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DOS ELEMENTOS
Metais
Ametais (não-metais)
Características da Localização e
Semimetais distribuição eletrônica classificação
3 camadas [K, L, M] 3º período
Têm propriedades intermediárias entre os metais e os não-
elétron de maior energia bloco s elemento
metais.
situado no subnível s [3s1] [representativo]
Gases Nobres, Gases Raros ou Inertes 1 elétron na camada de família IA [metais
valência [3s1] alcalinos] = 1
Têm comportamento químico específico.
8B
semimetais B 3 camadas eletrônicas [K, L e M]; 3º período
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Si
B Ge As
Características da Localização e
distribuição eletrônica classificação
Sb Te
d Po
3 camadas [K, L, M] 3º período
elétron de maior energia bloco p elemento
situado no subnível p [3p5] [representativo]
Série dos lantanídeos 7 elétrons na camada de família VIIA [halogênios]
[metais]
valência [3s23p5] = 17
Série dos actinídeos
[metais]
Exemplo
AULA 4 – DESCRIÇÃO DAS FAMÍLIAS OU GRUPOS
4Be 2 camadas eletrônicas (K e L): 2º período.
2
1s 2s2
A tabela periódica é constituída por 18 famílias ou
K L
grupos. Existem duas maneiras de identificar as famílias
ou grupos:
17Cℓ 3 camadas eletrônicas (K, L e M): 3º período.
1. A mais comum é indicar cada família por um
1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
algarismo romano, seguido das letras A e B, por
K L M
exemplo, IA, IIA, VB. Essas letras A e B indicam
a posição do elétron mais energético nos
Nas famílias, devemos levar em consideração que, para
subníveis.
os elementos representativos (bloco s e p), o número da
2. Na outra maneira, proposta no final da década de
família é condizente com o número de elétrons da camada
1980 pela IUPAC (União Internacional de
de valência. Sabendo disso podemos localizar com
Química Pura e Aplicada – www.iupac.org), as
1s1 2 1s2
denominados elementos representativos, e seus 13 14 15 16 17
elétrons mais energéticos estão situados nos subníveis s 2s1 2s2 VIII B 2p1 2p2 2p3 A
2p4 2p5 2p
6
Nº de
Grupo Configura- 7s2 5f 6d2 6d3 6d4 6d5 6d6 6d7 6d8 6d9 6d10
e no 7s1
ou Nome ção do Componentes
último 4f1 4f2 4f3 4f4 4f5 4f6 4f7 4f8 4f9 4f10 4f11 4f12 4f13 4f14 5d1
Família último nível
nível
metais Li, Na, K , Rb, 5f1 5f2 5f3 5f4 5f5 5f6 5f7 5f8 5f9 5f10 5f11 5f12 5f13 5f14 6d1
ns1 1
1 – IA alcalinos Cs, Fr
metais
Be, Mg, Ca, Sr,
2 – IIA alcalinos ns2 2
Ba, Ra
terrosos
família do
13 – IIIA ns2np1 3 B, Aℓ, Ga, In, Tℓ
boro
família do
15 – VA ns2np3 5 N, P, As, Sb, Bi
nitrogênio
17 –
halogênios ns2np5 7 F, Cℓ, Br, I, At
VIIA
18 –
gases He, Ne, Ar, Kr,
VIIIA - ns2np6 8
nobres Xe, Rn
zero
Famílias B
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
d1 d2 d3 d4 d5 d6 d7 d8 d9 d10
A geometria molecular estuda a forma tridimensional das moléculas no espaço. A determinação de tal geometria é baseada na
teoria VSEPR, ou seja, Teoria da Repulsão dos Elétrons da Camada de Valência.
Teoria VSEPR
Pares eletrônicos da camada de valência de um átomo central, estejam ou não fazendo ligação química, comportam-
se como nuvens eletrônicas que se repelem mutuamente, ficando com a maior distância angular possível uns dos
outros.
Uma nuvem eletrônica pode ser constituída por uma ligação simples, dupla, tripla ou mesmo por um par de elétrons
não-ligantes, ou seja, aqueles que não estão comprometidos numa ligação química.
Para determinar a geometria de uma molécula devemos contar a quantidade de nuvens eletrônicas ao redor do
átomo central e também a quantidade de ligantes neste mesmo átomo.
Vale lembrar que qualquer molécula biatômica (ex.: H2, Cl2, N2, ...) são todas lineares.
Número de
nuvens ao Orientação das nuvens (pares Disposição dos Geometria
Fórmula eletrônica
redor do átomo eletrônicos) ligantes Molecular
central
Linear
O C O O=C=O
2 Linear
A
H C N
H–CN
S
O S O Angular
A O O
2 ligantes
3 O
O
O S O Trigonal plana Trigonal plana
(Triangular)
S
3 ligantes O O
H O H O
H Angular
2 ligantes H
H N H
N
4
H Piramidal
H H
3 ligantes A H
H
H
H C H
C
Tetraédrica Tetraédrica
H H H
4 ligantes H
AULA 2 – HIBRIDIZAÇÃO
Por definição a Hibridização é a mistura dos orbitais atômicos e sua consequente mudança/alteração para formação
de ligações covalentes. Vale lembrar que um orbital atômico é uma região onde se tem a máxima probabilidade de se
encontrar um elétron.
O processo de hibridização ocorre sempre por uma promoção inicial de um elétron para um nível mais alto de energia
seguido de uma mistura (hibridização).
Quanto misturamos um certo número de orbitais atômicos, conseguimos o mesmo número de orbitais híbridos. Cada
orbital híbrido é equivalente entre si, mas apontam em direções opostas no espaço.
Tipos de Hibridização
Como vimos anteriormente, a hibridização é a mistura de orbitais atômicos para a formação de orbitais moleculares. Essa
teoria chamada de hibridização consegue explicar como alguns átomos fazem ligações covalentes para formação de moléculas
com mais de dois átomos em suas estruturas.
Para o processo de hibridização de um átomo é necessário que ocorra um rearranjo dos elétrons nos orbitais. Isto acontece
pela promoção de elétrons de um orbital para outro com consequente mistura destes orbitais ao final do processo.
Vamos observar através de exemplos (carbono, boro e berílio) para facilitar o entendimento.
Hibridização sp3
Abaixo temos a hibridização (mistura) de um orbital 2s com 3 orbitais 2p, ou seja, forma-se um orbital híbrido sp3
Orbitais sp3
Estes quatro orbitais sp3 formados pela mistura de um orbital do tipo s com três orbitais do tipo p, possuem a mesma energia e
deste modo são chamados de degenerados.
Hibridização sp2
Orbitais sp2
Da mesma maneira, os três orbitais formados do tipo sp 2 possuem a mesma energia a permitem ao boro a realização de três
compartilhamentos eletrônicos, ou seja, três ligações covalentes.
Hibridização sp
A visualização da configuração eletrônica do berílio pode ser observada abaixo pela distribuição nos orbitais.
Orbitais sp
Toda ligação iônica é polar. De fato, a ligação iônica apresenta a máxima polaridade dentre as ligações, uma vez que
é formada pela interação entre íons (cátions e ânions).
Para as ligações covalentes – compartilhamento de pares eletrônicos entre átomos – devemos verificar se existe ou
não diferença de eletronegatividade entre os átomos da molécula.
Vale lembrar que a eletronegatividade é uma propriedade periódica que indica uma capacidade em atrair um par
eletrônico de uma ligação covalente para si.
Ordem crescente de eletronegatividade: F > O > N > Cl > Br > I > S > C > P > H > metais
Ligações Covalentes Apolares: átomos ligados de igual eletronegatividade. Exemplos:
r
0 Molécula APOLAR
r
0 Molécula POLAR
+ -
HC μR 0 Polar
- + + -
CO2 μR 0 Apolar
- -
H2O μR 0 Polar
+ +
Pela regra prática podemos determinar rapidamente a polaridade de moléculas. Basta para isso contar o número de
nuvens eletrônicas ao redor do átomo central e o número de ligantes IGUAIS conectados a estes átomos.
Moléculas Apolares
n de nuvens = n de ligantes IGUAIS
Moléculas Polares
n de nuvens n de ligantes IGUAIS
As forças intermoleculares, também chamadas de interações ou ligações intermoleculares, são forças que mantém
moléculas unidas no estado sólido e no estado líquido. No estado gasoso, devido à distância entre as partículas e
também a sua velocidade, não falamos destas forças.
Para determinarmos corretamente o tipo de interação entre moléculas, devemos conhecer antes a suas polaridades.
Três tipos de forças intermoleculares você deve reconhecer:
o Ocorre entre moléculas apolares:
1. Dipolo Induzido – Dipolo Induzido
o Ocorrem entre moléculas polares:
2. Dipolo Permanente – Dipolo Permanente
3. Pontes de Hidrogênio
Também chamada de Dipolo Instantâneo ou Forças de London, ocorre entre moléculas apolares.
Exemplos: O gelo-seco (CO2), o iodo (I2), as pedras de naftalina e as de cânfora. Outros exemplos: H2 , N2 , O2 , F2 , C2 , Br2 ,
P4 , S8 , CH4 e todos os hidrocarbonetos.
Ocorre entre moléculas: o polo positivo de uma molécula atrai o polo negativo de outra molécula e assim sucessivamente, por
toda a extensão do líquido ou do sólido.
Força de atração
É um caso particular das forças de dipolo permanente (dipolo-dipolo), no qual a intensidade é tão grande que recebe um nome
particular. Ocorre em moléculas que apresentam átomos de hidrogênio (elemento com baixa eletronegatividade) com
elementos muito eletronegativos, no caso, flúor, oxigênio ou nitrogênio.
Exemplos:
HF
H2O
NH3
De um modo geral podemos entender que as ligações Basicamente a ligação covalente ocorre entre os não-
químicas são uma maneira dos átomos atingirem a metais.
estabilidade química assim como os gases nobres –
elementos pertencente à família VIIIA ou grupo 0. Traços são utilizados para representar a ligação do tipo
covalente. Cada traço representa um par de elétrons que é
Essa estabilidade é adquirida através da perda, do ganho compartilhado entre os átomos que formam a ligação.
ou do compartilhamento de elétrons segundo a regra Podemos ter ligações simples, duplas ou triplas.
do octeto que podemos assim enunciar:
Os compostos que fazem ligações covalentes podem ser
“Um átomo adquire a estabilidade química representados por três tipos de fórmulas:
quando possui 8 elétrons na camada eletrônica
mais externa ou 2 elétrons quando possui
apenas a camada K.”
Características gerais dos compostos iônicos Do ponto de vista energético a ligação sigma é mais forte
em relação às ligações pi.
Sólidos nas condições ambientes;
Duros e quebradiços;
Quando solúveis, o melhor solvente é a água;
Conduzem corrente elétrica em solução aquosa
e quando fundidos (estado líquido).
AULA 4 – LIGAÇÃO METÁLICA
Exemplos de compostos iônicos
A ligação metálica ocorre entre átomos de metais –
NaCl – cloreto de sódio: sal comum ou sal de cozinha; aqueles que possuem 1, 2 ou 3 elétrons em suas camadas
de valência.
Brilho metálico
Condutividade térmica e elétrica elevada
Densidades elevadas
Pontos de fusão e ebulição elevados (exceto
AULA 2 – LIGAÇÃO COVALENTE mercúrio)
Resistência à tração
A ligação covalente ocorre entre átomos que tenham Maleabilidade
tendência a compartilhamento de pares eletrônicos. Ductibilidade
Raio atômico
r
d AULA 2 – AFINIDADE ELETRÔNICA OU
ELETROAFINIDADE
AULA 4 – ELETRONEGATIVIDADE E
ELETROPOSITIVIDADE
Partícula Alfa
4
2 2 prótons e 2 nêutrons
AULA 3 – PERÍODO DE MEIA-VIDA
Partícula Beta
Meia-Vida ou Período de Semidesintegração
0
1 elétron
A meia-vida é o tempo necessário para que a metade de
uma amostra radioativa se desintegre.
Radiação Gama
0
0 Radição Eletromagnética
226
88 Ra
4
2 + 222
86 Rn Nuclídeo: termo utilizado para caracterizar um tipo de
átomo por seu número atômico e número de massa.
Note pelo exemplo dado acima através das equações que A partir do processo de transmutação nuclear, Rutherford
a cada emissão de partícula alfa a massa decai em 4 e Chadwick conseguem detectar a próton e nêutron e as
unidade e o número atômico decai em duas unidades. suas relações de carga e massa.
1914 – Rutherford
4
2 + 7N
14
17
8 O + 1
1 p O processo de fusão nuclear provê a energia do sol e de
outras estrelas.
próton
Devido à grande quantidade de energia liberada nesses
1932 – Chadwick processos, cientistas têm sonhado em um dia poder
utilizá-la para a geração de energia.
