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A grafia varia entre os autores: alguns propõem que apenas o terceiro sentido seja usado com inicial maiúscula, outros sugerem o
mesmo para o segundo sentido, e alguns usam os três conceitos com iniciais minúsculas. Pode-se observar, então, que embora o
cerrado sensu lato e o domínio do cerrado sejam comumente referidos, até mesmo em certos documentos oficiais do IBGE[6] ou da
Embrapa, como um bioma (que é definido na literatura internacioal a partir de características fisionômicas e ambientais,
independentemente da composição taxonômica da comunidade), de acordo com o uso internacional do conceito de bioma, o correto é
dizer que o cerrado (seja a província florística ou o domínio morfoclimático) contém biomas, e não que é um bioma.
Índice
Características
Clima
Relevo
Vegetação
Fitogeografia
Flora
Plantas comuns
Fauna
Mastofauna
Avifauna
Ictiofauna
Conservação
Destruição de habitats
Invasoras
Peculiaridades das formações abertas
Manejo do fogo
Aflorestamento
Notas
Referências
Bibliografia
Ligações externas
Características
As "savanas brasileiras" — o Cerrado e a Caatinga — são uma forma
de vegetação que tem diversas variações fisionômicas ao longo das
grandes áreas que ocupam o território do país. É uma área zonal,
como as savanas da África, e corresponde grosso modo ao Planalto
Central.[carece de fontes?]
Cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, tem índices pluviométricos regulares que lhe propiciam sua
grande biodiversidade.
cerrado
cerradão
campestre
floresta de galeria
cerrado rupestre
Há também os ecossistemas de transição com os outros biomas que fazem limite com o Cerrado.
O Cerrado possui alta biodiversidade, embora menor que a mata atlântica e a floresta amazônica. Pouco afetado até a década de 1960,
está desde então crescentemente ameaçado, principalmente os cerradões, seja pela instalação de cidades e rodovias, seja pelo
crescimento das monoculturas, como soja e o arroz, a pecuária intensiva, a carvoaria e o desmatamento causado pela atividade
madeireira e por frequentes queimadas, devido às altas temperaturas e baixaumidade, quanto ao infortúnio do descuido humano.
Nas regiões onde o cerrado predomina, o clima é quente e há períodos de chuva e de seca, com incêndios espontâneos esporádicos,
com alguns anos de intervalo entre eles, ocorrendo no período da seca.
A vegetação, em sua maior parte, é semelhante à de savana, com gramíneas, arbustos e árvores esparsas. As árvores têm caules
retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da água - disponível nos solos do cerrado abaixo de 2 metros de profundidade,
mesmo durante a estação seca do inverno.
Dependendo de sua concentração e das condições de vida do lugar, pode apresentar mudanças diferenciadas denominadas de
cerradão, campestre e cerrado (latu sensu), intercalado por formações de florestas, várzeas, campos rupestres e outros. Nas matas de
galeria aparecem por vezes asveredas.
Outros ecossistemas: Campo Sujo, Campo Cerrado, Cerrado Rupestre, Mata Seca ou Mata Mesofíticae Parque Cerrado.
Grande parte do Cerrado já foi destruída, em especial para a instalação de cidades e plantações, o que o torna um bioma muito mais
ameaçado do que a Amazônia.[8]
Clima
O clima predominante no Cerrado é o Tropical Sazonal, com inverno seco. A
temperatura média anual é de 25°C, podendo chegar a marcações de até 40°C na
primavera. As mínimas registradas podem chegar a valores próximos de 10°C ou até
menos, nos meses de maio, junho e julho.
A precipitação média anual fica entre 1 200 e 1 800 milímetros, com estação
chuvosa compreendida entre outubro e abril, sendo dezembro e janeiro os meses
mais chuvosos. Curtos períodos de seca, chamados de veranicos, podem ocorrer no
meio da primavera e do verão. No período de maio a setembro os índices
Cerrado na região de Pirenópolis,
pluviométricos mensais reduzem-se bastante, podendo chegar a zero.
Goiás.
