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A solução é conversar com a pessoa, e essa iniciativa pode vir dos colegas de
trabalho ou da chefia. Procurar entender os problemas do próximo passo para ajuda-lo
a superar o vício.
A decisão de um empregado beber é algo muito perigoso quando isso ocorre no local
de trabalho. Quando o uso ou abuso de álcool interfere com a capacidade do
empregado para desempenhar seus deveres, o empregador tem preocupações
legítimas, incluindo o bom desempenho de deveres, problemas de saúde e segurança
e conduta de funcionários no local de trabalho.
Sinais
Embora você não deva tentar diagnosticar o problema, há muitos sinais que podem
indicar um problema com o álcool:
Saídas constantes
O funcionário também pode estar ausente do seu local de trabalho sem explicação ou
permissão por períodos significativos de tempo.
Problemas de desempenho
Prazos perdidos;
Trabalho descuidado ou descuidado ou trabalhos incompletos;
Quotas de produção não atendidas;
Muitas desculpas para trabalhos incompletos ou prazos perdidos;
Análise defeituosa.
Relacionamentos no trabalho
Relacionamentos com colegas de trabalho podem tornar-se tensos;
O funcionário pode ser argumentativo ou de baixo humor, especialmente nas manhãs
ou após fins de semana ou feriados;
O empregado pode se tornar um “solitário”.
Comportamento no trabalho
O cheiro de álcool;
Tombos, ou andar instável;
Olhos vermelhos;
Cheiro de álcool na respiração;
Alterações do humor e do comportamento, como risadas excessivas e conversas
impróprias inadequadas;
Uso excessivo de bocejos;
Evitar o contato de supervisão, especialmente após o almoço
Tremores;
Dormindo no dever.
Recursos Humanos
Enfrentando o Empregado
A melhor ajuda que você, com profissional da segurança do trabalho pode oferecer, é
aprender algo sobre a doença, encaminhar o empregado para o RH e mantê-lo
responsável por sua conduta ou desempenho.
Neste momento em que a descriminalização das drogas ilícitas está no centro das
discussões no País, quando, inclusive o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá julgar
ação que irá decidir se é constitucional o artigo da lei 11.343/06, que criminaliza o
porte pessoal de entorpecentes, vou em outra direção.
Trato hoje sobre o álcool, que é uma droga lícita. Seu uso abusivo é um dos mais sérios
problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. A questão é que, além de causar
prejuízos pessoais e familiares, o abuso do álcool por parte de trabalhadores tem
trazido consequências penosas nos ambientes profissionais. Conforme dados
divulgados pelo Ministério da Saúde, o alcoolismo é o terceiro maior motivo pelo qual
os trabalhadores se afastam do trabalho. Ou seja, com isso vem ocorrendo o aumento
do absenteísmo (falta ao emprego). Também, o vício leva o empregado a ficar mais
vulnerável aos acidentes de trabalho. É claro que o uso de bebidas alcoólicas durante a
semana produtiva tem um efeito extremamente prejudicial no contexto laboral.
Acho que lucrar é um direito da empresa, mas cumprir seu papel social, colaborando
com trabalhadores alcoólatras, mostra o quanto é digna de auferir seu faturamento.
A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT prevê, no artigo 482, alínea "f", a
embriaguez (habitual ou em serviço) como falta grave por parte do empregado, sendo
este um dos motivos que constitui a extinção do contrato de trabalho por justa causa.
Quando o legislador estabeleceu este como sendo um motivo para justa causa,
fundamentou-se na proteção do trabalhador que, trabalhando em estado de
embriaguez, poderia sofrer um prejuízo maior que a despedida motivada, ou seja, um
acidente grave que pudesse ocasionar sua própria morte.
Não obstante, este empregado poderia ainda provocar acidentes ou a morte de outros
colegas de trabalho, os quais estariam a mercê de uma atitude do empregador para se
evitar uma fatalidade.
Se a embriaguez habitual é tida pela jurisprudência como doença e não mais como
motivo para justa causa, a CLT deveria ser reformada em seu artigo 482, alínea f, já
que este tipo de demissão irá depender da comprovação desta habitualidade.
Será então que o empregador poderia, havendo estes prejuízos materiais, demitir o
empregado por justa causa pelos danos causados e não pelo fato da embriaguez?
Nesta hipótese, será que a justa causa ainda poderia ser revertida no tribunal pela falta
de assistência ao empregado?
No meio desta encruzilhada (lei x jurisprudência) está o empregador, que usando seu
poder diretivo poderá demitir o empregado de imediato e assumir o risco de ter
revertida a justa causa, caso se comprove que a embriaguêz era crônica e não
ocasional.
É comum encontrarmos decisões em que a dispensa por justa causa com fundamento
na embriaguez é descaracterizada, condenando a empresa reclamada no pagamento
de verbas decorrentes de uma dispensa imotivada, bem como estabelecendo a
reintegração do empregado desligado a fim de que este possa fazer o devido
tratamento.
Estas são questões que parecem só resolver nos Tribunais e que dependerão de provas
concretas de ambas as partes. A responsabilidade será ainda maior do empregador em
provar que se utilizou de todas as medidas para a recuperação do empregado e a
manutenção do contrato de trabalho, daí a necessidade de todos os
acompanhamentos médicos ocupacionais, que poderão isentar o empregador de
maiores responsabilidades.
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É notório que a OMS, desde 1967, considera o alcoolismo crônico doença e que deve
ser tratada pelas Nações como questão de saúde pública.