dinheiro legalmente exigida pelo Poder Público, que deverá
ser paga pela pessoa física ou jurídica a fim de atender às despesas feitas no
interesse comum, sem levar em conta vantagens de ordem pessoal ou particular.

Segundo Fabretti (2009, p.116) imposto é:

É aquele que, uma vez instituído por lei, é devido, independentemente de


qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte. Portanto, não está
vinculada a nenhuma prestação específica do Estado ao sujeito passivo.

O Código Tributário Nacional em seu 16 art. define imposto como “o tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte” (LEI Nº 5.172, de 25 de Outubro de 1966).

O art. 145 da Constituição Federal (1988) prevê que cabe a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios instituir os seguintes tributos:

Art. 145- I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia


ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III -
contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. (BRASIL, EMENDA
CONSTITUCIONAL, Nº 64 DE 04 DE FEVEREIRO DE 2010).

Harada (2010) tem uma definição similar ao que traz o art.16 do Código Tributário
Nacional onde o autor reitera que o imposto é um tributo que independe da relação
do Estado com o contribuinte, Harada acrescenta que o imposto é calculado sobre a
parte da receita e observando o limite de arrecadação do mesmo.

O Estado não tem por obrigação oferecer ao contribuinte algum tipo de benefício, ou
seja, o contribuinte sabe que não irá receber algo em troca por pagar corretamente
os impostos. O dinheiro arrecadado com impostos também é usado para
investimentos em obras públicas como hospitais, rodovias, hidrelétricas, portos,
universidades, etc. Os impostos são gerados a partir da renda do individuo em para
os indivíduos em ganhos de capital e lucros e em patrimônio como casas e carros
tanto das pessoas físicas quanto jurídicas.
32

2.7.2 Taxas

A taxa diferencia-se do imposto, pois quando paga-se uma taxa, em contrapartida


tem-se a prestação de um serviço público. Possuí natureza jurídica de Direito
Público e como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, estando sujeitas
a todas as limitações legais, sendo que a sua cobrança está vinculada à efetiva
prestação do serviço.

O art. 77 do Código Tributário Nacional enfatiza que as taxas cobradas pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (BRASIL, LEI Nº 5.172, DE 25
DE OUTUBRO DE 1966).

De acordo com Harada (2010, p. 329):

Podemos conceituar a taxa como um tributo que surge da atuação estatal


diretamente dirigida ao contribuinte, quer pelo exercício do poder de polícia,
quer pela prestação efetiva ou potencial de um serviço público específico e
divisível, cuja base de cálculo difere, necessariamente, da de qualquer
imposto.

Ao contrário de imposto, A taxa possui um caráter contraprestacional, pois existe


nela um benefício ou vantagem para o contribuinte.

2.7.3 Contribuições de melhorias

Estão previstas nos artigos 149 e 149 da Constituição Federal (1988), onde são
tributos cobrados para custeio de atividades paraestatais e podem ser: sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias econômicas ou
profissionais.

O Art. 81 do código tributário Nacional relata que a contribuição de melhoria cobrada


pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de
suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas
33

de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e
como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado (LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966).

De acordo com Machado (2004, p.72) contribuição de melhoria é:

É o tributo cuja obrigação tem como fato gerador a valorização de imóveis


decorrente de obra pública. Distingue-se do imposto porque depende de
atividade estatal específica, e da taxa porque a atividade estatal de que
depende é diversa. Enquanto a taxa esta ligada ao exercício regular do
poder de polícia, ou a serviço público, a contribuição de melhoria está ligada
á realização de obra pública. Caracteriza-se, ainda, a contribuição de
melhoria por ser o seu fato gerador instantâneo e único.

Pode-se exemplificar este tributo pelo asfaltamento de uma rua, que melhora as
condições de trânsito local, bem como pode significar aos moradores um benefício
por proporcionar a valorização dos imóveis situados nesta área.

A Contribuição de Melhoria, também é um tributo vinculado, pois depende para ser


cobrada, de uma ação estatal específica, uma contraprestação, relativamente ao
contribuinte. Esta ação é a realização de uma obra pública de que decorra
valorização do imóvel do contribuinte.

2.7.4 Empréstimos compulsórios

O empréstimo Compulsório pode ser tido como uma espécie particular de tributo,
pois além de ser autorizado em situações próprias deverá ser devolvido ao sujeito
passivo que o tenha suportado. No texto da Constituição Federal no seu artigo 148
dispõe:

Art. 148 – CF/1988. A União, mediante lei complementar, poderá


instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso
de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, b. Parágrafo único. A
aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. (BRASIL,
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 1988).
34

A tipologia conhecida como empréstimos compulsórios para Tavares (2009), este é


originário, obrigatoriamente, por uma lei complementar, cobrado em casos
excepcionais quando utilizado para cobrir as despesas que foram necessárias na
recuperação e/ou reconstrução do que foi perdido e/ou destruído.

2.7.5 Contribuições especiais ou sociais

A contribuição especial são tributos com destinação para certas áreas de interesse
ao setor publico, como ao financiamento da seguridade social, que tem destinação e
finalidade certa, tais como saúde, educação, cultura, previdência social, assistência
social, etc.
São espécies tributárias voltadas a custear despesas especificas que
devem se realizadas pelo ente tributante. Têm natureza de impostos (seu
fato imponível é uma atividade do contribuinte) ou de taxas (seu fato
imponível é uma atividade do poder público), como têm uma finalidade de
custeio específica, os valores arrecadados devem ser utilizados apenas
para ela (FAVORETTO et al, 2011, p. 703).

As contribuições especiais estão divididas em: contribuição social, contribuição de


intervenção de domínio econômico e contribuição de interesse das categorias
profissionais ou econômicas.

No entendimento de Oliveira (2011) as contribuições sociais são contribuições


especiais, são tributos instituídos para o financiamento dos Sistemas Oficiais de
Previdência e Assistência Social (contribuições sociais). As contribuições são
estabelecidas pela União. Porém, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
podem cobrar essa modalidade de contribuição, mas, somente, de seus servidores
para o custeio dos respectivos sistemas previdenciários.

Este tipo de tributo foi criado com o intuito de ajudar financeiramente os órgãos
previdenciários, servem para custear o poder de controle do Estado junto a um
determinado mercado e manter os órgãos de classe.

2.8 NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO

A natureza jurídica do tributo está disposta no artigo 4º do Código Tributário:


35

Art. 4º A natureza jurídica especifica do tributo é determinado pelo fato


gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I – a
determinação e demais adotadas pela lei; II – a destinação legal do produto
da sua arrecadação.

2.9 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO TRIBUTO

O tributo possui os seguintes elementos:

2.9.1 Fato Gerador

O fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente para sua
ocorrência.

Segundo Fabretti (2009, p. 128), “denomina-se fato gerador a concretização da


hipótese de incidência tributária prevista em abstrato na lei, que gera (faz nascer) a
obrigação tributária”.

Para Harada (2010, p.484) “costuma-se definir o fato gerador como uma situação
abstrata, descrita na lei, a qual, uma vez ocorrida em concreto enseja o nascimento
da obrigação tributária”.

2.9.2 Contribuinte ou responsável

As partes da obrigação tributária são de um lado, o sujeito ativo, que é o ente


público (União, Estado ou Município), criador do tributo, e, de outro lado, o sujeito
passivo, que, segundo o CTN, pode ser o contribuinte ou o responsável.

O contribuinte é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador. Já o responsável, é aquele que sem revestir a
condição de contribuinte, ou seja, sem praticar o ato que enseja a ocorrência do fato
gerador, vê a obrigação de pagar o tributo nascer por força de dispositivo legal.

Segundo Fabretti (2009, p. 123), “o contribuinte é o sujeito passivo da obrigação, ou


36

seja, mantém uma relação direta ou não com a obrigação tributária.” Cabe a ele
mediante a lei, responder pela obrigação tributária, ou seja, o contribuinte somos
nós, que pagamos os tributos.

