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SERRA - ES
2014
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SERRA – ES
2014
2
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________
Prof. MS. MARCELO FARDIN CHAVES
Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos
Orientador
______________________________________________
Prof. MS. ANGELO ROBERTO FIORIO CUSTODIO
______________________________________________
Prof(a). MÔNICA PORTO PIRES
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
Este trabalho tem por finalidade realizar uma análise sobre as vantagens de se optar
pela forma de tributação mais adequada ao ramo de atividade de uma determinada
empresa através de um bom planejamento tributário, com o objetivo de minimizar os
custos através da redução dos impostos, o que deverá refletir positivamente nos
resultados da mesma. Este estudo visa demonstrar os benefícios que um correto
enquadramento no regime tributário pode representar em uma gestão empresarial.
Observa-se um enorme desconhecimento por parte de empresários e até mesmo
dos próprios contadores diante da legislação tributária, o que acaba por causar erros
na definição da escolha tributária, gerando assim valores desnecessários
e estes por sua vez, podem colocar em risco a própria existência da empresa.
Para tanto, não existe fórmula, é necessária uma simulação de tributações para, só
então, analisar os resultados e fazer uma escolha consciente. Neste contexto,
trouxemos no trabalho uma pesquisa conceituando o tema planejamento tributário e
expondo suas vantagens, fazendo uma análise dos tributos e da legislação tributária
e um estudo de caso que fora realizado na empresa NEW DECOR ARTES E
DECORAÇÕES LTDA – ME, cujo ramo de atividade é o comércio varejista de
material de construção, a qual tem sua sede instalada no estado do Espírito Santo
no município de Vila Velha.
ART - Artigo
CF - Constituição Federal
CMV – Custo da Mercadoria Vendida
CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
CPP - Contribuição Patronal Previdenciária
CSLL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
CTN - Código Tributário Nacional
DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional
EPP - Empresa de Pequeno Porte
ES - Espírito Santo
FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço
INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
IR - Imposto de Renda
IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica 10
ISSQN - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real
LTDA - Limitada
ME - Micro Empresa
PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
PIB- Produto Interno Bruto
PIS - Programa de Integração Social
PJ - Pessoa Jurídica
RFB- Receita Federal do Brasil
RIR - Regulamento do Imposto de Renda
SRF - Secretaria da Receita Federal
ST – Substituição Tributária
STN - Sistema Tributário Nacional
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LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
1.1 PROBLEMA ....................................................................................................... 9
1.2 OBJETIVOS..................................................................................................... 10
1.2.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 10
1.2.2 Objetivos Específicos ............................................................................. 10
1.3 HIPÓTESE....................................................................................................... 10
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 11
1.5 METODOLOGIA ............................................................................................ 111
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 13
2.1 CONTABILIDADE ............................................................................................ 13
2.1.1 Contabilidade Tributaria..........................................................................................13
2.1.2 Contabilidade Financeira ........................................................................ 14
2.1.3 Contabilidade Gerencial.......................................................................... 14
2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ..................................................................... 15
2.2.1 Conceito ................................................................................................... 15
2.2.2 Processo de Elaboração do Planejamento Tributário.......................... 17
2.2.3 Finalidades do Planejamento Tributário ............................................... 18
2.2.4 Importância do Planejamento Tributário ............................................... 20
2.3 ELISÃO E EVASÃO FISCAL ........................................................................... 21
2.3.1 Elisão Fiscal ............................................................................................ 21
2.3.2 Evasão Fiscal .......................................................................................... 22
2.4 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ............................................................... 23
2.4.1 Conceito ................................................................................................... 24
2.4.2 Competência Tributária .......................................................................... 24
2.4.3 Legislação Tributária .............................................................................. 25
2.4.4 Princípios Constitucionais Tributários.................................................. 25
2.5 EVOLUÇÃO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO ................................. 27
2.6 DEFINIÇÃO DE TRIBUTOS ............................................................................ 29
2.7 ESPÉCIES DE TRIBUTOS .............................................................................. 30
2.7.1 Impostos .................................................................................................. 31
2.7.2 Taxas ........................................................................................................ 32
2.7.3 Contribuições de Melhorias ................................................................... 32
2.7.4 Empréstimos Compulsórios .................................................................. 33
2.7.5 Contribuições Especiais ou Sociais ...................................................... 34
2.8 NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO .............................................................. 34
2.9 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO TRIBUTO ............................................... 35
2.9.1 Fato Gerador ............................................................................................ 35
2.9.2 Contribuinte ou Responsável................................................................. 35
2.9.3 Base de Cálculo....................................................................................... 36
2.9.4 Alíquota .................................................................................................... 36
2.9.5 Adicional .................................................................................................. 36
2.10 APURAÇÃO DOS TRIBUTOS, IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS . 37
2.10.1 Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ ......................................... 37
2.10.2 Contribuição Social Sobre o Lucro das Pessoas Jurídicas – CSLL . 38
2.10.3 Programa de Integração Social – PIS/PASEP ..................................... 38
2.10.4 Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS
........................................................................................................................... 39
2.10.5 Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI .................................. 39
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1 INTRODUÇÃO
O atual sistema tributário brasileiro traz um alto custo financeiro devido às inúmeras
obrigações para com o fisco que as empresas têm que cumprir, estes impostos e
contribuições representa uma grande parcela dos custos, aumentando o preço final
das mercadorias e dos serviços. Muitas empresas não conseguem permanecer no
mercado, devido principalmente, a esta alta carga tributária do nosso país, uma das
maiores do mundo, além disso, a legislação pertinente é muito complexa e com
constantes alterações dificulta a interpretação dos empresários e contadores.
