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Mari Markow
2009
Agradecimentos:
Este livro é dedicado ao meu esposo que realmente acredito ser o melhor
homem do mundo, aos meus queridos filhos e a todas as mulheres que já
encontraram ou ainda estão em busca de homem decente.
1. Casadoira
5. O MENINO
5 – O Pedido
- Olha, já faz quase três semanas que estamos nos falando, nos
encontrando. Eu estou gostando muito disso... Acho você uma garota
legal, bonita... - sua voz saia nervosa. Eu fui me encolhendo por dentro -
afinal, quem é que gosta de levar um fora? Ninguém!
- Vou ser bem objetiva com você - em um tom muito severo, que
Nicholas chegou a franzir as sobrancelhas assustado.
- SIM!!!
- Você quer me levar para conhecer os teus amigos? Não é muito cedo –
perguntei.
- De certa forma...
- Então já que você gosta, será que consegue fazer um bolo para levar?
-Sim.
- Maçã - respondi.
Fomos à casa de uns amigos dele. Eles iriam pegar uma carona
conosco. Chegamos e eu fui apresentada à Paulo e Maíra - perto de meu
ouvido Nicholas falou:
- Ele me arrastou aquele dia para aquele lugar em que nos conhecemos.
O bar.
- Hum! É com você que vou ficar hoje? -Nicholas falou imitando o
possível som da voz e a cara da GORDA interessada.
Paulo nesta hora já estava abraçado ao seu par, que não era de se
jogar fora e sorria satisfatoriamente para Nicholas, como quem diz: - está
ferrado cara!
- Como assim muiiitas? - Maíra era uma Loira alta, tipo Cindy
Lauper. Cabelo repartido ao meio gorduroso e jeitão de menina rippie.
Sensualidade zero. Na verdade pela sua conversa percebi certo exagero
em algumas colocações, mas que mesmo assim incomodaram.
- Ah! É que ele nunca está com uma só. Ele sempre está saindo
com várias. No sábado ele sai com uma. No domingo ele sai com outra.
Varia bastante sabe? - ela disse em tom debochado e maldoso.
Irritada com o que ela dizia, pois fazia total sentido. - Lembra da
ligação no parque? Pois bem. Provavelmente ele tinha marcado com a
Louca. E tinha dado o bolo e por isso ela ligou para saber onde ele
estava.
- Ah! Mas comigo ele não vai fazer isso não! - Maíra, arregalou os
olhos e disse.
- É, pode ser. Você é a primeira garota que ele vai apresentar para
toda turma. Quem sabe você é diferente?
- Pare de rir!
- Assim como?
- Mas e a gente?
- São valores que você não entenderia, porque você não os tem –
respondi. Renato ficou irritadíssimo e saiu cantando pneu. No que ele
saiu por uma esquina, surgia pela outra o carro de Nicholas. Eu esperei
ele encostar o carro em frente ao portão e dei um beijo de boas vindas.
- Quem?
- Renato.
- Seu ex-namorado?
- Sim. O próprio.
- Voltar.
- A namorar?
- Disse que não. Que estava namorando e que logo você chegaria.
Como pedi para ele esperar ele não teve alternativa a não ser
aceitar o convite de minha mãe para sentar em uma cadeira ao lado dela.
- Prazer, Nicholas.
- Ahh! É bom?
- É, é sim.
- Mora onde?
- Longe, né?
- É, é bem longe.
- Quanto tempo de carro até aqui? – minha mãe perguntava
curiosa.
- 40 minutos.
- Sou.
- Vinte cinco.
Ele falou que nunca tinha passado por algo tão assustador. Falar
com a mãe de uma garota, antes mesmo de falar com ela. Ou pelo
menos conferir se ela era ou não uma pessoa que valia a pena - segundo
Nicholas, ele não se lembrava como eu era.
Até aquele momento, Nicholas nunca mais tinha ficado tanto tempo
com minha mãe. Quando ia me pegar em casa eu sempre estava pronta,
então ele entrava cumprimentava e logo saímos com um reforçar da
minha mãe para não chegar muito tarde.
Não fiz nem menção de que aquela louco, era Renato consternado
por eu estar verdadeiramente com outro - acho que ele não acreditou em
mim quando disse que ia sair com meu namorado e voltou para conferir.
- Ahh! Então quer dizer que vai estar a sua família toda? Primos,
tios, irmãos?
- Oi. Até que enfim vou conhecer a menina que está fazendo meu
filho feliz!
- Gostei de você!