2.9.3 Base de Cálculo

Base de Cálculo é o valor sobre o qual se aplica o percentual (ou alíquota) com a
finalidade de se apurar o montante a ser recolhido. A base de cálculo, conforme a
CF, deve ser definida em lei complementar, estado sua alteração sujeita aos
princípios da legalidade (mudança somente por outra lei); da anterioridade (a lei
deve estar vigente antes de iniciada a ocorrência do fato gerador) e da
irretroatividade (a norma não pode atingir fatos passados).

Segundo Fuhrer (2002, p. 123), denomina base de cálculo como “valor sobre o qual
é aplicada a alíquota (percentual) para apurar o valor do tributo a pagar”.

2.9.4 Alíquota

Alíquota é o percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo,


determina o montante do tributo a ser recolhido. Assim como a base de cálculo, a
alteração da alíquota também está sujeita aos princípios constitucionais da
legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.

Führer (2002, p. 124) conceitua alíquota como “o percentual definido em lei que,
aplicada sobre a base de cálculo, determina o montante do tributo a ser pago”.

2.9.5 Adicional

Fabretti (2009, p. 124) considera adicional como: “Além do imposto devido, apurado
pela aplicação da alíquota sobre a base de cálculo, às vezes a lei determina o
pagamento de mais um imposto, pelo nome de adicional, que incide sobre
determinado valor que ele fixar”.
37

2.10 APURAÇÃO DOS TRIBUTOS, IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Neste tópico será abordado à apuração dos tributos e contribuições sociais federais
que serão abordados durante a execução desta pesquisa. São eles: o Imposto de
Renda Pessoa Jurídica – IRPJ, a Contribuição Social Sobre o Lucro das Pessoas
Jurídicas – CSLL, o Programa de Integração Social – PIS/PASEP, a Contribuição
Para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, o Imposto sobre Produtos
Industrializados – IPI, a Contribuição para a Seguridade Social – INSS, o Imposto
sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, o Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS e o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.

2.10.1 Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ

Foi instituído o IRPJ pelo Código Tributário Nacional Lei 5.172/66 através do art. 43:

O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de


qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade
econômica ou jurídica: I – de renda, assim entendido o produto do capital,
do trabalho ou da combinação de ambos; II – de proventos de qualquer
natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos
no inciso anterior.

Neves (2009) conceitua o fato gerador do IRPJ como a obtenção de resultados


positivos (lucros) nas operações empresariais, assim como os acréscimos
patrimoniais decorrentes de ganhos de capital, também é citada que o imposto será
devido à medida que os rendimentos, ganhos e lucros forem sendo auferidos.

Em regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos


de capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada,
independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou
contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua
finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de
incidência do imposto. O percentual a ser pago pela pessoa jurídica, seja
comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze
por cento) sobre o lucro real (PORTAL TRIBUTÁRIO, 2010).

O período de computação do imposto será determinado com base no lucro real,


presumido ou arbitrado, por períodos de apuramento trimestrais, encerrados nos
dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
38

calendário. À opção do contribuinte, o lucro real ainda pode ser apurado por período
anual conforme a necessidade da empresa (NEVES, 2009).

2.10.2 Contribuição Social Sobre o Lucro das Pessoas Jurídicas – CSLL

Foi instituída pela Lei n° 7.689/1988. Aplicam-se à CSLL as mesmas formas de


apuração e de pagamento colocadas para o Imposto de Renda das Pessoas
Jurídicas, mantidas a base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor
(Lei nº. 8.981, de 1995, art. 57) onde varia entre 10% e 12% e a base de cálculo é o
valor do resultado do exercício, antes da provisão para o Imposto de Renda.

Incide sobre as pessoas jurídicas e entes equiparados pela legislação do


Imposto de Renda e se destina ao financiamento da Seguridade Social. Sua
alíquota varia entre 12% e 32% e a base de cálculo é o valor do resultado
do exercício, antes da provisão para o Imposto de Renda (PORTAL
TRIBUTÁRIO, 2010).

Como regra, e como bem reza o Art. 4° da lei 7.689/88, são contribuintes da CSLL
todas as pessoas jurídicas domiciliadas no País e as que lhe são equiparadas pela
legislação do Imposto de Renda.

2.10.3 Programa de Integração Social – PIS/PASEP

O PIS (Programa de Integração Social) foi criado pela Lei Complementar 07/70 (para
beneficiar os empregados da iniciativa privada). O PASEP foi criado pela Lei
Complementar 08/70 (para beneficiar os funcionários públicos).

Define os contribuintes como pessoas jurídicas de direito privado e as que


lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive
empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de
economia mista e suas subsidiárias, excluídas as microempresas e as
empresas de pequeno porte que estão submetidas ao regime do Simples
Nacional. A base de cálculo da contribuição é a totalidade das receitas
auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevante o tipo de atividade por ela
exercida e a classificação contábil adotada para as receitas. A alíquota do
PIS é de 0,65% ou 1,65% (na modalidade não cumulativa) sobre a receita
bruta ou 1% sobre a folha de salários, nos casos de entidades sem fins
lucrativos. Entretanto, para determinadas operações, a alíquota é
diferenciada (PORTAL TRIBUTÁRIO, 2010).
39

O abono do PASEP (funcionários públicos) é pago no Banco do Brasil, enquanto


que o abono do PIS (funcionários de empresas privadas) é feito na Caixa Econômica
Federal. Sua alíquota é de 1,65% para as empresas tributadas pelo lucro real
(sistemática da não-cumulatividade) e de 0,65% para as demais.

2.10.4 Contribuição para o financiamento da Seguridade Social – COFINS

A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) é uma


contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a receita bruta das
empresas em geral, destinada a financiar a seguridade social, foi criada através da
Lei Complementar n° 70 de 1991. A contribuição COFINS, atualmente, é regida pela
Lei 9.718/98, com suas alterações.

Sua alíquota é de 7,6% para as empresas tributadas pelo lucro real (sistemática da
não-cumulatividade) e de 3,0% para as demais. Tem-se por base de cálculo o
faturamento mensal (receita bruta da venda de bens e serviços), ou o total das
receitas da pessoa jurídica.

Trata como contribuintes da Contribuição para Financiamento da


Seguridade Social (COFINS) as pessoas jurídicas de direito privado em
geral, sua destinação é atender programas sociais do Governo Federal. A
base de cálculo da contribuição é a totalidade das receitas auferidas pela
pessoa jurídica, sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a
classificação contábil adotada para as receitas. A alíquota geral é de 3% ou
7,6% na modalidade não cumulativa. Entretanto, para determinadas
operações, a alíquota é diferenciada (PORTAL TRIBUTÁRIO, 2010).

2.10.5 Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

Este imposto incide sobre produtos industrializados, tanto nacionais como


estrangeiros. A tabela utilizada para calcular o percentual varia de acordo com
produto, sendo disposta na tabela TIPI (Tabela de Incidência do Imposto sobre
Produtos Industrializados).

2.10.6 Contribuição para a Seguridade Social – INSS


40

De acordo art. 1º da Lei nº 8.212, de 24 de junho de 1991, “a Seguridade Social


compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da
sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à
assistência social”.

2.10.7 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN

O imposto sobre serviços de qualquer natureza com exceção dos impostos


compreendidos em Circulação de Mercadorias (ICMS), conforme art. 155 II da CF/88
(ISSQN ou ISS) é um imposto brasileiro. É um imposto municipal, ou seja, somente
os municípios têm competência para instituí-lo (Art.156, IV, da Constituição Federal).
A única exceção é o Distrito Federal, unidade da federação que tem as mesmas
atribuições dos Estados e dos municípios.

