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Direito Administrativo | Material Complementar

Professor Luciano Franco.

ATO ADMINISTRATIVO

Buenas meu povo, vamos iniciar uma maratona agora para entender de vez os atos administrativos. Matéria
importantíssima de prova, que merece especial atenção. Reveja sempre que necessário todas as aulas e faça muita
questão, só assim para vencermos este conteúdo.
E para começar bem, temos que entender o conceito de ATO, FATO e CONTRATO administrativos, porque nem tudo
que a administração pública faz é ato, e mesmo o sendo, muitas vezes não é ato AMINISTRATIVO!
ENTÃO ANOTE:
# NEM TUDO QUE A ADMNISTRAÇÃO PÚBLICA FAZ PODEMOS CHAMAR DE ATO
ADMINISTRATIVO, POIS ESTE É ESPÉCIE DO GRANDE GRUPO DOS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO,
ALÉM DE TERMOS OS FATOS E OS CONTRATOS, QUE NÃO SE CONFUNDEM COM OS ATOS!!!
# OS ATOS ADMNISTRATIVOS NÃO SÃO EMANADOS APENAS PELA ADMNISTRAÇÃO PÚBLICA,
JÁ QUE OS PODERES, LEGISLATIVO E JUDICIARIO, QUANDO NAS SUAS FUNÇÕES ATÍPICAS,
TAMBÉM PROFEREM SEUS ATOS ADMNISTRATIVOS.

Logo o conceito mais aceitável e seguido em provas de concurso é o do nosso eminente Hely Lopes Meirelles: “ato
administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade,
tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações
aos administrados ou a si própria”.
Complementando o doutrinador, temos: SÓ É ATO ADMINISTRATIVO SE:
- FOR UMA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE (omissão é fato e não ato)
- DE FORMA UNILATERAL (se for BILATERAL é contrato)
- DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (os três poderes podem emitir atos)
- NO USO DAS SUAS PRERROGATIVAS (sempre regido por direito público)
- SOB O MANTO DOS 3 CONTROLES (administrativo, legislativo e judiciário)
Basicamente, isso é ato administrativo, e lembrando quem nem toda a manifestação de vontade da administração
pública é ato e muito menos administrativo, tu acertarás todas as questões de conceito!
Para avançarmos no estudo, vamos saber quais são os cinco requisitos dos atos e seus respectivos atributos ou
características, que, assim como o conceito, são muito cobrados em provas.
REQUISITOS: são os elementos que um ato administrativo deve ter para que exista no mundo jurídico, caso falte
alguns deles, o ato simplesmente é considerado INEXISTENTE por terminar seu ciclo de formação.
# Competência (vinculado): é o poder legalmente concedido ao agente público para a prática do ato. Esse direito é
irrenunciável, imprescritível, improrrogável, e intransferível!
ATENÇÃO: A competência é intransferível, mas não indelegável, já que é possível a delegar o EXERCÍCIO da função a
outrem, sendo que a o agente detentor originário continua com sua titularidade.
Muita atenção no estudo dos vícios e, no que tange aos erros de competência, alguns se destacam, quais sejam:
USURPAÇÃO DE FUNÇÃO: Ocorre este tipo de vício quando um particular, com DOLO de praticar crime, usa da
função pública, praticando atos que, por óbvio, não possui competência. Tal ato é nulo e dele não se origina direitos,
além de ser crime.
FUNÇÃO DE FATO: Aqui não há dolo por parte do agente, apenas um erro na sua nomeação, que vicia os atos
proferidos por ele enquanto na ativa. Deve-se tomar cuidado, pois aqui há sim ANULAÇÃO, porém, com efeitos ex
nunc, respeitando assim, os direitos adquiridos dos particulares que agiram de boa-fé.
EXCESSO DE PODER: Este vício o agente até tem competência para efetuar o ato, mas, extrapola a mesma, agindo
além ou fora dos limites entregues pela lei a seu cargo. Deve ser anulado por constituir uma das duas formas de
ABUSO DEPODER, neste caso, na categoria EXCESSO, já que fere o requisito competência.
IMPORTANTE: Aqui é possível, caso o vício seja SANÁVEL e a competência não sendo exclusiva, a aplicação do
instituto da CONVALIDAÇÃO, que é o reaproveitamento do ato, estudo com mais afinco ao final.