1.1 PROBLEMA
1.2 OBJETIVOS
1.3 HIPÓTESE
Segundo Gil (2010, p. 56), “hipótese é uma suposta resposta ao problema a ser
investigado. É uma proposição que se forma e que será aceita ou rejeitada somente
depois de devidamente testada”.
1.4 JUSTIFICATIVA
Justifica-se que com as mudanças que o cenário econômico mundial vem passando,
torna-se incontestável que o planejamento tributário seja uma das ferramentas mais
importante para garantir a sobrevivência de uma empresa, pois o excesso de tributos
pagos no país é um dos principais fatores da mortalidade precoce das empresas no
Brasil. Sob o ponto de vista prático, acredita-se que esta pesquisa ajudará futuros
gestores de empresas similares a New Decor a tomarem melhores decisões sobre
qual seria o regime de tributação mais adequado a ser adotado por sua empresa.
1.5 METODOLOGIA
Para atender aos objetivos deste trabalho e melhor responder o problema levantado,
foi utilizada a pesquisa exploratória e a pesquisa descritiva.
A pesquisa foi realizada com dados referentes ao ano de 2013 da empresa NEW
DECOR ARTES E DECORAÇÕES LTDA – ME, com o auxílio da Sócia
Administradora, a Sr.ª Nara Lorencini Ferraço, já qualificada no termo de autorização
da empresa, anexado a este trabalho, que disponibilizou os documentos necessários
para a geração da pesquisa. Após a coleta de dados, os mesmos foram
interpretados e posteriormente submetidos à análise de cálculos de tributos nos três
Regimes de Tributação, o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real para
que seja possível constatar qual o melhor regime de tributação para esta empresa.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONTABILIDADE
A contabilidade para a vida de uma instituição é tão importante que Franco (1992,
p. 22) a comparou com a história na vida da humanidade, ele afirmou que:
2.2.1 Conceito
Para Borges (2011, p.71) existem três tipos de planejamento tributário, classificados
de acordo seus objetivos:
Chaves (2009, p. 03) destaca que o planejamento tributário deverá ser iniciado com
revisão fiscal, onde o profissional deve aplicar os seguintes procedimentos:
Enquanto no Brasil não se implanta uma reforma tributária eficiente o mercado utiliza
o Planejamento Tributário para maximizar os lucros e reduzir a carga tributária.
A organização deve ter uma visão holística do seu ambiente, identificando suas
atividades e os tributos pelos quais esta sujeita a pagar.
Por isso as empresas não devem adotar praticas de sonegação fiscal, que prejudica
a criação de planejamento tributário publico. Desta maneira é necessário fazer o
planejamento tributário com conhecimento especifico das leis de tributos, estudando
a viabilidade jurídica e econômica para criar procedimento que vise a diminuição da
incidência tributária.
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Elisão Fiscal e Evasão Fiscal são sinônimos de não pagamento dos tributos.
Analisando-as morfologicamente, percebe-se que são palavras de significado
semelhante, porém a doutrina do direito utiliza o termo Elisão Fiscal como a
economia do tributo de forma lícita, enquanto Evasão Fiscal como a fuga ilícita do
imposto. O que as diferencia é o fato gerador.
Elisão Fiscal é uma forma encontrada pelo contribuinte para a adoção de condutas
comissivas ou omissiva, lícitas, que tem como finalidade de evitar a realização do
fato gerador do imposto, objetivando redução da carga de tributos ou adiamento de
seus pagamentos. Diferente da Evasão fiscal, a elisão sempre ocorre antes do fato
gerador de forma planejada e buscando a forma menos onerosa para o contribuinte.
