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A sociologia das organizações é uma

especialidade bem desenvolvida nos Estados


Unidos, na França e na Inglaterra, países em
que encontramos publicações sobreo tema
tanto em nível de graduação quanto de pós-
graduação. No Brasil, no entanto, está bem
menos amadurecida. Salvo exceções, ela não
consta no currículo dos cursos de ciências
sociais, tendo maior presença nos cursos de
ciências sociais aplicadas e, notadamente, nos
de administração. Talvez por essa razão, os
livros-texto introdutórios desta disciplina são
escassos e terminam duplicando assuntos
abordados nos manuais de teorias da
administração. Mantendo-se no campo das
Ciências Sociais e discutindo temas conectados
ao universo organizacional, este livro tem o
propósito de contribuir para a formação de
profissionais capazes de compreendera

MATERIAL complexidade do mundo contemporâneo e


atuar de forma qualificada na gestão de
organizações. Além da apresentação clara de
conceitos-chave, todos os capítulos são
COMPLEMENTAR ilustrados com relatos e casos, e contam com
dicas de filmes e questões para discussão. No
site da editora, o professor encontrará

PARA sugestões de estratégias de metodologias ativas


que podem ser utilizadas para maior
engajamento dos estudantes ao trabalhar os
conteúdos.
PROFESSORES
Guia das estratégias indicadas

Apresentação ............................................................................................................ 2
1. Jigsaw classroom (Sala de aula quebra-cabeça) ....................................................... 5
2. Think-pair-share ........................................................................................................ 9
3. Jogo americano (placemat) ..................................................................................... 12
4. Quatro cantos ......................................................................................................... 15
5. Encenação (role play) .............................................................................................. 18
6. Aquário (fishbowl) ................................................................................................... 20
7. Audiência pública .................................................................................................... 24
8. Café mundial (World café) ...................................................................................... 26
9. Brainstorming .......................................................................................................... 29
10. Mapa conceitual ...................................................................................................... 33
11. Júri simulado ........................................................................................................... 36
12. Estudo de caso ........................................................................................................ 39
13. Aprendizagem baseada em problema (ABP ou PBL) .............................................. 41
14. Uso de filmes ........................................................................................................... 43
15. Times de debates .................................................................................................... 46
Referências bibliográficas ............................................................................................. 48

@ 2018 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. 1


Este material é parte integrante do livro “Sociologia das organizações: conceitos, relatos e casos”.
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora.
Atividades para promover aprendizagem ativa na sala de aula

Apresentação

Há alguns anos, o mundo vem experimentando grandes transformações em sua dinâmica


sociocultural, trazida particularmente pelos desdobramentos e repercussões da expansão das
novas tecnologias de informação e comunicação (TICs). Como uma das consequências desse
processo, a sociedade contemporânea vem se construindo como a sociedade do excesso
(informação, velocidade, tecnologia etc.), o que tem impactado diretamente a maneira como se
passou a lidar com o processo do conhecimento. Dada a popularização da internet, além da
portabilidade e do barateamento de novos equipamentos acessíveis que mantêm as pessoas
constantemente conectadas entre si e com o mundo, a geração de jovens que hoje chega à
universidade, particularmente no Brasil, é aquela que já cresceu no interior do chamado universo
digital. Usando uma vertente forte da metáfora: são pessoas que estão com o mundo na palma de
suas mãos.
É assim que a dinâmica da sala de aula tem sido profundamente impactada por esta nova
realidade, para o bem ou para o mal; ao mesmo tempo que oferece uma gama praticamente
infinita de possibilidades de acesso à informação (o que, pelo menos em tese, possibilitaria um
incremento na qualidade dos processos de conhecimento), é bastante comum diagnosticarmos um
movimento contrário, caracterizado pelo incremento na dificuldade de concentração, pela
dispersão do foco e problemas com o desenvolvimento de raciocínio dos jovens. Mas, o mais
importante: uma alteração significativa na linguagem e nos modos de comunicação.
Por isso, embora seja fato que o estudante universitário tem uma grande familiaridade
com todo esse processo (no qual nasceu e se desenvolveu), por outro lado, é preciso que ele seja
muito bem orientado para aproveitá-lo ao máximo, não apenas quantitativa, mas qualitativamente.
O professor, por sua vez, precisa investir constantemente no domínio das novas formas de
comunicação e, principalmente, nas múltiplas linguagens que caracteriza a geração de jovens que
recebe nas instituições de ensino.
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Este material é parte integrante do livro “Sociologia das organizações: conceitos, relatos e casos”.
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora.
Isso tudo tem exigido um repensar global dos processos de ensino-aprendizagem no
espaço escolar. Com essa nova dinâmica sociocultural, o papel do professor (a partir de seu
repertório e de suas competências) deixa de ser o de transmissor de conhecimento e informação,
assumindo o de curadoria, gerenciador; torna-se um gestor do conhecimento, orientador da
seleção de informação, visando ao aprimoramento e ao desenvolvimento das competências e
habilidades dos estudantes. Assim, com o bom gerenciamento da atividade pedagógica, as TICs
deixam de ser vistas como “vilãs”, inimigas do processo de aprendizagem a ser combatidas,
passando a ser fortes aliadas.
Os estudantes, conectados que estão desde cedo, trazem para a sala de aula um
repertório bastante amplo de informações e experiências, cujo enriquecimento e reflexão precisam
ser estimulados num processo de construção do conhecimento que os engaje e os estimule a
crescer.
Assim, se quiser atingir o objetivo da aprendizagem no espaço da sala de aula, o professor
deve estar fortemente focado em estratégias que consigam engajar o estudante no processo todo.
Do contrário, terá diante de si o antigo problema da apatia, e estudantes preocupados apenas com
o cumprimento de formalidades que garantam sua aprovação formal, mas não necessariamente o
almejado aprendizado.
As chamadas Metodologias Ativas de Aprendizagem estão sendo pensadas e
desenvolvidas nos últimos 20 anos a partir destas reflexões sobre as mudanças substantivas que
vêm ocorrendo no ambiente didático-pedagógico. Um seu importante aspecto é levar o professor
a, aproveitando esses recursos, desenvolver estratégias em suas aulas para promover um maior
engajamento do estudante, valorizando seu potencial criativo, sua história de vida, seu repertório,
suas linguagens e toda a carga de conhecimento, além dos domínios que ele certamente tem
(particularmente no manuseio das TICs). Isto especialmente é importante quando se trata de
disciplinas como a Sociologia voltada à reflexão do universo corporativo, que tende a ter um
tratamento excessivamente teórico, em detrimento do perfil mais pragmático e empírico da grande
maioria dos estudantes universitários deste nicho de formação.

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Este material é parte integrante do livro “Sociologia das organizações: conceitos, relatos e casos”.
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora.
Com o objetivo de ajudar o professor a encontrar algumas ferramentas que o auxiliem no
processo de engajamento dos estudantes, tornando suas aulas de Sociologia mais dinâmicas, neste
material serão apresentadas algumas sugestões de estratégias didático-pedagógicas situadas no
amplo escopo das chamadas Metodologias de Aprendizagem Ativa. Todas são bem simples de ser
implementadas. Ao final, o professor encontrará uma relação bibliográfica para aprofundá-las, caso
sinta necessidade. O mercado editorial mundial tem produzido muito material para assessorar o
professor nesta tarefa. O mesmo não acontece com o mercado brasileiro. Por isso, praticamente só
temos textos em inglês sobre o tema, importante e imprescindível no atual cenário da docência de
ensino superior.
As estratégias descritas aqui são fruto da minha experiência didática de sua aplicação em
minhas aulas. Algumas sugestões foram incrementadas com algumas referências indicadas na
literatura, mas são basicamente empíricas. Por isso, desde já agradeço àqueles que puderem
partilhar suas experiências ou enviar seus comentários, sugestões e críticas para que possamos
aprimorar este espaço.
Bom trabalho!
São Paulo, novembro de 2017.
Prof. Dr. Fred Lucio

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1. Jigsaw Classroom (Sala de aula quebra-cabeça)

