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1. Introdução ................................................................................................................ 3
3. Semicondutores........................................................................................................ 6
6. Conclusão ............................................................................................................... 14
i. INDICE DE ILUSTRACÕES
Ilustração 1 Ligação covalente de Silício ......................................................................... 7
Ilustração 2 átomos de carbono ligados para formar diamante (extraído Silva-2010) ..... 8
Ilustração 3 Ligação covalente de Silício com mais um eletrão fora da ligação .............. 9
Ilustração 4 Receptor ...................................................................................................... 10
1. Introdução
Neste presente trabalho que surge no âmbito da disciplina de Física dos semicondutores,
com vista a desenvolver aspectos virados aos tipos de semicondutores e a sua condutividade.
Desta feita, no desenvolvimento do trabalho se baseou em algumas literaturas que desenvolve
aspectos que diz respeito ao tema deste trabalho, assim pode-se destacar uma obra que serviu
de referência aqui citada: aspectos gerais da física dos semicondutores “FRANCISCO
WELLERY NUNES SILVA”.
Quando falamos de semicondutores logo nos vem a memória, a criação dos tão
famosos, entre o senso comum, transístores (do inglês Transfer resistor) tidos por uns, como a
principal invenção do século XX. A criação dos transístores é atribuída a John Bardeen,
Walter Houser Brattain e Willian Bradford Shockley, nos laboratórios da Bell Telephone em
dezembro de 1947.
Ao longo deste presente trabalho vamos destacar dois tipos de semicondutores, que
são: semicondutores intrínsecos e extrínsecos. Esses dois semicondutores são distintos na sua
condutividade. Um semicondutor produz corrente por meio de eletrões livres na estrutura
cristalina dos semicondutores e o outro produz corrente por meio da lacuna originada com a
saída do eletrão na estrutura cristalina através da acção do efeito da temperatura sobre a
estrutura cristalina causando uma agitação térmica dos electrões ligados entre si por meio da
ligação covalente.
E tudo sobre este trabalho, irá se desenvolver ao longo do trabalho.
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2. Revisão da literatura
Com os avanços nas pesquisas desde então novos materiais semicondutores foram
descobertos, como o caso do selênio, na década de 1870, sendo apontado como um material
com bom comportamento semicondutor, trazendo muitos avanços para a evolução dos
dispositivos. O desenvolvimento dos dispositivos eletrônicos iniciou-se em 1874, quando um
físico alemão chamado Karl Ferdinand Braun, construiu um retificador com um cristal de
sulfeto de chumbo (PbS), solado em fio de cobre.
Braun observou que o fluxo da corrente elétrica total foi alterado, passando a depender da
polarização da tensão aplicada, bem como das condições da superfície do material, onde
descobriu-se o caráter assimétrico da condução elétrica entre metais e semicondutores. A
primeira observação do efeito fotovoltaico em sistemas contínuos foi feita em 1876, e a
substância semicondutora era novamente o selênio, quando W.G. Adamns, junto com seu
estudante R. E. Day, investigaram as propriedades fotoelétricas em Cambridge, e eles
descobriram que se iluminassem uma junção de selênio e platina teriam o efeito fotovoltaico.
Podemos afirmar que estes foram os principais trabalhos na área dos semicondutores,
realizados durante o século XIX, porém com o advento do século XX temos um divisor de
águas, pois a partir de 1900 surgem teorias fundamentais para o desenvolvimento dos
semicondutores.
Com o surgimento da mecânica quântica, feita por Bohr, de Broglie, Heisenberg,
Schrödinger e outros, notavelmente durante a década de 20, as possibilidades de compreensão
do mundo microscópio da matéria, cresceu de forma espetacular, permitindo assim um maior
conhecimento da nano estrutura dos materiais semicondutores.
