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Universidade Federal da Bahia

EBA – Escola de Belas Artes


Disciplina: Teoria Técnica da Pintura (2009.2)
Professor: Luís Cláudio
Aluna: Suria Seixas Neiva

SOBRE A AQUARELA
AQUARELA

Utilizar aquarela pode ser ao mesmo tempo impressionante e assustador para o artista.
Impressionante, pelas obras-primas que só puderam ser feitas com esta técnica, e
assustadora por sua imprevisibilidade: é muito difícil ou mesmo impossível corrigir ou
modificar o que já foi feito, sendo que é muito fácil manchar ou molhar o papel para além
da conta. Isto porque é uma técnica úmida, de brancos e transparências, que passa
espontaneidade por mais que as pinceladas tenham sido planejadas. A aquarela não utiliza o
branco, pois este é o próprio papel, resultando numa técnica de transparências, luminosa e
de cores brilhantes. Eventualmente, em pinceladas mais densas, ou para conseguir cores
misturando pigmentos o branco é utilizado, mas não tem a função de se obter luz/ valores.
Alguns autores afirmam que “aquarela” é nome dado ao pigmento e não a técnica, que seria
“aguada”.

MATERIAIS

Pincéis: Os pincéis usados para aquarela são os macios, sintéticos ou naturais (pêlo de
marta ou de orelha de boi, por exemplo). Um bom conjunto é composto de 4 a 6 pincéis de
cerdas chatas, e 4 a 6 de cerdas redondas, todos de numeração alternante (no. 2, 4, 6...),
além de um pincel de baixa numeração do tipo "filete".

Tintas: Preferencialmente importadas, em tubo ou pastilha; ex: Sakura, CaranD’ache. É


necessário que tenham boa pigmentação, fixação do pigmento ao longo do tempo, e
transparência, por não se utilizar tinta branca. A luminosidade obtida vem da quantidade de
pigmentos em uso e da água usada para sua diluição.
Uma sugestão de cores básicas seria: Amarelo-Limão, Amarelo de Cádmio Claro, Amarelo
de Cádmio Escuro, Amarelo Ocre, Amarelo Indiano, Azul Cobalto, Azul da Prússia, Azul
Ultramar, Carmim, Cinza de Payne, Sépia, Terra de Siena Queimada, Terra de Sombra
Natural, Vermelho (Alizarim Crimson), Verde Oliva, Verde da Prússia, Verde Vessie.

Papel: Papel de algodão ou mesclado, de gramatura entre 280 a 300 gramas no mínimo, de
textura variável (lisa, rugosa, martelada, etc.). Exemplo: Monval

Outros Materiais: Paleta de plástico para colocação das tintas; lápis grafite (2, 3 ou no
máximo 4B) para esboços; pano macio para limpeza dos pincéis e retirada do excesso de
água; recepiente com água desmineralizada (evita o ataque de fungos), fluido de máscara.
Sobre PINCÉIS...

Se você cuidar com carinho de seus pincéis, eles podem durar por muito tempo, lembre-se
que eles são ferramentas essenciais ao seu trabalho, procure por marcas de qualidade.

Tenha os melhores que você possa comprar e nunca esqueça de hidratá-lo antes de pintar,
pois isto facilita a pintura e aumenta muito a vida útil do seu pincel.

Mantenha seus pincéis sempre bem acondicionados, protegendo as cerdas para que não
amassem.

Conserve seus pincéis sempre limpos, lavando-os após cada trabalho executado de
pintura,com água e sabão neutro ou produtos especiais para esta finalidade, esfregando as
cerdas com cuidado.

Nunca guarde os seus pincéis de molho na água, isso estraga as cerdas.

TIPOS DE PINCÉIS

- Chatos – Geralmente são usados para pintar áreas maiores (relativamente ao tamanho do
pincel).

- Chanfrados ou Angular – O tamanho varia de acordo com o objetivo, indicados para


atingir áreas diminutas como cantos pontiagudos.

- Redondos – Para pinturas de pinceladas ensaiadas . Tem tamanhos variados, e tem a


finalidade de fazer uma curva mais perfeita do que a feita com o pincel quadrado. Além de
outras utilidades, é mais empregado para fazer desenhos. O redondo 00 é o mais empregado
para fazer pespontos curtos.

- Redondo Angular – É um pincel diagonal (lembra o pincel chanfrado). Também chamado


“Pata de Vaca”.

-Língua de Gato – Para traços retos e contínuos (largos ou finos, dependendo da posição em
que for usado).

- Filete –É um pincel longo e fino. É muito utilizado para fazer traços finos.

- Liner – Como o filete, mas com as cerdas mais longas.


TÉCNICAS BÁSICAS

Aguada

A mais básica técnica de aquarela é a aguada uniforme: umedecer a área do papel a ser
coberto com a aguada, e então misturando-se pigmento suficiente para preencher toda a
área. A técnica mais simples consiste em aplicar muita água e algum pigmento no pincel e
espalhar a mistura no papel. Variando-se as proporções de água e tinta, varia-se a
tonalidade.
O pigmento é aplicado em faixas horizontais levemente sobrepostas, de cima para baixo. A
aguada não deve ser deixada para secar totalmente - não se deve deixar levar pelo impulso de
voltar a trabalhar numa aguada que seca, os resultados são geralmente desastrosos.
Uma variação da aguada básica é a aguada em valores (tonalidades da cor ou degradê). Esta
técnica requer que o pigmento se dilua levemente com mais água, para cada pincelada horizontal.
O resultado é um degradê gradual e simétrico.

