Vous êtes sur la page 1sur 2

Aqui está o pretexto para o teatro físico:

Os conflitos de uma criança que se vê num momento de decisão


sentada num telhado de uma galpão Graneleiro: Voltar para
dentro através da janela e aceitar todos os nãos que lhe são
impostos ou descer o telhado e correr todos os riscos em busca de
ser quem deseja e fazer o que realmente sonha. Era Maria. Ela
gostava de ler livros e sonhava em ser diretora de teatro infantil.
Seu pai trabalhava no Graneleiro e a levava sempre, pois não
tinha com quem ficar. Ela não tinha mãe, e não conhecia seus
avós. Sempre subia no telhado para ver longe. Ver as montanhas,
os campos, lugares que gostaria de conhecer e sonhava em voar
até lá. Todos os dias as crianças que ficavam no pátio do granjeiro
não brincava com ela pq ela era diferente... não queria brincar de
bonecas e a não se vestia como se esperava que uma boa menina
de vestisse, então ela acabava subindo no telhado e ficava la
escrevendo e dirigindo as nuvens dando formas e cores. Proposta
com atrizes, atores, bonecos e projeção de videos. Cenário: um
telhado. uma janela que abre e fecha. (inspirado no Graneleiro -
Swift de São José do Rio Preto). Cena: Três crianças começam a
brincar, quando percebem a presença de uma menina. Param de
brincar e se juntam num canto. Começam a rir, ficam olhando em
direção a ela e fazendo caras e imitações grotescas de intolerância
e preconceitos. Uma pomba senta na cumeeira do telhado e
começa a andar de um lado para outro.(janela se abre sons do seu
canto, barulho de trem, pessoas conversando.) As crianças jogam
uma pedra na pomba. A pomba voa e as crianças ficam rindo. A
pomba volta e senta na cumeeira. Ascende um foco de luz no
telhado e aparece uma menina sentada com a cabeça entre as
pernas, abraçando as pernas. As crianças passam correndo na
frente do telhado. Maria não se mexe, essa cena acontece três
vezes. Maria faz sua primeira tentativa para descer do telhado.
Com uma coreografia realizada lentamente, ela faz várias
tentativas mas acaba voltando pra próximo da janela e a fecha.
Maria: Não posso ser um princesa na torre que fica esperando
alguém me salvar. Eu posso me salvar, eu posso correr, eu posso
andar, posso caminhar, eu posso voar… porque tenho que ficar
esperando? porque tenho medo? Vai anoitecendo e começa a
aparecer a primeiras estrelas e a lua crescente. Todo palco se
escurece e um fecho pequeno de luz ilumina a menina. Ao fundo
uma noite cheia de estrelas e uma lua cheia.. A lua começa a ficar
vermelha e vozes de crianças nas trilhas vão aparecendo… e frase
com eco ao fundo: (referencias as crianças que foram mortas em
vários lugares do Brasil e do mundo) - mãe, eu tava com roupa da
escola, eles não viram… Eles não viram… - Eu avisei para você
não tentar fugir. Agora, você vai ver o seu castigo. - Me sinto
morrendo por dentro quando ouço falar em meninas querendo ir
para lá. Eu não desejo a ninguém o que eu vi e experimentei por
lá. - Ela não vê nada, não diz nada, não ouve nada! = Dormi nua
numa arvore a luz da lua … - Maria fala para a pomba: Eu não
sou uma boa garota, trabalhadora e obediente como eles
queriam… = Prefiro imaginar a lembrar de tudo … = Prefiro
imaginar a lembrar… = Prefiro imaginar a lembrar… A pomba
voa sobre Maria e vai embora… Maria começa a se enrolar num
pedaço de plástico transparente que estava preso no telhado e
adormece…. Sons de fortes trovões e relâmpagos começam.
Maria se assusta… Começa a chover e maria se cobre com o
plástico. A chuva cai no telhado, escorre e cai na canaleta. Maria
não sabe se volta para a janela com medo de escorregar ou se
aproveita a chuva para se molhar…. Escurece, a noite e as estrelas
e a lua aparecem novamente… Maria desaparece.... Texto: Silvio
Batistela
Leia e me diga o que achou
12:12

Vous aimerez peut-être aussi