O ISSQN tem como fato gerador a prestação (por empresa ou profissional


autônomo) de serviços descritos na lista de serviços da Lei Complementar nº 116
(de 31 de julho de 2003).

Como regra geral, o ISSQN é recolhido ao município em que se encontra o


estabelecimento do prestador. O recolhimento somente é feito ao município no qual
o serviço foi prestado (ver o artigo 3º da lei complementar citada) no caso de
serviços caracterizados por sua realização no estabelecimento do cliente (tomador),
por exemplo: limpeza de imóveis, segurança, construção civil, fornecimento de mão-
de-obra.

Os contribuintes do imposto são as empresas ou profissionais autônomos que


prestam o serviço tributável, mas os municípios e o Distrito Federal podem atribuir às
empresas ou indivíduos que tomam os serviços à responsabilidade pelo
recolhimento do imposto.

O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza de competência dos


Municípios e do Distrito Federal tem como fato gerador a prestação de
serviços constantes, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante do prestador. A alíquota mínima foi fixada em 2% e a
máxima de incidência foi em 5% (PORTAL TRIBUTÁRIO, 2010).
41

2.10.8 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e


Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e
de Comunicação – ICMS

O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) é
um imposto estadual, ou seja, somente os governos dos estados do Brasil e do
Distrito Federal têm competência para instituí-lo (conforme o art. 155, II, da
Constituição de 1988).

O campo de incidência do ICMS é definido, na origem, pela própria Constituição


Federal, em seu Art.155.

A Constituição atribuiu competência tributária à União para criar uma lei geral sobre
o ICMS, através de Lei Complementar (Lei Complementar 87/1996, a chamada "Lei
Kandir"). A partir dessa lei geral, cada Estado institui o tributo por lei ordinária, o
chamado "regulamento do ICMS" ou "RICMS", que é uma consolidação de toda a
legislação sobre o ICMS vigente no Estado, e é aprovada por Decreto do
Governador.

Cada uma dessas leis está numa hierarquia, capitaneada pela Constituição Federal
e que segue pela Lei Complementar, a Lei Ordinária e até o RICMS. Nenhuma
dessas leis pode criar obrigações que não estejam contidas nas leis superiores a
ela, sob pena de serem inválidas.

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é de competência


dos Estados e do Distrito Federal. Contribuinte é qualquer pessoa, física ou
jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito
comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior. A alíquota varia de
Estado para Estado, em São Paulo as saídas das mercadorias para a
região Sul e Sudeste são de 12%, já para o estado do Espírito Santo a
alíquota é de 7%. E para o exterior a alíquota é de 18% (PORTAL
TRIBUTÁRIO, 2010).

2.10.9 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS

Segundo o art. 2º da Lei nº 8.036 de 11 de maio de 1990, “o FGTS é constituído


42

pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta lei e outros recursos a ele
incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a
assegurar a cobertura de suas obrigações”.

Também a Constituição Federal, artigo 7º, trata: “São direitos dos trabalhadores
urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: III -
fundo de garantia do tempo de serviço”.

2.11 PRINCIPAIS REGIMES TRIBUTÁRIOS BRASILEIROS

São três os regimes tributários mais utilizados: Simples Nacional, Lucro Real e Lucro
Presumido. A escolha do regime e seu enquadramento é o que irá definir a
incidência e a base de cálculo dos tributos federais, estaduais e municipais. As
modalidades de Tributação trazem as formas de opção para a empresa seguir,
conforme suas necessidades. Vamos aqui citar e explicar cada um deles para
melhor entendimento.

2.11.1 Simples nacional

O Simples Nacional surgiu da necessidade de beneficiar as microempresas e


empresas de pequeno porte, tornando eficazes os princípios constitucionais. De
acordo com a Receita Federal, o Simples Federal, aprovado pela Lei nº 9.317 de 5
de dezembro de 1996, foi extinto em 01 de julho de 2007, conforme disposto no art.
89 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, a qual instituiu o novo
regime denominado "Simples Nacional".

Alexandre (2009, p. 637) entende que o Simples Nacional

[...] não é um sistema de imposto único nem uma etapa de migração para tal
sistema. Trata-se, de um regime de tratamento diferenciado e favorecido a
ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito
da União, dos Estados e dos Municípios. (ALEXANDRE, 2009).

Segundo o SEBRAE-SC (2009, p. 01) o Simples Nacional:


43

O Simples Nacional foi criado com o objetivo de unificar a arrecadação dos


tributos e contribuições devidos pelas micro e pequenas empresas
brasileiras, nos âmbitos dos governos federal, estaduais e municipais. O
regime especial de arrecadação não é um tributo ou um sistema tributário,
mas uma forma de arrecadação unificada.

A instituição do Simples Nacional é uma tentativa do governo em simplificar a


apuração e recolhimento de tributos pelas empresas ele “unifica” os impostos em
um, e cria uma faixa de alíquotas para cada lucro anual auferido pela empresa.

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim
definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las
pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias,
previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio
de lei.

O sítio da Receita Federal, no artigo 3º da Lei complementar nº 123, 14 de


dezembro de 2006, que em seu caput define que institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, onde deverá ser analisado qual
critério a empresa se enquadra:

I - no caso da microempresa aufira, em cada ano-calendário, receita bruta


igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); II - no
caso da empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita
bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou
inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). A referida
lei, ainda deixa claro no parágrafo § 4 que, não poderão se beneficiar desse
enquadramento empresas: I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa
jurídica com sede no exterior; 52 III - de cujo capital participe pessoa física
que seja inscrita como empresário, ou seja, sócia de outra empresa que
receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei
Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que
trata o inciso II do caput deste artigo; IV - cujo titular ou sócio participe com
mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada
por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o
limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; V - cujo sócio ou titular
seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins
lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o
inciso II do caput deste artigo; VI - constituída sob a forma de cooperativas,
salvo as de consumo; VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de
desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito,
financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de
distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de
arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de
previdência complementar; IX - resultante ou remanescente de cisão ou
qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha
ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; X - constituída sob
a forma de sociedade por ações.
44

A Lei Complementar nº 123 de dezembro de 2006 (alterada pela 127/2007), trata da


regulamentação do Simples Nacional, que possui as seguintes características de
acordo com o Ministério da Fazenda (2010):

I. ser facultativo;
II. ser irretratável para todo o ano-calendário;
III. apuração e recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento
único de arrecadação;
IV. disponibilização às ME e às EPP de sistema eletrônico para a realização
do cálculo do valor mensal devido;
V. apresentação de declaração única e simplificada de informações
socioeconômicas e fiscais.
VI. abrange os seguintes tributos:
Tributos da Competência Federal Imposto sobre a Renda da Pessoa
Jurídica – IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social – COFINS; Contribuição para o PIS; Contribuição para a
Seguridade Social - INSS, a cargo da pessoa jurídica (empresas com certas
atividades devem recolher a contribuição em separado).
Tributo da Competência Estadual Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação–ICMS
Tributo da Competência Municipal Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza - ISS.

No Brasil, a carga tributária para as microempresas e empresas de pequeno porte é


alta, por isso, foi instituído o Simples Nacional que é um regime especial unificado de
arrecadação de tributos e contribuições. Nesse regime é possível unificar oito
impostos (IRPJ; IPI; CSLL; COFINS; PIS; INSS; ICMS; ISS), onde é feito o
recolhimento mensal por meio do DAS - Documento de Arrecadação do Simples
Nacional, onde a data de vencimento do DAS é o dia 20 de cada mês.