Nos períodos de estiagem, o solo se resseca muito, mas somente em sua parte
superficial (1,5 a 2 metros de profundidade). Mas vários estudos já demonstraram que, mesmo durante a seca, as folhas das árvores
perdem razoáveis quantidades de água portranspiração, evidenciando a disponibilidade destemineral nas camadas profundas do solo.
Outra evidência é a floração do ipê-amarelo na estação da seca, porém a maior demonstração deste fato é a presença de extensas
plantações de eucaliptos, crescendo e produzindo plenamente, sem necessidade de irrigação e adubação .
Ventos fortes e constantes não são características gerais do Cerrado. Normalmente a atmosfera é calma e o ar fica, muitas vezes,
quase parado. Em agosto costumam ocorrer algumas ventanias, levantando poeiras e cinzas de queimadas a grandes alturas, através
de redemoinhos que se podem ver de longe.
Relevo
Os pontos mais elevados do Cerrado estão na cadeia que passa por Goiás em direção
sudeste-nordeste. O Pico Alto daSerra dos Pireneus, com 1 385 metros de altitude, a
Chapada dos Veadeiros, com 1 250 metros e outros pontos com elevações
consideradas , que se estendem em direção noroeste; a Serra do Jerônimo e outras
serras menores, com altitudes entre 500 e 800 metros.
O relevo é um tanto acidentado, com poucas áreas planas. Nos morros mais altos são
encontrados pedregulhos,argila com inclusões de pedras e camadas de areia.
Outra formação é constituída por aflorações e rochas calcárias, com fendas, grutas e
cavernas em diferentes tamanhos. Por cima das rochas há uma vegetação silvestre.
Possui campos e vales com vegetação bem característica e há ainda uma floresta-
galeria rodeando riachos e lagoas.
Vegetação
Quem já viajou pelo interior do Brasil, através de estados como Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Mato Grosso ou Mato Grosso
do Sul, certamente atravessou extensos chapadões, cobertos por uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em meio a
um tapete de gramíneas - o cerrado.
Durante os meses quentes de verão, quando as chuvas se concentram e os dias são mais longos, tudo ali é muito verde. No inverno,
ao contrário, o capim amarelece e seca; quase todas as árvores e arbustos, por sua vez, trocam a folhagem senescente por outra
totalmente nova. Mas não o fazem todos os indivíduos a um só tempo, como nas caatingas nordestinas. Enquanto alguns ainda
mantém suas folhas verdes, outros já as apresentam amarelas ou pardacentas, e outros já se despiram totalmente delas.
Assim, o cerrado não se comporta como uma vegetação caducifólia, embora cada um de seus indivíduos arbóreos e arbustivos o
sejam, porém independentemente uns dos outros. Mesmo no auge da seca, o cerrado apresenta algum verde no seu estrato arbóreo-
arbustivo. Suas espécies lenhosas são caducifólias, mas a vegetação como um todo não. Esta é semicaducifólia.
Fitogeografia
Martius (1824), embora não tenha proposto um sistema formal, descreve vários tipos de vegetação presentes no atual domínio do
Cerrado.[9][10][4]
Warming (1892), em seu trabalho em Lagoa Santa, usa uma terminologia que seria formalizada por Löfgren (1898). Este é creditado
como o primeiro a usar formalmente o termo "cerrado" no sentido fisionômico atual (cerrado sensu stricto), além de elaborar um
sistema de tipos de vegetação para aOreades (futuro cerrado sensu lato).[11][12][4]
Cerradão ou Caatanduva
Cerrado propriamente dito
Campo cerrado ou Caatininga
Campo Limpo
Formações (subtipos de vegetação) do cerrado (sensu lato), segundo Coutinho
(1978):[13][14][15]
Formação campestres:
Campos limpos
Formações savânicas ecotonais (de transição):
Campos sujos
Campos cerrados
Cerrados sensu stricto
Formação florestal:
Cerradões
Florestas:
Mata Ciliar
Mata de Galeria (não-Inundável, Inundável) Trilha em área de cerradão no
Mata Seca (Sempre-Verde, Semidecídua, Decídua) Parque Estadual Matas do Segredo,
Cerradão (Mesotrófico, Distrófico) Campo Grande, MS.