# Finalidade (vinculado): é o que se busca alcançar com o ato. Aqui temos sempre duas finalidades, a IMEDIATA
prevista na lei e a MEDIATA que sempre visa alcançar o interesse público.
No que tange aos vícios de finalidade, sempre serão anulados, por não ser possível qualquer tipo de
reaproveitamento. Teremos um ato viciado na sua finalidade quando o agente agir com DESVIO DE PODER, ou seja,

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desobedecer ou a finalidade direta, imediata, aquela prevista na lei ou a finalidade indireta, mediata, qual seja, o
interesse público.
Assim, o desvio de finalidade é uma forma de ABUSO DE PODER, deve ser anulado e não se origina direitos deste ato
nulo.
# Forma (vinculado): diz respeito à exteriorização do ato e todos os procedimentos exigidos para sua execução. Vale
lembrar que nem todos os atos administrativos devem ser produzidos por escrito, é a regra, mas temos atos orais e
até por via de sinais, sonoros e visuais, como os gestos do agente de transito e o semáforo.
Um vício de forma é visualizado quando, tendo forma prevista em lei, esta não é seguida, logo, viciando o ato na sua
via externa. Assim, se para a concretização de um determinado ato prevê-se um decreto e o mesmo é feito via
portaria, é nulo por vício de forma.
IMPORTANTE: Aqui é possível, caso o vício seja SANÁVEL e a forma não amarrada em lei, a aplicação do instituto da
CONVALIDAÇÃO, que é o reaproveitamento do ato, estudo com mais afinco ao final.

# Motivo (discricionário): é a justificativa, o pressuposto de fato e de direito que autoriza e fundamenta a edição do
ato. Podemos ter mais de um motivo, por isso se diz que pode ser discricionário. Nada impede que se tenha o
motivo vinculado, como numa aposentadoria, num caso de licença ou algo assim.
ATENÇÃO: Motivo é diferente de motivação. Na verdade, esta se trata da exposição por escrito dos motivos que
levaram à prática do ato. Nem todo ato precisa ser motivado, mas todo ato tem motivo, dado que é um dos cinco
requisitos de existência.
Um vício de motivo é facilmente identificado quando temos uma justificativa FALSA ou até mesmo INEXISTENTE!
Pois o motivo deve ser real e verdadeiro, do contrário, temos um vício e deve o ato ser anulado por tal ilegalidade.
MUITO IMPORTANTE: Segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, a validade de um ato se vincula aos motivos
indicados como seu fundamento. Portanto, se for comprovado que um motivo é falso ou inexistente, o ato é
inválido. Isso vale até para os casos de atos em que o agente não é obrigado a motivar, mas assim o faz. Portanto, se
motivou, está vinculado ao motivo.

# Objeto (discricionário): é o conteúdo do ato em si, isto é, seu resultado prático, seu efeito jurídico primário. Assim
como o motivo, pode existir mais de um objeto, tornando-o discricionário ao bom alvitre do administrador.
Logo, se temos apenas um motivo, teremos apenas um objeto e será ele vinculado, já que carece de opção, como
nos mesmos casos citados acima, da aposentadoria e das situações que demandam o ato licença.
Quanto aos vícios de objeto, temos que se o ato possuir um objeto ILEGAL, INDETERMINADO ou INDETERMINÁVEL,
será ele nulo por erro no objeto, pois precisamos de um objeto legal e certo, sem isso, ato nulo por vício insanável.

ATRIBUTOS: São chamados também de características, então muita atenção na prova, porque poderá vir quaisquer
destas palavras, a depender da banca. São propriedades peculiares do ato administrativo que tornam possível o
alcance do interesse público.
Presunção de legitimidade e veracidade: os atos são legítimos e verdadeiros até que se prove o contrário; É o que
autoriza a IMEDIATA execução do ato; Pode ser quebrada por ação do particular, logo esta presunção é RELATIVA.
Tipicidade: o ato deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados
efeitos, ou seja, para cada finalidade buscada pela Administração, há uma espécie distinta de ato. Nunca haverá ato
100% discricionário ou arbitrário, dada esta característica.
Autoexecutoriedade: a própria Administração pode executar seus atos, sem a necessidade de recorrer ao Poder
Judiciário; Por vezes autoriza o uso da força para desconstituir a ilegalidade. Lembre-se que a multa resistida nunca é
exemplo de ato autoexecutável.
Imperatividade: é a propriedade de a Administração impor seus atos, independentemente da vontade dos
particulares; É típica de atos de império e de poder de polícia, dada a sua alta coercibilidade.

ATENÇÃO: Nem todos os atos têm autoexecutoriedade e ou são imperativos, mas todos os atos são típicos e
possuem, mesmo que relativamente, uma presunção de legalidade.
ATENÇÃO: Nem todos os doutrinadores colocam a tipicidade no rol de atributos dos atos administrativos. De
qualquer forma, é importante ressaltar que para provas é importante alocar ele no rol acima.

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CLASSIFICAÇÃO: Este assunto é cobrado por vezes em provas, por isso muito atenção ao estudar as várias formas de
classificação de ato adotadas pela doutrina. São elas:

Quanto ao regramento:
Vinculado: a lei estabelece todas as condições e o momento da realização do ato, não permitindo que o agente
público disponha de nenhuma liberdade nesse sentido;
Discricionário: a lei permite que o administrador tenha certa liberdade para realizar um juízo de conveniência,
oportunidade e modo de realização.