4
2 + 9
4 Be
12
6 C + 1
0 n Três pontos críticos devem ser atingidos para que a fusão
nêutron nuclear seja uma fonte de energia:
Atualmente a transmutação é realizada para obtenção de 1. A temperatura deve ser alta o suficiente para
nuclídeos artificiais, ou seja, aqueles que não existem na romper a repulsão nuclear (repulsão entre
natureza. núcleos). Por exemplo: a fusão entre núcleos de
deutério e trítio requerem temperaturas da ordem
Os elementos ditos transurânicos (aqueles que possuem de 108 K.
número atômico maior que 92) não existem na natureza e
são obtidos principalmente por meio da transmutação em 2. A altíssimas temperaturas a matéria deixa de
aceleradores de partículas. existir como átomos e moléculas; a matéria se
encontra na forma de plasma, ou seja, o núcleos
e a eletrosfera estão desconectados. Há um
problema de confinamento do plasma para
liberação de energia com o tempo e também do
material para esse confinamento.
Urânio – 235
Urânio – 233
Plutônio – 239
Massa Crítica
Subníveis energéticos
n = 14 n = 14
s p d f
Isoeletrônicos
2 6 10 14
Átomos e também íons que possuem igual número de número máx de elétrons por subnível
elétrons:
Considerando estas observações, o bioquímico Linus
2 2 Pauling propôs a criação de um diagrama onde se observa
12 Mg 8O 10Ne
uma sequência crescente de energia na distribuição dos
10 elétrons elétrons da eletrosfera de um átomo.
Camadas K L M N O P Q 7s2
Máx de e 2 8 18 32 32 18 8
Camada de Valência
Utilizando as diagonais, podemos obter a sequência
abaixo: 16 S: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p 4
Subnível
mais energético
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10
6p6 7s2 5f14 6d10
Exemplos
AULA 8 – NÚMEROS QUÂNTICOS
Observe que na distribuição do escândio (Sc) o quarto Cada orbital possui energia e forma características.
nível aparece no meio do terceiro quando seguimos o
diagrama de Linus Pauling. Podemos fazer a distribuição Após entendido o conceito de orbital, podemos entrar em
considerando a sequência dos níveis e assim chamamos contato com os números quânticos, que caracterizam os
de distribuição em ordem geométrica ou ordem de elétrons em relação às suas energias.
distância:
Quatro números quânticos definem os elétrons:
2 2 6 2 6 1 2
21 Sc: 1s 2s 2p 3s 3p 3d 4s Principal
K N
L M Secundário ou Azimutal
Magnético
Spin
A camada de valência é indicada sempre pelo maior valor Define o nível de energia do elétron num orbital.
do nível de uma distribuição eletrônica. Observe abaixo a
distribuição eletrônica do ferro: Quanto maior o valor de número quântico principal, maior
a energia do elétron. Também podemos considerar que
26 Fe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 ele indica um distanciamento do elétron em relação ao
núcleo.
Subnível mais energético
2 2 6 2 6
26Fe: 1s 2s 2p 3s 3p 4s2 3d6
Camada de Valência
(Maior nível)
ℓ mℓ
s 0 0
p 1 1, 0, +1 AULA 10 – VALOR DO SPIN
d 2 2, 1, 0, +1, +2
O valor do spin pode assumir valores de +1/2 ou -1/2.
f 3 3, 2, 1, 0, +1, +2, +3
Em geral para representar o Spin Up, os livros de ensino
superior usam Ms = +1/2, e os livros de ensino médio
usam o Ms = -1/2.
Número quântico de spin (Ms ou S)
São apenas convenções diferentes.
O número quântico de spin indica a rotação dos elétrons
num orbital.
AULA 1 – ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA O diagrama de fases é um “mapa” que indica as condições
de temperatura e pressão uma determinada substância é
Estados físicos da matéria, também chamado de estados estável em relação aos estados físicos sólido, líquido e
de agregação são facilmente identificáveis em nosso gasoso. Observe abaixo o diagrama de fases para a
cotidiano. Percebemos a água em forma de gelo quando água:
colocamos para resfriar uma bebida refrigerante, líquida
quando tomamos um banho relaxante e também no estado
gasoso quando fervemos um pouco de água para fazer
café.
Também podemos fazer a passagem direta do estado Utilizamos a densidade quando há a necessidade de
sólido para o gasoso. Essa transformação é chamada de transformar massa em volume ou então volume em
sublimação. O inverso, ou seja, do estado gasoso para o massa. É uma ferramenta importantíssima no estudo não
estado sólido também pode ser chamada de sublimação só da química, mas como também na física.
ou de ressublimação.
Atenção: a densidade varia com a temperatura. Isso
Exemplos de substâncias que sofrem sublimação: ocorre devido a variação do volume em relação a
temperatura derivada da contração ou então expansão do
Gelo-seco - dióxido de carbono em estado sólido líquido.
Iodo
Cânfora
SEPARAÇÃO DE MISTURAS HOMOGÊNEAS A água é uma das poucas substâncias onde a fase sólida
(gelo) é menos densa em relação à fase líquida. Isto ocorre
MÉTODO DE ESTADO FÍSICO DOS
EXEMPLOS devido ao princípio anômalo da água onde temos uma
SEPARAÇÃO COMPONENTES
expansão do volume no processo solidificação num intervalo
Destilação de 0 a 4C.
Simples ou Sólido + Líquido Água do Mar
Evaporação Do total da água que recobre a Terra, 92,7% encontram-se
nos oceanos, ou seja, é uma água com grandes
quantidades de sais dissolvidos e assim sendo é imprópria
Destilação Fase líquida ao consumo humano. Do restante da água da Terra, 2,1%
Líquido + Líquido estão nas geleiras e indisponíveis aos seres humanos.
Fracionada do petróleo
Apenas 0,7% do total da água é fresca, sendo esta
distribuídas entre lagos, rios e aquíferos.
A destilação fracionada é um importante processo de Como você pode ter notado, grande parte da água da
separação de misturas homogêneas entre líquidos superfície da Terra é salobra, ou seja, contém uma grande
(soluções líquidas) onde é levado em consideração os quantidade de sais dissolvidos e consequentemente é
diferentes pontos de ebulição de cada um dos imprópria para o consumo humano, de animais e também
componentes da mistura. para irrigação de áreas agricultáveis.
Destila-se primeiro o líquido com menor temperatura de Uma das possibilidades de tratamento da água salobra
ebulição (líquido mais volátil). para torna-la potável é através da dessalinização por
Osmose Reversa, muito utilizada em Israel e na Arábia
É importante ressaltar que a técnica de destilação Saudita.
fracionada não é eficiente na separação de misturas
azeotrópicas, ou seja, misturas que apresentam pontos De maneira simplificada podemos dizer que a
de ebulição constantes. Um exemplo clássico de mistura dessalinização por osmose reversa consiste em empurrar
azeotrópica é o álcool hidratado (96% etanol e 4% de a água salobra (aplicar pressão) contra uma membrana
água, em volume) que entre em ebulição a uma semipermeável que possui poros de tamanhos definidos
temperatura constante de 78,1°C. que permitem a passagem de água e não permitem a
passagem dos íons que compõem os sais. É válido
considerar que os íons possuem tamanhos maiores em
relação as moléculas d’água.
AULA 6 - ÁGUA
A água é uma das substâncias químicas mais A 0C a água líquida apresenta uma densidade igual a 1,0
extraordinárias da face da Terra. De fórmula molecular g/mL, enquanto a água no estado sólido (na mesma
simples – H2O – possui apenas dois átomos de hidrogênio temperatura) apresenta densidade de 0,9 g/mL. Note que
e um de oxigênio, sendo então classificada como uma densidade do gelo é 90% da densidade da água líquida.
substância composta.
𝑚𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑑 ∙ 𝑣
A 1,0 atm de pressão e a 20C, a saturação máxima de Finalizando esta primeira etapa, temos a aeração que
oxigênio na água é equivalente a 9 ppm, ou seja, uma consiste na adição de ar comprimido a água para retirada
quantidade equivalente a 9 mg de oxigênio dissolvido em 1 de compostos químicos que podem conferir cheiro e
L de água. sabor.
Quando uma certa quantidade de matéria orgânica é Na segunda etapa do tratamento, a água na ausência de
adicionada a um corpo d’água (esgoto, por exemplo) os partículas em suspensão, passa por um processo de pré-
micro-organismos a degradam com consumo do oxigênio cloração, onde cloro é adicionado para a retirada de
dissolvido. Chamamos este processo de degradação metais e de matéria orgânica; em seguida temos a pre-
aeróbica (ou aeróbia) que transforma a matéria orgânica alcalinização onde a água recebe cal (CaO) ou soda
em produtos oxidados como o dióxido de carbono (CO 2), a (Na2CO3) para ajustar o valor do pH da água em
água, íons bicarbonato (HCO3-), nitratos (NO3-), fosfatos tratamento.
(PO43-) e também sulfatos (SO42-). Quanto maior a carga
de matéria orgânica, maior é o consumo do oxigênio Passamos agora para o processo de coagulação que
dissolvido e mais poluído é o corpo d’água. consiste na adição de agentes coagulantes como o sulfato
de alumínio ou cloreto de ferro III. Estes compostos
O parâmetro que mede este consumo de oxigênio é quando em contato com a água geram substâncias que
conhecido por DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio – possuem uma característica gelatinosa (coloides). A
e é expresso em miligramas de oxigênio (O 2) por litro de agitação mecânica vigorosa nesse processo tem por
água. Quanto maior o valor de DBO, mais poluída é a finalidade a desestabilização elétrica, ou seja, formação de
água. cargas elétricas de sinais opostos nas partículas de sujeira
e no coloide, facilitando o processo de agregação entre as
Os micro-organismos conseguem sobreviver com menos mesmas.
de 1 mg de O2/ L de água; por outro lado, peixes requerem
de 3 a 4 mg de O2/ L (no geral). Em seguida, a floculação é processo de agitação lenta da
água para que as partículas possam se agregar para a
Quando a quantidade de oxigênio dissolvido é muito baixa, formação de flocos que retém partículas de sujeira que
a degradação da matéria orgânica é feita por micro- são decantadas num processo posterior.
organismos anaeróbicos, sendo os produtos de
degradação principalmente a amônia (NH3), o metano Para garantir que todas as partículas sejam retiradas uma
(CH4), o sulfeto de hidrogênio (H2S) e também fosfinas filtração é realizada após a decantação.
(PH3). Neste evento, a água passa exalar um forte cheiro
de ovo podre devido a formação de H2S além de tornar-se Corrige-se novamente o pH pelo processo de pós-
turva. alcalinização para evitar corrosão ou formação de
incrustações nas tubulações.
Uma nova adição de cloro ou hipoclorito de sódio é Por lei, a água de abastecimento público deve conter
realizada para a desinfecção da água, ou seja, retirada de “flúor”, sendo assim, na etapa de fluoretação adiciona-se
bactérias ou vírus causadores de doenças. sais que contenham íons fluoreto (F-).
Entende-se por função inorgânica o conjunto de substâncias com propriedades químicas semelhantes, denominadas como
propriedades funcionais.
os ácidos,
as bases,
os sais
e, por fim, os óxidos.
Definição de Arrhenius
HC
H2O
H + C
HNO3
H2O
H + NO3
H2SO4
H2O
2 H + SO24
H3PO4
H2O
3 H + PO34
Hidrácidos
Oxiácidos
mais 1 oxigênio:
HClO4
----- ----- ----- -----
Ácido Perclórico
Per ____ ico
H2SO4
HNO3 < H2CO3 > H3PO4
Principais Ácido
HClO3 Ácido Nítrico Ácido Carbônico Ácido Fosfórico
Sulfúrico
Ácido Clórico (Produção de pólvora (Presente no (Acidulante INS
____ico (ácido de
e fertilizantes) refrigerante) 338)
bateria)
Eventuais Trocas:
O ácido acético é um ácido orgânico de grande importância. Também chamado (oficialmente) de ácido etanoico, é encontrado como
componente do vinagre (solução aquosa de ácido acético 4 a 6% em massa) utilizado na alimentação.
Segundo a definição de Arrhenius, os ácidos sofrem, em solução aquosa, o processo de ionização. Ionizar um ácido significa dizer que
sua ligação covalente será quebrada de modo desigual, ou seja, o hidrogênio deixará seu único elétron para o átomo (ou grupo de
átomos) que se encontra ligado diretamente a ele.
As ionizações dos ácidos podem ser divididas em total e parcial como vemos nos exemplos abaixo.
*Note que cada hidrogênio que sai no processo de ionização, deixa uma carga negativa para quem fica.
Os ácidos de um modo geral podem ser classificados de acordo com o número de hidrogênios ionizáveis que possuem:
*Observação:
No caso dos oxiácidos, os hidrogênios ionizáveis são aqueles que se encontram diretamente ligados ao oxigênio. Sendo assim é
importante notar duas exceções:
Voláteis: a grande maioria dos ácidos. Exemplos: CH3COOH (ácido acético), HF (ácido fluorídrico) e Hidrácidos (todos voláteis).
O vinagre (ácido acético) é um exemplo de ácido altamente volátil. Quando abrimos um recipiente que o contém, logo sentimos
seu odor característico.
Ácidos Fixos: apresentam pequena tendência à evaporação. Exemplos: H2SO4 (ácido sulfúrico) e H3PO4 (ácido fosfórico). Os
Oxiácidos em geral não são voláteis.
A partir do processo de ionização dos ácidos notamos a formação de ânions, espécies química com carga negativa. Os ânions
individualmente possuem nome e este nome é derivado do ácido que lhe deu origem.