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3. Semicondutores
São discutidas as características físicas que permitem distinguir entre um isolador (vidro),
um semicondutor (silício) e um bom condutor (metal). A corrente num metal é devida ao
fluxo de cargas negativas (electrões) enquanto que a corrente num semicondutor é devida ao
movimento tanto dos electrões como das cargas positivas (lacunas). Um semicondutor puro
pode ser dopado com átomos de outros materiais (impurezas) de modo que a corrente é
predominantemente devida ou aos electrões ou às lacunas. O transporte de cargas num cristal
resulta da influência de um campo eléctrico (corrente de deriva) e/ou de um gradiente não
uniforme de concentração (corrente de difusão).
Desta forma, pode-se afirmar que a matéria está dividida em três áreas bem conhecidas,
onde pode-se destacar: os isolantes; os semicondutores e os condutores.
Estanho
Selénio
Telúrio
Arsénio
Antimónio
Tabela 1 Classes dos semicondutores e seus representantes
3.2.1.2. Recombinação
Definimos como recombinação a associação de um elétron a uma lacuna,
reconstituindo uma ligação covalente e a liberação de uma certa quantidade de energia.
Em equilíbrio térmico a taxa de geração G (por unidade de volume e por unidade de tempo)
será igual a taxa de recombinação R.
Podemos considerar alguns materiais e suas respectivas características atômicas, além
de suas respectivas características condizentes a condutibilidade. Os principais materiais a
serem discutidos aqui a priori são aqueles pertencentes à coluna IV A da tabela periódica, ou
seja, o Carbono (C), o silício (Si) o Germânio (Ge) e o Estanho (Sn). Em tais elementos
observamos que todos possuem quatro eletrões em suas respectivas camadas de valência e
podem formar cristais através de ligações covalentes entre si, partilhando um par de eletrões
com cada átomo vizinho. O exemplo disto têm o carbono unido para formar o diamante, como
mostra o esquema a seguir, que representa um átomo ligado a rede cristalina do diamante.
É o facto que as ligações são extremamente fortes. No caso do diamante, por exemplo,
o intervalo da banda de energia proibida é de 5,6 eV, acompanhada de uma resistividade
também muito alta, da ordem de 1015 𝛺/𝑚/. Fato semelhante ocorre com um cristal formado
pelos demais elementos pertencentes a esta coluna, como em cristais de Silício, muito embora
a banda de energia caia, como é o caso, sendo de 1,1 eV para o mesmo.
Seguindo os comportamentos descritos anteriormente, seja n a densidade de eletrões
livres por unidade de volume e p a densidade de buracos ou lacunas consideradas como
entidades da Física criadas por unidade de volume, então n = p é a principal característica em
um semicondutor intrínseco.
Podemos tomar em consideração concentração intrínseca ni. Como n é o número de
eletrões livres por unidade de volume na banda de condução de um semicondutor
perfeitamente puro, ni também é visto como o número p, que é o número de buracos livres
por unidade de volume no semicondutor. Com isto temos a relação, 𝑛𝑝 = 𝑛2 𝑖 . Nos garante
que para qualquer semicondutor em equilíbrio, o produto das concentrações de buracos e de
eletrões é constante a uma determinada temperatura.
3.2.2.1. Receptores
No caso de uma impureza trivalente ser adicionada a um semicondutor intrínseco
apenas três das ligações covalentes podem ser preenchidas deixando um lugar vago na quarta,
lugar esse que constitui uma lacuna. A ilustração 4 mostra como estas impurezas
disponibilizam portadores positivos uma vez que criam lacunas capazes de aceitar electrões.
Estas impurezas são, por isso, designadas por impurezas receptoras ou de tipo p.
Ilustração 4 Receptor
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4. Condutividade intrínseca
Uma das cargas é negativa (o electrão livre) com mobilidade μn e a outra é positiva (a
lacuna) com mobilidade μp. Estas partículas movem-se em sentidos opostos relativamente ao
sentido do campo eléctrico E mas como as cargas têm sinais contrários ambos os portadores
transportam corrente no mesmo sentido.
No decurso do seu movimento aleatório alguns dos electrões livres ocupam o lugar das
lacunas fazendo desaparecer quer esses electrões livres quer as lacunas. Este processo
designa-se por recombinação. A taxa de recombinação depende do número de electrões e
lacunas que por sua vez dependem da taxa de ionização. Esta taxa depende fortemente da
temperatura.