Quanto ao destinatário:
Gerais: são dirigidos à coletividade, a todos que se enquadrem na situação abrangida pela norma;
Individuais: são dirigidos a uma ou mais pessoas específicas.

Quanto ao alcance:
Internos: alcançam apenas o ambiente interno da Administração, isto é, seus órgãos e servidores;
Externos: alcançam todos, tanto a Administração quanto os administrados.

Quanto ao objeto:
Atos de império: são aqueles em que a Administração se coloca em posição acima dos administrados;
Atos de gestão: são aqueles em que a Administração se coloca em par de igualdade com os administrados;
Atos de expediente: são atos de rotina, quando se dá prosseguimento na tramitação de papéis e processos no
contexto interno da Administração.

Quanto à formação:
Simples: são formados a partir da manifestação de vontade um único órgão, colegiado ou unitário;
Complexos: nascem a partir da manifestação de vontade de dois ou mais órgãos;
Compostos: são formados a partir da manifestação de vontade de um órgão, mas dependem que outro ratifique o
ato para que este passe a valer.

Quanto à elaboração:
Perfeitos: já completaram todas as etapas de sua criação, ou seja, o ato está perfeitamente formado;
Imperfeitos: ainda não completaram todas as fases de sua criação;
Pendentes: já estão perfeitamente formados, mas dependem de alguma condição ou termo para gerarem seus
efeitos;
Consumados: são aqueles que já produziram seus efeitos e estes se exauriram.

ESPÉCIES: Primeiramente precisa lembrar que espécies são diferentes de classificação de ato e vice e versa! Temos
cinco espécies de atos elencadas abaixo, senão vejamos:
Normativos: expressam comandos gerais e abstratos, aspecto que no sentido material os equiparam a leis (decretos,
instruções normativas, regimentos e resoluções);
Ordinatórios: são atos decorrentes do Poder Hierárquico, que visam disciplinar a conduta funcional dos agentes
públicos e discorrer a respeito do funcionamento dos órgãos (instruções, circulares, avisos e portarias);
Negociais: expressam uma vontade da Administração coincidente com os interesses de um particular (licença,
autorização, permissão);
Enunciativos: por meio deles a Administração apenas atesta a existência de um fato ou emite opinião sobre algo
(certidões, atestados, pareceres, apostilas);
Punitivos: representam sanções aplicadas pela Administração a servidores ou particulares que cometem infrações ou
adotam condutas irregulares (multas, interdições, demolições).

EXTINÇÃO: O ato possui várias formas de extinção, sendo as mais conhecidas e cobradas em provas a anulação e a
revogação, não sendo, pois, as únicas.

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Anulação: A Administração deve anular atos eivados de vícios de legalidade. Tal ato tem força retroativa (ex tunc),
pois todos os efeitos nocivos de um ato ilegítimo devem ser eliminados desde seu nascimento. Poderá ser decretada
administrativamente ou judicialmente (esta última sempre observará apenas se o ato está de acordo com a
legalidade). (Sum. 473 do STF).

Revogação: o ato é legítimo, mas a Administração tem a discricionariedade de revogá-lo ou não, em razão de
conveniência e oportunidade. Desta forma, como não há nenhuma ilegalidade no ato, a revogação opera apenas
efeitos futuros (ex nunc). A revogação não poderá incidir sobre atos vinculados, consumados, procedimento
administrativo, declaratórios, enunciativos e procedimentos administrativos.

Caducidade: Quando um ato deixa de existir em virtude da entrada em vigor de lei que impeça a permanência da
situação anteriormente concedida pelo poder público.

Cassação: Extinção do ato administrativo quando o seu beneficiário deixa de cumprir os requisitos que deveria
permanecer atendendo, como exigência para manutenção do ato e de seus efeitos.

Extinção subjetiva: Ocorre quando há desaparecimento ou falecimento do sujeito beneficiário.

Extinção natural do ato: Desfaz um ato administrativo pelo mero cumprimento normal de seus efeitos.

MUITO IMPORTANTE: Poderá haver ainda a CONVALIDAÇÃO, onde o ato administrativo eivado de vício sanável será
convalidado por autoridade superior hierarquicamente a que editou o ato.
ATENÇÃO: Só cabe convalidação em vícios de COMPETÊNCIA E FORMA SANÁVEIS, desde que não aja prejuízo a
terceiro ou a própria administração pública e extremos interesse da mesma em reaproveitar o ato.

Por fim, oriento a fazer muita lista de exercício, usando todo o tempo que lhe é dado para focar em seu objetivo.
Saiba aproveitar cada minuto e não desvalorize quem lhe apoia. Nunca!
Bons estudos. Abraço.

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