ídrico eto
Ácido oso Ânion ito
ico ato
Os hidrácidos, cuja terminação é idrico, quando geram ânions mudam sua terminação para eto.
Oxiácidos terminados em oso, quando geram ânions mudam sua terminação para ito.
Oxiácidos terminados em ico, quando geram ânions mudam sua terminação para ato.
A força dos ácidos é definida pela capacidade em sofrer ionização quando em contato com a água. É importante notar que muitas
vezes a força é confundida com a quantidade de Hidrogênios presentes na fórmula do composto, o que é um conceito errado. Sempre
devemos pensar que quanto maior a facilidade em sofrer a ionização, mais forte será um ácido.
Hidrácidos
HC
Hidrácidos Fortes HBr
HI
HCN
Hidrácidos Fracos
H2S
Oxiácidos
Para os oxiácidos temos uma regra prática que considera o número de oxigênios e hidrogênios ionizáveis (hidrogênios ligados
diretamente a oxigênios):
y-x≥2 Fortes
y-x=0 Fracos
Atenção:
Em ordem cresceste dos hidrácidos fortes, temos: HCl < HBr < HI
Ácido Carbônico é ácido fraco! Isto ocorre devido ao ácido carbônico ser instável e decompor-se em água e dióxido de
carbono ao invés de sofrer o processo de ionização gerando íons H+
H3PO3 – ácido fosforoso: diácido (2 Hidrogênios ionizáveis)
H3PO2 – ácido hipofosforoso: monoácido (1 Hidrogênio ionizável)
Uma maneira mais fiel de definir a força de um ácido (hidrácido ou oxiácido) é a medida do grau de ionização (α) que é calculada da
seguinte maneira:
É importante notar que devemos saber interpretar o resultado do cálculo do grau de ionização. Sendo assim, temos:
GRAUS DE IONIZAÇÃO
Ácidos fortes
Alto grau de ionização
(acima de 50%)
HI 95%
HBr 93,5%
HCl 92%
HNO3 92%
H2SO4 61%
H2C2O4 50%
H2SO3 30 %
H3PO4 27%
HF 8,5%
Ácidos fracos
Baixo grau de ionização
(Inferior a 5%)
H4C2O2 1,34 %
H2CO3 0,18 %
H2S 0,076%
HCN 0,008 %
Os prefixos orto, meta e piro na nomenclatura dos oxiácidos, indicam o grau de hidratação destes compostos.
O exemplo mais clássico de utilização desta nomenclatura é o caso do ácido fosfórico ou também conhecido por ortofosfórico H3PO4. A
partir de sua desidratação direta, ou seja, uma desidratação intramolecular (dentro da própria molécula) chegamos ao ácido
metafosfórico de fórmula HPO3 (H3PO4 – 1 H2O = HPO3). Se fizermos uma desidratação intermolecular (entre duas moléculas)
chegamos ao ácido pirofosfórico H4P2O7 (2 H3PO4 – 1 H2O = H4P2O7).
Outro exemplo clássico da utilização desta nomenclatura é a do ácido silícico (ou ortossilícico).
Bases
As bases, também chamadas de hidróxidos, possuem sabor adstringente, ou seja, “amarra” a boca como no dito popular. Reagem com
ácidos para gerar sais, interagem muito bem com óleos e gorduras, além de também modificarem a cor de indicadores visuais.
Segundo Arrhenius, as bases são compostos que, em solução aquosa, se dissociam gerando exclusivamente o ânion OH– (Hidroxila ou
oxidrila).
Do ponto de vista das ligações químicas, as bases são compostos iônicos, ou seja, compostos formados por íons, como o próprio nome
indica. Sendo assim, podemos dizer que são compostos sólidos nas condições ambientes, o melhor solvente é a água (caso sejam
solúveis neste solvente), conduzem corrente elétrica no estado líquido (fundido) ou então em solução aquosa, além de possuírem altos
pontos de fusão e ebulição.
Genericamente, temos:
Considerando que a fórmula geral de uma base pode ser dada por M(OH)x, onde M é o cátion, as bases são nomeadas de forma simples,
seguindo a regra:
Mg(OH)2
NaOH
Hidróxido de Magnésio
Hidróxido de Sódio
(Vendido como Leite de Magnésia para o combate
da azia; também utilizado como laxante)
(Também conhecido como Soda Caustica*)
Ca(OH)2
*O termo caustico é um termo genérico utilizado na química e indica que a substância pode causar corrosão de materiais e de tecidos.
Podemos também dar a fórmula da base a partir de seu nome, considerando a carga do cátion. Por exemplo:
Para facilitar o estudo das bases é importante caso ainda não haja tanta familiaridade com as cargas dos cátions, recorrer a tabelas que
contenham estas informações. Observe a tabela de cátions ao lado. Note que alguns metais como o cobre, ouro, ferro, níquel entre
outros, possuem cargas variáveis.
As bases quando adicionadas a água, ou seja, em solução aquosa, separam-se os íons já existentes gerando as hidroxilas.
É interessante considerar que cada hidroxila (OH-) que sofre dissociação deixa uma carga positiva para quem fica. Desta maneira
sabemos de modo fácil e rápido qual será a carga do cátion.
1 OH- = monobase
2 OH- = dibase
3 OH- = tribase
4 OH- = tretrabase
Solubilidade
Solúveis: bases da Família IA (metal alcalino), IIA (metal alcalino terroso) e amônio (NH4OH);
Exceção: as bases de Berílio e Magnésio são consideradas praticamente insolúveis;
Insolúveis: bases dos demais metais.
Força
O hidróxido de amônio é uma base que não apresenta cátion metálico e só existe em solução aquosa. É obtido pelo borbulhamento do
gás amônia (NH3) em água como demonstrado na equação abaixo:
Ao contrário das demais bases, a formação do hidróxido de amônio ocorre pela ionização da água e não pela dissociação como vimos
nos casos anteriores.
A escala de pH é utilizada para indicar as condições de acidez e basicidade (ou alcalinidade) de uma determinada solução aquosa não
muito concentrada. Esta escala parte do valor zero (soluções extremamente ácidas) até quatorze (soluções muito básicas), passando
pelo valor intermediário sete indicando uma solução neutra, ou seja, nem ácida nem básica.
Entre 0 e 7 na escala de pH temos um meio ácido. Isto equivale dizer que a concentração de íons H+ (expressas geralmente em mol/L)
é maior que a concentração de hidroxilas (OH-).
Entre 7 e 14 o meio é básico ou muitas vezes chamado de alcalino. Nestas condições temos maior quantidade de OH - em relação aos
íons H+.
Observação
AULA 11 – INDICADORES
Os indicadores ácido-base são substâncias que indicam visualmente se uma determinada solução se encontra ácida, básica ou neutra
dependendo da coloração. Geralmente são ácidos orgânicos fracos e estão envolvidos num processo de equilíbrio químico.
Fenolftaleína
A figura (a) demonstra a estrutura da fenolftaleína quando está em meio ácido e meio básico. O intervalo de viragem, ou seja, os valores
de pH onde a fenolftaleína muda sua coloração está entre 8,00 a 10,0.
Papel de tornassol
O papel de tornassol por vezes também é muito utilizado devido a sua praticidade.
Em meio ácido o papel de tornassol fica vermelho e azul quando em contato com bases.
Existem muitos indicadores disponíveis em laboratórios químicos. Sendo assim, não temos como memorizar todos os indicadores e suas
colorações. Nessas condições é necessário recorrer a tabelas de indicadores.
A reação entre um ácido e uma base é chamada de reação de neutralização. Uma vez que o produto deste tipo de reação são sais,
podemos também denominá-la como reação de salificação.
A neutralização total entre ácidos e bases ocorre quando todos os íons H + provenientes do ácido são consumidos pelas hidroxilas (íons
OH-) derivadas das bases para a formação de água como produto. Os cátions deixados pelas bases formam, juntamente com os ânions
provenientes dos ácidos, os sais.
Nas reações de neutralização total é sempre importante garantir, através do balanceamento da reação, que todos os íons H+ sejam
neutralizados pelos íons OH-.
Nos exercícios que envolvem reação de neutralização, muitas vezes só é solicitado que se faça a neutralização. Fica subentendido deste
modo que é a reação de neutralização total.
Nas reações de neutralização parcial temos o consumo de uma parte do ácido (ou da base), sobrando íons H + ou OH- sem serem
neutralizados. Os íons que não foram neutralizados restam na fórmula do sal.
O ácido está em maior quantidade em relação a base, ou seja, as hidroxilas não são suficientes para consumirem todos os íons H+.
Note pelo exemplo acima que o ácido carbônico e o hidróxido de sódio estão na proporção estequiométrica de 1:1. Como o H 2CO3 é
um diácido (possui dois hidrogênios ionizáveis) e o NaOH é uma monobase (possui apenas uma hidroxila) haverá a neutralização
parcial do ácido, ou seja, um H+ será neutralizado por um OH-, sobrando hidrogênio na fórmula do sal. O sal formado é classificado
como hidrogenossal.
Neste caso a base está em maior quantidade em relação ao ácido. Os íons H+ não serão suficientes para neutralizarem todas as
hidroxilas.
O hidróxido de cálcio é uma dibase enquanto que o HCl é um monoácido. Desta forma observamos que apenas uma água será formada
pela neutralização de um íon H+ por um OH-. O sal formado possui ainda hidroxilas e assim sendo são classificadas como hidróxissal.
Geralmente as questões de neutralização parcial o próprio texto da questão indica quais proporções entre ácido e base devemos utilizar.
Sais são definidos como compostos iônicos formados juntamente com a água numa reação de neutralização ácido-base (total ou parcial).
Também podemos dizer que os sais são compostos que possuem pelo menos um cátion diferente de H+ e um ânion diferente de OH-.
O nome dos sais é derivado dos compostos que lhes deram origem, ou seja, dos ácidos e das bases. Os ácidos geram os ânions e as
bases geram os cátions.
Sendo assim, devemos considerar a nomenclatura dos ânions de acordo com a terminação dos ácidos. Observe abaixo:
ídrico eto
Ácido oso Ânion ito
ico ato
Exemplos
Sais ácidos ou hidrogenossais: são derivados da neutralização parcial de um ácido por uma base, restando ainda hidrogênios
ionizáveis em suas estruturas.
Exemplo
A (OH)3 + 1 HC
A (OH)2C + H2O
Sal Básico
Exemplo
Sais que ao cristalizarem mantém uma ou mais moléculas de água. Essas moléculas de água são chamadas de água de cristalização
ou água de hidratação.
Exemplo
CuSO4 ∙ 5 H2O – Sulfato de cobre penta-hidratado (Utilizado no tratamento de água de piscina no combate ao crescimento de algas)
Galinho do tempo era um objeto decorativo que indicava, através da cor, se iria chover ou não. Na verdade, havia uma camada de cloreto
de cobalto que revestia sua superfície: quando aumentava a umidade relativa do ar o sal se tornava hidratado e assumia coloração rosa
(como indicado na figura); quando o tempo estava seco assumia coloração azul.
A questão da solubilidade de sais em água é extremamente importante no estudo da química. Várias reações e processos químicos
são reconhecido a partir da característica de solubilidade destes compostos.
Os sulfatos (SO42-) são solúveis, com exceção dos sulfatos (principalmente) de cálcio, bário, estrôncio e rádio;
Os carbonatos (CO32-) são insolúveis, com exceção dos carbonatos de metais alcalinos e amônio;
Cloretos (Cl-), Brometos (Br-) e Iodetos (I-) são solúveis, com exceção quando estão ligados a prata (Ag+), chumbo (Pb2+) e mercúrio
(Hg22+);
Atenção: é interessante notar que os sais que são solúveis em água sofrem processo de dissociação iônica em grande extensão, ou
seja, preferem ficar separados em solução aquosa. Para sais insolúveis, a grande parte daquilo que foi adicionada a água vai para o
fundo do recipiente formando corpo de chão ou corpo de fundo e apenas uma pequena parte sofre dissociação para geração de íons
em solução aquosa.
Sabemos que os sais são derivados da reação de um ácido com uma base (reação de neutralização). Dependendo da força do ácido e
da base que dão origem ao sal podemos considerar o caráter destes compostos quando dissolvidos em água, ou seja, podem gerar
soluções ácidas, básicas ou neutras. Essa condição é derivada do processo de hidrólise salina quando um sal reage com água para
forma ácido e base. Neste momento não entraremos em detalhes quando ao processo de hidrólise, mas é de extrema importância saber
classificar a característica da solução resultante da dissolução de um sal em água.
Em geral, temos:
Note que o caráter da solução é dado sempre pelo forte (ácido ou base) que deu origem ao sal.
Para sais derivados de ácidos e bases fracas, a determinação do caráter é feita pela análise da constante de equilíbrio, assunto que
trataremos bem mais adiante no nosso curso.
AULA 18 – ELETRÓLITOS
Por definição os eletrólitos são substâncias que permitem que uma solução seja condutora de corrente elétrica.
Desta maneira, quando ácidos, bases e sais são dissolvidos em água, a solução resultante permite a passagem de corrente elétrica
devido a geração de íons livres resultante do processo de ionização ou dissociação.
