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CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO P/ TRT 24ª REGIÃO

(TEORIA E EXERCÍCIOS)
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA
2ª Aula Direito do Trabalho
Curso de Direito do Trabalho – TRT- 24ª Região
(Teoria e questões)

Olá pessoal,

É muito bom estar aqui com vocês para mais uma aula de Direito do
Trabalho!

Estudaremos, hoje, as formas de alteração, suspensão e interrupção


do contrato de trabalho.

Peço a atenção especial a esta aula, pois é certo de serem cobrados


na prova os temas estudados, hoje.

Vamos ao estudo!

Temas: Do contrato individual de trabalho: conceito, classificação e


características. Da alteração do contrato de trabalho: alteração
unilateral e bilateral; o jus variandi. Da suspensão e interrupção do
contrato de trabalho: caracterização e distinção.

2.1. Contrato Individual de Trabalho:

A) Conceito: “Contrato de Trabalho é a convenção pela qual


um ou vários empregados, mediante certa remuneração e em caráter
não-eventual prestam trabalho pessoal, em proveito e sob direção de
empregador.” (Orlando Gomes)

“Contrato de Trabalho stricto sensu é o negócio jurídico pelo


qual uma pessoa física (empregado) se obriga, mediante o
pagamento de uma contraprestação (salário), a prestar trabalho não
eventual em proveito de outra pessoa, física ou jurídica
(empregador), a quem fica juridicamente subordinada.” (Délio
Maranhão)
“Contrato Individual de Trabalho é o acordo tácito ou expresso
correspondente à relação de emprego”. (art. 442 CLT)

Atenção: A doutrina majoritária entende que o contrato de trabalho


é de direito privado e não de direito público, apesar de sofrer
limitações, devido ao princípio de proteção do hipossuficiente.

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B) Elementos do Contrato de Trabalho: O contrato de
trabalho é um negócio jurídico, então, para a sua formação deverão
estar presentes os requisitos ou elementos do art. 104 do Código
Civil.

Art. 104 do CC A validade do negócio jurídico


requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou


determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.


Assim, a validade de um contrato de trabalho está adstrita ao
preenchimento de requisitos estabelecidos pelo art. 104 do Código
Civil.
Vamos analisá-los:

¾ Capacidade: Todo negócio jurídico pressupõe uma declaração


de vontade, assim é indispensável a capacidade do agente ao
manifestá-la.

O No Direito do Trabalho, a capacidade do empregado que será


contratado tem regras distintas da regra de capacidade do Direito
Civil. O menor de 14 anos é absolutamente incapaz e não poderá
firmar contrato de trabalho (artigos 7º, XXXIII da CF/88 e 403 da
CLT). Ao passo que o menor entre 14 e 16 anos possui capacidade
relativa.

Aos 18 anos de idade o menor adquirirá a capacidade plena.


Neste ponto, é importante ressaltar que há profissões que possui
outro limite de idade.

Exemplificando: O peão de boiadeiro possui regra própria,


sendo este limite ampliado para 21 anos (Lei 10.220/01) e a mãe
social, cuja Lei 7.644/87 estabelece o limite de 25 anos de idade para
a contratação.

O ato praticado pelo absolutamente incapaz, sem que ele esteja


representado será nulo. Ao passo que o ato praticado pelo
relativamente incapaz, sem a devida assistência será anulável.

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É importante mencionar a capacidade dos índios, para
celebrarem um contrato de trabalho!
Índio: De acordo com o antigo código civil de 1916, o índio era
considerado silvícola sendo classificado como absolutamente incapaz.
O novo código civil em seu artigo 4º remete a capacidade do
índio à legislação especial, sendo esta regulamentada pela lei
6001/73, que instituiu o Estatuto do Índio.
A lei 6001/73 estabelece que o índio que ainda não estiver
integrado à comunidade estará sujeito a um regime tutelar prestado
pela União (FUNAI) revelando a incapacidade absoluta deste índio.

Para ser liberado do regime tutelar e adquirir a plena


capacidade o índio deverá preencher requisitos do art. 9º da Lei
6001.
¾ Idade mínima de 21 anos;
¾ Conhecimento da língua portuguesa;
¾ Habilitação para o exercício de atividade útil na comunidade
nacional;
¾ Razoável compreensão dos usos e costumes da comunidade
nacional.

Os índios podem ser classificados em 3 categorias:


1. Isolados: São aqueles que vivem em grupos desconhecidos ou
que tem contato eventual com a comunidade. O índio isolado é
considerado incapaz, sendo considerados nulos os atos por ele
praticados

2. Em vias de integração: São aqueles que possuem um


contrato intermitente com grupos estranhos e com a comunhão
nacional já tendo algumas práticas comuns a estas.

3. Integrados: São aqueles que estão totalmente incorporados à


comunhão nacional e em exercícios de seus direitos civis (art. 4º
da lei 6001/73).

A validade do contrato de trabalho celebrado com o índio deve


ser considerada sob dois aspectos:

1º. Quando o índio estiver integrado à comunidade nacional,


não há impedimento para que ele assuma as obrigações derivadas
de um contrato de trabalho.

2º. Quando o índio for isolado da comunidade nacional, o


contrato de trabalho celebrado com ele será nulo de pleno direito
pela ausência de capacidade do sujeito.

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Atenção: Os índios somente poderão ser considerados
empregados quando integrados ou em vias de integração à Sociedade
Nacional. Nos demais casos (isolado) o contrato celebrado será
teoricamente nulo, mas os seus efeitos serão de um contrato
O índio em vias de integração pode ser equiparado ao
relativamente incapaz e por isso deve ter a assistência do órgão
competente de proteção ao índio (art. 16 da Lei 6001/73).

¾ Objeto: O objeto de um negócio jurídico deverá estar em


conformidade com a lei, pois se ele estiver contrário à lei será
ilícito e, portanto nulo será o negócio jurídico celebrado com tal
objeto.

O objeto, além de ser lícito terá que ser possível e determinado


ou determinável ao menos pelo gênero e quantidade.
Exemplificando: Podemos citar um negócio jurídico celebrado
cujo objeto seja o jogo do bicho, este objeto é contrário à lei, pois o
jogo do bicho é uma atividade ilícita, portanto nulo será tal negócio
jurídico, devido à ilicitude de seu objeto.

O reconhecimento de vínculo de emprego (contrato de


trabalho) de um apontador de jogo de bicho com o tomador de seus
serviços não é possível na justiça do trabalho por tratar-se de
exercício de atividade ilícita.

A jurisprudência do TST (OJ 199 da SDI-I) considera-se nulo tal


forma de prestação de serviços, devido à ilicitude de seu objeto.

OJ 199 SDI-1 TST JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO.


NULIDADE. OBJETO ILÍCITO. ARTS. 82 E 145 DO CÓDIGO CIVIL

¾ Forma: O terceiro elemento de validade do negócio jurídico éa


forma seja determinada por lei ou não proibida por ela. No
direito do trabalho, em regra, a validade do contrato de
trabalho não possui forma especial podendo ser escrito ou
verbal.

Excepcionalmente, alguns contratos deverão ser celebrados de


forma escrita, como, por exemplo, o contrato do atleta, do aprendiz,
do artista, dentre outros.

C) Classificação do Contrato de Trabalho: Conforme dispõe


o art. 443 da CLT, os contratos de trabalho podem ser:

Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou


expresso, correspondente à relação de emprego.

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Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da
sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre
ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de
serviços daquela.

a) Tácito ou Expresso.
a1) Tácito: Ocorrerá quando o empregado trabalhar sem ter
assinado contrato e sem ter a sua CTPS anotada e o trabalho irá
desenvolver-se com a existência de todos os requisitos da relação de
emprego.
Os sujeitos do contrato de trabalho são o empregado (sempre
pessoa física ou natural) e o empregador (pessoa física/natural ou
Pessoa jurídica). O empregado tem uma obrigação de fazer que é
prestar o trabalho, pessoalmente ao empregador que tem uma
obrigação de dar que é pagar o salário ao empregado.
Empregado: “Considera-se empregado toda pessoa física que
prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário”.
“Empregado é toda pessoa natural que contrate tácita ou
expressamente, a prestação de seus serviços a um tomador a este,
efetuados com pessoalidade, onerosidade, não-eventualidade e
subordinação”. (Maurício Godinho Delgado)
Na medida em que o contrato de trabalho pode ser celebrado
tacitamente, a simples prestação se serviços, sem qualquer
formalização, não impede que seja pactuado um vínculo empregatício
entre tomador de serviços e o prestador de trabalho uma vez que
estejam presentes os elementos fático-jurídicos da relação de
emprego.
a2) Expresso: Como o nome já diz será aquele contrato que
foi acordado de forma expressa, clara, seja ele escrito ou verbal.
b) Verbal ou Escrito:
b1) Contrato Verbal: Como o contrato de trabalho é informal,
ele necessariamente não precisará ser celebrado de forma escrita,
podendo ser oralmente celebrado. Porém, há exceções e alguns
contratos por determinação da lei deverão ser celebrados de forma
escrita, como por exemplo, o contrato de aprendizagem, o contrato
de trabalho temporário, o contrato do atleta, o contrato do artista,
dente outros.

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b2) Contrato Escrito: O art. 29 da CLT estabelece que o
empregador deverá anotar em 48 horas a CTPS de seu empregado.

Espécies:

a) Por prazo determinado ou por prazo indeterminado: O


contrato de trabalho poderá ser de prazo determinado ou de prazo
indeterminado. O Contrato de Trabalho não se exaure em um único
ato, sendo um contrato de trato sucessivo ou débito permanente,
portanto a regra é que ele seja pactuado por prazo indeterminado.
Tal fato decorre do princípio da continuidade da relação do emprego,
que é um princípio basilar do Direito do Trabalho.