Uma das minhas estratégias preferidas, porque, além de relativamente simples, possibilita
trabalhar uma série de competências e habilidades com os estudantes: relação parte/todo;
discussão; argumentação; leitura com extração de informações; associação; trabalho em equipe,
lidar com diversidade, negociação etc.
Criada no início da década de 1970 pelo psicólogo
educacional estadunidense Elliot Aronson, esta é uma
Alhovik/Shutterstock

estratégia de aprendizagem colaborativa em que pequenos


grupos são criados com o desafio de aprender determinado
material (geralmente parte de um todo) e ensiná-los aos seus
colegas. Posteriormente, eles devem, ainda em grupo,

Figura 1 – Peças de um quebra-cabeça. compor uma síntese do todo do conhecimento contido


no material preparado pelo professor, apresentando o
resultado para a sala.
Hoje, mais de 40 anos após sua criação, a estratégia jigsaw vem sendo aplicada livremente, com
inúmeras variações técnicas, mas todas guardando alguns elementos em comum, sendo fiéis
àquela desenvolvida pelo seu criador.
Na disciplina de Sociologia, ela funciona muito bem para se trabalhar tanto temas teóricos
quanto questões mais relacionadas à realidade social. O sucesso da estratégia está diretamente
relacionado à qualidade do material preparado pelo professor, o que requer um tempo precioso
investido fora da sala de aula. Esse investimento é certamente recompensado pela qualidade do
conhecimento trabalhado em sala com um grande engajamento e envolvimento dos estudantes.

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Aplicação
• Papel do professor: pensar o conteúdo, preparar o material, organizar e gerenciar os
grupos, gerenciar o tempo da atividade, fazer o fechamento.
• Papel dos estudantes: organizar-se em grupo, aprofundar determinado conteúdo, partilhar
com seus colegas, apresentar o resultado para a sala.

Passo a passo
Preparação prévia
• Preparar um texto dividido de quatro a seis segmentos temáticos (o mesmo número de
estudantes estabelecido por grupo) contendo as informações que julgar mais importantes
sobre o tópico a ser trabalhado. No máximo uma folha (pode ser frente e verso) cada
segmento. (Elabore um material cujo tempo de leitura não ultrapasse 15 minutos). Numere
os segmentos (Parte 1, Parte 2 etc.).
• Na aula anterior, explicar a estratégia para os estudantes, preparando-os para o seu
desenvolvimento. Combine detalhadamente com eles quais seus objetivos, o que se espera,
se é necessário ler algo previamente e, principalmente, como serão avaliados pelo resultado
obtido.

No dia (todos os passos devem ser rigorosamente cronometrados)


• Passo 1 – Formação dos grupos: Dividir os estudantes em grupos. É interessante também
que os grupos sejam pensados em termos de diversidade de gênero, etnia, raça, habilidades
etc. Obs.: gerencie individualmente estudantes retardatários e os excedentes.

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Elaborada pelo autor.

Figura 2 – Modelo de Formulário para ser entregue aos estudantes (frente e verso).

• Passo 2 – Leitura silenciosa: Atribuir a cada estudante a tarefa de ler para aprender sobre
um segmento. Esta leitura não pode ultrapassar 15 minutos. Durante este tempo (único da
estratégia) a sala deve estar em silêncio. Os estudantes devem ter uma caneta para marcar
e/ou escrever o que quiserem no próprio texto visando sintetizá-lo. Você, professor, pode
entregar um formulário previamente preparado (Cf. modelo abaixo) para que o estudante
faça suas anotações sobre seu segmento. Este material pode ser recolhido e incorporado ao
processo de avaliação.

• Passo 3 – Rearranjo dos grupos (especialistas): Após a leitura, formar “grupos de peritos” (ou
especialistas) temporários compostos de um estudante de cada grupo original, segundo os
números do seu segmento (grupo de todos os que têm a Parte 1, a Parte 2 etc.). Dê-lhes
tempo para discutir os principais pontos do seu segmento, esclareça eventuais dúvidas,
aprofunde a compreensão e ensaie as apresentações que farão ao seu grupo de origem.
Neste momento, os estudantes devem tomar nota (na sua própria folha) de ideias

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complementares às que anotou no momento da leitura. A ideia é que tirem todas as
dúvidas e aprofundem os principais conceitos do texto que lhes foi atribuído.
• Passo 4 – Discussão do todo: Trazer os estudantes de volta para seus grupos originais. Nesse
momento, cada um apresenta o conteúdo do seu segmento (com o aprofundamento feito
na etapa anterior) para o grupo, na sequência do todo (1, 2, 3, ...). Incentive outros no grupo
a fazer perguntas para esclarecimento, estimulando a compreensão e fixação de
informações. Eles podem tomar nota o verso da folha entregue inicialmente (cf. acima).
• Passo 5 – Formação do todo: Depois da discussão, peça para o grupo montar uma síntese do
todo a partir das partes apresentadas. Importante: todos os estudantes devem ter noção do
todo para poder apresentá-lo no último passo. Esta síntese pode gerar algum produto que
será apresentado, podendo ser num painel em cartolina (ou folha de flipchart) ou produzido
em PowerPoint, por exemplo.
• Passo 6 – Apresentação para a sala. Este momento é extremamente interessante porque,
embora seja o mesmo material, inexoravelmente será exposto segundo várias e diferentes
leituras, porque um grupo não apresentará exatamente o mesmo que outro. As
informações que se repetem é porque são centrais — é importante que você, professor,
aponte isto.
• Passo 7 – Faça o fechamento, sintetizando o que é mais importante no conjunto de
informações.
• Passo 8 – Todo o trabalho pode ser finalizado com a aplicação do exercício de Prática de
Recuperação de Conhecimento (testes rápidos — podem-se utilizar aplicativos) ou outra
modalidade de avaliação.

Dica: O canal Cult of Pedagogy,1 do YouTube (mantido pela professora estadunidense Jenifer
Gonzalez), apresenta um vídeo muito bom que explica este passo a passo da estratégia e, ao final,
dá algumas dicas para lidar com situações de exceção. Vale a pena consultá-lo.

1
Disponível em: <https://www.youtube.com/user/cultofpedagogy>. Acesso em: 13 nov. 2017.
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2. Think-pair-share

Criada pelo psicólogo Frank Lyman na década de 1980, esta é uma estratégia de aprendizagem
colaborativa que propõe uma organização mais estruturada para uma prática das mais antigas e
conhecidas no espaço da sala de aula: a discussão em grupos. Ela parte da ideia de que um
gerenciamento mais específico por parte do professor é importante em discussões abertas entre os
estudantes. Isto facilita o envolvimento daqueles jovens mais introvertidos, além de estimular que
todo o grupo se envolva em um processo de aprendizagem ativa,
realizando a tarefa de forma simultânea por meio de uma
fórmula básica: pensar, dialogar, compartilhar.
Funciona muito bem tanto quando usada por alguns
minutos, como um quebra-gelo, quanto para ser usada como
parte de outras estratégias ativas. Gosto de combiná-la com a
projeção de algum vídeo ou quando vou introduzir algum tema
Akanit Srisuttiwong/Shutterstock

novo para os estudantes.


Sua estrutura básica de funcionamento está fundamentada
sobre o tripé indicado no seu nome:
• Pensar: a partir de uma pergunta ou de uma tarefa

Figura 3 — Aprendizagem
específica proposta por você, professor, é dado um
colaborativa: pensar, parear, tempo para os estudantes pensar, formulando
partilhar. individualmente suas ideias (você pode lhes solicitar que
as escrevam). Esta etapa precisa ser em silêncio e não pode demorar mais do que 5
minutos;
• Formar pares (dialogar): em seguida, os estudantes se reúnem em duplas (há variações
desta estratégia em quartetos) para discutir as ideias que tiveram a fim de caminhar para a
solução (da pergunta ou da tarefa);

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• Compartilhar: depois de discutir e tentar encontrar uma solução da forma mais completa e
complexa possível para o que foi solicitado, os estudantes são convidados ao
compartilhamento com toda a sala.