Fabretti (2009, p. 126), denomina elisão fiscal como “a economia tributária resultante
da adoção da alternativa legal menos onerosa ou de lacuna da lei”.
A elisão utiliza-se das brechas e das obscuridades da lei para encontrar vantagens
na forma de tributar. A expressão lacuna de lei fiscal diz respeito à inexistência de
uma ou mais disposições legais capazes de elucidar plenamente a intenção do
legislador, no que concerne às consequências tributárias em face da realização de
determinado fato, estado ou situação de fato.
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Assim, Alexandre (2009, p. 275) afirma que, “quando o contribuinte usa de meios
lícitos para fugir da tributação ou torná-la menos onerosa, tem-se a chamada Elisão
Fiscal”.
Da mesma forma Fabretti (2009, p. 133) entende que, “elisão fiscal é legítima e
lícita, pois é alcançada por escolha feita de acordo com o ordenamento jurídico,
adotando-se a alternativa legal menos onerosa ou utilizando-se de lacunas da lei”.
Através da elisão fiscal a empresa se apoia na própria lei para encontrar saídas que
as conduz a minimizar os custos. Por outro lado, o governo apoia as empresas a se
estabelecerem em determinados polos dando-lhes incentivos fiscais com fins de
implantar a inovação tecnológica ou com formação de emprego e renda para
determinadas localidades, levando as empresas a analisarem e descobrirem as
vantagens fiscais em cada região do país antes de se estabelecerem.
Evasão Fiscal diferente da elisão fiscal é uma pratica de transgressão a lei, feita
após o fato gerador de o encargo tributário acontecer e com objetivo de reduzir ou
extinguir a obrigação tributária. Logo a evasão é a economia ilícita de tributos, pois a
sua utilização passa inevitavelmente a ser sonegação fiscal.
A Evasão fiscal é crime e está prevista na Lei dos Crimes contra a Ordem Tributária,
Econômica e contra as Relações de Consumo (Lei 8137/1990).
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O Sistema Tributário Nacional foi sistematizado em 1966 com a lei 5.172/66. Desde
então o STN tem a finalidade de regulamentares princípios e normas da atividade
tributária, ou seja, estabelecer parâmetros, expondo limitações ao poder de tributar.
2.4.1 Conceito
A vigência constará na norma tributária, caso contrário, aplica-se então a regra geral:
iniciando 45 dias após a da publicação conforme a Lei de Introdução ao Código Civil.
No momento em que a lei tributária entra em vigor está apta a produzir seus efeitos.
Para aplicação das leis tributárias, parte da premissa do artigo 105 do CTN, onde
“aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim
entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja completa nos
termos do artigo 116”. Além disso, a aplicabilidade das leis deve respeitar os
princípios constitucionais tributários.
Princípio da Legalidade (art. 5º, II, Constituição Federal, 1988): “Ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”.
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Somente será exigido ou aumentado o tributo se a lei estabelecer, pois somente ela
obriga validamente às pessoas, caso contrário, é considerada forma ilícita.
Princípio da Anterioridade (art. 150, III, “b”, Constituição Federal, 1988): “No
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os institui ou
aumentou”.
A cobrança do tributo passará a ser feita quando a lei que o instituiu ou aumentou
tenha sido publicada no exercício financeiro anterior que, no Brasil, tem seu início e
fim coincidente com o ano civil.
Princípio da Noventena (art. 150, III, “c”, Constituição Federal, 1988): “Antes
decorridos noventas dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou”.
Não serão aceitos tributos que vedam a circulação de bens ou pessoas no território
nacional, exceto a cobrança de pedágio pelo poder público.
É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação ao Estado, ao
Distrito Federal ou ao Município, em detrimento de outro, admitida a
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.
O Estado deve instituir tributos que sejam uniformes em todo o território nacional,
mas observando os incentivos fiscais.
O sistema tributário do Brasil está inserido num contexto mais amplo da economia e
reflete o papel desempenhado pelo Estado num determinado momento. Antes de ser
promulgada a Constituição de 1934, o sistema tributário estava no começo e
dependia, sobretudo, da atividade primário-exportadora. A competência de tributos
confundia-se entre as três esferas de governo, pois era cumulativa para tributar
importação, exportação, indústria e profissões, etc. As alterações iniciaram em 1934,
quando ocorreu a ampliação do sistema tributário. Esse contrato social surgiu após a
idade média.