O contrato de prazo determinado ou contrato a termo é a


exceção ao princípio da continuidade da relação de emprego e
somente será permitido nos casos previstos em lei. Assim, toda vez
que não houver prova da forma como o ajuste foi celebrado,
presumir-se-á que o contrato foi celebrado por prazo indeterminado.

E, também, quando não forem atendidas as exigências da lei


para a celebração de um contrato por prazo determinado, a
pactuação entre as partes será considerada como um contrato de
prazo indeterminado.

Exemplificando: O art. 445 da CLT estabelece que o contrato


de trabalho não poderá ser pactuado por mais de 2 anos, e um
empregado e um empregador celebram um contrato de trabalho por
prazo determinado com duração de 3 anos.
Neste caso, o contrato será considerado um contrato de prazo
indeterminado.

O Contrato de prazo determinado não poderá ser estipulado por


período superior a 2 anos (art. 445 da CLT).

Art. 445 da CLT O contrato de trabalho por prazo


determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois)
anos, observada a regra do art. 451.
Parágrafo único - O contrato de experiência não poderá
exceder de 90 (noventa) dias
A1) Contrato de Prazo Determinado: Este tipo de contrato é
a exceção e somente será admitido nos casos previstos em lei,
porque o princípio da continuidade da relação de emprego é
presunção favorável ao empregado.

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A regra é a de que os contratos sejam pactuados por prazo
indeterminado, atendendo então ao princípio da continuidade da
relação de emprego, somente por exceção será admitido o contrato
de prazo determinado.
Contratos de prazo determinado ou a termo são os contratos
celebrados por tempo certo ou determinado ou pelo menos de
previsão aproximada, como o contrato de safra. As partes já sabem o
início e o término do contrato.

O Contrato de prazo determinado não poderá ser estipulado por


período superior a 2 anos (art. 445 da CLT).

Art. 445 da CLT O contrato de trabalho por prazo


determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois)
anos, observada a regra do art. 451.
Parágrafo único - O contrato de experiência não poderá
exceder de 90 (noventa) dias

Art. 451 da CLT O contrato de trabalho por prazo


determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado
mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de
prazo.

Art. 452 da CLT Considera-se por prazo indeterminado


todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro
contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste
dependeu da execução de serviços especializados ou da
realização de certos acontecimentos.
Este tipo de contrato também é denominado de contrato a
termo. São modalidades deste tipo de contrato: as previstas no art.
443 da CLT, na Lei 9.601/98, no trabalho temporário (Lei 6019/74),
no contrato de obra certa, no contrato de safra e no contrato de
aprendizagem.
A regra geral estabelecida no art. 452 da CLT é que dois
contratos a termo não poderão se suceder, exceto quando entre eles
transcorrer prazo superior a 6 meses sem que o empregado trabalhe
para aquele empregador, contado da data da terminação do primeiro
e do início do segundo contrato.
A lei admite duas exceções à regra geral do art. 452 da CLT que
irão possibilitar a sucessão de contratos a termo em prazo inferior à
seis meses.

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São elas: quando a expiração do primeiro contrato depender de
certos acontecimentos ou da execução de serviços especializados.
Exemplificando: O exemplo que citarei foi dado pela
professora Vólia Bonfim “Uma empregada foi contratada
experimentalmente para exercer a função de secretária executiva.
Vencido este contrato a termo e não aprovada na experiência o seu
empregador, por ter notado os seus conhecimentos técnicos na
advocacia a contrata experimentalmente (outro contrato distinto)
para exercer a função de advogada”.

Art. 443 da CLT O contrato individual de trabalho poderá


ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por
escrito e por prazo determinado ou indeterminado.

§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato


de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da
execução de serviços especificados ou ainda da realização de
certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.

§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se


tratando:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a


predeterminação do prazo;

b) de atividades empresariais de caráter transitório;

c) de contrato de experiência.

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a


predeterminação do prazo;
Por serviços cuja natureza ou transitoriedade justifique a
predeterminação do prazo, devemos entender que a necessidade da
mão-de-obra é transitória para a empresa.

Tal fato ocorrerá quando houver excesso de demanda para


substituição de pessoal ou para atender período transitório da
atividade.

Exemplificando: O empregado que será contratado para cobrir


as férias ou a licença-médica de outro empregado.

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b) de atividades empresariais de caráter transitório;
Por atividade empresarial de caráter transitório devemos
entender a transitoriedade da atividade da empresa, que de tempos
em tempos ficará paralisada e não a atividade do empregado.

Exemplificando: Um restaurante de praia que, somente,


funciona durante a época de alta temporada. Outro exemplo fábricas
de chocolates que somente funcionam na época da páscoa ou
também fábricas de panetones, que somente funcionam durante o
período natalino.

c) de contrato de experiência.
O Contrato de experiência ou contrato de prova é uma espécie
do gênero contrato de trabalho por prazo determinado porque é
submetido a um termo. Este será de no máximo 90 dias podendo ser
celebrada apenas uma prorrogação dentro dos 90 dias.

Exemplificando: Um empregado celebra um contrato de


experiência com o seu empregador por 45 dias, sendo assim, caso
haja intenção de prorrogá-lo eles poderão fazê-lo por até mais 45
dias no máximo.

É importante ressaltar que caso eles celebrem inicialmente um


contrato de experiência por 90 dias, este não poderá ser prorrogado,
uma vez que já foi celebrado no seu tempo máximo de duração
permitido por lei.

Resumindo: Os tipos de contrato por prazo determinado


previstos em lei são:
a) Art. 443, parágrafo 2º da CLT
b) 0 contrato de experiência
c) Lei 9601/98
d) Contrato por obra certa (lei 2.959/56)
e) Contrato de Safra (Art. 14 da Lei 5.889/73
f) Contrato do Artista (Lei 6.533/78
g) Contrato do Técnico estrangeiro (Decreto-Lei 691/69)
h) Contrato do Atleta (Lei 9.615/98)
i) Contrato Temporário (Lei 6.019/74)
j) Empregados contratados ou transferidos para trabalho no
exterior (Lei 7.064/82)

a) Art. 443, parágrafo 2º da CLT:

Art. 443 da CLT O contrato individual de trabalho poderá


ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por
escrito e por prazo determinado ou indeterminado.

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§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o
contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo
prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda
da realização de certo acontecimento suscetível de previsão
aproximada.

§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido


em se tratando:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a


predeterminação do prazo;

b) de atividades empresariais de caráter transitório;

c) de contrato de experiência.

Por serviços cuja natureza ou transitoriedade justifique a


predeterminação do prazo, devemos entender que a necessidade
da mão-de-obra é transitória para a empresa. Tal fato ocorrerá
quando houver excesso de demanda para substituição de pessoal
ou para atender período transitório da atividade.

Por atividade empresarial de caráter transitório devemos


entender a transitoriedade da atividade da empresa, que de
tempos em tempos ficará paralisada e não a atividade do
empregado.

b) O contrato de experiência: Contrato de experiência ou


contrato de prova é uma espécie do gênero contrato de trabalho
por prazo determinado porque é submetido a um termo. Este será
de no máximo 90 dias podendo ser celebrada apenas uma
prorrogação dentro dos 90 dias.

c) Lei 9601/98: Esta lei criou uma modalidade de contrato por


prazo determinado, que poderá ocorrer quando houver
necessidade de acréscimo de mão-de-obra. Tal contratação deverá
ser autorizada por acordo ou convenção coletiva.
O empregado poderá ser contratado para qualquer atividade da
empresa independente das restrições do artigo 443, parágrafo
segundo da CLT.
Serão admitidas várias prorrogações dentro do prazo máximo
de validade de dois anos, não se aplicando a regra do artigo 451
da CLT.

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O art. 1ª, parágrafo 4ª da referida lei admite dentro do prazo
de validade do contrato a estabilidade do dirigente sindical, do
cipeiro, da gestante e do acidentado.

d) Contrato por obra certa (lei 2.959/56): O contrato por obra


certa é uma espécie de contrato por prazo determinado celebrado
com o construtor que exerce atividades em caráter permanente.
O construtor será o empregador e realizará a sua atividade em
caráter permanente podendo contratar empregados por tempo
certo.
Há doutrinadores que sustentam a derrogação desta Lei, pelo
art. 443, parágrafo 2º da CLT.

e) Contrato de Safra (Art. 14 da Lei 5.889/73): O contrato de


safra é um tipo de contrato por prazo determinado sob a
modalidade de termo incerto, uma vez que ele está sujeito às
variações sazonais da atividade agrária. Ele terá início com o
preparo e cultivo do solo e o seu término, será com a colheita.

f) Contrato do Artista (Lei 6.533/78): O artista poderá ser


contratado por tempo determinado e pelo prazo máximo de dois
anos, devendo o contrato celebrado ser escrito.

g) Contrato do Técnico estrangeiro (Decreto-Lei 691/69): O


art. 10º desta lei autoriza que o técnico estrangeiro domiciliado ou
residente no exterior poderá ser contratado por tempo
determinado para a execução de serviços especializados de forma
provisória no Brasil.

h) Contrato do Atleta (Lei 9.615/98): O contrato de trabalho


celebrado com um atleta deverá ser por prazo determinado com
duração de no mínimo 3 meses e no máximo 5 anos.

i) Contrato Temporário (Lei 6.019/74): Trata-se de uma


espécie de contrato por prazo determinado, podendo ser celebrado
em casos de substituição de pessoal regular e permanente do
tomador ou o acréscimo de serviço.

j) Empregados contratados ou transferidos para trabalho no


exterior (Lei 7.064/82): Esta lei regula a situação de
trabalhadores contratados no Brasil e transferidos para o exterior.