A figura acima ilustra uma montagem simples que pode ser útil para analisar se uma solução é ou não condutora (teste de
condutividade) e consequentemente a presença de eletrólitos.
É interessante notar que os eletrólitos podem ser classificados como fortes ou fracos dependendo de suas capacidades em gerar íons
(grau de ionização/ dissociação). Em geral, podemos considerar da seguinte maneira:
Por exemplo:
Cloreto de sódio (NaCl) quando em solução aquosa fica na forma de íons Na+ e Cl- pois sofre o processo de dissociação iônica.
O ácido clorídrido (HCl) é outro caso interessante. Quando dissolvido em água sofre ionização (quebra da ligação covalente) gerando
íons H+ e Cl-.
A sacarose, C12H22O11, conhecida como açúcar comum ou de mesa, não é um eletrólito pois não é capaz de romper as ligações para
gerar íons em solução aquosa.
Curiosidade
Você já deve ter ouvido ou lido o termo eletrólitos em rótulos de alguns tipos de bebidas voltadas para atletas, ou seja, as famosas
bebidas isotônicas. Estas bebidas têm por função básica a reposição dos sais perdidos ao longo de uma atividade física intensa onde
grande partes destes compostos (eletrólitos) são perdidos pela transpiração.
No estudo destes compostos é comum separar em duas Na nomenclatura dos óxidos moleculares devemos indicar
classes: óxido iônicos e óxidos moleculares. a quantidade dos átomos que temos na fórmula. Isto
ocorre devido a possibilidade de formação de vários
Óxidos Iônicos
compostos formados pelo mesmo elemento químico.
Óxidos iônicos são formados por oxigênio (ânion óxido O 2-)
juntamente com um metal. ............... óxido de ...............
*mono *mono
di di
Fórmula geral tri tri
tetra tetra
Xn+O2- = X2On
Na2O – Óxido de sódio (fabricação de vidros e cerâmicas) CO2 – dióxido de carbono (gás carbônico), gás de efeito
estufa; quando sólido é conhecido como gelo
K2O – Óxido de potássio (presente em cinzas) seco. Gelo seco: dióxido de carbono no
estado sólido
CaO – Óxido de Cálcio (usualmente conhecido como cal Cl2O7 – heptóxido de dicloro
virgem e cal viva)
NO2 – dióxido de nitrogênio (gás castanho e poluente)
Atenção: para os casos onde um mesmo elemento
apresentar cátions de cargas (nox – número de oxidação) SO3 – trióxido de enxofre (gás produzido pela queima de
diferentes a nomenclatura passa a ter características combustíveis como carvão mineral e diesel)
particulares, ou seja, as cargas dos íons metálicos são
diferenciadas na nomenclatura com a utilização de
números romanos como foi visto também na nomenclatura
das bases.
Os óxidos neutros ou indiferentes são compostos que não CrO Cr2+ básico
tem a capacidade de reagirem com água, com ácidos ou
com bases. Cr2O3 Cr3+ anfótero
São conhecidos apenas três óxidos neutros: NO, N 2O e CrO3 Cr6+ ácido
CO.
Os óxidos anfóteros não reagem com água, mas são
capazes de reagir com ácidos e bases.
NO – monóxido de nitrogênio, também conhecido como
Vamos observar dois exemplos clássicos de reação com
óxido nítrico, é sintetizado no organismo humano e está
óxidos anfóteros:
relacionada à manutenção inicial da vida através do
controle da circulação placentária, indução das contrações
ZnO + 2 HCl ZnCl2 + H2O (caráter básico)
uterinas no trabalho de parto ou efeitos letais ao
organismo, como por exemplo o choque séptico. O óxido
ZnO + 2NaOH Na2ZnO2 + H2O (caráter básico)
nítrico é um importante neurotransmissor que atua na
memória e no aprendizado.
Al2O3 + 3 H2SO4 Al2(SO4)3 + 3 H2O (caráter básico)
N2O – monóxido de dinitrogênio, chamado usualmente de
óxido nitroso, gás do riso ou gás hilariante. Gás utilizado Al2O3 + 2 NaOH 2 NaAlO2 + H2O (caráter ácido)
como anestésico inalável por dentistas.
A tabela abaixo traz um resumo do caráter dos óxidos em
CO – monóxido de carbono. Derivado principalmente de relação aos elementos dos blocos s e p,
processos de combustões incompletas. É um gás incolor,
inodoro, inflamável e extremamente tóxico e venenoso a
seres humanos e animais. A sua ação letal é dada pela Propriedades dos elementos dos blocos s e
forte ligação que ocorre desta molécula com o ferro p
presente na hemoglobina o que impede o transporte de
oxigênio pelo organismo. Li Be B C N O F
Na Mg Al Si P S Cl
K Ca Ga Ge As Se Br
Rb Sr In Sn Sb Te I
Utilização de óxido nitroso para anestesia
Cs Ba Tl Pb Bi Po At
Óxidos Óxidos
Óxidos Básicos Anfóteros Ácidos
peróxido formado por hidrogênio H2O2 (em solução aquosa é chamado de água oxigenada)
peróxidos de metais alcalinos Na2O2 , K 2O2 ,...
peróxidos de metais alcalinos terrosos BaO2 ,....
Quanto maior a utilização de ácido sulfúrico por um país, Antigamente conhecido como ácido ortofosfórico, o ácido
mais desenvolvido ele é. fosfórico é um oxiácido classificado como fraco e não
tóxico, encontrado na forma sólida nas condições
É um oxiácido forte, não volátil e quando concentrado se ambientes.
comporta como um líquido oleoso.
Possui vários usos importantes, como por exemplo o de
Extremamente ávido por água, ou seja, é um agente acidulante alimentício, encontrado em bebidas
desidratante e por isso utilizado em várias reações refrigerantes, no tratamento odontológico de cáries e
orgânicas de desidratação. também como fertilizantes.
O ácido carbônico é um oxiácido fraco e instável e pode É produzido principalmente pela eletrólise aquosa de
formar dois tipos de sais quando em reações de soluções de cloreto de sódio sendo utilizado
neutralização: sais de carbonato e bicarbonato. principalmente na indústria de papel e celulose e
fabricação de sabão em barra (sabão em pedra).
É formado principalmente pela dissolução de dióxido de
carbono (CO2 – gás carbônico) em água de acordo com a
seguinte reação:
2 HCℓ (aq, estômago) + Mg(OH)2 → MgCℓ2 (aq) + 2 H2O (ℓ) O hidróxido de amônio é produzido pela dissolução de
amônia gasosa em água:
Em excesso o Mg(OH)2 pode também ser utilizado com
laxante para pessoas com dificuldade de evacuação. NH3 (g) + H2O (ℓ) → NH4OH (aq)
Higiene Pessoal
A reação de síntese ocorre quanto dois ou mais reagentes, Em ordem decrescente de reatividade, temos:
sob determinadas condições, geram um único produto ao
final da reação. Metais Alcalinos > Metais Alcalinos Terrosos > Metais
Comuns > H > Metais Nobres
Genericamente, temos: A + B + ∙∙∙ → C
A reação de simples troca, também chamada de AULA 3 – REAÇÃO DE SIMPLES TROCA (AMETAIS)
deslocamento, ocorre entre um átomo que se encontra
A reação de simples troca ou deslocamento também pode
“sozinho” com uma substância que se encontra ligada.
ocorrer entre ametais. A ideia de como ocorre a reação é
Podemos representar a reação de simples troca da
exatamente a mesma para o caso dos metais, ou seja, o
seguinte maneira:
elemento que forma a substância simples precisa ser mais
A + BC → AC + B reativo em relação ao elemento da substância composto
que deseja-se deslocar.
Note pelo exemplo acima que a substância “A” descola o
elemento “B” assumindo assim sua posição e formado um Para os amentais temos a seguinte fila de reatividade:
novo composto de fórmula “AC”. Para que isto acorra, ou
seja, para que a reação de simples troca ocorra, a
substância que se encontra “sozinha” tem de ser mais F > O > C > Br > I > S
reativa em relação ao elemento que ela quer descolar.
Re atividade (Eletronegatividade) Crescente
Geralmente o deslocamento ocorre entre metal/ metal ou
metal/ H e ametal/ ametal.
No estudo das reações de deslocamento, devemos ter em Vale lembrar que os ametais (não-metais) tem tendência
mente as filas de reatividades para saber se uma para recebimento de elétrons e assim podemos dizer que
determinada reação poderá ou não ocorrer. são reduzidos na reação, atuando como agentes
oxidantes.
Exemplos:
C (s) + O2 (g)
CO2 (g)
Primeiramente vamos considerar o conceito de unidade de Pela definição da IUPAC o mol é a unidade do SI que
massa atômica (U). indica o total de uma determinada substância num sistema
que contém quantas entidades (átomos, moléculas ou
Unidade de massa atômica (U) - é utilizada para indicar a íons) igual ao número de átomos presentes em
massa de um só átomo, uma só molécula ou um só íon. exatamente 12 gramas de carbono – 12.
Convencionou-se que a unidade massa atômica
corresponde a 1/12 da massa do isótopo do carbono-12. Experimentalmente, temos: 1 mol = 6,02 ∙ 10 23
partículas
Unidade u = 1/12 da massa do carbono-12.
Este valor é conhecido como constante de Avogadro.
Massa Atômica (MA) - é a massa de um só átomo
expressa que indica quantas vezes um átomo tem mais 1 mol de átomos equivale a 6,02 ∙ 10 23 átomos
massa em relação ao padrão u.
1 mol de moléculas equivale a 6,02 ∙ 10 23 moléculas
Exemplo
1 mol de íons equivale a 6,02 ∙ 10 23 íons
Mg possui massa atômica 24 u, ou seja, ele pesa 24 u e é
24 vezes mais “pesado” em relação ao padrão. 1 mol de elétrons equivale a 6,02 ∙ 10 23 elétrons
Massa Atômica de Elemento Químico – é a média Massa Molar (M) – a massa molar indica a massa em
ponderada das massas atômicas dos isótopos de um gramas de 1 mol de uma determinada espécie química.
determinado elemento químico. A média ponderada é
calculada considerando-se as abundâncias relativas de Exemplo
cada isótopo na natureza.
A massa molar do oxigênio equivale a 16 g/mol,
Exemplo: ou seja, a massa de 1 mol de átomos de oxigênio
possui uma massa de 16 gramas;
O elemento químico cloro ocorre na natureza com dois
isótopos de massas 35u e 37u com as seguintes A massa molar da água equivale a 18 g/mol, ou
abundâncias: seja, 1 mol de moléculas de água possui uma
massa de 18 gramas.
Cloro – 35 35 u 75%
Cloro – 37 37 u 25%
(35 ∙ 75 + 37 ∙ 25)
𝑀. 𝐴. (𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜) = = 35,5 𝑢
100
Exemplo
H2O
H = 1 u ∙ 2 átomos = 2 u
O = 16 u ∙ 1 átomos = 16 u
A formula centesimal, também chamada de composição centesimal ou composição percentual, indica as porcentagens em
massa dos elementos que formam uma determinada substância química.
Exemplo
Podemos calcular a formula centesimal do metano (CH4) considerando-se a sua massa molecular.
M (CH4) = 16 g/mol
12
Para C 100 = 75% de Carbono
16
4
Para H 100 = 25% de Hidrogênio
16
A fórmula mínima ou empírica, muitas vezes chamada de estequiométrica, indica a menor proporção inteira e em mols entre os
átomos dos elementos formadores de uma determinada substância química.
Perceba que a fórmula mínima muitas vezes é uma “simplificação matemática” da fórmula molecular. Note também que muitas
vezes a fórmula mínima é a própria fórmula molecular para uma substância.
Observe um exemplo de como calcular a fórmula mínima de uma substância partindo de sua fórmula centesimal:
Pr imeira Etapa
75 g de C
dividindo pela massa molar
75 6,25mol
12
25 g de H
dividindo pela massa molar
25 = 25mol
1
Fórmula Mínima: CH4
Segunda Etapa
6,25
6,25mol de C
dividir pelo menor valor de mol
= 1 C
6,25
25 mol de H
dividir pelo menor valor de mol 25 =4H
6,25
AULA 1 – BALANCEAMENTO DE REAÇÕES QUÍMICAS química em sistema fechado, a massa dos reagentes
antes da reação tem de ser igual a massa dos produtos
Uma equação química pode ser comparada a uma receita após a reação.
culinária onde se indicam as quantidades dos ingredientes
para a formação de um determinado prato. Utilizamos na
equação os símbolos dos elementos e as fórmulas
A + B
C
10 g 20 g 30 g
químicas para expresse esses “ingredientes” que neste
caso são chamados de reagentes e também dos produtos.
As quantidades são expressas sempre em mol e indicam a Observe para o a reação acima a massa total dos
proporção dos reagentes e produtos de uma determinada reagentes (30g) é igual a massa do único produto
reação química. formado.
Em azul estão indicados os estados físicos das Note que da primeira para a segunda experiência as
substâncias nas condições da reação química. quantidades mudaram. Neste caso dobrou-se a
quantidade de carbono e para obedecer a lei de Proust
Balancear uma equação química (também chamado de dobrou-se também a quantidade de oxigênio, formando
acertar os coeficientes estequiométricos) é igual ao também o dobro do produto.
número total de átomos de cada elemento presente nos
reagentes em relação aos produtos.