Passo a passo
• Você, professor, faz uma preleção de, no máximo, 30 minutos sobre o tópico da aula.
• Depois, lança algumas poucas perguntas ou solicita a execução de uma tarefa que cada
estudante deve realizar, individualmente, em poucos minutos. Este passo é importante
porque permite que o estudante elabore uma resposta a partir de informações da sua
memória;
• Em seguida, os estudantes são convidados a se juntar em pares por um curto período (3 a 10
minutos) para responder à questão ou executar a tarefa solicitada;
• Você, professor, pede a duplas aleatórias para compartilhar suas ideias e respostas com
toda a sala;
• Você sistematiza na lousa (ou numa lâmina de PowerPoint) a contribuição dos estudantes,
que deverá ser utilizada ao longo da aula.

Dicas do que a tarefa pode incluir:


• resumo da resposta a uma pergunta;
• resolução de um problema;
• trabalhar informações da teoria, conceitos ou informações apresentadas;
• desenvolvimento do material apresentado (conectando materiais de conhecimento prévio
do estudante de modo a se encaixar no plano da aula);
• propor possíveis soluções para uma questão etc.

Cada tarefa deve ter quatro componentes:


a) Formulação de uma resposta para a pergunta;
b) Compartilhar a resposta com um companheiro de equipe;

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c) Ouvir com atenção a resposta do seu companheiro de equipe;
d) Criar uma nova resposta, mais complexa, dada após o compartilhamento de respostas
entre os companheiros através do processo de parceria, confronto e síntese.

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3. Jogo Americano (placemat)

Esta é uma rápida e fácil atividade de Aprendizagem Colaborativa, muito boa para ser
usada em grupos de 3 a 5 estudantes (o
exemplo abaixo é com 4 — número
considerado ideal, mas pode ser adaptado,
dependendo do número de estudantes
na sala) quando se quer compartilhar
Elaborado pelo autor.

informações ou obter um nível inicial de


aprofundamento conceitual, pois trata-
se de uma abordagem exploratória
tanto de conceitos quanto de ideias ou
Figura 4 – Modelo de um placemat.
conteúdos. Como tantas outras estratégias
colaborativas, é excelente para aqueles estudantes mais introvertidos, que não gostam muito de
compartilhar suas ideias com seus pares. Deve ser aplicada quando os conceitos a ser trabalhados
requerem mais tempo do que o proposto pela estratégia anterior (think–pair–share).
Ela pode ser usada com vários objetivos pedagógicos: incentivar os estudantes a
compartilhar ideias e chegar a um consenso; resgatar conhecimentos prévios e bagagens que os
estudantes possam ter sobre determinado tópico; ajuda os estudantes a compartilhar técnicas de
resolução de problemas; ajuda-os a tomar nota durante a exibição de um vídeo e/ou apresentação
oral.
Esta estratégia tem se mostrado muito útil quando empregada ao final de um assunto (ou
de uma aula) para que os estudantes possam fazer uma síntese, como nos momentos de revisão,
por exemplo. Da mesma forma, pode ser usada para iniciar uma aula, criando um terreno comum
de conceitos/conhecimentos sobre determinado assunto entre os estudantes, para revisar
conceitos previamente trabalhados etc. Pode, inclusive, ser usada como estratégia rápida de
verificação de aprendizagem, uma vez que o produto gerado (o painel no papel) pode ser recolhido
e avaliado pelo professor.

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Recursos
• Sala: o ideal é que se tenha uma sala com mesas grandes (ou modulares) para que os
estudantes possam montar seus grupos. Caso não seja possível, permita que os estudantes
trabalhem no chão;
• Material: O professor precisa providenciar uma folha de flipchart (ou cartolina) para cada
um dos grupos da sala, que deve estar previamente dividida segundo mostrado na Figura 3.
Forneça pincéis ou canetas coloridas para cada participante. Certifique-se de que no mesmo
grupo as cores sejam diferentes.

Passo a passo
• Defina quais tópicos serão abordados na aula. O ideal é que haja tantos tópicos quantos
grupos formados (ou, então, defina a metade, de modo que você tenha dois grupos por
tópico), envolvendo assim a totalidade dos estudantes;
• Cada grupo formado recebe um “quadro” correspondente a um tópico (ou conceito);
• Escreva o conteúdo ou o conceito em um cartão e coloque-o sobre a mesa (onde está o
quadrado vazado em branco na Figura 3). Este é o tópico com o qual o grupo trabalhará;
• Aloque os estudantes nos grupos e respectivas mesas (cada uma já com seu respectivo
tópico);
• Forneça o material para eles trabalharem (placemat, cartão com a questão ou tópico a ser
trabalhado, e as canetas/pincéis coloridos);
• Peça aos estudantes que primeiro pensem em silêncio sobre o conceito ou o conteúdo;
• Instrua-os a escrever suas ideias, respostas etc. em sua respectiva área do placemat. A seção
do centro (onde você colocou o cartão) deve ficar vazia, porque será usada para a síntese
final;
• Instrua-os a compartilhar suas ideias com seu grupo, fazendo uma rodada de exposições do
que escreveram em suas respectivas áreas no placemat.

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• Concluída a apresentação pessoal, peça que o grupo sintetize o consenso de ideias,
escrevendo-o na seção central do placemat (onde está o quadrado vazado).
• Para finalizar, gerencie a exposição da sínese de cada painel realizada pelos estudantes.
Nesse momento, todos os placemats produzidos podem ser colados na parede da sala para
exposição. Pense numa forma criativa para isto. Nessa hora, você, professor, tem o papel
fundamental de fazer o fechamento a partir das contribuições dos estudantes.

Dica: Caso haja estrutura disponível, uma forma bem ágil é solicitar aos estudantes que tirem uma
foto bem enquadrada do box central (com a síntese), enviem para o seu e-mail, e você monta uma
apresentação em tempo real para projetar na sala (ao invés de colar os cartazes na parede).

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4. Quatro cantos

Assim como o Jigsaw, esta é uma estratégia que movimenta a sala, podendo ser utilizada
de forma isolada ou combinada com outras estratégias (como o brainstorming com notas
autoadesivas, por exemplo). Seu princípio de operação é parecido com o placemat, e pode ser
usada quando você não tem uma sala com mesas móveis (ideal para o placemat). Funciona muito
bem para levantamento de temas em um tópico e até mesmo como avaliação formativa, uma vez
que explora conceitos, conteúdo ou ideias por meio da discussão.

Resumo
Você, professor, apresenta uma proposição controversa/polêmica ou uma pergunta complexa;
prepara também proposições polêmicas em resposta à pergunta elaborada. Em cada um dos
quatro cantos da sala de aula uma opinião ou resposta é postada. Os alunos são estimulados a
debater e expressar suas opiniões sobre elas, circulando de forma organizada e em grupo.

Materiais necessários
• um grande pedaço de papel (cartolina ou flipchart) para cada grupo na sala; e
• canetas/pincéis coloridos.

Passo a passo
Preparação
• Defina um tópico;
• Elabore uma afirmação controversa (ou uma pergunta polêmica) a ele relacionada;
• Prepare um slide de PowerPoint com esta questão (também pode ser escrita na lousa);
• Crie quatro opiniões diferentes sobre a afirmação (ou quatro respostas diferentes para cada
questão);

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• Imprima essas respostas (ou opiniões) em letras bem grandes numa folha A4 para ser colada
em cada um dos quatro cantos da sala. (Deixe para colar depois que os grupos estiverem
alocados em seus postos);
• Coloque quatro folhas de flipchart uma ao lado de cada resposta (em cada um dos 4 cantos)
para que os estudantes escrevam suas opiniões, visões, comentários etc. Essas anotações
podem ser individuais ou combinadas coletivamente no grupo que está discutindo.