Atenção:

Art. 442, Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de


atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo

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empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e
os tomadores de serviços daquela.

Cooperativa: É importante explicar que para que uma


cooperativa de trabalho seja considerada lícita será necessário
ocorrer uma adesão voluntária do cooperado, bem como a dupla
qualidade (na qual o cooperado deverá ao mesmo tempo ser
cooperado e cliente, a cooperativa deverá prestar serviços ao
associado) e a concessão de vantagens (o cooperado deverá receber
uma retribuição pessoal).

Quando os requisitos acima descritos não forem atendidos, a


cooperativa será considerada fraudulenta, sendo o contrato celebrado
entre a empresa tomadora ou cliente e a cooperativa, nulo de pleno
direito (art. 9º da CLT) e o vínculo empregatício irá formar-se com o
tomador de serviços, empregador real.

Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não


poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a
regra do art. 451.

Parágrafo único - O contrato de experiência não poderá exceder


de 90 (noventa) dias.

Súmula 188 do TST O contrato de experiência pode


ser prorrogado, respeitado o limite máximo de 90
(noventa) dias.

Art. 450 - Ao empregado chamado a ocupar, em comissão,


interinamente, ou em substituição eventual ou temporária, cargo
diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do
tempo naquele serviço, bem como volta ao caso anterior.

Efeitos dos contratos de Trabalho: Os efeitos contratuais dividem-


se em:

™ Efeitos contratuais próprios ao contrato de trabalho:


Os efeitos contratuais próprios abarcam obrigações dos dois
sujeitos trabalhistas: empregado e empregador.

Próprios são os efeitos inerentes ao contrato de emprego, como


a obrigação do empregador pagar o salário e a obrigação do
empregado prestar o trabalho.

™ Efeitos contratuais conexos ao contrato de trabalho:

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Conexos são os efeitos resultantes do contrato empregatício
que não decorrem da sua natureza, de seu objeto ou do conjunto
de suas cláusulas contratuais.

Podemos citar como exemplos, os direitos intelectuais


devido ao empregado que produza invenção ou outra obra
contratual não prevista no objeto contratual.

Outro exemplo é a indenização por dano causado ao


empregado.

Provas: O contrato de trabalho prova-se por todos os meios em


direito permitidos. A CTPS é a prova, por excelência.

A anotação feita pelo empregador ou por quem o representa,


na carteira do empregado, geram contra este presunção juris tantum
(relativa) de veracidade.

Contra o empregador a presunção de veracidade é absoluta


(juris et de jure), porque equivalem a uma confissão.

A Súmula 12 do TST é que trata deste tema.

Súmula 12 do TST As anotações apostas pelo empregador na


carteira profissional do empregado não geram presunção "juris et de
jure", mas apenas "juris tantum".

Nulidades: O contrato de trabalho é nulo, nos mesmos casos de


nulidade do ato jurídico em geral ou quando concluído com o objetivo
de fraudar, desvirtuar ou impedir as normas de proteção ao trabalho
(art. 9º da CLT).

As normas de proteção ao trabalho são imperativas, de ordem


pública, por este motivo é que as normas contrárias à elas serão
nulas.

O contrato de trabalho deverá preencher os requisitos do art. 104


do Código Civil.

Art. 104 do CC A validade do negócio jurídico


requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou


determinável;

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III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Já estudamos que o reconhecimento de vínculo de emprego


(contrato de trabalho) de um apontador de jogo de bicho, com o
tomador de seus serviços não é possível na Justiça do Trabalho,
por tratar-se de exercício de atividade ilícita.

OJ 199 da SDI-1 do TST JOGO DO BICHO.


CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO
ILÍCITO.

D) Características:

Características:
Contrato de Direito Privado
Informal
Intuitu personae em relação ao empregado
Comutativo
Sinalagmático
Consensual
De trato sucessivo ou débito permanente
Oneroso
Bilateral

¾ Contrato de direito privado: O Contrato de Trabalho nasce do


livre ajuste entre as partes, sendo, portanto um contrato de
direito privado e não um contrato de direito público.
¾ Informal: A regra é a informalidade, podendo ser verbal ou
tácito, somente por exceção o contrato de trabalho será
obrigatoriamente escrito.
Exemplificando: atleta, artista e aprendizagem, dentre outros
deverão ter o contrato de trabalho celebrado por escrito, segundo
previsão legal.

¾ Intuitu personae em relação ao empregado: O empregado


deverá prestar os seus serviços de forma pessoal, não podendo
fazer-se substituir.
¾ Comutativo: Deverá haver uma equivalência entre o serviço
prestado e a contraprestação.
¾ Sinalagmático: As partes obrigam-se as prestações recíprocas e
antagônicas.
¾ Consensual: Nasce do livre consentimento das partes.

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¾ De trato sucessivo ou de débito permanente: A relação mantida
entre o empregado e o empregador é contínua renova-se a
cada período.
¾ Oneroso: Há a contraprestação salarial.
¾ Bilateral: Geram direitos e obrigações para ambas as partes.
2.2. Alteração do contrato de Trabalho:

O art. 468 da CLT trata do princípio da inalterabilidade


contratual lesiva, que não admite alterações no contrato de trabalho
que importe em prejuízos diretos ou indiretos ao empregado, mesmo
que o empregado tenha concordado com tal alteração.

Art. 468 da CLT Nos contratos individuais de trabalho só é


lícita a alteração das respectivas condições por mútuo
consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta
ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de
nulidade da cláusula infringente desta garantia.

Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a


determinação do empregador para que o respectivo empregado
reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o
exercício de função de confiança.

É importante frisar que isto não significa que o empregador não


poderá alterar o contrato de trabalho, pois há uma regra geral para
que a alteração contratual seja válida que é o mútuo consenso
acrescido da ausência de prejuízos ao empregado.

Qualquer alteração prejudicial, mesmo com a concordância do


empregado será nula de pleno direito, devido a presunção relativa de
que ocorreu coação na vontade manifestada pelo obreiro.

Acontece que por ser o dono do empreendimento o empregador


corre o risco do negócio e por isso tem o poder diretivo, podendo
alterar algumas cláusulas contratuais de acordo com os interesses da
empresa.

Trata-se do que a doutrina denomina de “Jus Variandi” do


empregador. Como exemplo, poderemos citar a mudança do local de
prestação de serviços, desde que observados os limites legais do art.
469 da CLT e também a supressão do adicional noturno quando o
empregado for transferido para o período diurno de trabalho (Súmula
265 do TST).

Jus variandi é o direito do empregador, em casos excepcionais,


de alterar unilateralmente as condições de trabalho de seus

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empregados, relativas ao salário, função e ao local de prestação de
serviços e ao horário de trabalho.

O Jus variandi pode ser exemplificado, também, pelos artigos


450, 461, § 4°, e 468 da CLT, que se referem à possibilidade de
alteração unilateral, permitindo que o empregador reverta ao cargo
efetivo o empregado, que exerce função de confiança.

Permite, também, que o empregado que substitui interinamente


outro empregado, seja retornado ao cargo anterior. E, que o
empregador altere a função do que foi readaptado, em razão de
deficiência física ou mental atestada pelo INSS, para exercer funções
compatíveis com a limitação que tenha sofrido.

Art. 469 da CLT - Ao empregador é vedado transferir o


empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da
que resultar do contrato, não se considerando transferência a
que não acarretar necessariamente a mudança do seu
domicílio.

§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo os


empregados que exerçam cargos de confiança e aqueles cujos
contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a
transferência, quando esta decorra de real necessidade de
serviço.

Súmula 43 do TST Presume-se abusiva a transferência de que trata


o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do
serviço

§ 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do


estabelecimento em que trabalhar o empregado.

§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador


poderá transferir o empregado para localidade diversa da que
resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo
anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento
suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento)
dos salários que o empregado percebia naquela localidade,
enquanto durar essa situação.

Art. 470 da CLT As despesas resultantes da transferência


correrão por conta do empregador.

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Transferência: (art. 469 da CLT)

Requisito Verbas

Exercício de cargo de Necessidade de Definitiva (recebe


confiança (art. 469, serviço ajuda de custo)
parágrafo 1º da CLT).
Provisória (recebe
ajuda de custo e
adicional de 25%)
Definitiva (recebe
Previsão implícita ou Necessidade de ajuda de custo)
explícita no contrato serviço
de trabalho (art. 469, Provisória (recebe
parágrafo 1º da CLT). ajuda de custo e
adicional de
transferência de
25%)
Extinção do
estabelecimento (art. Não há Ajuda de custo
469, parágrafo 2º da
CLT).

O art. 469 da CLT trata da transferência do empregado que


possui como requisitos: a necessidade do serviço, a mudança de
domicílio e a determinação pelo empregador. Portanto, para ficar
caracterizada a transferência, ela terá que acarretar necessariamente
a mudança de domicílio e de município.

A transferência poderá ser unilateral ou bilateral.

A transferência unilateralmente pelo empregador somente


poderá ocorrer em casos de empregado que exerçam cargos de
confiança, empregados cujo contrato tenha a previsão implícita ou
explícita de transferência e em caso de extinção do estabelecimento.

A transferência bilateral ocorrerá por mútuo consentimento


entre empregado e empregador e será definitiva (art. 469, caput da

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CLT), podendo ocorre com qualquer empregado da empresa, desde
que haja o seu consentimento.

A transferência definitiva poderá ser unilateral nas hipóteses


dos parágrafos 1º e 2º da CLT, devendo ocorrer a real necessidade e
não dependendo de anuência do empregado.

A transferência poderá ser provisória ou definitiva.