2 H 2 (g) + 1 O2 (g)
2 H 2O ( g ) Proporção
São duas as leis Ponderais: a Lei da Lavoisier e a Lei de Perceba que a reação química está sempre em proporção
Proust em mol, mas podemos fazer a proporção em moléculas,
em massa e também em volume (para gases).
2 H 2 (g) + 1 O2 (g)
2 H 2O ( g ) Fazer duas regras de três (para o ácido e para a base) e
verificar aquela que gerou a menor quantidade de produto
2 mol 1 mol 2 mol em questão. Desta maneira saberemos o quanto foi
10 mol x y produzido, quem está em excesso e quem é o limitante da
reação.
CO2 (g)
C (s) + O2 (g)
H2SO4 (aq) + 2 NaOH (aq)
Na2SO4 + 2 H2O
1 mol 1 mol
1 mol 2 mol 1 mol v = 6720 L
1 (12)g 1 (22,4) L CO2
1 (98)g 2 mol 1 (142)g
3600 g v CO2
196 g 1 mol x
AULA 6 – RENDIMENTO
Exemplo
N2 (g) + 3 H2 (g)
2 NH3 (g)
1 mol 2 mol
1 (28)g 2 (17)g
x = 17 g de NH 3
14 g x
Massa inicial Cálculo da quantidade
se a reação tivesse 100% de
que deveria ser produzida
ren dim ento.
17 g de NH3 100%
15,3 g NH3 y
y = 90% de rendimento
Massa
produzida
na reação
AULA 1 – CONCEITOS GERAIS/ VARIÁVEIS DE Várias unidades de volume são utilizadas, dentre elas
ESTADO E TRANSFORMAÇÕES GASOSAS podemos citar o mililitro (mL), o litro (L), o metro cúbico
(m3), entre outras.
Conceitos Gerais
É importante você saber as relações existentes entre as
Os gases são definidos como substâncias que possuem unidades de volume.
grande capacidade de expansão e compressão, estão em
constante movimento e não possuem forma nem volume 1 L = 1 dm3
equivale
1000 mL ou 1000 cm3
fixos. É importante lembrar que o volume de um gás é
condicionado pelo volume do recipiente que o contém.
1 m3
equivale
1000 L
No estudo físico dos gases, vamos considera-los como
sendo gases ideais, ou seja, formados por partículas de Transformações Gasosas
tamanhos desprezíveis com interações (entre partículas)
também desprezíveis e com choques contra as paredes do Nas transformações gasosas, uma variável é mantida
recipiente 100% elásticos. constante enquanto outras duas sofrem variações.
Estudaremos as transformações a temperatura constante
Variáveis do Estado Gasoso (isotérmica), a pressão constante (isobárica) e a volume
constante (isovolumétrica, isométrica ou isocórica).
O comportamento do estado gasoso é descrito por três
variáveis: a pressão (P), a Temperatura (T) e o volume (V). Transformação Isotérmica
F P1 V1 = P2 V2
P= Lei de Boyle
A
Transformação Isobárica
Para o sistema internacional (SI), a unidade de pressão é o
Pascal (Pa), que equivale a Newton (N) por metro quadrado Na transformação isobárica, a pressão é mantida constante
de área. enquanto o volume e a temperatura variam. Nota-se neste
caso que o aumento da temperatura causa um aumento do
Utilizamos muito no estudo dos gases as pressões em volume, ou seja, essas duas grandezas são diretamente
milímetro de mercúrio (mmHg) e a atmosfera (atm). proporcionais.
Atenção V1 V
= 2
T1 T2 Lei de Charles
1 atm
equivale
760 mmHg
Transformação Isovolumétrica, Isométrica ou Isocórica
Temperatura
Neste caso o volume é mantido constante, variando-se a
A temperatura está relacionada diretamente com o grau de pressão e a temperatura. O aumento da temperatura leva
agitação das partículas. Quanto maior a temperatura, maior ao aumento da pressão (grandezas diretamente
será o grau de agitação da mesmas (maior a velocidade proporcionais).
média).
P1 P Lei de Gay-Lussac
Obrigatoriamente devemos utilizar a temperatura na escala = 2
absoluta Kelvin (K). T1 T2
PA VA = nA R T PA 2 = 6 R T
PA = 8 atm
PB VB = nB R T 4 2 = 3 R T
AULA 2 – EQUAÇÃO DE CLAPEYRON
P V
= n R ou PV = nRT
T
m
PV = nRT PV = RT
AULA 3 – COMPARAÇÕES GASOSAS M
lei de Graham
velocidade (A) MB
=
velocidade (B) MA
ntotal = n1 + n2 + n3 + ....
ptotal = p1 + p2 + p3 + ...
ngás
pparcial = ptotal ou pparcial = ptotal
ntotal
ngás
v parcial = v total ou vparcial = v total
ntotal
Porcentagem em volume dos GASES FIXOS A troposfera, que alcança altitudes máximas de 16 km
partindo-se da superfície da Terra, é a região onde os
na atmosfera terrestre
seres vivos habitam. É uma região turbulenta devido a
movimentação das massas de ar e possui grande
(até 100 km de altitude) concentração de poluentes. A temperatura diminui com o
aumento da altitude.
Frações em Volume
FÓRMULA Outra região importante para o estudo a poluição
QUÍMICA atmosférica é a estratosfera. Possui altitude de 16 km até
Porcentagem, % ppmv
o máximo de 50 km considerando a superfície da Terra. É
uma região importante, pois é nesta região onde
N 78,08 780000 encontramos a camada de ozônio (O3). Neste caso a
2(g)
temperatura aumenta com o aumento da altitude.
O 20,95 209500
2(g) A poluição atmosférica consiste de gases, líquidos e
sólidos (material particulado) presentes na atmosfera em
Ar concentrações maiores que as concentrações naturais
(g) 0,93 9300
resultado das atividades humanas e podem causar danos
ao homem, animais, vegetais e materiais.
Ne 0,0015 15
(g)
As principais fontes da poluição atmosférica são os
motores de veículos devido ao processo de queima
He 0,0005 5 (combustão) de combustíveis fósseis, as indústrias
(g)
(fábricas de cimento e celulose, siderúrgicas, refinarias,
Kr químicas e farmacêuticas, etc.), a incineração de lixo
(g) 0,0001 1
doméstico e também as queimadas de florestas, campos e
pastagens.
Xe 0,000005 0,05
(g)
Essas fontes de poluição podem ser classificadas das
seguintes maneiras:
N2 g O2 g
Desc arga Elétrica
Motores automotivos
2 NO g Combustão completa
NO (g) ½ O2 g
Atmosfera
NO2 g C s O2 g
CO2 g
S(s) O2 (g)
SO2(g) Geralmente o material particulado é calculado em termos
de unidades de micrograma por metro cúbico de ar e são
SO2(g) ½ O2 (g)
SO3(g) divididas em inaláveis finas, inaláveis, fumaça e partículas
totais em suspensão.
De um modo geral, os SOx estão relacionados com a
formação de chuvas ácidas em ambientes poluídos e COV’s – Compostos Orgânicos Voláteis
também em complicações respiratórias como bronquite,
asma e enfisema pulmonar. Os hidrocarbonetos e seus derivados orgânicos que
rapidamente se vaporizam no ar (alta pressão de vapor)
COx – Óxidos de Carbono são chamados de compostos orgânicos voláteis. Um
exemplo clássico de COV é quando abastecemos o
COx = CO + CO2 tanque de combustível de um automóvel e somos capazes
de sentir o cheiro, por exemplo, da gasolina. O que pode
As principais fontes de óxidos de carbono são as ser muito agradável para muitas pessoas é por outro lado
combustões. um problema ambiental grave além de ser tóxico ao ser
humano.
O dióxido de carbono (CO2) é também produzido durante
muitos processos biológicos como fermentação, Mesmo sendo relativamente inertes na atmosfera, os
desnitrificação e respiração aeróbica. Processos que são COV’s podem reagir com óxido nítrico (NO) causando a
conduzidos por bactérias heterotróficas. Respiração formação de ozônio troposférico e também chuvas ácidas.
celular de plantas e animais também liberam gás
carbônico como produto.
COV's + NO + O2
Luz Solar
mistura de O3 , HNO3 e compostos orgânicos
Um dos poluentes atmosféricos mais perigosos ao ser
humano, principalmente aqueles que habitam as grandes
cidades, é o monóxido de carbono (CO), um gás incolor, Tabelas
sem cheiro (inodoro) e um pouco mais leve em relação ao
A seguir segue a tabela com os principais poluentes
ar. O CO é produzido durante combustões, principalmente
considerados indicadores da qualidade do ar (Tabela 01)
combustões incompletas de compostos orgânicos, sendo
retirado do Relatório de Qualidade do Ar da CETESB do
suas principais fontes de emissão os carros, caminhões,
ano de 2014, bem como as tabelas com principais
ônibus, motocicletas e etc.
parâmetros de qualidade do ar e prevenção de riscos à
O monóxido de carbono combina-se de modo irreversível saúde humana (Tabela 02) e de qualidade do ar e efeitos
com a hemoglobina do sangue, inutilizando-a para o à saúde (Tabela 03).
transporte do gás oxigênio através do corpo humano. A
exposição por um período de tempo não muito grande
pode levar à morte.
No inverno, devido as menores temperaturas, a superfície O efeito estufa é resultado principalmente da presença na
terrestre acaba sofrendo um resfriamento. A camada atmosfera de água no estado de vapor, dióxido de carbono
inferior da atmosfera por consequência desta menor (CO2), metano (CH4) e de dióxido de nitrogênio (NO2), uma
temperatura pode ficar mais fria em relação à camada vez que estás moléculas podem absorver calor.
imediatamente acima dela, acarretando na interrupção da
corrente de convecção mencionado anteriormente. Interação da Radiação Infravermelha com as
Moléculas
Essa interrupção da corrente de convecção é conhecida
como inversão térmica que retém os poluentes próximos A radiação infravermelha (comprimento de onda entre 100
à superfície da terra, impedindo assim a dispersão dos µm e 1 µm) interagem com moléculas mudando sua
poluentes para camadas mais altas da atmosfera. configuração, ou seja, mudando a posição relativa dos
átomos em relação às ligações covalentes entre eles.
É nesta ocasião, onde aumentam muitos os casos de
problemas respiratórios e irritação das mucosas, Sabemos que os átomos de uma molécula não
principalmente nas populações de grandes cidades. permanecem parados uns em relação aos outros, eles
possuem vibrações em torno de uma posição média. Se
essas modificações causarem variação no momento de
dipolo (momento dipolar) da molécula, ela será ativa no
infravermelho, ou seja, será capaz de absorver e emitir
radiação infravermelha.
fósseis (petróleo e carvão mineral) começou a ser utilizada AULA 4 – SMOG FOTOQUÍMICO E OZÔNIO
em grande escala para a produção de energia. TROPOSFÉRICO
O metano (CH4 – um hidrocarboneto) é o gás de efeito A camada de ozônio está localizada na estratosfera e é
estufa mais importante depois do CO2, podendo ser extremamente importante para a vida na Terra devido a
liberado para atmosfera tanto por processos naturais sua ação de filtrar/ absorver a incidência direta da radiação
quanto antrópicos. ultravioleta de alta energia que pode aumentar a taxa de
mutação de genes, sendo por isso um dos principais
Atenção: por molécula, o metano possui poder de fatores responsáveis pelo câncer de pele (melanoma).
absorção de radiação IV (Infravermelha) cerca de 21
vezes maior que o CO2, no entanto sua concentração é De um modo geral, podemos representar a formação da
menor – 1,72 ppm, contra 375 ppm de CO2. camada de ozônio na estratosfera da seguinte maneira:
=241 nm
Geralmente é resultado da decomposição anaeróbia da O2 2 O (dissociação fotoquímica)
matéria orgânica e também da extração e utilização de O + O2 O3 + calor (colisão de átomos de oxigênio com moléculas de O2 )
combustíveis derivados de petróleo. Outras fontes
emissoras de CH4 para atmosfera são os rebanhos de bois
e cabras devido ao processo de fermentação do alimento Apesar de seus benefícios à vida, o ozônio quando
em seus tubos digestórios (fermentação entérica). encontrado na troposfera (nível respiratório) é considerado
um poluente. É formado principalmente devido à presença
Texto retirado do ENEM: de NO2 na atmosfera decorrente do chamado smog
fotoquímico:
Motor de
N2 + O2
Automóveis
2 NO
2 NO + O2 2 NO2 (gás castanho alaranjado)
NO2 NO + O
O + O2
O3 (Formação do ozônio troposférico)
Um conceito importante para o estudo das propriedades Atenção: um líquido entra em ebulição (“ferve”) quando
coligativas é a Pressão Máxima de Vapor. atinge uma temperatura na qual a sua pressão de máxima
de vapor se iguala à pressão exercida sobre ele, ou seja, à
pressão atmosférica local.