Execução
• Projete a questão/afirmação polêmica;
• Dê um tempo para que cada estudante pense sobre as possíveis respostas/comentários
numa folha de papel, justificando-os.
• Divida a sala em quatro grupos usando suas estratégias preferidas;
• Direcione cada grupo para um canto da sala. Obs.: Você pode subdividir esses grupos em
outros pequenos, de 2 a 3 estudantes, para que previamente discutam suas respostas;
• Cole em cada canto a folha A4 impressa com o comentário (opinião) ou a resposta;
• Cole as folhas de flipchart em cada canto da sala. As possíveis respostas dos estudantes
devem ser nelas escritas.
• Dado um tempo, calculado por você (geralmente em função da duração da sua aula), dê o
sinal para que os grupos se movimentem para outro canto (use a referência movimento
horário ou anti-horário — evite deixar aleatório);
• O processo se repete, e os estudantes podem escrever novos comentários sobre a
afirmação da folha A4 colada ali.
• Repita o movimento até que os estudantes tenham passado pelos quatro cantos e voltado
ao seu ponto original, tendo assim discutido todos os tópicos/respostas polêmicos;
• Quando voltarem ao seu ponto original, os grupos devem fazer uma síntese das ideias que
apareceram (não só as suas no início, mas as demais contribuições), registrá-las numa folha,
apresentar o resultado à sala e, eventualmente, lhe entregar; você poderá usá-la como
instrumento de avaliação.
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• Obs.: Como forma de finalização, você pode individualizar este instrumento de registro final,
tendo um elemento de avaliação para cada estudante.

Aplicações
Esta dinâmica pode ser utilizada no início de um tópico (como “esquenta”) — visando
aproveitar o conhecimento prévio dos estudantes —, para processar informações e/ou verificação
de conhecimento após um tópico estudado; após a exibição de pequenos vídeos ou leitura de
pequenos textos; ou como encerramento (verificação do aprendizado). Tem sido muito utilizada
para explorar situações de pequenos relatos de caso, quando o professor os coloca em cada canto,
levando o estudante a processar as informações, avaliando-as criticamente e até, eventualmente,
criando soluções.

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5. Encenação (role playing)

Alguns autores consideram a encenação um tipo bem específico de estudo de caso em


que os alunos desempenham papéis (como personagens) em uma dada situação. A diferença básica
consiste na experiência proporcionada ao estudante (viver a situação o mais próximo do real), o
que trabalha mais fortemente a dimensão afetiva da aprendizagem, para além da cognitiva, uma
vez que valores e emoções estão em jogo. Por este motivo, você precisa ser bem claro com relação
aos seus objetivos de aprendizagem para aproveitar o máximo desta estratégia.

Procedimento
O primeiro passo é fazer uma preleção dialogada com os estudantes para expor o
contexto e a configuração dos papéis, que devem ser construídos com eles. Em seguida, divida a
classe em pequenos grupos de tamanhos variados (caso a sala seja grande, talvez se torne
necessário atribuir papéis duplicados). Cada grupo recebe um papel claramente definido, assim
como uma tarefa específica e concreta. Você pode encerrar fazendo um exercício de verificação de
aprendizagem.

Passo a passo
• Identifique seus objetivos de aprendizagem para a unidade. Pense com profundidade para
selecionar alguns pontos que pretende explorar, como os tópicos já abordados, tempo
disponível, expectativa com relação aos estudantes (pesquisa, relatórios, apresentações
etc.), os papéis são individuais ou estão interagindo etc.;
• Preparo: decida o tópico e os personagens (caracterizando-os o mais detalhadamente
possível), tornando o cenário realista.
• Escolha um cenário/situação apropriado para este conteúdo;
• Peça aos estudantes que pesquisem os possíveis papéis envolvidos nesse drama. Você
também pode preparar previamente o que deseja, mas certamente a discussão e a
formulação entre os próprios estudantes pode gerar mais motivação e engajamento;

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• Papéis definidos e construídos, elabore um cartão com uma breve descrição dos
personagens que estão em jogo, seu ponto de vista, características etc., e entregue aos
estudantes correspondentes;
• Para grupos com mais estudantes do que papéis possíveis, você pode atribuir tarefas de
“observador” a não atores (por exemplo, tomar notas de um ator em particular); ou atribuir
papéis idênticos a subgrupos de estudantes;
• Faça um diálogo com os estudantes entre os objetivos pretendidos e suas respectivas
expectativas;
• Elabore um roteiro de questões em que os estudantes possam perceber e refletir sobre o
papel desempenhado por eles, mas também sobre a interação entre os personagens;
• Faça a encenação seguindo os desafios apresentados por você a partir das caracterizações
dos personagens envolvidos.
• Registre todas as informações para o feedback final.

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Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora.
6. Aquário (fishbowl)

No Brasil é também conhecida como GV/GO (Grupo de verbalização; grupo de


observação). Trata-se de uma estratégia de aprendizagem colaborativa, em forma de
discussão/debate, que envolve troca e colaboração entre grupos. Para sua execução, os estudantes
são divididos em grupos de “observadores” e de “participantes”, de acordo com o esquema
mostrado na Figura 4. O grupo dos participantes é posicionado sentado em um círculo, que, por sua
vez, é circundado por outro maior, formado pelos observadores, que ficam em pé. Algumas
perguntas são lançadas para discussão no círculo interior, enquanto os estudantes que estão de pé,
no círculo externo, ouvem atentamente as ideias apresentadas (o professor pode solicitar que
tomem nota). Dado um tempo estipulado por você, professor, os estudantes se revezam nesses
papéis, de modo que possam praticar as duas habilidades: falar e ouvir.
Esta estratégia é especialmente útil quando se quer garantir que todos os estudantes
participem de uma discussão, possibilitando que se ajudem mutuamente a refletir, além do próprio
conteúdo proposto, sobre o que é uma boa discussão em grupo. Ela tem-se mostrado
especialmente útil para debater temas controversos, polêmicos ou difíceis.
Este tipo de dinâmica pode ser uma ótima atividade de aquecimento, muitas vezes
trazendo à tona questões e ideias que os estudantes podem explorar depois numa tarefa
independente e mais aprofundada.

Seleção do tópico
Praticamente não há tema que não possa ser abordado por meio desta estratégia.
Quando se trata de um “esquenta”, é interessante que haja questões para as quais não se tem uma
única resposta certa ou acabada (ou mesmo interpretação, no caso de um texto); como já indicado,
o ideal é um tópico polêmico, que permita múltiplas perspectivas e opiniões sem uma conclusão
específica (como um dilema, por exemplo).
Arranjo da sala

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Uma discussão em Aquário requer um círculo de cadeiras e espaço suficiente no seu
entorno para que os estudantes restantes observem o que está acontecendo ali dentro. Em turmas
muito grandes, embora seja mais difícil para o professor gerenciar, é possível montar vários grupos,
desde que haja espaço físico. Assim, os grupos ficam menores e a discussão mais eficaz. Isto
funciona muito bem quando se tem temas bastante polêmicos e se quer fazer um “esquenta” para
aulas mais conceituais. Nesses casos, o professor pode jogar questões distintas para os diferentes
grupos.
Elaborado pelo autor.

Figura 5 – Formato para discussão em Aquário.

Passo a passo
• Divida a turma em dois grupos.
• Lance a pergunta para discussão para o grupo interno.
• Durante a discussão, o grupo externo observa e anota dúvidas, questões e o que não foi
mencionado pelo grupo interno.
• Dado o tempo, os grupos são invertidos.
• Lance nova pergunta (de preferência, algo que complete a anterior).
• Dado o tempo, forme um grande grupo com todos para fazer a síntese dos pontos
discutidos, resolver pendências e/ou dúvidas.
• Encerre com um teste rápido de verificação de aprendizagem.

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Preparação para a discussão
Como muitas conversas estruturadas, as discussões em Aquário são mais eficazes quando
os estudantes tiveram previamente alguns minutos para preparar ideias e perguntas. Neste
sentido, ela pode perfeitamente bem ser combinada com o Think-pair-share.

Estabelecer normas e regras


A literatura especializada indica que há muitas maneiras de estruturar este tipo de discussão. E,
com a prática, você, professor, também pode desenvolver sua própria maneira de estruturá-la. O
importante é que você deixe sempre claras para os estudantes as regras específicas.