¾ A transferência provisória é aquela que será devido o adicional


de 25% ao obreiro.
¾ Poderá ocorrer de forma unilateral, nos termos do art. 469,
parágrafo 3º da CLT.
¾ Qualquer empregado da empresa poderá ser transferido
provisoriamente, mas deverá ser comprovada a real
necessidade do serviço.

A seguir, apresento as Súmulas e Orientações Jurisprudenciais


do TST, mais importantes que tratam de alteração contratual,
gostaria de pedir a vocês para lerem com muita atenção e caso
tenham dúvidas estarei à disposição de vocês no fórum!

Súmula 29 do TST Empregado transferido, por ato unilateral do


empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a
suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de
transporte.

OJ 244 da SDI- 1 do TST A redução da carga horária do professor,


em virtude da diminuição do número de alunos, não constitui
alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da
hora-aula.

OJ 113 da SDI- 1 do TST O fato de o empregado exercer cargo de


confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de
trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a
legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência
provisória.

Súmula 51 do TST I - As cláusulas regulamentares, que revoguem


ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os
trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do
regulamento. II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da
empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de
renúncia às regras do sistema do outro.

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Súmula 372 do TST I- Percebida a gratificação de função por dez
ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo,
revertê-lo ao seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação
tendo em vista o princípio da estabilidade financeira.

2.3. Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho:

Há situações no contrato de trabalho em que os efeitos ficarão


sobrestados e em outras, diminuídos no contrato de trabalho.
Os efeitos que estou falando são as obrigações do empregador
de pagar o salário, bem como as obrigações do empregado de prestar
trabalho.
Considera-se interrupção do contrato de trabalho, quando o
empregado não presta o trabalho e o empregador fica, mesmo assim,
obrigado a pagar-lhe os salários.
Já na suspensão do contrato de trabalho o empregado não
prestará o trabalho e nem o empregador ficará obrigado a pagar-lhe
os salários.

¾ Hipóteses de interrupção do contrato de trabalho:


1. Até dois dias consecutivos em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua
CTPS, viva sob sua dependência econômica.
2. Até três dias consecutivos em virtude de casamento.
3. Por um dia em cada 12 meses de trabalho no caso de doação
voluntária de sangue devidamente comprovada.
4. Até dois dias, consecutivos ou não, para o fim de se alistar como
eleitor, nos termos da lei respectiva.
5. No período do tempo em que tiver de cumprir as exigências do
serviço militar.
6. Nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de
exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino
superior.
7. Pelo tempo que se fizer necessário quando tiver que comparecer a
juízo.
8. Licença-paternidade de 5 dias.
9. Encargos públicos específicos.
10. Acidente de trabalho ou doença nos primeiros 15 dias.
11. Repouso semanal remunerado.
12. Feriados.
13. Licença-maternidade de 120 dias.

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14. Licença remunerada em caso de aborto não criminoso de duas
semanas.
15. Todas as licenças- remuneradas em geral.
16. Empregado membro da Comissão de conciliação prévia quando
atuando como conciliador sempre que for convocado.

¾ Hipóteses de suspensão do contrato de trabalho


1. Acidente de trabalho ou doença após o 15º dia.
2. Durante a prestação do serviço militar obrigatório.
3. Greve (art. 7º da lei 7.783/89).
4. O empregado eleito para o cargo de dirigente sindical (Art. 545 §
2º CLT). Porém, caso haja instrumento normativo estabelecendo que
o empregador pagará a remuneração, estaremos diante de uma
interrupção do contrato de trabalho.
5. O empregado eleito diretor de S.A. Terá o seu contrato de trabalho
suspenso, exceto se permanecer a subordinação jurídica inerente à
relação de emprego (S.269 TST).
6. Qualquer espécie de licença não-remunerada.
7. Afastamento do empregado em caso de prisão.
8. Aposentadoria por invalidez (art. 475 CLT). Pela lei da previdência
social o prazo máximo para esta suspensão é de cinco anos. Dentro
destes cinco anos caso o empregado recupere a sua capacidade de
trabalho e a sua aposentadoria sendo cancelada a ele será
assegurado o direito à função que ocupava antes da aposentadoria,
facultado ao empregador o direito de indenizá-lo por rescisão do
contrato de trabalho.
9. Afastamento do empregado para participar de curso de
qualificação profissional pelo período de 2 a 5 meses (476-A da
CLT).
10. Suspensão disciplinar prevista no art. 474 da CLT. Ressalta-se
que não poderá passar de 30 dias sob pena de considerar-se
rescisão injusta do contrato de trabalho.
11. O empregado estável somente poderá ser dispensado caso
cometa falta grave (art. 492 CLT) podendo o empregado ser
suspenso das suas funções quando a falta grave for apurada em
inquérito (art. 494 c/c 853 da CLT).
12. As faltas injustificadas ao serviço são hipótese de suspensão do
CT, pois o empregado não receberá salário daqueles dias, perdendo
inclusive o repouso semanal remunerado.
13. O afastamento do empregado para o exercício de cargos públicos.

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Os dispositivos legais consolidados que tratam da alteração
contratual são os abaixo elencados:

Art. 471 - Ao empregado afastado do emprego, são asseguradas, por


ocasião de sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência,
tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa.

Art. 472 - O afastamento do empregado em virtude das exigências do


serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá motivo
para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do
empregador.

§ 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo


do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de
encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa
intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo
de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva
baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado.

§ 2º - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de


afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não será
computado na contagem do prazo para a respectiva terminação.

§ 3º - Ocorrendo motivo relevante de interesse para a segurança


nacional, poderá a autoridade competente solicitar o afastamento do
empregado do serviço ou do local de trabalho, sem que se configure
a suspensão do contrato de trabalho.

§ 4º - O afastamento a que se refere o parágrafo anterior será


solicitado pela autoridade competente diretamente ao empregador,
em representação fundamentada com audiência da Procuradoria
Regional do Trabalho, que providenciará desde logo a instauração do
competente inquérito administrativo.

§ 5º - Durante os primeiros 90 (noventa) dias desse afastamento, o


empregado continuará percebendo sua remuneração.

Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem


prejuízo do salário:

I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do


cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada
em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua
dependência econômica;

II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;

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III - por 1 (um) dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da
primeira semana;

IV - por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso


de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;

V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar


eleitor, nos termos da lei respectiva;

VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do


Serviço Militar referidas na letra c do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17
de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).

VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de


exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino
superior.

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que


comparecer a juízo.

Súmula 155 do TST - AUSÊNCIA AO SERVIÇO. As horas em que o


empregado faltar ao serviço para comparecimento necessário, como
parte, à Justiça do Trabalho não serão descontadas de seus salários.

IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de


representante de entidade sindical, estiver participando de reunião
oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.

Súmula 89 do TST Se as faltas já são justificadas pela lei,


consideram-se como ausências legais e não serão descontadas para o
cálculo do período de férias.

Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias


consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho.

Art. 475 - O empregado que for aposentado por invalidez terá


suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis
de previdência social para a efetivação do benefício.

§ 1º - Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a


aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direito à função que
ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao
empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de
trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478, salvo na hipótese de ser
ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser paga
na forma do art. 497.

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§ 2º - Se o empregador houver admitido substituto para o
aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato de
trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca
da interinidade ao ser celebrado o contrato.

Súmula 160 do TST Cancelada a aposentadoria por invalidez,


mesmo após cinco anos, o trabalhador terá direito de retornar ao
emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da
lei.

Atenção: Em Abril de 2010 o TST publicou a Orientação


Jurisprudencial 375 estabelecendo a fluência da prescrição
qüinqüenal, quando o contrato de trabalho estiver suspenso, em
virtude de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, apenas,
excepcionando a hipótese de impossibilidade de acesso ao Judiciário.

Nem preciso lembrá-los que por ser recente, esta OJ é tema


certo de cair em provas de Processo do Trabalho.

OJ 375 da SDI- 1 do TST AUXÍLIO-DOENÇA. APOSENTADORIA POR


INVALIDEZ. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
PRESCRIÇÃO. CONTAGEM (DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)A
suspensão do contrato de trabalho, em virtude da percepção do
auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, não impede a
fluência da prescrição quinquenal, ressalvada a hipótese de absoluta
impossibilidade de acesso ao Judiciário.

Art. 476 - Em caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o


empregado é considerado em licença não remunerada, durante o
prazo desse benefício.

Súmula 371 do TST A projeção do contrato de trabalho para o


futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos
limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso,
ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão
de auxílio-doença no curso do aviso prévio, todavia, só se
concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício
previdenciário.

Art. 476-A - O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um


período de dois a cinco meses, para participação do empregado em
curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo
empregador, com duração equivalente à suspensão contratual,

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mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e
aquiescência formal do empregado, observado o disposto no art. 471
desta Consolidação.

§ 1º - Após a autorização concedida por intermédio de convenção ou


acordo coletivo, o empregador deverá notificar o respectivo sindicato,
com antecedência mínima de quinze dias da suspensão contratual.

§ 2º - O contrato de trabalho não poderá ser suspenso em


conformidade com o disposto no caput deste artigo mais de uma vez
no período de dezesseis meses.

§ 3º - O empregador poderá conceder ao empregado ajuda


compensatória mensal, sem natureza salarial, durante o período de
suspensão contratual nos termos do caput deste artigo, com valor a
ser definido em convenção ou acordo coletivo.

§ 4º - Durante o período de suspensão contratual para participação


em curso ou programa de qualificação profissional, o empregado fará
jus aos benefícios voluntariamente concedidos pelo empregador.

§ 5º - Se ocorrer a dispensa do empregado no transcurso do período


de suspensão contratual ou nos três meses subseqüentes ao seu
retorno ao trabalho, o empregador pagará ao empregado, além das
parcelas indenizatórias previstas na legislação em vigor, multa a ser
estabelecida em convenção ou acordo coletivo, sendo de, no mínimo,
cem por cento sobre o valor da última remuneração mensal anterior à
suspensão do contrato.