Pressão Máxima de Vapor (Pvap) É válido lembrar que a pressão atmosférica varia em
função da altitude: quanto maior a altitude, menor a
A Pressão Máxima de Vapor (Pvap) é a pressão exercida pressão atmosférica. Por exemplo, a água “ferve” a 100°C
pelos vapores de uma substância quando existe um ao nível do mar onde a pressão atmosférica é de 760
equilíbrio entre as fases líquidas e de vapor a uma dada mmHg (1 atm). Em São Paulo, onde a pressão atmosférica
temperatura. está por volta de 700 mmHg essa temperatura passa a ser
de 98,3°C.
É importante sempre lembrar que quanto maior a
volatilidade de uma substância, maior sua pressão de
vapor; substâncias diferentes possuem pressões máximas
de vapor também diferentes a uma mesma temperatura.
Isso ocorre devido a maior ou menor facilidade do líquido
passar para o estado de vapor que dependem do tipo das
forças ou interações intermoleculares que ocorrem no
líquido. AULA 3 – TONOSCOPIA, EBULIOSCOPIA E
CRIOSCOPIA
água ( )
água (v) Pvapor = 17,5 mmHg Tonoscopia
álcool ( ) álcool ( )
Pvapor 44,0 mmHg
A tonoscopia ou tonometria é o estudo da diminuição da
éter ( )
éter (g) Pvapor = 442 mmHg pressão máxima de vapor de um solvente, provocada
pela adição de um soluto não volátil.
Ebulioscopia
Crioscopia
Geralmente os eletrodos mais utilizados em eletrólises são Vamos fazer um exemplo da eletrólise ígnea do cloreto de
feitos de platina (Pt) ou então carbono grafite (C), também sódio (NaCl).
chamado de eletrodo de grafita.
A primeira coisa que devemos fazer é a fusão do composto
A fonte externa de tensão (corrente contínua) é a e demonstrar a formação dos íons:
responsável por gerar a polaridade dos eletrodos.
Fusão do cloreto de sódio:
Vale lembrar que ainda separamos em cátodo e ânodo os NaC (s) Na ( ) + C ( )
eletrodos onde ocorrem as semirreações de redução e a
oxidação, respectivamente.
Observe abaixo:
Pilha Eletrólise
Cátodo Polo Positivo Polo Negativo
Ânodo Polo Negativo Polo Positivo
O alumínio metálico é muito utilizado em nosso cotidiano Com as duas semirreações podemos soma-las e montar a
em utensílios domésticos como panelas e talheres além de reação global desta eletrólise:
latas de refrigerante.
ou 2 NaC + 2 H2O
2 NaOH + H2 + C 2
2 H (aq) + 2 e
H2 ( g )
Quando fazemos um exercício de eletrólise aquosa Quando a solução não contiver um ácido e mesmo assim
separamos os cátions e os ânions do soluto e também decidimos que o íon H+ terá maior prioridade de descarga,
pensamos na água como sendo formada por íons H+ e OH- então a melhor equação escrita é a da redução da água.
. Deste modo fica mais fácil decidir quem tem maior
prioridade. 2 H2O ( ) + 2 e
H 2 (g) + 2 OH (aq)
Observe um exemplo: Essa mesma ideia é válida para decisão quanto tempos a
oxidação dos íons OH-.
Vamos eletrolisar uma solução aquosa de NaCl.
Quando o íon OH- da solução vier de uma base, fazemos a
Em solução teremos a presença dos íons Na+ e Cl- vindos
reação de oxidação dos íons OH-:
do soluto e também os íons H+ e OH- como pensamos na
água.
2 OH (aq)
H 2O ( ) + 1 O2 (g) + 2 e
2
Perceba que pela fila de descarga, o cátion H+ da água
possui maior prioridade em relação ao Na+, enquanto os Quando decidimos que o íon OH- tem maior prioridade, mas
ânions Cl- levam preferência na descarga em relação ao estes estão vindo da água, a melhor equação a ser escrita
OH- da água. é a oxidação da água:
2 H (aq) + 1
H 2O ( )
2
O 2 (g) + 2 e Cu 2 + 2e
Re dução
Cu 0
2 mols de elétrons 1 mol de cobre metálico
2 96500 C 63,5 g
x = 0,381 g de cobre metálico
1158 C x
Q=i t
i = 1,93 A Q = 1,93 600 = 1158 C
t = 10 mim = 600 s
Note pelos Nox dos constituintes da reação que o cobre O cátodo é o eletrodo onde ocorre a redução e é o polo
sofre redução pelo recebimento de elétrons, enquanto o positivo da pilha;
zinco sofre oxidação, perdendo elétrons.
O ânodo é o eletrodo onde ocorre a oxidação e é o polo
Esse processo também pode ser observado pelas negativo da pilha.
semirreações:
Ânodo
na pilha
Polo Negativo
Zn
Zn 2
+ 2e
Semirreação de Oxidação
Cátodo Polo Positivo
na pilha
2
Cu + 2e
Cu Semirreação de Redução
A ponte salina é necessária para fechar o circuito elétrico e
É interessante notar que uma reação não acontece sem a tem por função essencial manter as cubas com
outra. concentrações de íons sempre constantes. Quando há
excesso de íons em algumas das cubas a pilha para de
Quando falamos de um processo de oxirredução (também funcionar.
podemos chama-lo de processo redox) utilizamos alguns
nomes específicos que é importante saber.
Zn / Zn2+ ││Cu2+/ Cu
Com os dados da tabela de potencial de redução, A reação entre prata e zinco ocorre espontaneamente
verificamos que a prata possui maior potencial de redução quando colocamos em contato zinco metálico com uma
(Eredução = 0,80 V), sendo assim, é ela quem sofrerá a solução que contenha íons de prata.
redução enquanto o níquel oxidará obrigatoriamente por ter
o menor potencial de redução (Eredução = -0,26).
Zn Ag
Zn2 Ag E 1,06 V
Também podemos calcular a diferença de potencial (ddp)
de uma pilha com base nos dados dos potencias de Se colocarmos prata metálica em uma solução que
redução. contenha íons de zinco a reação não ocorre por não ser
espontânea.
Para isso utilizamos a seguinte regra:
Zn2 Ag
Zn Ag E 1,06 V
E0 = Emaior
0 0
- Emenor
Re dução Re dução
Importante: note que para uma reação espontânea a ddp
Para o exemplo que fizemos entre a prata e o níquel é maior que zero, enquanto uma reação dita não-
podemos calcular a sua ddp. Observe: espontânea possui ddp negativa.
Definimos número de oxidação (Nox) como sendo a carga real ou aparente de um determinado elemento químico numa ligação
iônica ou covalente.
Para os compostos iônicos é simples verificar qual o Nox de cada elemento, uma vez que este é a própria carga do cátion e do
ânion.
NaC Na e C
Para compostos que fazem ligação covalente, podemos calcular o número de oxidação com sendo a carga teórica (carga
aparente) que um determinado átomo iria assumir se a ligação fosse quebrada, ficando os elétrons para o átomo mais
eletronegativo da ligação.
Defini-se algumas regras práticas para que o estudo do número de oxidação se torne mais simples e fácil.
2A - Metais
1A - Metais 6A - 7A -
Família Alcalinos 3A 4A 5A
Alcalinos Calcogênios Halogênios
Terrosos
Nox
+1 +2 +3 +4 +5 +6 +7
Máximo
Nox
-4 -3 -2 -1
Mínimo
5. Íons monoatômicos possuem Nox igual a carga: Fe3+ possui Nox = +3;
6. Para substâncias compostas o somatório do Nox é igual a zero;
Essas reações são denominadas reações de oxidação e reações de redução e são assim identificadas:
É importante notar que as substâncias que sofrem redução e oxidação são identificadas como agentes oxidantes e redutores
respectivamente.
Resumindo, temos:
Agente Oxidante: elemento ou substância que causa oxidação, sofrendo ele mesmo uma redução;
Agente Redutor: elemento ou substância que causa a redução, sofrendo ele mesmo uma oxidação.
Balancear uma equação química pelo método de oxirredução é basicamente acertar a quantidade de elétrons cedidos e
recebidos.
Algumas regras básicas podem ser seguidas para o balanceamento por oxirredução.
Exemplo:
Cu2 + A 0
Cu0 + A 3
2 0 0 3
Note no exemplo que o Nox do cobre variou de +2 para 0, sendo assim houve uma redução; por outro lado o Nox do alumínio
foi de 0 para +3, ou seja, oxidou.
Acertando as quantidades de elétrons cedidos (oxidação) e perdidos (redução), chegamos na seguinte equação balanceada:
3 Cu2 + 2 A 0
3 Cu0 + 2 A 3
2 0 0 3
Vamos considerar o balanceamento íon-elétron em meio ácido e seguir alguns passos básicos.
Uma dica válida para separar as semi-reações de oxidação e redução é considerar que se no reagente houver carbono, este
dará origem aos produtos com carbono (principalmente CO2); por outro lado, o oxigênio molecular (O2) dará origem a
moléculas de H2O.
v direta
a A bB
v inversa
No equilíbrio, temos
v direta = v inversa
onde :
[ ] concentração em mol/L
K constante de equilíbrio (só muda com a temperatura)
Sólidos e solventes não entram na expressão de equilíbrio
Admensional , ou seja, não possui unidade
Exemplos:
[NH3 ]2
Kc =
[N2 ] [H2 ]3
K c = [CO2 ]
Sistema em equilíbrio
Tabela (início / reage / forma)
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1
EQUILÍBRIO QUÍMICO
A 2 3 B2 2 AB3
x = 2,5 (0,1 - x)
CO g + NO2 g
CO2 g + NO g
Em resumo, podemos considerar as seguintes condições
para o grau de equilíbrio:
Inicialmente colocou-se para reagir 1mol de cada um dos Grau de equilíbrio tendendo a zero
reagente em um recipiente de um 1 L de capacidade. Após
200 segundos de reação, as concentrações não mais se
Indica um baixo rendimento, ou seja, pouca formação de
alteraram, estabelecendo-se assim o equilíbrio. Neste
produtos, sobrando grandes quantidades de reagentes
ponto restou 0,20 mol/L de CO. Calcule o grau de
que não sofreram reação química.
equilíbrio.
Grau de equilíbrio tendendo a 1
Como no início tínhamos 1 mol em 1 L, a concentração de
CO e NO2 eram equivalentes a 1 mol/L. Passado o tempo
Indica um alto rendimento da reação (próximo de 100%),
até atingir o estado de equilíbrio, nota-se que 0,80 mol/L
ou seja, grande parte dos reagentes foram convertidos em
de cada um deles foram consumidos, restando assim 0,20
produtos
mol/L.
= 0,80
AULA 5 – QUOCIENTE REACIONAL
Como o grau de equilíbrio é um número adimensional,
podemos escrevê-lo em porcentagem. Sendo assim, um α
= 0,20 equivale a um consumo de 80% da quantidade O constante de equilíbrio químico é válida somente para
inicial do reagente. um caso bem particular: quando as velocidades das
reações direta e inversa são iguais e as quantidades de
reagentes e produtos não mais se alteram. Isto ocorre em
Exemplo 2
sistemas fechados a uma temperatura constante. Por
outro lado, a divisão das concentrações de produtos por
Num recipiente de paredes rígidas e com capacidade de reagentes fora do estado particular de equilíbrio químico é
2,0 L, foram aquecidos 2,0 mol de PCl 5, sendo este chamado de quociente reacional (Qc).
decomposto em PCl3 e Cl2, de acordo com a seguinte
equação:
O quociente reacional (Qc) é uma ferramenta bastante
útil para indicar se um determinado processo se encontra
PC 5
PC
3 +C 2 no equilíbrio, se já passou pelo equilíbrio ou se ainda não
chegou, sob determinadas condições de temperatura
Atingido o equilíbrio químico, o pentacloreto de fósforo constante.
estava 40% dissociado em seus produtos. Calcule a
constante de equilíbrio químico em função das Podemos resumir da seguinte maneira:
concentrações em mol/L.
Se Qc K c Sistema em Equilíbrio
Primeiramente vamos considerar que a concentração de Se Qc > K c Sistema já passou do Equilíbrio
PCl5 no início do experimento era de 1,0 mol/L e em
Se Qc K c Sistema não chegou ao Equilíbrio
seguida passamos para a montagem da tabela (início /
reage / equilíbrio). Note que já sabemos o quanto de PCl 5
foi consumido através do valor do grau de equilíbrio de
40%.
N2 (g) + 3 H2 (g)
exotérmica
2 NH3 (g) H = - 92 kJ Infelizmente, a baixas temperaturas (não mais que 300°C)
endotérmica
a reação é extremamente lenta para uso industrial. Mesmo
contradizendo o parâmetro termoquímico, a indústria
Temperatura desloca para a esquerda realiza o processo em temperaturas elevadas para garantir
uma velocidade compatível. É claro que o aumento da
temperatura vem associado à presença de um catalisador
Temperatura desloca para a direita (geralmente uma mistura de Fe2O3 e K2O).