Variantes importantes
• Aquário por oposição: quando existem duas posições ou argumentos distintos (prós e
contras, por exemplo). Neste caso, cada grupo tem a oportunidade de discutir a questão
enquanto o outro observa. O objetivo desta variante é que um grupo obtenha uma visão
sobre a outra perspectiva ao ter a oportunidade de ouvir e formular perguntas, de maneira
que seus integrantes tenham a oportunidade de discutir os dois lados do argumento.
• Aquário com perspectivas múltiplas: este formato permite que os estudantes examinem
uma questão ou um texto sob várias perspectivas; por exemplo, jovens, velhos, homens,
mulheres, operário, camponês, empresário etc., ou pontos de vista políticos/filosóficos.
Você gerencia a tarefa atribuindo a cada grupo uma perspectiva e uma questão, evento ou
texto, que represente a perspectiva atribuída. O objetivo desta variante é que os estudantes
considerem como a perspectiva forma a criação de significado.

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Feedback
Após a discussão, você pode pedir aos estudantes que reflitam sobre como se sentiram e
o que aprenderam com a discussão. Os estudantes também podem avaliar seu próprio
desempenho como ouvintes e como participantes, fornecendo sugestões sobre como melhorar a
qualidade da discussão no futuro. Esse feedback pode ser dado por escrito ou estruturado como
uma conversa de grupo (pequenos ou plenário). Este material escrito pode servir de instrumento
para sua avaliação.

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7. Audiência pública

Para uma aula de Sociologia, esta é uma estratégia muito interessante, uma vez que
pretende simular uma audiência pública numa câmara municipal: a população é convocada a
participar, dando suas opiniões a respeito de um tema de interesse público. Além de ser
apresentados a uma importante ferramenta de construção democrática (participação direta), os
estudantes têm a oportunidade de compartilhar suas diferentes visões, perspectivas e opiniões
numa conversa coletiva. Como em outras estratégias colaborativas, falar e ouvir é extremamente
importante, e os estudantes experimentam a ampliação da compreensão do mundo e das
possibilidades de solução para problemas a partir de ideias que nem imaginavam.

Passo a passo
• Seleção de leitura: cumprindo seu papel de curadoria, você deve selecionar de quatro a seis
textos abordando diferentes perspectivas sobre o mesmo tópico;
• Formação dos grupos: divida a sala em tantos grupos quantos forem os textos (em salas
grandes, podem ser formados mais de um grupo com o mesmo texto);
• Dê tempo para que os estudantes leiam seus textos;
• Após a leitura, os estudantes devem discutir as ideias entre si. Para orientar melhor o
debate, você pode preparar um pequeno roteiro de questões sobre cada um dos textos,
tomando o cuidado para não direcionar muito a discussão. Fazendo isto, tem-se mais
garantia de que o conteúdo conceitual central será trabalhado pelos estudantes. Alguns
exemplos de perguntas: Sobre o que é essa leitura? Quais são as principais ideias e fatos
apresentados? Por que essas ideias são relevantes ou importantes? De que perspectiva este
texto está escrito? Como isso pode influenciar as ideias expressadas no texto?
• No momento seguinte, os estudantes nomeiam um relator do grupo, aquele que fará a
exposição das ideias emergentes;
• Você pode escolher três estudantes que funcionarão como relatores gerais dos tópicos
importantes que foram aparecendo na discussão seguinte;

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• Forme uma meia-lua na frente da sala com o mesmo número de carteiras quantos forem os
grupos. Em cada carteira sentar-se-á o relator do grupo. (Os demais estudantes assistirão ao
debate destes representantes e depois poderão fazer perguntas.);
• Primeiro, deve ser feita apenas a exposição das ideias de cada grupo; deixe claro para os
estudantes que nenhuma análise ou interpretação deve ser feita, apenas o relato dos fatos.
• Depois que todas as leituras foram resumidas, convide os estudantes sentados no círculo
para comentar ou fazer perguntas de esclarecimentos sobre o que ouviram. Nesse
momento, os estudantes no círculo externo podem então entrar na conversa fazendo
perguntas e/ou tecendo comentários.
• Com base nos registros dos três relatores gerais, você organiza uma síntese final após a
discussão, ressaltando os pontos mais relevantes.
• A atividade pode terminar com um teste rápido de verificação de conhecimento.

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8. Café mundial (world café)

Café mundial (CM) é uma metodologia bastante conhecida, pensada para se trabalhar em
grandes grupos. Adaptada para o ambiente da sala de aula, funciona muito bem numa classe com
mais de 40 estudantes. Seu formato é bem flexível, adaptando-se a várias circunstâncias. Seu
objetivo é um só: um diálogo colaborativo indicando possibilidades construtivas de ação.

Princípios fundamentais
• Definir parâmetros: para o ambiente de uma aula, você, professor, deve definir bem os
objetivos estratégicos que pretende alcançar para que sejam estabelecidos de forma bem
clara os elementos a levar em consideração: composição das equipes de trabalho, tópicos a
ser abordados, resultado a ser alcançado.
• Ambientação: uma boa estratégia de CM requer um ambiente construído de forma
descontraída, agradável e acolhedora (daí a ideia de um “Café”), para se conseguir um
diálogo efetivamente criativo. Você recebe os estudantes da forma mais descontraída
possível, explanando o tópico, a estratégia, seus objetivos e os procedimentos que serão
seguidos.
• Perguntas relevantes: no preparo da estratégia, você precisa elaborar questões relevantes e
desafiadoras para que o grupo se sinta estimulado a encontrar soluções criativas.
Dependendo da complexidade do tema abordado, a estratégia pode partir de uma única
pergunta geral ou de várias perguntas subsidiárias, que vão sendo aprofundadas até se
construir uma ideia mais ampla e geral (seguindo o bom método indutivo).
• Coletividade: no desenvolvimento da estratégia, você precisa circular entre as equipes,
incentivando a participação coletiva, passando a mensagem de que a contribuição de todos
é importante e faz diferença na construção da solução.
• Conexão de perspectivas: ao construir os grupos e pensar as questões, é importante que seja
pensada também a construção de uma conectividade entre elas. Além disso, cada sujeito
participante tem uma maneira distinta de encarar a realidade e pensar sobre ela. Essas

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perspectivas distintas dos indivíduos do grupo deve ser bem estimulada por você. Quando
chegar o momento da partilha, essas distintas visões poderão oferecer possibilidades de
abertura para um mundo muito maior de ideias.
• Ouvir: um dos princípios básicos de qualquer estratégia colaborativa é desenvolver a
capacidade de ouvir o outro. Isto é fundamental, e, muitas vezes, determina o sucesso no
CM. Quando escutamos o outro, experimentamos nossa conexão com o todo. Você deve
desempenhar este papel de incentivar as pessoas a ouvir.
• Compartilhamento: todos ouviram, todos falaram. A ideia de compartilhamento assegura
que as conversas dentro das rodas do CM refletem um padrão do todo que se conecta com
as conversas dos outros grupos. Os especialistas chamam a última fase do CM de “colheita”
porque revela as conquistas das pequenas equipes para todo o grupo. Neste momento, é
importante que você defina um padrão de registro do compartilhamento de ideias (pode ser
por escrito ou usando a plataforma Googledocs compartilhada, por exemplo).

Dica: você pode solicitar que todas as etapas do trabalho sejam documentadas por meio de
pequenos registros e utilizar este material no processo de avaliação. Como forma de registro,
podem ser combinadas algumas estratégias, como o uso de notas autoadesivas ou o placemat.

Passo a passo
• Forme grupos de quatro-cinco pessoas em pequenas mesas (estilo café) ou carteiras
dispostas em círculos;
• Configure três rodadas de conversa sobre tópicos predeterminados da matéria a ser
trabalhada;
• Para cada rodada, as perguntas podem ser as mesmas ou diferentes, que ajudem a
completar/aprofundar a questão central. Para isto, elabore previamente as perguntas-chave
(centrais e subsidiárias);
• Incentive os estudantes a escrever suas ideias a respeito do texto indicado/filme (pode ser
em grandes cartões ou em notas autoadesivas);

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• É possível (mas não exigido) escolher um estudante para ficar na mesa original enquanto os
demais circulam pelas outras. Os que circulam vão levar as ideias deste grupo para os
demais, e aquele que fica recebe o novo grupo de participantes e reinicia a discussão a
partir dos pontos criados nos grupos;
• Na terceira e última rodada de conversa, os estudantes voltam para suas mesas com o que
recolheram de contribuição das mesas pelas quais passaram;
• A partir daí, tem início o compartilhamento. Pense numa forma criativa para isto.