§ 6º Se durante a suspensão do contrato não for ministrado o curso


ou programa de qualificação profissional, ou o empregado
permanecer trabalhando para o empregador, ficará descaracterizada
a suspensão, sujeitando o empregador ao pagamento imediato dos
salários e dos encargos sociais referentes ao período, às penalidades
cabíveis previstas na legislação em vigor, bem como às sanções
previstas em convenção ou acordo coletivo.

§ 7º - O prazo limite fixado no caput poderá ser prorrogado mediante


convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do
empregado, desde que o empregador arque com o ônus
correspondente ao valor da bolsa de qualificação profissional, no
respectivo período.

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Quadro esquemático: Abaixo apresento um quadro esquemático
com as principais formas de interrupção e as formas de suspensão do
contrato de trabalho.

Hipóteses de interrupção Hipóteses de suspensão

Licença-maternidade. Acidente de trabalho ou doença


após o 15º dia.

Licença-paternidade. Qualquer espécie de licença não-


remunerada.

Licença remunerada em caso de Suspensão disciplinar prevista no


aborto não criminoso. art. 474 da CLT.

Acidente de trabalho ou doença As faltas injustificadas ao serviço


nos primeiros 15 dias.
Repouso semanal remunerado e Afastamento do empregado para
Feriados. participar de curso de qualificação
profissional (476-A da CLT).
No período do tempo em que Durante a prestação do serviço
tiver de cumprir as exigências do militar obrigatório.
serviço militar.
O afastamento do empregado
Encargos públicos específicos. para o exercício de cargos
públicos.
Empregado membro da Comissão O empregado eleito diretor de
de conciliação prévia quando S.A. Terá o seu contrato de
atuando como conciliador sempre trabalho suspenso, exceto se
que for convocado. permanecer a subordinação
jurídica inerente à relação de
emprego (S.269 TST).
O empregado eleito para o cargo
Até dois dias consecutivos em de dirigente sindical (Art. 545 §
caso de falecimento do cônjuge, 2º CLT). Porém caso haja
ascendente, descendente, irmão instrumento normativo
ou pessoa que, declarada em sua estabelecendo que o empregador
CTPS, viva sob sua dependência pagará a remuneração estaremos
econômica. diante de uma interrupção do
contrato de trabalho.
Até três dias consecutivos em Greve (art. 7º da lei 7.783/89).
virtude de casamento.
Por um dia em cada 12 meses de Afastamento do empregado em
trabalho no caso de doação caso de prisão.

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voluntária de sangue
devidamente comprovada.
Até dois dias, consecutivos ou Aposentadoria por invalidez (art.
não, para o fim de se alistar como 475 CLT).
eleitor, nos termos da lei
respectiva.
Nos dias em que estiver O empregado estável somente
comprovadamente realizando poderá ser dispensado caso
provas de exame vestibular para cometa falta grave (art. 492
ingresso em estabelecimento de CLT).
ensino superior.
Pelo tempo que se fizer
necessário quando tiver que
comparecer a juízo.

2.4. Questões de prova FCC sem comentários:

Questões FCC sem comentários:

1. (FCC – Analista Judiciário – TRT 8ª Região – 2010) Segundo


a CLT, o empregado que deixar de comparecer ao serviço pelo tempo
que se fizer necessário, quando tiver que se apresentar em juízo, e o
empregado que estiver em licença paternidade, terão o contrato de
trabalho
(A) suspenso e interrompido, respectivamente.
(B) interrompido e suspenso, respectivamente.
(C) suspenso.
(D) interrompido.
(E) extinto e interrompido, respectivamente.

2. (FCC – Técnico Judiciário – TRT – campinas – 2009) Marta,


Mario e Miguel são empregados da empresa TEBAS. Marta teve um
aborto espontâneo permanecendo duas semanas em descanso,
conforme determinação legal; Mario afastou-se de seu emprego para
exercer o encargo público de senador; Miguel faltou ao serviço, dois
dias consecutivos para realizar seu alistamento eleitoral. Constitui
(em) hipótese(s) de interrupção do contrato de trabalho a(s) falta(s)
de
(A) Marta e Miguel.
(B) Marta, Miguel e Mario.
(C) Mario e Miguel.
(D) Mário.
(E) Marta e Mario.

3. (FCC/Técnico Judiciário- TRT/3ª Região/2009) A licença


remunerada concedida espontaneamente pelo empregador ao
empregado é hipótese de

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(A) interrupção do contrato de trabalho.
(B) suspensão do contrato de trabalho.
(C) suspensão condicionada do contrato de trabalho.
(D) extinção do contrato de trabalho.
(E) supressão parcial do contrato de trabalho.

4. (FCC/Técnico Judiciário- TRT/3ª Região/2009) O segurado


que tem aposentadoria por invalidez concedida pelo INSS
(A) tem seu contrato suspenso.
(B) tem seu contrato extinto.
(C) tem seu contrato interrompido.
(D) poderá trabalhar, mas em turnos reduzidos.
(E) não poderá trabalhar nunca mais, ainda que se recupere da
doença que lhe rendeu a aposentadoria.

5. (FCC – Analista Judiciário- TRT 18 ª região – 2008) César


candidatou-se a vereador da cidade de Goiânia e foi eleito. Neste
caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, seu
contrato de trabalho será
(A) extinto sem justa causa, fazendo jus às verbas trabalhistas
inerentes a esta modalidade de rescisão contratual.
(B) interrompido, devendo intimar o empregador dentro de 30 dias
do término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao
cargo empregatício original.
(C) suspenso, devendo intimar o empregador dentro de 30 dias do
término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao cargo
empregatício original.
(D) suspenso, devendo intimar o empregador dentro de 60 dias do
término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao cargo
empregatício original.
(E) interrompido, devendo intimar o empregador dentro de 60 dias
do término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao
cargo empregatício original.

6. (FCC – Juiz do Trabalho – 2007) Considere as seguintes


afirmativas:
I. Contrato de trabalho é o negócio jurídico pelo qual uma pessoa
física ou jurídica admite e assalaria pessoa física, para a prestação de
serviços não eventuais e juridicamente subordinados. No entanto, se
os serviços a serem prestados forem altamente especializados, não
tendo o empregador o domínio da técnica necessária à execução da
atividade, nesse caso não haverá relação de emprego, e sim um
contrato civil de prestação de serviço, uma vez que será impossível o
exercício do poder diretivo próprio do empregador.
II. O contrato de trabalho pode ser celebrado de forma verbal ou
escrita. No entanto, em se tratando de um ato decorrente de uma

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declaração da vontade, esta sempre terá que ser expressa (ainda que
verbal), não se admitindo declaração tácita da vontade.
III. Se o contrato de trabalho for por prazo determinado, a título de
experiência e com duração não superior a noventa dias, sua
celebração poderá ser de modo tácito, e nesse caso serão
dispensáveis as anotações na CTPS.
IV. É nula a cláusula de contrato individual de trabalho que preveja a
dispensa de fornecimento de equipamento de proteção individual
(EPI) pela empresa, se tal equipamento for necessário à segurança
do empregado. A dispensa do fornecimento do EPI só será válida se
prevista em norma coletiva, e, mesmo assim, desde que esteja
prevista uma compensação financeira para os empregados que
deveriam recebê-lo.
Está INCORRETO o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II, III e IV.

7. (FCC – Técnico judiciário – TRT 9ª Região – 2010) De acordo


com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, a suspensão
disciplinar do empregado por mais de trinta dias consecutivos
(A) não importa rescisão do contrato de trabalho, tendo em vista o
Princípio da Proteção.
(B) importa rescisão injusta do contrato de trabalho.
(C) importa rescisão de contrato de trabalho com reconhecimento
imediato de culpa recíproca entre as partes tipificada pela norma
legal.
(D) importa rescisão do contrato de trabalho com justa causa.
(E) não importa rescisão do contrato de trabalho, tendo em vista o
princípio da continuidade da relação de emprego.

8. (FCC – Analista Judiciário – TRT 8ª Região – 2010) Bruno,


empregado da empresa AS, através de contrato individual de
trabalho por prazo indeterminado, recebeu suspensão disciplinar pelo
prazo de noventa dias consecutivos. Neste caso,
(A) considera-se que houve rescisão do contrato de trabalho por
culpa da empresa AS, sendo devida dentre outras verbas, o aviso
prévio.
(B) considera-se que houve rescisão do contrato de trabalho por
culpa da empresa AS, não sendo devido o aviso prévio em razão da
suspensão disciplinar.
(C) considera-se que houve rescisão do contrato de trabalho por
culpa de Bruno, não sendo devido o aviso prévio em razão da
suspensão disciplinar.

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(D) considera-se que houve rescisão do contrato de trabalho por
culpa recíproca, sendo devido, dentre outras verbas, o aviso prévio.
(E) considera-se que houve rescisão do contrato de trabalho por
culpa recíproca, não sendo devido o aviso prévio em razão da
suspensão disciplinar.