1ª ionização : H3PO4 H H2PO4
K1 7,5 103 M 2
Ka =
2ª ionização : H2PO
4
H
HPO 2
4 K 2 2,0 10 7
1-
3ª ionização : HPO 2
4
H
PO 3
4 K 3 1,0 1012
onde,
M concentração em mol/L
Constante de Ionização de uma Base
grau de ionização
NH3 (g) + H2O ( ) NH4 (aq) + OH (aq)
Para eletrólitos muito fracos, podemos dizer que o grau de
ionização é muito pequeno e desta forma, temos:
[NH4 ] [OH ]
Kb =
[NH3 ] se 5%
n moléculas ionizadas
H2O( ) H (aq) + OH (aq)
=
n moléculas totais
Podemos escrever o equilíbrio deste processo de auto-
Podemos deduzir a lei de diluição de Ostwald através da
ionização da água:
tabela inínio / reage / equilíbrio:
0 °C 0,11 x 10-14
25 °C 1,00 x 10-14
40 °C 3,0 x 10-14
Na água pura temos que a concentração dos íons H + é De acordo com a definição de ácidos e bases de Brönsted-
Lowry, um ácido é uma espécie doadora de prótons (H +)
igual a concentração dos íons OH- e possuem um valor
enquanto uma base é uma espécie receptora de prótons.
calculado (a 25˚C) de 10-7 mol/L como vimos
anteriormente.
Teoria de Lewis
Solução Ácida H
Hidrólise de Cátion
Solução Básica OH
Hidrólise de Ânion
X + H OH
hidrólise
XOH + H
base fraca
Hidrólise do Ânion
A hidrólise de um ânion produz íons OH- e resulta numa AULA 16 – PRODUTO DE SOLUBILIDADE (Kps ou Ks)
solução básica.
A Constante do produto de solubilidade também chamada
A + H OH
hidrólise
HA + OH de produto de solubilidade é representada por Kps, PS ou
ácido fraco então por Ks e representa a multiplicação (produto) das
concentrações em mol/L dos íons existentes em uma
É válido observar que nos processos de hidrólise salina, o solução saturada em equilíbrio com o sólido não
íons que causa a hidrólise é sempre o derivado do dissolvido.
eletrólito fraco.
NH4 (aq) + H2O( ) NH4OH(aq) + H (aq)
Genericamente, temos:
Podemos expressar a constante de equilíbrio da seguinte precipitado íons dissolvidos
maneira:
CxDy (s) x Cy (aq) + y Dx (aq)
[NH4OH][H ]
Kh
[NH4 ] K ps [Cy ]x [Dx ]y
Al OH3 s
A aq + 3 OH aq K ps = [ Al3 ] [OH ]3
3 Base conjugada
presente no tampão
AgC s
Ag aq + Cl aq
K ps [ Ag ] [C ] A + H
HA
s aq
Ácido
PbC 2
2
Pb (aq) + 2 C 2
K ps = [Pb ] [C ] 2
adicionado
CA (s) C (aq) + A (aq)
[HA]
[H ] = K a
[A ]
em seguida aplica-se o logaritmo negativo
de ambos os lados
[HA]
log [H ] = log K a log
[A ]
substituindo se -log [H ] por pH, e -logK a por pK a
[HA]
pH = pK a log
[A ]
finalmente, inverte-se a razão log [HA]
[A ]
invertendo-se o sinal, temos:
[A ]
pH = pK a + log
[HA]
Resumidamente podemos indicar as seguintes situações
Equação de Henderson-Hasselbalch
para os pontos de equivalência:
1 N2 (g) + 3 H2 (g)
2 NH3 (g)
10mol / L
3 mol
30 mol/L
2mol
20 mol/L
1 N2 (g) + 3 H2 (g)
2 NH3 (g)
3 mol
Etapas da reação:
1mol 2mol
10 mol/L
em relação ao N2 : v (N2 ) = = 2 mol/L min
5 min
30 mol/L
em relação ao H2 : v (H2 ) = = 6 mol/L min
5 min
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em relação ao NH3 : v (NH3 ) = = 4 mol/L min
5 min 1
CINÉTICA QUÍMICA
x2 cte x4
AULA 3 – LEI DA VELOCIDADE / LEI DA CINÉTICA Pelos resultados mostrados na tabela, percebemos que a
velocidade é proporcional à concentração de H2 e
A lei da velocidade é calculada sempre da mesma proporcional ao quadrado da concentração de NO. Sendo
maneira: assim, a lei da velocidade pode ser escrita da seguinte
maneira:
v = k [reagentes]x
v = k [NO]2 [H2 ]
v = velocidade
O que chamamos de mecanismo de reação é o conjunto
k = constante da velocidade das reações elementares pelas quais temos uma reação
[ ] = concentração em mol/L chamada de global.
x = ordem
Atenção: é importante notar que a velocidade da reação é
Para reações elementares, ou seja, aquelas que ocorrem determinada sempre pela etapa lenta das reações, ou
numa etapa única, a lei da velocidade é expressa seja, a etapa que possui a maior energia de ativação.
considerando os coeficientes estequiométricos da reação
balanceada como sendo as ordens dos reagentes.
Observe o exemplo para uma reação elementar:
Sólido Líquido Gasoso
Reação Endotérmica
Observa-se que as passagens de sólido para líquido e Absorve calor ou é aquela onde o calor é considerado
líquido para gasoso, além do processo direto de sólido como reagente.
para gasoso (sublimação), ocorrem com absorção de
energia. A + B C + D H 0
H2(g) 1 O2(g)
1 H2O( H – 68,4 kca /mol
2 )
Para formar um mol de água líquida, a partir de A Lei de Hess indica que a variação de entalpia de uma
substâncias simples, H2 (g) e O2 (g), no estado padrão reação global é o somatório das entalpias das reações
(298K, 1 atm e estado físico e alotrópico mais estável) há parciais, ou seja, depende apenas dos estados inicial e
a liberação de 68,4 kcal. final da reação.
O sentido químico mais importante que devemos levar em Observe o exemplo abaixo para entender a aplicação da
consideração quando analisamos uma equação de Lei de Hess:
formação como visto acima é que através dela sabemos
qual a entalpia da própria substância formada na reação. Combustão total do grafite:
Considerando que todos os reagentes possuem, por C (grafite) + O2 (g) → CO2 (g) ∆Hreação = ?
definição, entalpia igual a zero, o valor envolvido no
processo corresponde ao produto formado. Para determinarmos o ∆H da reação acima podemos
utilizar duas outras reações para chegarmos até ele.
Equação 1:
Equação 2:
AULA 3 – ENTALPIA DE COMBUSTÃO
CO (g) + ½ O2 (g) → CO2 (g) ∆H = - 283,0 kJ
Entalpia ou Calor de Combustão é a energia liberada na
forma de calor na combustão de um 1 mol de uma Se somarmos a equação 1 e a equação 2 cancelando os
determinada substância química. intermediários de reação (neste caso o CO) chegamos na
reação global:
Observe os exemplos abaixo:
C (grafite) + O2 (g) → CO2 (g)
Combustão de um mol de metano:
Esta reação é exatamente aquela que precisamos calcular
1 CH4 (g) + 2 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O (l) ∆H = - 889, o valor do ∆Hreação.
5 kJ/mol
Pela Lei de Hess, temos:
Podemos ler a equação acima da seguinte maneira: “Na
combustão de um mol de metano, consome-se 2 mol de ∆Hreação = ∆H1 + ∆H2
gás oxigênio, gerando 1 mol de dióxido de carbono
gasoso, 2 mol de água líquida, com liberação de 889,5 kJ ∆Hreação = - 110,3 + (-283,0) = - 393,3 kJ
de energia na forma de calor”.
Atenção às consequências da utilização da Lei de Hess.
Combustão do metanol (álcool metílico):
Muitas vezes necessitamos inverter, multiplicar ou dividir
2 CH3OH (l) + 2 O2 (g) → 2 CO2 (g) + 4 H2O (l) uma determinada reação química para chegarmos na
∆H = - 1451,2 kJ equação global. Para isso você deve ter sempre em mente
que:
Qual seria a entalpia de combustão para a queima do
metanol? Ao inverter uma determinada equação química, o
sinal do ∆H também deve ser invertido;
Tome cuidado! Observe que a reação está balanceada Quando multiplicamos uma equação, devemos
para 2 mol do metanol, ou seja, o valor do ∆H indicado não também multiplicar o valor do ∆H;
é a entalpia de combustão. Ao dividir uma equação, dividimos também o
valor do ∆H.
Para respondermos corretamente o valor da entalpia de
combustão devemos dividir o valor dado por dois. Sendo
assim, temos que a entalpia de combustão do metanol
equivale a ∆H = - 725,6 kJ/mol.
2H I + C C
2H C + I I
2 (298,4) 1 (242,0) 2 (430,9) 1 (150,9)
838,8 kJ 1012,7 kJ
AULA 1 – CONCENTRAÇÃO COMUM, DENSIDADE E É expressa pela relação do número de mol do soluto pelo
TÍTULO volume da solução obrigatoriamente em litros.
Os químicos utilizam a unidade partes por milhão (ppm) Misturas de soluções de mesmo soluto (Sem Reação
para expressar concentrações extremamente pequenas, Química)
principalmente nos casos de poluentes do ambiente.
Ao misturarmos soluções de mesmo soluto e
ppm – partes por milhão evidentemente de mesmo solvente, nota-se que:
Exemplo 1
H2SO4 + 2 NaOH
Na 2SO 4 + 2 H2O
1 mol 2 mol 1 mol 2 mol Proporção em mol
0,05 mol 0,10 mol 0,05 mol Proporção utilizada
Exemplo 2:
1 HC + 1 NaOH
1 NaC + 1 H2O
1 mol 1 mol 1 mol 1 mol
0,03 mol 0,04 mol 0,03 mol
Re agente em Excesso Quantidade formada
0,01 mol sobra sem reagir
Cálculo da concentração da base que restou na solução após a reação ter ocorrido:
AULA 9 – TITULAÇÃO
Titulação ácido-base
Titulação por complexação
Titulação por precipitação
As dispersões são classificadas de acordo com o tamanho Exemplo: Solução aquosa de NaCl, representa-se por:
do disperso: NaCl (aq)
4 ligações simples;
1 ligação dupla e duas simples; Cadeias Abertas:
2 ligações duplas;
1 ligação tripla e 1 simples. Também chamadas de cadeias acíclicas, as cadeias
abertas apresentam átomos de carbono em sequência com
Mas sempre completando quatro ligações ao todo. as extremidades livres, ou seja, não sofrem fechamento.
Uma característica interessante do átomo de carbono e
assim dos compostos orgânicos é a possibilidade de
encadeamento, ou seja, o carbono pode se ligar entre si
formando grandes cadeias estáveis.
Dentre de uma cadeia carbônica podemos classificar os
átomos de carbono como sendo primário, secundários,
terciários e quaternários, dependendo de quantos outros
átomos de carbonos estão ligados diretamente ao átomo
em análise. Cadeias Fechadas:
Cadeias Mistas:
Cadeias Ramificadas:
Cadeias Saturadas:
Cadeias Homogêneas:
Cadeias Insaturadas:
Cadeias Heterogêneas:
Apresentam insaturações, ou seja, ligações duplas ou
triplas entre átomos de carbono. Além dos átomos de carbono, existem outros átomos
(heteroátomos), na cadeia principal. Os heteroátomos mais
comuns são o oxigênio, nitrogênio e o enxofre.
Cadeias Normais:
Cadeias Aromáticas:
Também chamada de não ramificada, uma cadeia normal
só apresenta átomos de carbonos primários e secundários
numa sequência única. As cadeias classificadas como aromáticas são aquelas que
apresentam pelo menos um anel benzênico.
AULA 4 – PETRÓLEO
Alcanos
Alcenos (Alquenos)
Alcinos (Alquinos)
* O uso de colchetes [ ] serve para inserir unidades que se Similarmente aos alcenos, o nome do alcino não ramificado
repetem e ( ) são usados para ramificações. é dado pela substituição do sufixo ano (do alcano
correspondente) por - ino, - adiino (duas triplas), -
Nona: prefixo latino. atriino(três triplas), etc. Os sufixos são antecedidos por
números que indicam as posições das triplas ligações.