O valor do imposto que a Empresa irá pagar pelo Regime do Simples Nacional é
calculado observando o art. 18 da Lei Complementar n° 123 de dezembro de 2006:

Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de


pequeno porte comercial, optante pelo Simples Nacional, será determinado
mediante aplicação da tabela. § 1º Para efeito de determinação da alíquota,
o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses
anteriores ao do período de apuração. § 2º Em caso de início de atividade,
os valores de receita bruta acumulada constantes das tabelas da Lei
Complementar devem ser proporcionais ao número de meses de atividade
no período. § 3º Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquota
determinada na forma do caput e dos §§ 1º e 2º deste artigo, podendo tal
incidência se dar, à opção do contribuinte na forma regulamentada pelo
Comitê Gestor, sobre a receita recebida no mês, sendo essa opção
irretratável para todo o ano-calendário. § 4º O contribuinte deverá
considerar, destacadamente, para fim de pagamento: I - as receitas
decorrentes da revenda de mercadorias; II - as receitas decorrentes da
45

venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte: III - as receitas


decorrentes da prestação de serviços, bem como a de locação de bens
móveis; IV - as receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a
substituição tributária e tributação concentrada em uma única etapa
(monofásica), bem como, em relação ao ICMS, antecipação tributária com
encerramento de tributação; V - as receitas decorrentes da exportação de
mercadorias para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de
comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico previsto no
art. 56 desta Lei Complementar.

O valor devido pela empresa mensalmente, optante pelo simples nacional, será
determinado mediante aplicação de percentuais, das tabelas de acordo com sua
atividade exercida e receita bruta acumulada dos últimos doze meses. Anexo I da
Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011 (art. 25, inciso I) (vigência:
01/01/2012)

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio

TABELA 03 – Tabela para cálculo e recolhimento do Simples Nacional – Comércio

Receita Bruta em 12 meses PIS/ CPP/


Alíquota IRPJ CSLL COFINS ICMS
(em R$) PASEP INSS
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%
Fonte: Receita Federal do Brasil (2014)
46

2.11.2 Lucro presumido

Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada, para determinar a base de


cálculo do Imposto de Renda e para a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
trimestralmente das empresas que não tiverem a obrigatoriedade de apuração no
Lucro Real. O IRPJ e a CSLL incidem sobre um percentual preestabelecido da
receita, sendo assim, este regime trabalha com a presunção do lucro.

Fabretti (2009, p. 77) dispõe que “consiste o lucro presumido no resultado da


aplicação de determinado percentual, sobre a receita bruta”.

O lucro presumido é uma forma simplificada de apuração do imposto de renda para


aquelas tributadas pelo mesmo, ou seja, presume-se um percentual que pode ser
1,6 %, 8,0%, 16% ou 32% depende da atividade, definidos no art. 25 da Lei
9.430/1996:

I – 1,6% na revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo,


álcool etílico carburante e gás natural;
II – 8% na venda de mercadorias e produtos;
III – 8% na prestação de serviços de transporte e carga;
IV – 8% na prestação de serviços hospitalares;
V – 8% na venda de imóveis das empresas com esse objeto social [...]
VI – 8% nas indústrias gráficas;
VII – 8% na construção civil por empreitada com emprego de materiais;
VIII – 16% na prestação de serviços de transportes, exceto de cargas;
IX – 16% na prestação de serviços em geral pelas pessoas jurídicas com
receita bruta anual de até R$ 120.000 [...];
X – 32% na prestação de demais serviços não incluídos nos incisos
anteriores. Sobre essa base, multiplica-se a alíquota de 15% (quinze por
cento), tendo-se o imposto de renda devido (BRASIL. LEI N°. 9.430, DE 27
DE DEZEMBRO DE 1996).

As condições para a opção pelo lucro presumido estão descritas no art. 13 da Lei n°.
9.718/98:
Art. 13. A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior
tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de
reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais)
multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior,
quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação
com base no lucro presumido (Redação dada pela Lei nº 12.814, de 2013).
§ 1º A opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em
relação ao todo o ano-calendário.
§ 2º Relativamente aos limites estabelecidos neste artigo, a receita bruta
auferida no ano anterior será considerada segundo o regime de
competência ou caixa, observado o critério adotado pela pessoa jurídica,
caso tenha, naquele ano, optado pela tributação com base no lucro
presumido (BRASIL, LEI N° 9.718 DE NOVEMBRO DE 1998).
47

O regime do lucro presumido para Fabretti (2009):

[...] tem a finalidade de facilitar o pagamento do IR, sem ter que recorrer à
complexa apuração do lucro real que pressupõe contabilidade eficaz, ou
seja, capaz de apurar o resultado antes do último dia útil do mês
subsequente ao encerramento do trimestre.

É de fundamental importância conhecer o que integra a receita bruta total para


prosseguir no entendimento de como funciona o cálculo do lucro presumido.

Portanto, traz-se a definição da Receita Federal do Brasil que menciona:

[...] considera-se como receita bruta total o produto da venda de bens nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado
auferido nas operações de conta alheia, acrescidos das demais receitas,
tais como, rendimentos de aplicações financeiras (renda fixa e variável),
receita de locação de imóveis, descontos ativos, variações monetárias
ativas, juros recebidos como remuneração do capital próprio e dos ganhos
de capital. Na receita bruta se inclui o ICMS e deverão ser excluídas as
vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos
não cumulativos cobrados destacadamente do comprador, dos quais o
vendedor ou prestador é mero depositário (RECEITA FEDERAL DO
BRASIL, 2011).

Conforme imposição de regulamentação presente nos artigos 516 a 528 do


Regulamento do Imposto de Renda, as pessoas jurídicas poderão optar pela forma
de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de
renda e da contribuição social, desde que não sejam obrigadas no ano-calendário à
apuração do lucro real, usando um valor apurado mediante a aplicação de um
determinado percentual sobre a receita bruta como base de cálculo (BRASIL,
DECRETO N° 3.000 DE 1999).

As pessoas jurídicas poderão optar pela forma de tributação simplificada, pois o


efetivo planejamento tributário aplica-se, tão somente, a empresas com apuração de
PIS e COFINS cumulativas.

Para o calculo do IR e a CSLL aplica-se uma alíquota de presunção sobre o


faturamento, que varia de percentual de acordo com a atividade exercida pela
empresa, podendo ser de 1,6% (um vírgula seis por cento), 8% (oito por cento), 16%
(dezesseis por cento) ou 32% (trinta e dois por cento), para que assim possa se
chegar a um valor que será considerado lucro, e através dele serão calculado o IR e
a CSLL devida onde segundo o Ministério da Fazenda (2002) para o calculo do IR
48

desde o ano de 1996 a alíquota é de 15% (quinze por cento) e o valor devido é
identificado com a aplicação deste percentual sobre a base de cálculo encontrada
através da aplicação dos índices de presunção sobre a receita tributável.

A alíquota da contribuição social até o mês de abril de 2008 era de 9% (nove por
cento) para todas as empresas, porém de acordo com a Medida Provisória nº 413,
de 3 de janeiro de 2008 e posterior instrução normativa RFB nº 810 de 21 de janeiro
de 2008, ocorreu a elevação da alíquota para 15% (quinze por cento), a partir do
mês de maio de 2008, para as Pessoas Jurídicas de Seguros privados, as de
Capitalização e as que são referidas na Lei Complementar nº. 105, de 10 de janeiro
de 2001 com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder os R$
60.000,00 trimestrais, sendo que as demais permanecem com a alíquota anterior de
9%.

Para um melhor entendimento, podemos analisar as alíquotas na tabela abaixo:

TABELA 04 - Determinação do lucro presumido de acordo com a atividade geradora.