Savanas:
savana
floresta estacional semidecidual
floresta estacional decidual
Tipos de "savana" (entendida neste esquema como sinônimo de cerrado sensu lato) de acordo com o IBGE (2012), com nomes
regionais entre parênteses:[19]
Plantas comuns
A vegetação do Cerrado apresenta diversas paisagens florísticas diferenciadas, como
os brejos, os campos alagados, os campos altos, os remanescentes de mata atlântica.
Mas as fitopaisagens predominantes são aquelas dos Cerrados, como o cerrado
típico, o cerradão e as veredas. Nestas, há desde palmeiras, como babaçu (Orbignya
phalerata), bacuri (Platonia insignis), brejaúba (Toxophoenix aculeatissima), buriti Três Lagoas - MS.
(Mauritia flexuosa), guariroba (Syagrus oleracea), jussara (Euterpe edulis) e
macaúba (Acrocomia aculeata)[20] até plantas frutíferas como araticum-do-cerrado
(Annona crassiflora), araçá (Psidium cattleianum), araçá-boi (Eugenia stipitata), araçá-da-mata (Myrcia glabra), araçá-roxo
(Psidium myrtoides), bacuri (Scheelea phalerata), bacupari (Rheedia gardneriana), baru (Dipteryx alata), café-de-bugre (Cordia
ecalyculata), figueira (Ficus guaranítica), lobeira (Solanum lycocarpum), jabuticaba (Myrciaria trunciflora), jatobá (Hymenaea
courbaril), marmelinho (Diospyros inconstans), pequi (Caryocar brasiliense), goiaba (Psidium guajava), gravatá (Bromeliaceae),
marmeleiro (Croton alagoensis), jenipapo (Genipa americana), ingá (Inga sp), mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), mangaba
(Hancornia speciosa), cajuzinho-do-campo (Anacardium humile), pitanga-do-cerrado (Eugenia calycina), guapeva (Fervillea
trilobata), veludo-branco (Gochnatia polymorpha); Madeiras, tais quais angico-branco (Anadenanthera colubrina), angico
(Anadenanthera spp), aroeira-branca (Lithraea molleoides), aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva), cedro-rosa (Cedrela
fissilis), monjoleiro (Acacia polyphylla), vinhático (Plathymenia reticulata), bálsamo-do -cerrado (Styrax pohlii), pau-ferro
(Caesalpinia ferrea), ipês(Tabebuia spp.), além de plantas características dos cerrados, como amendoim-do-campo (Pterogyne
nitens), araticum -cagão (Annona cacans), aroeira-pimenteira (Schinus
terebinthifolius), capitão-do-campo (Terminalia spp.), embaúba (Cecropia spp),
guatambu-de-sapo (Chrysophyllum gonocarpum), maria-pobre (Dilodendron
bipinnatum), mulungu (Erythrina spp), paineira (Ceiba speciosa), pororoca
(Rapanea guianensis), quaresmeira roxa (Tibouchina granulosa), tamboril
(Enterolobium spp), pata-de-vaca (Bauhinia longifólia), algodão-do-cerrado
(Cocholospermum regium), assa-peixe (Vernonia polyanthes), pau-terra (Qualea
grandiflora), pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica), gameleira (Ficus rufa), sem
falar em uma grande variedade de gramíneas, bromeliáceas, orquidáceas e outras
plantas de menor porte.[21]
Fauna
O Cerrado apresenta grande variedade em espécies em todos os ambientes, que
dispõem de muitos recursos ecológicos, abrigando comunidades de animais com
Ipê-amarelo, árvore típica do
abundância de indivíduos, alguns com adaptações especializadas para explorar o que
Cerrado.
fornece seu habitat.
