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Consultoria de Orçamentos,

Fiscalização e Controle – SF

monitor fiscal Consultoria de Orçamento e


Fiscalização Financeira – CD

Agosto/2018 (Dados de junho/2018)

Desempenho Fiscal
União registra deficit primário de R$ 29,0 bilhões no primeiro semestre de 2018. No âmbito do
governo central, projeções de mercado apontam para deficit de R$ 149,6 bilhões no ano, inferior à
meta de deficit anual, fixada em R$ 159,0 bilhões. Resultados fiscais deficitários persistentes, contudo,
mantêm o estado de alerta quanto ao objetivo de estabilização da dívida pública.

A. RESULTADO PRIMÁRIO
R$ bilhões

Realizado Meta LDO Diferença


Esfera
Em JUNHO Até JUNHO (a) Original Alterada (b) (b)-(a)

Setor Público Consolidado -13,5 -14,4 -131,3 -161,3 -146,9

União -14,2 -29,0 -132,5 -162,5 -133,5

Governo Central -15,0 -28,7 -129,0 -159,0 -130,3

Empresas Estatais Federais 0,8 -0,3 -3,5 -3,5 -3,2

Estados e Municípios 0,7 14,6 1,2 1,2 -13,4


Fonte: Banco Central para valores realizados e Lei 13.473/2017 (LDO 2018), atualizada pela Lei 13.480/2017.

O resultado primário da União em junho de 2018 foi de- Em que pese o indicativo de cumprimento da meta anu-
ficitário em R$ 14,2 bilhões. Ao fim do primeiro semestre, al, deficits primários elevados e persistentes impõem risco
o resultado acumulado é deficitário em R$ 29,0 bilhões. de descontrole do endividamento. Para que a dívida fede-
Entre os componentes do resultado, destaca-se a partici- ral bruta fosse estabilizada, por exemplo, no patamar de
pação do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que 69,9% do PIB (apurado ao final de 2017), o superavit pri-
registra deficit de R$ 90,8 bilhões no período. Descontado mário do governo central em 2018 não poderia ser infe-
o RGPS, o resultado primário do governo central teria sido rior a 1,13% do PIB, consoante Estudo Técnico 9/2018. A
superavitário em R$ 62,1 bilhões no semestre. meta de resultado primário do governo central para 2018,
entretanto, equivale a deficit de 2,2% do PIB.
Para o ano, a mediana das projeções de mercado, infor-
mada pelo Prisma Fiscal da Secretaria de Política Econô- Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/estu-
mica do Ministério da Fazenda, de julho de 2018, aponta dos/2018/2018_ET_SupRequerido_20180626.pdf>.
para deficit de R$ 149,6 bilhões no âmbito do governo
central, contra meta de deficit anual de R$ 159,0 bilhões,
fixada na LDO para 2018.

AVISO:
A partir do mês de junho de 2018, a publicação
do Monitor Fiscal ocorre bimestralmente,
sempre nos meses pares.

As informações e análises técnicas deste documento são de autoria das Consultorias de Orçamentos da CD e do SF e não representam a opinião do Congresso Nacional, de suas Casas, Comissões ou parlamentares.
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B. DESEMPENHO PRIMÁRIO DO GOVERNO CENTRAL (2017-2018)
Resultado primário acumulado do ano (2017 - 2018)

40
20
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
0
-20
-28,7
R$ bilhões

-40
-60 -54,8

-80
-100
-120
-140
Meta LDO 2017 (- R$159,0 bi) Meta LDO 2018 (- R$159,0 bi)
-160
-180

Fonte: Banco Central.


Resultado 2017 Resultado 2018

Em junho de 2018, o governo central apresentou de- ano, o resultado acumulado é deficitário em R$ 28,7 bi-
ficit primário de R$ 15,0 bilhões, contra deficit de lhões, ante deficit de R$ 54,8 bilhões apurado no mesmo
R$ 19,9 bilhões verificado no mesmo mês de 2017. No período do ano anterior.