9. (FCC – Analista Execução de Mandados – TRT-GO -2008) O


Hotel Fazenda Água da Chuva celebrou contrato de trabalho por
tempo determinado com Denise pelo prazo de 2 meses (Dezembro e
Janeiro), tendo em vista a necessidade de um número maior de
empregados em razão das férias escolares, Natal e Ano Novo. No
Carnaval seguinte, também em razão da necessidade temporária de
maior número de empregados, o hotel celebrou outro contrato de
trabalho com prazo determinado com Denise pelo prazo de 1 mês
(Março). De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
neste caso, a sucessão de contratos de trabalho com prazo
determinado é
(A) inválida tendo em vista que os dois contratos de trabalho
ultrapassaram o prazo máximo de 60 dias permitidos pela legislação.
(B) inválida tendo em vista que entre a celebração dos contratos não
tinha decorrido mais de 6 meses do término do primeiro contrato,
prazo legal previsto na legislação.
(C) inválida em razão da celebração de dois contratos com prazo
determinado com o mesmo empregado dentro do período de um ano.
(D) válida tendo em vista que a contratação ocorreu em razão da
realização de certos acontecimentos.
(E) inválida tendo em vista que é vedada a celebração de mais de um
contrato de trabalho com prazo determinado com a mesma pessoa.

10. (FCC) A empresa SOL necessita contratar empregado para a


execução de serviço específico, ou seja, técnico especializado na
implantação de equipamento altamente sofisticado. Nesse caso, a
empresa
(A) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo
determinado, desde que pelo prazo máximo de dois anos, sendo
vedada qualquer prorrogação contratual dentro deste período.
(B) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo
determinado, desde que pelo prazo máximo de um ano, permitida
uma única prorrogação contratual dentro deste período.
(C) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo
determinado, desde que pelo prazo máximo de dois anos, permitida
uma única prorrogação contratual dentro deste período.
(D) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo
determinado, desde que pelo prazo máximo de um ano, permitida no
máximo duas prorrogações contratuais dentro deste período.

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(E) não poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo
determinado por expressa vedação legal, caracterizando típica
contratação de empregado por prazo indeterminado.

11. (FCC – Analista Execução de Mandados – TRT 9ª Região -


2010) João celebrou contrato de experiência de 60 dias com a
empresa SOL sem cláusula assecuratória do direito recíproco de
rescisão. Durante o referido contrato, João, insatisfeito com suas
tarefas diárias, requereu a rescisão antecipada deste contrato. Neste
caso, considerando que não há justa causa presente na rescisão, de
acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, João
(A) será obrigado a indenizar a empresa SOL dos prejuízos
decorrentes desta rescisão, limitados a 80% da remuneração que
João teria direito até o termino do contrato.
(B) será obrigado a indenizar a empresa SOL dos prejuízos
decorrentes desta rescisão, limitados à remuneração total a que João
teria direito até o término do contrato.
(C) não terá que indenizar a empresa SOL, tendo em vista que a
rescisão antecipada a requerimento do empregado é permitida pela
legislação competente.
(D) será obrigado a indenizar a empresa SOL no montante fixo e
estipulado pela Consolidação das Leis do Trabalho de três salários
mínimos vigentes na data da rescisão.
(E) será obrigado a indenizar a empresa SOL dos prejuízos
decorrentes desta rescisão, limitados à metade da remuneração a
que João teria direito até o término do contrato.

12. (FCC – Analista Judiciário/Execução de Mandados – TRT –


18ª REGIÃO/2008) Considere:
I. Empregado urbano que deixa seu trabalho duas horas mais cedo
para procurar novo emprego durante o período do aviso prévio.
II. Empregado que falta dois dias em razão do falecimento de
ascendente.
III. Empregado que falta um dia em cada doze meses de trabalho
para doação de sangue.
IV. Empregado eleito para o cargo de diretoria, não permanecendo a
subordinação jurídica inerente à relação de emprego.
São consideradas hipóteses de interrupção do contrato de trabalho as
situações indicadas APENAS em
(A) I, II e III.
(B) II, III e IV.
(C) III e IV.
(D) I e II.
(E) I e IV.

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13. (FCC – Técnico MPU- 2006) O contrato de experiência
transforma-se automaticamente em contrato por prazo
indeterminado quando
a) é celebrado por prazo superior a 45 dias.
b) tem por objeto a consecução da atividade-fim da empresa.
c) é prorrogado uma única vez.
d) o seu término coincide com domingo ou feriado, dando-se a
rescisão no primeiro dia útil que se seguir.
e) é anotado na CTPS do empregado.

14. (FCC – Técnico Judiciário – TRT – PB – 2005) O contrato de


trabalho a prazo certo para experiência do trabalhador:
a) pode ser prorrogado, desde que não ultrapasse, nos
termos da CLT, o período máximo de noventa dias.
b) não pode ser prorrogado nenhuma vez.
c) pode ser prorrogado por tantas vezes quantas sejam
necessárias à efetiva comprovação da experiência.
d) pode ser prorrogado, com assistência sindical, até 365
dias, para o trabalhador urbano maior de 60 anos.
e) pode, segundo prevê a CLT, ser de até 180 dias.

15. (FCC- Técnico Judiciário – TRT-PI – 2004) A transferência do


empregado é lícita quando ocorrer:
a) Determinação do empregador, em virtude do poder de direção.
b) Extinção do estabelecimento no qual se trabalhe.
c) A sucessão do empregador.
d) Extinção de apenas um setor do estabelecimento.
e) Alteração na estrutura jurídica da empresa.

Marquem aqui o gabarito de vocês!

1. 6. 11.
2. 7. 12.
3. 8. 13.
4. 9. 14.
5. 10. 15.

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2.5. Questões de prova FCC comentadas:


1. (FCC – Analista Judiciário – TRT 8ª Região – 2010) Segundo
a CLT, o empregado que deixar de comparecer ao serviço pelo tempo
que se fizer necessário, quando tiver que se apresentar em juízo, e o
empregado que estiver em licença paternidade, terão o contrato de
trabalho
(A) suspenso e interrompido, respectivamente.
(B) interrompido e suspenso, respectivamente.
(C) suspenso.
(D) interrompido.
(E) extinto e interrompido, respectivamente.

Comentários: Letra D.

Art. 473 da CLT - O empregado poderá deixar de


comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:

I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do


cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que,
declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social,
viva sob sua dependência econômica;

II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;

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III - por 1 (um) dia, em caso de nascimento de filho, no
decorrer da primeira semana;

IV - por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho,


em caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada;

V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se


alistar eleitor, nos termos da lei respectiva;

VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as


exigências do Serviço Militar referidas na letra c do art. 65 da
Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).

VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando


provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento
de ensino superior.

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que


comparecer a juízo.

IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade


de representante de entidade sindical, estiver participando de
reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja
membro.

2. (FCC – Técnico Judiciário – TRT – campinas – 2009) Marta,


Mario e Miguel são empregados da empresa TEBAS. Marta teve um
aborto espontâneo permanecendo duas semanas em descanso,
conforme determinação legal; Mario afastou-se de seu emprego para
exercer o encargo público de senador; Miguel faltou ao serviço, dois
dias consecutivos para realizar seu alistamento eleitoral. Constitui
(em) hipótese(s) de interrupção do contrato de trabalho a(s) falta(s)
de
(A) Marta e Miguel.
(B) Marta, Miguel e Mario.
(C) Mario e Miguel.
(D) Mário.
(E) Marta e Mario.

Comentários: O aborto espontâneo e a falta de dois dias


consecutivos para alistar-se como eleitor são hipóteses de
interrupção do contrato de trabalho, uma vez que o empregado não
prestará trabalho e o empregador lhe pagará salário. Assim, as faltas

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de Marta e Miguel são hipóteses de interrupção do contrato de
trabalho. Correta a letra “A”.
O exercício do encargo público de senador por Mário é hipótese
de suspensão do contrato de trabalho, porque o afastamento do
empregado para o exercício de encargos públicos, como por ex.
ministro, senador e deputado federal, conforme o art. 472 da CLT é
uma hipótese de suspensão do contrato de trabalho.

3. (FCC/Técnico Judiciário- TRT/3ª Região/2009) A licença


remunerada concedida espontaneamente pelo empregador ao
empregado é hipótese de
(A) interrupção do contrato de trabalho.
(B) suspensão do contrato de trabalho.
(C) suspensão condicionada do contrato de trabalho.
(D) extinção do contrato de trabalho.
(E) supressão parcial do contrato de trabalho.

Comentários: Letra A. Há situações no contrato de trabalho em que


os efeitos ficarão sobrestados e em outras, diminuídos no contrato de
trabalho. Os efeitos que estou falando são as obrigações do
empregador de pagar o salário, bem como as obrigações do
empregado de prestar trabalho.

Considera-se interrupção do contrato de trabalho quando o


empregado não prestar o trabalho e o empregador lhe pagar os
salários. Já na suspensão do contrato de trabalho o empregado não
prestará o trabalho e nem o empregador lhe pagará os salários.
A licença remunerada é uma hipótese de interrupção do
contrato de trabalho porque o empregado não trabalha, mas recebe o
seu salário.

4. (FCC/Técnico Judiciário- TRT/3ª Região/2009) O segurado


que tem aposentadoria por invalidez concedida pelo INSS
(A) tem seu contrato suspenso.
(B) tem seu contrato extinto.
(C) tem seu contrato interrompido.
(D) poderá trabalhar, mas em turnos reduzidos.
(E) não poderá trabalhar nunca mais, ainda que se recupere da
doença que lhe rendeu a aposentadoria.

Comentários: De acordo com o art. 475 da CLT, o empregado que


for aposentado por invalidez terá o seu contrato de trabalho
suspenso.

Art. 475 da CLT O empregado que for aposentado por


invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o

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prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação
do benefício.

§ 1º - Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e


sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o
direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria,
facultado, porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por
rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e
478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade,
quando a indenização deverá ser paga na forma do art. 497.

§ 2º - Se o empregador houver admitido substituto para o


aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato
de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência
inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato.

Nesta questão a banca abordou apenas o dispositivo


consolidado, mas não posso deixar de falar da jurisprudência que é a
grande tendência dos concursos públicos.

Observem o que diz a Súmula 160 do TST e a OJ 375 da SDI-1


do TST!