Mastofauna
Especificamente no que tange à fauna de mamíferos do cerrado, em que pesem as
áreas devastadas para a agropecuária e a mineração, ela é ainda bastante
diversificada, com representantes de:
Avifauna
Em relação à avifauna, são inúmeras as aves do Cerrado,[22] e entre elas destacam-
se:
Ictiofauna
Sobretudo pelo fato de ser em áreas de Cerrado que nascem rios das mais
importantes bacias hidrográficas brasileiras, como as bacias Amazônica, Tocantínea,
Platina e São-Franciscana, a ictiofauna é extremamente rica e diversificada. Nos
rios do Cerrado, há um número bastante relevante de espécies de mariscos,e uma
grande variedade de peixes, desde aqueles que são comuns até em pequenos Piau, peixe típico dos rios do
córregos, como Piabas (Astyanax spp.); Lambaris (Deuterodon spp., Moenkhausia Cerrado.
spp), Cará (Aequidens spp, Mesonauta spp), Bagres e Mandis (Pimelodus spp.),
Mussum (Synbranchus marmoratus), Tuvira (Eigenmannia spp), até aqueles que são encontrados quase que apenas em rios e
ribeirões, tais como Caranha (Piaractus spp., Pygocentrus spp.); Pacu (Colossoma spp.; Mylossoma spp.; Chaetobranchopsis spp.),
Piau (Leporinus spp.), Traíra (Hoplias spp.), Piranha (Catoprion spp.), Corimbatá (Cyphocharax spp.), Dourado (Salminus spp.),
Cascudo (Hypostomus spp.; Pterygoplichthys spp), Peixe-cachorro (Roeboides spp.), além de Cachorra (Hydrolycus scomberoides),
Peixe cigarra (Oligosarcus hepsetus), Pirapitinga (Brycon microlepis), Abotoado (Pterodoras granulosus), Timburé (Schizodon
borellii), Taguara ou Sardinha-de-água-doce (Triportheus angulatus), e espécies maiores, de couro, como Cachara
(Pseudoplatystoma fasciatum), Jaú (Paulicea luetkeni), Barbado (Pinirampus pinirampus), Pintado (Pseudoplatystoma corruscans) e
Surubim (Sorubimichthys planiceps). Há outras espécies menos significativas numericamente, inclusive a muito rara e quase extinta
Piracanjuba[26] (Brycon orbignyanus).
Conservação
Destruição de habitats
Originalmente com cobertura de pouco mais de 20% do território brasileiro, o
Cerrado sofre diversas ameaças à sua biodiversidade, principalmente por conta
da profusão das atividades econômicas do agronegócio a partir da década de
1970 e que se intensificaram nos últimos anos.[27][28][29][30]
[30]
Segundo cálculos realizados em 1998 peloINPE, restavam apenas 34,22% das áreas nativas remanescentes do Cerrado.
Para alguns estudiosos do bioma, de certo modo fatalistas, a destruição do Cerrado é irreversível.[29][30][32] De acordo com o ritmo
atual de sua destruição, algumas previsões apontam a extinção do bioma até o ano de 2030.[30][33] A extinção do Cerrado
comprometeria também o abastecimento potável em todo o Brasil, já que o fim do bioma representará a extinção dos grandes
[29]
mananciais de água que abastecem as grandes bacias hidrográficas do país.
Apesar do reconhecimento de sua importância biológica e humana, o Cerrado é o que possui a menor porcentagem de áreas sobre
proteção integral, tendo apenas 2,85% de seu território como unidades de conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de
[27]
conservação de uso sustentável, incluindo RPPNs (0,07%).