Vitreamento

O vitreamento é uma técnica de aquarela similar a uma aguada, mas que utiliza um pigmento
fino e transparente aplicado sobre aguadas secas já existentes. Seu propósito é ajustar a cor e o
tom da aguada já aplicada, trazendo uma nova cor ao final, com brilho e efeito vítreo. Pigmentos
transparentes que não mancham, como o Carmesim e Azul Cobalto, são ideais para o
vitreamento, já que podem ser aplicados camada por camada, para que o efeito ideal seja
alcançado. É necessário certificar-se de que cada camada esteja bem seca antes de aplicar a
seguinte.

Aguada sobre Aguada

Trata-se simplesmente do processo de aplicar o pigmento ao papel úmido. Os resultados variam,


desde formas leves e indefinidas, até marcas levemente borradas, dependendo da umidade do
papel. A técnica da aguada sobre aguada pode ser aplicada sobre aguadas já existentes que
foram totalmente secas, ou simplesmente umedeça o papel com um pincel grande e pinte sobre a
cor úmida. As marcas leves feitas pela pintura de aguada sobre aguada são ótimas para as
regiões de pano de fundo mais sutis de uma pintura.

Pincel Seco

Quase o oposto da técnica de aguada sobre aguada. Aqui um pincel cheio de pigmento (e com
muito pouca água) é puxado por cima de um papel completamente seco. As marcas produzidas
por esta técnica são muito crocantes e de bordas duras. Tendem a se destacar na pintura, de
forma que são melhor aplicadas no centro do interesse.

Clareamento

A maioria dos pigmentos de aquarela pode ser dissolvida e clareada após a secagem. Cores que
mancham, como Turquesa, Alizarina (Vermelho Forte), Azul da Prússia, Vermelho, Amarelo e
Azul de Windsor são difíceis de remover e portanto é melhor que sejam evitados nesta técnica.
O processo de clareamento é simples - umedecer a área a ser removida com uma pincelada e
água limpa, e então retirar o pigmento com um tecido. Utilizar tiras de papel para mascarar áreas
de pigmento produz linhas e formas interessantes, de bordas endurecidas.

Gotas de cor sobre cor

Esta técnica consiste no processo de colocação de uma cor em uma região de cor ainda bem
úmida do papel , permitindo que o pigmento se espalhe e seja absorvido naturalmente. O
resultado é muitas vezes imprevisível, mas gera gradações de cor vibrantes e interessantes, que
não podem ser alcançadas por misturas, bem como efeitos e formas orgânicas.
“A LA PRIMA” PASSO A PASSO

Trabalhar com a la prima pode ser feito através de qualquer estilo de pintura de aquarela.
Esta é uma abordagem geral de como começar a pintar com folhas brancas, sem qualquer
trabalho preliminar. Isto é bem mais imprevisível que trabalhar com esboços ou um guia de
cores.

Assumindo que trabalhemos a partir da imaginação, é preciso no mínimo planejar


mentalmente a imagem, porque a aquarela é muito exigente, cada pincelada, neste caso,
deve ser cuidadosamente pensada e deliberada.

1. Preparar a superfície a superfície para o desenho: Afixe o papel a uma superfície estável
numa moldura de fita adesiva, para tensionar o papel (fita tipo crepe com baixo "tac"). Para
começar, misture um tom neutro e marque-o no desenho. Isto é um desenho, porque você
não está simplesmente localizando e desenvolvendo as formas dos objetos que não
começou ainda a pintar. Observe a localização inicial e melhore-a como puder.

2. Aguada para Sombras: Agora desenvolvamos as sombras num tom neutro e pastel,
usando toques suaves e com bastante água. Isto ajuda a solidificar a pintura e lhe dá uma
noção de uma fonte de luz. Certamente, aqui que a pintura toma forma, e tudo que é feito
após este passo é baseado nele. É bom ir inclusive além, sobre a fita, porque quando ela for
removida isto gerará uma borda com relevo. Este passo tem similaridades com a escultura,
já que será a base do volume: por exemplo, se um personagem está sendo desenhado,
delineie o contorno dos olhos, a linha do nariz, etc.

3. Colorindo e pintando: Agora continue dando aos objetos suas cores apropriadas,
desenvolvendo após a pintura ao aplicar menos água e mais pigmento, até alcançar a
quantidade de detalhes desejada. A princípio deve-se evitar pinceladas fortes e as áreas de
forte contraste, para somente então adicionar cores mais brilhantes, conforme necessário, de
maneira gradual. Os detalhes devem surgir com pouca água e muita tinta. A aquarela pode
assumir formas fluidas e transparentes da mesmas forma que moldes solidamente
compostos.

Como o papel é muito resistente, absorve rapidamente a água e seca quase que
instantaneamente. Qualquer erro, corrija-o com o removedor, e siga adiante (se não for
suficiente, papel-toalha umedecido pode ser útil).

4. Remova as fitas, revelando as margens, e pronto.


Treinos Básicos Texturas I Texturas II

Textura com
Aguada Respingos lenços de
uniforme (c/trincha) papel ou
tecido

Spray Textura com


Aguada em
(c/escova de plástico
valores(degrade)
dentes) (papel-filme)

Máscara
Textura
fluida
Vitrificado Sgrafitto (vendida
(raspagem) pronta)

Máscara de
Carimbos
Cera:
Aguada sobre para
crayons/ cera
aguada Texturas
de vela

Grid de
Pincel “seco” Textura por cores
(tinta mais “lavagem” (treino de
espessa) composição)

Textura com
Clareamento em pingos de
aguada (com álcool
tecido,limpando)

Clareamento em Texturas
pincelada seca com sal
( c/borracha sobre aguada
branca, tecido,
limpatipos)

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