Súmula 160 do TST – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ -


Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o
trabalhador terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao
empregador, indenizá-lo na forma da lei.

Atenção: Em Abril de 2010 o TST publicou a Orientação


Jurisprudencial 375 estabelecendo a fluência da prescrição qüinqüenal
quando o contrato de trabalho estiver suspenso em virtude de
aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, apenas excepcionando
a hipótese de impossibilidade de acesso ao Judiciário.

Nem preciso lembrá-los que por ser recente, esta OJ é tema


certo de cair em provas de Processo do Trabalho.

OJ 375 da SDI- 1 do TST AUXÍLIO-DOENÇA. APOSENTADORIA POR


INVALIDEZ. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
PRESCRIÇÃO. CONTAGEM (DJe divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)
A suspensão do contrato de trabalho, em virtude da percepção do
auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, não impede a
fluência da prescrição quinquenal, ressalvada a hipótese de absoluta
impossibilidade de acesso ao Judiciário.

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5. (FCC – Analista Judiciário- TRT 18 ª região – 2008) César
candidatou-se a vereador da cidade de Goiânia e foi eleito. Neste
caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, seu
contrato de trabalho será
(A) extinto sem justa causa, fazendo jus às verbas trabalhistas
inerentes a esta modalidade de rescisão contratual.
(B) interrompido, devendo intimar o empregador dentro de 30 dias
do término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao
cargo empregatício original.
(C) suspenso, devendo intimar o empregador dentro de 30 dias do
término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao cargo
empregatício original.
(D) suspenso, devendo intimar o empregador dentro de 60 dias do
término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao cargo
empregatício original.
(E) interrompido, devendo intimar o empregador dentro de 60 dias
do término do encargo público, sobre a sua intenção de retorno ao
cargo empregatício original.

Comentários: O afastamento do empregado para cumprir um


encargo público é causa de suspensão do contrato de trabalho.

De acordo com o art. 472 da CLT para que o empregado tenha


direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de
exigências de encargo público, é indispensável que ele notifique o
empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada,
dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias,contados da data em que
se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que
estava obrigado.
Portanto, está correta a letra C.

Art. 472 da CLT - O afastamento do empregado em


virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo
público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do
contrato de trabalho por parte do empregador.

§ 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a


exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências
do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que
notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou
carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias,
contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a
terminação do encargo a que estava obrigado.

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§ 2º - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de
afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não
será computado na contagem do prazo para a respectiva
terminação.

6. (FCC – Juiz do Trabalho – 2007) Considere as seguintes


afirmativas:
I. Contrato de trabalho é o negócio jurídico pelo qual uma pessoa
física ou jurídica admite e assalaria pessoa física, para a prestação de
serviços não eventuais e juridicamente subordinados. No entanto, se
os serviços a serem prestados forem altamente especializados, não
tendo o empregador o domínio da técnica necessária à execução da
atividade, nesse caso não haverá relação de emprego, e sim um
contrato civil de prestação de serviço, uma vez que será impossível o
exercício do poder diretivo próprio do empregador.
II. O contrato de trabalho pode ser celebrado de forma verbal ou
escrita. No entanto, em se tratando de um ato decorrente de uma
declaração da vontade, esta sempre terá que ser expressa (ainda que
verbal), não se admitindo declaração tácita da vontade.
III. Se o contrato de trabalho for por prazo determinado, a título de
experiência e com duração não superior a noventa dias, sua
celebração poderá ser de modo tácito, e nesse caso serão
dispensáveis as anotações na CTPS.

IV. É nula a cláusula de contrato individual de trabalho que preveja a


dispensa de fornecimento de equipamento de proteção individual
(EPI) pela empresa, se tal equipamento for necessário à segurança
do empregado. A dispensa do fornecimento do EPI só será válida se
prevista em norma coletiva, e, mesmo assim, desde que esteja
prevista uma compensação financeira para os empregados que
deveriam recebê-lo.
Está INCORRETO o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II, III e IV.

Comentários: letra E.
I) A assertiva está errada, porque a subordinação é jurídica. Ela não é
técnica e nem econômica.
II) O contrato de trabalho poderá ser celebrado de forma expressa ou
tácita, verbal ou por escrito. Está incorreta a assertiva.
III) O contrato de experiência deve ser anotado na CTPS e deverá ser
escrito.

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IV) Não há norma que preveja a possibilidade de dispensa de EPI por
negociação coletiva.

7. (FCC – Técnico judiciário – TRT 9ª Região – 2010) De acordo


com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, a suspensão
disciplinar do empregado por mais de trinta dias consecutivos
(A) não importa rescisão do contrato de trabalho, tendo em vista o
Princípio da Proteção.
(B) importa rescisão injusta do contrato de trabalho.
(C) importa rescisão de contrato de trabalho com reconhecimento
imediato de culpa recíproca entre as partes tipificada pela norma
legal.
(D) importa rescisão do contrato de trabalho com justa causa.
(E) não importa rescisão do contrato de trabalho, tendo em vista o
princípio da continuidade da relação de emprego.

Comentário: Letra B (art. 474 da CLT)

8. (FCC – Analista Judiciário – TRT 8ª Região – 2010) Bruno,


empregado da empresa AS, através de contrato individual de
trabalho por prazo indeterminado, recebeu suspensão disciplinar pelo
prazo de noventa dias consecutivos. Neste caso,
(A) considera-se que houve rescisão do contrato de trabalho por
culpa da empresa AS, sendo devida dentre outras verbas, o aviso
prévio.
(B) considera-se que houve rescisão do contrato de trabalho por
culpa da empresa AS, não sendo devido o aviso prévio em razão da
suspensão disciplinar.
(C) considera-se que houve rescisão do contrato de trabalho por
culpa de Bruno, não sendo devido o aviso prévio em razão da
suspensão disciplinar.
(D) considera-se que houve rescisão do contrato de trabalho por
culpa recíproca, sendo devido, dentre outras verbas, o aviso prévio.
(E) considera-se que houve rescisão do contrato de trabalho por
culpa recíproca, não sendo devido o aviso prévio em razão da
suspensão disciplinar.

Comentários: Letra A.
O art. 474 da CLT estabelece que a suspensão do empregado
por mais de trinta dias importará em rescisão injusta do contrato de
trabalho. E, quando o empregado for dispensado injustamente, ele
terá direito ao aviso prévio.

9. (FCC – Analista Execução de Mandados – TRT-GO -2008) O


Hotel Fazenda Água da Chuva celebrou contrato de trabalho por
tempo determinado com Denise pelo prazo de 2 meses (Dezembro e
Janeiro), tendo em vista a necessidade de um número maior de

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empregados em razão das férias escolares, Natal e Ano Novo. No
Carnaval seguinte, também em razão da necessidade temporária de
maior número de empregados, o hotel celebrou outro contrato de
trabalho com prazo determinado com Denise pelo prazo de 1 mês
(Março). De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
neste caso, a sucessão de contratos de trabalho com prazo
determinado é
(A) inválida tendo em vista que os dois contratos de trabalho
ultrapassaram o prazo máximo de 60 dias permitidos pela legislação.
(B) inválida tendo em vista que entre a celebração dos contratos não
tinha decorrido mais de 6 meses do término do primeiro contrato,
prazo legal previsto na legislação.
(C) inválida em razão da celebração de dois contratos com prazo
determinado com o mesmo empregado dentro do período de um ano.
(D) válida tendo em vista que a contratação ocorreu em razão da
realização de certos acontecimentos.
(E) inválida tendo em vista que é vedada a celebração de mais de um
contrato de trabalho com prazo determinado com a mesma pessoa.

Comentários: Contratos de prazo determinado ou a termo são


os contratos celebrados por tempo certo ou determinado ou pelo
menos de previsão aproximada, como o contrato de safra. As partes
já sabem o início e o término do contrato.

O Contrato de prazo determinado não poderá ser estipulado por


período superior a 2 anos (art. 445 da CLT).

Art. 445 da CLT O contrato de trabalho por prazo


determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois)
anos, observada a regra do art. 451.
Parágrafo único - O contrato de experiência não poderá
exceder de 90 (noventa) dias

Art. 451 da CLT O contrato de trabalho por prazo


determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado
mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de
prazo.

Art. 452 da CLT Considera-se por prazo indeterminado todo


contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro
contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste
dependeu da execução de serviços especializados ou da
realização de certos acontecimentos.
Este tipo de contrato também é denominado de contrato a
termo. São modalidades deste tipo de contrato: as previstas no art.

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443 da CLT, na Lei 9.601/98, no trabalho temporário (Lei 6019/74), o
contrato de obra certa, o contrato de safra e o contrato de
aprendizagem.

Art. 443 da CLT O contrato individual de trabalho poderá


ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por
escrito e por prazo determinado ou indeterminado.

§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato


de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da
execução de serviços especificados ou ainda da realização de
certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.

§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se


tratando:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a


predeterminação do prazo;

b) de atividades empresariais de caráter transitório;

c) de contrato de experiência.

Portanto, o contrato de trabalho celebrado por Denise é válido


porque decorreu da realização de certos acontecimentos e, também,
porque entre um contrato e outro decorreu mais de seis meses, uma
vez que o novo contrato foi celebrado no carnaval seguinte.

10. (FCC) A empresa SOL necessita contratar empregado para a


execução de serviço específico, ou seja, técnico especializado na
implantação de equipamento altamente sofisticado. Nesse caso, a
empresa
(A) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo
determinado, desde que pelo prazo máximo de dois anos, sendo
vedada qualquer prorrogação contratual dentro deste período.
(B) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo
determinado, desde que pelo prazo máximo de um ano, permitida
uma única prorrogação contratual dentro deste período.
(C) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo
determinado, desde que pelo prazo máximo de dois anos, permitida
uma única prorrogação contratual dentro deste período.
(D) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo
determinado, desde que pelo prazo máximo de um ano, permitida no
máximo duas prorrogações contratuais dentro deste período.