IRPJ CSLL
ATIVIDADE ECONÔMICA PREDOMINANTE
Presunção Alíquota % Direto Presunção Alíquota % Direto
Revenda para consumo, de combustível derivado de
1,6% 15,0% 0,24% 12,0 % 9,0 % 1,08 %
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural.
Revenda de Mercadorias 8,0% 15,0% 1,2% 12,0 % 9,0 % 1,08 %
Vendas de Mercadorias com Industrialização por
8,0% 15,0% 1,2% 12,0 % 9,0 % 1,08 %
Encomenda (material fornecido pelo encomendante).
Venda de produtos de fabricação própria. 8,0% 15,0% 1,2% 12,0 % 9,0 % 1,08 %
Diferencial entre o valor de venda e o valor de compra de
32,0 % 15 % 4,8 % 12,0 % 9,0 % 1,08 %
veículos usados.
Prestação de Serviços Hospitalares 8,0% 15,0% 1,2% 12,0 % 9,0 % 1,08 %
Serviços de transporte de cargas 8,0% 15,0% 1,2% 12,0 % 9,0 % 1,08 %
Transportes de Passageiros. 16,0% 15,0% 2,4% 12,0 % 9,0 % 2,88 %
Serviços em Geral (exceto serv. hospitalares) 32,0% 15,0% 4,8% 32,0 % 9,0 % 2,88 %
Serviços Prestados por Sociedade Civil de Profissão
32,0% 15,0% 4,8% 32,0 % 9,0 % 2,88 %
Legalmente Regulamentada.
Intermediação de negócios (Inclusive representação
comercial por conta de terceiros e corretagem de 32,0% 15,0% 4,8% 32,0 % 9,0 % 2,88 %
seguros, imóveis e outros).
Administração, Locação ou Cessão de Bens Imóveis,
32,0% 15,0% 4,8% 32,0 % 9,0 % 2,88 %
Móveis e Direitos de Qualquer Natureza.
Bancos Comerciais e Instituições Financeiras. 16,0% 15,0% 2,4% 32,0 % 9,0 % 2,88 %
Loteamento, Incorporação, Venda de Imóveis
8,0% 15,0% 1,2% 12,0 % 9,0 % 1,08 %
Construídos ou Adquiridos para Revenda.
Construção por Administração ou por Empreitada,
32,0% 15,0% 4,8% 32,0 % 9,0 % 2,88 %
com fornecimento unicamente de Mão-de-Obra.
Construção por Administração ou por Empreitada com
8,0% 15,0% 1,2% 12,0 % 9,0 % 1,08 %
fornecimento de materiais e mão-de-obra.
Fonte: Receita Federal do Brasil (2014)
49

O cálculo da COFINS e do PIS nas empresas tributadas pelo lucro presumido tem
como base inicial a totalidade das receitas da empresa. Para as empresas que
continuarem a apurar pelo método do Lucro Presumido, as contribuições para o PIS
e COFINS continuou regidas pelo princípio da cumulatividade, as suas alíquotas são
menores, isto é, 0,65% para o PIS e 3,00% para a COFINS.

Após o estabelecimento do lucro, através da alíquota aplicada a espécie da atividade


geradora, calculam-se os impostos federais incidentes sobre o faturamento, dentre
eles o PIS e a COFINS, que devem ser apurados mensalmente, e o IRPJ e a CSLL
cuja apuração deverá ser feita trimestralmente.

TABELA 05 - Cálculo e recolhimento do Lucro Presumido


Tipo de Imposto Alíquota Direta Base de Cálculo Observação
Se o lucro líquido for
superior a R$ 60.000 ao
IR - Imposto de Renda
1,2% Lucro Líquido trimestre, haverá um
sobre o Lucro Líquido
adicional de 10% sobre
o excedente.
CSLL - Contribuição
Social sobre o Lucro 1,08% Lucro Líquido
Líquido
PIS - Programa de
0,65% Valor da Venda
Integração Social
COFINS -
Contribuição 3,0% Valor da Venda
Financeira Social
ICMS - Imposto de O imposto sobre a
Circulação de venda deverá ser
Variável de 0% a 25% Valor da Venda
Mercadorias e compensado com o
Serviços. imposto sobre a compra
Fonte: Dados da Pesquisa

2.11.3 Lucro real

O lucro Real esta embasado no artigo 14 da lei n° 9.718/98, o qual esboça sobre a
obrigatoriedade das pessoas jurídicas em optar pelo Regime de tributação Lucro
Real.
É à base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros
contábeis e fiscais efetuados sistematicamente de acordo com as leis
comerciais e fiscais. A apuração do lucro real é feita na parte A do Livro de
Apuração do Lucro Real, mediante adições e exclusões ao lucro líquido do
período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e compensações de
prejuízos fiscais autorizadas pela legislação do imposto de renda, de acordo
com as determinações contidas na Instrução Normativa SRF nº 28 de 1978,
e demais atos legais e infralegais posteriores (RECEITA FEDERAL, 2010).
50

De acordo com Chaves (2010, p.14):


O lucro real é o resultado contábil (receitas menos os custos e despesas),
ajustados pelas adições e exclusões. Esses ajustes devem ser
demonstrados no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR. Quando
analisado somente o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o
lucro, na maioria dos casos é a melhor opção, porque a empresa somente
paga os referidos tributos quando obtém lucro.

O lucro real é a apuração do imposto de renda pelo verdadeiro resultado


apresentado, considerando as deduções e adições devidas, as que a lei determina
como dedutível e para todas as deduções efetuadas, deve haver documentos
comprobatórios como, notas fiscais de fornecedores e outros documentos previstos
no regulamento do imposto de renda.

Fabretti (2009, p. 231), define:

Adições: referem-se às despesas contabilizadas pela PJ, mas que são


limitadas ou admitidas pela lei. Exemplo: multas por infrações fiscais.
Exclusões: São valores que a lei permite subtrair do lucro líquido (IR) para
efeito fiscal. Exemplo: depreciação acelerada por incentivos fiscais,
dividendos obtidos de investimentos em ações de outras empresas
avaliadas pelo custo de aquisição, etc. Compensações: podem ser
compensados os prejuízos fiscais dos períodos-bases anteriores.

É competência atribuída pela Constituição Federal exclusivamente da União,


Estados, Municípios e Distrito Federal. O art. 246 do RIR/99 descreve quais são as
pessoas jurídicas obrigadas a optar pela tributação do Lucro Real.

Art. 246 - Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: I -


cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de vinte
e quatro milhões de reais, ou proporcional ao número de meses do período,
quando inferior a doze meses; II - cujas atividades sejam de bancos
comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas
econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de
seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada
aberta; III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos
do exterior; IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam
benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V – que, no
decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo
regime de estimativa, na forma do art. 222; VI - que explorem as atividades
de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas
a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (Factoring); (LEI nº
9.718/98, art. 14).
51

Assim sendo, as demais empresas podem, se lhes convier, se enquadrar pela


tributação do Lucro Real.

O lucro real, portanto é à base de cálculo do imposto de renda partindo do resultado


apresentado na contabilidade, com os devidos ajustes, é a forma de tributação mais
completa e exata para se calcular o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre
o lucro, para as empresas, no qual a base de cálculo se inicia por meio do lucro
contábil (YOUNG, 2009).

O lucro real é apurado com base nas demonstrações contábeis e deve ser ajustado
pelas adições, exclusões e compensações autorizadas legalmente como a de
prejuízos fiscais, o art. 3° da Lei n. 9.249/95 destaca que após a obtenção do valor
do lucro real, é aplicada para a apuração do IRPJ a alíquota de 15% (quinze por
cento) sobre o lucro real e de 10% (dez por cento) sobre o valor que exceder a
R$ 60.000,00 (Sessenta mil reais) no trimestre.

Para apuração da CSLL, é aplicada a alíquota de 9% (nove por cento) sobre o lucro
real obtido, sem a incidência de adicional.

No regime não cumulativo, há a possibilidade de desconto de créditos, no entanto


suas alíquotas são maiores, ou seja, de 1,65% para o PIS e 7,6% para a COFINS.