1966, mais tarde chamado de código tributário nacional pelo art. 7° do ato
complementar n° 36 de 13 de março de 1967, que dispõem sobre a regulamentação
do sistema tributário.
Conforme o art. 9 da Lei que Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal tributo pode ser definido como:
Conforme o art. 3 da lei que dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui
normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios, tributo é
“toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujos dados nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrado mediante
atividade administrativa plenamente vinculada” (BRASIL, Lei Nº 5. 172, de 25 de
outubro de 1966).
O tributo é regido por lei onde a contribuição dos indivíduos será determinada pelo
fato gerador.
2.7.1 Impostos
Imposto é a quantia em dinheiro legalmente exigida pelo Poder Público, que deverá
ser paga pela pessoa física ou jurídica a fim de atender às despesas feitas no
interesse comum, sem levar em conta vantagens de ordem pessoal ou particular.
O Código Tributário Nacional em seu 16 art. define imposto como “o tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte” (LEI Nº 5.172, de 25 de Outubro de 1966).
O art. 145 da Constituição Federal (1988) prevê que cabe a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios instituir os seguintes tributos:
Harada (2010) tem uma definição similar ao que traz o art.16 do Código Tributário
Nacional onde o autor reitera que o imposto é um tributo que independe da relação
do Estado com o contribuinte, Harada acrescenta que o imposto é calculado sobre a
parte da receita e observando o limite de arrecadação do mesmo.
O Estado não tem por obrigação oferecer ao contribuinte algum tipo de benefício, ou
seja, o contribuinte sabe que não irá receber algo em troca por pagar corretamente
os impostos. O dinheiro arrecadado com impostos também é usado para
investimentos em obras públicas como hospitais, rodovias, hidrelétricas, portos,
universidades, etc. Os impostos são gerados a partir da renda do individuo em para
os indivíduos em ganhos de capital e lucros e em patrimônio como casas e carros
tanto das pessoas físicas quanto jurídicas.
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2.7.2 Taxas
O art. 77 do Código Tributário Nacional enfatiza que as taxas cobradas pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (BRASIL, LEI Nº 5.172, DE 25
DE OUTUBRO DE 1966).
Estão previstas nos artigos 149 e 149 da Constituição Federal (1988), onde são
tributos cobrados para custeio de atividades paraestatais e podem ser: sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias econômicas ou
profissionais.
de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e
como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado (LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966).
Pode-se exemplificar este tributo pelo asfaltamento de uma rua, que melhora as
condições de trânsito local, bem como pode significar aos moradores um benefício
por proporcionar a valorização dos imóveis situados nesta área.
O empréstimo Compulsório pode ser tido como uma espécie particular de tributo,
pois além de ser autorizado em situações próprias deverá ser devolvido ao sujeito
passivo que o tenha suportado. No texto da Constituição Federal no seu artigo 148
dispõe:
A contribuição especial são tributos com destinação para certas áreas de interesse
ao setor publico, como ao financiamento da seguridade social, que tem destinação e
finalidade certa, tais como saúde, educação, cultura, previdência social, assistência
social, etc.
São espécies tributárias voltadas a custear despesas especificas que
devem se realizadas pelo ente tributante. Têm natureza de impostos (seu
fato imponível é uma atividade do contribuinte) ou de taxas (seu fato
imponível é uma atividade do poder público), como têm uma finalidade de
custeio específica, os valores arrecadados devem ser utilizados apenas
para ela (FAVORETTO et al, 2011, p. 703).
Este tipo de tributo foi criado com o intuito de ajudar financeiramente os órgãos
previdenciários, servem para custear o poder de controle do Estado junto a um
determinado mercado e manter os órgãos de classe.
O fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente para sua
ocorrência.
Para Harada (2010, p.484) “costuma-se definir o fato gerador como uma situação
abstrata, descrita na lei, a qual, uma vez ocorrida em concreto enseja o nascimento
da obrigação tributária”.
O contribuinte é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador. Já o responsável, é aquele que sem revestir a
condição de contribuinte, ou seja, sem praticar o ato que enseja a ocorrência do fato
gerador, vê a obrigação de pagar o tributo nascer por força de dispositivo legal.
seja, mantém uma relação direta ou não com a obrigação tributária.” Cabe a ele
mediante a lei, responder pela obrigação tributária, ou seja, o contribuinte somos
nós, que pagamos os tributos.
Base de Cálculo é o valor sobre o qual se aplica o percentual (ou alíquota) com a
finalidade de se apurar o montante a ser recolhido. A base de cálculo, conforme a
CF, deve ser definida em lei complementar, estado sua alteração sujeita aos
princípios da legalidade (mudança somente por outra lei); da anterioridade (a lei
deve estar vigente antes de iniciada a ocorrência do fato gerador) e da
irretroatividade (a norma não pode atingir fatos passados).