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(E) não poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo
determinado por expressa vedação legal, caracterizando típica
contratação de empregado por prazo indeterminado.

Comentários: A regra é a de que os contratos sejam pactuados por


prazo indeterminado, atendendo então ao princípio da continuidade
da relação de emprego, somente por exceção será admitido o
contrato de prazo determinado.
Contratos de prazo determinado ou a termo são os contratos
celebrados por tempo certo ou determinado ou pelo menos de
previsão aproximada, como o contrato de safra. As partes já sabem o
início e o término do contrato.
O Contrato de prazo determinado não poderá ser estipulado por
período superior a 2 anos (art. 445 da CLT).

Art. 445 da CLT O contrato de trabalho por prazo


determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois)
anos, observada a regra do art. 451.
Parágrafo único - O contrato de experiência não poderá
exceder de 90 (noventa) dias

Art. 451 da CLT O contrato de trabalho por prazo


determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado
mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de
prazo.

Art. 443 da CLT O contrato individual de trabalho poderá


ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por
escrito e por prazo determinado ou indeterminado.

§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato


de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da
execução de serviços especificados ou ainda da realização de
certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.

§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se


tratando:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a


predeterminação do prazo;

b) de atividades empresariais de caráter transitório;

c) de contrato de experiência.

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Por serviços cuja natureza ou transitoriedade justifique a
predeterminação do prazo, devemos entender que a necessidade da
mão-de-obra é transitória para a empresa.
Tal fato ocorrerá quando houver excesso de demanda para
substituição de pessoal ou para atender período transitório da
atividade.
Por atividade empresarial de caráter transitório devemos
entender a transitoriedade da atividade da empresa que de tempos
em tempos ficará paralisada e não a atividade do empregado.
Outro exemplo é o da assertiva, uma vez que a implantação de
um equipamento de informática é um serviço transitório. Portanto
está correta a letra C.

11. (FCC – Analista Execução de Mandados – TRT 9ª Região -


2010) João celebrou contrato de experiência de 60 dias com a
empresa SOL sem cláusula assecuratória do direito recíproco de
rescisão. Durante o referido contrato, João, insatisfeito com suas
tarefas diárias, requereu a rescisão antecipada deste contrato. Neste
caso, considerando que não há justa causa presente na rescisão, de
acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, João
(A) será obrigado a indenizar a empresa SOL dos prejuízos
decorrentes desta rescisão, limitados a 80% da remuneração que
João teria direito até o termino do contrato.
(B) será obrigado a indenizar a empresa SOL dos prejuízos
decorrentes desta rescisão, limitados à remuneração total a que João
teria direito até o término do contrato.
(C) não terá que indenizar a empresa SOL, tendo em vista que a
rescisão antecipada a requerimento do empregado é permitida pela
legislação competente.
(D) será obrigado a indenizar a empresa SOL no montante fixo e
estipulado pela Consolidação das Leis do Trabalho de três salários
mínimos vigentes na data da rescisão.
(E) será obrigado a indenizar a empresa SOL dos prejuízos
decorrentes desta rescisão, limitados à metade da remuneração a
que João teria direito até o término do contrato.

Comentários: Letra E (art. 481 da CLT c\c 479)

12. (FCC – Analista Judiciário/Execução de Mandados – TRT –


18ª REGIÃO/2008) Considere:
I. Empregado urbano que deixa seu trabalho duas horas mais cedo
para procurar novo emprego durante o período do aviso prévio.
II. Empregado que falta dois dias em razão do falecimento de
ascendente.
III. Empregado que falta um dia em cada doze meses de trabalho
para doação de sangue.

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IV. Empregado eleito para o cargo de diretoria, não permanecendo a
subordinação jurídica inerente à relação de emprego.

São consideradas hipóteses de interrupção do contrato de trabalho as


situações indicadas APENAS em
(A) I, II e III.
(B) II, III e IV.
(C) III e IV.
(D) I e II.
(E) I e IV.

Comentários: I- Interrupção. Durante este período do aviso prévio o


empregado recebe e não trabalha, pois estará procurando novo
emprego, por isso é considerado interrupção do contrato de trabalho.

II- Interrupção. (art. 473, I da CLT)

Art. 473 da CLT O empregado poderá deixar de comparecer


ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias
consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em
sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua
dependência econômica;

III- Interrupção. (art. 473, IV da CLT)

IV - por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho,


em caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada;

IV- Suspensão. Quando não permanecer a subordinação jurídica


inerente à relação de emprego, o contrato de trabalho do empregado
que foi eleito diretor ficará suspenso.

Súmula 269 do TST O empregado eleito para ocupar cargo de


diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se
computando o tempo de serviço desse período, salvo se
permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de
emprego.

13. (FCC – Técnico MPU- 2006) O contrato de experiência


transforma-se automaticamente em contrato por prazo
indeterminado quando
a) é celebrado por prazo superior a 45 dias.
b) tem por objeto a consecução da atividade-fim da empresa.
c) é prorrogado uma única vez.

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d) o seu término coincide com domingo ou feriado, dando-se a
rescisão no primeiro dia útil que se seguir.
e) é anotado na CTPS do empregado.

Comentários: O Contrato de experiência ou contrato de prova é uma


espécie do gênero contrato de trabalho por prazo determinado,
porque é submetido a um termo. Este termo será de no máximo 90
dias, podendo ser celebrada, apenas, uma prorrogação dentro dos 90
dias.

Exemplificando: Um empregado celebra um contrato de


experiência com o seu empregador por 45 dias, sendo assim, caso
haja intenção de prorrogá-lo eles poderão fazê-lo, por até mais 45
dias no máximo.

É importante ressaltar que caso eles celebrem inicialmente um


contrato de experiência por 90 dias, este não poderá ser prorrogado,
uma vez que já foi celebrado no seu tempo máximo de duração
permitido por lei.
O contrato de experiência irá transformar-se em um contrato
por prazo indeterminado quando ele for celebrado por um período
superior a 90 dias, quando for prorrogado mais de uma vez ou
quando extrapolar o seu tempo máximo de duração (90 dias),
incluída dentro deste prazo a prorrogação.
O contrato de experiência irá se tornar um contrato de prazo
indeterminado quando for prorrogado mais de uma vez ou quando
extrapolar o limite máximo legal de 90 dias. Portanto está correta a
letra D.

14. (FCC – Técnico Judiciário – TRT – PB – 2005) O contrato de


trabalho a prazo certo para experiência do trabalhador:
a) pode ser prorrogado, desde que não ultrapasse, nos termos da
CLT, o período máximo de noventa dias.
b) não pode ser prorrogado nenhuma vez.
c) pode ser prorrogado por tantas vezes quantas sejam
necessárias à efetiva comprovação da experiência.
d) pode ser prorrogado, com assistência sindical, até 365 dias,
para o trabalhador urbano maior de 60 anos.
e) pode, segundo prevê a CLT, ser de até 180 dias.

Comentários: O contrato de experiência está disciplinado no art.


443, parágrafo 2º, “c”, da CLT e é um contrato por prazo
determinado que não poderá exceder 90 dias, sendo permitida

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apenas uma prorrogação dentro deste prazo, logo a assertiva “a” está
correta.

15. (FCC- Técnico Judiciário – TRT-PI – 2004) A transferência do


empregado é lícita quando ocorrer:
a) Determinação do empregador, em virtude do poder de direção.
b) Extinção do estabelecimento no qual se trabalhe.
c) A sucessão do empregador.
d) Extinção de apenas um setor do estabelecimento.
e) Alteração na estrutura jurídica da empresa.

Comentários: Apesar do empregador ser detentor do poder de


direção e fiscalização do trabalho prestado pelo empregado a
transferência do mesmo não poderá ocorrer de forma unilateral e por
livre critério do empregador. O art. 469 da CLT traz regras a respeito
deste tema.
A transferência do empregado poderá ser provisória ou
definitiva, conforme dispõe o art. 469 e parágrafos da CLT. Quando
ocorrer extinção do estabelecimento no qual o empregado trabalhar a
transferência poderá ocorrer sem a sua vontade, de forma unilateral.
Portanto correta a letra “b”, conforme dispositivo legal abaixo
transcrito.

Art. 469 da CLT“ Ao empregador é vedado transferir o


empregado, sem a sua anuência para localidade diversa da
que resultar do contrato,não se considerando transferência a
que não acarretar necessariamente a mudança de seu
domicílio.
§ 1º Não estão compreendidos na proibição deste artigo os
empregados que exerçam cargos de confiança e aqueles cujos
contratos tenham como condição implícita ou explícitas, a
transferência quando esta decorra da real necessidade do
serviço
§ 2º É lícita a transferência quando ocorrer a extinção do
estabelecimento em que trabalhar o empregado.
§ 3º Em caso de necessidade de serviço o empregador
poderá transferir o empregado para localidade diversa da que
resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo
anterior, mas nesse caso ficará obrigado a um pagamento
suplementar, nunca inferior a 25%(vinte e cinco por cento)
dos salários que o Empregado perceba naquela localidade,
enquanto durar esta situação.

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Gabarito:

1. D 6. E 11. E
2. A 7. B 12. A
3. A 8. A 13. D
4. A 9. D 14. A
5. C 10. C 15. B

A nossa aula chegou ao final!

Bons estudos. Muita Luz e energias positivas, no estudo e na


caminhada de vocês!

Logo abaixo vocês encontrarão as questões sem comentários.

Até a nossa próxima aula,

Abraços,

Deborah Paiva

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