A tributação pelo lucro real permite que as empresas determinem o lucro com base
em balanço anual levantado no dia 31 dezembro ou mediante balancetes trimestrais
nos dias, 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro, 31 de dezembro na forma da
Lei n. 9.430/96. Portanto, a apuração pode ser de duas formas: lucro real trimestral
ou lucro real anual.

Para um melhor entendimento, podemos analisar as alíquotas na tabela a seguir:


52

TABELA 06 - Cálculo e recolhimento do Lucro Real


Tipo de Imposto Alíquota Base de Cálculo Observação
Se o lucro líquido for
superior a R$ 60.000 ao
IR - Imposto de Renda
15% Lucro líquido trimestre, haverá um
sobre o Lucro Líquido
adicional de 10% sobre
o excedente.
CSLL - Contribuição
Social sobre o Lucro 9% Lucro Líquido
Líquido
O imposto sobre a
venda deverá ser
PIS - Programa de
1,65% Valor da Venda compensado com o
Integração Social
imposto sobre a
compra.
O imposto sobre a
COFINS - venda deverá ser
Contribuição 7,6% Valor da Venda compensado com o
Financeira Social imposto sobre a
compra.
ICMS - Imposto de O imposto sobre a
Circulação de venda deverá ser
Variável de 0% a 25% Valor da Venda
Mercadorias e compensado com o
Serviços. imposto sobre a compra
Fonte: Dados da Pesquisa
53

3. ESTUDO DE CASO

Nesse estudo de caso serão apresentadas as demonstrações contábeis do ano de


2013 da empresa NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA - ME, onde serão
realizados os cálculos dos impostos devidos pela mesma. Os cálculos serão
realizados pelos três regimes de tributação: Simples Nacional, regime este adotado
pela empresa desde 01/07/2007, Lucro Presumido e Lucro Real. Após analisarmos
os dados, iremos comparar os resultados obtidos, para, só então, optar pelo regime
mais vantajoso.

Informamos que fomos devidamente autorizados a utiliza e divulgar todos os dados


necessários para a realização deste estudo, através do termo de autorização
assinado pela Sócia Administradora desta empresa, a Sr.ª NARA LORENCINI
FERRAÇO, inscrita no CPF/MF sob o nº 113.115.037-65, portadora da cédula de
identidade nº 2.102.567 – SPTC/ES. Uma via “original” deste termo encontra-se no
Anexo 01 deste trabalho com o reconhecimento de firma em cartório da assinatura
da Sócia Administradora, acima qualificada.

3.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA OBJETO DE ESTUDO DA PESQUISA

O estudo de caso foi realizado na empresa NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES


LTDA - ME, que utiliza como Título do Estabelecimento (Nome Fantasia) DECOLAR
SISTEMAS CONSTRUTIVOS, Com Sede estabelecida à Rua Francelina Carneiro
Setubal, Nº 1080 (Loja - 01) Itapoã - Vila Velha / ES, CEP: 29.101-641, inscrita no
CNPJ: 02.863.016/0001-53. O ramo de atividade é o comércio varejista de materiais
de construção em geral, o Comércio varejista de artigos de tapeçaria, cortinas e
persianas, o Comércio varejista de artigos de iluminação e a Instalação de portas,
janelas, tetos, divisórias e armários embutidos de qualquer material. A NEW DECOR
foi fundada em 20 de Novembro de 1998. Atualmente conta com um capital social de
R$ 51.000,00 (Cinquenta e um mil reais), divididos em 51.000 (Cinquenta e uma mil)
cotas, no valor nominal de R$ 1,00 (Um real) cada uma, totalmente integralizados
em moeda corrente nacional. A Sociedade é composta pelos Sócio Administradores
NARA LORENCINI FERRAÇO, inscrita no CPF/MF sob o nº 113.115.037-65,
54

portadora da cédula de identidade nº 2.102.567 – SPTC/ES, detentora de 50% do


Capital Social, e EDUARDO MARGON GALINA, inscrito no CPF/MF sob o nº
097.063.497-82, portador da cédula de identidade nº. 1.780.942 - SSP/ES, detentor
de 50% do Capital Social.

Atualmente a empresa é Optante pelo Simples Nacional desde 01/07/2007 e conta


com uma renda anual bruta de aproximadamente R$ 790.000,00, podendo
enquadrar-se também no Lucro Presumido e no Lucro Real, como veremos a seguir.

3.2 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

Os dados coletados foram fornecidos pela Sócia Administradora


Nara Lorencini Ferraço, acima qualificada, sendo estes: apuração de impostos e
contribuições, demonstração do resultado do exercício e balancetes mensais da
empresa.

TABELA 07 – Movimentação da empresa no ano de 2013.


MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA NO ANO DE 2013
Receita bruta com vendas R$ 788.370,93
Devoluções e descontos R$ 9.785,79
Impostos e Contribuições s/ as vendas R$ 51.554,92
CMV R$ 315.348,37
Folha de Pagamento R$ 92.453,28
Despesa FGTS R$ 7.396,26
Despesas financeiras R$ 1.263,84
Despesas gerais R$ 6.234,25
SALDO R$ 304.334,22
Fonte: Dados da Pesquisa

3.3 CÁLCULO DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES

Neste tópico, será realizado o planejamento tributário para a empresa New Decor
Artes e Decorações Ltda - Me, por meio do cálculo das três modalidades de
tributação: Simples Nacional, modalidade esta já adotada pela empresa, Lucro Real
e Lucro Presumido. Para realizarmos os cálculos iremos utilizar as demonstrações
contábeis de janeiro a dezembro do ano de 2013.
55

3.3.1 Cálculo do Simples Nacional

O Simples Nacional é calculado com base na receita bruta do mês. Aplica-se sobre a
respectiva receita bruta a alíquota prevista no Anexo I, do art. 25, inciso I, da
resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011, que vai de 4% a 11,61%,
obtendo-se então o valor devido. O valor da receita é cumulativo para efeito dos
cálculos mensais, variando as alíquotas de acordo com a soma, conforme Tabela 3
do presente trabalho.

Para um melhor entendimento, podemos analisar os cálculos na tabela abaixo:

TABELA 08 – Cálculo do Simples Nacional

Alíquotas - Partilha do Simples Nacional


Totais
Receita PIS CPP Alíq. Desc.
Mês Faturam. IRPJ CSLL COFINS ICMS Tributos Tributos
Bruta PASEP INSS Total ICMS ST
Mensal a pagar
Acumulada

0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%


Jan 54.027,26 349.260,86 5,47% 2.955,29 0,00 2.955,29
0,00 0,00 464,63 0,00 1.485,76 1.004,90

0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%


Fev 65.595,33 391.934,79 6,84% 4.486,72 0,00 4.486,72
177,10 203,34 623,15 150,86 1.803,90 1.528,37

0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%


Mar 102.067,69 445.632,19 6,84% 6.981,43 0,00 6.981,43
275,58 316,40 969,64 234,75 2.806,89 2.378,17
0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%
Abr 110.235,36 498.214,21 6,84% 7.540,10 1.541,10 5.999,00
297,63 341,73 1.047,23 253,54 3.031,47 2.568,50

0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%


Mai 71.495,98 515.748,16 6,84% 4.890,32 42,89 4.847,43
193,03 221,63 679,20 164,43 1.966,18 1.665,85

0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%


Jun 59.139,68 571.078,74 7,54% 4.459,13 0,00 4.459,13
206,98 206,98 615,05 147,84 1.768,31 1.513,97

0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%


Jul 59.340,98 605.979,40 7,54% 4.474,31 208,14 4.266,17
207,68 207,68 617,14 148,34 1.774,34 1.519,13

0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%


Ago 69.725,06 639.846,88 7,54% 5.257,27 579,60 4.677,67
244,03 244,03 725,13 174,31 2.084,82 1.784,95

0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%


Set 61.513,81 683.024,24 7,54% 4.638,14 286,85 4.351,29
215,30 215,30 639,74 153,79 1.839,26 1.574,75

0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%


Out 78.214,08 693.447,72 7,54% 5.897,37 902,26 4.995,11
273,74 273,74 813,42 195,52 2.338,65 2.002,30

0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%


Nov 38.826,20 708.632,37 7,54% 2.927,50 411,15 2.516,35
135,89 135,89 403,78 97,06 1.160,93 993,95

0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%


Dez 18.189,50 717.691,17 7,54% 1.371,49 352,16 1.019,33
63,65 63,65 189,16 45,47 543,91 465,65

Total 788.370,93 _ 2.290,61 2.430,37 7.787,27 1.765,91 22.604,42 19.000,49 _ 55.879,07 4.324,15 51.554,92

Autor: Elaboração própria.