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9. Brainstorming

Brainstorming é uma ferramenta muito conhecida no universo acadêmico e empresarial. É


uma maneira muito útil de fomentar ideias a partir de uma explosão livre de pensamentos que são
verbalizados de modo bem livre, visando construir, coletivamente, uma ideia comum. Esta
estratégia permite que os estudantes pensem criticamente sobre ideias e soluções, formem
conexões e as compartilhem entre si.
Quando realizado de forma estruturada e com o objetivo de aproveitar de maneira mais
sistemática as ideias levantadas (particularmente quando se inicia um novo tópico e se quer saber o
que os estudantes sabem sobre aquele assunto), tem-se revelado um estimulador da criatividade.
Além disso, uma boa estratégia de brainstorming não requer respostas corretas, o que fortalece a
autoestima dos estudantes, que trabalham sem medo do fracasso.
Algumas formas de brainstorming incluem ferramentas de escrita/desenho físico (papel,
notas adesivas, folhas de flipchart, cartões de anotações, cartaz, ou simplesmente uma lousa para
anotações). Existem também algumas ferramentas digitais, como softwares de mapeamento de
ideias ou mesmo ferramentas colaborativas, como hangouts do Google, documentos
compartilhados no Googledocs, WebEx etc.
Em geral, a estratégia é realizada em aulas presenciais, mas tem sido muito comum seu
uso em sessões on-line; no espaço da aula, os estudantes usam seus dispositivos eletrônicos para
compartilhar suas ideias. Nesse sentido, ferramentas de compartilhamento e colaboração, como o
Google Hangouts ou WebEx, são muito úteis. O professor pode também usar plataformas como o
Twitter, Pinterest ou mesmo Facebook para estimular os estudantes a colecionar ideias
provenientes do brainstorming da classe. Da mesma forma, ferramentas como o Google Drive (que
pode ser instantânea) podem permitir que o professor exiba as ideias compartilhadas e
sintetizadas.
Esta é uma ótima maneira de começar um tópico, porque permite que os estudantes se
expressem e se envolvam no conteúdo de uma forma diferente. Além do mais, é uma maneira
divertida de você levantar o repertório do que os estudantes já sabem e onde eventualmente

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existem lacunas na compreensão do conteúdo a ser coberto. Outro aspecto importante é criar um
alinhamento de conhecimento num grupo de estudantes que seja muito heterogêneo do ponto de
vista do repertório.

Passo a passo
• Crie uma pergunta central ou um tópico aberto.
• A partir daí, crie subperguntas ou subtópicos para focar as ideias em direção aos objetivos
pretendidos estabelecidos no plano de aula.
• Crie um ambiente físico favorável na sala de aula, definindo como os estudantes deverão
fazer os registros de suas ideias.
• É importante definir as regras de conduta/funcionamento antes de iniciar a sessão.
• Defina um limite de tempo.
• Estimule e gerencie as discussões para que se mantenham num tônus moderado,
garantindo assim o sucesso da atividade.
• Procure interferir o mínimo possível, não tecendo comentários ou juízos durante o período
em que os estudantes desenvolvem a estratégia.
• Peça aos estudantes que compartilhem seu resultado com toda a classe.
• Corrija eventuais erros e elabore uma síntese das principais ideias que surgiram ao final da
sessão.

Procedimento do brainstorming usando notas autoadesivas


• Forme grupos (no máximo cinco estudantes)
• Entregue notas autoadesivas aos grupos. Se tiver cores diferentes identificando os grupos é
ótimo; se não, use canetas/pincéis de cores diferentes, isto vai ajudar a identificar quem
contribuiu com qual ideia na formação do todo.

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• Lance uma pergunta sobre o tópico a ser
abordado para que o grupo possa
levantar ideias livres. Prepare bem esta

Redpixel.pl/Shutterstock
pergunta, para lhe permitir atingir o
mais próximo possível seu objetivo.
Estimule os estudantes a ter ideias as
mais malucas possíveis.
• Peça aos estudantes que anotem suas Figura 6 – Brainstorming com notas.

ideias. No esquema das notas autoadesivas

autoadesivas, uma ideia por nota.


• Você pode criar (ou sugerir aos estudantes que criem) categorias para os comentários. Essas
categorias serão organizadas numa lousa por colunas e as notas autoadesivas contendo as
ideias correspondentes a cada categoria serão colocadas em cada coluna. Tenha em mente
que estas categorias precisam estar conectadas para facilitar a síntese final.
• Montado o todo, peça aos estudantes que avaliem a pertinência, precisão e importância de
cada ideia colocada na sua relação com a categoria alocada e com o todo. Alterações podem
ser feitas (rearranjo, retirada de ideias não muito atinentes, redefinição etc.).
• Estimule os estudantes a fazer uma crítica do material exposto, levando-os a construir uma
análise do todo.

Variantes
Grade binária
Uma variante interessante de brainstorming é quando o professor indica um tema/tópico
polêmico ou um dilema e pede aos estudantes que levantem todos os prós e os contras (por
exemplo, vantagens/desvantagens), organizando uma grade com notas autoadesivas (como no
procedimento anterior), propondo depois uma discussão com a sala para elaborar uma síntese.

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Verificação de aprendizagem
Para esta etapa, quando você termina uma aula (ou um tópico do programa), os
estudantes são estimulados a levantar termos ou conceitos chave trabalhados. Nesta execução,
você deve intervir o mínimo possível, uma vez que o intuito é verificar lacunas no aprendizado.

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10. Mapa conceitual

Mapas conceituais mostram relações hierárquicas entre conceitos e ideias. Com


frequência são usados para melhorar a aprendizagem, resolver problemas ou compartilhar
informações. Um mapa conceitual bem elaborado pode ajudar a organizar o pensamento,
localizando ideias centrais importantes para um projeto criativo, por exemplo.
O conceito de mapa conceitual foi desenvolvido pelo psicólogo Joseph Novak a partir das
teorias da aprendizagem significativa do também psicólogo estadunidense David Asubel. Uma
definição bem ampla e genérica dá conta de que um mapa conceitual é uma representação gráfica
e relacional de conceitos; um diagrama que mostra as relações entre conceitos. Graficamente, os
conceitos aparecem em caixas, e as relações podem aparecer com setas/traços ou palavras ou
frases de ligação, estabelecendo as conexões entre eles. É justamente este aspecto visual que ajuda
na retenção da informação trabalhada pelos
estudantes.
Estudos mostram que esta
ferramenta contribui muito para o
desenvolvimento do pensamento lógico,
Kubko/Shutterstock

habilidades de estudo, aprimoramento do


foco e da concentração, percepção
(construção) de conexões, além de revelar aos
estudantes que ideias aparentemente
Figura 7 – Variantes de mapas conceituais. isoladas na verdade estão inseridas num contexto muito
maior de entrelaçamento e conexões. Neste sentido,
ajuda na construção de um pensamento crítico. Por condensar um conjunto de informações e suas
relações numa única página, um mapa conceitual bem elaborado pode ser um belo instrumento
para uma revisão de conteúdo, por exemplo.

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Preparação
Antes da aula, é necessário o estudante ler com atenção o material indicado pelo
professor.