C. RESULTADOS FISCAIS DO GOVERNO CENTRAL (2016-2018)


Resultados fiscais do governo central — Até Junho (R$ bilhões e % do PIB)
Resultado primário Juros nominais Resultado nominal
2

0 -0,9%
-1,1% -1,7%
-34 -28,7
-2 -54,8 -4,1% -5,1%
-5,4% -5,2%
-6,0%
% -4 -7,1%
-124,9
-6 -173,2 -170,7 -158,9
-199,4
-8 -228,0

-10
2016 2017 2018
Fonte: Banco Central.

O resultado nominal do governo central no primeiro se- Nada obstante, a persistência de deficits primários, tal
mestre de 2018 foi deficitário em R$ 199,4 bilhões (6,0% como programado para 2018, associada a despesas líqui-
do PIB). No mesmo período de 2017, o deficit acumulado das com juros, concorrem para a formação de uma traje-
foi de R$ 228,0 bilhões (7,1% do PIB). tória de crescimento da dívida, conforme apresentado no
item F deste relatório.
Contribuíram para esse resultado as sucessivas reduções
de meta da taxa básica de juros (Selic), que de janeiro de
2017 a março de 2018 passou de 13,75% a.a. para 6,5%
a.a., assim mantida até o presente.

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D. RECEITAS E DESPESAS PRIMÁRIAS DO GOVERNO CENTRAL
Receitas e despesas primárias — Até Junho (R$ bilhões)
Valores de Jun/18 - IPCA Valores correntes
646,2 636,5
628,9 632,1
609,1 604,2
599,6
589,5
573,2 576,5

540,0 547,7

-2,8% +6,3% +0,5% +2,2% +1,4% +9,5% +4,8% +5,4%

2016 2017 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018
Receita primária líquida Despesa primária Receita primária líquida Despesa primária

Fonte: Tesouro Nacional.

A receita primária líquida (receita primária total menos O principal componente da receita primária, constituído
transferências obrigatórias aos demais entes) apresentou pelas receitas administradas pela Receita Federal do Brasil
aumento real de 6,3% no primeiro semestre de 2018, re- (RFB), alcançou R$ 464,3 bilhões no semestre, apresen-
lativamente ao mesmo período de 2017. A despesa pri- tando aumento real de 7,8%, comparativamente a 2017.
mária, por seu turno, teve crescimento real de 2,2%. Pelo lado da despesa, destaca-se o crescimento real de
R$ 9,0 bilhões em despesas discricionárias e de R$ 7,3
bilhões em benefícios previdenciários.

E. CONTINGENCIAMENTO
Contingenciamento por Órgão (% da dotação atual) Contingenciamento por Órgão
Total Contingenciado: R$ 12,7 bilhões
Presidência da República 41,1%
Min. Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão 40,2% Demais Min. Integr. Nac. R$ 0,6 bi
Min. Esporte 14,2% R$ 1,9 bi
Pres. da República R$ 1,4 bi
Min. dos Transportes,
Portos e Aviação Civil 12,2%
Min. Defesa 11,5% Min. Transportes,
Portos e Aviação Civil
Min. da Integração Nacional 10,4%
Min. Saúde R$ 1,5 bi
Min. de Minas e Energia 8,7% R$ 2,1 bi
Min. da Saúde 7,4%
Min. da Educação 7,0% Min.Defesa
Min. do Turismo 6,5% R$ 1,6 bi
Min. da Justiça e
Segurança Pública 6,4%
Min. Planejamento,
Min. da Ciência, Tecnologia, 6,1 Desenvolvimento e Gestão
Inovações e Comunicações R$ 1,9 bi Min. Educação R$ 1,8 bi
Min. da Fazenda 5,4%
Demais 3,5%

Fonte: Siga Brasil e Decreto nº 9.452/18. As dotações autorizadas das UOs constantes dos Órgãos 71000, 73000 e 74000 foram incluídas nas dotações atuais dos demais órgãos
responsáveis por sua supervisão em razão dos decretos de limitação de empenho não discriminarem mais esses três órgãos.