Fonte: Extrato do Simples Nacional do ano de 2013 da Empresa estudada.
56

Se a NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA - ME optar pelo SIMPLES


NACIONAL como forma de tributação, os gastos tributários anuais serão de
R$ 51.554,92.

3.3.2 Cálculo do Lucro Presumido

Pelo Lucro Presumido, a New Decor Artes e Decorações Ltda – Me, deixa de pagar
um imposto único, devendo calculá-los de forma separada. A base de cálculo
utilizada para o PIS e COFINS, é a receita bruta acumulada, onde utilizaremos a
alíquota de 0,65% para o PIS e a alíquota de 3,0% para a COFINS. Para o cálculo
do IRPJ e da CSLL, estima-se um lucro, baseando-se em alíquotas que variam de
acordo com a atividade geradora de cada empresa, conforme a Tabela 4 do
respectivo trabalho.

No caso da empresa New Decor Artes e Decorações Ltda - Me, por se tratar de uma
empresa de venda de mercadorias, a alíquota utilizada será de 15% para o IRPJ,
sobre uma base de presunção de 8% sobre o faturamento, podendo ser acrescidos
mais 10% de adicional de IR sobre o excedente, caso o lucro líquido for superior a
R$ 60.000 ao trimestre.

Para a CSLL, a alíquota utilizada será de 9%, sobre uma base de presunção de 12%
sobre o faturamento. Para o INSS, será utilizada uma alíquota de 25,8%, tendo
como a base de cálculo o valor da folha de pagamento. E finalmente, para o cálculo
do ICMS, será utilizada uma alíquota de 17% sobre a receita bruta acumulada,
deduzindo os créditos acumulados nas entradas de mercadoria para revenda, exceto
as com substituição tributária.

Para um melhor entendimento, podemos analisar os cálculos na tabela a seguir:


57

TABELA 09 – Cálculo do Lucro Presumido

Base Base Base Base Base


Fat. PIS COFINS IRPJ CSLL INSS ICMS Tributos
Cálculo Cálculo Cálculo Cálculo Cálculo
Mês
PIS e
Bruto 0,65% 3,0% *IRPJ 15,00% **CSLL 9,00% ***INSS 25,80% ****ICMS 17,00% A Pagar
COFINS
Jan 54.027,26 54.027,26 351,18 1.620,82 4.322,18 648,33 6.483,27 583,49 7.704,44 1.987,75 27.013,63 4.592,31 9.783,88

Fev 65.595,33 65.595,33 426,37 1.967,86 5.247,62 787,14 7.871,44 708,43 7.704,44 1.987,75 32.797,66 5.575,60 11.453,15

Mar 102.067,69 102.067,69 663,44 3.062,03 8.165,42 1.224,81 12.248,12 1.102,33 7.704,44 1.987,75 51.033,85 8.675,75 16.716,11

Abr 110.235,36 110.235,36 716,53 3.307,06 8.818,83 1.322,82 13.228,24 1.190,54 7.704,44 1.987,75 16.535,30 2.811,00 11.335,71

Mai 71.495,98 71.495,98 464,72 2.144,88 5.719,68 857,95 8.579,51 772,16 7.704,44 1.987,75 10.724,40 1.823,15 8.050,61

Jun 59.139,68 59.139,68 384,41 1.774,19 4.731,17 709,68 7.096,76 638,71 7.704,44 1.987,75 8.870,95 1.508,06 7.002,79

Jul 59.340,98 59.340,98 385,72 1.780,23 4.747,28 712,09 7.120,92 640,88 7.704,44 1.987,75 8.901,15 1.513,20 7.019,87

Ago 69.725,06 69.725,06 453,21 2.091,75 5.578,00 836,70 8.367,00 753,03 7.704,44 1.987,75 10.458,80 1.771,00 7.893,44

Set 61.513,81 61.513,81 399,84 1.845,41 4.921,10 738,17 7.381,65 664,35 7.704,44 1.987,75 9.227,07 1.568,60 7.204,12

Out 78.214,08 78.214,08 508,39 2.346,42 6.257,13 938,57 9.385,69 844,71 7.704,44 1.987,75 11.732,11 1.994,50 8.620,34

Nov 38.826,20 38.826,20 252,37 1.164,79 3.106,10 465,92 4.659,14 419,32 7.704,44 1.987,75 5.823,93 990,07 5.280,21

Dez 18.189,50 18.189,50 118,23 545,69 1.455,16 218,27 2.182,74 196,45 7.704,44 1.987,75 2.728,50 463,83 3.530,22

Total 788.370,93 788.370,93 5.124,41 23.651,13 63.069,67 9.460,45 94.604,48 8.514,40 92.453,28 23.853,00 195.847,35 33.287,07 103.890,46

*IRPJ: Base Cálculo = Valor Faturamento Bruto X 8% (Base de presunção, conforme Tabela 4)

**CSLL: Base Cálculo = Valor Faturamento Bruto X 12% (Base de presunção, conforme Tabela 4)

***INSS: Base Cálculo = Valor da Folha de Pagamento (Média anual) X 25.8% (Conforme Tabela 7)
****ICMS: Base Cálculo = Valor Faturamento Bruto X 17% - As deduções (Créditos de ICMS destacados nas Notas de Entrada e as Notas com
substituição tributária, exceto Jan, Fev e Mar, pois a ST iniciou em 01/04/2013)

Autor: Elaboração própria.


Fonte: Receita Federal do Brasil (2014)

Se a NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA - ME optasse por este regime


de tributação o valor a ser tributado seria de R$ 103.890,46, o que mostra uma
diferença a maior de R$ 52.335,54 entre o Lucro Presumido e o Simples Nacional,
que é o atual regime utilizado pela empresa.

3.3.3 Cálculo do Lucro Real

Pelo Lucro Real, a New Decor Artes e Decorações Ltda – Me, deixa de pagar um
imposto único, devendo calculá-los de forma separada. A base de cálculo utilizada
para o PIS e COFINS, é a receita bruta acumulada, onde utilizaremos a alíquota de
1,65% para o PIS e a alíquota de 7,60% para a COFINS. Para o cálculo do IRPJ e
da CSLL, serão considerando-se todas as receitas, menos todos os custos e
despesas da empresa, de acordo com o regulamento do imposto de renda.
A alíquota utilizada será de 15% para o IRPJ, sobre o Lucro Líquido, e para a CSLL,
58

a alíquota utilizada será de 9%, também sobre o Lucro Líquido, conforme a Tabela 6
do respectivo trabalho. Poderão ser acrescidos mais 10% de adicional de IR sobre o
excedente, caso o lucro líquido for superior a R$ 60.000 ao trimestre. Para o INSS,
será utilizada uma alíquota de 25,8%, tendo como a base de cálculo o valor da folha
de pagamento. E finalmente, para o cálculo do ICMS, será utilizada uma alíquota de
17% sobre a receita bruta acumulada, deduzindo os créditos acumulados nas
entradas de mercadoria para revenda, exceto as com substituição tributária.