Elaboração
• Brainstorming: Mapas conceituais normalmente são feitos colocando-se uma palavra em
uma caixa, usando setas, linhas ou frases de ligação para conectá-la a outras palavras,
mostrando a relação entre os temas. Seu ponto inicial é o conceito chave. É por ele que se
deve começar. Para isto, é necessário que o grupo faça um brainstorming de todos os
conceitos relacionados ao tópico e que estejam no material indicado por você, professor.
• Conceitos: Depois de listados, o grupo deve discutir e eleger qual é o conceito central do
qual partirá o mapa conceitual.
• Tipos: a organização do mapa conceitual pode seguir três modelos básicos
 Hierárquico: é um modelo visual em que o conceito central fica no topo da página e
os demais vão se conectando a ele numa ordem hierárquica (que pode ser definida
como superior/inferior; contém/contido; englobante/englobado; mais/menos
específico etc.). Assim, parte-se do conceito-chave no topo da página para poder
conectar todos os outros. Ao
conectar as palavras, é
importante colocar uma
My Life Graphic/Shutterstock

palavra na seta para indicar


que tipo de relação elas
estabelecem.

 Aranha: este é um mapa conceitual em


Figura 8 – Mapa conceitual tipo “aranha”.
que o conceito chave é colocado no
centro e os demais são relacionados a ele como subtópicos, dando uma forma
aproximada de uma aranha (como mostra o desenho ao lado).

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 Fluxograma: de um conceito ou
de um problema. O mapa na
forma de fluxograma permite

Ragma Images/Shutterstock
que você examine um processo
e veja as múltiplas opções de
percurso. O esquema gráfico

pode ser linear e simplesmente


Figura 9 – Mapa na forma de um fluxograma.
fluir de um conceito para outro,
mas também ter múltiplos elementos para examinar uma variedade de resultados.

Neste percurso, você pode identificar possíveis problemas e suas respectivas soluções, derivados
do problema maior, partindo de um ponto mais geral até atingir um mais específico.

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11. Júri simulado

Esta não deixa de ser uma estratégia que guarda muita semelhança com o role playing,
uma vez que há encenação e simulação de uma situação. Ao contrário do que pode soar à primeira
vista, esta não é uma simulação literal de um tribunal de júri, como se fosse aplicada ao contexto
de cursos de Direito. É é uma estratégia didática relativamente antiga, que simula um tribunal de
júri, mas tendo como “réu” um tópico polêmico (quanto mais antagônico melhor; por exemplo,
debater a política de cotas raciais nas universidades brasileiras).
Para sua execução, você divide a sala em três grupos:
• Promotores: são os estudantes que apontarão os elementos negativos do tópico, com o
máximo de profundidade analítico-conceitual possível.
• Defesa: é o grupo de estudantes que apontará os elementos positivos do tópico, com igual
fundamentação e profundidade.
• Júri popular: são os estudantes que julgarão a fundamentação dos argumentos tanto da
defesa quanto da acusação.

Deve-se escolher um estudante


para ser o juiz que coordenará todo o
processo (tempo de fala, foco nos
Inspiring/Shutterstock

argumentos etc.). Você pode desempenhar


este papel, mas o mais adequado é que
seja um estudante.
Figura 11 – Estratégia tipo júri simulado.
É indicado que defesa e acusação

Figura 9 – Estratégia tipo júri simulado. tenham o mesmo número de participantes. Quanto ao
júri popular, é importante que tenha um número
ímpar e seja escolhido aleatoriamente (sorteio). Os dois grupos (defesa e acusação) lançam suas
teses iniciais defendendo seus respectivos pontos de vista.

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Para enriquecer a atividade, você pode também designar pessoas extraclasse para ser
testemunhas do tópico. Para isto, é interessante que essas pessoas tragam histórias que reforcem
(testemunha de defesa) ou condenem (testemunha de acusação) o ponto abordado. Formar com
antecedência todos esses grupos e solicitar que pesquisem bem fora da aula é uma boa maneira de
trazer mais densidade e profundidade às discussões.
Como na grande maioria de estratégias colaborativas ativas, seu papel é o de
gerenciamento da execução, coordenando o tempo de fala de cada grupo e — aspecto altamente
relevante — se o julgamento do júri se fundamenta sobre os argumentos apresentados pela defesa
e acusação ou se é um julgamento prévio, baseado em suas convicções pessoais sobre o tema. À
medida que surjam réplicas e tréplicas, você deve coordenar, podendo lançar algumas perguntas
de esclarecimentos (lembrando que o objetivo não é condenar ou absolver, mas aprofundar os
tópicos e conceitos importantes da discussão). Nesse momento, seu cuidado deve ser redobrado
para não apresentar respostas prontas, ou, mais sério ainda, não indicar se apoia uma ou outra
posição.

Preparação
O sucesso desta estratégia requer uma boa preparação prévia, cuja avaliação pode e deve ser
levada em conta por você. É muito importante que os estudantes cheguem preparados para a
dinâmica com a prévia leitura do texto teórico sobre o tópico. Além disso, devem ser estimulados a
buscar casos originais e concretos, além de depoimentos de testemunhas (coletados, por exemplo,
na grande mídia e/ou em outros textos pesquisados) e argumentos que permitam defender ou
acusar o “réu”. Outra dica importante é que este material deve ser partilhado com os membros do
júri, para que tenham condições de avaliar com mais objetividade as abordagens realizadas pelos
grupos durante a sessão.

Finalização

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A dinâmica finaliza com as considerações finais dos dois grupos (defesa e acusação), passando-se,
então, para o julgamento final. O júri se reúne para compartilhar suas anotações (feitas ao longo da
sessão) e decretar, então, o veredito.
Obs.: uma variante do júri simulado pode ser feita invertendo-se os papeis: você pode,
antes do veredito, solicitar que os grupos “troquem de tese”, ou seja, passem a defender o que
anteriormente atacavam (aqueles que defendiam a tese da luz como onda passam a defendê-la
como partícula, e vice-versa).

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12. Estudo de caso

Como estratégia de Metodologia Ativa de Aprendizagem, o estudo de caso é uma


abordagem centrada no estudante, cujo objetivo último é proporcionar certa autonomia, o que a
aproxima muito do Problem Based Learning (PBL) (ou Aprendizagem Baseada em Problema – ABP).
Existe a possibilidade de ser feita individualmente ou em grupo. Uma vez que os casos são
situações concretas da vida real, o estudo de caso tende a engajar muito o estudante na busca de
conhecimento para compreender o caso descrito.

Elementos de um estudo de caso


Em linhas gerais, um estudo de caso simples consiste em um cenário (o contexto), uma
proposição de questões (o foco do caso), a tarefa (o problema aberto) e os recursos necessários
para a tarefa. Podem ser usados materiais adicionais de apoio, como documentos, artigos de jornal
ou até mesmo a partir de um filme.

Contexto
Como já dito, o estudo de caso é baseado em um cenário real (ou realista — quando se
trata de um caso fictício, já que alguns fatos podem ter sido alterados para preservar o anonimato
ou simplificar o caso, dependendo do objetivo que se quer atingir).
Foco do caso
O foco identifica os principais problemas da situação a ser explorada dentro da tarefa. Ao
preparar o caso, você deve ter muito clara em mente a vinculação do caso escolhido, o
conhecimento que ele deve mobilizar, e tudo articulado com os objetivos educacionais definidos
em seu planejamento.

Informações extras

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Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora.
Um recurso muito utilizado é mobilizar alguns documentos (escritos ou visuais: vídeos,
fotos etc.) que possam fornecer informações adicionais sobre o caso. Este recurso aumenta a
“realidade” do caso, refletindo uma situação vivida na prática numa empresa, por exemplo, onde o
profissional pode ser confrontado com informações em vários formatos diferentes, como planilhas,
documentos, tabelas, e-mails e vídeos.

Recursos
É muito importante que você forneça as condições materiais necessárias para que os
estudantes explorem bem o caso (softwares, acesso à internet, planilhas etc.). Todos os recursos
devem ser bem partilhado entre os estudantes para que todos tenham o máximo de informações e
condições possível.

Problema claro
Os estudantes precisam de instruções claras (questões) sobre o que precisam fazer com o
material que receberam sobre o caso. Podem ser questões diretas ou a solução de um desafio (o
que aproximaria o caso do PBL).