Segundo Fuhrer (2002, p. 123), denomina base de cálculo como “valor sobre o qual
é aplicada a alíquota (percentual) para apurar o valor do tributo a pagar”.
2.9.4 Alíquota
Führer (2002, p. 124) conceitua alíquota como “o percentual definido em lei que,
aplicada sobre a base de cálculo, determina o montante do tributo a ser pago”.
2.9.5 Adicional
Fabretti (2009, p. 124) considera adicional como: “Além do imposto devido, apurado
pela aplicação da alíquota sobre a base de cálculo, às vezes a lei determina o
pagamento de mais um imposto, pelo nome de adicional, que incide sobre
determinado valor que ele fixar”.
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Neste tópico será abordado à apuração dos tributos e contribuições sociais federais
que serão abordados durante a execução desta pesquisa. São eles: o Imposto de
Renda Pessoa Jurídica – IRPJ, a Contribuição Social Sobre o Lucro das Pessoas
Jurídicas – CSLL, o Programa de Integração Social – PIS/PASEP, a Contribuição
Para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, o Imposto sobre Produtos
Industrializados – IPI, a Contribuição para a Seguridade Social – INSS, o Imposto
sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, o Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS e o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.
Foi instituído o IRPJ pelo Código Tributário Nacional Lei 5.172/66 através do art. 43:
calendário. À opção do contribuinte, o lucro real ainda pode ser apurado por período
anual conforme a necessidade da empresa (NEVES, 2009).
Como regra, e como bem reza o Art. 4° da lei 7.689/88, são contribuintes da CSLL
todas as pessoas jurídicas domiciliadas no País e as que lhe são equiparadas pela
legislação do Imposto de Renda.
O PIS (Programa de Integração Social) foi criado pela Lei Complementar 07/70 (para
beneficiar os empregados da iniciativa privada). O PASEP foi criado pela Lei
Complementar 08/70 (para beneficiar os funcionários públicos).
Sua alíquota é de 7,6% para as empresas tributadas pelo lucro real (sistemática da
não-cumulatividade) e de 3,0% para as demais. Tem-se por base de cálculo o
faturamento mensal (receita bruta da venda de bens e serviços), ou o total das
receitas da pessoa jurídica.
A Constituição atribuiu competência tributária à União para criar uma lei geral sobre
o ICMS, através de Lei Complementar (Lei Complementar 87/1996, a chamada "Lei
Kandir"). A partir dessa lei geral, cada Estado institui o tributo por lei ordinária, o
chamado "regulamento do ICMS" ou "RICMS", que é uma consolidação de toda a
legislação sobre o ICMS vigente no Estado, e é aprovada por Decreto do
Governador.
Cada uma dessas leis está numa hierarquia, capitaneada pela Constituição Federal
e que segue pela Lei Complementar, a Lei Ordinária e até o RICMS. Nenhuma
dessas leis pode criar obrigações que não estejam contidas nas leis superiores a
ela, sob pena de serem inválidas.
pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta lei e outros recursos a ele
incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a
assegurar a cobertura de suas obrigações”.
Também a Constituição Federal, artigo 7º, trata: “São direitos dos trabalhadores
urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: III -
fundo de garantia do tempo de serviço”.
São três os regimes tributários mais utilizados: Simples Nacional, Lucro Real e Lucro
Presumido. A escolha do regime e seu enquadramento é o que irá definir a
incidência e a base de cálculo dos tributos federais, estaduais e municipais. As
modalidades de Tributação trazem as formas de opção para a empresa seguir,
conforme suas necessidades. Vamos aqui citar e explicar cada um deles para
melhor entendimento.
[...] não é um sistema de imposto único nem uma etapa de migração para tal
sistema. Trata-se, de um regime de tratamento diferenciado e favorecido a
ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito
da União, dos Estados e dos Municípios. (ALEXANDRE, 2009).
I. ser facultativo;
II. ser irretratável para todo o ano-calendário;
III. apuração e recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento
único de arrecadação;
IV. disponibilização às ME e às EPP de sistema eletrônico para a realização
do cálculo do valor mensal devido;
V. apresentação de declaração única e simplificada de informações
socioeconômicas e fiscais.
VI. abrange os seguintes tributos:
Tributos da Competência Federal Imposto sobre a Renda da Pessoa
Jurídica – IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social – COFINS; Contribuição para o PIS; Contribuição para a
Seguridade Social - INSS, a cargo da pessoa jurídica (empresas com certas
atividades devem recolher a contribuição em separado).