Para um melhor entendimento, podemos analisar os cálculos nas tabelas abaixo:

TABELA 10 – Apuração do Lucro


DRE
Receita bruta R$ 788.390,73
(-) deduções da receita bruta R$ 61.340,71
Receita líquida R$ 727.050,02
(-) CMV R$ 315.348,37
Lucro bruto R$ 411.701,65
(-) despesas operacionais R$ 7.498,09
LAIR R$ 404.203,56
Adições R$ 0,00
Exclusões R$ 0,00
Lucro Real R$ 404.203,56
Autor: Elaboração própria.
Fonte: Receita Federal do Brasil (2014)

TABELA 11 – Cálculo do Lucro Real


Impostos Base de cálculo Alíquota Tributos a pagar
PIS R$ 788.390,73 1,65% R$ 13.008,50
COFINS R$ 788.390,73 7,60% R$ 59.917,70
IRPJ R$ 404.203,56 15,00% R$ 60.630,53
CSLL R$ 404.203,56 9,00% R$ 36.378,32
INSS R$ 92.453,28 25,80% R$ 23.853,00
ICMS R$ 195.847,35 17,00% R$ 33.287,07
TOTAL R$ 227.075,12
Autor: Elaboração própria.
Fonte: Receita Federal do Brasil (2014)

Se a NEW DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA - ME optasse por este regime


de tributação o valor a ser tributado seria de R$ 227.075,12, o que mostra uma
diferença a maior de R$ 174.739,59 entre o Lucro Real e o Simples Nacional, que é
o atual regime utilizado pela empresa.
59

3.4 COMPARAÇÃO ENTRE OS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO: SIMPLES


NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL

TABELA 12 – Comparação dos Regimes de Tributação

VALOR TOTAL DE CADA TRIBUTO REFERENTE AO ANO DE 2013


FATURAMENTO BRUTO ANUAL: R$ 788.370,93
Tributos Lucro Real Lucro Presumido Simples Nacional
PIS R$ 13.008,50 R$ 5.124,41 R$ 1.765,91
COFINS R$ 59.917,70 R$ 23.651,13 R$ 7.787,27
IRPJ R$ 60.630,53 R$ 9.460,45 R$ 2.290,61
CSLL R$ 36.378,32 R$ 8.514,40 R$ 2.430,37
INSS R$ 23.853,00 R$ 23.853,00 R$ 22.604,42
ICMS R$ 33.287,07 R$ 33.287,07 R$ 14.676,34
Total Gasto
R$ 227.075,12 R$ 103.890,46 R$ 51.554,92
com Tributos
Autor: Elaboração própria.
Fonte: Receita Federal do Brasil (2014)

Percentual sobre o faturamento bruto que a empresa gasta com Tributos.

GRÁFICO 01 – Comparação dos Regimes de Tributação

Autor: Elaboração própria.


Fonte: Receita Federal do Brasil (2014)
60

Fazendo a comparação dos três regimes de tributação, conforme a Tabela 12, se a


empresa optasse pelo Lucro Real, seus gastos anuais com tributos seriam de
R$ 227.075,12 (Duzentos e vinte e sete mil, setenta e cinco reais e doze centavos),
o que representaria 28,80% do faturamento bruto anual da empresa, se a opção
fosse o Lucro Presumido, seus gastos seriam de R$ 103.890,46 (Cento e três mil,
oitocentos e noventa reais e quarenta e seis centavos), o que representaria 13,18%
do faturamento bruto anual, já optando pelo Simples Nacional, que é o atual regime
adotado pela empresa estudada, seus gastos anuais com tributos são de
R$ 51.554,92 (Cinquenta e um mil, quinhentos e cinquenta e quatro reais e noventa
e dois centavos) o que representa somente 6,54% do Faturamento bruto anual.

Mediante esta análise, podemos ver que entre os três regimes de tributações o
Simples Nacional foi o menos oneroso, seguido do Lucro presumido com uma
diferença de R$ 52.335,54. O Lucro real foi o mais oneroso, comparado com o
Simples Nacional, a diferença foi de R$ 174.739,59, um montante foi muito alto,
além de ser o sistema mais trabalhoso. A partir dessas informações é que a gerência
tomará as decisões, para assim, dar continuidade ao planejamento tributário.
61

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O sistema tributário nacional gera atualmente um alto custo com tributos, estes
impostos e contribuições representam uma grande parcela das despesas
operacionais das empresas, aumentando o preço final das mercadorias e dos
serviços, por isso merecem uma atenção especial para que as mesmas obtenham
diminuição na sua tributação de forma lícita e consequentemente aumente seus
lucros.

Portanto, pode-se afirmar que o Planejamento Tributário deveria ser adotado e


praticado em todas as empresas, pois, como observado, não existe fórmula do
melhor regime, e sim, se faz necessário planejar a fim de encontrar os melhores
benefícios para o seu negócio, seja na correta escolha do regime a se adotar, seja
em outras estratégias e planejamentos que reduzam não só os tributos, mas
também todas as despesas, a fim de maximizar os lucros das empresas.

A escolha do assunto deveu-se a preocupação dos sócios em saber se o Simples


Nacional é a melhor opção de regime de tributação para a empresa pesquisada, e
através da comparação da tabela 12, concluímos então que o melhor regime a ser
adotado na Empresa em estudo é mesmo o Simples Nacional, pois ele foi o regime
que gerou menos despesas com o pagamento de tributos. A NEW DECOR ARTES E
DECORAÇÕES LTDA - ME é Optante pelo Simples Nacional desde 01/07/2007, o
que demonstra que a mesma possui um planejamento tributário acertado, provando
assim a importância do tema escolhido.

Mediante o que foi visto, constatou-se que o tema abordado pela pesquisa é muito
amplo, possuindo um grande leque de estratégias legais, que visam à economia de
tributos. A presente pesquisa conteve-se no estudo de apenas uma das práticas do
planejamento tributário: a correta escolha do regime de tributação. Para que se
tenha um maior aproveitamento do tema, sabendo-se do quanto seu campo é vasto
e inovador, recomenda-se novos estudos e pesquisas de outras estratégias de
planejamento, como o gerenciamento dos encargos e contribuições sociais, a
retenção de tributos, a desoneração da folha de pagamento no simples nacional,
entre outros temas implicados, ressaltando sempre a indiscutível importância do
planejamento tributário na sobrevivência das empresas no Brasil.
62

REFERÊNCIAS

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Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2009.
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AMARAL, Gilberto Luiz do. A nova ótica do planejamento tributário empresarial.
BORGES, Humberto Bonavides. Planejamento tributário: IPI, ICMS, ISS e IR.
11. Ed. São Paulo: Atlas, 2011.
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União, Brasília, 27 de dezembro de 1996.
______. Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de
renda das pessoas jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido,
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______. Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito
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______. Lei nº. 10.684, de 30 de maio de 2003. Altera a legislação tributária, dispõe
sobre parcelamento de débitos junto à Secretaria da Receita Federal, à
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e ao Instituto Nacional do Seguro Social e
dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.684.htm>. Acesso em: 28
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______. Lei número 7.689, de 15 de dezembro de 1988. Publicada no DOU de
16.12.88 Institui contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas e dá outras
providências.
63

______. Lei 9.317, de 05 de Dezembro de 1996 – Dispõe sobre o Sistema Integrado


de Impostos e Contribuições das Micro e das Empresas de Pequeno Porte –
SIMPLES e dá outras providências.
______. Lei 9.841, de 05 de Outubro de 1999 – Institui o Estatuto da Micro e da
Empresa de Pequeno Porte, dispondo sobre o tratamento jurídico diferenciado,
simplificado e favorecido previsto nos artigos 170 e 179 da Constituição Federal.
______. Ministério da Fazenda. Receita Federal do Brasil. Alíquotas do Imposto de
Renda de Pessoas Jurídicas Tributadas pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado.
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ANEXO 01

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