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13. Aprendizagem baseada em problema

Embora tenha surgido, segundo Barrows e Tamblyn (1980), no seio dos cursos de
Medicina da Universidade de McMaster, no Canadá (sua criação é atribuída ao professor John
Evans), esta é uma das mais tradicionais e empregadas estratégias de aprendizagem ativa presentes
em cursos de Engenharia, Administração de Empresas e negócios em geral.
De forma bem sintética, constitui-se na proposição de uma situação-problema da vida
real, com certo grau de desestruturação e complexidade. A partir daí, grupos de estudantes são
desafiados a mobilizar toda sorte de conhecimentos (não apenas os envolvidos na disciplina em
questão), incluindo pesquisa, para solucioná-lo. Sendo bem desenvolvida, esta estratégia requer
uma postura gerenciadora do professor, uma vez que a liderança na busca de solução é dos
estudantes que assumem a responsabilidade, sempre em colaboração, pela aprendizagem no
processo.

Etapas
Colocação do problema
Você introduz uma situação-problema ou cenário problemático para a classe. Para isto, é
preciso investir muito na criação de um problema que realmente seja compatível com os objetivos
pedagógicos por você definidos e que os estudantes tenham que alcançar, e que, ao mesmo tempo,
represente um desafio ao conhecimento tradicional.

Levantamento de repertório
Os estudantes são convidados a levantar todas as informações que o grupo tem sobre o problema.
“O que cada um sabe sobre o assunto?”

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Definição do problema
A partir deste repertório (experiência e informações), os estudantes debatem e chegam a
uma conclusão mais específica sobre o problema
Busca de informações adicionais
Os estudantes decidem coletivamente de quais informações adicionais precisam para
entender completamente o problema e começar a elaborar uma solução. Nesta fase, resgatar
informações curriculares (transdisciplinares) e de pesquisa adicional é importantíssimo.

Levantamento de hipóteses
A partir das informações anteriores, o grupo precisa debater possíveis soluções, verificando
pontos fortes e fracos de cada uma delas, até chegar a um consenso sobre a solução final a ser
apresentada. Deve ser feito um resumo desta discussão.
Pontos obscuros
A partir dessa discussão, alguns pontos não muito claros para os estudantes precisam ser
estudados para a busca da solução; aqui, os estudantes constatam que com o que sabem não
conseguirão chegar à solução, sendo levados a ir atrás de mais informação.

Solução
A partir das hipóteses levantadas e das novas informações, os estudantes começam a
formular a solução do desafio proposto. Ao final, eles são estimulados a apresentar, não somente a
solução encontrada, mas suas descobertas feitas ao longo do percurso.

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14. Uso de filmes

Em geral, trabalhar com temáticas de

Fer Gregory/Shutterstock
Sociologia requer uma dimensão conceitual que, por
sua vez, demanda certo nível de concretização. Há
muito tempo, a utilização de filmes (longas ou curtas;
ficção ou documentário) tem sido um recurso didático-
pedagógico muito utilizado a fim de trazer um pouco da
Figura 11 – Uso de filmes em aula.
realidade concreta para pensar os conceitos trabalhados
por disciplinas de ciências humana. Há, por isso, muitos estudos demonstrando as habilidades e as
competências que esta atividade desenvolve nos estudantes, tais como: permite alcançar certa
profundidade na análise, desenvolvimento do raciocínio na construção do conhecimento,
aprimoramento da capacidade de interpretação crítica, retenção de informações, entre outras.
Entretanto, é muito bom ter em mente que a projeção do filme em si não é propriamente
uma estratégia de aprendizagem ativa. Muitas vezes, pode acontecer o contrário; dependendo da
maneira como for trabalhada, pode ser apenas outra linguagem que mantém os estudantes na
passividade. Para, de fato, ser uma estratégia de aprendizagem ativa, é importante que você pense
a análise de filmes conjugada com alguma outra estratégia que acione, da melhor maneira possível,
os objetivos que quer alcançar.
Para isto, algumas etapas importantes devem ser seguidas, conforme segue.

Preparação

Seleção do filme

Escolher um bom filme que ilustre da melhor maneira o tópico abordado. Para isto, é
importante que você pense não apenas nas referências de qualidade do filme (direção, arte,
premiação etc.), mas a adequação da linguagem com a turma com a qual irá trabalhar. Muitas
vezes, um filme “B” pode ter uma linguagem mais acessível e sedutora aos estudantes do que um
filme “A”ou cult. No livro Sociologia das organizações: conceitos, relatos e casos, em todos os
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capítulos há sugestões de filmes para que você possa recomendar aos estudantes e/ou trabalhar
em sala de aula.

• Seleção dos temas/conceitos: como obra de arte, um filme está sujeito a múltiplas leituras e
interpretações. Cada olhar lançado a partir de um lugar diferente pode levantar distintas
questões e os mais diversos conceitos. Cabe a você, no papel de curador do conhecimento e
gerenciador do processo, elencar quais os principais conceitos que deseja que os estudantes
compreendam quando decide trabalhar um filme. Claro que, no transcurso da atividade, os
estudantes vão trazer seus próprios olhares e identificar tópicos para além daqueles por
você desejados. Isto deve ser estimulado, mas sempre com o cuidado de verificar se os
tópicos centrais estão sendo analisados. Uma dica interessante é entregar esta relação em
uma tabela com termos importantes revisados e os conceitos sociológicos relevantes para
prepará-los a fim de que prestem atenção ao filme.

• Estratégia: é preciso que você pense bem que estratégia ativa combina melhor com os
objetivos que tem ao trabalhar determinado filme. Algumas delas funcionam muito bem:
Quatro Cantos, Júri Simulado, Aquário, Jogo Americano, Role play.

• Roteiro de questões: escolhida a estratégia, é importante que você tenha um roteiro


resumido de questões sobre o filme que resgatem os conceitos que pretende trabalhar de
um jeito adequado à estratégia escolhida.

• Gerenciamento do tempo: um ponto extremamente importante no desenvolvimento de


qualquer estratégia de aprendizagem ativa (e a análise de filme mais ainda) é o
gerenciamento do tempo, para que se consiga atingir os objetivos no tempo disponível para
a aula. Para isso, ajuda muito que você tenha um bom roteiro dos passos da aula e procure
segui-lo (tomando o devido cuidado para que este roteiro não seja uma “prisão” que impeça
a eclosão de novas e desejadas possibilidades);

• Leitura prévia: para melhor aproveitamento do conteúdo do filme, você deve selecionar um
texto para que os alunos se preparem teoricamente para a atividade.

• Finalização: você faz o fechamento a partir do que indica a estratégia escolhida.


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• Recuperação de conhecimento: para ajudar a reter o conteúdo aprendido, você pode
elaborar pequenos testes de verificação de aprendizagem (quizzes).

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15. Times de debate

Esta é uma atividade muito boa para ser aplicada no final de determinado tópico,
trabalhar um texto, cuja leitura foi solicitada, ou, ainda, um filme. Os times formados (em geral
pequenos, quatro a cinco estudantes) vão resgatar e esclarecer pontos e/ou aprofundar conceitos
trabalhados pelo material (aula, texto ou vídeo).

Dica: Dada a configuração de debate que é característica desta estratégia, temas polêmicos são
sempre mais indicados.

Procedimento
1. Divida os estudantes em quatro times (se a classe for grande, você pode repetir os
times), dando-lhes os seguintes atributos:
• Perguntadores: são responsáveis por, a partir de um debate interno, elaborar algumas
perguntas (poucas) sobre o material trabalhado na aula;
• Assertivos: são responsáveis por levantar pontos e/ou aspectos positivos, relevantes ou
úteis do material trabalhado;
• Críticos: são os responsáveis por levantar os pontos contrários, críticos ou simplesmente
desnecessários do material trabalhado.
• Exemplificadores: são os responsáveis por levantar exemplos e, principalmente,
aplicações (do material indicado e fora dele) para ilustrar as argumentações.

2. Depois de atribuir os papéis, dê tempo para os estudantes trabalharem o material


indicado de acordo com cada um deles.
3. Chame-os à exposição do material de acordo com cada uma das perspectivas indicadas
acima.
A leitura do material será extremamente rica.

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Você pode criar outros papéis se desejar (por exemplo, o de sintetizador das ideais
centrais).

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