Tributo da Competência Estadual Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação–ICMS
Tributo da Competência Municipal Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza - ISS.
O valor do imposto que a Empresa irá pagar pelo Regime do Simples Nacional é
calculado observando o art. 18 da Lei Complementar n° 123 de dezembro de 2006:
O valor devido pela empresa mensalmente, optante pelo simples nacional, será
determinado mediante aplicação de percentuais, das tabelas de acordo com sua
atividade exercida e receita bruta acumulada dos últimos doze meses. Anexo I da
Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011 (art. 25, inciso I) (vigência:
01/01/2012)
As condições para a opção pelo lucro presumido estão descritas no art. 13 da Lei n°.
9.718/98:
Art. 13. A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior
tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de
reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais)
multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior,
quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação
com base no lucro presumido (Redação dada pela Lei nº 12.814, de 2013).
§ 1º A opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em
relação ao todo o ano-calendário.
§ 2º Relativamente aos limites estabelecidos neste artigo, a receita bruta
auferida no ano anterior será considerada segundo o regime de
competência ou caixa, observado o critério adotado pela pessoa jurídica,
caso tenha, naquele ano, optado pela tributação com base no lucro
presumido (BRASIL, LEI N° 9.718 DE NOVEMBRO DE 1998).
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[...] tem a finalidade de facilitar o pagamento do IR, sem ter que recorrer à
complexa apuração do lucro real que pressupõe contabilidade eficaz, ou
seja, capaz de apurar o resultado antes do último dia útil do mês
subsequente ao encerramento do trimestre.
[...] considera-se como receita bruta total o produto da venda de bens nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado
auferido nas operações de conta alheia, acrescidos das demais receitas,
tais como, rendimentos de aplicações financeiras (renda fixa e variável),
receita de locação de imóveis, descontos ativos, variações monetárias
ativas, juros recebidos como remuneração do capital próprio e dos ganhos
de capital. Na receita bruta se inclui o ICMS e deverão ser excluídas as
vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos
não cumulativos cobrados destacadamente do comprador, dos quais o
vendedor ou prestador é mero depositário (RECEITA FEDERAL DO
BRASIL, 2011).
desde o ano de 1996 a alíquota é de 15% (quinze por cento) e o valor devido é
identificado com a aplicação deste percentual sobre a base de cálculo encontrada
através da aplicação dos índices de presunção sobre a receita tributável.
A alíquota da contribuição social até o mês de abril de 2008 era de 9% (nove por
cento) para todas as empresas, porém de acordo com a Medida Provisória nº 413,
de 3 de janeiro de 2008 e posterior instrução normativa RFB nº 810 de 21 de janeiro
de 2008, ocorreu a elevação da alíquota para 15% (quinze por cento), a partir do
mês de maio de 2008, para as Pessoas Jurídicas de Seguros privados, as de
Capitalização e as que são referidas na Lei Complementar nº. 105, de 10 de janeiro
de 2001 com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder os R$
60.000,00 trimestrais, sendo que as demais permanecem com a alíquota anterior de
9%.
O cálculo da COFINS e do PIS nas empresas tributadas pelo lucro presumido tem
como base inicial a totalidade das receitas da empresa. Para as empresas que
continuarem a apurar pelo método do Lucro Presumido, as contribuições para o PIS
e COFINS continuou regidas pelo princípio da cumulatividade, as suas alíquotas são
menores, isto é, 0,65% para o PIS e 3,00% para a COFINS.
O lucro Real esta embasado no artigo 14 da lei n° 9.718/98, o qual esboça sobre a
obrigatoriedade das pessoas jurídicas em optar pelo Regime de tributação Lucro
Real.
É à base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros
contábeis e fiscais efetuados sistematicamente de acordo com as leis
comerciais e fiscais. A apuração do lucro real é feita na parte A do Livro de
Apuração do Lucro Real, mediante adições e exclusões ao lucro líquido do
período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e compensações de
prejuízos fiscais autorizadas pela legislação do imposto de renda, de acordo
com as determinações contidas na Instrução Normativa SRF nº 28 de 1978,
e demais atos legais e infralegais posteriores (RECEITA FEDERAL, 2010).