O orçamento de 2018 apresenta um contingenciamento (li- o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão


mitação de empenhos) de R$ 12,7 bilhões em relação à do- foram os mais afetados.
tação autorizada (LOA + créditos), distribuídos entre órgãos
do Poder Executivo conforme gráficos acima, elaborados Cabe esclarecer, contudo, que o montante setorial objeto de
com amparo no Decreto 9.452, de 2018. Esse total equivale limitação de empenho encontra-se disponível para utilização
a 9,6% da dotação autorizada sujeita a limites de empenho pelos Ministros de Estado do Planejamento, Desenvolvimen-
no Executivo, que perfaz o total de R$ 132,5 bilhões. to e Gestão e da Fazenda, razão pela qual não há contingen-
ciamento formal quando se considera o orçamento como um
Em termos absolutos, o maior nível de contingenciamento todo. Por esse motivo, não foi promovido contingenciamento
recaiu sobre o Ministério da Saúde (R$ 2,1 bilhões), ao pas- das emendas individuais e de bancada estadual impositivas,
so que, em termos relativos, a Presidência da República e de tal sorte que as referidas emendas podem ser executadas
no mesmo montante autorizado na lei orçamentária.

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F. ENDIVIDAMENTO DO SETOR PÚBLICO (% PIB)
A dívida bruta do governo geral (DBGG) aumentou 3,2 em 76,0% do PIB ao final de 2018 e 78,1% do PIB ao
p.p. em 2018 e alcançou 77,2% do PIB (R$ 5,2 trilhões) término de 2019.
em junho. Os grandes componentes da DBGG são a dí-
vida mobiliária do Tesouro Nacional, que correspondeu a No que tange exclusivamente ao governo federal (que ex-
53,8% do PIB (R$ 3,6 trilhões), e as operações compro- clui Banco Central e empresas estatais), o endividamento
missadas do Banco Central, que representaram 17,1% do bruto aumentou 2,8 p.p. no ano e alcançou 72,6% do PIB
PIB (R$ 1,1 trilhão). Segundo a mediana das expectativas (R$ 4,9 trilhões) em junho.
contidas no Prisma Fiscal de julho, a DBGG deve se situar

Setor público consolidado - 2009 a jun/2018 Governo Federal - 2009 a jun/2018


85 77,2 85
74,0 Jun/18 78,1 72,6
75 69,9 75 69,9 Jun/18
65,5 76,0 65,9
65 59,2 60,7 61,3
65 58,3
53,8 51,7 54,9 58,0 53,1
51,8 51,3 51,6 52,0
%PIB

%PIB
55 50,7 50,0 49,3
55 41,0
46,2
40,9 51,4 41,4 Jun/18
45 38,0 Jun/18 45
34,5 35,6 35,9
32,3 30,6 32,6
35 35 29,2 26,9
24,3 25,0
25 22,1 20,5 22,0
25
15 15
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Dívida bruta do governo geral1 (DBGG) Dívida líquida do setor público2 (DLSP) Dívida bruta3 Dívida líquida
Projeção do Prisma Fiscal (DBGG) Projeção Focus (DLSP)

Fonte: Banco Central, Prisma Fiscal de julho/2018 e Relatório de Mercado Focus de 27/07/2018. 1. A dívida bruta do governo geral abrange governos federal, estaduais e
municipais e exclui Banco Central e empresas estatais. 2. A dívida líquida do setor público abrange governo geral, Banco Central e empresas estatais. 3. A dívida bruta do
governo federal abrange: dívida mobiliária em mercado, operações compromissadas do Bacen, dívida bancária do governo federal, dívida assumida pela União em razão da
Lei 8.727/93 e dívida externa do governo federal.

ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS Equipe Técnica


Consultoria de Orçamento e Fiscalização Consultoria de Orçamentos, Fiscalização Antonio Carlos D’Avila, Aritan Maia, Arthur
Financeira – Câmara dos Deputados e Controle – Senado Federal Kronenberger, Dayson Pereira,
Diretor: Ricardo Alberto Volpe Consultora-Geral: Ana Claudia C. S. Borges Eduardo Rodriguez, Flávio Luz, Ingo Luger,
http://www.camara.gov.br/internet/orcament/principal http://www.senado.gov.br/sf/orcamento Marcel Pereira, Paulo Bijos, Renan Milfont e
Tel: (61) 3216-5100 | conof@camara.gov.br Tel: (61) 3303-3318 | monitor.fiscal@senado.leg.br Rafael de Fraia e Souza e Vinícius Ribeiro.
Formatação: Secretaria de Comunicação Social – Senado Federal | Impressão: Secretaria de Editoração e Publicações – Senado Federal

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