Alcanos ramificados
Novamente, a numeração se dá pela extremidade que
São aqueles que apresentam grupos (substituintes) ligados forneça o menor número da posição.
a uma cadeia maior, também chamado erroneamente de
radicais por alguns autores do ensino médio. A IUPAC
ainda aceita nomes não-sistemáticos de alguns compostos,
tais como:
ou
C 6H 6 C 10 H8
benzeno naftaleno
AULA 3 – AROMATICIDADE
C14H 10 C 14 H 10
antraceno fenantreno
Critérios para aromaticidade
Antr aceno e Fenantr eno: Compostos pr oduzidos a par tir da queima incopleta
de car vão, madeira e combust ív eis f ósseis. Compõem os HPAs ( Hid rocar bonetos
Policí clios Aromáticos) polentes atmosf ér icos possiv elmente car ciongênicos Para que um composto orgânico seja chamado de
aromático é preciso que ele obedeça a dois critérios
básicos:
A nomenclatura do benzeno com apenas um substituinte é
dada pela simples adição do nome do grupo substituinte à Possuir um ciclo (anel) plano que contenha
palavra benzeno. Para compostos aromáticos mais elétrons π;
substituídos, deve-se numerar o anel benzênico de modo Conter número par de elétrons.
que os grupos assumam os menores conjuntos de
Podemos utilizar a regra de Hückel para generalizar o
números possíveis, respeitando a ordem alfabética.
critério de aromaticidade:
Exemplos:
AULA 4 – CONFORMAÇÕES ESPACIAIS DE
CICLOEXANOS
Observando de perto o cicloexano podemos verificar que Regras para nomenclatura dos alcanos ramificados
ele existe em duas conformações tridimensionais na
natureza: cadeira e barco. 1. Nomeia-se um alcano acíclico ramificado
considerando a cadeia mais longa como a
principal. E os nomes dos substituintes precedem
o nome da cadeia principal. Por exemplo:
Alcenos ramificados
Ao numerarmos a cadeia principal (oito carbonos
= octano) da esquerda para a direita, teremos a a cadeia principal é a que contém o maior número de
sequência 3,5,6 e pela extremidade oposta, ligações duplas e a mais longa. A numeração se dá em
teremos a numeração 3,4,6. Houve uma diferença preferência da ligação dupla e não do substituinte. Apenas
no segundo número da sequência, e a partir deste no caso de empate que as posições dos grupos
ponto não há necessidade de comparara os substituintes são prevalecidas.
números restantes. Assim a nomenclatura do
composto acima é 3,4,6-trimetiloctano.
Atenção
AULA 3 – CETONAS
Éter - -ílico
Pr imeiro Grupo Segundo Grupo
São compostos que podem ser considerados como As amidas são reconhecidas pela presença de nitrogênios
derivados da amônia (NH3) pela substituição de um, dois ligados ao grupo carbonila
ou três hidrogênios por grupos orgânicos. Sendo assim,
podemos classificar as aminas como primárias,
secundárias ou terciárias.
Cita-se o nome do grupo análogo ao hidrocarboneto, Os nomes das amidas derivam dos ácidos carboxílicos
substituindo o –o por –amina. correspondentes, substituindo-se a terminação ICO (da
nomenclatura oficial dos ácidos carboxílicos) por AMIDA.
Exemplos:
AULA 3 – NITRILAS
Ácidos sulfônicos de cadeias longas e aromáticas são São compostos orgânicos que apresentam duas ou mais
utilizados na fabricação de detergentes. funções orgânicas diferentes entre si.
Nitrocompostos
Haletos Orgânicos
Clorofórmio (CHCl3 - triclorometano) começou a ser usado Ordem de preferência para escolha da cadeia principal
como anestésico em 1847 na Inglaterra e, com o tempo, foi segundo as regras da IUPAC
gradativamente abandonado, devido à sua toxidez;
Ácido > Amida > Aldeído > Cetona > Álcool > Amina > Éter > Haleto
Os freons (CCl3F, CCl2F2 etc.) foram introduzidos na
década de 1930, como gases de refrigeração e, na década
de 1960, como propelentes para aerossóis de perfumes e
Exemplo:
inseticidas; posteriormente, verificou-se que os freons
prejudicavam a camada de ozônio, o que levou vários
acordos internacionais a determinar a redução progressiva
de sua produção;
Série Homóloga
Série Isóloga
Série Heteróloga
Os fatores que influenciam nas propriedades físicas dos Como regra geral de solubilidade da química, temos:
compostos orgânicos são:
Semelhante tende a dissolver semelhante
Forças Intermoleculares
Tamanho Isto significa dizer que polar tende a dissolver polar; apolar
tende a dissolver apolar.
Vamos dividir nosso estudo destas características levando
em consideração a polaridade das substâncias. Compostos apolares ou pouco polares são chamados de
solventes orgânicos e consequentemente não se dissolvem
Compostos Apolares em água que é polar.
Os compostos orgânicos apolares ou predominantemente Para que um composto orgânico seja solúvel em água é
apolares fazem interações intermoleculares do tipo dipolo- necessário que ocorra interação entre estas substâncias, ou
induzido (também chamada de forças de London ou van der seja, o composto orgânico deve ser polar e de certa maneira
Waals), que são relativamente fracas. realizar interações intermoleculares do tipo pontes ou
ligações de hidrogênio com a água.
Sendo assim, estes compostos (apolares) apresentam
baixos pontos de fusão e ebulição. É interessante notar que quanto maior o número de pontes
de hidrogênio realizadas pela substância e água, maior será
Com o aumento da cadeia carbônica (ou massa molecular) a solubilidade da mesma.
temos também o aumento do ponto de fusão e ebulição.
Outro ponto interessante a se observar é que mesmo
Estas características de variação de PF e PE e estado físico substâncias que podem realizar pontes de hidrogênio com
servem também para toda a série dos hidrocarbonetos: a água não são necessariamente solúveis nela. Isso ocorre
alcanos, alcenos, alcinos, cicloalcanos e aromáticos). quando a cadeia carbônica é grande e prevalece a região
apolar.
Compostos Polares sem pontes de hidrogênio
O aumento da massa molar para os compostos que Ácidos de Arrhenius : Ionizam gerando H
Ácidos de Bronsted Lowry : doador de H próton
realizam DP-DP acarreta num aumento dos pontos de fusão
e ebulição.
Ácidos de Lewis : aceptores de pares de elétrons
Compostos Polares com pontes de hidrogênio
De um modo geral temos a seguinte sequência crescente
Sabendo que as pontes ou ligações de hidrogênio são de acidez:
interações mais fortes quando comparadas as anteriores,
estes compostos apresentarão pontos de fusão e ebulição
superiores quando comparados àqueles que realizam DI-DI
ou DP-DP de massa molecular semelhante.
Resumindo, temos:
Alcinos Verdadeiros: são aqueles que possuem átomo
O aumento da massa molecular e também o aumento do
de hidrogênio ligado diretamente ao carbono com tripla
número de pontes de hidrogênio acarretam num aumento
ligação
dos pontos de fusão e ebulição.
Grupo Aril (Ar): derivado do benzeno
Efeito de Ressonância
Bases de Lewis : doadores de pares de elétrons
Isomeria de Cadeia;
Isomeria de Posição;
Isomeria de Compensação ou Metameria;
Tautomeria.
AULA 2 – ISOMERIA DE POSIÇÃO
Exemplo 1
Exemplo 1
Exemplo 2
Exemplo 2
Álcoois e Éteres;
Álcoois Aromáticos, Éteres Aromáticos e Fenóis; AULA 6 – RECAPITULAÇÃO
Aldeídos e Cetonas;
Nesta aula fizemos uma visão geral dos casos de isomeria plana
Ácidos Carboxílicos e Ésteres.
que foram estudadas em aulas separadas. A intensão foi mostrar
de forma ampla para facilitar o entendimento e resolução de
exercícios sobre o assunto.
Isomeria de Posição
Isomeria de Função
Tautomeria
Isomeria é o fenômeno observado na química orgânica, onde Assim como nos compostos orgânicos que possuem ligações
compostos diferentes, com propriedades diferentes, possuem a duplas, os compostos cíclicos (de 3 a 5 carbonos) possuem
mesma fórmula molecular entre si. cadeias ou núcleos que dividem a molécula em duas regiões
(acima e abaixo da cadeia) sendo também os ligantes ou
A isomeria pode ser dividida em plana e espacial (ou substituintes posicionados também acima ou baixo do plano da
estereoisomeria). cadeia principal.
Isomeria Espacial ou Estereoisomeria (do grego stereos, Observe as estruturas possíveis para os compostos 1,2-dicloro-
espacial): compostos com mesma fórmula molecular que se ciclopropano:
diferem na orientação espacial dos átomos no espaço e só podem
ser explicadas por fórmulas estruturais espaciais:
Isomeria Cis-Trans;
Isomeria Óptica.
Em compostos com duplas ligações; Note novamente que o plano da molécula posiciona os ligantes
Em compostos cíclicos. de um mesmo lado (cis) ou de lados opostos (trans).
Em compostos cíclicos
Halogenação
Nitração
Sulfonação
Alquilação de Friedel-Crafts
Acilação de Friedel-Crafts
Observe abaixo exemplos de reações de adição: Por outro lado, se o reagente a ser adicionado estiver em
menor quantidade, ou seja, ser o reagente limitante da
reação, teremos dois tipos de adição:
As reações de eliminação consistem na perda ou Observe abaixo os exemplos deste tipo de reação:
eliminação de átomos ou grupos de átomos de compostos
orgânicos e consequente formação de outros compostos
orgânicos.
Desidrogenação
Desalogenação
Desidro-halogenação
Desidratação
Desidratação Intramolecular
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Atenção:
AULA 4 – ESTERIFICAÇÃO
AULA 7 – TRANSESTERFICAÇÃO
AULA 1 – INTRODUÇÃO
Polímeros de Adição
Polímeros de Condensação
AULA 4 – COPOLÍMEROS
Quando um polímero é sintetizado partindo-se de um único tipo de monômero, ele é denominado polímero normal. Quando
utilizamos mais de um tipo de polímero, este é chamado de copolímero.
C6H12O6 + C6H12O6
C12H22O11 + H2O
Glicose Frutose Sacarose
Polissacarídios
que são os polissacarídios de um modo geral com Em relação a estes dois polissacarídios podemos resumir
glucanos que são especificamente os polissacarídios as seguintes características:
formados por glicoses apenas.
Celulose: componente primário da estrutura das células
Ao contrário das proteínas e dos ácidos nucleicos, os de plantas e vegetais, mas também aparece na estrutura
polissacarídios formam polímeros ramificados e também de invertebrados marinhos conhecidos como tunicados. É
lineares. formado por cerca de 15 mil resíduos de glicose e tem
estrutura de um polímero linear, é extremamente rígida
Amido, glicogênio e celulose são exemplos de sendo suas fibras conectadas por ligações de hidrogênio
polissacarídios formados por glicose, ou seja, exemplos de que as tornam bastante coesas caracterizando sua não
glucanos. solubilidade em água.
A celulose é formada pela repetição da celobiose, um Humanos não tem a capacidade de metabolizar a celulose
dissacarídio formado pela ligação β – glicosídica da devido a ausência de um conjunto de enzimas chamadas
glicose. celulase, enzima esta capaz de hidrolisar a ligação β – 1,4
– glicosídica. Por outro lado, herbívoros que mantém
relação simbiótica com micro-organismos que secretam
celulase são capazes de fazer a quebra da ligação beta e
aproveitar os resíduos de glicose em seu metabolismo.
Celulose
Maltose
Amido
AULA 4 – LIPÍDIOS
Os lipídios formados majoritariamente por ácidos graxos
Os lipídios ou lipídeos, também chamados de saturados são sólidos quando em temperatura ambiente,
triacilglicerois, triglicerois, triglicérides, são compostos sendo chamados de gorduras; já os lipídios que
encontrados na natureza, tanto no reino animal quanto no apresentam majoritariamente ácidos graxos insaturados
vegetal, na forma de óleos e gorduras. são líquidos nas mesmas condições e são chamados de
óleos.
São compostos praticamente insolúveis em água ou
solventes polares, formam membranas celulares, servem Os triacilgliceróis são uma forma interessante e altamente
de isolante térmico, tem função de reserva energética, eficiente de armazenamento de energia. Por serem
além de participarem da estrutura de vitaminas e também apolares, são armazenados na ausência de água (forma
de hormônios. anidra) e assim são capazes de gerar seis vezes mais
energia no metabolismo quando comparado, por exemplo,
Quimicamente podemos falar que os lipídios são triésteres ao glicogênio que está ligado ao dobro de sua massa em
do glicerol, ou seja, são ésteres derivados da reação entre moléculas de agua.
o glicerol (um triol) e ácidos graxos (ácidos carboxílicos de
cadeia longa). Por serem menos oxidados em relação aos carboidratos e
também as proteínas, os lipídios liberam maior quantidade
de energia no processo de metabolismo (oxidação).
AULA 5 – SAPONIFICAÇÃO
Hidrólise do triéster do glicerol: quebra do óleo É interessante ter em mente como ocorre a limpeza pela
ou gordura liberando a glicerina e os ácidos utilização de sabões ou sabonetes.
graxos (ácidos carboxílicos de cadeia carbônica
longa) Como podemos observar, os sabões apresentam em sua
estrutura uma região polar e outra apolar e assim sendo,
são classificados como anfifílicos.
AULA 6 – AMINOÁCIDOS
Os aminoácidos podem reagir entre si através das funções Uma proteína relativamente pequena que possua cerca de
amina e ácido carboxílico com a eliminação de molécula 100 aminoácidos em sua cadeia possui 20100 = 1,27 x
de água (reação de condensação), como mostrado na 10130 possibilidades de formação de cadeia polipeptídica.
figura abaixo: Essa quantidade é muito superior quando comparado ao
número estimado de átomos no universo (cerca de 9 x
1078). É evidente que na natureza temos apenas uma
pequena fração desta enorme quantidade de possíveis
formações de cadeias polipeptídicas.
AULA 8 – PROTEÍNAS
A reação inversa também pode ocorrer, ou seja, pode-se Refere-se sempre a sequência linear dos aminoácidos que
hidrolisar a ligação peptídica para assim obter os compõem as proteínas.
aminoácidos de origem.
Enzimas