50
O lucro real é apurado com base nas demonstrações contábeis e deve ser ajustado
pelas adições, exclusões e compensações autorizadas legalmente como a de
prejuízos fiscais, o art. 3° da Lei n. 9.249/95 destaca que após a obtenção do valor
do lucro real, é aplicada para a apuração do IRPJ a alíquota de 15% (quinze por
cento) sobre o lucro real e de 10% (dez por cento) sobre o valor que exceder a
R$ 60.000,00 (Sessenta mil reais) no trimestre.
Para apuração da CSLL, é aplicada a alíquota de 9% (nove por cento) sobre o lucro
real obtido, sem a incidência de adicional.
A tributação pelo lucro real permite que as empresas determinem o lucro com base
em balanço anual levantado no dia 31 dezembro ou mediante balancetes trimestrais
nos dias, 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro, 31 de dezembro na forma da
Lei n. 9.430/96. Portanto, a apuração pode ser de duas formas: lucro real trimestral
ou lucro real anual.
3. ESTUDO DE CASO
Neste tópico, será realizado o planejamento tributário para a empresa New Decor
Artes e Decorações Ltda - Me, por meio do cálculo das três modalidades de
tributação: Simples Nacional, modalidade esta já adotada pela empresa, Lucro Real
e Lucro Presumido. Para realizarmos os cálculos iremos utilizar as demonstrações
contábeis de janeiro a dezembro do ano de 2013.
55
O Simples Nacional é calculado com base na receita bruta do mês. Aplica-se sobre a
respectiva receita bruta a alíquota prevista no Anexo I, do art. 25, inciso I, da
resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011, que vai de 4% a 11,61%,
obtendo-se então o valor devido. O valor da receita é cumulativo para efeito dos
cálculos mensais, variando as alíquotas de acordo com a soma, conforme Tabela 3
do presente trabalho.
Total 788.370,93 _ 2.290,61 2.430,37 7.787,27 1.765,91 22.604,42 19.000,49 _ 55.879,07 4.324,15 51.554,92
Pelo Lucro Presumido, a New Decor Artes e Decorações Ltda – Me, deixa de pagar
um imposto único, devendo calculá-los de forma separada. A base de cálculo
utilizada para o PIS e COFINS, é a receita bruta acumulada, onde utilizaremos a
alíquota de 0,65% para o PIS e a alíquota de 3,0% para a COFINS. Para o cálculo
do IRPJ e da CSLL, estima-se um lucro, baseando-se em alíquotas que variam de
acordo com a atividade geradora de cada empresa, conforme a Tabela 4 do
respectivo trabalho.
No caso da empresa New Decor Artes e Decorações Ltda - Me, por se tratar de uma
empresa de venda de mercadorias, a alíquota utilizada será de 15% para o IRPJ,
sobre uma base de presunção de 8% sobre o faturamento, podendo ser acrescidos
mais 10% de adicional de IR sobre o excedente, caso o lucro líquido for superior a
R$ 60.000 ao trimestre.
Para a CSLL, a alíquota utilizada será de 9%, sobre uma base de presunção de 12%
sobre o faturamento. Para o INSS, será utilizada uma alíquota de 25,8%, tendo
como a base de cálculo o valor da folha de pagamento. E finalmente, para o cálculo
do ICMS, será utilizada uma alíquota de 17% sobre a receita bruta acumulada,
deduzindo os créditos acumulados nas entradas de mercadoria para revenda, exceto
as com substituição tributária.