Invasoras
Dentre as principais espécies exóticas invasoras do Cerrado, que competem com plantas nativas, estão algumas gramíneas forrageiras
africanas, usadas na pecuária desde os anos 1970,[34] como Melinis minutiflora (capim-gordura), Hyparrhenia rufa (capim-jaraguá),
Panicum maximum (capim-colonião) e Brachiaria spp. (braquiárias). Ainda na década de 1970, começou a ser comum também a
ocorrência no Cerrado de Pinus elliottii (pinheiro) e Eucalyptus spp. (eucaliptos), usadas em silvicultura. Há também invasões por
Pteridium aquilinum (samambaia-brava), umaespécie ruderal de ampla distribuição em todo o mundo.[35]
a supressão total do fogo e do pastejo de baixas intensidades – as espécies das formações abertas do Cerrado são
mantidas, em parte, por distúrbios ambientais muito antigos, como o fogo causado por raios ou o pastejo pela
megafauna herbívora sul-americana, hoje extinta em grande parte. Logo, essas fitofisionomias ocorrem desde antes
da presença humana e dodesflorestamento antrópico. Assim, na conservação destes ambientes, são importantes o
manejo controlado do fogo, evitando-se a supressão total de incêndios. Por outro lado, a pecuária em pastos de
plantas herbáceas nativas também pode ser um fator benéfico, desde que feita em baixa densidade; [36][34]
o aflorestamento, fruto de uma compreensão errônea de que essas vegetações abertas são sempre um produto da
degradação antrópica da floresta;[34]
a carência de estudos sobre técnicas derestauro do estrato herbáceo do Cerrado – a maioria dos trabalhos cobre
apenas as plantas lenhosas;[37]
a dificuldade de as plantas herbáceas nativas sobrepujarem a competição com as herbáceas exóticas em pastos –
enquanto isso, as plantas lenhosas nativas se estabelecem mais facilmente sobre pastos de herbáceas exóticas,
devido ao sombreamento que proporcionam a tais plantas, cuja fisiologia do tipoC4 exige alta luminosidade;[38][34]
a dificuldade de mapeamento por satélitedas vegetações campestres[39] – de certa forma, mesmoin loco, pode ser
difícil para um leigo diferenciar um campo de herbáceas nativas e um pasto de exóticas;
[34]
a falta de previsão legal para a conservação de fisionomias não-florestais e o restauro com espécies herbáceas;
Manejo do fogo
Embora quase sempre apresentado como danoso aos ambientes naturais, o fogo é, no entanto, indispensável para a preservação das
formações abertas (campestres e savânicas) do Cerrado.[40][41] As espécies e vegetações do Cerrado não são exatamente adaptadas
ao fogo, mas sim a diferentes regimes de fogo. Frequências maiores do fogo tendem a promover a ocorrência de vegetações
campestres (campos limpos) ou savânicas (como o cerrado sensu stricto), com suas plantas herbáceas e lenhosas de baixo porte, ao
invés das vegetações florestais (cerradão), com suas plantas lenhosas de alto porte.[42]
Logo, alterações no regime natural de fogo (sejam pela sua indução em frequência e intensidade muito altas, ou pela sua supressão
completa), podem ter efeitos negativos para a biodiversidade no Cerrado.[42][43][44] No caso da gestão de áreas naturais adaptadas ao
fogo, alguns autores defendem a promoção de uma "pirodiversidade", isto é, o manejo de áreas em mosaico com diferentes regimes
de fogo controlado (mas não muito frequentes, nem ausentes), de modo a favorecer a ocorrência e a preservação de espécies e
vegetações adaptadas a diferentes regimes.[45] Além disso, a queima controlada e regular elimina o acúmulo de material inflamável, e
assim, evita incêndios catastróficos, muito intensos.[46]
Aflorestamento
Recentemente, o uso da técnica de aflorestamento – o desenvolvimento de florestas em áreas que não eram originalmente florestadas
– como estratégia de sequestro de carbono e de conservação de biomas florestais tem sido criticado por representar uma ameaça à
conservação de biomas não florestais, como os campos e savanas do Cerrado. Uma alternativa mais adequada seria o reflorestamento
[47][48]
de áreas desmatadas, onde originalmente havia presença de florestas.
Notas
1. A respeito da aplicação do termo "bioma" à área fito- e biogeográfica do Cerrado, na literatura científica brasileira,
em detrimento do uso internacional do termo, confiraBioma#História do conceito.
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Ligações externas
Frutas do Cerrado (em português)
Plantas do Cerrado (em português)
EMBRAPA: Bioma Cerrado (em português)
ISPN: O Cerrado (em português)
Herbário Digital de Plantas do Cerrado(em português)
Ambiente Brasil (em português)
Ibama (em português)
Fotos do Cerrado (em português)
"2006 World Food Prize winners opened Brazil's 'closed lands'" (em inglês)
Cerrado (World Wildlife Fund) (em inglês)
Cerrado biodiversity Hotspot (Conservation International)(em inglês)
Nature Conservancy in Brazil - Cerrado(em inglês)
The Biodiversity of the Brazilian Cerrado(em inglês)
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