Desta forma, pode-se afirmar que a condutividade em si só, é a capacidade que um
material tem de transportar portadores de cargas na originação da corrente eléctrica, corrente
iónica. Por tanto; a condutividade intrínseca implica dizer o mecanismo de criação da
corrente, neste caso pode-se destacar por meio das lacunas.
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Tendo em conta que neste trabalho tem como objectivo de desenvolver aspectos virados
aos semicondutores, dando mais foco naquilo que diz respeito aos tipos de semicondutores e a
condutividade intrínseca.
O semicondutor intrínseco apresenta um certo mecanismo pelo qual uma lacuna contribui
para a condutividade. Quando existe uma ligação covalente incompleta então é relativamente
fácil para um electrão de valência de um átomo vizinho sair da sua ligação covalente e ocupar
o lugar da lacuna. Este electrão, por sua vez, deixa uma lacuna na sua posição inicial. Assim,
a lacuna moveu-se efectivamente no sentido oposto ao movimento do electrão. Estamos em
presença de um mecanismo de condução de electricidade que não envolve electrões livres.
O semicondutor extrínseco que também pode se considerar semiconduttor dopado ou
impuro, onde maioritariamente o seu mecanismo pelo qual um eletrão fora da ligação
covalente, isto é, um eletrão livre contribui para a condutividade.
Se ao silício intrínseco adicionarmos uma percentagem de átomos trivalentes ou
pentavalentes, isto é com 3 ou 5 electrões de valência, respectivamente, então estamos a
fabricar um semicondutor extrínseco ou simplesmente dopado.
Uma diferença que podemos destacar entre esses dois semicondutores está no factor da
condutividade entre ambos, isto é, para o caso do semicondutor intrínseco considerado puro
ocorre por meio de portadores de lacunas carregadas positivamente, isto originado a partir da
saída de uma electrão por meio da agitação térmica sobre a estrutura cristalina dos
semicondutores. Enquanto o semicondutor extrínseco ou impuro / dopado, ocorre por meio de
portadores de eletrão que se localiza fora da estrutura dos semicondutores.
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6. Conclusão
Durante o desenvolvimento do presente trabalho, que fala sobre aspectos virados aos
semicondutores, e os seus tipos, pode-se afirmar que a condutividade elétrica de um
semicondutor é altamente dependente das condições ambientais, tais como temperatura,
radiação luminosa, pressão, campo magnético e pureza do material.
A razão do diferente comportamento entre metais e semicondutores é que os metais
contêm um número constante de portadores móveis de carga em todas temperaturas e
semicondutores não. Em um semicondutor puro, para que os portadores se tornem livres, as
cargas devem ser ativadas. Essa ativação requer alguma energia, que pode vir, por exemplo,
da agitação térmica.
A baixas temperaturas quase todas as ligações covalentes estão intactas e praticamente
não existem electrões livres que possam conduzir corrente. À temperatura ambiente, no
entanto, algumas das ligações são quebradas por ionização térmica e por conseguinte alguns
electrões são libertados deixando no átomo ionizado um número correspondente de lacunas.
Uma diferença fundamental entre um metal e um semicondutor é que o metal é unipolar,
isto é, conduz corrente por intermédio de um só tipo de cargas que se considera os electrões,
enquanto o semicondutor é bipolar, isto é, conduz corrente por intermédio de dois tipos de
cargas com sinais contrários que se considera os electrões e as lacunas.
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7. Referência bibliográfica
Prof. Fabiano Fruett, Introdução à Física dos Semicondutores-2010
SILVA F. W. NUNES. ASPECTOS GERAIS DA FÍSICA DOS SEMICONDUTORES,
FORTALEZA – CEARÁ 2010
NUSSBAUM A. Comportamento Eletrônico Magnético dos Materiais, Edgard
Blücher LTDS, 1971.
Hilton Andrade de Mello e Ronaldo Sérgio de Biasi, Introdução à Física dos
Semicondutores