Fev 65.595,33 65.595,33 426,37 1.967,86 5.247,62 787,14 7.871,44 708,43 7.704,44 1.987,75 32.797,66 5.575,60 11.453,15
Mar 102.067,69 102.067,69 663,44 3.062,03 8.165,42 1.224,81 12.248,12 1.102,33 7.704,44 1.987,75 51.033,85 8.675,75 16.716,11
Abr 110.235,36 110.235,36 716,53 3.307,06 8.818,83 1.322,82 13.228,24 1.190,54 7.704,44 1.987,75 16.535,30 2.811,00 11.335,71
Mai 71.495,98 71.495,98 464,72 2.144,88 5.719,68 857,95 8.579,51 772,16 7.704,44 1.987,75 10.724,40 1.823,15 8.050,61
Jun 59.139,68 59.139,68 384,41 1.774,19 4.731,17 709,68 7.096,76 638,71 7.704,44 1.987,75 8.870,95 1.508,06 7.002,79
Jul 59.340,98 59.340,98 385,72 1.780,23 4.747,28 712,09 7.120,92 640,88 7.704,44 1.987,75 8.901,15 1.513,20 7.019,87
Ago 69.725,06 69.725,06 453,21 2.091,75 5.578,00 836,70 8.367,00 753,03 7.704,44 1.987,75 10.458,80 1.771,00 7.893,44
Set 61.513,81 61.513,81 399,84 1.845,41 4.921,10 738,17 7.381,65 664,35 7.704,44 1.987,75 9.227,07 1.568,60 7.204,12
Out 78.214,08 78.214,08 508,39 2.346,42 6.257,13 938,57 9.385,69 844,71 7.704,44 1.987,75 11.732,11 1.994,50 8.620,34
Nov 38.826,20 38.826,20 252,37 1.164,79 3.106,10 465,92 4.659,14 419,32 7.704,44 1.987,75 5.823,93 990,07 5.280,21
Dez 18.189,50 18.189,50 118,23 545,69 1.455,16 218,27 2.182,74 196,45 7.704,44 1.987,75 2.728,50 463,83 3.530,22
Total 788.370,93 788.370,93 5.124,41 23.651,13 63.069,67 9.460,45 94.604,48 8.514,40 92.453,28 23.853,00 195.847,35 33.287,07 103.890,46
*IRPJ: Base Cálculo = Valor Faturamento Bruto X 8% (Base de presunção, conforme Tabela 4)
**CSLL: Base Cálculo = Valor Faturamento Bruto X 12% (Base de presunção, conforme Tabela 4)
***INSS: Base Cálculo = Valor da Folha de Pagamento (Média anual) X 25.8% (Conforme Tabela 7)
****ICMS: Base Cálculo = Valor Faturamento Bruto X 17% - As deduções (Créditos de ICMS destacados nas Notas de Entrada e as Notas com
substituição tributária, exceto Jan, Fev e Mar, pois a ST iniciou em 01/04/2013)
Pelo Lucro Real, a New Decor Artes e Decorações Ltda – Me, deixa de pagar um
imposto único, devendo calculá-los de forma separada. A base de cálculo utilizada
para o PIS e COFINS, é a receita bruta acumulada, onde utilizaremos a alíquota de
1,65% para o PIS e a alíquota de 7,60% para a COFINS. Para o cálculo do IRPJ e
da CSLL, serão considerando-se todas as receitas, menos todos os custos e
despesas da empresa, de acordo com o regulamento do imposto de renda.
A alíquota utilizada será de 15% para o IRPJ, sobre o Lucro Líquido, e para a CSLL,
58
a alíquota utilizada será de 9%, também sobre o Lucro Líquido, conforme a Tabela 6
do respectivo trabalho. Poderão ser acrescidos mais 10% de adicional de IR sobre o
excedente, caso o lucro líquido for superior a R$ 60.000 ao trimestre. Para o INSS,
será utilizada uma alíquota de 25,8%, tendo como a base de cálculo o valor da folha
de pagamento. E finalmente, para o cálculo do ICMS, será utilizada uma alíquota de
17% sobre a receita bruta acumulada, deduzindo os créditos acumulados nas
entradas de mercadoria para revenda, exceto as com substituição tributária.
Mediante esta análise, podemos ver que entre os três regimes de tributações o
Simples Nacional foi o menos oneroso, seguido do Lucro presumido com uma
diferença de R$ 52.335,54. O Lucro real foi o mais oneroso, comparado com o
Simples Nacional, a diferença foi de R$ 174.739,59, um montante foi muito alto,
além de ser o sistema mais trabalhoso. A partir dessas informações é que a gerência
tomará as decisões, para assim, dar continuidade ao planejamento tributário.
61
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema tributário nacional gera atualmente um alto custo com tributos, estes
impostos e contribuições representam uma grande parcela das despesas
operacionais das empresas, aumentando o preço final das mercadorias e dos
serviços, por isso merecem uma atenção especial para que as mesmas obtenham
diminuição na sua tributação de forma lícita e consequentemente aumente seus
lucros.
Mediante o que foi visto, constatou-se que o tema abordado pela pesquisa é muito
amplo, possuindo um grande leque de estratégias legais, que visam à economia de
tributos. A presente pesquisa conteve-se no estudo de apenas uma das práticas do
planejamento tributário: a correta escolha do regime de tributação. Para que se
tenha um maior aproveitamento do tema, sabendo-se do quanto seu campo é vasto
e inovador, recomenda-se novos estudos e pesquisas de outras estratégias de
planejamento, como o gerenciamento dos encargos e contribuições sociais, a
retenção de tributos, a desoneração da folha de pagamento no simples nacional,
entre outros temas implicados, ressaltando sempre a indiscutível importância do
planejamento tributário na sobrevivência das empresas no Brasil.
62
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SENADO FEDERAL SECRETARIA ESPECIAL DE INFORMÁTICA
65
ANEXO 01